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Mais de 16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, foram enviadas pelo Ministério da Saúde para todo o país. Desse total, 6,5 milhões foram destinadas aos municípios paulistas, pois o estado concentra quase 100% dos casos de sarampo registrados nos últimos 90 dias, segundo dados do órgão. Foram 1.220 ocorrências em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, uma na Bahia e uma no Paraná. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,58 por 100 mil habitantes.

As vacinas enviadas atendem à imunização de rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação e às situações de surto de sarampo. Rio Janeiro, Bahia e Paraná receberam, juntos, 8,2 milhões de doses.

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O ministério destaca que a vacina é o principal meio de prevenção de sarampo, caxumba e rubéola. O Brasil não registrava casos autóctones (adquiridos no país) de sarampo desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com medidas de bloqueio vacinal.

Campanhas adicionais

Até o momento, considerando o atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença. Elas estão sendo feitas nas áreas onde há circulação do vírus atualmente.

“Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS [Sistema Único de Saúde], conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida atualização”, informou o órgão em nota.

Atualmente, 53 cidades em quatro estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná – se mantém com surto ativo. Veja abaixo a lista dos municípios.

Orientações

No dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou um alerta para pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de idade para os municípios em situação de surto ativo do sarampo no país. A recomendação é que essas crianças sejam vacinadas com a tríplice viral pelo menos 15 dias antes da viagem. Além de proteger a criança, a medida contribui para interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.

Esta dose, chamada de “zero”, não substitui as etapas do calendário nacional de vacinação da criança. Além dessa dose, que não é considerada válida para fins de calendário, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.

A tríplice viral está disponível nos mais de 37 mil postos de vacinação em todo o Brasil pelo SUS.

 

Uma equipe de dez servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre fez um mutirão na madrugada desta sexta-feira para vacinar 64 integrantes da delegação da seleção brasileira contra caxumba. Segundo informações da prefeitura, jogadores, funcionários, dirigentes e comissão técnica receberam uma dose da vacina tríplice viral (proteção contra sarampo, caxumba e rubéola) após médicos da CBF detectarem um caso de caxumba no atacante Richarlison.

O trabalho da equipe médica teve início por volta da 1h30 da manhã, no hotel onde a seleção brasileira estava hospedada na capital gaúcha. Logo depois de eliminarem o Paraguai nos pênaltis, os jogadores receberam atendimento antes de irem aos quartos para dormir. A ideia da vacina foi tomada em conjunto pela equipe médica da seleção com a Secretaria de Saúde, para evitar novos casos da doença no grupo.

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Os jogadores receberam as injeções enquanto ainda comemoravam a classificação para a semifinal do torneio. Richarlison não foi ao estádio e permanece no quarto do hotel isolado, para evitar que o contato possa transmitir a doença para outros colegas. Enquanto o elenco viaja para Belo Horizonte na noite desta sexta-feira, o atacante do Everton vai continuar em Porto Alegre, em repouso.

A equipe médica presente ao hotel inclusive recomendou aos funcionários do estabelecimento para também procurar se vacinar. Como a caxumba é altamente contagiosa, os sinais da doença podem aparecer nos próximos dias em quem teve algum contato com Richarlison recentemente. A CBF tenta recuperar o jogador a tempo dele ter condições ao menos para participar de uma possível final da Copa América.

Quem também preocupa a seleção brasileira é o lateral-esquerdo Filipe Luís. O jogador está com uma lesão na coxa direita, deixou a partida com o Paraguai ainda no intervalo e é dúvida para a semifinal da próxima terça-feira, contra a Argentina, em Belo Horizonte.

Mais de 177 mil doses de vacinas contra poliomielite e tríplice viral foram aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de São Paulo, de acordo com o balanço da prefeitura. Desse total, 89.914 foram contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, e outras 87.579 doses da tríplice viral SRC que protege contra o sarampo e, também, contra caxumba e rubéola.

A meta da Secretaria Municipal de Saúde é atingir 95% de cobertura de vacinação entre crianças de um a quatro anos, o que corresponde a 562.392 crianças que vivem na capital. Até agora, a cobertura atingida contra poliomielite é de 15,2% e contra sarampo, caxumba e rubéola é de 14,8%.

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As doses da campanha de imunização estarão disponíveis em todos os postos de saúde da capital até o dia 31 de agosto. Para receber a vacina é preciso levar documento de identificação, carteira de vacinação e cartão SUS.

Segundo a administração municipal, mesmo que a carteira de vacinação da criança esteja em dia, é importante reforçar a imunização para reduzir o risco de reintrodução da poliomielite no Brasil e de circulação do sarampo, caxumba e rubéola na cidade.

