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Os cerca de 30 manifestantes que ocupavam o plenário e a área externa da Câmara Municipal de Belo Horizonte deixaram nesta quinta-feira, 08, o prédio após uma semana de ocupação. Eles acataram determinação judicial expedida na quarta-feira, 07, que ordenou a desocupação para "propiciar o regular funcionamento da Casa Legislativa".

O grupo ocupou a Câmara após protesto nas galerias destinadas ao público no dia em que os vereadores retomariam os trabalhos após o recesso legislativo. O protesto causou embates entre os manifestantes e parlamentares, seguranças e também o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB).

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Uma das principais reivindicações era a abertura das planilhas de custo do transporte coletivo da capital. Lacerda chegou a chamar os manifestantes de "preguiçosos" por não acessarem os dados na internet. Mas as informações disponíveis na página da BHTrans, empresa responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte público na cidade, e no portal da Transparência da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) são de 2007, anteriores à renovação dos contratos e da eleição de Lacerda.

Durante a ocupação, os manifestantes protagonizaram ao menos um princípio de confronto com seguranças ao tentarem entrar no plenário para distribuir coxinhas. O ato era uma referência ao presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), que destinava verba de gabinete para a lanchonete da própria madrasta. O protesto levou Burguês a pedir a reintegração de posse do prédio com alegação de esbulho, que é privar alguém da posse de um bem com violência, ameaça ou mediante ação de um grupo.

O juiz Wauner Batista Ferreira Machado, da 3ª Vara da Fazenda Municipal de Belo Horizonte da Justiça mineira, negou a ocorrência de esbulho, mas entendeu haver turbação, termo que define o impedimento de livre exercício da posse de um bem por ato de terceiros, apesar dessa posse não ter sido perdida. O magistrado ordenou que os manifestantes deixassem os jardins, gabinetes e estacionamentos e determinou que protestos devem ser feitos apenas em locais destinados ao público e em horários de funcionamento da Câmara. Ele estipulou multa de R$ 500 por manifestante a cada dia que a ocupação fosse mantida.

Os manifestantes, no entanto, alegaram que deixaram o prédio porque tiveram atendidas as reivindicações de realização de audiência pública sobre o transporte público, marcada para o dia 28, além de diálogo com a prefeitura sobre o serviço. A Câmara já havia sido ocupada do fim de junho até o início de julho.

Terminou, no fim da tarde desta quarta-feira, 17, a ocupação por um grupo de 60 jovens do movimento Reúne Ilhéus do Palácio Paranaguá, sede da Prefeitura do município, o maior do litoral sul da Bahia. A ocupação, que durou 30 horas, foi concluída depois que a juíza Carine Nassri da Silva, da 2ª Vara Cível da comarca, concedeu liminar de reintegração de posse pleiteada pela administração municipal.

Ao receber a decisão judicial, manifestantes deixaram o local pacificamente, promovendo uma pequena mobilização na frente do palácio. Eles pedem a redução da tarifa de ônibus da cidade dos atuais R$ 2,40 para R$ 2,00 e o acesso aos documentos contábeis das duas empresas concessionárias do sistema (Viametro e São Miguel).

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De acordo com uma nota distribuída pela Prefeitura, os manifestantes já receberam as planilhas de custos apresentadas pelas empresas, além de cópias dos contratos de concessão dos serviços. Os únicos documentos restantes, entre os reivindicados, são os balancetes contábeis das empresas, que já teriam sido solicitados.

Além da ocupação, a administração do prefeito Jabes Ribeiro (PP) enfrenta, hoje e amanhã, uma paralisação geral dos servidores municipais. Eles pleiteiam reajustes salariais e reclamam não ter recebido propostas da Prefeitura.

Segundo o secretário de Administração de Ilhéus, Ricardo Machado, não é possível prever reajustes antes de o município se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com ele, 70% do orçamento da cidade está atrelado ao pagamento de pessoal, quando a LRF prevê um máximo de 54%.

