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O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, teve o registro profissional cassado nesta segunda-feira (13). O Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO) publicou a cassação do registro do médico, acusado de matar uma paciente durante um procedimento estético no Rio de Janeiro. 

Doutor Bumbum teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, em julho de 2018, após a morte da bancária Lilian Calixto, 46 anos, que realizou um procedimento estético no apartamento do médico, na Barra da Tijuca, passou mal e foi levada para um hospital no mesmo bairro, onde morreu. Apesar de clinicar no Rio, o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Doutor Bumbum só tinha validade em Brasília e Goiás.

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O pedido inicial de cassação do exercício profissional foi feito pelo CRM do Distrito Federal e referendado pelo Conselho Federal de Medicina em 24 de abril. Com ele, todos os conselhos regionais onde o médico atuava são obrigados a publicar a decisão para deixar registrado que Denis Furtado perdeu o direito de exercer a medicina.

O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como "doutor Bumbum" e acusado de homicídio doloso pela morte de uma paciente durante um procedimento estético em julho do ano passado, perdeu seu registro profissional, necessário para o exercício da Medicina.

Em 24 de abril, o Conselho Federal de Medicina (CFM) julgou recurso apresentado por Furtado e manteve a cassação do exercício profissional, aplicada inicialmente pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. Agora não cabe mais recurso. A decisão do Tribunal Superior de Ética Médica do CFM foi unânime, e o acórdão foi publicado no Diário Oficial da União da última segunda-feira, 29.

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Na ocasião da prisão, Furtado disse que a morte da paciente foi uma "fatalidade" e disse que estaria sofrendo uma injustiça. Ele alegou já ter feito mais de 9 mil procedimentos cirúrgicos sem maiores problemas.

Cabe ao conselho regional do DF executar a decisão, que precisa ser publicada também em jornal de grande circulação. Por último, a cassação precisa ser expressa no site do conselho, o que não havia ocorrido até as 21h desta sexta-feira, 3.

Acusação

Furtado responde a homicídio doloso pela morte da bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos, em cujos glúteos o médico aplicou PMMA, substância derivada do acrílico que não deve ser usado em humanos. A aplicação foi feita durante um procedimento estético, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, em 14 de julho de 2018. Lilian morreu horas depois, na madrugada do dia 15.

Ele foi preso em 19 de julho e permaneceu preso até 30 de janeiro deste ano, quando os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concederam um habeas corpus ao médico e determinaram o cumprimento de medidas cautelares, como comparecer mensalmente em juízo, abster-se de qualquer contato físico ou eletrônico com as testemunhas, não se ausentar do Rio sem autorização judicial e se recolher em casa no período noturno, se não estiver trabalhando.

Usando as redes sociais para compartilhar conteúdos religiosos e bem-humorados, Padre Fábio de Melo também sabe falar sério. Em uma das suas postagens nesta semana, no Twitter, o religioso ficou indignado com a decisão da Justiça de soltar  Denis Cezar Barros Furtado, o Doutor Bumbum, preso desde julho de 2018.

"A justiça dá só um tapinha de leve na bundinha e fala: 'vá embora e não mate mais as pessoas, menino levado!'", ironizou o pároco.

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Interagindo com os internautas, o padre chegou a dizer que o motivo da publicação foi um "Efeito Brumadinho", criticando também o rompimento da barragem do Vale na cidade de Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última sexta-feira (25).

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu nesta terça-feira (29) habeas corpus para o médico Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como Doutor Bumbum. Ele estava preso desde 19 de julho de 2018, acusado de homicídio doloso contra a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que se submeteu a um procedimento estético realizado pelo médico. A prisão foi substituída por medidas cautelares.

A decisão foi tomada na tarde desta terça. Os três desembargadores da 7ª Câmara Criminal decidiram de forma unânime atender ao pedido da defesa do médico realizado em novembro. O processo tem como relator o desembargador José Roberto Lagranha Tavora. Os magistrados substituíram a prisão pela obrigação de comparecimento periódico em juízo, proibição de manter contato com pessoas envolvidas no processo, proibição de se ausentar da cidade do Rio e recolhimento domiciliar no período noturno. O inteiro teor da decisão não foi divulgado.

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Furtado responde a uma acusação de homicídio doloso no mesmo processo em que também são acusadas a sua mãe, Maria de Fátima Barros Furtado, e a namorada, Renata Fernandes Cirne, além da funcionária Rosilane Pereira da Silva. As mulheres respondem ao processo em liberdade.