Doença viral aguda caracterizada por febre e aumento das glândulas salivares, a caxumba - ou popularmente chamada de papeira - se apresenta como surto em Pernambuco desde maio de 2016. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde foi totalizado, nesse último ano, 76 surtos – várias pessoas doentes em uma mesma localidade - que envolveram 836 casos. Os mais afetados foram os adolescentes e adultos jovens. 

Diante desse cenário, a SES aponta para a importância da vacinação como medida preventiva e informa sobre a obrigatoriedade de notificação dos casos para que o Estado tome as medidas para barrar o surgimento de novos casos. 

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Vacinação 

A imunização pode ser feita através da vacina tríplice viral – tem proteção também contra rubéola e sarampo. Segundo a SES, pelo calendário brasileiro de vacinação, ela deve ser aplicada nas crianças aos 12 meses. Um reforço deve ser feito aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

Já em crianças acima de dois anos que não foram vacinadas aos 12 meses e adultos entre 20 e 29 anos, não imunizados ou que não sabem se foram vacinados, a indicação é aplicar a tríplice viral em duas etapas, com intervalo de 30 dias entre elas. No caso dos adultos dos 30 aos 49 anos, não imunizados ou que não sabem se foram vacinados, devem procurar os postos de saúde para se prevenir com uma dose.

Entenda o que é a caxumba

É uma doença viral aguda caracterizada por febre e aumento das glândulas salivares. A SES informa que estes sintomas podem vir acompanhados de dores musculares, anorexia, dor de cabeça, mal-estar, dor à mastigação e dificuldade de deglutição (engolir). 

A forma de contágio se dá pelo contato com as secreções respiratórias (gotículas de saliva, espirro, tosse) com um indivíduo infectado, mesmo quando assintomático. Ela pode ser transmitida pelo indivíduo adoentado no período de uma semana antes e vai até nove dias após o aparecimento da inflamação nas glândulas salivares.

De acordo com o diretor geral de Controle de Doenças e Agravos da SES, George Dimech, “como a carga viral da doença é mais elevada nos dias que antecedem e logo após o início da doença, recomenda-se o isolamento social do doente com afastamento das atividades habituais por até cinco dias após o surgimento dos primeiros sintomas”.

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Após confirmar o quarto caso de caxumba em pouco mais de um mês, o Santa Cruz está correndo para vacinar todos no clube. Além do elenco, funcionários e familiares dos servidores estão recebendo imunização para combater a doença conhecida popularmente por papeira. 

"O ideal seria imunizar todo mundo logo após o caso de Renatinho. Mas a logística de viagens para Bogotá, São Paulo e Florianópolis impediu. Porém, Renatinho (primeira vítima), sua família e os funcionários do departamento de futebol que ficaram em Recife, foram bloqueados", afirmou o médico do clube, Rodrigo Arruda.

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O procedimento se repetiu quando Matías Pisano contraiu. O técnico, que faz a comunicação entre clube e secretaria municipal de saúde explicou o motivo de, mesmo vacinados, os zagueiros corais foram acometidos. "Adoeceram porque a vacina tríplice viral demora 15 dias para surtir efeito e alcançar 100% de capacidade de imunizar. Provavelmente, os atletas tiveram contato com o vírus antes desse prazo”, disse Adrião Albuquerque.

Segundo o próprio Santa, familiares de Néris já estão sendo acompanhados e o clube está fazendo um levantamento de atletas e funcionários que nunca tiveram a doença para conseguir imunizar todos.

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Depois de Renatinho, Pisano e Danny Morais, mais um jogador do Santa Cruz foi acometido da caxumba. O zagueiro Néris, titular no sábado (29), diante do Internacional, foi mais uma vítima da doença e não enfrentará o América-MG no domingo (6). Com isso obrigará o técnico Adriano Teixeira a colocar uma nova dupla de zaga em campo, já que Luan Peres também não irá para o duelo, por uma suspensão. 

Wellington Silva e Danny Morais devem ser os escolhidos pelo treinador. O último, inclusive, acabou de se recuperar da doença e já irá voltar ao campo. O defensor comenta sobre o problema que vem acometendo o grupo coral nos últimos dias e mesmo ainda com algumas dores não vê empecilhos para atuar contra os mineiros. “No início do ano, o Grêmio passou por isso também na fase da Libertadores. É uma coisa inevitável que se prolifere na equipe. Foi ruim, mas com quatro ou cinco dias já estava melhor, sem inchaço. O corpo fica dolorido, mas pelo que vi da recuperação do Pisano e do Renatinho a minha foi mais rápida. Ainda sinto um pouco de cansaço, mas vou usar essa semana para me adaptar o melhor possível”, declarou.