O prefeito aponta a queda de arrecadação como principal problema do município - e sinaliza com a demissão de servidores. "Meu único caminho seria demitir mais de 700 funcionários, mas estamos tentando evitar isso", afirma.

Na madrugada de sexta-feira, 28, após reunião com a reitora em exercício, professora Marilza Cunha Rudge, os cerca de cem alunos da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) que ocupavam desde a manhã de quinta-feira, 27, o prédio da reitoria da instituição, no centro da capital, decidiram deixar o local.

A desocupação foi feita de forma pacífica, após a Reitoria se comprometer a aumentar a quantidade de bolsas para alunos de baixa renda e definir um programa para a permanência estudantil, com prioridade para a construção de moradias e restaurantes universitários nos câmpus que ainda não dispõem desses espaços. O plano de obras estará no próximo plano orçamentário da universidade.

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Também foram debatidos temas como cotas, equiparação de repasses entre USP, Unesp e Unicamp e a representatividade nos órgãos colegiados da universidade. Hoje, alunos, funcionários e docentes não têm o mesmo poder de decisão dentro da instituição.

Greve

Representantes dos sindicatos dos professores (Adunesp) e dos servidores (Sintunesp) também participaram da reunião com Marilza. Nesta semana se completou um mês desde que parte dos professores, funcionários e estudantes de pelo menos 14 dos 24 câmpus entraram em greve.

A pauta sobre isonomia aos funcionários e professores será discutida na próxima semana. A Reitoria se reúne com o Sintunesp na quarta-feira, 3/7, e com a Adunesp na quinta-feira, 4/7. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prazo de 15 dias para desocupação dos 224 apartamentos do Conjunto Residencial Eldorado, no Arruda, se encerra nesta sexta-feira (14). A orientação da Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife (SEDEC) é que hoje nenhum morador durma no local.

De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, até a última quarta-feira (12) um total de 133 famílias teriam deixado os imóveis. Para hoje, estão agendadas 20 mudanças com os caminhões disponibilizados pela SEDEC, além do transporte de móveis e pertences em carros dos moradores.

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O levantamento do total de apartamentos desocupados deve ser divulgado ainda nesta sexta-feira. O resultado do laudo do risco de demolição de todos os blocos, programado para sair no último dia 10, ainda não foi emitido.

A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal determinou a expedição de mandado de desocupação da terra indígena Marãiwatsédé, localizada no nordeste de Mato Grosso, que foi novamente ocupada pelos antigos moradores. Desde o início do mês, famílias que já haviam sido retiradas da terra declarada como de ocupação tradicional do povo Xavante retornaram ao local pela segunda vez, depois de encerrada a desocupação em janeiro deste ano.

Por decisão da Justiça, as polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança deverão prestar "auxílio total e irrestrito durante todo o processo de execução da desocupação". A decisão judicial também determina que o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo seja comunicado "da insuficiência das ações implementadas pelos órgãos de segurança (a ele subordinados) para a manutenção do cumprimento da ordem judicial, para que adote as medidas cabíveis, sob pena de comunicação ao MPF para eventual apuração de responsabilidade".

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A fim de atender às reivindicações das famílias que tentam retornar à terra indígena, o MPF pediu que o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) seja notificado para que informe sobre as medidas adotadas para o assentamento daqueles que se enquadram no perfil do programa nacional de reforma agrária, projeto Casulo ou outros programas sociais oferecidos pelo governo federal. "Depois de notificado, o Incra terá dez dias para prestar as informações", diz o MPF.

Soja

Segundo o MPF, a Fundação Nacional do Índio (Funai) obteve autorização para promover as medidas sanitárias adequadas às plantações de soja que ainda restam no interior da terra indígena. De acordo com o parecer técnico, as lavouras "sofreram diversos danos provocados pela ação do tempo e pela proliferação de pragas, o que tornou inviável a colheita, que demandava medidas para o controle sanitário".

A reserva Marãiwatséde, que tem 165 mil hectares e está localizada nos municípios de Alto Boa Vista, São Felix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia, foi homologada em 1998, por meio de um decreto presidencial, como terra indígena de ocupação tradicional do povo Xavante. A retirada dos não índios foi determinada por decisão judicial, a partir de ação ajuizada pelo MPF em Mato Grosso. "Em janeiro de deste ano, a Funai anunciou a conclusão do trabalho de desintrusão com a desocupação de todos os 619 pontos residenciais e comerciais que estavam localizados dentro da terra indígena", diz o MPF.

O Movimento dos Sem-Terra (MST) decidiu retardar o cumprimento da ordem judicial de desocupação da Fazenda Santo Henrique, da indústria de sucos Cutrale, invadida desde domingo por 300 militantes. O prazo de 24 horas dado pela Justiça de Lençóis Paulista para devolver a posse do imóvel à empresa venceu às 18 horas desta terça-feira, mas os sem-terra decidiram ficar uma noite a mais na propriedade. A ordem judicial estipulou multa diária de R$ 500 para cada invasor em caso de descumprimento. Segundo o MST, as famílias deixam a fazenda na manhã de quarta-feira, 5, e seguem para um ato político no centro de Bauru.

Em nota, o MST informou que o recente assassinato do indígena terena Oziel Gabriel, no município de Sidrolândia (MS), trouxe à tona um conflito permanente no campo, envolvendo o agronegócio, a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas. "Os sem-terra acreditam que é necessário recolocar a reforma agrária no centro do debate político", informa. De acordo com o movimento, as famílias acampadas na fazenda da Cutrale foram ameaçadas por pistoleiro na segunda-feira. Dois homens foram até o portão da empresa e um deles saiu do carro com um capuz preto e uma arma na cintura, tentando entrar à força na fazenda. A Polícia Militar informou desconhecer a ameaça e que mantém rondas com viaturas na região.

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Nova invasão

Integrantes do MST da Base e do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast) invadiram nesta terça-feira a Fazenda Nossa Senhora de Lourdes, em Junqueirópolis. É a sexta fazenda invadida por grupos de sem-terra desde domingo no interior de São Paulo. Duas propriedades foram desocupadas - as fazendas Santa Maria (Rancharia) e Pauliceia (Rinópolis) . A Justiça também determinou a desocupação da Fazenda Esperança, em Iepê, mas no início da noite os sem-terra mantinham a invasão. Também continuava invadida a Fazenda Floresta, em Marabá Paulista.

Apesar da prefeitura do Recife ter dito que haveriam vários caminhões disponíveis para as famílias que vão desocupar o Residencial Eldorado, apenas uma programou a mudança para a manhã desta sexta-feira (31). Não há agendamento prévio dos moradores que queiram levar os pertences para outro local no período da tarde. A medida está sendo realizada pela Defesa Civil depois da decisão de todos terem que desocupar o residencial nesta quinta (30).

A família de Vanice Carneiro, do bloco F3, foi a primeira a deixar o Eldorado.“Já alugamos um apartamento em um bairro próximo daqui por R$ 1.200, o mais barato que conseguimos e os móveis estão indo pra lá nessa mudança. É difícil, mas é melhor prevenir do que depois acontecer um acidente com nós mesmos. Ainda estou abalada, afinal de contas isso desestabiliza qualquer pessoa”, lamenta a moradora.

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Assistentes sociais e psicólogos realizam o cadastramento do pessoal que precise de um caminhão para se mudar até o próximo dia 14. “A procura ainda é pequena porque muitas pessoas ainda não têm para onde ir. Segundo os moradores, o aluguel das casas aqui na área está caro depois do ocorrido. O maior problema é esse. Até agora, 20 famílias estão cadastradas das 192 no total”, relata Janaína Pedrosa, assistente social da Defesa Civil.

A equipe do órgão estará no salão de festas do residencial das 9h até as 16h30, todos os dias, fazendo o agendamento. Neste sábado (1°), três famílias devem sair dos apartamentos, de acordo com o agendamento prévio. O laudo final deve sair no dia 10 de junho.