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 14 de julho, em local impróprio (a residência de Denis, uma cobertura na Barra da Tijuca), "os denunciados realizaram uma bioplastia de glúteos, com a aplicação da substância química polimetilmetacrilato (PMMA) em quantidade acima da recomendada, sem observar minimamente os deveres legais de cuidado inerentes ao procedimento, assumindo assim os riscos decorrentes de suas condutas". A vítima morreu às 01h12min do dia seguinte, no Hospital Barra D´Or, devido a complicações derivadas da intervenção.

A denúncia sustenta ainda que o médico, inscrito nos conselhos regionais de medicina do Distrito Federal e do Estado de Goiás, atuava irregularmente no Rio de Janeiro, sem possuir especialização que o habilitasse para o procedimento. Por sua vez, a mãe do médico, Maria de Fátima, embora fosse formada em medicina, teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), mas, ainda assim, se apresentava como médica.

A Justiça, se entender que há indícios suficientes de autoria, pode decidir pela pronúncia deles a julgamento pelo Tribunal do Júri.

O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, foi denunciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) por conta do procedimento estético que resultou na morte da paciente, Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci no mês passado. Também foram denunciados pelo crime a mãe do médico, Maria de Fátima Barros Furtado, a namorada e secretária dele, Renata Fernandes Cirne, e sua empregada doméstica, Rosilane Pereira da Silva.

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 14 de julho, em local impróprio (a residência de Denis, uma cobertura na Barra da Tijuca), "os denunciados realizaram uma bioplastia de glúteos, com a aplicação da substância química polimetilmetacrilato (PMMA) em quantidade acima da recomendada, sem observar minimamente os deveres legais de cuidado inerentes ao procedimento, assumindo assim os riscos decorrentes de suas condutas". A vítima morreu às 01h12min do dia seguinte, no Hospital Barra D´Or, devido a complicações derivadas da intervenção.

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A denúncia sustenta ainda que o médico, inscrito nos conselhos regionais de medicina do Distrito Federal e do Estado de Goiás, atuava irregularmente no Rio de Janeiro, sem possuir especialização que o habilitasse para o procedimento. Por sua vez, a mãe do médico, Maria de Fátima, embora fosse formada em medicina, teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), mas, ainda assim, se apresentava como médica.

"Note-se que Denis, auxiliado pelas demais denunciadas, ao realizar na vítima o procedimento de bioplastia de glúteos, introduzindo 300 ml da substância PMMA através de procedimento invasivo, quando a recomendação é de uso em pequenas doses e com restrições, criou o risco proibido, previsível ao denunciado na sua condição de médico, risco esse incrementado uma vez que a intervenção foi realizada em um apartamento, provisória e precariamente adaptado para o atendimento de pacientes, assumindo destarte o risco do resultado decorrente de sua conduta, qual seja, a morte da vítima", diz um trecho da denúncia.

Pelo relatado, os denunciados estão incursos nas sanções do art. 121, § 2º, inciso I, do Código Penal - matar alguém mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. A pena prevista é de doze a trinta anos de reclusão, caso reconhecido o dolo eventual e os denunciados sejam condenados pelo I Tribunal do Júri da Comarca da Capital.

Presa temporariamente por 30 dias sob suspeita de envolvimento no procedimento médico que causou a morte da bancária Lilian Calixto, Renata Fernandes Cirne, de 19 anos, namorada do médico Denis Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, foi transferida de penitenciária nesta sexta-feira, 27, porque comprovou estar grávida.

Detida no dia 17, Renata informou no início desta semana à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) que está grávida. Submetida a exame que confirmou a gravidez, a namorada do Doutor Bumbum foi transferida da Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza para o Presídio Talavera Bruce. Ambas ficam no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, mas a Talavera Bruce tem uma ala específica para detentas grávidas.

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Renata, Furtado e a sua mãe, a médica Maria de Fátima, estão presos sob a acusação de envolvimento no procedimento que matou a bancária. A causa da morte ainda está sob investigação, mas Lilian se submeteu a um procedimento estético considerado proibido no apartamento de Furtado.

 

O médico Denis César Barros Furtado, o Dr Bumbum, trabalhou no Palácio do Planalto durante o governo do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008. A passagem pelo Planalto foi rápida, apenas um mês, de setembro a outubro de 2008, mas neste período ele já costumava falar de sua especialidade e oferecer realização de procedimentos estéticos a quem foi atendido, criando queixas entre pacientes, conforme apurou o O Estado de S. Paulo.

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O Planalto confirma que Furtado trabalhou na Presidência da República, mas "não integrou o quadro" da Coordenação de Saúde.

A assessoria não informou, no entanto, se chegou a ser instaurada alguma investigação para apurar o comportamento do médico. De acordo com dois servidores, a insistência do médico em falar sobre questões estéticas e principalmente em fazer exames mais detalhados nas pacientes causou estranheza.