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Com o desfalque de Neris, Adriano deverá levar a campo a equipe com Tiago Cardoso, Vítor, Danny Morais, Wellington Silva e Roberto; Derley, Jadson, João Paulo e Léo Moura; Keno e Grafite.

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Que a crise no Santa Cruz é grande, não é preciso repetir. Mas, sabe aquela máxima de que sempre dá para piorar? Dentro de campo, ela está pegando os atletas corais em seguidos episódios de caxumba. Após a doença acometer os meias Renatinho e Pisano, foi a vez do zagueiro Danny Morais desfalcar o Tricolor por conta da mesma doença.

Renatinho foi o primeiro. Ficou de fora por três semanas do elenco, mas já está recuperado. Depois veio Pisano, que ainda se recupera da caxumba e até já deu as caras no treino, mas tem feito atividades em separado do resto do grupo. Por fim, Danny Morais é a vítima do momento. O zagueiro não apareceu para treinar nesta quarta-feira (26) e a explicação veio por meio da assessoria de imprensa que confirmou o esperado.

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A doença

A caxumba é uma doença que acomete a vítima entre duas e três semanas. A doença, popularmente como papeira, causa febre, dor de cabeça, calafrios, fraqueza e inchaço na região do rosto. Altamente contagiosa, a caxumba pode ser prevenida com a vacinação logo aos 12 meses de vida, existe também uma vacinação de bloqueio para quem esteve em contato com pessoas infectadas. É uma enfermidade que tem episódios mais frequentes no inverno e na primavera.

Para o bem do Santa Cruz nessa reta final de Série A, é melhor que Danny tenha sido o último contaminado. Recentemente, o zagueiro completou 100 jogos com a camisa tricolor, diante do Botafogo.

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Doze presos foram diagnosticados com caxumba na Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife (RMR), na sexta-feira (30). Eles foram medicados, mas só na próxima segunda-feira (3), a Secretaria Estadual de Saúde deve vacinar os demais detentos.

O promotor de Justiça de Execuções Penais, Marcellus Ugiette, pretende, ainda na manhã deste sábado (1º), solicitar à 2ª Vara de Execuções Penais e à Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) que os presos com caxumba passem o período da doença em casa, em uma unidade hospitalar ou local isolado. “A enfermaria do presídio é muito pobre, não tem onde isolar. Imagine que lá há 2500 presos, onde só deveriam caber 400”, destacou. 

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A caxumba é uma doença altamente contagiosa, transmitida pela saliva. Entre seus sintomas estão febre, dores de cabeça, dores musculares, fraqueza e dores ao mastigar e engolir. A doença também causa inchaço das glândulas salivares e pode causar inchaço nos testículos e ovários. Em casos mais graves, a caxumba pode causar surdez, meningente levar a morte. 

A recuperação da doença dura cerca de duas semanas. A PAISJ é um presídio de regime semiaberto, por isso o promotor acredita que não haveria grandes problemas em deixar os detentos se recuperarem em casa, desde que com o devido monitoramento.  

Postos de Saúde de todo o país estarão abertos hoje (24) para o dia D de atualização do calendário vacinal de crianças menores de cinco anos e crianças e adolescentes de nove anos a 15 anos. Serão disponibilizadas diversas vacinas como as contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba e HPV.

A orientação do Ministério da Saúde aos estados e municípios é que as salas de vacinação permaneçam em atividade durante todo o dia, no entanto os horários de funcionamento ficam a cargo dos gestores locais de saúde e podem variar de uma cidade para outra.

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A campanha começou na última segunda-feira (19) e segue até 30 de setembro, em cerca de 36 mil postos fixos em todo o Brasil. Ao todo, 350 mil profissionais participam da ação.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram enviadas a todas as unidades da Federação 26,8 milhões de doses - incluindo 7,6 milhões para a vacinação de rotina de setembro e 19,2 milhões de doses extras para a campanha.

O objetivo da ação é combater a ocorrência de doenças imunopreveníveis no país e reduzir os índices de abandono à vacinação – principalmente entre adolescentes.

Mudanças no calendário de vacinação

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde alterou o esquema de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. A imunização contra a poliomielite passou a ter três doses da vacina injetável (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral. Até 2015, o esquema era de duas doses injetáveis e três orais.

Já a vacinação contra o HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas para meninas saudáveis de 9 a 14 anos. Meninas de 9 a 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses. 

No caso da meningocócica C, o reforço, que era administrado aos 15 meses, passou a ser feito preferencialmente aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras duas doses continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

A pneumocócica teve redução de uma dose e passou a ser administrada em duas (2 e 4 meses), com um reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que pode ser recebido até os 4 anos.

