Tópicos | 2013

O jogador Robinho, condenado em primeira instância por violência sexual em grupo na Itália, alegou, em entrevista ao UOL, neste sábado (16), que está sendo acusado injustamente e criticou o movimento feminista pelas proporções supostamente descabidas do caso. Robinho negou ter tido qualquer relação sexual com a vítima, e diz que o seu “único erro foi trair a esposa”. O crime aconteceu em 2013.

“Infelizmente, existe esse movimento feminista. Muitas mulheres às vezes não são nem mulheres, para falar o português claro. E se levantam contra porque coisas que homens…”, interrompeu a própria fala, começando a discorrer sobre um outro tópico dentro do assunto. Desde que a entrevista foi ao ar, na manhã deste sábado, internautas comentam também a conotação transfóbica da crítica.

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A entrevista foi marcada por uma série de interrupções dos representantes e advogados de Robinho. Por questões judiciais, o jogador não é autorizado a comentar vários dos tópicos do processo, mesmo os de maior interesse público, o que causou desconforto e discussões durante a conversa.

Nos poucos momentos em que pôde comentar o caso, Robinho negou o estupro e até mesmo ter tido qualquer relação sexual com a albanesa, vítima em questão. "Uma garota se aproximou de mim, a gente começou a ter contato com consentimento dela e meu também. Ficamos ali poucos minutos. A gente se tocou. Depois fui embora para casa", detalhou sua relação com a mulher naquele dia de 2013.

Por orientação da defesa, o jogador negou-se a comentar os trechos da sentença vazados nessa sexta (16), pelo Globo Esporte. Em conversa de janeiro de 2014 gravada com autorização da Justiça italiana, Robinho afirmou a Jairo Chagas, músico brasileiro que tocou na boate na noite do ocorrido, que "tentou transar" com a jovem albanesa. Ao ser contestado sobre ter praticado sexo oral, Robinho admitiu, mas rebateu: "Isso não significa transar".

O jogador limitou a sua participação no caso como algo ocorrido de forma consensual, e apenas “uma relação que um homem tem com a mulher”.

"Olha, tem muitas coisas que estão fora de contexto e que eu gostaria de te dar uma entrevista de uma forma mais ampla e explicar exatamente o que aconteceu. Mas como isso está em segredo de justiça, eu não posso falar exatamente. Gostaria muito de falar, mas isso pode ser que me prejudique. Eu confio na Justiça italiana. Não posso te responder exatamente. Mas certeza, sem sombra de dúvidas, que muita coisa saiu fora de contexto", disse. 

Também na manhã deste sábado (17), Robinho publicou, através das stories no seu Instagram, uma imagem da bíblia e um trecho bíblico do livro de Coríntios (12:10): “Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelas quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, tenho a força de Cristo em mim”. 

Relembre o caso

O episódio aconteceu na boate Sio Café, em Milão, na Itália, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. Além de Robinho e Ricardo Falco, outro brasileiro envolvido, outros três homens teriam participado do ato classificado pela Procuradoria de Milão como violência sexual grupal. Os demais envolvidos são processados em um registro à parte, pois deixaram a Itália no decorrer da investigação.

A decisão do Tribunal de Milão, de novembro de 2017, ainda não é definitiva e foi contestada pelas defesas do jogador do Santos e Falco. A Corte de Apelo de Milão vai iniciar a análise do processo, em segunda instância, no dia 10 de dezembro.

Uma das condições impostas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para que os cubanos permanecessem no programa Mais Médicos, a partir de 2019, segundo ele mesmo, foi a possibilidade dos profissionais trazerem para o Brasil suas famílias. Contudo, nem sempre o capitão da reserva pensou assim.

Em maio de 2016, por exemplo, quando a Câmara dos Deputados avaliava a Medida Provisória que prorrogou o prazo do programa federal, o então deputado apresentou uma emenda que criticava a presença dos familiares dos médicos cubanos e pretendia modificar a proposta original impedindo que, além do médico, outras pessoas da família trabalhassem no Brasil.

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De acordo com o texto, assinado pelo futuro presidente e o filho Eduardo Bolsonaro - ambos do PSC na época, “os dependentes legais do médico intercambista estrangeiro não poderão exercer atividades remuneradas, com emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social pelo Ministério do Trabalho e Emprego.” Na emenda, Bolsonaro ainda deixa claro que discorda do Mais Médicos “em sua totalidade”. A adição do impedimento foi reprovado pelos deputados.

Em 2013, quando o programa foi criado, o capitão da reserva também fez ponderações contrárias à iniciativa e a vinda dos familiares dos cubanos ao Brasil. “Eu a chamo de MP de Maus Médicos. Olhem só: ninguém vai fazer uma proposta de aquisição de algo que não existe no mercado. Então, aquela história de vamos importar médicos portugueses, espanhóis e argentinos é uma balela”, afirmou em discurso no Plenário da Câmara.

“A verdade, aos poucos, vem vindo à tona: eles querem trazer 6 mil médicos cubanos. Prestem atenção! Está na medida provisória: cada médico cubano pode trazer todos os seus dependentes. E a gente sabe um pouquinho como funciona a ditadura castrista. Então, cada médico vai trazer 10, 20, 30 agentes para cá. Podemos ter, a exemplo da Venezuela, 70 mil cubanos aqui dentro! E um detalhe, [Nelson] Marquezelli: esses agentes podem adquirir emprego em qualquer lugar do Brasil com carteira assinada, inclusive cargos em comissão. Olhemos o perigo para a nossa democracia”, completou, na ocasião.

Na semana passada, o governo de Cuba anunciou o fim do acordo com o Brasil para a participação dos profissionais caribenhos no programa por mudanças “inaceitáveis” que Jair Bolsonaro queria promover na iniciativa, além ter feito declarações “ameaçadoras e depreciativas” contra os cubanos. Em resposta, o capitão da reserva chegou a dizer nas redes sociais que uma das exigências para a permanência dos médicos seria “a liberdade para trazerem suas famílias”, que ele disse não ter sido aceito pelo governo cubano.

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“Atualmente, Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares. Eles estão se retirando do Mais Médicos por não aceitarem rever esta situação absurda que viola direitos humanos. Lamentável!”, argumentou.

Ainda em 2016, Bolsonaro apresentou outra emenda que comunga com a medida que ele pretendia tomar agora, caso Cuba permanecesse: a entrega integral do salário aos médicos. Hoje, cerca de 70% do valor fica com o governo. O que o futuro presidente compara a trabalho análogo ao de escravo e diz que o percentual serve para manter a ditadura cubana.

O coordenador das ações políticas no Nordeste do pré-candidato à Presidência da República e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Julian Lemos, é acusado de ter agredido a irmã e a ex-mulher. A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a publicação, o enquadramento dele por três vezes na Lei Maria da Penha aconteceu em 2013 e 2016, chegando a ser preso em flagrante em um deles.

Julian Lemos é presidente do Patriota, partido que Bolsonaro já anunciou que ingressará em março, na Paraíba. Ele, inclusive, já foi apresentado em vídeos por Bolsonaro como o "homem de confiança na Paraíba".

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Segundo o jornal, dos três inquéritos contra o dirigente da legenda, dois foram arquivados depois que a ex-mulher dele, Ravena Coura, disse ter "se exaltado nas palavras e falado além do ocorrido". Em 2013, quando denunciou pela primeira vez, Ravena disse à polícia que foi agredida fisicamente e ameaçada por arma de fogo. Já na segunda vez, em 2016, ela disse que o ex-companheiro era "uma pessoa muito violenta" e a ameaçava. Seis meses depois, ela entregou um documento pedindo o arquivamento dos processos.

O terceiro inquérito aberto está em andamento. A irmã de Julian, Kamila Lemos disse que ao tentar apaziguar uma briga entre ele a ex-mulher foi agredida com "murros, empurrões" e tinha sido arrastada pelo pescoço.

À reportagem, Julian negou as acusações e disse que Bolsonaro deve ter recebido a informação de que é inocente. Segundo ele, as denúncias foram motivadas por momentos de "fragilidade emocional" delas. "Ela não vai ser nem a primeira nem a última [a se retratar]. Ou você acha que toda Maria da Penha é aquilo ali que está escrito [na acusação]? Nunca agredi, nunca, nunca, nunca", destacou o dirigente do Patriota.

O Yahoo disse na terça-feira (3) que cada uma das suas 3 bilhões de contas foi afetada por um roubo de dados de 2013 na empresa de tecnologia, triplicando sua estimativa anterior, de 1 bilhão. A companhia, que agora faz parte da Verizon Communications, disse em dezembro passado que informações pessoais de seus clientes foram comprometidas por hackers em agosto de 2013.

A empresa disse que começará a alertar contas que não foram previamente notificadas do ataque. Ressaltou ainda que a última investigação indicou que as informações roubadas não incluíam senhas em texto claro, dados do cartão de pagamento ou informações da conta bancária.

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Segundo o Yahoo!, foram tomadas medidas para proteger todas as contas, exigindo que os usuários trocassem suas senhas. Mesmo assim, a invasão tem causado sérios prejuízos ao Yahoo. Marissa Mayer, ex-diretora executiva da empresa, desistiu de seu bônus em dinheiro de 2016 após o incidente e o principal advogado do grupo, Ronald Bell, renunciou ao cargo. Além disso, cerca de 43 processos judiciais foram arquivados contra a empresa.

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O  Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF/PE) ajuizou ação civil pública contra a Agência Nacional de Telefonia (Anatel) e as empresas Claro, Oi, Tim e Telefônica para garantir a continuidade do serviço de telefonia móvel em caso de queda de energia elétrica, bem como a reparação aos consumidores que ficaram sem o serviço de celular durante "apagão" ocorrido no Nordeste, em 2013. O autor da ação é o procurador da República Alfredo Falcão Jr.

De acordo com as apurações, no âmbito de inquérito civil instaurado em 2014, as torres de transmissão de sinal de celular são alimentadas por energia elétrica e precisam de fontes alternativas de energia, como baterias e geradores, para que o serviço não seja interrompido em caso de queda de energia. Em 2013, as baterias usadas pelas operadoras de celular não foram suficientes para suprir a falta de energia elétrica e garantir a continuidade do serviço.

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O MPF entende que a não regulamentação, pela Anatel, sobre a necessidade de instalação de baterias pelas empresas de telefonia vem causando danos ao consumidor. A agência respondeu ao MPF que o serviço móvel pessoal é prestado em regime privado e, portanto, não haveria obrigação de garantir sua universalização e continuidade, a exemplo do que ocorre com o serviço telefônico fixo.

Direitos do consumidor - Mas, para o MPF, os prestadores de serviços públicos e de interesse público não estão à margem da legislação sobre as relações de consumo. Devem, pelo contrário, ser exemplo na defesa dos direitos dos consumidores. Conforme consta na ação, "a descontinuidade na prestação do serviço de telefonia móvel afeta a população na medida em que muitos dependem exclusivamente daquele serviço para se comunicar, inclusive para acionar serviços de emergência, como Corpo de Bombeiros e atendimento médico, ou notificar a ocorrência de crimes".

Na ação, o MPF pede que Justiça Federal, em caráter liminar, condene a Anatel a indicar a quantidade necessária de baterias, de acordo com a capacidade de operação de cada empresa de telefonia, para que seja garantida a continuidade dos serviços de celular. Pede ainda a condenação das operadoras telefônicas a instalar número suficiente de baterias, conforme a indicação da agência reguladora, e a pagar R$ 1 milhão cada uma por danos morais coletivos em razão da suspensão do serviço de celular em 2013. O MPF quer ainda que essas empresas sejam condenadas ao pagamento de danos materiais a serem comprovados em perícia da Anatel, que deverá indicar se os consumidores do Nordeste foram ressarcidos devido ao "apagão" daquele ano.

Do site do MPF

O comerciante Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, acusado de estuprar e assassinar a vizinha, a fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo, pode estar envolvido no assassinato de outra mulher no Recife, em 2013. De acordo com a Polícia Civil, o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) reabriu a investigação do crime e testemunhas já estão sendo ouvidas. 

A polícia também disse que é prematuro afirmar a autoria do crime, mas que três suspeitos estão sendo investigados, incluindo Edvan Luiz. O delegado Alfredo Jorge vai ouvir as testemunhas e a informação inicial é de que a vítima teria sido degolada no bairro do Cabanga, Zona Sul do Recife. "A Polícia Civil irá se pronunciar somente em momento oportuno, quando a divulgação das informações não colocar em risco as investigações", conforme informações oficiais. 

