Tópicos | CNBB

O arcebispo de Brasília, d. Sérgio Rocha, disse nesta segunda-feira, 15, que o papa Francisco não deverá alterar o roteiro de sua viagem ao Rio, onde participará da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 23 a 28 de julho, para visitar a capital, porque o Vaticano não vai desviar o programa do foco principal.

"Eu convidei o papa Francisco, renovando convite feito antes a Bento XVI, para visitar Brasília, mas a Nunciatura Apostólica já deu resposta negativa", informou d. Sérgio. Ele fez o convite com aval da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que também achava conveniente e importante para a Igreja que o roteiro começasse por Brasília. Nesse caso, o governo gostaria que Francisco fizesse uma visita de Estado, o que complicaria mais a logística da viagem.

##RECOMENDA##

D.Sérgio acredita que será possível o papa estender a viagem à Aparecida, sede do

Santuário Nacional da Padroeira do Brasil, em visita pastoral, conforme ele disse à presidente Dilma Rousseff, após recebê-la em audiência no Vaticano. Belo Horizonte, cujo arcebispo, d. Walmor Oliveira de Azevedo, convidou o papa Francisco para o encerramento do Congresso Mundial de Universidades Católicas, dia 21 de julho, também não entrará no roteiro.

Os bispos vetaram nesta segunda-feira, 15, por consenso o projeto sobre a Questão Agrária que deveria ser publicado como documento oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na próxima sexta-feira, por considerar o texto parcial e de inspiração socialista. Dezenas de sugestões e de emendas apresentadas no plenário da Assembleia Geral do episcopado, reunida em Aparecida, tornaram inviável a publicação do documento, que só será votado no próximo ano.

"Houve objeções à linguagem e ao conteúdo com relação, por exemplo aos movimentos sociais e à análise de novas realidades", disse o vice-presidente da CNBB, d. José Belisário da Silva, arcebispo de São Luiz (MA). Os bispos rejeitaram a sugestão de que, feitas as emendas, o projeto fosse enviado ao Conselho Permanente, que se reúne periodicamente em Brasília e poderia aprovar a nova versão. O plenário preferiu transferir a responsabilidade para a 52ª Assembleia Geral, em 2014.

##RECOMENDA##

Os pontos mais polêmicos foram os referentes a movimentos sociais, como a Via Campe-

sina e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que tiveram mais importância para a Igreja Católica no passado, mas que, na opinião dos bispos, não merecem mais o destaque e o apoio quase incondicional que tiveram no texto vetado. O agronegócio, criticado no texto como se fosse uma realidade opressora dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais, deverá receber outro tratamento na revisão da proposta de documento.

"Os bispos sugeriram, numa enxurrada de emendas, que se reconheça o avanço alcançado na questão agrária nos últimos 33 anos, desde 1980, quando a CNBB publicou seu último documento oficial sobre o tema", informou o bispo de Ipameri (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. "Houve avanço na Reforma Agrária, embora haja muito ainda a fazer, e conquistas da parte da sociedade, da ação política e da Igreja", observou.

O conceito de latifúndio também deverá ser revisto, para evitar uma condenação generalizada, como se toda propriedade de terra fosse sinônimo de injustiça e contrária ao direito natural. A linguagem do projeto de documento, segundo um bispo do Nordeste que lutou pela rejeição do texto, é cheia de chavões marxistas e desatualizada. A mesma comissão que redigiu a versão rejeitada foi encarregada de melhorar a redação.

O presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), d. Enemésio Angelo Lazzaris, bispo de Balsas (MA), afirmou nesta sexta-feira que a reforma agrária ainda não se tornou uma prioridade de governo no Brasil, nem mesmo no governo de Dilma Rousseff, porque a bancada ruralista no Congresso parece mandar mais que o Executivo. "Continua a opressão dos assentados e dos atingidos pelo impacto pelos grandes projetos do PAC, na área de mineradoras e de hidrelétricas", afirmou o bispo em conversa com jornalistas na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP). Segundo o bispo, 90% dos mandantes de crimes no campo não são condenados, mas absolvidos.

