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Outras nove mulheres acusaram o ator Bill Cosby de agressões sexuais sofridas há décadas, em uma uma ação aberta em Nevada, estado dos EUA que eliminou a prescrição para crimes sexuais.

Segundo a ação, apresentada na quarta-feira, o comediante americano usou seu "enorme poder, fama e prestígio" para isolar e se aproveitar sexualmente das mulheres.

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As vítimas indicaram que as agressões ocorreram entre 1979 e 1992, em casas, hotéis e vestiários nas cidades de Las Vegas, Lake Tahoe e Reno.

Elas só conseguiram processá-lo, no entanto, depois que Nevada removeu, em 31 de maio, o prazo de prescrição civil para os casos de agressão sexual que envolvam adultos. Anteriormente, o estado estabelecia um limite de dois anos para maiores de 18 anos levarem seus casos ao tribunal.

Cosby, de 85 anos, foi uma grande figura na cultura popular americana durante o final do século XX, conhecido como o "Pai da América" por seu personagem no "The Cosby Show", transmitido entre 1984 e 1992 na televisão dos EUA, embora tenha atingido reconhecimento internacional.

Cerca de 60 mulheres já acusaram Cosby de ser, por quatro décadas, um predador sexual calculista e em série, aplicando sedativos e álcool em suas vítimas para abusar delas.

Apesar da quantidade de acusações apresentadas, Cosby ainda não tem condenações criminais, embora tenha sido declarado culpado no ano passado em um processo cível.

O ator foi preso em 2018 em um caso julgado pela Justiça criminal, embora tenha sido solto em 2021, quando sua condenação foi a uma técnica jurídica.

Lise-Lotte Lublin, uma das mulheres nomeadas no processo de Nevada, já havia acusado Cosby de drogá-la em 1989, no quarto de um hotel em Las Vegas.

Lublin contou que Cosby deu a ela dois goles que a deixaram tonta e que ele pediu que ela se sentasse entre suas pernas, acariciando seu cabelo antes de desmaiar.

As outras mulheres que estão no processo são: Janice Dickinson, Janice Baker Kinney, Lili Bernard, Heidi Thomas, Linda Kirkpatrick, Rebecca Cooper, Pam Joy Abeyta e Angela Leslie.

O porta-voz de Cosby, Andrew Wyatt, declarou à mídia americana que as mulheres que processaram Cosby foram motivadas pelo "vício por grande atenção da mídia e por ganância".

Na última terça-feira (21), Bill Cosby foi declarado culpado por abusar sexualmente de um adolescente de 16 anos de idade na Mansão da Playboy em 1975. Segundo o Hollywood Life, a decisão do juri fará com que Bill renha que pagar 500 mil dólares em danos para a vítima, o equivalente a cerca de dois milhões e 579 reais.

As alegações são de que o ator teria molestado Judy Huth em um quarto da Mansão. A vítima abriu o processo em 2014, buscando compensação por danos morais. Ela dizia ter conhecido Cosby em 1975, enquanto ela e a amiga de 17 anos de idade assistiam as gravações de um filme em Los Angeles, nos Estados Unidos. Bill teria chegado até elas e perguntado se elas queriam se sentar com ele.

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Após este dia, o ator teria convidado ela e a amiga para encontrá-lo em uma quadra de tênis, onde ele serviu bebidas alcoólicas para as duas. A vítima também disse que o ator a mandava tomar uma cerveja toda a vez que ele ganhava, e quando as partidas acabaram, ele as levou para a Mansão da Playboy, onde Huth disse que Cosby pediu para que ela se sentasse na cama de um dos quartos com ele.

A vitória de Huth tomou lugar um ano após Bill ser solto da prisão por ter tido anulada sua condenação por drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand em 2004.

Uma atriz processou nos Estados Unidos o ex-ator Bill Cosby, alegando que o decaído humorista a drogou e estuprou em Nova Jersey há 31 anos, de acordo com documentos judiciais.

Lili Bernard disse que Cosby a atraiu para o resort e cassino Trump Taj Mahal em Atlantic City por volta de agosto de 1990, sob o pretexto de se encontrar com um produtor que, segundo ele, poderia ajudá-la a progredir em sua carreira.

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Uma vez na suíte de um hotel, Cosby preparou para ela uma bebida supostamente não alcoólica e Bernard contou que, após consumi-la, vomitou e perdeu a consciência.

