Após o 3 a 0 sofrido contra o Salgueiro, o técnico Marcelo Martelotte não se eximiu de culpa pela goleada sofrida no Sertão que pode, inclusive, tirar o tricolor do G4 do Campeonato Pernambucano em caso de vitória do América sobre o Náutico nesta segunda-feira (14). Com vários desfalques considerados titulares, o comandante coral evitou responsabilizar os substitutos pelo futebol apresentado. 

“A responsabilidade é minha. Sou eu quem escalo o time, com relação ao que vamos apresentar, ao resultado, as escalações e que defino nas funções de cada jogador. Tenho que assumir essas responsabilidades. Pensamos em um planejamento de contratações e estamos sofrendo bastante com lesões e vamos analisando a chegada de reforços”, comentou Martelotte, que já tenta esquecer o resultado ruim pensando no próximo jogo do Santa Cruz, pela Copa do Brasil.

Apesar do confronto da quarta-feira (16) ante o Rio Branco, do Espiríto Santo, não ser menosprezado pelo técnico, ele reconhece que o mais importante agora é preparar a equipe para o clássico contra o Náutico pelo estadual no próximo domingo (20). Por isso, na competição nacional Martelotte já analisa poupar alguns atletas. “Eu já  tinha pensado isso antes do jogo contra o Salgueiro e esse resultado reforçou ainda mais a ideia. O clássico de domingo, contra o Náutico, ganhou mais importância. A Copa do Brasil é uma competição importante, mas existe o jogo de volta para recuperar o que pode acontecer na quarta. Vamos priorizar o clássico do final de semana”, revelou.

Um dos jogadores que pode reaparecer na titularidade na equipe é o meia Daniel Costa, que apesar de ter entrado apenas depois do resultado já concretizado no placar, foi bastante elogiado pelo treinador. “A entrada do Daniel funcionou bem. Mostrou qualidade e se movimentou bem. Essa recuperação dele passa por bons jogos, como ele fez hoje. Esperamos muito dele. Se houve um aspecto positivo, foi a entrada do Daniel Costa”, concluiu.

Se depois do Clássico das Emoções desta segunda-feira (1º) a saída dos torcedores foi tranquila, antes, o transtorno parece ter tomado conta do acesso dos corais à Arena Pernambuco, palco do duelo. Por isso, o Santa Cruz anunciou, através de seu site oficial, que irá tirar as devidas satisfações com o consórcio que administra o estádio que sediou os jogos da Copa do Mundo no Recife.

Confira nota publicada pelo clube tricolor:

“A presidência do Santa Cruz pedirá, nesta terça-feira, explicações ao Consórcio Arena Pernambuco sobre os problemas enfrentados pela torcida coral na última segunda-feira, no clássico com o Náutico, quando milhares de torcedores só conseguiram ter acesso ao estádio no final do primeiro tempo. Por não ser a primeira vez que acontecem situações constrangedoras desse tipo na Arena envolvendo a torcida tricolor na condição de visitante, o clube cobra do Consórcio um posicionamento a fim de cessar os reiterados incidentes.”

Assim como os jogadores do Santa Cruz, o técnico Marcelo Martellotte reconheceu a superioridade alvirrubra na noite dessa segunda-feira (1º). Porém, o comandante coral encarou o resultado com naturalidade e pretende tirar lições da derrota diante do timbu.

ENTROSAMENTO

“O fato da gente estar mais entrosado não nos dá a vitória antecipada. Acho que a derrota acaba trazendo o Santa Cruz para esta realidade. As vitórias em 2015 foram conquistadas com muito esforço. Tivemos que aprender da forma mais dura e mais difícil, que superioridade, favoritismo e entrosamento não ganha jogo”

TÁTICA

“Tivemos muitos erros e passe, erro de escolha de jogada. Fizemos muito chuveirinho na área, coisa que nunca fazemos. Erramos muito fazendo ligação direta. Falhamos”

ARBITRAGEM

“A arbitragem não teve influência nenhuma no resultado do jogo. Não temos o que falar. Não ganhamos porqUe não tivemos uma boa noite”

SEQUÊNCIA

“Assim como a boa temporada de 2015 não nos dá a vitória, o começo ruim não pode ser referência. Uma derrota nos dá oportunidade de tirar lições. Nós vamos conversar sobre os erros e a atitude diferente que temos que ter para obter resultados melhores. Precisamos mudar a postura. Entrar com o espírito competitivo”

Por mais que clássico muitas vezes queime a língua de quem tenta acertar, parecia que a renovação do time completo do tricolor do Arruda o credenciava como provável melhor conjunto, ao menos no início do campeonato. Mas clássico... é clichê. Como quem não quer nada, o timbu fez a armadilha e matou o jogo em contra ataques mortais. Fato reconhecido por unanimidade entre os atletas tricolores.

