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Defensores públicos e advogados brasileiros vão fazer pressão para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar se o Ministério Público deve ou não ter uma cadeira reservada ao lado dos juízes em audiências de instrução e julgamento. Hoje, membros do MP, ainda que como parte acusatória, ficam à direita do juiz, geralmente alguns degraus acima do réu, sua defesa e testemunhas.

O momento é visto como oportuno para a discussão. Após a divulgação de mensagens atribuídas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz federal Sérgio Moro, a procuradores da Operação Lava Jato, se intensificaram os debates sobre a relação entre quem julga e quem acusa dentro de uma ação penal. As mensagens foram publicadas pelo site The Intercept Brasil e sugerem interferência de Moro no trabalho de procuradores da Lava Jato - o que o atual ministro nega ter feito.

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O tema tem sido debatido em conversas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com o Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege). Ambos pedem que o STF julgue uma ação direta de inconstitucionalidade que está na Corte há sete anos (ADI 4768, proposta pela OAB em 2012), hoje no gabinete de ministra Carmen Lúcia. A ação pede a suspensão de artigos da Lei 8.625/93 e da Lei Complementar 75/93, que hoje sustentam a possibilidade de que membros do MP estejam ao lado dos juízes.

"(A divulgação das mensagens) Reacende essa discussão no sistema jurídico e agora queremos reforçar a luta por uma composição cênica mais adequada", disse a 2.ª subdefensora pública-geral do Rio de Janeiro, Paloma Lamego. "Hoje, como o juiz se senta sempre numa posição mais alta, o acusado e defesa ficam lá embaixo vendo o cara que acusa ao lado do juiz. É uma violência simbólica."

O tema também é pauta no Congresso. O projeto de lei 6.262/16, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em maio e que agora vai para o Senado, determina que os advogados do autor e do réu de uma ação devam ficar na mesma altura do juiz e à mesma distância do magistrado. Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é uma mudança necessária.

"Chegaram a dizer que era bobagem discutir onde fica sentado cada um na audiência. Mas não é. Nas audiências, são importantes os símbolos", diz o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. "Temos que enfrentar estes símbolos."

'Simbolismo'

O vice-presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Manoel Murrieta, discorda da necessidade de mudanças. Para ele, a posição de membros do MP em relação ao juiz trata-se apenas de um "compromisso histórico". "Não se trata de simbolismo de superioridade, ao contrário." O Estado procurou a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), mas teve resposta até a conclusão desta edição.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme de Oliveira, disse defender que as partes de um processo estejam em posição de igualdade, mas que o juiz, por atuar na solução do caso, deve se manter numa posição superior. "As partes devem estar em igualdade de tratamento. Quando o Ministério Público atua como parte, deve estar topograficamente em situação de igualdade", diz. "No que diz respeito ao juiz, porque na situação atua como Poder do Estado, imparcial e independente, ele tem posição topograficamente superior."

Para Santa Cruz, a dimensão da Operação Lava Jato pode fazer com que comarcas de todo o País vejam os processos que foram conduzidos em Curitiba como um modelo. Por isso, segundo ele, este seria o momento oportuno para discutir a proximidade entre quem julga um processo e suas partes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 150 defensores dos direitos humanos de todo o mundo se reúnem por três dias em Paris para "planejar uma mudança e combater a repressão, o racismo e a discriminação".

Entre os participantes, está a irmã da vereadora Marielle Franco, militante dos direitos humanos assassinada há seis meses no Rio de Janeiro.

Em um comunicado, os organizadores, incluindo as principais ONGs internacionais neste campo, apontam que a "cúpula mundial sobre direitos humanos" visa "organizar o trabalho dos próximos 20 anos para o avanço dos direitos humanos e a luta pela mudança".

Este encontrou foi realizado pela primeira vez em Paris há exatamente 20 anos.

Os participantes da conferência serão recebidos nesta segunda-feira no Palácio do Eliseu pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que depois se reunirá com Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (HCDH).

Este congresso ocorre enquanto os ataques contra defensores dos direitos humanos se multiplicam, segundo os organizadores.

"Em 2017, pelo menos 312 foram mortos", disse seu comunicado, "Isto é, duas vezes mais do que em 2015, e em quase todos os casos os criminosos agiram com total impunidade".

