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Os ponteiros derretem com o calor das 13h e o sol ainda castiga o Litoral de Olinda quando o detectorista Max de Melo Campos, de 31 anos, caminha em direção à Praia de Casa Caiada. Atraído pelas marés baixas, o ex-auxiliar de garçom deposita a esperança de dias melhores em um detector de metais, comprado com o sucesso do seu antigo dispositivo -feito artesanalmente em casa. Para cobrir as despesas e dividir o lar com a babá Osana, há dois anos, a jornada do caçador de tesouros é acompanhada de fé e incerteza.

Natural do bairro de Jardim Atlântico, inicialmente os vídeos sobre as técnicas e os equipamentos necessários para a detecção de metais distraiam a infeliz ociosidade de Max. Aos poucos, a admiração pelo êxito dos caçadores fez germinar um instinto inquieto dentro de si.

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Com muita persistência, correntes de prata, itens de cobre e moedas antigas começaram a premiar suas tardes na praia. Nesta altura, o "hobby" -que já era a "renda extra"- assumiu o papel da sua única fonte de recursos.

Aparelhado com um dispositivo chinês e uma picareta de jardinagem, Max sustenta o sonho de expandir seu rendimento para adquirir um modelo de R$ 5 mil e iniciar sua caça na água.  "Com esse [detector] eu ficava rico!", pressente. Para atingir tal progresso, fez da 'descoberta' de uma aliança de ouro -que lhe rendeu R$ 380- o símbolo da sua capacidade, e passou a considerá-la como um troféu. 

"Eu amo"- Em contato com compradores de metais por peso, nem sempre troféus são achados o lixo e o sargaço. Mesmo assim, Max segue focado em aposentar seu detector sensível à água. "Tem que ter aquela sorte né? mas eu já consegui muito dinheiro. Já até perdi as contas", assevera ao reforçar o sentimento de gratidão que conserva pelo aparelho, "eu amo esse hobby. Por mim, eu não deixo mais nunca de caçar".

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