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Com o intuito de apreender mercadorias suspeitas de falsificação, a Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou, nessa terça-feira (5), a operação “A Grosso e a Varejo”, no Interior do Estado. A ação foi realizada nos municípios de Salgueiro, Petrolina e Serrita, no Sertão pernambucano, onde 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Iniciada no começo de 2014, a operação foi impulsionada após a Polícia investigar um distribuidor de mercadorias em Serrita; o homem aplicava preços bem abaixo do usual no mercado, além de ser suspeito de participar do furto e roubo de caminhões que transportavam produtos para consumo alimentar. Em meio às investigações, foram encontrados vários depósitos clandestinos de mercadorias.

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No total, de acordo com a PF, 15 endereços foram fiscalizados, dos quais cinco pontos considerados clandestinos e 14 estabelecimentos interditados pelo fisco. Nas residências averiguadas, havia documentação que seguiu para perícia para comprovar a autenticidade ou não dos materiais. Todos os locais foram interditados e as mercadorias irregulares encaminhadas à Secretaria da Fazenda.

Entre os produtos apreendidos, uísques de marca, cachaça e óleo de soja. A Polícia Federal explicou que ninguém foi preso, nesta fase da operação, mas todos poderão ser indiciados em inquérito policial e responderem pela prática dos crimes de sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, caso sejam comprovadas as irregularidades. As penas para tais crimes podem ultrapassar os dez anos de prisão. 

Dados prévios do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal organizados pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) apontam que nos dois meses em que o mercado de bebidas foi influenciado pela Copa do Mundo a produção de cerveja cresceu 4,2% na comparação com os mesmos meses de 2013. No bimestre de junho e julho, foram produzidos 2,1 bilhões de litros de cerveja

Considerando apenas o desempenho em julho, os dados revelam alta de 2,2% na produção na comparação com o mesmo mês de 2013. O total de cerveja produzida no mês foi de 1,049 bilhão, de acordo com a prévia.

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Os dados absolutos referentes ao período ainda devem ser confirmados em 10 de agosto, mas a prévia indica que no acumulado do ano até julho a produção chegou perto de 8 bilhões de litros de cerveja. Com isso, o crescimento ante o mesmo período de 2013 é de 10,2%. O desempenho indica certa desaceleração. No acumulado do ano até maio, o crescimento ante o ano anterior era de 12,6%.

O mercado de produtos para animais de estimação não para de surpreender. Agora, pelo valor médio de R$ 12,90, donos de gatos podem adquirir uma garrafa de 355 ml da Cat Beer, a primeira cerveja destinada exclusivamente aos felinos. O novo produto é lançado pela Dog Beer do Brasil LTDA, empresa já conhecida por ter sido a pioneira no país a lançar a primeira cerveja feita para cachorro. 

Sem conter álcool e CO2, prejudiciais à saúde dos pets, a Cat Beer tem na sua fórmula níveis recomendáveis de taurina, aminoácido essencial para a visão e função reprodutiva dos gatos. De acordo com a empresa responsável pelo produto, o sabor é diferenciado da Dog Beer porque contém extrato de peixe, para dar maior palatabilidade ao líquido. Segundo o empresário Marco Melo, a ideia surgiu naturalmente após o lançamento da cerveja canina. 

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“Passamos a ser cobrados pelos donos de gatos, que também gostariam de saborear uma cerveja em companhia do bichano. Conseguimos manter basicamente o mesmo processo de fabricação (das cervejas tradicionais), que inclui cerca de seis horas entre moer o lúpulo e o envasamento do produto final”, explicou o idealizador da bebida. É o lúpulo que dá o gosto amargo e gera a espuma características das cervejas. A diferença da cerveja para humanos é que o CO2 não é adicionado e não há fermentação do produto. No entanto, a empresa deixa claro que a bebida não substitui o alimento animal.

A veterinária Jael Amaral, do Centro de Vigilância Ambiental (CVA) do Recife, vê com incertezas a oferta da cerveja para gatos e cachorros. “Se eles realmente colocam na fórmula estes ingredientes, então é valido, mas não sei como será a aceitabilidade, os gatos são muito seletivos. Tenho nada contra o uso, mas eu não daria para os meus, até porque eu nem bebo cerveja”, comentou, bem-humorada, a profissional.