Para o meia Renatinho, que entrou no segundo tempo, os erros do santa determinaram a derrota. “Faltou inteligência. Sabíamos da postura do Náutico, que era esperar a gente atacar para contra atacar. Foram falhas nossas”, afirmou.

Referência no ataque, o atacante Grafite saiu insatisfeito com o rendimento da equipe. “A gente se deixou levar pelo jogo deles. Eles ficaram atrás, esperando uma brecha e encontraram. Não conseguimos nos encontrar. Eles foram melhores. Agora é levantar a cabeça e trabalhar para tentar ganhar do Salgueiro”, disse o camisa 23.

Craque do campeonato em 2015, o meia João Paulo foi além e criticou a apatia do tricolor do Arruda. “A gente tem que melhorar bastante. Acho que temos que entrar no nosso máximo. Quando a gente entra com pé mole em clássico, acaba perdendo”, disparou.

Com desfalques de última hora, os técnicos Gilmar Dal Pozzo e Marcelo Martelotte precisaram fazer alterações nos times de Náutico e Santa Cruz, respectivamente, que irão entrar em campo nesta segunda-feira (1º), na Arena Pernambuco, às 20h30, para a estreia no estadual de 2016. E enquanto pelo lado alvirrubro o mistério prevalece, os tricolores já têm a formação definida.

Dal Pozzo acabou perdendo uma de suas principais peças no meio de campo, o meia Renan Oliveira, com uma lesão muscular, só deverá saber se irá para o campo momentos antes do jogo. Por isso o técnico Timbu ainda não revela o time, com dúvidas no setor de criação. “O Renan sentiu um desconforto muscular e tem essa possibilidade de não participar. Somente uma avaliação médica que vai definir. Era um jogador que vinha treinando no time titular. Temos a possibilidade de substituí-lo jogando com três volantes, Rodrigo, Eduardinho e Eli, e a possibilidade do Valdívia, que vinha treinando nessa formação. Ainda tenho que quebrar a cabeça”, comentou o treinador.

Já Martelotte não poderá contar com o lateral esquerdo Allan Vieira, não por problema de lesão, mas porque seu nome acabou não sendo publicado no BID a tempo e por isso terá a vaga ocupada por Tiago Costa. A entrada do jogador de última hora não preocupa o treinador coral, que vê o time entrosado. “Nossa equipe já se conhece desde o ano passado. Nestes últimos dias, fizemos um trabalho que visou o adversário. A única questão é que treinamos mais com o Allan, mas o Tiago é da posição e conhece o grupo. Não vejo muito problema, nenhuma grande diferença”, pontuou. Além do lateral, Arthur, Wallyson, Keno e Lucas Ramon também acabaram não sendo regularizados e estão fora do jogo.

Mesmo com essa ausência de mais atletas do grupo tricolor, o técnico alvirrubro diz que vê o Santa Cruz iniciando o ano como favorito na competição devido ao time titular ser basicamente o mesmo de 2015. “Vejo no inicio da competição que o Santa Cruz, em relação as outras equipes tem uma vantagem pela base e entrosamento. Lá para terceira ou quarta rodada e final as equipes vão se equilibrar. Mas, isso não quer dizer que vamos ter uma vitória ou derrota nesse clássico. Com dedicação podemos nos igualar também”, analisou Dal Pozzo.

Martelotte, no entanto rechaça esse favoritismo, principalmente contra o Náutico, contra o qual no ano passado - mesmo sendo considerado favorito - acabou perdendo os dois clássicos no brasileiro. “Nunca coloquei o Santa Cruz como favorito nas partidas contra o Náutico no ano passado. Isso é papel da imprensa. Favoritismo é perigoso para todas as equipes e o favoritismo em clássico quase não existe. Ainda mais sendo início de temporada, sem parâmetro de análise para os dois. Mas, tem tudo para ser um grande jogo, as duas equipes têm capacidade para isso”, acredita o técnico.