D.Enemésio disse, adiantando dados do documento a ser divulgado no encerramento da assembleia, dia 19, que a violência na terra continuou e até aumentou, desde o governo José Sarney, de 1985 a 1989, até os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, na administração do PT. "Os conflitos de terra que foram 685 com 614 mil pessoas atingidas entre 1985 e 1989 subiram para 1757 conflitos e 992 mil pessoas atingidas no governo Lula e para 1.363 conflitos com 600.925 mil atingidos no governo Dilma", informou o bispo. A média anual de conflitos foi menor durante o governo Fernando Collor - 445 conflitos e 432 mil atingidos - porque ele sofreu impeachment e governou apenas por três anos.

##RECOMENDA##

Para o arcebispo de Mariana e ex-presidente da CNBB, d. Geraldol Lyrio Rocha, a questão da reforma agrária não está sendo levantada por políticos e partidos e, por isso, o documento dos bispos deverá soar como um grito daqueles que estão pedindo socorro. "Esperamos que o documento chegue ao ministro da Justiça e que seja bem acolhido pelo Executivo e pelos parlamentares", disse o presidente da CPT. A Igreja, disseram os bispos, continuará apoiando os movimentos populares que lutam pela posse da terra. "Precisamos ouvir os gritos abafados dos sem-terra, dos indígenas e das vítimas de trabalho escravo", disse d. Enemésio.

Denúncia

O bispo denunciou, conforme nota divulgada pela CNBB, que tem mantido contato com uma freira, cujo nome não revelou, que está ameaçada de morte "por denunciar o tráfico de seres humanos, sobretudo crianças para serem adotadas para prostituição infantil, inclusive pedofilia e para extração e venda de órgãos". D.Enemésio lembrou que também estão ameaçados de morte o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), d. Erwin Krautler, bispo da Prelazia do Xingu, e d. José Azcona, bispo da Prelazia do Marajó, por lutarem contra a violência rural.

O presidente da CPT informou que tem acompanhado, na diocese de Balsas grupos de famílias acampadas que esperam assentamento em terras devolutas. "No Maranhão, estamos lutando pela legalização dos territórios indígenas e quilombolas", afirmou. O Maranhão, observou, tem cerca de 1 milhão de hectares de terras griladas.

O estilo e as primeiras orientações do papa Francisco, eleito sucessor de Bento XVI no dia 13 de março, prometem dar a tônica da 51ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iniciada nesta quarta-feira em Aparecida (SP), com presença de 361 participantes. "Quais serão as consequências em nosso País das palavras de Francisco, quando ele diz que quer uma Igreja pobre para os pobres?", perguntou no plenário o bispo de Jales (SP), d. Luiz Demétrio Valentini.

A resposta virá da definição, nos próximos dias, da discussão do tema central da assembleia, que busca um novo conceito de paróquia, apresentada como comunidade de comunidades, uma preocupação do documento da 5ª Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe, inaugurada por Bento XVI em Aparecida, em maio de 2007. "Igreja pobre para os pobres significa uma Igreja mais simples, mais presente, mais junto do povo e comprometida com a evangelização", disse o franciscano d. Severino Clasen, bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato. "E deve ter também um rosto alegre e uma palavra de alegria, de dignidade e de defesa do direito", acrescentou.

##RECOMENDA##

A eleição de Francisco está mudando igualmente a programação da vinda do papa ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na segunda quinzena de julho. O reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC Minas), d. Joaquim Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte, informou que Francisco será convidado para o encerramento do Congresso Mundial de Universidades Católicas, dia 21 de julho, em Belo Horizonte.

"O convite ainda não seguiu, mas está em processo de encaminhamento, prevê a antecipação da chegada do papa ao Brasil, prevista para 23 de julho", adiantou d. Mol. O arcebispo do Rio de Janeiro, d. Orani João Tempesta, afirmou que não vê inconveniência no fato de a programação do papa começar por Minas, três dias antes do início da JMJ. "Vai depender dele, o papa faz o que acha melhor", observou.

O cardeal-arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, d. Raymundo Damasceno Assis, informou aos bispos que provavelmente até o encerramento da assembleia, dia 19, o Vaticano divulgará a programação da viagem do papa, com locais e datas a serem visitados. O cardeal espera que Francisco inclua Aparecida no roteiro, atendendo a um convite seu, conforme ele adiantou à presidente Dilma Rousseff, ao recebê-la em audiência no dia 20 de março, em Roma.

