Tópicos | Coisa Nostra

"Sabedor que alguns shows, em especial auqueles do gênero musical rock, os quais, segundo informações, são os que mais perturbam a tranquilidade (...)" É com essa justificativa que um show da banda pernambucana Coisa Nostra foi proibido na cidade de Amparo, no interior de São Paulo, por uma decisão judicial. O grupo - que antes se chamava Babi Jaques e os Sicilianos - iria se apresentar no festival de inverno do município na última sexta-feira (1º).

A prefeitura do município foi intimada a suspender as apresentações da Coisa Nostra e de outra banda, Calango Bravo, de São Paulo, sob pena de multa de R$ 100 mil caso a decisão fosse descumprida. O motivo é as duas bandas terem sido identificadas pela produção do festival como sendo do gênero 'rock'.

##RECOMENDA##

A coisa Nostra já venceu diversos festivais de música (incluindo o Web Festvalda e o Pré-Amp) e se transformou em um grupo de múltiplas linguagens, incorporando o cinema, o teatro e até a produção de gibis. Lançaram o documentário Sabe lá o que é isso, uma homenagem ao bloco carnavalesco Batutas de São josé e ao frevo do bairro de São José, onde o ritmo nasceu e se firmou, com a participação de artistas como o Mestro Spok.

A Coisa Nostra de Babi Jaques e os Sicilianos

A banda divulgou uma nota sobre o ocorrido:

"É com pesar que informamos que o show da trupe Coisa Nostra (PE) no Festival de Inverno de Amparo - SP foi cancelado por meio de uma ordem judicial, devido a uma censura ao gênero Rock.
Pra quem ainda não assistiu o espetáculo, nomeado também Coisa Nostra, ele envolve várias linguagens, a música é apenas um horizonte de sua paleta de cores. O grupo propõe um trabalho com teatro, artes visuais, audiovisual, gibis e performances em geral. Seu trabalho com a música vai além de um gênero específico, pode-se encontrar tantos ritmos que os integrantes têm dificuldade em listar. Isso acontecia até mesmo quando o grupo se configurava apenas como uma banda, chamada Babi Jaques e Os Sicilianos.

Atualmente, Coisa Nostra se configura como um grupo de artistas ou um grupo de artes integradas, não há como desassociar uma linguagem da outra, está tudo conectado. O grupo propõe uma experiência estética sonora, visual e corporal. Por questões burocráticas, o Festival de Inverno enquadrou o show/espetáculo Coisa Nostra em “rock”, a partir deste direcionamento surgiram os problemas.

A ordem judicial explica que o gênero “rock” incita um barulho que ultrapassaria o limite possível, ocasionando uma poluição sonora comparada com as demais apresentações no evento. Assim, a liminar cancelou a realização de dois shows, do grupo Coisa Nostra (PE) e da Banda Calango Bravo (SP) que apresenta uma fusão de ritmos regionais brasileiros com rock. As demais apresentações previstas nos três palcos do evento, localizados inclusive na mesma praça, aconteceram sem problemas.

Além deste desconforto, ficam outras inquietações. O que é o rock? A poluição sonora ocasiona-se a partir de um gênero? O que se propõe com a realização de um festival em uma cidade? O que é a diversidade cultural?

Como bem disse a artista amparense Elisa Canola: “perdemos a chance do encontro, de pensar o contemporâneo, de viver a experiência com o outro, o diferente”. Canola participa do espetáculo por meio de um vídeo-dança com o seu personagem “Pinguço”. No dia do show, a artista também participaria do espetáculo pela primeira vez com sua performance.
Triste com o acontecimento, porém a caminhada da trupe continua com a certeza de que tal fato não a estaciona e sim, potencializa. Que venham os próximos festivais!!"

Neste próximo domingo (20) o movimento Ocupe Estelita vai promover mais um dia repleto de atividades culturais, mas desta vez na Praça Sérgio Loreto, Bairro de São José. A programação, que é gratuita, terá início às 10h e contará com shows de Marcelo Jeneci, Semente de Vulcão, Coisa Nostra e Serrapilheira, além de oficinas, debates e outras atrações.

“Neste domingo, convidamos tod@s para ocupar a Praça Sérgio Loreto, marco histórico e afetivo do nosso Recife. Um belo exemplo da arquitetura centenária do Bairro de São José que merece harmonia com o futuro Cais José Estelita”, publicou o Ocupe Estelita no Facebook. Já passaram pelo palco do movimento atrações como Karina Buhr, Otto, DJ Dolores, Lirinha e Criolo.