A produção de cerveja e refrigerantes no mês de maio apresentou alta em todas as bases de comparação, segundo dados preliminares do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal. Somente a fabricação de cerveja teve um crescimento de 4,3% no período, passando de 1,056 bilhão de litros em abril para 1,102 bilhão no mês passado. Ante maio de 2013, quando a produção da bebida somou 960,384 milhões de litros, o aumento é de 14,7%. Já no acumulado do ano o avanço é de 12,3%, passando de 5,238 bilhões de litros de cerveja de janeiro a maio de 2013, para 5,881 bilhões de litros em igual período de 2014.

Em refrigerantes, a fabricação em abril foi de 1,183 bilhão de litros contra um total de 1,248 bilhão de litros no último mês, avanço de 5,5%. Na comparação com maio do ano passado, quando a produção foi de 1,213 bilhão, há crescimento de 3%. No acumulado do ano, o Sicobe aponta uma alta de 1,6%, passando de 6,350 bilhões de litros de refrigerantes em 2013 para 6,451 bilhões de litros em 2014.

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Governo e representantes do setor de bebidas frias (refrigerantes, cervejas, energéticos, isotônicos e refrescos) querem fechar um novo modelo de tributação em até três meses. Um grupo de trabalho foi criado para definir a nova fórmula. "A Receita e a SPE (secretaria de Política Econômica) vão receber e analisar a proposta do setor. Claro que a administração tributária também tem seu modelo para propor", afirmou o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, disse que o setor trabalha com uma meta mais ambiciosa. A ideia é tentar fechar uma proposta até o final de agosto para evitar que o governo faça um aumento da tributação em setembro. "O governo sinalizou firme que espera fazer pelo menos uma parcela do reajuste em primeiro de setembro. O setor que ver se consegue discutir com o governo até setembro uma nova fórmula de tributar que dê uma regra que vá valer por uns cinco anos ou dez anos para que não tenha que a cada três ou quatro meses sentar a mesa para discutir uma nova tabela. O governo está firme no reajuste. A gente está brigando para não sair", afirmou após reunião no Ministério da Fazenda.

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O aumento da carga tributária sobre bebidas frias estava previsto para 1.º de junho, mas a pedido do setor foi prorrogado por 90 dias para que não houvesse alta dos preços ao consumidor durante a Copa do Mundo. O governo trabalha com a possibilidade de fazer o aumento da carga tributária parcelada em três vezes, sendo apenas a primeira em 2014. "O que está se discutindo é se o modelo de pesquisa de preço está ou não adequado. Os princípios todos de competitividade, investimento, elasticidade e demanda vão ser analisados. Tem que preservar a questão da competitividade", afirmou Barreto.

Solmucci disse que o modelo atual foi bom no passado para resolver o problema da informalidade da indústria, mas que agora é preciso um modelo com mais previsibilidade tributária. A tributação atual considera uma pesquisa de preço sobre o valor de venda dos produtos no varejo. Parte dos tributos recai sobre o preço pesquisado. Solmucci disse que a ideia é tributar no preço de fábrica e não mais no varejo. Segundo ele, todas as empresas serão ouvidas.

O aumento de impostos incidentes sobre as vendas de bebidas frias, como cervejas, refrigerantes e isotônicos, deve exercer um impacto de 0,02 a 0,03 ponto porcentual sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de 2014. É o que preveem analistas de duas consultorias econômicas ouvidos pelo Broadcast.

Para a economista Adriana Molinari, da Tendências Consultoria Integrada, o impacto deverá ser de 0,02 ponto porcentual, totalmente incorporado na inflação de junho. Já o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, trabalha com um impacto de 0,03 ponto porcentual, que deve ser dividido entre a inflação de junho e julho.

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O aumento dos impostos sobre as bebidas foi anunciado ontem pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. Ele não divulgou as alíquotas, mas previu que o que aumento médio dos preços das bebidas será em torno de 1,3%. É com esse aumento médio previsto que os economistas da Tendências e da LCA Consultores estão fazendo seus cálculos.