Logística

Uma comissão encarregada da logística da viagem deverá vir ao Rio nas primeiras semanas de maio, dois meses antes da chegada do papa, informou d. Orani. Como tudo mudou após a renúncia de Bento XVI, cuja agenda seria mais restrita, por causa da idade e de seu estado de saúde, o arcebispo planeja ampliar os compromissos de Francisco dentro do novo contexto. "Gostaria que o papa visitasse uma favela, a ser ainda definida, e uma casa de jovens reclusos, além de rezar aos pés do Cristo Redentor, no Corcovado", adiantou d. Orani, Tudo será submetido ao Vaticano e à análise da equipe do governo brasileiro responsável pelo planejamento da programação. "Nada ainda de oficial", advertiu.

O arcebispo desmentiu informações divulgadas na imprensa de que a organização da JMJ teria contratado artistas famosos, entre os quais Michel Teló, para cantar nas celebrações do papa. "Se alguém for se apresentar, será como voluntário, pois a comissão da JMJ não vai pagar cachês", disse d. Orani.

A Arquidiocese do Rio admite que haja uma participação de até 2 milhões de pessoas, contando-se os fiéis e curiosos que queiram ver o papa. "Não significa que todos sejam inscritos", observou d. Orani. Até o fim da semana passada, havia 200 mil inscrições, um terço do total previsto. As vagas para hospedagem por enquanto superam as inscrições, mas o quadro deverá inverter-se, porque os interessados tendem a aumentar à medida que se aproxima a data da JMJ.

Com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 99/11 nesta quarta-feira (27) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, instituições religiosas poderão propor Ação Direta de Inconstitucionalidade, Ação Declaratória de Constitucionalidade e Atos Normativos no Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta de autoria do deputado federal João Campos (PSDB-GO) será analisada por uma comissão especial e se aprovada em dois turnos no Congresso Nacional será encaminhada ao senado. A PEC acrescente modificações ao art 103 da Constituição Federal e inciso X sobre a capacidade postulatória de Associações Religiosas.

Caso o texto seja aprovado em plenário, entidades religiosas como a Conferencia nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Convenção Batista Nacional e o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil terão o direito de questionar decisões judiciais. Eles poderão entrar com pedido de anulação de decisões como a união estável do mesmo sexo aprovada pelo STF em 2011.

 

Durante uma reunião com representantes da Igreja Católica, realizada nesta quinta-feira (21), no auditório da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), regional Nordeste, que fica no Recife, o Arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido fez mais de cem reivindicações. Dom Fernando também entregou sugestões de ações para minimizar os efeitos da seca nas regiões do Agreste e do Sertão ao governador Eduardo Campos.

Dom Fernando afirmou que depois de tanta caminhada, a coisa não andou como deveria após entregar  o quarto documento voltado para o assunto que a CNBB apresenta em mais de 50 anos.

##RECOMENDA##

O arcebispo também teceu comentários sobre o cenário político nacional.  “A expectativa de uma candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República é sinal de esperança para a solução da seca, afirma Saburido.

 

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, cardeal d. Raymundo Damasceno Assis, ficou sabendo que o papa Francisco irá a Aparecida pela entrevista que a presidente Dilma Rousseff deu à imprensa após ter sido recebida em audiência, na manhã desta quarta-feira, no Vaticano.

"Eu esperava que o papa aceitasse o convite, porque a reação dele foi muito boa quando entreguei uma carta na Casa Santa Marta, após o conclave, pedindo que, depois de participar da Jornada Mundial da Juventude,(JMJ) no Rio, estendesse a viagem a Aparecida", declarou d. Damasceno, surpreso com a divulgação da notícia pela presidente da República. O evento vai acontecer em julho.

##RECOMENDA##

D.Damasceno revelou que, ao ser convidado para ir ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil, o papa Francisco lhe disse que gostaria de voltar a Aparecida, porque gostou muito da cidade, quando passou lá 20 dias durante a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em maio de 2007.