##RECOMENDA##

Público vibra com show de Otto no Ocupe Estelita

Há mais de 20 anos, eles 'ocupam' o Cais José Estelita

A iniciativa em prol do Cais José Estelita ganhou força no último dia 21 de maio, quando o Consórcio Novo Recife iniciou a demolição dos armazéns da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Depois de quase um mês de acampamento, a Polícia Militar de Pernambuco realizou uma ação de reintegração de posse que foi bastante criticada pelos ativistas. Na última quinta-feira (10), o grupo decidiu não acampar mais em frente ao terreno da antiga RFFSA

O projeto Novo Recife prevê a construção de 12 torres com 40 andares cada, Além da construção de um parque e outras áreas de lazer. Já o Ocupe Estelita é contra essa proposta e alguns arquitetos favoráveis ao movimento apresentaram projetos alternativos para a região.

Serviço

Ocupe Estelita

Domingo (20) | 10h

Praça Sérgio Loreto (Bairro de São José)

Gratuito

 

Na próxima quarta-feira (25), o documentário Sabe lá o que é isso será liberado na íntegra na internet. Lançado em 2012 no festival MIMO, o filme conta um pouco da história do carnaval de rua do Recife, da destruição do bairro de São José nos anos 1980 e da resistência dos Batutas de São José.

##RECOMENDA##

Produzido pela trupe recifense de artes integradas Coisa Nostra (que ainda se chamava Babi Jacques e os Sicilianos na época do lançamento), Sabe lá o que é isso conta com a participação do Maestro Spok. No documentário ele faz uma nova versão do Hino dos Batutas com guitarras e distorções, criando um discussão sobre as inovações estéticas e inovações do frevo e suas manifestações ao longo dos anos.

O grupo pernambucano Coisa Nostra, projeto que envolve várias linguagens artísticas e que antes era conhecido como a banda Babi Jaques e os Sicilianos, em breve vai lançar um gibi. Através dos quadrinhos será contada a história da Ilha de Nostrife, espécie de cidade natal dos personagens fictícios que compõem o grupo. 

O gibi vai ilustrar de forma mais profunda os mitos, a geografia e os costumes dos cidadãos nostrifenses, além de revelar de forma lúdica como o grupo vem trabalhando durante esses cinco anos de existência e de atuação independente. Durante entrevista concedida ao LeiaJá em outubro do ano passado, o baixista Thiago Lasserre havia adiantado o lançamento dos quadrinhos inspirados na banda.

##RECOMENDA##

"A ideia é ultrapassar também o show. A gente vai lançar uma série de gibis que Well (guitarrista) desenha. Ele já fez o primeiro capítulo e através deles a pessoa vai começar a entender um pouco do contexto e da viagem disso tudo que a gente inventou. Vamos também tentar criar várias linguagens. A gente vai lançar uma série de vídeos cujo foco é a música, mas que dão vazão aos personagens. Isso vai fazer com que o público entenda mais um pouco sobre o que vem por trás da música", disse Thiago Lasserre na ocasião.

Em 2013 a até então banda Babi Jaques e os Sicilianos mudou de nome e lançou seu novo disco e espetáculo chamado Coisa Nostra, realizando mais de 60 apresentações em 40 cidades de 18 estados brasileiros, além de passar pela França e nos países sul-americanos do Uruguai e da Argentina

A banda recifense Babi Jaques & Os Sicilianos volta a se apresentar na capital pernambucana neste próximo sábado (1° de fevereiro), no Teatro Eva Herz, localizado na Livraria Cultura do Shopping Rio Mar. O show marca a volta do grupo ao Recife e começa às 19h. A entrada é gratuita.

A 'Coisa Nostra' de Babi Jaques & Os Sicilianos. 

##RECOMENDA##

De abril a dezembro o grupo esteve numa turnê de lançamento do novo disco e espetáculos denominados Coisa Nostra, com direito a passagem por todas as regiões do Brasil, além do Uruguai e da Argentina. Ao todo, foram mais de 60 apresentações em 40 cidades e 18 estados brasileiros, sem recurso de patrocinadores e incentivos estatais e produção totalmente independente. Todo o trajeto foi feito via terrestre numa minivan. 

“Até agora a gente não aprovou um projeto sequer. Na verdade, a gente gasta muito mais tempo pra produzir do que pra tocar. Ninguém bate na porta da gente querendo contratar o nosso show. A gente corre atrás, de fato, diariamente, insistindo bastante nos editais dos ciclos festivos de todo o Brasil”, disse o  baixista Thiago Lasserre em entrevista ao LeiaJá no ano passado. Além dele, a banda é formada por Babi Jaques (voz), Alexandre Barros (bateria) e Well (guitarra). 