A Caxumba, conhecida popularmente como Papeira, tem voltado a afetar algumas pessoas da Região Metropolitana do Recife. Com característica marcante por ser uma doença incômoda e que o paciente apresenta dificuldades para ingerir alimentos, o vírus pode ser evitado desde a infância com a proteção através de vacina.

“Peguei Caxumba aos 26 anos porque não fui vacinada na infância e fui pega de surpresa. No entanto, em apenas uma semana já estava bem melhor. Só que é uma doença muito incômoda porque, além de não poder comer direito, tive que ficar isolada das pessoas pra evitar o contágio, assim como se afastar do trabalho, já que é isso acontece de maneira muito rápida e fácil”, conta a médica veterinária Carolina Sampaio. Além disso, a profissional acrescenta que o cuidado para que outras pessoas não adquiram a doença também, deve se dar, principalmente com as gestantes, afinal, é uma doença que pode aumentas as chances de abortos espontâneos. 

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A veterinária também frisa que, na mesma época em que esteve doente, outros amigos, da mesma faixa etária, também contraíram a doença e tiveram o ciclo encerrado no mesmo período. “Eu e outras pessoas também tiveram outras doenças depois que a Caxumba passou, como Faringite e Amigdalite porque a imunidade caiu, facilitando contrair outras doenças”, relatou. 

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a Caxumba não faz parte das doenças de notificação compulsória, mas recebem dados sobre surtos. Em 2015 não houve surto da doença no estado, no entanto, em 2016, já foram registrados dois em Olinda e um em Jaboatão dos Guararapes. 

Segundo a Secretaria de Saúde do Recife (SESAU), a cidade não está em surto e, da mesma forma que a SES informou, não se trata de uma doença de notificação compulsória.

Sintomas e formas de prevenção

A Caxumba tem como principal sintoma o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, por conta disso, o rosto tende a inchar. A depender da gravidade da doença, pode causar miningite e surdez, mas não é letal. Já para os pacientes que passaram da puberdade, os cuidados e repouso devem ser redobrados, afinal, o inchaço e pode afetar testículos, no caso dos homens, e ovários, nas mulheres, podendo levar à esterilidade de ambos os sexos. 

A forma mais eficaz de prevenção é através da vacinação. A Secretaria Estadual de Saúde alerta que a as crianças devem tomar a vacina Tríplice Viral (protege do Sarampo, Caxumba e Rubéola) aos 12 meses. Aos 15 meses, é feito o reforço com a Tetra Viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela). 

Já para as crianças acima dos dois anos, a vacina deve ser tomada, em duas etapas e com intervalo de 30 dias. Os adultos entre 20 e 49 anos, que não foram imunizados na infância, devem procurar os postos de saúde para se prevenir. 

Segundo a Secretaria de Saúde de Guarulhos, foram registrados 87 casos de caxumba neste ano. A secreataria afirma ainda que o número de casos na cidade está acompanhando a tendência do Estado de São Paulo, que já registrou mais de 840 casos.

As equipes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde estão realizando visitas domiciliares às pessoas que contraíram a doença e tomando as medidas necessárias.  A prevenção se dá pela vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e reforçada aos 15 meses por meio da palicação tetraviral, cujas doses podem ser encontradas nas Unidades Básicas de Saúde.

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Em 2015 o município registrou sete casos de pessoas infectadas em dois surtos. O diagnóstico da doença é feito através de exames clínicos. Lembrando que não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa, quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.

 

O número de casos de caxumba registrados neste ano no Estado de São Paulo já é o maior desde 2008, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde. Até o dia 16 de junho, quando foi divulgado o último levantamento, foram contabilizados 842 casos. Entre 2009 e 2015, o número variou, no ano inteiro, entre 118 (2014) e 671 (em 2015). Em todo 2008, foram 3.394 registros.

A imunização incompleta de parte da população, que não tomou as duas doses da vacina, e o fato de o vírus estar mais atuante estão entre as razões apresentadas por infectologistas para o aumento dos surtos.

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"Não tem uma explicação certeira para isso, mas sabemos que é um vírus altamente infectante e ele está circulando mais. Temos uma faixa de pessoas que não foram vacinadas adequadamente para a caxumba, porque é preciso ter duas doses e, antes de 2000, a padronização do esquema vacinal era diferente", explica Ralcyon Teixeira, médico infectologista e supervisor do pronto-socorro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Ele explica que o período de incubação da doença é grande e que, mesmo antes da manifestação de sintomas - inflamação das glândulas salivares, dor de cabeça e febre -, a pessoa já pode transmitir a caxumba. "O prazo de incubação é de 16 a 18 dias, mas pode se manifestar em até 25 dias e a pessoa já começa a expelir o vírus."

Em janeiro deste ano, a infectologista Luciana Marques Sansão Borges, de 31 anos, teve caxumba, que se manifestou em ambos os lados do pescoço. Ela conta que ninguém de sua família nem do seu ambiente de trabalho estava com a doença. "Foi depois da virada do ano e não tinha ido a nenhum lugar com aglomeração. Fiquei nove dias afastada do trabalho."

Apenas após o episódio que ela se deu conta de que não tinha tomado as duas doses da vacina. "Meu cartão de vacina é atualizado, mas tomei a dose de sarampo e rubéola. Na minha cabeça, estava plenamente vacinada. Só doente vi que faltava a de caxumba."

Mesmo vacinada, a administradora Flávia Oliveira, de 25 anos, foi contaminada e recebeu o diagnóstico na semana passada. Ela ainda se recupera em casa. "Fiquei tomando anti-inflamatório e, desde então, estou de repouso e tem de ficar, porque dói muito para comer, ficar em pé. Ainda estou com um pouco de inchaço."

Para não contaminar a família, Flávia separou talheres, pratos e copos. "Lavamos tudo com água fervente."

Cuidados

Repouso e isolamento são as principais orientações para os pacientes, já que não há um medicamento específico para a doença. "Não tem nenhum antiviral para caxumba. A recomendação é fazer repouso, tomar analgésico e anti-inflamatório. É importante evitar aglomerações e lavar as mãos", diz Graziella Hanna Pereira, infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

Segundo Raquel Muarrek, infectologista do Hospital Leforte, a doença pode causar complicações, principalmente para os homens. "A caxumba pode causar meningite e pancreatite. Em homens, pode vir com orquite, que causa aumento da bolsa escrotal e dor na região."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cidade de Guarulhos já registrou 58 casos de caxumba este ano, contra apenas sete casos registrados no ano passado. As baixas temperaturas favorecem o aumento de casos de doenças contagiosas transmissíveis pelo ar, porque ocorrem com mais frequência aglomerações de pessoas em ambientes fechados.

A auxiliar logística Bruna Santos, de 26 anos, pegou caxumba há cinco dias e diz que não sabe como contraiu a doença: "Eu não entendo como aconteceu. Que eu saiba, no meu serviço ninguém pegou. Começou com uma dor atrás da orelha, no dia seguinte ficou inchado e começou a me dar calafrios e depois senti muito calor".  

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A caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus, que é transmitido por contato direto com gotículas de saliva de pessoas infectadas, sendo as crianças as mais vulneráveis. Se não for tratada adequadamente, a caxumba pode “descer”, como se diz popularmente. Quando isso acontece, a doença afeta testículos e ovários, causando dor e inchaço e podendo até causar infertilidade.

Pessoas  infectadas não devem frequentar ambientes públicos, fechados e movimentados, devendo permanecer em repouso durante nove dias.

 

A melhor maneira de evitar o contágio é a vacinação em duas etapas, a primeira aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses.

Desde o último fim de semana, Marilene Saade vem mostrando nas redes sociais os dias difíceis que tem passado ao lado do marido, o ator Stênio Garcia.

Diagnosticados com caxumba, a também atriz vem relatando todos os momentos e mostrou sua indignação até a última segunda-feira, dia 21, quando ela e o marido tiveram que ser internados em um hospital para tratar a doença.

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Já nesta terça-feira, dia 22, Marilene publicou uma nova foto do casal, agora sorrindo, informando aos seguidores que já passam bem e estão em casa:

- Já estamos em casa! Tudo mais tranquilo, medicados e caminhando bem... Graças às boas energias de vocês! Agora vamos descansar, repousar, fazer o tratamento indicado e dia 27 retornamos nossas atividades normalmente .Obrigada por todo apoio e continuem torcendo por nós! O carinho de vocês é muito especial e importante. Beijos Mari e Stênio.

O ano do casal foi para lá de complicado, já que em setembro Stênio e a esposa tiveram suas fotos íntimas vazadas na internet, gerando grande repercussão nas redes.

A reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmou nesta quinta-feira, 24, que enfrenta um surto de caxumba na Faculdade de Engenharia Química (FEQ). Em menos de um mês foram nove notificações nessa unidade. Desde o começo do ano, a reitoria já contabiliza 15 ocorrências no câmpus. As aulas e outras atividades não foram suspensas.

O primeiro caso notificado na FEQ foi no dia 26 de agosto e o nono, na quarta-feira, dia 23. Nesta semana, a Secretaria de Graduação encaminhou e-mails aos estudantes para relatar as ocorrências e informar locais de vacinação no câmpus. Em um dos comunicados, a Unicamp pedia que a informação fosse repassada "urgentemente aos alunos de pós-graduação", em razão de alunos da graduação terem apresentado a doença.