Quando acordou, encontrou Cosby a estuprando, afirmou ela no processo que abriu na quinta-feira. Segundo Bernard, ela voltou a perder a consciência e se viu "nua e sozinha em uma banheira vazia ou jacuzzi no banheiro".

Na manhã seguinte, Cosby entregou a ela dinheiro e a acompanhou até um carro que a levou de volta a Nova York, indica a ação.

Cosby também "abusou sexualmente, espancou e drogou" Bernard "em outras ocasiões" e ameaçou processá-la por difamação se ela fosse à polícia, de acordo com os autos do processo.

Bernard disse que sofreu traumas psicológicos, mentais e físicos e pediu 125 milhões de dólares como indenização.

Seu processo foi movido sob uma lei de Nova Jersey que deu às vítimas de abuso sexual uma janela de dois anos, terminando no próximo mês, para apresentar ações civis contra seus supostos abusadores, independentemente de quando o abuso ocorreu.

Um porta-voz de Cosby apontou em um comunicado que os promotores de Nova Jersey encerraram uma investigação sobre as alegações de Bernard em 2015 sem acusar Cosby.

“Esta é apenas mais uma tentativa de abusar do processo legal, abrindo as comportas para pessoas que nunca apresentaram um fragmento de evidência, prova, verdade e/ou fatos, a fim de fundamentar suas supostas acusações”, declarou Andrew Wyatt.

"O Sr. Cosby continua firme em sua inocência e lutará vigorosamente contra quaisquer acusações feitas contra ele e está disposto e capaz de levar essa briga ao mais alto tribunal dos Estados Unidos da América."

Bernard é uma das muitas mulheres que dizem que Cosby as agrediu sexualmente. Até o momento, porém, apenas um caso foi julgado criminalmente devido à expiração dos prazos de prescrição.

Em junho, um tribunal anulou a condenação do artista por drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand em sua mansão na Filadélfia em 2004.

A Suprema Corte do Estado da Pensilvânia decidiu que havia sido negado a ele um julgamento justo e o libertou depois de ele ter cumprido mais de dois anos de sua sentença de três a dez anos de prisão. O tribunal não o exonerou, e sim anulou a condenação por um detalhe técnico.

A libertação de Cosby provocou a ira dos defensores do movimento #MeToo.

Em agosto, um juiz de Los Angeles decidiu que uma ação civil aberta há quase sete anos, em que Cosby é acusado de agredir sexualmente Judy Huth em 1974, quando ela tinha 15 anos, poderia prosseguir.

Em um revés para o movimento #MeToo, o comediante Bill Cosby deixou a prisão nesta quarta-feira (30) pouco depois de um tribunal americano anular sua condenação por drogar e agredir sexualmente uma mulher há 15 anos.

O ator, de 83 anos, deixou a prisão estadual SCI Phoenix, localizada 56 km a noroeste da Filadélfia, pouco antes das 14h30 locais (15h30 de Brasília), informou à AFP um funcionário da penitenciária.

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Sua libertação ocorre horas depois de a Suprema Corte da Pensilvânia determinar que Cosby teve negado um julgamento justo em 2018, quando foi condenado por agredir Andrea Constand em sua mansão da Filadélfia em 2004.

"Anulam-se as condenações e a sentença de Cosby, que fica em liberdade", escreveu o tribunal em uma sentença de 79 páginas.

Cosby rompeu as barreiras raciais com seu papel em "I Spy", da década de 1960, premiado com um Emmy, e depois como pai e médico na bem sucedida série de TV "The Cosby Show", duas décadas depois.

Até que surgiram dezenas de acusações de conduta sexual inapropriada contra ele.

Sua condenação foi o primeiro veredicto de cumplicidade por agressão sexual contra uma celebridade desde que surgiu o movimento mundial contra a violência sexual e o abuso de poder, denominado #MeToo.

Cosby, que sempre alegou inocência, cumpriu mais de dois anos de uma sentença de três a dez anos por agressão indecente com agravante.

O advogado de Cosby não respondeu de imediato à solicitação de comentários da AFP.

Embora mais de 60 mulheres tenham feito denúncias de agressão sexual contra Cosby, o ator foi julgado criminalmente pela agressão contra Constand, pois os outros casos tinham prescrito.