O trabalho do grupo mescla várias atividades artísticas num único trabalho, como artes visuais, cênicas, cinema e música. Babi Jaques & Os Sicilianos trazem à cena um grupo de mafiosos sicilianos que vive numa cidade fictícia chamada Nostrife. “A história desde o começo tem um ar parecido com os filmes de Tim Burton. Nosso contexto tem muita influência do cinema como, por exemplo, O Poderoso Chefão, mas num contexto mais lúdico”, explicou Thiago.

Serviço

Babi Jaques & Os Sicilianos apresenta a "Coisa Nostra"

Sábado (1°) | 19h

Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Shopping Rio Mar 

Gratuito

(81) 8856 8882 | (81) 3265 0931

Desde sua formação, em 2009, a banda Babi Jaques & Os Sicilianos acumula 17 prêmios. O grupo recifense já circulou por 17 Estados das cinco regiões do Brasil, tendo participado de importantes eventos como Abril Pro Rock, Festival Pré-Amp e WebFestvalda. Deste último, aliás, saiu vencedor. A cantora Babi Jaques e seus 'sicilianos' embarcam agora na terceira turnê do ano, e ainda realiza shows fora do país, na Argentina. Para esta turnê, que se inicia nesta sexta (1°) em São Luiz (MA), estão agendadas 22 apresentações.

O sucesso da banda tem muito a ver com as estratégias usadas dentro e fora do palco. Investindo em um ambiente ambiente teatral, com ares de cinema em preto e branco e cuidado especial com o figurino, os Sicilianos têm conseguido se diferenciar e agradar com shows perfomáticos e cuidadosamente elaborados. Fora do palco, os integrantes criaram uma rotina de divisão de tarefas e autoprodução que gerou a produtora Coisa Nostra.

##RECOMENDA##

Coisa Nostra é também o nome do primeiro disco do grupo, que criou uma ambientação própria para suas ideias. Na cidade fictícia Nostrife, já fizeram um documentário e se preparam para lançar até histórias em quadrinhos inspirados no universo da banda.

O baixista Thiago Lasserre conversou com o LeiaJá nesta nesta quarta-feira (30), no pé do Alto Zé do Pinho, na casa que funciona como produtora e estúdio do grupo, enquanto a banda cuidada dos últimos preparativos para iniciar a série de apresentações pelo Brasil e Argentina. Laserre explica um pouco do que é o universo criativo da banda e como o grupo se organizou como uma produtora para viabilizar o trabalho.

Como definir a Coisa Nostra?

Acho que cada vez mais há um diálogo entre o que queremos passar para o público e o nosso som. O principal hoje é a criação enquanto renovação do pensamento. Uma de nossas ideias atuais é desenvolver uma estética diferente para o palco porque a gente se posiciona lá de outra maneira. É pro cara que for assistir ao show entrar no clima mesmo. Todas as coisas, até a parte técnica da gente, dialogam com a história que a gente quer apresentar.

E que história é essa? Como foi idealizada a cidade fictícia Nostrife e o conceito da banda?

Essa 'viagem' surgiu porque estamos tentando fazer o teatro ganhar cada vez mais força no nosso trabalho. Percebemos também que era necessário desenhar os personagens. O enredo desde o começo tem um ar meio Tim Burton. Inclusive algumas coisas do nosso contexto tem muita influência do cinema, como o Poderoso Chefão, mas num contexto lúdico. Tudo aqui tem símbolo de algo que parte do real. Cada personagem representa um nicho de Nostrife, que é o mundo criado pela gente.

Uma onda que está dando força a isso é que a gente agora vai controlar toda a luz no palco a partir do computador. Vamos poder escolher a cor de cada música, enfatizar alguma situação, entre outras brincadeiras. Cada um tem uma luz amarela, todos tem uma luz de chão e a gente tem duas gerais que dão a cor. Elas se combinam com os ritmos também. Este é um grande lance que vai dar uma força visual.

Divulgação/Marcos BrunoComo é a mistura de outros formatos artísticos com a música da Babi Jaques e os Sicilianos?

A ideia é ultrapassar também o show. A gente vai lançar uma série de gibis que Well (guitarrista) desenha. Ele já fez o primeiro capítulo e através deles a pessoa vai começar a entender um pouco do contexto e da viagem disso tudo que a gente inventou. Vamos também tentar criar várias linguagens. A gente vai lançar uma série de vídeos cujo foco é a música, mas que dão vazão aos personagens. Fizemos seis vídeos: dois que falam do geral e quatro que representam os personagens, e as filmagens foram em locais com a cara deles. Eu, por exemplo, filmei numa casa toda em ruínas, um diálogo com meu personagem que é nostálgico, da Nostrife Velho. Isso vai fazer com que o público entenda mais um pouco sobre o que vem por trás da música.

