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Gritos, empurrões, socos. Mentiras, ameaças e intimidações. Jornalistas passaram a sofrer, em pleno expediente ou até fora dele, violências de diferentes tipos que tentavam calar quem trabalha com a palavra e com a imagem.

No ano de 2022, segundo o mais recente relatório divulgado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), profissionais no país foram vítimas de 557 ataques, 23% a mais do que no ano anterior, o que demonstrou uma escalada “sem precedentes” de violência.

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Entidades que defendem a categoria avaliam que é urgente e possível reverter esse cenário com a participação de diferentes setores da sociedade e de medidas do Poder Público. 

O ano de 2022 foi marcado pela violência política contra profissionais, com 31,6% das agressões relacionadas diretamente à cobertura eleitoral. Na maior parte das ocasiões (56,7%), segundo o documento, agressores foram agentes estatais, como gestores públicos eleitos ou funcionários públicos, como as forças de segurança.

“O relatório de monitoramento da Abraji mostra muito claramente esse crescimento. É importante dizer que esse fenômeno não é uma exclusividade brasileira, mas, no Brasil, há particularidades”, explica a presidente da Abraji, Katia Brembatti.

Descredibilizar a imprensa para que não seja um um fiscal efetivo de governo (uma das funções da atividade) teve uma própria trajetória no país. “Foi mais acentuado a partir das jornadas de junho de 2013 e nos anos seguintes a partir de discursos políticos. Mas o que a gente viu a partir da campanha eleitoral de 2018 não tem precedentes”, explica. 

A violência foi incorporada por pessoas comuns também. “Houve uma relação entre as ações dos apoiadores ao discurso do então presidente da República Jair Bolsonaro (2018-2022). Muitas vezes, os apoiadores não ficavam só nos discursos, o que já é grave, mas passavam para a agressão física”, afirma Katia Brembatti.

De acordo com a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, as agressões por parte das forças do estado contra jornalistas a partir das jornadas de junho de 2013 serviram de estopim perigoso.

“Depois vimos crescer uma violência que a gente pode caracterizar como generalizada na sociedade. São pessoas comuns que agridem jornalistas. Essas pessoas querem se basear em informações fraudulentas repassadas pelas redes de mensagens”, avalia. 

“É possível reverter”

As entidades avaliam que a escalada da violência é reversível, ainda que reconheçam que o cenário de agressões não vai acabar de um dia para o outro.

“Uma forma de reverter é trabalhar pela sensibilização dos poderes e de toda a sociedade. As discordâncias deveriam ser embasadas em argumentos e não com a prática de crimes. Outra mudança urgente é lutar contra a impunidade”, diz a presidente da Abraji.

Para as entidades, os setores devem agir tanto em conjunto quanto isoladamente. “A gente também precisa de políticas públicas”, diz a presidente da Abraji, em entrevista à Agência Brasil.

As entidades avaliam como positiva a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais instalado pelo Ministério da Justiça.

Katia Brembatti entende que esse observatório deve ser mais do que um contador de casos, ou enumerador de estatísticas, mas também uma política de tomada de providências.

Para a presidente da Fenaj, Samira de Castro, a criação do observatório foi um primeiro passo importante. “Esse observatório vai ter um poder importante de avaliar as estatísticas, os casos, as denúncias que chegam e, a partir desse levantamento, produzir um diagnóstico para viabilizar essas políticas públicas”. Por isso, entende que essa medida ajuda a chancelar um protocolo nacional de segurança em prol da categoria e contra a impunidade. “Podem, por exemplo, fazer articulações junto ao Congresso Nacional para que se aprove uma lei federalizando as investigações de crimes contra jornalistas”

Para a presidente da Abraji, o Brasil precisa que a polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário estejam atentos para o fato de que esses casos não são violências comuns.