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O aluno do quinto ano de graduação da FEQ, João Victor Guerra, recebeu dois e-mails da direção da Faculdade e afirmou que não se surpreendeu com o surto, mas tomou um reforço da vacina. "Me senti seguro apesar da informação, pois vi que a vacina era a proteção correta e é oferecida na Unicamp", avaliou.

A instituição informou por nota que ampliou o período de vacinação da Tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) para todos os dias da semana, no horário entre às 8h30 e às 17h30. A vacinação gratuita é destinada para alunos e servidores do câmpus.

A caxumba é uma doença viral caracterizada por febre e aumento do volume das glândulas salivares. A transmissão acontece por contato com secreções por vias aéreas.

A Secretaria Municipal de Saúde fará campanha de vacinação contra caxumba em presídios do Rio. Desde fevereiro, 93 casos da doença foram registrados entre os presos. Desses, 13 estão em isolamento, 19 em observação e 61 já retornaram ao convívio com os outros detentos. O Rio enfrenta surto de caxumba - foram registrados 658 casos suspeitos desde o início do ano; 52 deles na última semana. Em 2014, houve 561 notificações.

Os últimos casos em presídios ocorreram no Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste. São três presos diagnosticados com a doença, agora isolados. Agentes e detentos que tiveram contato com eles foram vacinados com a tríplice viral.

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Em nota, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que os presos com suspeita de caxumba "são isolados (...) para não propagar o vírus, recebendo tratamento adequado". A Secretaria Municipal de Saúde informou que já recebeu o pedido das vacinas para a campanha de imunização. Serão vacinados os presos que não tomaram as duas doses recomendadas da tríplice viral.

O Estado do Rio tem 68 focos de caxumba. Os casos ocorreram na capital (554 registros), em Niterói, no Grande Rio, e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Exames descartaram que a única morte suspeita tenha ocorrido por caxumba. Foi o caso da adolescente de 14 anos que morreu com sintomas de encefalite (inflamação do cérebro) após 11 dias internada. Na escola em que estudava, na zona oeste, houve mais 43 casos suspeitos. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que a maioria dos pacientes não havia sido vacinada.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou não haver evidência de epidemia no Rio. "O aumento do número de casos está sendo objeto de investigação. Diferentes hipóteses estão sendo analisadas. Estão sendo investigados, por exemplo, dados como a incidência de casos de pessoas já vacinadas, em comparação a não vacinadas ou que não completaram o ciclo vacinal (ou seja, que não tomaram as duas doses da vacina). Outra hipótese pode ser a possibilidade de redução da eficácia da vacina ao longo dos anos."

Entre 1º de janeiro e 7 de julho deste ano, o estado do Rio de Janeiro notificou 66 surtos de caxumba com o registro de 606 casos, contra 561 em 2014. O consultor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pediatra Reinaldo Menezes Martins, disse, porém, que não há razão para alarme com o aumento de 45 casos nos primeiros seis meses de 2015. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo Martins, o Ministério da Saúde está avaliando a situação com as secretarias. "É sempre indesejável que isso ocorra, mas não vejo motivo para tanta celeuma, até porque o que está acontecendo aqui não é privilégio do Brasil”, afirmou o especialista.

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O médico ressaltou que o que está ocorrendo agora no Brasil já foi verificado na Europa e nos Estados Unidos. “A vacina contra caxumba, dentro da tríplice viral, que cobre sarampo, caxumba e rubéola, é a que mais tem falhas vacinais. Isso é sabido. Não é uma coisa nova. Muitos surtos já foram investigados nos Estados Unidos e na Europa.”

De acordo com Martins, estudos do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos indicam que a eficácia da primeira dose da vacina contra a doença varia de73% a 91%, aumentando para a faixa entre 79% e 95% na segunda dose. Ele disse que, como naquele país a notificação da doença é obrigatória, o que não ocorre no Brasil, os números refletem a realidade.

Depois que se utilizou a vacina de caxumba em larga escala nos Estados Unidos, o número de casos caiu, destacou o médico. “Lá a caxumba é de notificação obrigatória, e fica fácil verificar, aqui entre nós, que os registros são falhos, até porque não existe notificação obrigatória.”

O consultor científico da Bio-Manguinhos acrescentou que os percentuais comprovam que, mesmo com as duas doses, não há proteção completa. No entanto, chama a atenção que, apesar das falhas vacinais e dos surtos que ocorrem, a eficácia da vacina foi comprovada nos Estados Unidos. “Comparando os casos de caxumba antes e depois da introdução da vacina, o número caiu de uma maneira muito acentuada. Não se consegue eliminar a doença. Há falhas vacinais, mas, no cômputo geral, é uma vacina bastante efetiva contra a caxumba.”