"Como a Receita não divulgou as alíquotas, estamos incorporando na nossa previsão o aumento médio esperado pelo órgão", disse Romão. O mesmo afirmou a economista da Tendências.

Mariana acredita que o aumento possa até não ser repassado totalmente para o consumidor, a despeito de esperar um aquecimento da demanda por conta da Copa do Mundo, por causa das diferentes dinâmicas do setor de bebidas. "O repasse para o consumidor é diferente (do atacado) e tem toda uma dinâmica específica do setor", disse.

Apesar de considerar pequeno o impacto sobre a inflação, Romão chama a atenção para o fato de o reajuste dos preços das bebidas acontecer num momento em que a inflação do Grupo Alimentação e Bebidas já se encontra em um patamar elevado.

Para se ter uma ideia, de acordo com o economista da LCA, a inflação de alimentos em junho deverá ficar em 0,25% e a de julho, em 0,18%. A média de inflação para estes meses em anos anteriores foi de 0,05% e deflação de 0,12%, respectivamente. Para o ano como um todo, Romão prevê uma taxa de inflação de 9,15% para o grupo Alimentação e Bebidas, ante 8,5% em 2013.

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Quem tem aquela visão machista de que mulher não entende nada de cerveja está muito enganado. Um grupo de paulistanas vem mostrando que quem tem preconceito só tem a perder. O gosto pela culinária e a paixão pela bebida originária da cevada impulsionaram a vontade de produzir a própria cerveja, seja para comercialização ou apenas para presentear amigos e parentes. 

A administradora Aparecida Cappi, 56 anos, produziu sua primeira cerveja em 2009 e desde então não parou de fazer sua “breja” artesanal, a qual batizou de Mama Bier. A mestra-cervejeira começou na cozinha de casa, produzindo 20 litros por leva; agora, a produção foi incrementada. “Hoje tenho uma cozinha de brassagem semiautomática com capacidade de 50 litros, mas que me dá menos trabalho do que quando fazia na panela”, comenta.

Kethlyn Justo descobriu um mundo novo quando, durante uma viagem, ficou hospedada em um hotel que só vendia cerveja artesanal. A engenheira química de 22 anos resolveu investir em cursos sobre cerveja, onde aprendeu a produzir sua própria bebida. Hoje, é funcionária do Lamas Brew Shop, empresa especializada na comercialização de itens necessários para a produção artesanal de cerveja. “Beber a própria cerveja é beber a melhor cerveja do mundo”, conta Kethlyn. 

O gosto pela cerveja varia de pessoa para pessoa, mas engana-se que mulher só gosta de bebida fraca. “Gosto de cervejas bem lupuladas, adoro o aroma e o sabor do lúpulo. Não gosto quando falam que mulheres só gostam de cervejas fracas, as famosas cervejas de mulherzinha”, assume Natalia Bichara, 25 anos, estagiária do Lamas Brew Shop. O curso de engenharia de alimentos foi o que despertou a vontade de criar a própria bebida em Natalia, que pretende se profissionalizar no ramo de cervejas artesanais. 

Ale Morais, proprietário da empresa de equipamentos de cerveja artesanal que emprega Natalia e Kethlyn admite o crescimento de brasileiras no homebrew, hábito de fazer cerveja em casa, que anteriormente era dominado por homens. O empresário também afirma que muitas empresas e cervejarias importadas têm procurado essas profissionais, que ajudam a quebrar o estigmatizado preconceito das mulheres no ramo etílico. “Quanto mais empresas do setor estiverem dispostas a empregar mulheres cervejeiras, como é o nosso caso, maior ganho teremos na cultura cervejeira”, finaliza Morais.

 

FUGINDO DO "MAIS DO MESMO"

Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), o número de cervejarias artesanais vem crescendo graças ao interesse maior por outras modalidades da bebida. No Brasil, o tipo de cerveja predominante nos bares e supermercados é a tradicional Pilsen. 