"E sabemos que os números para 2018 serão ainda piores", afirmou Andrex Anderson, diretora executiva da Front Line Defenders, em entrevista coletiva nesta segunda.

"Nos países em que são mortos em maior número - México, Colômbia, Brasil, Filipinas, Guatemala, Honduras -, vemos que a cifra de vítimas é maior do que no ano passado. As ameaças enfrentadas pelos corajosos defensores dos direitos humanos são terríveis ".

"Governos, grandes corporações e outras entidades poderosas perseguem, espionam, prendem, torturam e até mesmo assassinam defensores dos direitos humanos, exclusivamente por defenderem os direitos fundamentais de suas comunidades", declarou ainda Anderson.

E, de acordo com Cindy Clark, codiretora executiva da Associação pelos Direitos e Desenvolvimento da Mulher (AWID), "a segurança dos defensores de direitos humanos, vítimas da desigualdade, exclusão e múltiplas formas de discriminação, está cada vez mais comprometida por causa de seu trabalho".

Durante esses três dias, os convidados do congresso participarão de reuniões, workshops e discussões em grupo sobre temas como "proteção dos defensores dos direitos humanos", "estratégias para o futuro", "como convencer no contexto atual" e "os riscos específicos ligados ao gênero".

"Estão presentes, entre outros, o jornalista Matthew Caruana Galizia, ganhador do Prêmio Pulitzer, que busca justiça após o assassinato de sua mãe, a jornalista Daphne Caruana Galizia, há um ano em Malta, a brasileira Anielle Franco, que faz campanha por justiça pelo assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco há seis meses, e Hina Jilani, fundadora da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão", informaram os organizadores.

A cerimônia de encerramento, com a apresentação das conclusões do congresso, será realizada na tarde de quarta-feira no Palais de Chaillot, em Paris.

O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, avisou que onze “companheiros” da Via Campesina irão iniciar por tempo indeterminado, em Brasília, no próximo dia 31 deste mês, uma greve de fome em defesa do ex-presidente Lula. O objetivo, segundo Stédile, é que o Supremo Tribuna Federal (STF) julgue de forma favorável o caso de Lula.

“Cada companheiro vai ter no peito uma placa dizendo ‘Eu estou aqui por causa do Fachin’, ‘Eu estou aqui por causa da Cármem Lúcia’, ‘Eu estou por aqui por cauda dos juízes que não são juízes’ no TRF-4”, detalhou o dirigente.

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Stédile também contou que, no próximo dia 2 de agosto, uma caravana vai sair de Caetés, município pernambucano onde nasceu Lula, para se juntar ao acampamento em Curitiba. “Serão 4 ônibus que virão trazer a energia do povo nordestino, dos pernambucanos. Espero que vocês recebam nossos companheiros do Nordeste com um grande abraço e hospitalidade. Eles vão ter que dormir aqui e comer aqui junto com vocês e trazer solidariedade”, ressaltou.

No dia 7 de agosto, ainda de acordo com o líder do MST, será promovido um ato inter-religioso na frente do STF com lideranças de todo o país.

 

Que uma boa parte da população defende Luiz Inácio Silva da Lula das acusações que envolvem o seu nome chegando a estar em primeiro lugar nas pesquisas entre os favoritos para ser presidente do país, isso não se pode negar. No entanto, muito menor é o número dos que aderiram a uma iniciativa vista por muitos críticos como fanatismo: participar de vigília, ou seja, militantes que dormem em plena praça pública [ou outros locais] com o único objetivo de mostrar solidariedade ao ex-presidente. 

Esse foi o caso de diversos grupos de movimentos, organizações populares, militantes em geral que se reuniram na Praça Tiradentes, no bairro do Recife, em frente ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), na terça-feira (23), em um ato público que contou com a presença de políticos e lideranças petistas. Apesar de um número bem menor, se comparado com outros estados, os que ali vão acampar querem mostrar que Lula “não está sozinho”. A vigília foi denominada “Eleição sem Lula é Golpe”. 