"Recebo com alegria e gratidão a notícia de que o papa Francisco aceitou o convite para ir a Aparecida, porque, se ele vai ao Rio e ao Santuário Nacional da Padroeira, estará visitando, de alguma maneira, todos os brasileiros", disse o cardeal. Ele acrescentou que, ao voltar neste fim de semana ao Brasil, começará imediatamente a cuidar dos preparativos para receber o papa.

Também o arcebispo do Rio, d. Orani João Tempesta, anfitrião da JMJ, recebeu com satisfação a notícia sobre Aparecida. Ele está em Roma com dois de seus bispos auxiliares para discutir com a Santa Sé novos detalhes da visita do papa, pois a eleição de Francisco, após a renúncia de Bento XVI, sugere alterações importantes.

"O novo papa poderá ter um programa mais extenso e, sendo assim, estamos sugerindo que, além de ir ao Cristo Redentor, no Corcovado, ele inclua na programação visitas a uma favela, a um centro de recuperação de drogados e a uma prisão, tudo ligado aos jovens, que são o centro de atenção na Jornada Mundial da Juventude."

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou nesta quarta-feira (13) a eleição do argentino Jorge Mario Bergoglio, Francisco I, como primeiro Papa latino-americano, nascido no "continente da esperança".

A CNBB considerou que a escolha de um Papa argentino "revigora a Igreja". "Podemos esperar muito pelo fato de ser um latino-americano", afirmou, em coletiva de imprensa, o secretário-geral Leonardo Ulrich Steiner.

##RECOMENDA##

A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) destacou nesta segunda-feira (11) a "humildade e grandeza" do Papa Bento XVI ao anunciar sua renúncia por falta de forças.

"Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado", afirmou a CNBB em um comunicado difundido em seu site.

Segue abaixo a íntegra do comunicado:

"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.

Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o "Papa do amor" e o "Papa do Deus Pequeno", que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.

A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.

Agradecemos a Deus o dom do ministério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.

Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Leonardo Steiner, afirmou que a notícia da renúncia do Papa Bento XVI foi recebida com surpresa pelos católicos brasileiros.

"Surpresa é a expressão para dizer que não esperávamos um gesto tão importante dentro da Igreja, apesar de sabermos que não é o primeiro papa que renuncia. Mas, em plena atividade, ele dizer que não tem mais condições físicas e, nos tempos atuais, isso exige uma presença mais forte, mais viva já que tudo corre rapidamente", afirmou Steiner.

##RECOMENDA##

Para o religioso, Bento XVI entrará para a história como o "Papa do amor". "Se dissemos que João Paulo II foi o Papa da paz, provavelmente o futuro no dirá que Bento XVI foi o Papa do amor. Ele muitas vezes falou da civilização do amor, falou aos jovens da necessidade de amar, de testemunhar a fé como caridade, como amor", disse.

A expectativa de Steiner é que o próximo pontífice dê sequência ao diálogo ecumênico com outras religiões e povos em conflito. "O atual Papa vivia um momento de diálogo importante com os anglicanos, as igrejas ortodoxas, e não só igrejas, mas também com os muçulmanos, os hebreus. Ele prezava muito isso. Creio que o novo Papa dará continuidade a esse diálogo, a essa sensibilidade, e terá também muita sensibilidade para a realidade que estamos vivendo", pontuou.

O Papa Bento XVI anunciou a renúncia alegando idade avançada e "por não ter mais forças" para o cargo. O alemão Joseph Ratzinger, de 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, aos 78 anos. As informações são da Agência Brasil.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediu, nesta quinta-feira, que deputados e senadores rejeitem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011 que retira o poder de investigação criminal do Ministério Público. A proposta tramita no Congresso Nacional e, caso seja aprovada, apenas as Polícias Federal e Civil dos Estados poderão realizar investigações.

Para a entidade católica, a sociedade brasileira não pode abrir mão de nenhum órgão cuja missão seja "garantir transparência no trato com a coisa pública e segurança ao povo". Segundo a CNBB, a aprovação da PEC poderia criar um "clima de insegurança pública e jurídica" que limitará a ação civil dos cidadãos.