Ele insistiu em que o encontro com ela, que então trabalhava na Universidade de Temple, foi consensual.

- "Injusto" -

A defesa de Cosby apresentou a segunda apelação contra sua condenação em agosto do ano passado. Seus advogados argumentaram que cinco mulheres não deveriam ter dado seu depoimento no julgamento como testemunhas.

Os advogados disseram que estas declarações, que denunciavam fatos ocorridos há décadas e não faziam parte do caso, tinham influenciado o júri.

Os promotores as chamaram a testemunhar para convencer o júri de que Cosby seguia um padrão de drogar e agredir as mulheres.

Os advogados argumentaram também na apelação que era "injusto" que durante o julgamento tivesse sido ouvido o depoimento que Cosby deu em um caso civil no qual falava do uso de sedativos e de seus comportamentos sexuais na década de 1970.

O comediante admitiu na ocasião ter dado Quaaludes, uma droga recreativa hoje proibida, a mulheres a fim de ter relações sexuais com elas.

Sua defesa declarou depois que Cosby pensava que este testemunho ficaria de fora do dossiê sobre o caso quando deu as declarações. Mas sua admissão se tornou uma peça-chave de seu julgamento.

Os juízes coincidiram em que o "acordo de não ajuizamento" significava que ele não deveria ter sido acusado.

"Deve ser libertado e qualquer julgamento futuro sobre estas acusações em particular deve ser proibido", escreveram os juízes.

"Não discutimos que esta solução seja grave e infrequente. Mas está justificada aqui, de fato é obrigatória", acrescentaram.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o presidente Joe Biden não manifestou "uma reação direta" à decisão, mas pontuou que "há muito tempo tem sido um defensor do combate à violência contra as mulheres".

Cosby tinha perdido uma primeira apelação, quando um tribunal decidiu que a evidência da promotoria tinha estabelecido o "roteiro único de agressão sexual" do comediante.

Além disso, um primeiro julgamento contra o ator terminou sendo anulado em junho de 2017 depois que o júri não conseguiu alcançar um veredicto unânime.

Uma dezena de mulheres que se dizem vítimas de Cosby apresentaram ações civis contra o ator em busca de indenização por perdas e danos.

O comediante americano Bill Cosby apelou à mais alta corte da Pensilvânia de sua sentença de três a dez anos de prisão por drogar e agredir sexualmente uma mulher há mais de 15 anos, de acordo com documentos apresentados à justiça.

O novo recurso, que vem depois de o comediante perder um anterior em dezembro no Tribunal Superior da Pensilvânia, garante que o júri de seu julgamento nunca deveria ter ouvido o antigo depoimento de Cosby aos procuradores, em que ele disse ter administrado o sedativo e hipnótico Quaaludes para mulheres pelas quais ele estava sexualmente interessado.

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Os procuradores prometeram a Cosby que ele nunca seria acusado, disseram seus advogados no recurso apresentado na terça-feira.

Eles também indicam que isso aconteceu "décadas atrás" e que não está relacionado ou comparável aos crimes pelos quais ele foi julgado.

Seus defensores também apontam que o juiz Steven O'Neill nunca deveria ter permitido o testemunho de cinco outras mulheres - além da acusadora, Andrea Constand - que disseram ter sofrido abusos em encontros com o ator ocorridos anos atrás.

Eles afirmam que como resultado desses depoimentos, Cosby foi julgado como se fosse um "predador" sexual, sem presunção de inocência, e não pelos crimes de que foi acusado, mas por conduta anterior em sua vida.

O porta-voz de Cosby, Andrew Wyatt, disse à AFP que o ator não comentará sobre seu novo recurso.

O popular comediante de 83 anos, que rompeu as barreiras raciais com seu papel de pai e médico na série de TV de sucesso "The Cosby Show" (1984-1992), foi condenado em 2018 por drogar e agredir sexualmente Andrea Constand em sua mansão na Filadélfia.

Foi o primeiro julgamento de uma celebridade e o primeiro veredicto de culpado por agressão sexual desde o início do movimento #MeToo.

Apesar do fato de mais de 60 mulheres terem acusado Cosby de agressão sexual, ele só foi julgado sob a queixa de Constand, já que a prescrição já havia sido aprovada nos outros casos.

Um julgamento anterior em junho de 2017 terminou em anulação depois que o júri não conseguiu chegar a um veredicto unânime.