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Os manifestantes se viram de todo jeito. Em um espaço, umas poucas cabanas montadas para fazer vigília em ao ex-presidente. Em outro local da praça, grupos de jovens se reúnem para discutir o tema envolvendo Lula. Em outra área coberta, uma fila extensa é perceptível onde os presentes recebem pão e outros acompanhamentos para o jantar. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, Pedro Henrique, secretário da Juventude do PT-PE, contou que o esforço vale a pena porque mostra a “resistência” da Frente Brasil Popular, da esquerda, e do próprio partido em relação ao processo contra Lula. “É um processo arbitrário e, por isso vamos ficar e daqui vamos continuar resistindo até segunda ordem. Vamos estar na praça mostrando o nosso apoio e a nossa resistência contra esse processo contra Lula, que merece a reação popular. É isso que estamos fazendo aqui". 

O secretário garantiu que Lula é inocente. “Não há nenhuma prova contra ele, nem de que ele é proprietário do apartamento, nem de que ele usufruiu do apartamento, então ele é inocente. Só isso já nos dá ânimo para estarmos aqui defendendo a Constituição e defendendo alguém que é inocente e que está sendo condenado sem prova”, disse. 

Uma noite de espera

A militante da Juventude do PT Raissa Rabelo salientou que a noite será de reflexão e de espera. Ela também disse não se importar com a chuva e com os contratempos de não estar em casa. “Nós temos barracas, lonas e bancos. Só da Juventude são cerca de 50 pessoas que aqui irão dormir, fora o pessoal do sindicato, dos movimentos de moradia e sem terra que vão ficar aqui para acompanhar todo o julgamento. Vale muito a pena porque não é só uma questão de Lula, é a questão da democracia porque todos os dias estão sendo retirados direitos nossos e a gente está se acostumando com isso, mas não podemos. Estamos cansados, a lei precisa ser respeitada”. 

“Apesar de sabermos que a gente sabe de como anda o Judiciário brasileiro corrompido feito os outros poderes, mas estamos aqui no intuito de pressionar mesmo para que eles não levem na brincadeira não porque toda ação tem uma reação. Se quiserem legitimar o golpe que vem desde o impeachment fraudado do povo, a reação será o povo nas ruas”, avisou Raissa. 

O diretor de Assistência Estudantil da União dos Estudantes de Pernambuco, Vinicius Soares Ferreira, também mobilizou pessoas para aderirem à vigília. “Para que possamos defender o presidente Lula porque está acontecendo uma perseguição contra Lula. O que está em curso é um golpe articulado com setores da política brasileira que são conservadores e comandados pelo capital estrangeiro, que não querem que Lula seja presidente porque Lula representa um projeto popular, um projeto de um país governado pelo povo e para o povo. Eles não querem que esse projeto seja concretizado nas urnas”. 

 

Vinicius ressaltou que participam da vigília “várias forças políticas”, que se somam à luta em prol da democracia e para que Lula seja candidato. “Este momento serve para que fiquemos mais unidos já que amanhã vai acontecer o que a gente entende que é o momento mais crucial do ano, que é o julgamento, que vai decidir os caminhos para 2018. A ideia é que amanhã de manhã todos já estejam mobilizados aqui para poder acompanhar o julgamento e aí tirar as deliberações para como a gente vai reagir a partir da decisão desse julgamento. Claro que vale a pena não só por Lula, mas pelo que ele representa: um projeto de sociedade que todos nós defendemos”, contou. 

Depois dos "Vingadores", do "X-Men" e do "Quarteto Fantástico", um novo quadrinho de super-herói dos estúdios Marvel chega às telinhas: quarteto mais atormentado e cerebral do que seus antecessores, os Defensores desembarcam na plataforma Netflix.

O musculoso Luke Cage, um dos únicos super-heróis negros, o místico Iron Fist, a sombria Jessica Jones e o advogado cego Daredevil já tinham sua própria série nesse site de vídeo on streaming.

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Agora, estarão reunidos, a partir de 18 de agosto, para combater a ameaça contra Nova York representada por Alexandra (Sigourney Weaver), sem dúvida ligada a uma misteriosa multinacional de atividades tentaculares - The Hand.

É uma curiosa dinâmica que se estabelece entre esses quatro personagens, cada um acostumado a trabalhar sozinho e não totalmente convencido da utilidade de uma aliança.