Um último levantamento realizado pelo Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos (Sipe-Mapa) contabilizou o número de 232 cervejarias registradas no país, que produzem 1.110 tipos de cerveja diferentes. De acordo com o Mapa, o número de pessoas que produzem sua própria cerveja pode ser maior, já que não existe uma classificação específica para bebidas artesanais.

Já pensou em fazer novos amigos com o auxílio de uma máquina de café? O Conselho de Desenvolvimento Econômico de Singapura (EDB) teve esta ideia e desenvolveu um equipamento digital que só libera o café se dois estranhos iniciarem uma conversa.

De acordo com o EBD, a máquina tem o objetivo de mostrar para as pessoas a importância de parcerias. “A frase ‘vamos pegar café’ muitas vezes significa mais do que apenas o café. Ele significa o início de relacionamentos, oportunidades e decisões de negócios”, explica.

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Nomeado de Coffee Connector, o dispositivo foi criado de uma forma que só começa a funcionar quando detecta que duas pessoas estão esperando para pedir o café e produz a bebida quando elas se apresentarem, uma a outra.

O equipamento foi testado em março durante a The Big Conference Rethink Economist, em Nova York, e ajudou a criar mais de 200 novas amizades. Veja o vídeo: 

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O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), que congrega as quatro maiores indústrias do País (Ambev, Petrópolis, Brasil Kirin e Heineken), Paulo de Tarso Petroni, afirmou, em nota, que o momento para o setor é positivo, mas que ainda persiste a cautela para 2014. "O momento é positivo, mas ainda é de precaução. Obviamente tivemos sinais positivos devido ao período maior de verão até o carnaval no início de março e também às altas temperaturas", declarou, no documento.

Conforme dados da entidade, com base nos números do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal, em março ante o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 23,7% da produção de cerveja, para 1,19 bilhão de litros. Na comparação com fevereiro, com ajuste sazonal, houve queda de 0,8%, devido ao carnaval em março, o que levou a um aumento da produção em fevereiro para garantir o atendimento do aumento esperado da demanda no período. No primeiro trimestre, a elevação foi de 10,6% frente ao primeiro trimestre de 2013.

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"Apesar do bom trimestre, as nossas preocupações residem na necessidade do setor apresentar volumes crescentes neste ano de 2014, justificando os investimentos em curso", afirmou Petroni. A cautela para o ano ficou maior por causa da decisão do governo federal de aumentar o redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para cervejas e outras bebidas frias desde o último dia 01.

O diretor executivo lembrou que a carga tributária de bebidas frias subiu mais de 20% nos últimos dois anos, o que representa variação superior a oito pontos percentuais em relação à inflação do período. No mesmo período, o setor investiu mais de R$ 15 bilhões no País.

Preços

Ainda segunda a associação, a inflação da cerveja, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), registrou alta de 2,1%, em linha com o IPCA Geral (2,2%) e abaixo do índice de Alimentos e Bebidas, cuja alta foi de 3,4%.

O preço da cerveja vem recuando desde novembro na porta de fábrica. No entanto, a bebida tem ficando mais cara para o consumidor mês a mês. Os aumentos sucessivos ocorrem nos supermercados desde julho do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A fabricante de bebidas Ambev informou nesta sexta-feira (4), que não reajustará os preços de suas cervejas até o final da Copa do Mundo de Futebol, que ocorrerá entre os dias 12 de junho e 13 de julho. A ação, chamada de "Copa sem Aumento", tem como meta obter a adesão de meio milhão de pontos de venda no Brasil, explicou a empresa em nota. A companhia já tinha realizado campanha semelhante no início de dezembro, chamada "Verão sem Aumento", que congelou os preços das cervejas da companhia no período de maior venda para o setor.

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O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos da indústria de transformação antes da incidência de impostos e frete, de fato mostrou que o setor fabricante de bebidas registra deflação desde novembro. Naquele mês, a queda de preços foi de 0,20%, seguida por recuos em dezembro (-0,04%), janeiro (-0,60%) e fevereiro (-0,41%). A cerveja é o item de maior peso na atividade, responsável por 54% do indicador."O preço da cerveja vem caindo desde novembro", confirmou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE, que não pode revelar a variação de preços registrada em cada item da indústria por questão de sigilo da fonte.