Aproveitando a presença de autoridades e da imprensa no evento de lançamento do projeto Praia Sem Barreiras, em Porto de Galinhas, litoral sul do Estado, os ex-moradores da Vila do Campo, desocupada em 19 de março, e alguns ativistas realizaram um protesto.

Segundo os manifestantes, algumas pessoas retiradas da comunidade, que ficava em um terreno vendido pelo governo do Estado a uma rede hoteleira, ainda estão alojadas em uma quadra, sem nenhuma perspectiva de ter uma moradia. "Enquanto o projeto aqui é lançado falando de inclusão, o que temos é uma exclusão social gritante.É tudo maquiagem. As famílias ainda estão lá no clube municipal, um prédio com um teto ameaçando cair", afirmou Fabiana Honório, ativista social.

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Ainda de acordo com a ativista, a venda do terreno foi feita de forma ilegal. "Não era do Estado. O antigo dono fez a doação ao governador Miguel Arraes, mas o processo não foi concluído no cartório. Para atender a esse megaprojeto, o governador montou esse blefe, que acabou dando certo, e expulsou as 170 famílias de forma violenta, sem dar opção de moradia", disse Honório. 

O prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, contestou a versão da ativista e falou sobre a responsabilidade da prefeitura no caso. "Na verdade esse terreno foi vendido na gestão de Mendonça Filho e existia a exigência dos compradores de que as famílias fossem retiradas. O governo tentou um acordo, mas os moradores não quiseram sair do local, então a retirada delas teve que ser determinada em processo judicial. A ordem de despejo veio acompanhada de uma determinação obrigando a Prefeitura a acolher as famílias e as abrigamos no clube municipal", explicou.

Santana falou sobre as condições do local, que abriga as famílias. "Sabíamos da dificuldade de acolhê-las. Não camas e nem divisórias no clube municipal. Mas a grande maioria das pessoas já tinham outras residências na cidade, mas a alugavam e moravam no terreno que foi vendido. Tanto que agora só 17 pessoas ainda estão abrigadas e o restante voltou para suas casas. Estamos dando cesta básica, água e energia. A Prefeitura não fará mais nada do que está fazendo", concluiu.

Com informações de Elis Martins

 

O desembargador Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, pediu à Procuradoria-Geral de Justiça que determine a "desocupação de salas" atualmente utilizadas pelo Ministério Público em 38 edifícios do Poder Judiciário, no prazo entre 40 e 90 dias. Um dos argumentos de Sartori é a "necessidade da obtenção de salas para juízes que não as têm". Segundo Sartori, as salas de apoio "estarão preservadas" em poder do MP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo indígena da etnia tupinambá que ocupava, desde a tarde de domingo, as dependências do hotel Fazenda da Lagoa, no município de Una, no litoral sul da Bahia, deixou a área pacificamente, na manhã desta quarta-feira. De acordo com policiais federais que acompanharam a desocupação, havia poucos índios no local - cerca de 20, dos quase 70 que participaram da invasão, permaneciam no empreendimento.

Os índios teriam começado a deixar a propriedade na tarde de terça-feira, após a Fundação Nacional do Índio (Funai) anunciar que a propriedade ficava fora do terreno reivindicado pelos tupinambás na região - cerca de 47 mil hectares, entre os municípios de Una, Ilhéus e Buerarema.

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O hotel de luxo, que tem entre os sócios o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, o empresário Arthur Bahia e a artista plástica Mucki Skowronski, e funciona em uma antiga fazenda de coco e dendê a beira-mar, está fechado desde meados do ano passado, por determinação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A autarquia avalia os impactos ambientais do empreendimento na área.

De acordo com o cacique Valdenilson Oliveira, conhecido como Val Tupinambá, a desocupação do hotel não tem impacto nas outras invasões que a etnia promove na região desde o ano passado. "Nossa luta é para chamar a atenção para nossa causa", alega. Segundo o líder, "mais de 40" fazendas localizadas na região reivindicada pelos índios foram invadidas e estão programadas mais ocupações até o fim do mês.