Os time do Náutico deve ir a campo escalado com: Rodolpho, Rafael Pereira, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gastón; Elicarlos, Rodrigo Souza e Eduardinho (Valdívia); Roni, Bérsgson e Daniel Morais. O Santa, por sua vez, de ser formado por: Tiago Cardoso, Vítor, Alemão, Danny Morais e Tiago Costa; Wellington, João Paulo e Daniel Costa; Raniel, Lelê e Grafite.

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Mais experiente jogador do elenco do Náutico, o zagueiro Fabiano Eller se diz pronto para a disputa de mais um estadual, aos 38 anos de idade. Sem demonstrar cansaço após tanto tempo atuando, ele se vê como referência para os mais jovens do elenco e por isso continua demonstrando dedicação ao trabalho mesmo já tendo uma carreira vitoriosa no currículo.

“Eu sou feliz jogando futebol, gosto de jogar e isso é fundamental. Em qualquer trabalho você tem que ter prazer de trabalhar. Recebo um salário bom também, não adianta negar que o futebol proporciona coisas boas para gente. Em qualquer lugar que eu trabalhasse fora não receberia o salário que recebo jogando. E tenho uma carreira bonita e vitoriosa, sou cobrado pelo que fiz e faço e tenho que dar exemplo todos os dias de ser um jogador vitorioso, enquanto tiver contrato vou tentar fazer meu melhor”, comentou o jogador.

Sabendo que o time alvirrubro entra em desvantagem no pernambucano em relação a Santa Cruz e Sport, Eller ressalta que o diferencial do Timbu para este início de temporada pode ter sido o de se reforçar pontualmente com qualidade. “Fizemos poucas contratações, mas se tentou procurar em cada posição jogadores mais qualificados. Sei que o Náutico é um clube com menos verbas para contratações e temos que contratar certo”, ressaltou.

Mesmo com vários reforços ainda sendo desconhecidos da torcida, o zagueiro, que já foi campeão mundial interclubes, sabe que o mais importante para o time é que os reforços demonstrem vontade de vencer em campo. “Independente de nome, do que já conquistou no futebol, momento, o principal é querer vir para vencer. Eles têm que ter espírito de vencedor e não chegarem aqui achando que fizeram mais um contrato e vão cumpri-lo de qualquer maneira. Pelo que tenho visto nos treinos os jogadores estão com ambição de querer ganhar a competição, buscar uma coisa boa no ano e até na carreira. Muitos jogadores, hoje, apesar de terem sido importantes nos seus clubes, não tem tanto nome no cenário nacional, que é o que todo jogador busca ser desejado por outros clubes, jogar na seleção, para isso acontecer tem que pensar grande”, pontua.

Pronto para mais um clássico contra o Santa Cruz, Eller ainda revela sentir ansiedade antes da estreia em um campeonato, mas acredita que o time está pronto depois da pré-temporada realizada. “Acontece umas ansiedade por parte dos jogadores para o inicio da competição. Muitos jogadores vão estrear, então cria essa ansiedade, e até nós que estávamos aqui no ano passado temos também. Mas, foi feita uma boa pré-temporada, com muito trabalho e dedicação. Faltam poucos dias, mas vamos continuar nos preparando para o clássico, é um jogo mais difícil, com mais cobrança da torcida, diretoria e até os próprios jogadores”, concluiu.

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Na próxima segunda-feira (1º), tem Clássico das Emoções, pelo Campeonato Pernambucano, e o clima de rivalidade veio à tona entre tricolores e alvirrubros. Diante da proximidade do confronto, o técnico do Timbu, Gilmar Dal Pozzo, mesmo com a calma de sempre, procurou alertar para os cuidados que devem ser tomados com os corais. E o entrosamento do time adversário, pelo fato de uma boa base do ano passado ter permanecido, é o principal dos fatores apontados pelo comandante. 

“O Santa Cruz tem praticamente a mesma equipe de 2015. Claro que mudaram algumas coisas no posicionamento de certos atletas, mas a atitude da equipe continua”, reconheceu. E completou: “Conhecemos bem o time deles, e isso facilita muito. Mas o entrosamento dos tricolores é grande. Precisamos manter sempre o cuidado”.

Para dar conta do entrosamento dos rivais e ir longe na temporada, Dal Pozzo defende um sólido planejamento de trabalho. “Todo técnico precisa ter um conceito bem definido para formar um sistema de jogo de qualidade. Mas também não pode esquecer de criar variações, pois, com o tempo, os adversários começam a compreender sua tática”, explicou.