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Entenda o caso

O inquérito policial do homicídio de Tássia Mirella Sena de Araújo foi concluído e entregue ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no dia 12 de abril.  Edvan Luiz da Silva, vizinho da vítima, foi indiciado por estupro e homicídio triplamente qualificado, por assegurar a ocultação de outro crime, sem possibilidade de defesa da vítima e feminicídio. 

Os exames confirmaram que o sangue encontrado no apartamento de Edvan Luiz pertencia à vítima e de que, sob as unhas de Mirella, havia material genético [fios de cabelo e pele] de Edvan. O corpo dela foi encontrado na sala do imóvel sem roupas e com ferimento à faca no pescoço, além de cortes nas mãos.

Com os resultados, a Polícia Civil declarou a conclusão do caso.  “É irrefutável. Não há mais o que discutir. Foi ele”, disse o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, na ocasião.

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Um protesto contra a condenação do catador de material reciclável Rafael Braga Vieira, acusado de tráfico de drogas e associação ao tráfico, bloqueia totalmente a Avenida Paulista, nos dois sentidos, na altura da Rua Augusta, na noite desta segunda-feira, 24. Vieira tinha sido preso em 2013 no Rio durante a onda de protestos em junho daquele ano.

O protesto, que pede a liberdade de Rafael, foi convocado por movimentos sociais como o Mães de Maio e teve concentração às 18 horas no Masp. Em dezembro de 2013, a Justiça do Rio condenou Vieira a cinco anos de prisão em regime fechado por portar artefato explosivo durante o protesto. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele estaria levando dois frascos de coquetel molotov.

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Vieira, por sua vez, negou a posse dos objetos e diz que um dos frascos continha desinfetante e o outro, água sanitária. Afirmou também que não participava das manifestações. Foi o primeiro e único caso de condenação criminal pelos protestos de 2013.

O acusado estava em regime aberto, com uso de tornozeleira, quando foi novamente preso em janeiro de 2016 por crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Em sentença divulgada no portal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 20, o juiz Ricardo Coronha Pinheiro, condenou Vieira a 11 anos e 3 meses de reclusão e pagamento de R$ 1687.

Segundo a decisão, Vieira portava 0,6 g de maconha e 9,3 g de cocaína na comunidade Vila Cruzeiro quando foi abordado pelos agentes. O acusado negou ter envolvimento com o tráfico.

O vereador de Campinas Pedro Tourinho (PT), protocolou nesta segunda uma moção de repúdio contra a prisão arbitrária de Rafael Braga. "Repudiamos a seletividade da justiça que pune a pobreza, a juventude, a negritude e as lutas sociais!", diz ele no documento.

A Polícia Militar acompanha o protesto, mas não divulgou estimativa do número de pessoas no local.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) considerou irregular a prestação de contas da Câmara Municipal de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), relativa ao exercício financeiro de 2013. Relatora do processo, a conselheira Teresa Duere apontou que houve desvio de finalidade no uso das verbas públicas, quando a Casa pagou, naquele ano, um total de R$ 556,9 mil com diárias e inscrições de parlamentares em eventos. 

De acordo com a relatora, o voto foi baseado em uma auditoria feita pelo TCE e o que chamou a atenção dos auditores é que os eventos, apesar de realizados fora de Pernambuco, eram organizados por empresas, sempre as mesmas, sediadas no Recife (CENTRALBRAC, IBRACAP, CETRAM, ABRASCAM, UVP e Instituto Capacitar). Apesar de se estender por uma semana, a programação dos congressos se resumia a uma palestra diária com duração de quatro horas; os outros dias eram dedicados a credenciamento, entrega de material e de certificados.

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O desvio de finalidade, segundo Teresa Duere, ficou caracterizado no uso das verbas públicas com intuito remuneratório, uma vez que as diárias representavam entre 25 e 30% da remuneração anual recebida por cada vereador.

"A liberação de vultosos recursos do erário municipal por meio da concessão de diárias para vereadores configura desvio de finalidade da verba pública, infringindo os princípios da legalidade, moralidade, economicidade e razoabilidade, que regem à Administração Pública, configurando irregularidade capaz, por si só, de provocar a rejeição das contas dos responsáveis e de ensejar a aplicação da multa máxima", diz o voto da conselheira.

O voto pela rejeição das contas foi aprovado por unanimidade na Primeira Câmara do TCE.   Por determinação do Tribunal os vereadores Antônio José Lima Valpassos e Iranildo Domício de Lima, que presidiram a Câmara em 2013, terão que pagar multa nos valores de R$ 34.770,00 e R$ 31.137,00 respectivamente. 

Em 2013, Uillian Correia atuava pelo Paços de Ferreira, de Portugal, e estava prestes a enfrentar o Zenit pelas Eliminatórias da Liga dos Campeões. O volante estava em um carro a 140 km/h e sofreu um acidente que acarretou em capotagem. O atleta pensou em parar de jogar, foi para o Sampaio Corrêa, em seguida Ceará e Cruzeiro, até chegar ao Arruda. Aos 26 anos, ele chega ao Santa Cruz com contrato até o fim de 2016.

"Agradeço a Deus por me permitir realizar o meu sonho, que é ser jogador de futebol. É difícil para todos, mas é possível. Tenho certeza que será uma passagem vitoriosa no Santa, com títulos e conquistas. Quero marcar meu nome na história do clube", disse Uillian Correia. 

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O jogador estava treinando normalmente no Cruzeiro e, de acordo com o vice-presidente do Santa Cruz, Constantino Junior, estava nos planos do técnico celeste, Deivid de Souza. "O Uillian é um atleta que já vinha sendo observado, monitorado. Um jogador seguro, que bota a bola no pé e sai jogando", disse. O dirigente já pagou a regularização do atleta e espera ter a disponibilização para o clássico contra o Náutico, no próximo domingo (20), no Arruda.

Uillian Correia afirmou, entretanto, que precisa reforçar o ritmo de jogo. "Com três, quatro jogos o meu ritmo de jogo volta. Jogador precisa estar jogando. Isso pesou na minha vinda para o Santa Cruz", comentou. O jogador ainda comentou sobre as características: "Acredito que sei chegar na frente, sei recompor. O torcedor pode esperar muita raça, muita dedicação".

Eleito governador de Pernambuco no primeiro turno das eleições do ano passado, Paulo Câmara decidiu junto com o PSB apoiar a candidatura de Aécio Neves à presidência da República contra Dilma Rousseff. Isso tudo após a candidatura presidencial de Eduardo Campos que culminou na sua morte num acidente aéreo em agosto do ano passado.

Se Eduardo Campos quisesse apoiar o PT e a presidente Dilma Rousseff não teria rompido em 2013 com o Planalto para tentar um voo solo rumo ao Planalto. Seria muito mais cômodo continuar com uma aliança construida ainda em 1989 e tentar uma vaga ao Senado. A partir daquele momento, ficou evidente que Eduardo queria o PSB na oposição ao PT e a tudo o que representa a figura de Dilma Rousseff.

Passado o processo eleitoral, veio a "parceria" institucional entre o governo de Pernambuco e o governo federal, e a cada mês de 2015 ficou evidenciado um abandono do Planalto com o estado de Pernambuco. Fato este que já existia desde 2011, quando Pernambuco havia elegido Dilma em 2010 sob a prerrogativa de que uma vez eleita, Dilma manteria os investimentos de Lula em Pernambuco. Mas sem sombra de dúvidas, desde a ruptura de Eduardo com o PT que Pernambuco ficou a pão e água.

O governo Dilma Rousseff tem paralisado o país, e essa paralisia tem influenciado diretamente nos governos estaduais e municipais, haja vista que a receita tributária fica concentrada na união, necessitando de liberações junto aos ministérios para que as obras nos estados possam andar. No ano de 2015 estavam previstos cerca de R$ 2 bilhões através de convênios entre o governo de Pernambuco e o governo federal, mas até recentemente a União só liberou menos de R$ 200 milhões, uma quantia que não chega a 10% do previsto.

Isso sem contar com a autorização do ministério da Fazenda para que o governo de Pernambuco possa contrair empréstimos internacionais que dorme na gaveta do ministro Joaquim Levy e não tem a menor perspectiva de sair do papel por conta da paralisia que o governo Dilma submergiu o país. Os reflexos são muitos, o governador Paulo Câmara, assim como os seus colegas governadores, já sente na pele a rejeição da população porque não consegue tocar as obras como deveria por conta da escassez de recursos.

Como se não bastasse, a crise econômica que assola o país tem atingido diretamente as empresas, que estão produzindo menos, demitindo mais e consequentemente movimentando menos dinheiro. Isso tem como consequência direta a queda de arrecadação própria do estado, que depende do ICMS para viabilizar seu caixa.

Alheio a todos esses problemas, desconsiderando a esmagadora opinião popular, que em Pernambuco rejeita como nunca antes na história da política o governo Dilma e majoritariamente concorda com o impachment da presidente, o governador se dá ao luxo de subscrever um manifesto em defesa de Dilma Rousseff. Foi um erro de cálculo grotesco de Paulo Câmara, que poderia ter evitado se posicionar no caso do impeachment alegando que o tema é de competência do congresso nacional através de deputados e senadores e ele na condição de governador de Pernambuco tinha como única e exclusiva atribuição governar o seu estado. Faltou sensibilidade a Paulo Câmara que desde a última terça-feira tem arcado com um pesado ônus perante o povo pernambucano depois da posição que tomou.

Rodrigo Novaes - O deputado Rodrigo Novaes (PSD) subiu a tribuna da Alepe ontem para defender uma ampla discussão na Casa Joaquim Nabuco com a sociedade, com ex-governadores e com a bancada de deputados federais sobre a situação política do país e a opinião da Casa sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff para que esse posicionamento possa balizar os deputados federais pernambucanos que irão apreciar em breve o impedimento de Dilma.

Mozart Sales - Suplente de deputado federal e possível candidato do PT a prefeito do Recife no ano que vem, Mozart Sales ocupava a diretoria de inovação tecnológica da Hemobras até ontem quando uma operação da Polícia Federal foi deflagrada para investigar supostas irregularidades em licitações da estatal. Sales foi encaminhado na condição de testemunha para a Polícia Federal e teve seus celulares apreendidos para averiguação.

Reunião - Após passarem uma hora conversando reservadamente no Palácio do Planalto ontem, a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer não conseguiram chegar a um consenso nem minimizar o clima que ficou tenso após o vazamento da carta que Temer enviou a presidente na última segunda-feira. Tudo continua como já estava, Dilma e Temer seguem afastados.

Plano Temer - O ex-ministro Moreira Franco, aliado de Michel Temer, falou o seguinte sobre o que ele chama de Plano Temer: "O mérito do Plano Temer é identificar as medidas e reformas que o Brasil precisa fazer para sair da crise, retomar o crescimento e salvar as conquistas sociais das garras da inflação e da falta de recursos públicos. Por dizer a verdade, tem autoridade para propor soluções e capacidade de angariar apoios. Por não se esconder da realidade e nem procurar escondê-la do país, apresenta propostas corajosas e objetivas. Teve grande repercussão e ampla aceitação porque as pessoas entenderam que não é um projeto eleitoral, mas uma proposta para o Brasil sair da crise."

RÁPIDAS

Controle - O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ) demonstrou ontem mais uma vez que tem absoluto controle de tudo o que acontece na Casa ao ver sua tropa de choque não só adiar a votação do relatório do conselho de ética como também afastar o relator Fausto Pinato (PRB/SP), que defendia o seu afastamento do cargo.

Crescimento - O deputado federal Mendonça Filho (DEM) tem se consolidado politicamente na oposição ao governo Dilma Rousseff. Mendonça está sendo muito elogiado por sua postura combativa e inteligente como líder do Democratas na Câmara. Hoje todas as discussões do país passam também por ele.

Inocente quer saber - Heraldo Selva rompeu com Elias Gomes para ser candidato a prefeito de Jaboatão?

Quando ninguém ainda falava em crise no início de 2013, o então governador Eduardo Campos lançou o Fundo Especial de Apoio aos Municípios (FEM) visando contribuir com os gestores no intuito de melhorar a situação dos municípios, que já não era boa por conta das desonerações patrocinadas pelo governo federal que atingiam diretamente o Fundo de Participação dos Municípios, que vinha mês a mês sendo reduzido.

O FEM foi recebido com festa pelos prefeitos porque representava uma espécie de décimo terceiro para que os prefeitos pudessem apresentar alguma coisa aos seus eleitores, como a construção de escolas, praças, reformas de equipamentos públicos, etc. Tanto em 2013 quanto em 2014 o FEM foi a salvação da lavoura para os prefeitos pernambucanos.

Com a crise agravada, o FEM de 2015 foi visto como uma notícia alentadora para os gestores, até mais do que nos anos anteriores. Porque os repasses do FPM continuaram a cair drasticamente. De nada adiantou o apelo dos mais de 5 mil prefeitos brasileiros para que o governo federal encontrasse uma saída para a situação dos municípios. Isso ficou evidente quando a presidente Dilma Rousseff fez e continua fazendo ouvido de mercador para os pleitos dos municípios.

Ontem o governador Paulo Câmara, em pouco mais de dez meses do seu governo, talvez tenha realizado o maior ato da sua gestão, ao divulgar o resultado do escritório de projetos, que selecionou 47 propostas para urbanização, saneamento, meio ambiente e saúde. As medidas irão beneficiar diretamente 123 municípios espalhados por todo o estado de Pernambuco.

Além disso, o governador vai liberar R$ 30 milhões do FEM dos anos de 2013 e 2014, que estavam parados por entraves burocráticos. A medida foi recebida com alegria pelos prefeitos que não sabiam mais o que fazer para contornar a situação, que é caótica. Tem prefeito que está considerando a hipótese de não pagar o décimo terceiro salário dos servidores porque a prefeitura simplesmente não tem recursos.

O governador Paulo Câmara saiu do ato ovacionado pelos prefeitos, porque, diferentemente da presidente Dilma Rousseff, demonstrou sensibilidade com a situação peversa que se encontram as finanças das prefeituras espalhadas pelo Brasil inteiro.

Eduardo Marques - Vereador do Recife há 27 anos e exercendo o sétimo mandato na Casa José Mariano, Eduardo Marques da Cunha decidiu trocar o PTB do ministro Armando Monteiro pelo PSB do prefeito Geraldo Julio. Outro que deve ingressar na legenda socialista é o empresário Carlos Gueiros, igualmente filiado ao PTB.

Alexandre Lacerda - O ex-vereador Alexandre Lacerda deverá mesmo ser candidato nas eleições do ano que vem. Alexandre, que exerceu um mandato na Casa José Mariano entre 2009 e 2012 não conseguiu a reeleição por uma diferença de apenas setenta votos pelo PRTB. Escaldado, ele espera voltar para o legislativo municipal em 2016.

Insatisfeito - O prefeito de Caruaru José Queiroz ficou muito desapontado com o Palácio do Campo das Princesas que permitiu que o comando do PSB na capital do forró ficasse nas mãos da deputada Raquel Lyra. Ele esperava apoiar Jorge Gomes, seu vice, para a disputa de 2016 com o aval do governador Paulo Câmara.

Destino - Socialistas históricos, o vice-prefeito Jorge Gomes e a ex-deputada Laura Gomes poderão anunciar em breve a desfiliação do PSB. O destino deles pode ser o PDT do prefeito José Queiroz. Uma vez no PDT, Jorge Gomes teria a garantia de que seria o candidato natural à sucessão de Queiroz no ano que vem.

RÁPIDAS

Vice - O empresário Tonynho Rodrigues afirmou numa rádio de Caruaru que o grupo político do deputado Tony Gel pode conversar com Raquel Lyra para as eleições de 2016. A declaração de Tonynho fortalece a tese de que ele poderá mesmo ser o vice da deputada na disputa pela prefeitura em 2016.

Negativo - O PT do Recife se apressou em divulgar uma nota negando que Marilia Arraes poderia ser a candidata do partido à prefeitura do Recife no ano que vem, mas deixou as portas abertas para que a neta de Arraes se filie ao partido e possa "participar das discussões internas".

Inocente quer saber - Na condição de ministro da presidente Dilma Rousseff, não seria mais coerente Armando Monteiro inaugurar as obras federais em Pernambuco em vez de Humberto Costa?

O valor das incorporações, obras e serviços realizados pela indústria da construção em 2013 totalizou R$ 357,7 bilhões, um crescimento real de 3,7% em relação a 2012. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) referente a 2013. No mesmo período, a receita operacional líquida do setor avançou 5,3% em termos reais, para R$ 337,6 bilhões.

O resultado, segundo o órgão, foi influenciado positivamente pela maior oferta de crédito imobiliário, por programas de investimento como Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida (MCMV), além das obras para a Copa do Mundo 2014. "Em conjunto, esses fatores contribuíram para que fossem realizados investimentos em obras de infraestrutura e na construção de edificações residenciais", destacou o IBGE.

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Há dois anos, o IBGE mapeou cerca de 111,9 mil empresas ativas na indústria da construção, 5,5% a mais do que em 2012. Essas companhias empregavam 2,961 milhões de pessoas, uma expansão de 4,8% no período.

O gasto total com o pessoal ocupado correspondeu a 33,9% do total dos custos e despesas das empresas de construção, resultado superior à participação em 2012 (32,6%), e atingiu o valor de R$ 102,3 bilhões. O salário médio mensal ficou em R$ 1.750,88 em 2013, um ganho real de 0,6% frente ao ano anterior.

O setor de construção de edifícios foi o que mais contribuiu para o avanço do setor em 2013, com participação de 42,8% no valor nominal das incorporações, obras e serviços. Em seguida vêm as obras de infraestrutura, com uma fatia de 39,4%. Ambos, porém, perderam espaço para os serviços especializados, que há dois anos responderam por 17,8% do valor das incorporações.

Infraestrutura

Considerando apenas as empresas com 30 funcionários ou mais, o valor corrente total das incorporações chegou a R$ 292,5 bilhões em 2013, alta real de 1,7% sobre 2012. Neste recorte, a maior fatia ficou com as obras de infraestrutura, que sofrem influencia dos R$ 62,2 bilhões desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) naquele ano.

Segundo o IBGE, o valor das obras de infraestrutura realizada por empresas com 30 funcionários ou mais totalizou R$ 129,6 bilhões, sendo que R$ 17,7 bilhões foram de instalações esportivas (possivelmente efeito da Copa do Mundo) e R$ 726,5 milhões de pistas de aeroportos (com provável conexão com as concessões no setor).

As obras residenciais ganharam espaço e vieram em segundo lugar. De acordo com o IBGE, o valor nominal dessas construções chegou a R$ 76,6 bilhões em 2013. "O aumento da participação deste grupo nos últimos anos está diretamente relacionado à expansão do crédito imobiliário e do número de unidades financiadas, ambas influenciadas pela redução das taxas de juros naquele período, ampliação dos prazos de financiamento, aumento da renda e do emprego, além de alterações no marco regulatório do crédito imobiliário", destacou o instituto.

Regiões

Em termos regionais, o Sudeste continuou à frente das demais regiões em termos de participação no pessoal ocupado (55,0%) e no valor das incorporações, obras e serviços da construção (61,9%). Apesar disso, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais ganharam espaço no cenário nacional da atividade entre 2012 e 2013.

O comércio registrou receita líquida de R$ 2,673 trilhões em 2013, um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 12,7% em relação a 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira, 14, a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2013. Apesar do avanço, o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas perdeu participação na virada do ano.

O setor de veículos respondeu por 13,0% da receita operacional líquida (o equivalente a R$ 348,411 bilhões), menos do que em 2012, quando o segmento abocanhou uma fatia de 13,6% (R$ 323,8 bilhões), apontou o IBGE. Por outro lado, o comércio atacadista manteve sua participação praticamente estável, responsável por 44,1% da receita líquida.

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Enquanto isso, a fatia do comércio varejista aumentou de 42,4% para 42,9% em 2013. O setor gerou uma receita líquida de R$ 1,145 trilhão e responde pelo maior contingente de trabalhadores, assim como o maior número de empresas. São 1,259 milhão de firmas encaixadas nesta classificação, que empregavam 7,659 milhões de brasileiros segundo o órgão.

Ao todo, o número de trabalhadores no comércio (considerando também veículos e atacado) chegou a 10,431 milhões em 2013, 437,7 mil a mais do que no ano anterior. De acordo com o IBGE, esses profissionais receberam R$ 168,249 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações em 2013.

O número total de empresas, porém, encolheu para 1,596 milhão - ou seja, 19.234 estabelecimentos fecharam na passagem do ano. As firmas com 20 pessoas ocupadas ou mais foram responsáveis por R$ 2,013 trilhões da receita líquida gerada em 2013. O montante é o equivalente a 75,3% do total.

Varejo

No varejo, os hipermercados e supermercados representaram a maior receita líquida, com R$ 278,9 bilhões (24,7% do total do segmento). A atividade também se destacou em salários, retiradas e outras remunerações (R$ 17,636 bilhões, ou 16,9% do total). Em relação à receita, também despontaram os combustíveis e lubrificantes (R$ 174,2 bilhões).

As lojas de departamento, eletrodomésticos e móveis e os hipermercados e supermercados se sobressaíram em termos de salário médio mensal (1,8 salário mínimo nestes setores). Já as atividades que mais empregaram no setor varejista em 2013 foram tecidos, vestuário e calçados (1,360 milhão de pessoas), hipermercados e supermercados (1,122 milhão) e material de construção (966,872 mil).

Veículos

No comércio de veículos, peças e motocicletas, a atividade de veículos automotores respondeu por R$ 238,438 bilhões da receita líquida (68,4%), empregou 309,8 mil pessoas (32,2%), com um total de 20,739 mil empresas (13,9%). A atividade registrou a maior média de pessoal ocupado por empresa (15), o maior salário médio (3,0 salários mínimos) e a mais alta produtividade do trabalho (R$ 75,359 mil por pessoa ocupada).

O óleo diesel segue como o produto com maior valor de vendas na indústria brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quarta-feira, 24, a Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa e Produto referente a 2013. O destaque, porém, ficou com as plataformas de perfuração ou de exploração, flutuantes ou submersíveis, cujo valor de vendas dobrou em relação a 2012.

Em 2013, a exportação "ficta" de sete plataformas de petróleo ajudou a impulsionar o resultado da balança comercial brasileira em US$ 7,735 bilhões. Nessa operação, porém, a venda é apenas contábil, já que as plataformas não saem do País, pois são afretadas (alugadas) pela Petrobras.

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O valor de vendas de plataformas atingiu R$ 4,638 bilhões em 2013, contra R$ 2,684 no ano anterior. Com isso, o produto ganhou 48 posições no ranking da indústria brasileira, saltando da posição 121º para 73º.

O valor de vendas também aumentou consideravelmente nos casos de tubos, canos ou perfis ocos de aços sem costura (R$ 4,019 bilhões), máquinas de colheita (R$ 6,034 bilhões) e inseticidas para uso na agricultura (R$ 6,598 bilhões) na passagem do ano.

No sentido contrário, o biodiesel e suas misturas tiveram a maior perda de posições, diante da queda nominal do valor de vendas, totalizando R$ 5,120 bilhões em 2013. O produto ficou na 67ª colocação naquele ano, contra a 50ª posição em 2012.

Óleo diesel

O maior valor de vendas foi registrado pelo óleo diesel, que arrecadou R$ 67,345 bilhões em 2013, contra R$ 54,992 bilhões no ano anterior. Com isso, a participação do produto na arrecadação da indústria aumentou para 3,3%.

Em segundo lugar ficaram os minérios de ferro em forma bruta, cujo valor de vendas totalizou R$ 54,763 bilhões (2,7% da receita bruta da indústria). Esse produto estava na terceira colocação em 2012.

Já a indústria de automóveis de cilindradas entre 1,5 mil centímetros cúbicos e 3 mil centímetros cúbicos, que estava na segunda posição em 2012, caiu para o terceiro lugar em 2013, com vendas de R$ 47,763 bilhões (2,3%).

Ainda aparecem no ranking dos dez primeiros em valor de vendas gasolina automotiva ou para outros usos, exceto aviação (R$ 38,241 bilhões), carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 36,166 bilhões), automóveis, jipes ou camionetas para passageiros (R$ 34,556 bilhões), óleos brutos de petróleo (R$ 30,559 bilhões), álcool etílico (etanol) não desnaturado (R$ 28,064 bilhões), minérios de ferro pelotizados ou sinterizados (R$ 24,067 bilhões) e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja (R$ 23,487 bilhões).

A receita líquida de vendas da indústria brasileira atingiu R$ 2,658 trilhões em 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta quarta-feira, 24, a Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa e Produto, referente àquele ano. O valor é 10,3% maior do que o obtido em 2012, em termos nominais (sem descontar a inflação do período). As grandes empresas, que empregam mais de 500 pessoas, responderam pela maior fatia da receita líquida, com R$ 1,818 trilhão (68,4%, a mesma participação do ano anterior).

Os investimentos, por sua vez, somaram R$ 215,069 bilhões em 2013, uma alta nominal de 8,1% em relação ao ano anterior. Desse montante, o maior volume foi empregado na compra de máquinas e equipamentos (R$ 92,82 bilhões, o equivalente a 43,2%). O valor do aporte se manteve no mesmo patamar do ano anterior, mas esses investimentos tiveram perda relativa na participação - em 2012, eram 46,5%.

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Ainda em 2013, o total dos custos e despesas das empresas industriais foi de R$ 2,768 trilhões, uma alta nominal de 12,4% ante 2014. Desse gasto, 14,0% foram direcionados a custos com pessoal e 41,2%, para a compra de matérias-primas.

Já o valor da transformação industrial (diferença entre o valor bruto obtido e o custo das operações) totalizou R$ 1,087 bilhão em 2013. Em termos setoriais, o primeiro lugar do ranking ficou, pelo quarto ano consecutivo, com a indústria de produtos alimentícios. O segmento concentrou 14,9% do valor gerado pela indústria (R$ 161,986 bilhões), seguido por fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (9,7%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (8,6%).

Os três segmentos, juntamente com extração de minerais metálicos, fabricação de produtos químicos, extração de petróleo e gás, fabricação de máquinas e equipamentos, metalurgia, fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico, concentraram 68,4% do total da indústria nacional em 2013.

O número de empresas industriais instaladas no Brasil aumentou para 334.311 em 2013, um avanço de 2,0% em relação ao ano anterior. Em 2012, o País contava com 328.505 empresas industriais. Houve expansão de 2,7% no total de pessoal ocupado no período. Segundo o IBGE, 9.047.550 pessoas trabalhavam em indústrias em 2013, ante 8.803.833 no ano anterior. A despeito do aumento, a média de pessoal ocupado por empresa permaneceu em 27 pessoas por empresa, informou o órgão. Os gastos com pessoal cresceram para R$ 386,752 bilhões em 2013. Um ano antes, essa despesa totalizou R$ 353,202 bilhões. A PIA-Empresa levanta informações sobre a linha de produção de 334 mil empresas industriais do País.

Os usuários de internet no Brasil são principalmente jovens e pessoas de maior escolaridade e renda. Ainda assim, o acesso à rede tem crescido em todas as faixas etárias, inclusive entre os mais idosos e as populações com menor grau de estudo ou de baixa renda, segundo suplemento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2008, apenas 5,7% dos brasileiros com mais de 60 anos utilizaram a internet. Já em 2013, essa fatia mais que dobrou, chegando a 12,6%, segundo o órgão.

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Apesar disso, o porcentual continua sendo o menor entre todas as faixas etárias, enquanto a maior frequência ocorre nos jovens de 15 a 17 anos (75,7%). Em toda a população de 10 a 39 anos, o uso da internet ultrapassa os 50%.

Em termos de anos de estudo, os brasileiros com pelo menos o ensino superior completo (15 anos ou mais de estudo) sustentam os maiores índices de utilização de internet (89,8%). A despeito disso, o uso da rede chegou a 5,4% das pessoas sem qualquer tipo de instrução ou menos de um ano de estudo - fatia que era de 1,9% em 2008.

Em relação à renda, o avanço do acesso à internet ocorreu principalmente entre as faixas de renda mais baixas, embora o alcance da tecnologia continue sendo maior nas famílias mais abastadas.

De acordo com o órgão, 23,9% das pessoas com renda domiciliar per capita entre zero e um quarto de salário mínimo tinham acesso à rede em 2013. Essa fatia aumenta quanto maior é a renda, chegando ao pico de 89,9% de frequência na faixa de renda per capita acima de 10 salários mínimos.

Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal per capita de quem possuía, em 2013, um computador ou tablet era de R$ 1.572,00, mais que o dobro dos R$ 687,00 de quem não tinha tais ferramentas para acessar a internet.

O microcomputador é o meio mais utilizado pelos brasileiros para acessar a internet, seguido do telefone móvel celular e do tablet, de acordo com um suplemento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na região Norte, porém, as dificuldades de acesso e a infraestrutura menos desenvolvida colocam o telefone celular à frente em termos de uso da rede.

Na média do País, 88,4% dos domicílios com acesso à internet utilizam o microcomputador. Na sequência aparecem o telefone celular (53,6%), o tablet (17,2%), a televisão (2,7%) e outros equipamentos, incluindo videogames (0,7%).

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Na região Norte, porém, o uso do celular para acessar a rede ocorre em 75,4% dos domicílios com internet, enquanto os microcomputadores são empregados por 64,8%. No caso do telefone móvel, o porcentual de utilização é o maior entre todas as cinco regiões. O segundo colocado nesse ranking é o Nordeste (56,0%).

"Uma explicação pode ser pelo lado da renda. Em função do preço do microcomputador, o celular tem mais uso (por ser mais barato), e também pode ser a infraestrutura. Lá, a rede de cabeamento pode ser um pouco menor, e o acesso por satélite pode ser mais eficiente", explicou a técnica do IBGE Jully Ponte.

Já no Sudeste e no Centro-Oeste, o microcomputador continua sendo o protagonista, mas cada vez mais dividindo espaço: aproximadamente um a cada dez domicílios nessas regiões possui tablet, e a utilização desse equipamento para acessar a internet também está entre os mais elevados do País. O porcentual de domicílios que recorre ao tablet para acessar a internet ficou em 16,3% no Centro-Oeste e 19,2% no Sudeste.

A despeito de Norte e Nordeste recorrem muito mais ao celular para acessar a rede do que outras regiões, o IBGE ressalta que a penetração da internet nos domicílios segue sendo maior em termos absolutos em locais como o Sudeste.

Apesar de a contagem regressiva para o desligamento do sinal analógico de televisão já estar em curso, uma fatia considerável de famílias ficaria desguarnecida caso o cronograma de desativação tivesse conclusão prevista para os dias atuais. Em todo o Brasil, 28,5% dos domicílios não tinham nenhum tipo de acesso ao sinal digital de televisão ao fim de 2013, segundo um suplemento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgado nesta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice é ainda maior no Norte (34,3%) e no Nordeste (30,5%), mas igualmente significativo no Centro-Oeste (28,9%), no Sudeste (27,2%) e no Sul (26,2%). Segundo o IBGE, esses domicílios não possuem recepção de sinal digital de TV aberta, nem contam com televisão por assinatura ou antena parabólica. "Conhecer esses dados vai auxiliar na política de desligamento do sinal analógico", afirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad.

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O Ministério das Comunicações mantém um cronograma de desligamento do sinal analógico da televisão aberta que vai até dezembro de 2018. Este prazo já foi estendido, pois o decreto original da TV digital no País previa que isso ocorresse até junho de 2016.

Ainda segundo o IBGE, a maioria das residências brasileiras ainda conta apenas com televisores de tubo (54,5%), com índices ainda mais elevados no Nordeste (67,6%) e no Norte (64,1%). Isso não quer dizer, porém, que essas pessoas não contam com o sinal digital, já que muitos desses domicílios possuem o equipamento que faz a conversão - algo não mensurado na pesquisa.

Já o número de domicílios que possui apenas televisores de tela fina, modelos mais modernos, atingiu 24,3%, com maior ocorrência no Sudeste. As residências que contam com ambos os modelos, por sua vez, responderam por 21,2%, segundo a Pnad.

Apesar de a quantidade de linhas de telefone celular ativas no Brasil superar o número de habitantes, quase um quarto (24,8%) da população do País com 10 anos de idade ou mais não tinha o aparelho em 2013, segundo dados de um suplemento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, 130,176 milhões de pessoas contavam com um celular para uso pessoal no fim de 2013, o equivalente a 75,2% da população.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), porém, o número de linhas era bem maior nessa época, superando os 271 milhões. Até fevereiro de 2015, esta quantidade avançou ainda mais, para além dos 282 milhões, incluindo linhas pré e pós-pagas.

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A posse do celular aumentou consideravelmente desde 2005, quando apenas 36,6% da população com 10 anos ou mais de idade possuía o bem, segundo o IBGE. No período de oito anos, 73,9 milhões de pessoas adquiriram um telefone móvel, o que significou aumento de 131,4%.

Nos últimos anos, os maiores crescimentos foram observados no Norte e no Nordeste. O destaque, porém, ficou com o Centro-Oeste, onde 83,8% dos habitantes possuem celular. O resultado supera até mesmo as regiões Sul e Sudeste.

Em termos de rendimento, os domicílios com maior renda per capita sustentam maior presença do telefone móvel. Em uma crescente, o índice atinge o pico de 95,7% de posse de celular entre os brasileiros com renda média individual acima de 10 salários mínimos.

O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio, coronel Fábio Almeida de Souza, incitou a violência policial contra manifestantes durante os protestos de rua de 2013, conforme reportagem da revista "Veja" desta semana. Mensagens atribuídas a Souza, trocadas com comandados, indicam também que ele tem admiração pela doutrina nazista. Outra suspeita é de que ele pode estar envolvido no ataque a tiros ao prédio de outro oficial, seu desafeto.

As mensagens constam de investigação sigilosa a cargo da Corregedoria-Geral da PM. Em nota, a corporação confirma a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM), mas não dá detalhes. Souza foi promovido a coronel no final do ano passado "por merecimento", quando comandava a equipe de vigilância pessoal do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.

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Em um grupo de WhatsApp (aplicativo de mensagens por celular), Souza, segundo a "Veja", escreveu que os black blocs, manifestantes considerados violentos e baderneiros, deveriam ser mortos: "7,62 (referência a um calibre de fuzil), mata eles tudo", disse. "Porrada, paulada, tonfada (pancada com um instrumento chamado tonfa, semelhante a um cassetete), fuzilzada, mãozada."

Em outra mensagem, fala: "Na última manifestação, dei de AM640 inferno azul (lançador de bomba de gás) nas costas de um black bobo, no máximo 30 metros!!! Que orgulho!!!"

Também divulgada pela revista, mensagem atribuída ao coronel menciona despacho de umbanda deixado na porta do gabinete do tenente-coronel Márcio Rocha, que substituiu Souza por um período no Batalhão de Choque. Os dois seriam inimigos. "Faltou a galinha preta, as guias, as velas do Flamengo, a pipoca e aquela batata cheia de espeto." A portaria do prédio de Rocha foi atingida por tiros disparados por dois homens numa moto em janeiro de 2014, uma semana após o episódio do despacho.

Em outra postagem, Souza louva o "padrão Alemanha de 1930", em referência ao regime instituído pelo líder nazista Adolf Hitler, e diz: "Vai ter virada e vingança. 2014, a virada. 2015, a caça aos infieis insurgentes ladrilhos malditos indignos".

A PM emitiu notas sobre a investigação do ataque à casa de Rocha: "O Inquérito Policial Militar (IPM) está em andamento, na fase de cumprimento de exigências feitas pelo Ministério Público. (...) Todos os oficiais citados nos fatos já depuseram na qualidade de testemunhas." Não há comentário sobre a troca de mensagens pelo WhatsApp.

Procurados pela reportagem, nem o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) nem o secretário de Segurança se manifestaram. As assessorias informaram que caberia à PM responder sobre os fatos.

O diretor da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, considerou muito grave o teor das mensagens. "Se confirmada a autenticidade dessa troca de mensagens, estamos diante de um fato de enorme gravidade: um oficial da 'elite' da polícia pregando abertamente o uso excessivo da força, o extermínio e a sedição, conspirando contra os próprios colegas policiais. É difícil entender como esse oficial e os demais identificados nessa investigação da Corregedoria ainda não estejam afastados do serviço; e, no caso do coronel Fábio, tenha sido inclusive, promovido."

Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, "esses diálogos capitaneados pelo comandante da tropa acabam por ratificar o que já se sabe há muito tempo: a PM acaba por se constituir em fator importante da cultura da violência que impera na política pública de segurança. Incitar os soldados a praticar violência contra manifestantes ou seja contra quem for, e com exortações de natureza inequivocamente nazista, é inaceitável e incompatível com as funções policiais".

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