Os moradores da extinta Vila do Campo, que ficava localizada no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), participam de uma sessão especial na Câmara dos Vereadores da cidade. A reunião está marcada para ser realizada às 15h desta terça-feira (2).

De acordo o presidente da associação da Vila do Campo, Afonso Henrique, o objetivo da sessão é cobrar do Governo Municipal e Estadual soluções para as famílias retiradas do terreno. “Fomos convidados e montamos uma comissão de 600 moradores para discutir sobre o assunto”, afirmou.

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Desde o dia 19 de março, quando houve a desocupação do terreno onde estava localizada a comunidade, as famílias foram alojadas no Clube Municipal Ipojucano. Porém, os moradores reclamam das condições precárias do abrigo, da falta de assistência do governo e chegaram a batizar a nova moradia de “senzala moderna”. 

Cerca de 15 índios que integravam o grupo expulso da área do antigo Museu do Índio, nas imediações do Maracanã, zona norte do Rio, na última sexta-feira, promoveram um protesto na tarde desta terça-feira (26) na porta do prédio que atualmente abriga o museu, em Botafogo (zona sul).

O grupo indígena conta que pretendia fazer uma "atividade cultural" dentro do museu, mas, quando chegou ao imóvel, constatou que ele estava fechado. Na noite do último sábado os índios haviam ocupado esse prédio, de onde saíram pacificamente horas depois. Segundo os índios, a direção do museu decidiu fechá-lo com medo de uma nova invasão.

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A ONG Justiça Global pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue os supostos abusos cometidos pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal na retirada dos manifestantes que ocupavam o prédio vizinho ao estádio do Maracanã. Um documento entregue à ONU na última sexta-feira denuncia uma série de arbitrariedades, como o uso indiscriminado de spray de pimenta e de bombas de efeito moral pela polícia, além de prisões injustificadas de pelo menos seis manifestantes.

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“Até mesmo um infrator é tratado de forma mais decente que nós. A Prefeitura (de Ipojuca) não nos oferece alimentação, estou exposto com minha mulher e meus filhos, sem nenhuma privacidade. As condições do abrigo são péssimas, inclusive no período de carnaval, a Prefeitura proibiu que os foliões brincassem no local, por afirmar que havia risco de desabamento”, desabafa o presidente da Associação de Moradores da comunidade Vila do Campo, Afonso Henrique, em Porto de Galinhas, no Litoral Sul pernambucano.

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Os moradores da comunidade Vila do Campo foram desalojados no último dia 19 por conta de um processo de reintegração de posse que corria na Justiça desde 2004. As 40 famílias que tiveram suas casas demolidas, foram encaminhadas para o Clube Municipal de Ipojuca, onde residem até o momento.

As famílias reclamam das condições precárias do abrigo e da falta de assistência do governo. “Não estamos recebendo alimentação da prefeitura, e por isso estamos contando coma ajuda de amigos que estão pedindo de porta em porta. Temos apenas dois banheiros para atender 40 famílias”, comenta Afonso, que batizou o local de “senzala moderna”.

A dificuldade também está na maneira de se locomover até Porto de Galinhas, onde os moradores trabalhavam. “As crianças não estão podendo ir à escola e os pais estão sem trabalhar. Não temos condições de pagar passagem todos os dias, nem mesmo alimentação, que custa muito caro em Porto, onde o preço da quentinha chega a R$12,00”, afirma Afonso.

Uma audiência foi marcada para a próxima terça-feira (2) na Câmara Municipal de Ipojuca, às 15h. Segundo o presidente da Associação de Moradores, caso não haja acordo por parte dos governantes com os moradores, um protesto vai ser iniciado invadindo em frente à Câmara e posteriormente, o grupo segue para a sede da Prefeitura da cidade.   

Confira abaixo o vídeo cedido por um cinegrafista amador que retrata as condições precárias que os ipojucanos estão vivendo:

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Operários do governo do Estado iniciaram nesta segunda-feira obras para evitar novos alagamentos no alojamento provisório destinado ao grupo de 12 índios que aceitou deixar na última sexta-feira o prédio do antigo Museu do Índio, no Maracanã, zona norte do Rio, que estava ocupado desde 2006. Com britadeiras, os funcionários abriram buracos na estrutura para a instalação de canaletas que vão escoar a água da chuva. Poças d'água que se acumulavam na área também foram removidas.

No domingo, dia de chegada dos indígenas ao alojamento após passarem o fim de semana num abrigo para moradores de rua no centro da cidade, uma forte chuva cobriu com uma camada de água o piso de concreto do local. O alojamento temporário foi construído numa área dentro do Hospital Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade. A unidade já foi uma colônia de portadores de hanseníase e atualmente presta atendimento ambulatorial. Atualmente o terreno também abriga moradores, a maioria parentes de ex-portadores que viviam internados no local.

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Os indígenas permanecerão no local até a construção de uma aldeia e de moradias definitivas para o grupo. As novas instalações serão numa localidade conhecida como Rua Preta, também no terreno do Hospital Curupaiti. "A promessa é que a aldeia tenha oca redonda, casa de reza, centro cultural, sala de terapia tradicional e cozinha de comidas típicas, além de residências de alvenaria. Casa de branco dura 50 anos. A do índio, uns dois", disse, em tom de brincadeira, o vice-cacique Garapirá Pataxó, de 35 anos. A nova aldeia já foi batizada de "Muka Mukaw", que significa "unir e reunir", no idioma pataxó.

O alojamento temporário é composto de seis contêineres, sendo três banheiros (com chuveiros elétricos), dois quartos (com três beliches cada) e uma cozinha (com fogão e geladeira). Nesse período de adaptação, a comida está sendo entregue em quentinhas, pelo governo. Já o fornecimento de energia é feito através de geradores. A área foi toda coberta por uma grande lona, e foi isolada do restante do terreno do hospital por tapumes de aço.

Atividades

Era grande o movimento nesta segunda de moradores do Curupaiti, a maioria crianças, nas imediações do alojamento dos índios. Curiosos com os novos vizinhos, os pequenos queriam saber de tudo: desde detalhes das vestimentas, até se os indígenas que lá estavam sabem usar arco e flecha. "Sou tricampeão de arco e flecha nos jogos indígenas. Também tiro peixe do fundo do rio assim", gabava-se o pataxó Kawatã Ohã, de 26 anos, o mais popular dos índios por ser o único que usava trajes típicos, como cocar, cintos feitos de sementes de pau-brasil e dois "trajos" (espécie de palito colocado entre as narinas e também sob o queixo). "A primeira coisa que me perguntaram era se dói colocar os trajos. Eu disse que não".

Por volta das 15h15 desta sexta-feira ocorreu mais um confronto entre manifestantes que apoiam os índios e forças de segurança do Rio de Janeiro. Um grupo de aproximadamente 200 jovens, em sua maioria estudantes universitários, se reuniu em frente à Assembleia Legislativa e interditou parcialmente a rua Primeiro de Março, uma das principais vias do centro do Rio. A Guarda Municipal interveio usando gás de pimenta para tentar liberar a via. Manifestantes dizem ter sido agredidos. Mais cedo nesta sexta, o Batalhão de Choque invadiu o Museu do Índio, que vinha sendo ocupado por 22 indígenas.

"Usaram cassetetes e gás de pimenta para nos atacar. Muita gente ficou machucada", contou a atriz Mônica Bello, de 27 anos. Pelo menos três jovens foram detidos por desacato e tentativa de agressão a guardas e PMs. Um carro da PM foi atacado e parcialmente destruído. O tumulto só terminou quando a Tropa de Choque da PM interveio.

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Segundo a Prefeitura do Rio, 12 índios já estão no Hotel Acolhedor Santana 2, no centro. Eles tomaram banho e comeram. Pela parceria firmada com a Prefeitura do Rio, os índios ficarão com o primeiro andar do hotel e terão três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar). Esta é uma das possibilidades de moradia imediata até que os alojamentos fiquem prontos.

O Batalhão de Choque invadiu por volta do meio-dia desta sexta-feira (22) o Museu do Índio, que vinha sendo ocupado por 22 indígenas. No mesmo momento, manifestantes fecharam a Radial Oeste. A polícia tentou dispersar o grupo com bombas de efeito moral e gás de pimenta.

O defensor público da União, Daniel Macedo, que vinha negociando a saída pacífica dos índios, se emocionou. Ele disse que vai ajuizar ação por abuso de autoridade contra quem autorizou a entrada da polícia. "A ação é arbitrária. Não precisava, as crianças já tinham sido retiradas, e tinha apenas um pequeno grupo lá dentro, quando o choque entrou", disse o deputado estadual Marcelo Freixo.

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O deputado estadual, Marcelo Freixo (PSOL), da Comissão de Direitos Humanos, informou por volta das 11h, da manhã desta sexta-feira (22), que o impasse entre índios e PM estava próximo de um acordo. Segundo ele, os índios aceitaram a proposta do governo do Estado de serem levados para um terreno em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade. Pouco depois das 11h, eles redigiram documento concordando com a proposta oficial e só aguardavam a assinatura de um representante do governo do Estado para deixar o prédio.

Uma integrante do grupo feminista Femen foi detida por volta das 11h após tirar a camiseta e invadir a pista sentido centro da Avenida Radial Oeste, onde centenas de manifestantes acompanham a operação da Polícia Militar para retirar os indígenas que ocupam o prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do estádio do Maracanã.

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Aos gritos de "assassinos!", e com os seios de fora, a mulher invadiu a pista e chegou a ser atingida por um carro, mas não se feriu. Logo em seguida, ela foi detida por PMs do Batalhão de Choque.

Houve outros momentos de tensão entre manifestantes e policiais. O advogado Arão da Providência Araújo Filho, índio guajajara, foi detido. Segundo os policiais, ele teria tentado pular o muro para entrar. Ele chegou a ser imobilizado e deitado no chão. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Não à violência" e outra em que lembravam que havia dinheiro para a Copa, mas não para habitação.

A Prefeitura de Ipojuca, município da Região Metropolitana do Recife (RMR), se pronunciou através de uma nota oficial sobre a desocupação do terreno onde estava localizada a Vila do Campo, na estrada que dá acesso à praia de Maracaípe. O processo foi iniciado nesta segunda-feira (19) e, segundo os moradores, executado de forma truculenta.

Conforme a nota, a pedido do Governo de Pernambuco a gestão municipal estará disponibilizando abrigo e garantindo serviços de saúde para as famílias retiradas do terreno conhecido como ‘Casa dos Governadores’. As famílias ficarão instaladas no clube Ipojucano, situado no centro da cidade.

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De acordo com a líder comunitária Mônica dos Santos, de 38 anos, o espaço para onde os moradores estão sendo levados não possui estrutura adequada. “O clube têm apenas dois banheiros, que serão divididos por mais de 170 famílias. Além disso, conseguimos recuperar algumas telhas e madeiras, mas não nos deixaram trazer”, afirmou.

A equipe do Portal LeiaJá entrou em contato com a Prefeitura de Ipojuca e, segundo a assessoria de imprensa, a gestão está cedendo apenas o espaço físico e apoio de saúde aos desabrigados. A alimentação é de responsabilidades das famílias.

Quanto ao clube que abrigará as famílias, a assessoria disse se tratar de uma casa de festas, com capacidade de abrigar entre 500 a 800 pessoas. O espaço possui dois banheiros, sendo um masculino e um feminino, com cinco cabines, mas não têm chuveiros. A Prefeitura disponibilizou um carro-pipa para abastecer o local, que até então estava sem água. 

Confira a nota oficial na íntegra: 

“A Prefeitura do Ipojuca esclarece que, a pedido do Governo de Pernambuco, está disponibilizando abrigo e garantindo serviços de saúde para as famílias retiradas do terreno conhecido como “Casa dos Governadores”. Enquanto precisarem de apoio, as famílias ficarão instaladas em um clube no centro da cidade. 

As casas foram construídas de forma irregular, em Maracaípe, em um terreno de posse do governo estadual. A reintegração de posse é uma ação do governo, sob responsabilidade da secretaria estadual de Turismo e da Procuradoria Geral do Estado”.

Foi iniciada nesta terça-feira (19) e deve seguir pelos próximos dias a desocupação do terreno onde estava localizada a Vila do Campo, em Ipojuca, na estrada que dá acesso à praia de Maracaípe. A comunidade tinha mais de 170 casas e onde moravam quase 1.000 pessoas. O processo de reintegração de posse corria desde 2004 e a decisão pela retirada das famílias foi confirmada em fevereiro deste ano.

Cenário de guerra. Foi assim que o dono de uma das casas desapropriadas, que não quis se identificar, intitulou a ação. “Eles estão tirando as pessoas com violência, eu vi gente ferida, e aqui tem criança e idoso”, lamentou.

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Segundo ele, em um terreno em frente ao que está sendo desapropriado, há casas construídas em local oriundo de invasão. “Aqui colocaram senador e deputado na frente e eles inventaram a verdade. É muito dinheiro na frente”, alegou o morador.

Para a moradora e líder comunitária Mônica dos Santos, 38 anos, a ação de reintegração de posse foi feita de forma truculenta. “ Veio até o batalhão de choque e chegaram derrubando tudo, passando por cima de moradores... quebraram até a perna de uma mulher”, disse ela, que afirmou que a ferida foi encaminhada para a delegacia de Ipojuca.

De acordo com a líder comunitária, a Procuradoria Geral do Estado havia garantido que a retirada seria pacífica. “Nos reunimos com o procurador que tinha nos dito que sairíamos com dignidade das nossas casas. Moro há 12 anos nesse lugar e dos meus cinco filhos, dois nasceram aqui, lamentou ela, antes de questionar: “Venderam o terreno para os portugueses e vão construir um hotel aqui, mas e a gente?”

A assessoria de imprensa da Procuradoria Geral do Estado informou que as famílias já haviam sido avisadas sobre a reintegração de posse e o prazo para que elas se retirassem voluntariamente já havia se esgotado (dia 7 de março). Ainda segundo a assessoria, cerca de 30 famílias que moravam há mais tempo no local serão encaminhadas para um clube em Ipojuca e, posteriormente, receberão uma indenização. O caso das outras ainda será definido.

Na última segunda-feira (19), o Procurador Geral do Estado, Thiago Norões, havia dito que iria articular com o Estado e a Prefeitura de Ipojuca para que fosse encontrada outra área para onde as famílias seriam encaminhadas.

Com colaboração de Elis Martins

Um edifício residencial localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, será desocupado nesta segunda-feira (18). A ação ocorre em cumprimento de ordem judicial. Na última quinta-feira (14), a Defesa Civil do município esteve no local e constatou que o proprietário do prédio estava realizando uma obra irregular, o que pode agravar a estrutura.

O residencial fica na Rua Odete Monteiro, 6, tem quatro pavimentos e apresenta risco de desabamento. Dessa forma, foi ordenada, pela 3ª Vara da Fazenda Pública, a desocupação do edifício.

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Segundo a prefeitura do Recife, as 21 famílias que residem no local através de aluguel de cômodos foram notificadas, desde antes do Carnaval, de que deveriam sair dos imóveis. Alguns moradores já deixaram o local.

Participam da desocupação, técnicos da Secretaria-Executiva de Controle Urbano, Secretaria-Executiva de Defesa Civil, Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, CTTU, Emlurb, Samu, além da Polícia Militar. 

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