Martins explicou que a notificação não é obrigatória no Brasil porque, comparada a outras doenças, a caxumba é uma infecção relativamente benigna, que até pode causar meningite, mas, na maioria dos casos não deixa sequelas. Além disso, há outras doenças que podem provocar inflamação da glândula parótida, que fica embaixo da orelha e, em alguns casos, é um dos sintomas da caxumba: “Nem toda caxumba incha a parótida. Isso é um problema. E também há inflamação da parótida que não é causada pelo vírus da caxumba.”

O pesquisador destaca ainda que a segunda dose da vacina faz falta. Inicialmente, a indicação no Brasil era de aplicação da tríplice viral em crianças com até 12 meses e a segunda dose, entre os 4 e os 4 anos de idade, mas, como se verificou que nesta segunda faixa etária, a cobertura vacinal era muito baixa, o prazo foi alterado para 15 meses na segunda dose. “Aproximamos para melhorar a cobertura da tríplice viral.”

O Bio-Manguinhos é responsável pelo processamento final, com a rotulagem e a distribuição das vacinas para os postos de saúde do país. Segundo o médico, os laboratórios particulares produzem vacinas que foram avaliadas pelo instituto, e o resultado do produto foi semelhante.

Em 2013 o Bio-Manguinhos processou e distribuiu 28,89 milhões de doses da tríplice viral e 1,49 milhão da tetravalente viral, que inclui a catapora. No ano passado, foram 11,6 milhões de doses da tríplice e 3,22 milhões da tetravalente.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a estudante Juliana de Freitas Guedes, de 14 anos, que morreu na terça-feira passada, não teve caxumba. Aluna do pH, escola que teve 44 casos da doença, ela ficou internada por 11 dias e teve um quadro de encefalite (inflamação aguda no cérebro, desencadeada por vírus ou bactéria). O laudo do Instituto Noel Nutels deu negativo para o vírus da caxumba.

De acordo com o Ministério da Saúde, o esquema de vacinação contra o vírus da caxumba não será alterado - a recomendação é de que as crianças sejam vacinadas aos 12 meses e recebam nova dose aos 15 meses. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, informou que a maioria dos casos registrados na cidade ocorreu em pessoas não vacinadas.

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A vacina fornecida nos postos de saúde é fabricada pela GSK, que está transferindo a tecnologia da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para BioManguinhos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) responsável pela fabricação de vacinas e biofármacos.

"Não há o menor indício de que a vacina seja ineficaz", afirmou o pediatra Reinaldo Menezes Martins, consultor científico de BioManguinhos. Ele informou que a instituição fez três testes de efetividade da vacina. No esquema de vacinação aos 12 meses de idade e aos 19 meses, a imunidade chegou a 100%. Testes do Centro de Controle e Prevenção de Doença de Atlanta, nos Estados Unidos, mostram que a efetividade da vacina fica entre 79% e 95% se tomadas doses aos 12 meses e aos 15 meses de idade.

"Na tríplice viral, o componente mais fraco é o da caxumba. Isso é sabido há muito tempo. Mas não estamos tendo nada aqui que já não tenha sido descrito na Europa e nos Estados Unidos", explicou o médico. Segundo ele, os surtos são cíclicos e reduzem quando diminui o número de pessoas suscetíveis ao vírus.

Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo mostram, por exemplo, que os últimos surtos no Estado ocorreram em 2007 e 2008, com 3.426 e 3.394 casos registrados, respectivamente. Nos dois anos, morreram 4 pessoas. "Nada se compara ao período anterior à vacina, quando o que se tinha era uma epidemia de grandes proporções", afirmou Martins.

O surto de caxumba no Rio superlotou nesta quinta-feira (9) os postos de vacinação e clínicas particulares. No Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca (zona oeste), a espera para tomar a vacina que protege da doença chegava a duas horas no início da tarde. Na fila, estavam alunos das duas escolas que concentram os casos da região: o pH, com 44 casos suspeitos e um óbito, e o CEI, que chegou a ter 20 registros e, no momento, soma quatro.

No pH, as férias foram antecipadas em uma semana, para evitar possíveis contágios. Os estudantes só voltam em agosto. "Está todo mundo apavorado. Na minha turma tem 40 alunos e hoje só foram cinco. A aula de português foi na quadra de esportes, por ser aberta", contou Kayan Abate, de 13 anos. Ele conhecia de vista Juliana Guedes, de 14, que morreu na terça-feira de meningite viral - o quatro pode ter decorrido de complicações da caxumba.

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"Caxumba nunca foi uma doença que me preocupasse, mas, quando morre uma menina do mesmo colégio, vem o pânico", disse a mãe dele, a fisioterapeuta Magali Abate, de 38 anos, que levou para vacinar também a filha de 11 anos. Ambos, imunizados quando bebês, foram receber doses de reforço.