##RECOMENDA##

"No momento em que os valores e as convicções democráticas da sociedade brasileira passam por uma preocupante crise, custa-nos entender a razão de tal vedação", afirmam os bispos. A nota foi divulgada ao final do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB, que se reuniu em Brasília nesta semana. A CNBB afirma também que o Ministério Público é importante para o combate da "impunidade que grassa" no País e pede que a PEC - "danosa ao interesse do povo" - seja rejeitada.

Por Juliana Gomes

 

##RECOMENDA##

O serviço 0800 montado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para receber denúncias de crimes, corrupção e fraudes eleitorais no Pará, funcionou até às 17h deste domingo (28).  O Comitê de Combate à Corrupção recebeu 269 denúncias de compra de voto, sendo 63 já encaminhadas para a Polícia Federal e Ministério Público Federal para investigação. O valor pago variou de R$ 50,00 a R$ 300,00, em média.

A coordenadora da CNBB, Irmã Henriqueta, considerou o número de denúncias elevado e ao mesmo tempo “péssimo” para a democracia. "Essa campanha foi de última qualidade. A maior configuração de compra de votos. A população está indignada com a prática criminosa", destacou.

Irmã Henriqueta destacou, dentre os casos mais graves, uma denúncia no bairro do Satélite, onde os eleitores, ao votarem no candidato indicado pelo “contratante”, deveriam arranjar um meio de fotografar seu voto na urna eletrônica para, em troca, receber R$ 90,00.

Segundo a irmã, a maioria das denúncias foi de compra direta de votos, com pagamento em dinheiro, diferente do primeiro turno, quando foi comum a doação de cestas básicas. Ela revelou que as ofertas estavam acontecendo até os últimos minutos da votação.

De acordo com o Comitê, o 2° turno foi marcado pela compra de votos."Voto não tem preço, tem consequências. Quem se submete à compra de votos tem 90% de certeza de que não vai fazer uma boa administração porque já está demonstrando que não tem caráter, nem responsabilidade. A compra de voto é a insegurança do candidato que sabe que não tem proposta para ganhar", reforçou.

A expectativa é que a PF e o MPF consigam consolidar as denúncias para que os responsáveis pela compra do voto sejam responsabilizados criminalmente.

Esta não é a primeira vez que a revista Placar, da Editora Abril, faz alusão à Igreja Católica. A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota contra a capa da edição de outubro, que apresenta “A crucificação de Neymar” em uma montagem fotográfica em que o craque santista vestido de Jesus Cristo.

Para a CNBB, a capa ridicularizou a imagem de Jesus e demonstrou insensível e inadequado o uso de figuras religiosas, fazendo com que houvesse o desrespeito aos grupos de crenças de diferentes lugares.

##RECOMENDA##

Outras edições da revista utilizaram a imagem de Jesus para fazer comparações com jogadores, um deles foi Marcelinho Carioca. Em sua página da internet, a Editora Abril publicou as suas capas mais polêmicas, CONFIRA.

Cada dia mais dependente dos próprios recursos, por causa da redução da ajuda de dioceses da Europa e dos EUA, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pede aos fieis que contribuam com mais generosidade para manter as paróquias e os trabalhos de evangelização.

"A coleta do dízimo não ultrapassa a média de R$ 1 por pessoa, o que daria cerca de R$ 130 milhões por ano, segundo o número estimado de católicos brasileiros", disse o cardeal arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer.

##RECOMENDA##

Além do dízimo, há uma contribuição mensal que os fieis podem fazer, de valor livre, em campanhas específicas. Em uma delas, a Coleta da Solidariedade arrecadou, no Domingo de Ramos, R$ 12 milhões, que foram distribuídos entre as 274 dioceses e as cerca de 9 mil paróquias do País.

Os recursos ajudam a pagar a pastoral e a estrutura da Igreja. A 50ª Assembleia-Geral da CNBB aprovou nesta segunda-feira, em Aparecida (SP), a criação de um fundo de ajuda às dioceses mais pobres para a formação de padres.