“Quando você ataca uma profissional de imprensa, se ataca o que essa pessoa faz e a democracia. Para uma reversão do cenário, é preciso que exista uma rede de suporte para as pessoas atacadas porque elas precisam saber quais são os seus direitos e saber como recorrer.

Estar atento às vulnerabilidades das regiões também é fundamental. “O que a gente percebe é que os principais alvos estão em cidades pequenas, em que a disputa política costuma ser muito acirrada", afirma. 

"Até pouco tempo atrás, o Brasil não era, em geral, um lugar perigoso para ser jornalista. Hoje virou quase uma questão de guerra ir pra rua”, diz a presidente da Abraji.

Violência contra a mulher 

No ano de 2022, foram registrados 145 ataques explícitos de gênero com agressões contra mulheres jornalistas. As presidentes das entidades entendem que, além dos números,  é necessário contextualizar que a gravidade da agressão é mais cruel e virulenta.

“Há ataques contra a reputação das mulheres jornalistas e especialmente contra as mulheres jornalistas pretas. Elas são vítimas de agressões recorrentes graves e que vão minando a saúde mental dessas profissionais.”

Um divisor de águas a respeito da escalada da violência ocorreu nos atos terroristas de 8 de janeiro. Um outro dossiê publicado neste ano pela Abraji contabilizou, ao menos, 45 agressões contra jornalistas da data dos atentados até o dia 11 daquele mês .

“Aquele dia foi trágico. Espero que seja um dia histórico e que jamais se repita. A gente sabe que esse movimento de ampliação das agressões, que foi construído ano a ano, não desaparece do dia pra noite, mas temos esperança que isso diminua”, avalia Kátia. 

A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal do Recife aprovou, nesta terça-feira (7), o Projeto de Lei Ordinário nº 38/2021, que autoriza a meia-entrada para radialistas, jornalistas e publicitários em estabelecimentos e eventos culturais, esportivos, de lazer e entretenimento. O PL foi redigido pelo vereador Marco Aurélio Filho (PRTB), e aprovado por unanimidade na sessão no dia em que é celebrada a profissão de jornalista.

Segundo o texto, o projeto assegura às categorias o pagamento de 50% do valor real cobrado pelo ingresso em estabelecimentos e eventos culturais, esportivos, de lazer e entretenimento no município do Recife. Ainda de acordo com a proposta, para a obtenção do benefício, deverá ser apresentado o registro profissional emitido pelo Ministério do Trabalho ou sindicato a que estão submetidas as referidas classes.

O autor do texto, Marco Aurélio, vê a importância do acesso da categoria aos equipamentos culturais da cidade, também como um benefício para a economia. “O fomento à cultura é imprescindível na formação intelectual da sociedade. Neste sentido, nada mais justo do que incentivar e homenagear estes importantes profissionais com um benefício que além de colaborar com o setor, gera impacto positivo para o desenvolvimento econômico da cidade”, afirma o vereador, conforme sua assessoria de comunicação.

O  vereador Osmar Ricardo (PT), relator do projeto, e responsável pela aplicação do benefício aos publicitários, reconhece a meia-entrada como forma de valorização da classe. “O projeto do Vereador Marco Aurélio é muito importante para valorizar o trabalho realizado pelos radialistas e jornalistas. Nossa emenda incluiu a categoria dos publicitários para abarcar todos os profissionais da imprensa e incentivar o acesso deles aos bens culturais. Vamos agora esperar a aprovação no Plenário da Casa”, disse Osmar Ricardo (PT).

A iniciativa foi comemorada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope), Severino Júnior. "A aprovação desse PL é de fundamental importância. Essa é uma luta antiga da categoria, e diante de um cenário de perdas de direitos, conquistar esse é um alento. Quando o parlamentar auxilia o exercício do jornalismo, e sobretudo do jornalista, ele cumpre seu papel de defender a democracia", afirmou Severino Júnior.

Túlio Gadêlha e Fátima Bernardes nunca medem esforoços quando decidem fazer declarações de amor. Nesta terça-feira (7) não foi diferente. Para celebrar o Dia do Jornalista, o deputado federal fez uma postagem dedicada à apresentadora do Encontro.

O parlamentar compartilhou fotos antigas de Fátima. "Ela é a mais inteligente, linda, sensível e dedicada jornalista do mundo. E eu, sou fã dela e da profissão. Parabéns a todas e todos jornalistas que sintonizam o mundo às pessoas", escreveu ele. "Hoje, mais do que nunca, vocês são fundamentais. Todo meu respeito, carinho e gratidão", completou.

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Na publicação do pernambucano, admiradores rasgaram seda para o casal. "Parabéns! Fátima você é incrível", escreveu um dos internautas. "Ô deputado romântico. Casalzão", brincou outra pessoa. 

Confira:

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7 de abril é Dia do Jornalista, profissão essencial para levar informação confiável e de qualidade à sociedade. Em meio à pandemia de coronavírus, o trabalho dos jornalistas torna-se ainda mais importante - e também mais perigoso. Como outros trabalhadores de setores considerados essenciais, os profissionais da imprensa estão amplamente expostos aos riscos de contaminação e por isso precisaram se adaptar a uma nova realidade. 

A jornalista Patrícia Pasquini, da Folha de São Paulo, comenta que ainda não se acostumou com a nova rotina e que sente falta de estar na redação ao lado dos colegas de trabalho. Ela explica que o processo de produção continua o mesmo, porém “mais intenso” e destaca que, independente das circunstâncias, é responsabilidade do repórter e do veículo garantir a melhor apuração da informação. “Informação bem apurada é tudo, o resto é fake news”, declara.

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Patricia Pasquini, da Folha de S. Paulo: trabalho ficou "mais intenso". Foto: arquivo pessoal

O repórter Eduardo Rodrigues, da EPTV, em Campinas, explica que a equipe de redação foi dividida em diferentes departamentos para reduzir o contato social e evitar uma possível contaminação. Quando não estiverem gravando, todos os repórteres devem utilizar máscara e todo o equipamento é constantemente higienizado. “Nas entrevistas, os entrevistados seguram o próprio microfone, o repórter não fica tão perto, o que é muito estranho para mim, pois eu gosto de ficar perto das pessoas”, comenta.

Eduardo Rodrigues, da EPTV: manter distância do entrevistado e usar máscara quando não estiver gravando. Foto: Reprodução/Instagram  

Para Rodrigues, a boa apuração da informação representa poder, precaução e saúde. “Muitas pessoas ainda são reféns de redes sociais e não buscam informação de veículos que são de credibilidade”, lamenta. 

Além das precauções com uso de máscaras e higienização de equipamento, as ferramentas tecnológicas também têm sido colocadas a serviço do jornalismo, como é o caso do jornalista da Band Sports, Vitor Guedes. Ele tem gravado sua participação no programa "Baita Amigos" por Skype, uma medida da emissora para reduzir a quantidade de pessoas presentes no estúdio. 

Vitor Guedes, comentarista da BandSports, passou a gravar sua participação via skype.Foto:Reprodução/Facebook

Além da mudança na forma de fazer o programa, houve mudança também no conteúdo. Como os jogos de futebol foram cancelados devido ao coronavírus, a duração do programa foi reduzida e as pautas precisam ser ainda mais criativas, geralmente mostrando o impacto da pandemia na área esportiva.  

Guedes aponta que o trabalho do jornalista tem sido indispensável, porque é através da informação que as pessoas são orientadas a lidar com a situação. “Foi pela imprensa que as pessoas ficaram sabendo o número de casos e onde procurar ajuda. Todos os fatos principais e suas consequências foram apurados através da imprensa, não tem outro meio, é disparado a forma necessária neste momento”, declara. “Em alguns momentos no Brasil, o órgão oficial deturpa e desinforma, então é necessário que a imprensa passe um pente fino e realize um serviço, informando quando os bancos abrem, se já pode ou não ir receber, onde se alimentar, o que pode ou não pode abrir, onde corro mais risco e onde corro menos risco, tudo isso é através da imprensa”, analisa.

Neste domingo (7) é celebrado o Dia do Jornalista. No universo da música, artistas retrataram em vídeos a função do repórter nas mais diversas coletivas de imprensa, na busca de apurar os fatos de uma notícia.

Pensando nisso, o LeiaJá relembra clipes de cantores, nacionais e internacionais, que abordaram com humor os diferentes tipos de fazer jornalismo.

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Britney Spears - I Wanna Go

Lady Gaga - Paparazzi

Sandy e Junior - Desperdiçou

Anitta - Na Batida

Rihanna - S&M

Claudia Leitte - Famosa

Jennifer Lopez - Ain't Your Mama

Estabelecido em 1931 pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Dia do Jornalista é comemorado neste domingo (7). A data ficou marcada por homenagear Líbero Badaró, jornalista assassinado em 1830. A morte de Badaró foi um dos fatores preponderantes para desestabilização do regime imperial que governava o Brasil, forçando Dom Pedro I a abrir mão do poder e voltar a Portugal no dia 7 de abril 1831.

Apesar da liberdade de imprensa no Brasil e em boa parte do mundo, os crimes de assassinato contra jornalistas no exercício da profissão são alarmantes. De acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras, a Síria é o país mais perigoso para os jornalistas. Em segundo lugar está o México. Já nos dados do Comitê para a Proteção de Jornalistas, a conta é de 2.037 profissionais mortos e desaparecidos entre 1992 e 2019.

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O LeiaJá relembra alguns casos mais marcantes:

1. Alí Domínguez

Foto: Reprodução

Após denunciar ameaças do governo de Nicolás Maduro, o jornalista venezuelano morreu após ser espancado, em março deste ano. Domínguez, que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado morto na capital Caracas. Apesar de apoiar o regime de Hugo Chávez, ele havia rompido relações com o governo Maduro e era considerado um dissidente. De acordo com a ONG Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea), Domínguez foi encontrado por policiais com traumatismo craniano, fraturas e desprendimento dos dentes, o que poderia indicar que ele teria sido torturado.

2. Viktoria Marinova

Foto: Reprodução

Em outubro de 2018, a jornalista búlgara foi encontrada morta com sinais de estupro e estrangulamento em um parque acoplado ao Rio Danúbio, em Ruse, Bulgária. Durante a última edição do programa que apresentava na TV, Viktoria entrevistou dois jornalistas, o búlgaro Dimitar Stoyanov e o romeno Attila Biro que, naquela semana, denunciaram casos de corrupção envolvendo políticos do país. Como Viktoria também já havia denunciado casos que se referiam a dirigentes búlgaros, a grande suspeita foi de envolvimento dos denunciados na morte da jornalista. As autoridades prenderam Severin Krasimirov, assassino confesso do crime, mas ainda não há esclarecimentos se Krasimirov agiu a mando de alguém.

3 - Jairo Souza

Foto: Reprodução

O jornalista e radialista atuava na Rádio Pérola, em Bragança (PA), e foi morto a tiros quando chegava ao trabalho, em junho de 2018. Souza era conhecido por denunciar casos de corrupção que envolviam o poder executivo municipal, além de veicular casos de homicídio e tráfico de drogas. Amigos próximos do jornalista informaram, na época, ele havia reportado à Polícia ameaças e chegou a usar colete a prova de balas por um período.

4 - Tim Lopes

Foto: Reprodução

O repórter da TV Globo, vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo em 2001 pela reportagem "Feira das Drogas", que mostrava a facilidade que traficantes encontravam para comercializar entorpecentes, foi morto por chefes do tráfico da Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro. Famoso pela reportagem que lhe deu o prêmio, Tim Lopes voltou ao local em junho de 2002 após receber uma denúncia de que em bailes funk, além de consumo e venda de drogas, menores participavam de orgias sexuais. Ao ser reconhecido, Tim Lopes foi levado pelos bandidos a uma espécie de tribunal do crime, onde lhe deram a sentença de morte. O jornalista foi assassinado, teve o corpo esquartejado e queimado.

5 - Jamal Khashoggi

Foto: Reprodução

Apesar de muito próximo dos príncipes sauditas, Khashoggi era um jornalista crítico dos monarcas e do regime adotado no país. Em outubro de 2018, Khashoggi adentrou o consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, e não saiu vivo. Depois de diferentes versões, o governo com sede em Riad acabou reconhecendo que o jornalista havia sido morto pelas mãos de agentes que, segundo o governo, agiram por conta. O principal suspeito de ordenar a morte de Khashoggi é o herdeiro do trono Mohammad bin Salman.

Homenagem a Vladmir Herzog

A Praça Memorial Vladimir Herzog, que fica ao lado da Câmara Municipal de São Paulo, recebeu uma réplica em alumínio do troféu que leva o nome do jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975. A obra é do artista plástico Elifas Andreato.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

No Dia do Jornalista, comemorado nesta sexta-feira (7), uma mensagem postada no perfil do Facebook do Governo do Estado do Espírito Santo causou polêmica e foi repudiada por vários profissionais da imprensa. A gafe foi apagada, mas os os prints tomaram contas das redes sociais.

A publicação trazia o gif de um babuíno digitando em um computador junto ao seguinte texto: "Hoje é o dia do batedor de release. Parabéns, amigos jornalistas. Hoje é o nosso dia". Depois que o post foi apagado, a superintendente de Comunicação do Espírito Santo, Andréia Lopes, usou a mesma rede social para publicar um pedido de desculpas.

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"Peço desculpas publicamente em nome da Superintendência Estadual de Comunicação e do Governo do Espírito Santo pelo post absurdo publicado em nossas redes sociais em referência ao Dia do Jornalista, na manhã desta sexta-feira (07). Eu e minha equipe também nos sentimos ofendidos com essa publicação, que não nos representa, não representa a classe jornalística e o respeito que cada um dos profissionais merece. Como jornalista há 19 anos, profissão à qual me dedico com muito orgulho, eu também me sinto envergonhada e indignada com o desastre da abordagem num dia tão especial para todos nós. Nada justifica. Estava justamente reunida com nossos jornalistas que integram a Rede de Comunicação do Governo quando fui surpreendida com a notícia da publicação. Pedi imediatamente para que o post fosse retirado do ar, mas, como sei que isso não basta, fiz questão de pessoalmente me retratar publicamente com os colegas de profissão, que têm todo o respeito e admiração pelo trabalho diário que desempenham. Esse post definitivamente também não reflete o sentimento do Governo do Espírito Santo. Os jornalistas são profissionais essenciais para a democracia, são os olhos e a voz da sociedade, são motivo de orgulho, e não de brincadeiras que não têm nenhum tipo de explicação aceitável para que tenham sido feitas."

O Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo também se manifestou e repudiou a postagem.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Espírito Santo e a Fenaj lamentam e repudiam a atitude do governo estadual em postar nas suas redes sociais uma imagem de um macaco "batendo no teclado" com os dizeres "hoje é o dia do batedor de release. Parabéns, amigos jornalistas." ignorando assim toda a formação ética e social dos profissionais responsáveis por levar informação de qualidade à sociedade. 

A postagem teve o repúdio de centenas de jornalistas e demais cidadãos indignados com a mensagem alusiva ao Dia do Jornalista, que ao contrário de valorizar a profissão, menosprezou toda capacidade dos profissionais na realização de suas atividades.

O Sindicato exige que o governo Hartung se retrate perante à sociedade em respeito e valorização a categoria e tomará todas as medidas cabíveis para resguardar os profissionais.

O Dia do Jornalista foi lembrado nesta segunda-feira (7) pela deputada Terezinha Nunes (PSDB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Representante da categoria, a parlamentar lembrou o iniciou de sua trajetória como repórter e pediu a atenção da sociedade para a violência contra os profissionais da área.

A tucana afirmou que pessoas que foram preparadas para defender a sociedade, os direitos humanos e fiscalizar os governos têm sido vítimas constantes de agressões e ameaças em todo o mundo. Ela apresentou levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apontando que mais de 150 profissionais estão encarcerados atualmente em diversos países, alguns sem julgamento há vários anos.

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A deputada relatou que somente em 2013 foram assassinados 119 jornalistas em todo o mundo, o maior número desde 1997. Segundo a deputada, o Brasil é o país mais perigoso para o exercício da profissão, superando o México.

Neste sábado (7) é comemorado no Brasil o dia do jornalista. Uma profissão que trabalha com informação a todo o tempo, busca notícias, e tem a missão de mostrar para a sociedade tudo o que acontece no mundo. Muitas pessoas consideram o jornalismo como a “voz do povo”, a partir do momento em que a sociedade utiliza os meios de comunicação para reivindicar os seus direitos e denunciar seus problemas.

No ano de 2009 no Brasil, os profissionais de jornalismo sofreram com uma decisão política. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o profissional da área não precisaria de diploma para exercer a profissão. O relator do caso na época foi o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, que usou como justificativa que a exigência do diploma feria a Constituição Federal, uma vez que ia de encontro às liberdades de expressão e informação.

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A decisão gerou muita polêmica, e o que se pode ver é que grande parte da sociedade ficou de lado dos jornalistas formados e diplomados. A movimentação da categoria junto aos sindicatos pela volta da obrigatoriedade do diploma teve efeito. No final de novembro do ano passado, o plenário do Senado aprovou em primeiro turno uma emenda constitucional que exige o diploma para o exercício da profissão. “Essa questão está sendo conduzida pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que está acompanhando a tramitação no Senado e na Câmara. É uma luta que tem movimentado muita gente, mas, por enquanto, ainda não tivemos um resultado concreto”, explica o diretor-secretário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope), Geraldo Bringel.

Mercado de trabalho

Além dos grandes veículos de comunicação (rádio, televisão, jornal impresso e jornalismo online), o jornalista pode atuar na área de assessoria de comunicação. Os assessores trabalham com comunicação empresarial, assessoria de imprensa, e de uma forma geral, com comunicação integrada, que atenda a essas áreas citadas anteriormente, e muito mais atividades.

De acordo com Bringel, Pernambuco possui em média seis mil jornalistas profissionais, e grande parte deles está trabalhando em assessorias. Bringel também comenta sobre o piso. “Alguns estados brasileiros já têm o piso salarial definido. Em Pernambuco, a gente tem um valor que serve como parâmetro para os jornalistas e as empresas que os contratam, que é de R$ 1.650. No dia 11 de abril, será realizada uma discussão em Brasília para estabelecer o Piso Nacional do Jornalista, que gira em torno de 5 a 6 salários mínimos”, conta o jornalista.

A essência da profissão



Formado em jornalismo desde o ano 2009, o editor de esportes do Portal LeiaJá, Luiz Mendes, tem uma vasta experiência em veículos de comunicação e assessorias. Para Mendes, o jornalismo deve ser feito em prol da sociedade. “O jornalismo para mim é um prestador de serviços para a sociedade. Você passa informações com o máximo de verdade. A notícia tem que ser levada ao público de uma forma mais fiel possível. Você nunca pode está conformado com a sociedade, e sim fazer o jornalismo para mudar, tornando o mundo melhor e uma sociedade mais justa, pois, esse é um dos princípios do jornalismo”.







 

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