Uma dúzia de mulheres que afirmam ter sido vítimas de Cosby entraram com processos civis contra o ator, buscando indenização por danos.

Pouco mais de um ano após sua condenação por abuso sexual, o ex-comediante Bill Cosby falou, pela primeira vez, sobre sua pena. Ele foi condenado a 10 anos de prisão por ter drogado e abusado sexualmente de Andrea Constand, em 2004. Apesar de ter sido julgado culpado, ele continua alegando sua inocência e diz não sentir remorso de nada. 

Bill Cosby foi acusado de abuso sexual por mais de 60 mulheres e acabou condenado à prisão pelo caso de Andrea Constand. Ele admitiu, em 2005, ter drogado mulheres para fazer sexo e esse teria sido o indício mais convincente que levou o júri da Pensilvânia a considerá-lo culpado. 

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Condenado em setembro de 2018, o ex-comediante falou, pela primeira vez, em entrevista ao portal BlackPressUSA. Cosby disse que seu julgamento foi uma "farsa", porque os jurados seriam "impostores". Ele ainda disse que não se arrepende de nada. "Eu tenho oito anos e nove meses restantes. Quando pedir liberdade condicional, ninguém vai me ouvir dizer que tenho remorso". 

O ator americano Bill Cosby, condenado por agressão sexual no final de abril, mudou mais uma vez de advogado antes de tomar conhecimento de sua sentença, que deve ser anunciada no dia 24 de setembro.

O astro da televisão de 80 anos, que apelará de sua condenação, será representado agora por Joseph P. Green Jr, da Filadélfia (nordeste), indicou à AFP o porta-voz de Cosby, Andrew Wyatt.

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Green substituirá Tom Meserau, o famoso advogado de Los Angeles que salvou o cantor Michael Jackson de uma condenação por abuso sexual de menores, mas que não teve tanto sucesso com Cosby.

No dia 26 de abril, após um segundo julgamento que durou três semanas, o ator foi declarado culpado por três crimes de agressão sexual contra Andrea Constand, uma ex-jogadora de basquete de 45 anos. Pode ser sentenciado a até 30 anos de prisão.

Em um primeiro julgamento que foi anulado porque o juri não chegou a um veredito unânime, o defensor de Cosby foi Brian McMonagle, um advogado da Filadélfia.

Cosby permanece em prisão domiciliar em sua casa em Cheltenham, um subúrbio da Filadélfia (nordeste), após o pagamento de uma fiança de um milhão de dólares. Deve portar uma tornozeleira eletrônica.

Umas 60 mulheres que no passado foram aspirantes a atrizes ou modelos, acusaram Cosby publicamente de abuso ou agressão sexual, mas o ator só foi julgado pela agressão denunciada por Constand, já que teriam ocorrido há muito tempo e os supostos delitos prescreveram.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, decidiu expulsar de seu rol de membros o comediante Bill Cosby e o diretor Roman Polansky. A decisão, anunciada nesta quinta (3), se deu em virtude das acusações de violência e abuso sexual que ambos receberam nos últimos meses.

Segundo o jornal USA Today, a Academia informou, através de um comunicado, que a expulsão ocorreu "em atenção aos padrões de conduta" da instituição. Polanski já havia sido indicado ao Oscar por quatro vezes e saiu vencedor em 2002, pelo filme O Pianista.

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 O humorista Bill Cosby foi condenado por agressão sexual na última semana e corre o risco de ser condenado a até 30 anos de prisão por ter drogado e abusado de uma mulher em 2004, entre outras acusações. Já Roman Polanski assumiu a culpa pelo estupro de uma garota de 13 anos em 1977 além de ser alvo de, pelo menos, outras quatro acusações contra menores de idade, entre elas, a atriz Charlotte Lewis.

 

[@#relacionadas#@]

O comediante norte-americano Bill Cosby, 80 anos, foi condenado por drogar e abusar sexualmente de uma ex-funcionária da Universidade Temple, Andrea Constand, nesta quinta-feira (26).

O julgamento do comediante americano Bill Cosby, de 80, deve começar em 9 de abril - informou nesta quinta-feira (29) o juiz Steven O'Neill.

A abertura do processo do ator depende, porém, da decisão do juiz sobre os últimos recursos que estão sendo examinados nestas quinta e sexta-feiras no tribunal do condado de Montgomery, na Pensilvânia (leste).

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Até agora, o magistrado rejeitou quase todos os recursos, salvo o que pedia autorização para que cinco supostas ex-vítimas de Cosby apresentem seus testemunhos ao júri. Essas mulheres não apresentaram ações contra o ator, já que os supostos crimes prescreveram.

O julgamento acontecerá após a anulação de um primeiro processo no final de junho, porque o júri não chegou a um veredicto por unanimidade.

Nesse caso, Cosby enfrenta uma única demandante, Andrea Constand, de 44 anos, que o acusa de agressão sexual na residência do ator, em 2004.

Depois da anulação do primeiro julgamento, Cosby, que ganhou fama com o programa de televisão "The Cosby Show" (1984-1992), mudou de advogado.

Cosby foi acusado de agressão sexual por dezenas de mulheres ao longo de várias décadas. A grande maioria dos crimes denunciados prescreveu.

O ator e comediante americano Bill Cosby subirá ao palco de um clube de jazz da Filadélfia na noite desta segunda-feira (22) pela primeira vez desde o início de seus problemas judiciais, anunciou seu porta-voz.

Acusado de agressão sexual por uma ex-funcionária da Universidade Temple, seu caso foi julgado em junho, mas o processo foi anulado porque o juri não chegou a um veredito unânime.

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Um novo julgamento deverá começar no dia 2 de abril, presidido pelo mesmo juiz, mas com um novo juri.

Desde sua acusação, em 30 de dezembro de 2015, o célebre ator, que ficou famoso com a série televisiva "The Cosby Show" (1984-1992), só fez declarações públicas em uma entrevista a uma rádio, realizada em maio.

Segundo seu porta-voz, Cosby se apresentará nesta segunda-feira em dedicado ao baterista de jazz Tony Williams, que morreu em 1997, no LaRose Jazz Club da Filadélfia, no estado da Pensilvânia.

Durante décadas, Bill Cosby foi "o papai dos Estados Unidos", venerado por milhões de pessoas por seu papel como um afável médico e pai benevolente no bem-sucedido programa "The Cosby Show".

Na segunda-feira, o ator de 79 anos, que caiu em desgraça, será julgado, após ser acusado de drogar e abusar sexualmente de uma ex-diretora de um time de basquete universitário em sua casa, na Filadélfia, há 13 anos.

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Desde então, 60 mulheres acusaram Cosby publicamente de abusos sexuais durante quatro décadas. A reputação do ator foi arruinada e sua carreira acabou.

Nas acusações, dezenas de mulheres asseguraram que o ator usou de sua fama para lhes dar sedativos e álcool, deixando-as impotentes para resistir aos seus avanços.

Mas o julgamento em Norristown, na Pensilvânia, será provavelmente o único caso apresentado contra Cosby, já que a maioria dos supostos abusos aconteceu há muitos anos e os crimes prescreveram.

No tribunal do condado de Montgomery, um júri de 12 pessoas decidirá a sua culpa ou inocência em um julgamento que deverá durar duas semanas. Se for condenado, corre o risco de passar o resto da vida atrás das grades, já que a sentença mínima é de 10 anos e uma multa de 25.000 dólares.

Sua acusadora, Andrea Constand, de 44 anos, era na época diretora de operações de basquete na Universidade de Temple, onde Cosby estudou e depois ocupou uma cadeira no conselho administrativo até a sua renúncia após os escândalos em 2014.

Constand afirma que foi à casa de Cosby no início de 2004 para discutir a sua intenção de ir para o Canadá e mudar de carreira, mas disse que o ator a drogou com pastilhas e vinho, a colocou no sofá e abusou sexualmente.

Cosby admite ter dado a pastilha, mas insiste que as relações foram consensuais. Constand, que é lésbica, chegou a um acordo com Cosby em 2006 após uma demanda civil, depois de esperar um ano para reportar o incidente.

O caso foi reaberto em 2015 pelo promotor do condado de Montgomery, Kevin Steele, que assegurou que novas evidências foram reveladas enquanto denúncias de outros supostos abusos cometidos por Cosby foram levadas ao rádio e à televisão.

O ator compareceu ao tribunal em 2015 e ficou em liberdade depois de pagar uma fiança de um milhão de dólares.

Em uma incomum entrevista no mês passado, Cosby sugeriu que o racismo pode ter tido um papel importante nas denúncias.