Em seu primeiro encontro, Luke Cage e Danny Rand (Punho de ferro) chegam a ir às vias de fato.

"Cada um deles acha que sua maneira de fazer é a melhor", disse Mike Colter, que interpreta Luke Cage, em entrevista a alguns jornalistas em Nova York.

"Então, às vezes, eles querem forçar os outros a acompanhar", completou.

As tensões são permanentes no quarteto, com Jessica Jones e Matthew Murdock (Daredevil) em força centrífuga, prestes a se afastar a qualquer momento.

"Jessica é muito reticente. Ela queria não estar lá", descreve Krysten Ritter, que interpreta essa jovem de um atormentado passado.

- Minados por conflitos interiores -

Para unir esses quatro super-heróis, somente uma "ameaça ainda maior sobre Nova York" do que aquelas que costumam ocupar os quatros Defensores, resume Mike Colter.

"A guerra de Nova York está aí, se mexam, juntos", intima Stick, um mestre de artes marciais que é uma espécie de guia espiritual do grupo.

Totalmente filmado em uma grande cidade dos Estados Unidos, "Os Defensores" é impregnado de Nova York - a real, não a cidade-fantasma no estilo Gotham City, de "Batman".

"No passado, filmamos em muitos lugares que fizemos passar por Nova York depois", conta Mike Colter.

"Mas, se você já foi a Nova York, você pode dizer a diferença na hora", acrescenta.

A série se distingue pelos conflitos interiores que atordoam cada um desses heróis.

Jessica Jones, por exemplo, perdeu os pais em um acidente de carro e sofreu para encontrar seu lugar no mundo dos super-heróis. Permanece marcada por "traumas e injustiças", explica Krysten Ritter.

Quando chega a hora de se reunirem, os quatro defensores estão todos em um momento de transição, em busca de identidade, mais frágeis do que sólidos em si mesmos.

Para Krysten, no universo Marvel, "Os Defensores" é, em parte, "baseada na psicologia dos personagens".

"Eu vejo (Jessica Jones) como um personagem, que tem superpoderes, e não como uma super-heroína", comenta, insistindo em que "é, antes de tudo, um personagem".

Numa mudança de estratégia, os defensores do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, 'engrossaram' ontem a lista de senadores que questionaram o ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, único integrante do primeiro escalão do governo da petista no rol de testemunhas de defesa. Na sessão, que durou cerca de 12 horas, ainda foi ouvido o professor Ricardo Lodi, na condição de informante.

A ideia inicial era repetir o que foi feito em boa parte das sessões anteriores e "esvaziar" o plenário para acelerar esta fase do julgamento. Tanto que apenas 17 senadores estavam inscritos para fazer perguntas ao ex-ministro, a maioria apoiadores da presidente afastada. Contudo, senadores favoráveis ao afastamento da presidente começaram a se inscrever para fazer o embate com Barbosa - ao final, 32 senadores fizeram questionamentos.

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A ação teve por objetivo tentar desconstruir o discurso de Barbosa de que Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Os questionamentos foram mais técnicos a Barbosa, com poucos momentos mais tensos. No dia anterior, o plenário havia se tornado palco de um bate-boca acalorado entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Após as rusgas na noite de sexta Renan convidou senadores do PT para um jantar na noite de sexta. Participaram Jorge Viana (AC) e Lindbergh Farias (RJ). Viana afirmou que Renan reconheceu que se excedeu ao partir para o confronto com Gleisi. Na conversa, os petistas apelaram ao peemedebista para que pedisse aos parlamentares uma postara de respeito em relação a Dilma, que prestará depoimento amanhã.

Renan chegou a convocar uma reunião ontem a fim de discutir procedimentos da sessão. Antes do encontro, porém, senadores tentaram fechar um acordo por meio do qual base e oposição se intercalassem nas perguntas, mas governistas não concordaram. O encontro então foi cancelado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 20, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga a existência de pelo menos um defensor público em todas as comarcas e varas de Justiça existentes no País. A proposta, que será promulgada em breve, fixa prazo máximo de oito anos para que a União, Estados e municípios se adequem à medida.

A PEC prevê ainda que, no período, defensores devem trabalhar, de preferência, nas regiões com maiores índices de exclusão social e mais populosas.

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