Na clínica Prophylaxis, na Barra, onde a dose da tríplice viral (contra caxumba, sarampo e rubéola) custa R$ 60, a procura aumentou este mês. Mãe de dois alunos do CEI, a advogada Mariana Ferreira, de 42 anos, foi buscar informações. "As mães que estão no grupo de WhatsApp estão na maior histeria." Os filhos relataram que só metade das turmas está indo às aulas e que há alunos usando máscaras para proteger boca e nariz.

A reportagem conversou hoje com diretores dos colégios pH, CEI, Andrews e Santo Inácio - os dois últimos, em Botafogo (zona sul), e, respectivamente, com seis e dez casos notificados. Eles informaram que, para coibir a disseminação do vírus, transmitido por secreções contaminadas, vêm mantendo aparelhos de ar condicionado desligados e janelas e portas das salas abertas. Também orientam os alunos a não dividirem copos e objetos pessoais.

O alerta começou entre abril e maio. O diagnóstico foi dificultado pelo fato de os sintomas - fraqueza, febre, dor de cabeça - serem confundidos com os de um princípio de gripe, comum quando as temperaturas caem.

O infectologista Edmilson Migowsky, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que só é recomendável a vacinação de quem não foi imunizado quando bebê ou de quem não tem mais caderneta de vacinação. "A mobilização é válida, mas não há motivo para pânico. Tenho 30 anos de profissão e é a primeira vez que vejo um caso de morte relacionado a encefalite por caxumba."

Para Migowsky, os adolescentes são os mais afetados pelo surto por trocarem beijos na boca e compartilharem copos e garrafas. Além disso, podem ter sofrido perda de imunidade por terem tomado a tríplice viral há muito tempo.

A capital, município mais populoso do Estado, já conta 606 casos desde janeiro, ante 561 de todo o ano de 2014. Barra, zona sul e centro concentram o surto. Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, as quatro cidades de maior população fora a capital, somaram, juntas, 236 registros em 2015.

A Secretaria Municipal de Saúde investiga se uma estudante de 14 anos morreu em complicações de caxumba. O número de registros da doença no Estado neste ano superou o de 2014 - 606 casos até terça-feira, 07, ante 561 em todo o ano passado. A prefeitura do Rio mapeou 30 pontos de surto na Barra da Tijuca (zona oeste), bairros da zona sul e centro. Também houve notificações nas cidades de Niterói e Nova Iguaçu, na Região Metropolitana.

A adolescente foi internada em hospital particular na Barra da Tijuca com sintomas de encefalite (inflamação aguda no cérebro, desencadeada por infecção provocada por vírus ou bactéria). O corpo da estudante foi enterrado nesta terça-feira no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. A secretaria investiga se a morte aconteceu em decorrência de complicações da caxumba. Os exames laboratoriais ainda não ficaram prontos.

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Na escola em que a menina cursava o 1.º ano do ensino médio, houve 44 casos suspeitos da doença desde 21 de maio. A instituição tem sido acompanhada por profissionais da prefeitura, que orientaram o afastamento de alunos e funcionários com sintomas como febre, calafrios, dores musculares, de cabeça e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Outras escolas da Barra também tiveram alunos com caxumba.

"A caxumba é uma doença endêmica e sua incidência aumenta no inverno. A grande maioria das pessoas contaminadas não estava vacinada para caxumba", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. "Estamos alertando a população a checar sua carteira de vacinação e a procurar os postos de saúde caso não tenha recebido duas doses da vacina."

A vacina contra caxumba passou a ser fornecida gratuitamente nos postos de saúde a partir de 2002, quando entrou no calendário do Programa Nacional de Imunização, lembra a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai. "Muitos adultos jovens não receberam as duas doses que deveriam."

Além disso, alguns Estados usaram a vacina dupla viral (rubéola e sarampo) nas campanhas para vacinação contra rubéola em vez da tríplice viral, que combina também a caxumba.

"As poucas pessoas não vacinadas com as duas doses que garantem a imunização mais aquelas que não se vacinaram fazem um número grande de suscetíveis e podem levar a surto até entre as pessoas já vacinadas. A gente reforça a importância da cobertura vacinal. Isso evita surtos como esse", afirmou Isabella.

A recomendação da SBIm é que as pessoas que não receberam a vacina tríplice viral (ou não sabem se foram vacinadas) devem tomar duas doses, com intervalo de um mês entre elas. As que receberam a primeira dose, devem tomar a segunda. Isabella lembra que a caxumba é virose benigna. "Muito raramente leva a complicações como a encefalite", afirmou.

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