Na direção oposta, o indicador do IBGE que mede a variação de preços ao consumidor apontou que o valor da cerveja no supermercado vem aumentando ininterruptamente desde julho, quando a alta foi de 2,86%. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os meses seguintes também foram de elevação: agosto (2,63%), setembro (1,17%), outubro (1,17%), novembro (1,09%), dezembro (0,34%), janeiro (0,80%), fevereiro (0,77%). Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a cerveja chegou ao consumidor 11,47% mais cara.

O calor forte dos últimos meses estimulou a demanda, deixando os distribuidores da bebida mais confortáveis para aumentar os preços, apesar do desconto na fonte, avaliou o economista André Braz, responsável Índice de Preço ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O IPC apontou uma alta de 11,69% no valor da cerveja vendida no supermercado nos 12 meses terminados em fevereiro.

"Como fez muito calor, a demanda pela bebida deve ter acompanhado o próprio clima. Com a maior demanda, os supermercados se sentiram à vontade para aumentar o preço. Mas, nos meses de frio, esse consumo tende a diminuir, então o espaço para aumentos deve ser menor", ponderou Braz, lembrando que a Copa do Mundo ainda pode manter a demanda aquecida, logo, preços idem.

Segundo Brandão, houve uma mudança no padrão de reajuste de preços praticado pelos fabricantes de bebidas. Os aumentos, que tradicionalmente ocorriam no fim do ano, época de maior demanda, passaram a ser feitos na metade do ano. "Nos últimos dois anos, o setor adiantou esse aumentos mais para o meio do ano, e o fim do ano aparece com queda nos preços. Acho que é um posicionamento de mercado mesmo, porque a atividade não tem muito impacto de insumos nem de valorização do dólar", explicou o gerente da pesquisa.

Apesar da melhora recente, o IPP ainda registra em fevereiro uma alta de 8,73% nos preços das bebidas em relação ao mesmo mês do ano passado.

A fabricante de bebidas Ambev informou, por meio de nota, que não reajustará os preços de suas cervejas até o final da Copa do Mundo de Futebol, que ocorrerá entre os dias 12 de junho e 13 de julho. Denominada "Copa sem Aumento", a ação tem a meta de obter a adesão de meio milhão de pontos de venda no Brasil, explicou a empresa.

A ação segue a campanha realizada pela companhia no início de dezembro, chamada "Verão sem Aumento", que congelou os preços das cervejas da companhia no período de maior venda para o setor. A adesão da campanha foi de mais de 500 mil pontos de venda.

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A iniciativa vai contra a expectativa de analistas de que a Ambev repassaria o aumento no redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para a bebida, em vigor desde o dia 1º. Os especialistas calculavam que a fabricante de bebidas aumentaria os valores da cerveja ao consumidor entre 1% e 1,5%.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), Herculano Anghinetti, comentou, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a decisão do governo de não alterar os multiplicadores da tributação de refrigerantes, que valeria a partir de hoje, foi "sábia". "O não reajuste em outubro de 2013 levou a uma reação nas vendas da indústria, porque o consumo da nossa bebida possui uma elasticidade considerável em relação a preços", disse.

Segundo ele, a incidência do imposto em outubro de 2012 levou a indústria a reajustar os preços ao consumidor, o que comprometeu volumes vendidos em 2013. Dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal, mostram uma queda de 2% na fabricação da bebida no ano passado. Ainda com base em informações do Sicobe, janeiro também foi um mês de queda para o setor, mas fevereiro e março foram positivos. Nos três primeiros meses do ano, a fabricação da bebida acumula alta de 2,3%, passando de 3,920 bilhões de litros para 4,011 bilhões de litros.

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"O governo foi muito sensível com relação às nossas informações e pedidos. Estamos muito esperançosos para 2014. Ele está caminhando para um ano bom, caso a renda da população cresça, o endividamento das família diminua e o governo mantenha as tabelas de tributação atuais", falou, se referindo a outubro, quando um novo reajuste está previsto para a carga tributária de bebidas frias. "Caso haja novo aumento, será um caos, porque a indústria não conseguirá absorver sozinha", declarou.

A mesma opinião foi emitida para a manutenção da tributação da água mineral em zero. "A decisão também foi sábia e ela tem nosso aplauso", disse. Com relação aos reajustes do redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins de refrescos, isotônicos e energéticos, Anghinetti informou que a indústria está calculando os impactos que o aumento pode ter nos preços ao consumidor e que provavelmente amanhã terá uma posição sobre o assunto.

A indústria nacional de cerveja vai ter dificuldades para absorver o reajuste no redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para a bebida, em vigor a partir desta terça-feira (1º), dadas as fortes pressões de custo incidentes sobre o setor, avalia a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), entidade que reúne as quatro maiores empresas do setor (Ambev, grupo Petrópolis, Brasil Kirin e Heineken). "A CervBrasil vê com preocupação a decisão do governo", ressaltou a associação, em nota.

A entidade lembrou que, somente nos últimos dois anos, a carga tributária de bebidas frias subiu mais de 20%, "o que representa variação superior a oito pontos porcentuais em relação à inflação do período". E ressaltou que, no mesmo período, as companhias do segmento de bebidas frias realizaram aportes superiores a R$ 15 bilhões no País. "Apesar dessa medida, a indústria mantém seu compromisso com o desenvolvimento nacional e continuará o diálogo com o governo no sentido de garantir o crescimento do mercado, beneficiando assim o consumidor", finalizou.

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O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira (1º) que a mudança no redutor da tributação das bebidas estava prevista e o governo julgou oportuno mantê-la. "Se não fizéssemos o aumento previsto, teríamos que compensar essa arrecadação com outras medidas", explicou. Segundo ele, a projeção de arrecadação adicional de R$ 200 milhões com a medida considera as vendas de todo o ano, inclusive na Copa.

Oliveira se corrigiu e confirmou que há um nova mudança de multiplicador programada para outubro deste ano. Segundo ele, na ocasião os preços dos refrigerantes também serão impactados. A alteração publicada hoje no Diário Oficial da União atinge cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos e deve ter um impacto de R$ 0,01 no preço de cada embalagem.

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O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, explicou nesta terça-feira (1º), que a alteração nos multiplicadores da tributação de bebidas frias vale para cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos, mas não atinge refrigerantes nem água mineral. Uma portaria publicada hoje no Diário Oficial da União reajustou o redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para bebidas frias.

"A medida vale para cervejas em qualquer embalagem e para as demais bebidas em embalagens de lata e vidro. Não há nenhuma alteração para refrigerantes e a tributação da água mineral continua zerada", afirmou.

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Segundo ele, a alteração estava prevista desde setembro do ano passado e a arrecadação de R$ 200 milhões já está no orçamento. "A estimativa de arrecadação de 2014 está mantida", completou.

De acordo com Oliveira, a alteração de 1,5 ponto porcentual no multiplicador terá impacto de 0,4% no preço dos produtos. "Na maioria dos casos, o impacto será de R$ 0,01 por embalagem", projetou.

Oliveira ressaltou que o aumento da tributação de bebidas não está vinculado às necessidades de aporte à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). "São previstas alterações regulares nessa tabela. Os multiplicadores sofrem alteração para a tributação se aproximar da agregação de valor real da cadeia", explicou. De acordo com ele, não há previsão de novas alterações para essas bebidas ou para refrigerantes.

A mudança na tributação de bebidas, cuja regulamentação foi publicada nesta terça-feira (1°), no Diário Oficial da União, irá gerar uma receita adicional de R$ 200 milhões para os cofres públicos, de acordo com informações do Ministério da Fazenda.

A medida prevê o reajuste no redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos. O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, e representantes da Receita Federal darão explicações ainda nesta terça-feira, sobre a mudança.

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O aumento da tributação de bebidas frias anunciado pelo governo na segunda-feira (31), e publicado nesta terça-feira (1°), por meio de portaria do Ministério da Fazenda, abrange apenas refrescos, isotônicos, energéticos e cervejas. Águas minerais naturais, inclusive as naturalmente gaseificadas, ao contrário, tiveram as alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep e Cofins zeradas.

A mudança na tributação desses itens começa a valer hoje. Os novos valores estão em tabelas com preços de referência para cálculo dos tributos que substituem tabelas previstas originalmente no Decreto 6.707, de 23 de dezembro de 2008.

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O Ministério da Fazenda publicou nesta terça-feira (1), no Diário Oficial da União (DOU) portaria que formaliza o aumento da tributação sobre bebidas frias já anunciado pelo governo. O documento traz novas tabelas sobre os preços de referência para efeito de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep e Cofins, em substituição a tabelas anteriores previstas originalmente no Decreto 6.707, de 23 de dezembro de 2008.

A elevação dos tributos abrange águas minerais naturais, refrescos, isotônicos, energéticos e cervejas.

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O Ministério da Fazenda confirmou nesta segunda-feira (31), que a partir da terça-feira (1), haverá aumento da tributação que incide sobre cerveja, água, isotônicos e refrigerantes. A elevação da tributação já estava programada desde 2012, mas havia uma expectativa de que o governo adiasse mais uma vez a mudança por conta da pressão de alta da inflação nesse início do ano, das eleições presidenciais e da Copa do Mundo.

Ficará a critério da indústria dosar o impacto desse aumento para o consumidor. As fábricas podem decidir manter o preço congelado e absorver o aumento dos tributos para não perder vendas. Por outro lado, segundo especialistas, o aumento tende a ser repassado ao consumidor. O economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, por exemplo, estimou um impacto entre 0,05 e 0,10 ponto na inflação decorrente do reajuste de bebidas.

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A Receita Federal iniciou em outubro de 2012 a implementação de um cronograma de aumento da base de cálculo do IPI, PIS e Cofins incidentes sobre bebidas frias. Os reajustes foram programados para ocorrer a cada seis meses, sempre em abril e outubro. Em 2013, no entanto, só ocorreu o primeiro aumento.

O reajuste das alíquotas de IPI, PIS e Cofins do setor de bebidas frias estava inicialmente programado para outubro de 2013, mas o governo adiou para abril deste ano para evitar um impacto maior na inflação. Em entrevista ao 'Estado', o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, informou que a expectativa de arrecadação é de R$ 200 milhões até o final do ano. O aumento da carga tributária estimado é de 1,5%.

Segundo Oliveira, o governo vai continuar monitorando os preços praticados pelo setor. Essa avaliação será determinante para a definição se haverá novas mudanças na tributação ainda este ano. Negociações serão feitas a partir de agora com os fabricantes. "Influenciará na decisão de aumento os preços praticados e os investimentos do setor", disse o secretário.

Há uma preocupação no mercado financeiro com o risco da chamada "inflação da copa", que é uma alta dos preços durante os jogos de futebol que seja mantida depois. No início de 2013, o setor de bebidas promoveu reajustes elevados.

A tributação do setor de bebidas é complexa, baseada numa fórmula que leva em consideração uma pesquisa de preços de varejo para cada tipo de produto e embalagem da bebida, multiplicada por um redutor e uma alíquota do imposto. Dessa fórmula, é definido um valor em reais que incide sobre o produto tributado.

A mudança que passa a incidir sobre as bebidas a partir da terça-feira vale apenas para os valores dos redutores. A tributação da maioria dos produtos terá aumento de menos de um centavo de real, segundo Oliveira.

Já as negociações que serão feitas com setor definirão uma mudança nos preços que são considerados na fórmula da tributação. Essa, sim, é uma alteração que poderá acarretar maior arrecadação e aumento da carga.

O governo anunciou que o reajuste na tabela de tributos de bebidas frias ajudará a aumentar a arrecadação para cobrir parte dos gastos extras com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que está sendo usada para bancar a redução das tarifas de energia anunciado pelo presidente Dilma Rousseff no ano passado e o uso maior das usinas termelétricas. O Tesouro já incluiu na programação orçamentária de 2014 um custo adicional de R$ 4 bilhões.

Por outro lado, o governo enfrenta uma pressão inflacionária por conta de um choque de preços dos alimentos que, pelas previsões do Banco Central, só deve ser revertido a partir de junho. Na semana passada, todas as estimativas de IPCA feitas pela autoridade monetária foram elevadas no Relatório Trimestral de Inflação, apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter promovido oito elevações consecutivas na taxa Selic, desde abril do ano passado. O BC indicou que a inflação se mantém resistente. O reajuste para bebidas foi anunciado pelo governo na época para compensar os cortes de impostos da política industrial de Dilma, o Plano Brasil Maior.

O setor de bebidas aguarda uma posição do governo sobre o aumento da carga tributária para bebidas frias (cerveja, água, isotônicos e refrigerantes) que está programado para esta terça-feira (1º). Segundo apurou a reportagem, as empresas ainda não receberam informação se o reajuste está mantido ou se haverá nova postergação. O ministério da Fazenda e a Receita Federal foram procurados e, até o momento, não se pronunciaram.

O reajuste das alíquotas de IPI, PIS e Cofins do setor de bebidas frias estava programado para outubro do ano passado, mas o governo adiou para abril desse ano para evitar um impacto na inflação, que naquele momento ameaçava estourar o teto da meta, de 6,5%.

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O governo já anunciou que o reajuste na tabela de tributos de bebidas frias ajudará a aumentar a arrecadação para cobrir parte dos gastos extras com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que está sendo usada para bancar a redução das tarifas de energia anunciado pelo presidente Dilma Rousseff no ano passado e o uso maior das usinas termelétricas. O Tesouro já incluiu na programação orçamentária de 2014 um custo adicional de R$ 4 bilhões.

Por outro lado, o governo enfrenta uma pressão inflacionária por conta de um choque de preços dos alimentos que, pelas previsões do Banco Central, só deve ser revertido a partir de junho. Na semana passada, todas as estimativas de IPCA feitas pela autoridade monetária foram elevadas no Relatório Trimestral de Inflação, apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter promovido oito elevações consecutivas na taxa Selic, desde abril do ano passado. O BC indicou que a inflação se mantém resistente.

O economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, estimou um impacto entre 0,05 e 0,10 ponto na inflação de abril se o governo optar pelo reajuste de bebidas a partir de amanhã. Em entrevista, o ex-secretário do Tesouro Nacional afirmou que é uma decisão difícil para o governo manter ou adiar o reajuste. Segundo ele, a decisão retrata o drama que o governo tem vivido nos últimos anos de ter que optar entre medidas que beneficiam o aumento das receitas e outras que minimizam o impacto na inflação.

Ele destacou que a inflação em março "veio salgada". E há agora preocupação com a inflação mais alta em abril. Na sua avaliação, seria melhor para a economia se o governo optasse pelo lado fiscal aumentando a tributação de bebidas, como já estava previsto. Desse forma, disse ele, haveria no curto prazo o aumento da inflação, mas uma política fiscal mais contracionista traria condições de ajudar o controle de preços. Ele lembrou que o governo deixou o IPI de automóveis subir este ano para melhorar o quadro fiscal.

Para Kawall, o custo adicional de R$ 4 bilhões que o Tesouro repassará para socorrer as distribuidoras de energia pode subir e o governo precisará de mais receitas para compensar esse aumento de gastos. Pelos cálculos do economista, o IPCA vai fechar o ano em 6,30%. Essa conta já leva em consideração o impacto do aumento de bebidas e o efeito dos eventos dos Jogos na Copa do Mundo nos preços desse setor.

A Receita Federal iniciou em outubro de 2012 a implementação de um cronograma de aumento da base de cálculo do IPI, PIS e Cofins incidentes sobre bebidas frias. Os reajustes foram programadOs para ocorrer a cada seis meses, sempre em abril e outubro. Em 2013, no entanto, só ocorreu o primeiro aumento. O decreto 8.115, publicado no ano passado, fixou novos reajustes em 1º de abril e 1º de outubro desse ano. E, um último, em 1º de abril de 2015.

O reajuste para bebidas frias foi anunciado pelo governo na época para compensar parte da perda de arrecadação gerada com as medidas de estímulo à economia do Plano Brasil Maior (política industrial e de comércio exterior do governo Dilma).

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