O bispo de Assis (SP), d. José Benedito Simão, presidente da Comissão pela Vida da regional Sul 1 (Estado de São Paulo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse ontem ao Grupo Estado que a nova ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, "é uma pessoa infeliz, mal-amada e irresponsável", que "adotou uma postura contra o povo e em favor da morte" ao defender o aborto em declarações dadas à imprensa. Informada, a ministra não quis comentar as críticas feitas pelo bispo.

"Recebo com muita indignação as palavras da nova ministra, cuja pasta tem uma grande responsabilidade em favor da vida da mulher", afirmou d. José - para quem a ministra abriu polêmica que pode criar um confronto entre Igreja e governo.

##RECOMENDA##

O bispo também disse que vai seguir de perto os pronunciamentos da ministra. "Vamos acompanhar seu trabalho. Se os discursos forem nessa mesma linha (de defesa do aborto), vamos tomar algumas medidas de protesto, que podem ser panfletos ou manifesto público", acrescentou d. José.

A CNBB informou, segundo sua assessoria de imprensa, que o fato de a nova ministra ser favorável ao aborto é uma questão pessoal e não a posição oficial do governo. Por isso, de acordo com o secretário-geral da entidade, d. Leonardo Steiner, que é também bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, não se justificaria uma declaração da CNBB.

O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e cardeal arcebispo de Aparecida, d. Raymundo Damasceno Assis, condenou a corrupção política no País e convocou os brasileiros a denunciarem. O desabafo foi feito durante as festividades no Santuário Nacional de Aparecida. "Não podemos concordar com nenhuma forma de corrupção, pois os recursos são da população", afirmou. "A Igreja pede que as denúncias sejam investigadas", apelou.

De acordo com o cardeal, as redes sociais estão exercendo um importante papel na mobilização contra a corrupção e criticou os deputados. "O Congresso está fazendo mais uma reforma eleitoral do que política".

##RECOMENDA##

Presente na celebração mais importante o dia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também comentou as recentes denúncias de corrupção feitas pela mídia. Segundo ele, se o País não apressar uma reforma política, a situação pode piorar. "O modelo atual leva a distorções muito graves", afirmou.

Alckmin participou da missa solene realizada no Santuário Nacional de Aparecida, no Vale do Paraíba, acompanhado da esposa, Lu Alckmin. O governador, natural de Pindamonhangaba, disse que seu pai morou em Guaratinguetá, cidade vizinha a Aparecida, e por isso acompanhou a construção da Basílica Nova e acompanha a missa principal todos os anos.

Eu digo sim à vida, campanha de combate às drogas e contra o aborto, será lançada nesta terça-feira (27) pela Arquidiocese de Olinda e Recife. A relação entre o tráfico de drogas e a violência será debatida durante o lançamento da campanha. A programação conta com o depoimento da coordenadora do Grupo Esperança Viva (GEV), irmã Sônia, sobre sua experiência no comando da entidade filantrópica.

Já o clínico geral, Carlos Antunes de Brito e a pediatra Rita Brito apresentarão dados científicos sobre a concepção humana e a morte natural. Os médicos ainda abordarão temas como aborto, uso de drogas, homicídio e seus impactos na sociedade.

##RECOMENDA##

O evento é promovido pela Comissão Pastoral para a Vida e a Família e tem o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O lançamento da campanha e a caminhada são parte da “Semana da Vida“, que será realizada nos dias 1 e 7 de outubro em todo o País.

A Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto será lançada na próxima terça-feira (20), às 16 horas, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. A iniciativa já conta com a adesão de 191 deputados e objetiva pressionar a Presidência da Câmara para que entre na pauta a Proposta de Emenda à Constituição que institui o voto aberto no Parlamento.

A PEC aguarda para ser votada na Câmara desde setembro de 2006, quando foi aprovada em primeiro turno por unanimidade. "A população tem o direito de saber como vota o seu parlamentar em relação a todas as matérias. Em nome do interesse público, da democracia, da transparência e do respeito à cidadania brasileira, não dá mais para prorrogar essa votação", destaca o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), organizador da Frente.

##RECOMENDA##

Entre os convidados para o lançamento da iniciativa estão representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outros. As informações são da Agência Brasil e da Agência Câmara de Notícias. (Aline Bronzati)

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando