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O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), afirmou, nesta quarta-feira (23), que vai solicitar que o Ministério Público Eleitoral (MPE) investigue a denúncia, feita pelo deputado federal José Augusto Maia (PROS), de que o PSB teria oferecido propina para que ele integrasse o palanque de Paulo Câmara. Monteiro disse que os advogados dele vão recorrer ao MPE ainda hoje (23) para uma averiguação mais minunciosa sobre a possível "vantagem financeira" oferecida ao republicano. 

"Nossa coligação vai propor uma medida, que seria absolutamente imprescindível, que é a de que o Ministério Público Eleitoral apure profundamente os fatos que estão ali apontados. Mas existem elementos gravíssimos na denúncia de José Augusto Maia, nos cabe informar a gravidade do problema", disse o candidato, ao conceder entrevista coletiva à jornalistas, após instalar o Conselho Político da campanha dele no Recife. 

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A um jornal paulista, Augusto Maia revelou que o PROS recebeu uma proposta financeira "irrecusável" para aderir ao palanque da Frente Popular de Pernambuco. A oferta, segundo o parlamentar, girava em torno de R$6 milhões e teria sido feita pelo presidente nacional da legenda, Euripedes Júnior, e pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP). 

Esta não é a primeira vez que Paulo Câmara é acusado de oferecer vantagens em troca de apoio. O próprio Armando, sugeriu que a Frente Popular estaria usando a máquina pública para oferecer possíveis regalias a prefeitos. O petebista elencou, na época, as intervenções como "bolsa-eleição"

 

 

O deputado federal José Augusto Maia (PROS) denunciou uma possível oferta de propina feita para que o partido apoiasse a candidatura de Paulo Câmara (PSB), candidato escolhido por Eduardo Campos (PSB), ao governo de Pernambuco. De acordo com um jornal paulista, que revelou a denuncia, Maia teria recebido a proposta e recusado. 

A oferta, segundo o parlamentar, girava em torno de R$ 6 milhões e teria sido feita pelo presidente nacional da legenda, Euripedes Júnior, e pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP). Após a recusa, Augusto Maia foi destituído do cargo de presidente estadual do PROS e anunciou que não concorreria à reeleição. 

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Um dos encontros onde aconteceu a negociação financeira foi no dia 12 de junho. Na ocasião, o deputado encaminhou uma nota à imprensa afirmando que o PROS havia recebido “uma proposta irrecusável” e a elencou ainda as conversas tidas na reunião como “impublicáveis” e “não republicanas”. O partido rumava, na época, para ingressar ao palanque adversário, de Armando Monteiro (PTB), no entanto dias depois anunciaram a adesão ao PSB. 

“Foi uma proposta com vantagem financeira. Não estou dizendo as cifras, mas para bom entendedor o silêncio é o bastante, né?”, declarou Augusto Maia ao jornal paulista.  Estavam no encontro Eurípedes e os deputado federais Givaldo Carimbão (AL), líder do Pros na Câmara, Salvador Zimbaldi (PROS-SP), Ronaldo Fonseca (PROS-DF), Márcio Junqueira (PROS-PR) e Major Fábio (PROS-PB). 

Negativa

Procurados pelo Portal LeiaJá, Eduardo da Fonte e Paulo Câmara negaram a denúncia. A assessoria de imprensa do candidato de Eduardo Campos no estado afirmou que enviaria uma nota à imprensa sobre o caso, mas até o fechamento da matéria o texto não foi encaminhado. Ao jornal paulista, o candidato disse que "refutava veemenete a acusação". 

Da Fonte garantiu não ter intermediado oferta alguma. De maneira sucinta, o parlamentar afirmou que nunca teve reuniões com Augusto Maia para tratar sobre apoios. 

“Isso é uma loucura. Vou interpelar ele na justiça”, cravou Da Fonte. O PROS e o PP formam juntos um bloco na Câmara dos Deputados com 56 parlamentares. 

Euripedes Júnior, que estava presente na reunião do dia 12 de junho, afirmou que a proposta não foi feita e se negou a falar mais sobre o assunto. O presidente estadual da legenda, Gilson Lima, não atendeu as ligações.

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