Após a vitória contra o Botafogo-PB, neste sábado (23), o técnico Gilmar dal Pozzo classificou como positiva a movimentação realizada na Arena Pernambuco. Apesar das poucas chances criadas, o comandante da equipe acredita que isso aconteceu por conta da forte marcação do adversário na partida. Depois de ajustes realizados no segundo tempo ele apontou uma evolução no time.

“Tivemos dificuldades porque o adversário fez uma marcação individual no primeiro tempo. A gente não conseguiu fazer que essa bola chegasse nos atacantes. Eles fizeram uma marcação em cima do Eduardinho e do Renan que eram nossos homens de criação. Por isso, fiz um ajuste no segundo tempo mudando para o sistema que jogamos no ano passado e deu certo. Mudamos o Roni de lado, colocamos o Bérgson por dentro e o Renan pelo lado na criação e confundimos a marcação do adversário”, analisou Dal Pozzo.

Sendo o último amistoso antes do jogo contra o Santa Cruz, válido pelo Campeonato Pernambucano, o treinador vê o time ainda sem estar 100% pronto para o duelo, mas já em um nível que considera satisfatório. “Estamos em um nível bom, que eu estou gostando. Não vou colocar porcentagem de quanto estamos prontos, mas sabemos também que precisamos melhorar. Temos essa humildade de reconhecer erros na individualidade e na movimentação. É humanamente impossível para qualquer time no primeiro jogo estar totalmente preparado”, disse.

Durante a partida, o que chamou a atenção de Dal Pozzo foi o desempenho físico dos atletas. Segundo o técnico, o resultado de um planejamento para poupá-los durante a semana. “Essa semana fizemos um planejamento de diminuir a carga de trabalho após o jogo-treino. Monitoramos o trabalho para eles terem um bom desempenho na parte física e eles deram uma resposta positiva. O exemplo disso foi que o Botafogo fez um monte de mudanças a mais que o Náutico”, comentou.

Agora, o técnico diz se preparar para analisar o Santa Cruz, no amistoso contra o Flamengo e detectar pontos fortes e fracos do tricolor. “Vamos acompanhar e monitorar lógico, não só o Santa Cruz, mas o classificado que vamos enfrentar no segundo jogo. Estamos monitorando junto com o nosso analista de desempenho. O final de semana será para analisar os adversários e tomar as decisões para fazer os trabalhos nesta semana”, finalizou.

O Náutico foi o grande vencedor do Clássico das Emoções, realizado neste sábado (17), na casa do adversário, o Santa Cruz. O técnico Gilmar Dal Pozzo, em entrevista coletiva após a partida, mostrou-se bastante contente e satisfeito com o desempenho do time. “Talvez tenha sido o melhor jogo do ano, superando o contra o Payssandu, que eu dei nota oito”, comentou Dal Pozzo. Com a vitória, o Timbu vai para a quinta colocação, com 49 pontos. 

No Clássico do Ano, Náutico vence Santa Cruz

O técnico do time alvirrubro destacou que a partida foi equilibrada. “O primeiro tempo foi muito equilibrado. Sobre o primeiro gol, tive dúvidas se foi pênalti mesmo ou não, mas aconteceu. Após isso, conseguimos equilibrar a partida”, comentou. Dal Pozzo deu o mérito ao ajuste tático feito, que mexeu com Felipe Souto, Hiltinho, Bergson e Daniel Morais.

“A estratégia [de ajuste tático] deu certo, em que fizemos os três gols e conseguimos controlar o jogo com tranquilidade”, explicou. O técnico falou que a vitória do time foi muito merecida. “Foram dez dias de muito trabalho. Trabalhamos sábado e segunda e tivemos muita concentração. Sabíamos que era o jogo do ano”, confessou. “A vitória foi consequência de tudo isso.”, finalizou Dal Pozzo.

O jogador Bergson lamentou o terceiro cartão amarelo que levou na partida, mas não deixou a comemoração de lado. “Mostramos qualidade e ganhamos hoje. Nossa equipe mostrou que tem caráter, que somos homens e vamos até o fim”, comemorou. O meia disse ainda que o gol do Santa Cruz foi apenas “cinco ou seis minutinhos que eles envolveram” o Timbu.