O juiz Steven O'Neill permitiu que apenas outra acusadora de Cosby dê um depoimento, uma derrota para a acusação, que solicitou apresentar 13 testemunhas.

A defesa tenta acabar com a credibilidade de Constand, dizendo que ela modificou sua evidência, e questionou o motivo pelo qual esperou um ano para fazer a denúncia e continuou se encontrando com Cosby depois disso.

O ator americano de televisão Bill Cosby não conseguiu que fosse aceito um recurso que seus advogados apresentaram no caso de abuso sexual em 2004 que o famoso comediante negro enfrenta.

Cosby enfrentará uma pena de até 10 anos de prisão se for considerado culpado na corte da Pensilvânia por agressão sexual grave contra Andrea Constand, em sua casa nesta região do leste dos Estados Unidos.

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Seus advogados insistem que as relações foram consensuais, e na terça-feira tentaram que o juiz descartasse o caso com base em erros de procedimentos, por violações dos direitos do ator, dado que Constand não foi chamada para falar em uma audiência anterior, o que impediu uma acareação entre ambos.

"Confiamos que a máxima corte do estado (da Pensilvânia) corrija este erro, reverta esta decisão e nos permita iniciar o caminho seguro de que a inocência do senhor Cosby foi demonstrada", enfatizou Brian McMonagle.

Denunciado por dezenas de mulheres por supostos abusos ocorridos em sua maioria décadas atrás, o ator foi acusado no último 30 de dezembro por agressão sexual agravada contra Constand, uma ex-funcionária da Universidade de Temple, na Pensilvânia.

A esposa de Bill Cosby, Camille, testemunhou, nesta segunda-feira, em Springfield (Massachusetts, nordeste), no âmbito de um dos processos civis por agressão sexual contra o humorista e ator de televisão.

É a primeira vez que Camille Cosby dá seu depoimento em um processo que diz respeito a seu marido, acusado de agressão sexual por dezenas de mulheres.

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Camille Cosby, de 71 anos, havia tentado até agora se manter fora do tema. No domingo, apresentou um último recurso, que foi rejeitado pelo juiz federal Mark Mastroianni.

Neste processo em particular, Bill Cosby é acusado por sete mulheres. Entre elas, destaca-se Tamara Green, que assegura que o ator tentou abusar dela nos anos 1970 após fazê-la tomar medicamentos para impedir que se defendesse.

Quando foi consultada pela AFP, a defesa de Cosby lembrou que "a audiência é privada" e se negou a fazer comentários.

Casada há 52 anos com o criador do popular programa de televisão "The Cosby Show", Camille administra os negócios de seu marido.

Em dezembro de 2014, quando as denúncias contra Cosby estavam aumentando, ela tomou partido na defesa de seu marido e, em um comunicado, pediu prudência à imprensa.

Em um processo à parte, Cosby é acusado de agressão sexual agravada por fatos que remontam a 2004.

No início de fevereiro, um juiz do condado de Montgomery (Pensilvânia, leste dos EUA) descartou duas petições de Bill Cosby, que pediam a anulação deste outro processo. Cosby apelou da decisão. Se não aceitarem o recurso, provavelmente haverá um julgamento penal.

O ator americano Bill Cosby terá que testemunhar pela denúncia de uma mulher que o acusa de tê-la drogado e abusado dela quando era menor.

Um juiz da Suprema Corte de Los Angeles ordenou nesta quarta-feira que o humorista, de 78 anos, entregue sua declaração juramentada no próximo 9 de outubro.

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Seis dias depois será a vez de Judy Hutch, segundo quem Cosby a fez ingerir álcool e a agrediu sexualmente em 1974, quando tinha 15 anos, em um quarto da Mansão Playboy.

Em sua ação apresentada em dezembro de 2014, a mulher assegurou que o protagonista da série "The Cosby Show" a obrigou a ter "sexo sem consentimento", um feito que provocou nela provocou "danos psicológicos e ansiedade" toda a sua vida.

Desde novembro, Cosby está mergulhado e um mar de acusações de abuso sexual, apesar de negar todas as denúncias.

A revista The New York Magazine reuniu na semana passada 35 de suas supostas vítimas na capa. Todas contaram como conheceram o humorista e como teriam sido drogadas e violentadas por ele.