Cada vez mais a gente tem trazido outros elementos além da música. O cara pode não curtir a banda, mas pode gostar do clipe, do gibi, da questão estética, do documentário que a gente fez. A gente quer é dialogar. Cada vez mais queremos também trabalhar com o cinema, haja vista que a pessoa hoje não escuta mais música, ela vê vídeo. Eu não tenho a mínima ideia de onde queremos chegar e onde isso vai parar.

Como é a rotina de trabalho da banda? Como são divididas as funções e como é que acontece a criação artística de vocês?

Isso aqui (o estúdio da banda) de alguma forma ajuda a gente a esquecer da doidice que é viver. Aqui temos uma liberdade muito grande para poder criar. Não se trata de grana, é chegar e fazer o que se gosta de fazer. A gente produz tudo e todas as funções são bem divididas. É tudo concentrado na gente, tanto que existe agora a (produtora) Coisa Nostra pra dar esse auxilio. Chegamos num estágio em que não dá pra fazer tudo sozinho e estamos fazendo parcerias com outras pessoas e produtoras para poder crescer mais. Atualmente, a maior dificuldade nossa é a questão da sustentabilidade. Eu queria que a gente conseguisse pagar mais coisas que são necessárias para a manutenção do nosso trabalho. Esse tem sido o nosso maior calo.

Como é a sistemática da produção independente que vocês desenvolveram?

Até agora a gente não aprovou um projeto sequer. Na verdade, a gente gasta muito mais tempo pra produzir do que pra tocar. Ninguém bate na porta da gente querendo contratar o nosso show. A gente corre atrás, de fato, diariamente, insistindo bastante nos editais dos ciclos festivos de todo o Brasil. Outra coisa é que a gente trabalha com vários tipos de possibilidades. Dialoga com produção privada, com prefeitura, isso dentro de uma limitação. Esta é a terceira turnê nacional que a gente faz só esse ano. Chegamos a bater no Uruguai, e foi bacana pra caramba. Só foi ruim quando o carro quebrou e a gente levou um ‘fumo’ de grana. Mas foi legal sair do país. A gente tocou em cinco lugares, todos em Montevidéu. Foi bem bacana a resposta do público porque o pessoal de lá curte a música brasileira.

[@#galeria#@]

A banda Babi Jaques & Os Sicilianos entra em turnê nacional pela terceira vez em 2013 para apresentar seu mais recente álbum, intitulado Coisa Nostra. Desta vez, com 22 shows marcados, os recifenses vão passar por três estados do Nordeste, São Paulo, Minas Gerais e ainda viajam para a Argentina, onde fazem quatro shows. A turnê já começa neste sábado, em São Luiz do Maranhão, e encerra no dia 15 de dezembro, em Ipatinga (MG).

##RECOMENDA##

Thiago Lasserre, baixista do grupo, deu uma entrevista exclusiva ao LeiaJá nesta quarta-feira (29), momentos antes da banda pegar a estrada. O encontro aconteceu na casa do artista, localizada no Alto Zé do Pinho, Zona Norte do Recife, onde também fica o estúdio e a produtora deles. “O principal hoje na vida da gente é a história da criação enquanto renovação do pensamento. Acho que cada vez mais há diálogo entre o que queremos passar e o nosso som. A ideia é ultrapassar o show e se relacionar com outras linguagens”, comentou.

Com um trabalho que envolve diversas atividades artísticas num único trabalho, como artes visuais, cênicas, cinema e música, Babi Jaques & Os Sicilianos trazem à cena um grupo de mafiosos sicilianos que vive numa cidade fictícia chamada Nostrife. “Cada vez mais a gente tem trazido outros diálogos que não seja só a música. O cara pode não curtir a banda, mas pode gostar do clipe, do gibi que estamos montando, da questão estética, do documentário que a gente fez. O que queremos é dialogar”.

Segundo o baixista, todo o cenário do show faz parte desse contexto inventado pelo grupo, que surgiu da tentativa de investir mais nas performances teatrais. “A história desde o começo tem um ar parecido com os filmes de Tim Burton. Nosso contexto tem muita influência do cinema como, por exemplo, o Poderoso Chefão, mas num contexto mais lúdico”, disse Thiago. Além dele, a banda é formada por Alexandre Barros (bateria), Babi Jaques (voz) e Well (guitarra). O grupo, nascido em 2009, já passou pelas cinco regiões do Brasil e 17 estados e conquistou 17 premiações.

Quem realiza esta turnê é a Coisa Nostra Produções, fundada pela própria banda com o objetivo de facilitar a produção do grupo. Além disso, eles agora contam com o apoio da Garatuja Comunicação e Cultura. “A gente chegou num estágio que não dá pra fazer tudo sozinho e estamos construindo parcerias com outras pessoas e produtoras pra crescer mais”, avaliou Thiago.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando