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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (18) que vai elevar o preço do diesel nas refinarias em 8% a partir da terça-feira (19), ou mais R$ 0,1039 por litro. O reajuste vem menos de uma semana após elevar o preço da gasolina em 12%.

O diesel marítimo será elevado em 8,4%, e para as térmicas o aumento será de 8,2% (diesel S500) e 8,6% (diesel S10, menos poluente).

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Antes desse aumento o diesel acumulava no ano queda de 44,1%, contra redução de 41,3% da gasolina, que já embute os dois aumentos de maio, impulsionados pela alta do petróleo no mercado internacional.

Por volta das 11 horas (de Brasília), o petróleo tipo Brent, usado com referência pela Petrobras, subia 7,51%, cotado a US$ 34,77 o barril, depois de ter chegado a menos de US$ 20 o barril no mês passado.

A commodity reage ao otimismo do mercado norte-americano com o início da abertura da economia, fechada parcialmente pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), com a reabertura de grandes montadoras como GM, Fiat e Ford.

A Petrobras informou às distribuidoras que vai reduzir o preço da gasolina nas refinarias em 15% em média a partir da quarta-feira (25). Esta é a décima vez que a petroleira diminuiu o preço do combustível este ano, e segue a queda do preço do petróleo no mercado internacional.

De acordo com a consultoria INTL FCStone, o aumento não foi linear, e em algumas praças o preço foi reduzido e R$ 0,20 centavos e em outras a queda foi ainda maior.

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A Petrobras cortou em 5% o preço do diesel comum e em 4% o preço da gasolina nas refinarias. Os novos valores, anunciados ontem (28) pela estatal, passaram a valer hoje (29).

Os preços do diesel S500 para térmicas e do diesel marítimo caíram 5,1%. Já o diesel S10 para térmicas teve redução de 5,2% no seu valor.

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A queda foi decidida em um cenário de desvalorização do petróleo no mercado mundial. Os contratos do petróleo Brent para abril estavam cotados a US$ 50,52 no fechamento do mercado ontem. Esse valor representa uma queda de 13,64% em uma semana.

O petróleo Brent é um tipo extraído principalmente do Mar do Norte e cotado na Bolsa de Valores de Londres. Ele é a referência no cálculo do valor de cerca de dois terços do petróleo mundial.

A desvalorização é influenciada pelo avanço dos casos de coronavírus pelo mundo, o que gera no mercado o receio de uma eventual desaceleração da economia mundial e, consequentemente, de uma menor demanda por combustíveis.

Por meio de suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro destacou hoje a decisão da estatal brasileira. "Este ano, a Petrobras reduziu quatro vezes o valor dos combustíveis nas refinarias e este é o quinto anúncio. Seguimos fazendo nossa parte e trabalhando para melhorar a vida dos brasileiros", disse ele.

Preços nos postos

Apesar dos novos valores praticados nas refinarias, não há impacto imediato no preço final pago pelo consumidor nos postos de combustíveis. A variação, nesse caso, depende ainda de outros fatos como o consumo dos estoques armazenados, impostos, margens de revenda e percentual da mistura dos biocombustíveis.

Em virtude do feriado de carnaval, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) irá divulgar o novo Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis somente na próxima terça-feira (3).

Serão apresentados os resultados do período entre 23 e 29 de fevereiro, o que ainda não deverá mostrar reflexos da decisão da Petrobras.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na quinta-feira (6), que se trata de "vergonha na cara", e não de um ato de "populismo", sua recente crítica ao preço dos combustíveis. Ele disse que faz "papel de otário", já que a Petrobras reduz o preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias, mas, segundo ele, a diferença não é repassada para o consumidor.

Nesta quarta-feira (5), Bolsonaro desafiou os governadores e afirmou que zera os tributos federais (Cide e PIS/Cofins) sobre os combustíveis se eles zerarem o ICMS. Após a declaração, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que se tratava de "populismo" do presidente e "uma tentativa de transferir a responsabilidade" do problema para os Estados.

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Ao ser questionado pelo jornal O Estado de São Paulo como compensar a perda na arrecadação dos Estados com a medida, Bolsonaro disse que "o problema é deles (governadores)". "Não estão reclamando que eu devo diminuir o meu? Vamos diminuir de todo mundo."

O presidente voltou a falar do assunto na quinta-feira ao ser questionado se trabalharia para melhorar a relação com governadores. Além de Doria, ele se referiu ao governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, que também foi criticado na entrevista.

"Chega de esse povo sofrer. Isso não é demagogia. Os dois governadores que estão me criticando... Isso não é populismo, não. Isso é vergonha na cara. Ou você acha que o povão está numa boa? Todo mundo feliz da vida com o preço do gás, com o preço da gasolina, preço de transporte?", disse o presidente.

Plumagem

Bolsonaro também disse que não tem a "mesma plumagem" dos dois governadores e que é pobre perto deles. "Eu sei que eu sou um cara diferente de alguns políticos que temos no Brasil. Eu sou um cara pobre, miserável. Se bem que eu sou mais rico que 98% da população. Eu sei disso, mas perto desses caras eu sou pobre e parece que meu cheiro não faz bem para eles. Minha plumagem é diferente da deles", disse o presidente.

O presidente defende há meses mudanças na cobrança do ICMS sobre combustíveis. Para ele, o tributo deveria ser cobrado nas refinarias, e não no ato da venda no posto de combustível, como ocorre atualmente.

"Quanto é que vai baixar na bomba para o consumidor? Zero. Então eu estou fazendo papel aqui de otário. Se bem que eu não interfiro na Petrobrás. Eu não vou ligar para o Castello Branco (Roberto, presidente da estatal): 'Ó, não baixa mais'. Eu não interfiro na Petrobrás", declarou.

No domingo (2) passado, pelas redes sociais, Bolsonaro anunciou que enviará ao Congresso um projeto para que o ICMS tenha um valor fixo por litro. A ideia do presidente encontra resistência por parte de governos estaduais, já que causaria impacto sobre a arrecadação dos Estados, efeito indesejado principalmente neste momento de crise.

A Petrobras informou que por conta da queda do preço do petróleo no mercado internacional vai reduzir o preço da gasolina e do diesel (S10 e S500) em 3%, assim como o diesel marítimo em 3,1% a partir da sexta-feira, 31, nas refinarias. Os outros produtos não serão alterados, segundo informou nesta quinta-feira, 30, a estatal.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustível (Abicom), a redução média comunicada às distribuidoras nas refinarias a partir da sexta-feira será de R$ 0,0552 na gasolina e de R$ 0,0655 no diesel.

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Mais cedo, a FCStone havia projetado uma queda de R$ 0,1 para o diesel e de R$ 0,07 para a gasolina.

"A redução dos preços já era esperada, devido à queda das cotações no mercado internacional", disse o presidente da Abicom, Sérgio Araújo.

O preço do petróleo no mercado internacional tem caído expressivamente nos últimos dias, refletindo as preocupações com as consequências econômicas que podem ser provocadas pelo coronavírus, principalmente no mercado chinês, o mais afetado.

A Petrobras anunciou queda do preço da gasolina e do diesel, puxada pela redução do preço do petróleo no mercado internacional desde a semana passada, com o recuo das tensões entre os Estados Unidos e o Irã. Segundo a Petrobras, o valor da gasolina será reduzido em 3% a partir da terça-feira (14), nas refinarias da estatal, mesmo percentual que será aplicado ao diesel.

De acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o litro do diesel S500 ficou R$ 0,061 mais barato, em média, e o do diesel S10, R$ 0,0808.

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A Petrobras informou nesta terça-feira, 3, que vai aumentar o valor do óleo diesel em 2% a partir de quarta-feira, 4, assim como reajustar toda a cadeia do produto. O diesel marítimo vai subir 2,1% e os destinados às térmicas subirão 2,2% (S500) e 2% (S10).

A comercialização do preço do diesel abaixo da paridade internacional nas últimas semanas fez com que a Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom) reclamasse no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na semana passada, alegando que o congelamento prejudica o mercado.

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O preço da gasolina não foi alterado, informou a Petrobras.

A Petrobras anunciou ao mercado o reajuste da gasolina, que passa a valer a partir desta quarta-feira, 27. Segundo a empresa, a alta é de 4%. O preço do óleo diesel permanece inalterado. De acordo com fonte, a revisão foi de R$ 0,074 mais caro. A estatal só informa porcentual de reajuste.

Com essa alta, o valor de entrega passa a variar de R$ 1,750 em Goiás a R$ 2,312 no Rio de Janeiro.

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A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) reclama de defasagem em relação ao mercado internacional, principalmente, do preço do diesel. A maior pressão, segundo o presidente da entidade, Sérgio Araújo, parte do câmbio.

"O aumento não foi suficiente para chegar na paridade internacional e o diesel, que já estava muito defasado, agora está ainda mais, com a alta do dólar. A expectativa era que ele também sofresse aumento. Como não aconteceu, a importação continua inviabilizada", diz ele.

O aumento do combustível, de qualquer forma, deve ter impacto na inflação. Nos cálculos do economista-chefe do banco Haitong, Flávio Serrano, o reajuste de 4% da gasolina nas refinarias deve significar um aumento de 2% a 2,5% para o consumidor. Desse modo, o impacto sobre o IPCA, o índice oficial de inflação, deve ser de 0,1 ponto porcentual, concentrado mais em dezembro.

Por conta disso, a projeção do banco para a inflação oficial deste ano subiu de 3,7% para 3,8%. Serrano ainda lembra que no último dia 19 a Petrobrás já havia elevado a gasolina em 2,7%. Por isso, o impacto total dos dois reajustes deve ser 0,15 ponto porcentual sobre o IPCA.

Já a expectativa para dezembro passou de 0,6% para 0,7%, mas o economista lembra que há risco de ser maior por causa do choque de carnes. Para novembro, a previsão é de alta de 0,47%.

Apesar do impacto relevante da alta do combustível, o economista pondera que ainda não há preocupação em relação a uma piora da dinâmica de inflação, porque, assim como o choque de carnes, é uma pressão de custos. "Tudo isso é mudança de preços relativos. Para virar inflação, tem de dispersar e contaminar as expectativas. A ociosidade da economia tem a capacidade de reduzir os efeitos secundários desse choque", diz. A projeção para o IPCA de 2020 do Haitong segue inalterada em 3,7%.

A Petrobras reajustou hoje (19), no Rio de Janeiro, o preço da gasolina em 2,8% em suas refinarias. O último aumento do combustível ocorreu em 29 de setembro. Também houve reajuste de 1,2% no preço do óleo diesel.

 O aumento foi no combustível vendido nas refinarias para os distribuidores, ou seja, os postos de gasolina. O valor final que o motorista pagará para abastecer seu carro dependerá de cada posto.

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Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina cobrado nos postos era de R$ 4,407 por litro, na última semana.

O valor teve majorações consecutivas nas últimas três semanas e acumula uma alta de 0,66% no período.

A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (19) alta de 2,77% (ou R$ 0,05) no preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias. Com a mudança, o valor foi para R$ 1,855 o litro. A estatal anunciou ainda alta de 1,18% (ou R$ 0,026) no preço médio do litro da diesel nas refinarias. Com a mudança, o valor foi para R$ 2,229 o litro.

O ajuste veio após as empresas importadoras acusarem a Petrobras de controlar o mercado e impedir a concorrência. Pelas contas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a estatal estava há 53 dias sem reajustar a gasolina e há 18 dias no caso do óleo diesel. Com isso, diz a entidade, a tabela da estatal se mantém desalinhada do mercado externo, o que impossibilitaria outras empresas de adquirir os dois produtos no exterior para atender ao mercado interno.

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Em julho de 2019, a Petrobras divulgou mudança na política de reajustes nos combustíveis, que passaram a ser realizados sem periodicidade definida. A estatal também começou a publicar em seu site os preços de venda da gasolina e do diesel divididos em mais de 30 pontos espalhados pelo País. A mudança segue na direção do esforço da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) de oferecer mais transparência aos preços dos combustíveis por região.

Segundo a Petrobras, o combustível entregue às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, além de uma margem que cobre os riscos (como volatilidade do câmbio e dos preços).

A Petrobras alterou a divulgação dos preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias em seu site. Em vez do litro, unidade de medida adotada até então, a empresa passou a adotar o metro cúbico. Além disso, passou a informar as diferenças de preço por modal de entrega.

No site, a Petrobras informa também que a publicação atende resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência exige, agora, que os agentes de mercado informem os preços dos seus produtos. A medida faz parte da estratégia do órgão regulador de dar transparência ao mercado.

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Os preços divulgados pela Petrobras valem para a modalidade de pagamento à vista, e neles não estão incluídos os tributos.

A Petrobras elevou em R$ 0,0658 por litro o preço médio da gasolina nas suas refinarias. Com a mudança, o valor médio do combustível subiu 3,99%, para R$ 1,711. A alteração foi divulgada no site da companhia, nesta quarta-feira.

Além disso, a estatal também elevou em R$ 0,0757/litro o preço médio do diesel, para R$ 2,096. A variação corresponde a uma alta de 3,75%.

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Cerca de 40 mil litros de óleo diesel foram derramados em um terminal de uma remota ilha da Patagônia, no extremo sul do Chile, informaram as autoridades locais. O incidente foi registrado no último sábado (27), no terminal de ilha Guarello, 250 km ao noroeste de Porto Natales, e reportado às autoridades pela empresa chilena de mineração CAP, que faz a exploração do local.

A Marinha chilena revelou que várias unidades foram mobilizadas para a região com o objetivo de controlar a proliferação do óleo derramado, que já atingiu as águas do Pacífico sul. "Diante dessa emergência, a Terceira Zona Naval dispôs o envio imediato de unidades, com o objetivo de controlar e mitigar os possíveis danos causados pela emergência na zona", informou a Marinha.

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Uma investigação foi aberta pelo governo chileno para determinar as causas do derramamento e apurar as responsabilidades. No último domingo (28), as autoridades revelaram que aproximadamente 15 mil litros de água que havia sido contaminada foi contida. A CAP, por sua vez, ressaltou que deu início a "um processo de monitorização permanente na área", além das medidas padrão de controle e mitigação.

A área é uma das mais intocadas do planeta, com importante biodiversidade. Segundo comunicado do Greenpeace do Chile, o petróleo derramado pode ter consequências devastadoras para o meio ambiente. 

Da Ansa

A ameaça de greve dos caminhoneiros jogou holofotes na alta do preço do diesel este ano, mas a gasolina já acumula uma variação ainda maior. Em 2019, o reajuste promovido pela Petrobras para a gasolina vendida nas refinarias chega a quase 30%, enquanto o do diesel soma 24%.

O consumidor, porém, ainda não sentiu o impacto total desses reajustes, pelo fato de as distribuidoras estarem absorvendo parte desse aumento. Além disso, a Petrobras não repassou integralmente os ajustes da cotação do petróleo no mercado internacional.

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Pelas contas do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, para compensar integralmente a paridade internacional, só nos últimos 30 dias a estatal teria de ter elevado em R$ 0,18, e não em R$ 0,11, o preço do litro da gasolina. "Nesse período, a cotação internacional subiu 11% e a Petrobras reajustou a gasolina em 6%."

A decisão das distribuidoras de absorver parte do reajuste praticado pela Petrobras também tem poupado um pouco os consumidores. No primeiro trimestre, o aumento nas bombas de gasolina nos postos foi de apenas 0,7%, ante uma alta de 20,2% nas refinarias no mesmo período, segundo dados da Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural).

"Revendedores e distribuidores estão abrindo mão de margem para garantir o volume de vendas e manter competitividade", explicou o presidente executivo da Plural, Leonardo Gadotti. "É preciso estar atento ao fato de que o valor dos combustíveis nunca sobe na mesma magnitude do reajuste nas refinarias. O aumento do preço na refinaria é diluído ao longo da cadeia. Isso mostra que o mercado está funcionando", disse.

Dados do IBGE mostram que a alta da gasolina começou a pesar mais no bolso do consumidor este ano a partir de março, quando foi responsável por 16% da inflação de 0,75% registrada pelo IPCA. O produto é o terceiro item que mais afeta o orçamento das famílias brasileiras, atrás apenas da refeição consumida fora de casa e do custo do empregado doméstico.

"Provavelmente os postos de combustíveis estão repassando a alta agora porque talvez tivessem estoque de combustível que compraram antes do aumento", disse Fernando Gonçalves, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, acrescentando que não era possível dizer se o represamento do preço teria alguma relação com a demanda fraca por parte de consumidores.

Segurar preço pode aumentar pressão

 

Para o professor da UFRJ Edmar Almeida, quanto mais segurar o preço, pior para a economia, porque quando o ajuste vier terá de ser alto, levando em conta a continuidade do aumento da cotação do petróleo no mercado externo e a desvalorização do real no mercado interno.

Almeida estima que o petróleo não vai parar de subir no curto prazo, por conta da pressão da demanda, junto com uma queda de oferta provocada por Venezuela e Líbia.

"Desde que o preço do barril caiu abaixo dos US$ 30, em 2014, o petróleo está volátil e assim vai continuar. A demanda mundial está forte mesmo com a desaceleração da economia mundial", disse.

Segundo ele, "não dá para tapar o sol com a peneira; a população tem de aprender que o preço do combustível é livre". Ele ressaltou ainda que existem opções aos combustíveis fósseis, como etanol e Gás Natural Veicular (GNV).

A Petrobras informou, em nota, "que continuam em vigor os princípios de preço de paridade internacional (PPI)" e ressaltou que, desde setembro de 2018, a diretoria da empresa aprovou mecanismo de proteção (hedge) complementar à política de preços da gasolina, o que permite à Petrobras ter a opção de alterar a frequência dos reajustes diários no mercado interno.

Preços do petróleo fecham semana em alta

 

Os contratos futuros de petróleo voltaram a fechar em alta ontem, dia de baixa liquidez em função da véspera da sexta-feira santa. Os contratos chegaram a operar em baixa após dados modestos da Europa, mas se fortaleceram com foco nas bolsas de Nova York.

O petróleo WTI para junho, contrato mais líquido, teve alta de 0,31%, cotado a US$ 64,07 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o petróleo tipo Brent para junho avançou 0,49%, cotado a US$ 71,97 na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI avançou 0,28%, enquanto o Brent subiu 0,59%.

Índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) piores do que o esperado da zona do euro e do setor manufatureiro da Alemanha fizeram o petróleo recuar mais cedo. Mais para o meio da manhã, contudo, dados positivos dos EUA apoiaram a demanda pela commodity, acompanhando a melhora nas bolsas americanas.

Na agenda de indicadores, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA teve um recuo de 8 unidades na última semana, ficando em 825, de acordo com a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor. A queda é a primeira em três semanas, colaborando para o aperto na produção do óleo e, consequentemente, apoiando a alta nos preços da commodity.

O anúncio da alta do diesel na noite dessa quarta-feira, 17, foi mais um revés sofrido pelos caminhoneiros nesta semana. Depois do pacote de medidas que frustrou a categoria, a decisão da Petrobrás de elevar em R$ 0,10 o litro do diesel deixou os motoristas divididos. A ala mais radical já se articula para uma paralisação nos próximos dez dias. Mas também há a turma do "deixa disso" e que prefere esperar mais.

O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, diz que não tem outra alternativa a não ser decretar uma greve. "O governo pagou para ver. Agora só estamos vendo a data, mas será em menos de dez dias." Ele destaca que a conta não fecha já que o preço do frete continua igual e os custos, subindo. Para quem gasta 10 mil litros de diesel, o aumento dessa quarta representa R$ 1 mil no bolso do caminhoneiro, como é o caso de Dedeco. "O governo insiste em tratar do setor com quem não tem caminhão", critica Dedeco, uma das lideranças nacionais.

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Em mensagem enviada ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o caminhoneiro Josué Rodrigues, um dos líderes na Região Norte, também ameaça nova greve para o mês que vem caso o preço não seja congelado e o tabelamento do frete não seja respeitado. "Se não fizer valer o piso mínimo do frete, nós vamos parar, não tem jeito. Se não agir antes do dia 21 de maio vai ter uma paralisação sangrenta, pode ter certeza."

Outros representantes, no entanto, tentam apaziguar a situação. Alguns não acreditam em nova paralisação por causa da situação financeira precária da categoria. "Está todo mundo quebrado", afirma Bruno Tagliari, uma das lideranças do Sul. Ele afirma que, no seu caso, se fizer uma paralisação não conseguiria pagar a despesa fixa, de R$ 6 mil por mês.

Mas, apesar da frustração, também há boa vontade por parte por parte dos caminhoneiros em dar mais tempo para o novo governo, afirma Ivar Luiz Schmidt, um dos líderes do Comando Nacional do Transporte (CNT) no Nordeste. A maioria votou em Jair Bolsonaro para presidente, e ainda espera que ele faça alguma coisa pelos motoristas. Mas paciência tem limite, avisam os caminhoneiros nas redes sociais.

Dentro dos grupos de WhatsApp, as medidas dos últimos dias são vistas como resultado da fragilidade da categoria, que não se valoriza. Outra reclamação tem sido latente entre eles: a insatisfação quanto à representatividade da categoria em Brasília. Muitos tentam se articular para conseguir colocar outras lideranças no Planalto e emplacar as reais reivindicações. Wallace Landim, o Chorão, que já não era unanimidade, hoje vive momento de rejeição. / COLABOROU FELIPE FRAZÃO

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira, 17, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que tenha tido sua autonomia atingida por decisões do governo de Jair Bolsonaro, "nem no episódio do petróleo", se referindo à interferência do presidente no reajuste do preço do diesel que havia sido anunciado pela Petrobras na semana passada. "Não posso me queixar, o presidente tem me dado apoio", afirmou.

Para Guedes, o caso do diesel deixou uma lição sobre a necessidade de se ter clareza e transparência nos preços-chave da economia. Nesse sentido, ele afirmou que o pedido de esclarecimento de Bolsonaro sobre a alta do diesel - que acabou sendo anunciada nesta quarta - foi legítimo.

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O ministro comentou ainda que o pacote de medidas anunciado para caminheiros compreende as principais demandas da classe levadas ao governo. "O diesel era a 12ª preocupação (dos caminhoneiros)", disse.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou durante reunião nesta terça-feira (16) com ministros e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que não "quer" e não "tem direito de intervir na Petrobras", de acordo com o porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros. Ele falou com jornalistas após a coletiva de imprensa concedida pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Bento Albuquerque.

"Frase que nosso presidente disse logo no início da reunião: eu não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras, eu não quero e não posso intervir na Petrobras. Eu não quero por questões de conceito, eu não posso por questões legais e até mesmo políticas", relatou Barros no início da conversa com jornalistas no Planalto.

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Segundo o porta-voz, deve ser percebida a "clara intenção" de "absolutamente não praticar ação que possa demonstrar qualquer interferência direta na política desencadeada pela Petrobras". Barros também disse que Bolsonaro está "perfeitamente convencido da maneira que a Petrobras lida" com a política de preços. "A Petrobras tem total liberdade para decidir o quanto e quando aplicar reajuste, e até não aplicar", disse, quando questionado sobre a decisão em torno de um eventual novo reajuste no diesel.

A reunião que aconteceu mais cedo no Planalto, de acordo com Albuquerque, serviu para prestar esclarecimentos a Bolsonaro sobre a política de preços da estatal. O encontro ocorreu após a repercussão do recuo da Petrobras em reajustar em 5,7% o preço do óleo diesel na última sexta-feira, após uma ligação de Bolsonaro ao presidente da estatal. De acordo com Barros, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Décio Oddone, fez uma exposição durante a reunião para explicar os mecanismos da precificação.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta segunda-feira (15) que a Petrobras é "livre" e "tem vida própria". Ele negou intervencionismo do presidente da República, Jair Bolsonaro, na decisão de recuar no reajuste do preço do óleo diesel. "A decisão foi tomada pela Petrobras, ninguém ordenou a Petrobras que reajustasse. O presidente alertou para os riscos", disse Castello Branco após sair de reunião interministerial que ocorreu no Palácio do Planalto.

Segundo ele, irão "decidir o quanto vai ser reajustado ou não", frisando que essa é uma decisão empresarial, "diferente do governo, que é de políticas públicas". A fala de Castello Branco se dá em um contexto em que o próprio presidente Jair Bolsonaro admitiu ter ligado ao presidente da estatal para falar do reajuste de 5,7% que seria feito no preço do óleo diesel na última sexta-feira (12), e que acabou não ocorrendo. Depois do episódio, a Petrobras perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado.

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O presidente da petrolífera se recusou a responder se a empresa avalia estender o tempo de reajuste do combustível às refinarias. Atualmente, o valor do diesel é modificado a cada 15 dias, no mínimo, embora caminhoneiros pleiteiem um prazo mais alongado. A periodicidade foi decidida em março e comunicada ao mercado pela companhia. Antes, os prazos de reajuste do preço eram menores. "Essa é uma decisão operacional", afirmou Castello Branco.

O presidente negou que o reajuste de preços tenha sido discutido na reunião no Planalto. Quando perguntado novamente, afirmou que "não tem nenhuma decisão" sobre o valor do diesel. "Uma coisa é a Petrobras, outra é o governo. O governo quer abordar a questão dos caminhoneiros", completou o presidente da estatal.

Quando perguntado se reajuste vai voltar a ser reativado, respondeu que não fez "nenhuma afirmação nesse sentido". "Seja paciente que você terá a resposta. Medidas vão ser tomadas pelo governo. O que a Petrobras vai fazer... nós temos tempo", disse quando perguntado sobre o que se pode esperar para os próximos dias. Castello Branco disse ainda que o cartão caminhoneiro da BR Distribuidora está em desenvolvimento e deverá ser lançado entre o fim de junho e início de julho.

De volta ao Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (15), às 16 horas, no Planalto. A reunião ocorre depois de Bolsonaro ter admitido, na última sexta-feira (12), que interferiu no reajuste de preços de diesel, ao telefonar para o presidente da Petrobras e pedir para cancelar o reajuste de 5,7% do óleo diesel. Depois do episódio, a empresa perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado.

No sábado, cumprindo agenda em Washington (EUA), Guedes afirmou que é possível "consertar", caso Bolsonaro faça alguma coisa "que não seja razoável" na economia. "Uma conversa conserta tudo", disse o ministro.

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Um dia antes, Guedes sugeriu que não havia sido informado pelo presidente sobre a decisão. Quando o novo valor começaria a ser cobrado, na sexta-feira, Bolsonaro comentou que havia se surpreendido com o reajuste de 5,7%, e por isso ligou para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O presidente ainda negou ser intervencionista. "Não vou praticar a política que fizemos no passado, mas quero os números da Petrobras", disse.

O assunto da política de combustíveis deve ser tratado em reunião interministerial, às 14h30, com Guedes, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, representantes do BNDES e da Petrobras. A presença de Bolsonaro não está prevista neste encontro, de acordo com a assessoria. Na terça-feira, 16, Bolsonaro deve se reunir com o presidente da Petrobras e técnicos da empresa para discutir a questão dos preços.

Para esta segunda-feira, a agenda de Bolsonaro também prevê, às 15h30, uma audiência o secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar. Na parte da manhã, Bolsonaro se encontra com o advogado Antônio Sérgio Pitombo, que defende o chefe do Executivo nos processos envolvendo a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

Importadores de óleo diesel vão recuar neste momento de congelamento de preços do combustível pela Petrobras. Presidente da Abicom, que representa o segmento, Sérgio Araújo diz que as empresas associadas à entidade cancelaram importações para evitar prejuízo médio de R$ 0,14 em cada litro trazido do exterior. Essa é a diferença do valor do combustível nas principais bolsas de negociação no mercado internacional e o quanto é cobrado pela Petrobras em suas refinarias, segundo a entidade.

Procurada, a Petrobras não informou se está tendo prejuízo com a manutenção do preço nas refinarias. Disse apenas que, na média de 2019, manterá o preço acima do praticado no mercado internacional.

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Na última quinta-feira (11), a empresa anunciou que havia desistido de reajustar o diesel em 5,7%. Em nota, divulgada pela sua assessoria de imprensa, disse que o presidente da República, Jair Bolsonaro, ligou para o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, "alertando sobre os riscos do aumento do preço do diesel" anunciado pela Petrobras. Na nota, o executivo afirmou ainda ter considerado "legítima a preocupação do presidente".

Do volume total de combustível consumido no País no mês de fevereiro, de 4,4 bilhões de litros, 15% foram importados - a maior parte pela própria Petrobras. Os dados são os mais recentes divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os importadores independentes, que são empresas de comercialização de pequeno e médio portes, representam 3% desse mercado, segundo a Abicom.

A expectativa das empresas comercializadoras era ampliar participação no mercado e fazer concorrência à estatal, como aconteceu em 2017, quando a petroleira reajustava sua tabela em intervalos de tempo mais curtos e, por vezes, mantinha o preço acima dos praticados no exterior. Nesse período, os independentes chegaram a responder por 60% das importações.

Esse movimento da estatal motivou as comercializadoras a investir em infraestrutura de armazenamento nos principais portos brasileiros. Parte chegou a sair do papel e outra parcela deveria sair neste ano. Mas foram suspensos diante das últimas sinalizações do governo para o setor. "Esperávamos que o governo, com um discurso liberal, acompanhasse o mercado internacional. Hoje o ambiente é de intervenção e monopólio. Os associados da Abicom têm projetos em infraestrutura que são necessários ao País, mas não vão acontecer", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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