Segundo a publicação, um total de 46 vítimas foram identificadas, algumas das quais contatadas por outras mulheres vítimas de abuso, mas ainda não divulgaram sua história.

Quantas são? Quem são exatamente? Após meses de acusações contra o comediante Bill Cosby, a revista New York conseguiu reunir 35 de suas supostas vítimas, dando a palavra a estas mulheres, que acusam o ex-astro de televisão de tê-las drogado e agredido sexualmente.

Algumas das acusações datam dos anos 1960; as mais recentes, dos anos 2000. As 35 mulheres, fotografadas na capa da revista, eram na época modelos, meninas, atrizes no início de carreira, posavam para a revista Playboy, etc.

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Muitas permaneceram em silêncio sobre os supostos crimes durante anos.

"Poderia ter caminhado por qualquer rua de Manhattan e dito em qualquer lugar: 'Fui estuprada e drogada por Bill Cosby', mas alguém no mundo teria acreditado?", explica à revista Barbara Bowman, de 48 anos, que conheceu Cosby nos anos 1980, quando tinha 17 anos e tentava se tornar atriz.

Outra contou que sofria uma forte dor de cabeça e perguntou a Cosby se ele tinha um analgésico. "Ele respondeu: 'Tenho algo muito mais forte'. E eu disse a ele: 'Sabe, não uso drogas'. Ele respondeu: 'Você é uma das minhas melhores amigas, acha que vou te prejudicar?'. E acreditei nele", explicou Joyce Emmons, de 70 anos, que trabalhava em clubes de espetáculo e afirma ter sido agredida por ele no fim dos anos 1970.

"Me perguntou se queria um copo de vinho. Bebi uns goles. Tinha um gosto horrível. E comecei a me sentir mal", contou também Jewel Allison, de 52 anos, ex-modelo, que afirmou ter sido agredida no fim dos anos 1980. Ela acrescentou que tinha muito medo na época para denunciá-lo.

O site da revista New York não estava acessível na manhã desta segunda-feira, ao que parece vítima de um ataque de hackers. A revista, que afirmou que um total de 46 vítimas haviam dado seu testemunho, resolveu publicar no Instagram alguns deles.

Cosby, de 78 anos, nega as acusações de agressão sexual e nunca foi acusado.

Em uma declaração em 2005, no âmbito de uma demanda que terminou mediante um acordo financeiro, reconheceu que havia dado um poderoso sedativo a ao menos uma jovem com quem buscava manter relações sexuais.

Esta declaração se tornou pública há pouco tempo, o que reavivou o escândalo. Mas sua advogada contra-atacou. Cosby "só admitiu que foi uma das muitas pessoas que nos anos 70 usou o Quaalude para manter relações sexuais consensuais", declarou Monique Pressley em um documento judicial.

Cosby era considerado uma lenda do humor televisivo americano e um símbolo da luta contra o preconceito racial, além de representar a imagem do pai de família perfeito.

Sua sitcom, "The Cosby Show", marcou as décadas de 80 e 90 e foi sucesso de audiência absoluto.

A polícia de Los Angeles, na Califórnia, informou nesta quarta-feira que está investigando as acusações contra Bill Cosby por agressão sexual, depois que dezenas de mulheres asseguraram que o ator americano as drogou e violentou.

Esta investigação, no entanto, não está vinculada à publicação, na segunda-feira, de um documento judicial que data de 2005 e no qual Cosby admite ter dado um poderoso sedativo a pelo menos uma mulher para fazer sexo com ela.

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A investigação em curso inclui supostos atos prescritos, razão pela qual não se pode denunciar o ator. Trinta mulheres o acusaram recentemente de agredi-las sexualmente há várias décadas.

"Há uma investigação em curso que não está vinculada às últimas revelações", disse o chefe do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), Charlie Beck, dois dias depois de vir à tona a confissão de Cosby de 2005.

Um porta-voz do LAPD, Chris No, lembrou que seu departamento já tinha investigado as acusações contra Cosby de uma série de mulheres no ano passado, mas nenhuma acusação foi feita.

"Estamos explorando todos os aspectos só para nos assegurar de que tudo está coberto (...) Estamos atando os nós, velhos e novos", disse Chris No à AFP.

Cosby era o rosto do "The Cosby Show", uma comédia familiar que teve enorme sucesso nos anos 1980 e 1990 e que transformou o ator em um astro mundial.

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