Furtado foi preso na quinta-feira da semana passada, juntamente com a mãe, Maria de Fátima Barros. Ele é investigado pela morte de uma de suas pacientes, a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, após um procedimento estético de preenchimento dos glúteos, realizado em seu apartamento, no Rio.

O "Dr Bumbum" estava trabalhando como médico temporário no Exército, em Brasília, quando foi designado para prestar serviços na Coordenação de Saúde da Presidência da República. Na época, havia carência de médicos para atender os servidores e seus familiares e ele, apesar de ser temporário e não de carreira, foi reforçar o quadro. Furtado foi designado para trabalhar no pronto-atendimento do serviço médico do Planalto. Ele acabou devolvido ao Exército, sem que houvesse prorrogação do seu prazo de permanência na Presidência.

Outro caso. Furtado trabalhou também no Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB). Por causa de queixas sobre seu comportamento, não teve o contrato prorrogado. Como temporário, ele poderia ter ficado no Exército por pelo menos mais três anos.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, Furtado é "ex-militar temporário, ingressou no Exército em 23 de junho de 2008 e foi licenciado por término de prorrogação de tempo de serviço em 31 de agosto de 2013". Ainda conforme o Exército "a partir daquela data, foram encerrados todos os vínculos com o Exército Brasileiro, passando para reserva não remunerada".

Quando era do serviço ativo do Exército, o Dr Bumbum, além do Hospital Militar, serviu no Hospital das Forças Armadas e no Posto Médico da Prefeitura Militar de Brasília.

No Rio, mais uma morte sob suspeita

Além do caso de Lilian Calixto, paciente do Dr. Bumbum, e da modelo Mayara Santos, a polícia apura uma terceira morte em oito dias envolvendo procedimentos estéticos. Adriana Ferreira, professora de 41 anos, morreu no dia 23, uma semana após implantar gordura nos glúteos com a médica Geysa Corrêa em uma clínica de Niterói. A defesa de Geysa nega ligação entre a morte e o implante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A dentista Danielle Menezes, de 38 anos, fez um procedimento com o médico Denis Cesar Barros Furtado, o Dr. Bumbum, preso nesta quinta-feira (19) junto à sua mãe, a médica Maria de Fátima. Ambos são acusados pelo homicídio de Lilian Calixto, de 46 anos, que teria se submetido a um procedimento estético com um polímero contraindicado, o PMMA, no fim de semana.

Danielle teve problemas após a intervenção cirúrgica. "Fiz um procedimento com ele há uns dois anos, conheci por indicação de uma amiga, uma semana depois, entrei em contato para saber como funcionava. Falei com a Renata, a secretária, namorada dele, e ela pediu foto do meu bumbum para fazer uma avaliação, por WhatsApp mesmo, e passar o valor. Mandei a foto às 18 horas e na manhã seguinte, às 8 horas, ela me respondeu".

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"Eu não sabia como funcionava ou sobre esse tipo de silicone para o bumbum. Foi uma loucura da minha cabeça. Meu marido não sabia, ficou sabendo só depois. Perguntei para ele (Denis) como iria fazer, onde ficava a clínica, essas coisas. Ele me disse que atendia em vários lugares, que atendia em São Paulo, no Espírito Santo, em qualquer lugar. Perguntei se ele fazia em casa, e ele me disse que poderia ir, se eu pagasse por isso", contou.

"Fiz o procedimento na minha casa, ele cobrou até mais caro por isso. Gastei na faixa de R$ 24 mil. Foi ele, a Renata e uma outra moça, que eu não sei quem é. Não levaram equipamento nenhum, e eu achei estranho. Eles chegaram com uma bolsa grande e uns negócios dentro de um saco. Eu deitei na minha cama, e foi tudo feito na minha cama mesmo. Ele me mandou comprar uma cinta, disse para eu ficar 24 horas sem banho, sem poder sentar... Foi isso que ele me orientou a fazer", disse.

"Ele não me deu recibo, nada. Eu paguei para ele e ele não me deu nenhum comprovante. Quando eu o procurei para reclamar - porque teve uma época que ficou muito sensível e eu não podia encostar em nada -, ele me ameaçou. Aí eu fiquei com medo, meu ex-marido ficou com medo, e a gente resolveu deixar para lá".

"Fui prejudicada. Acabou meu casamento, perdi várias coisas por causa disso. Não vou à praia, não vou à piscina do meu condomínio, nada do que eu coloco fica bonito, a roupa fica horrível. Já fui a vários médicos para poder tirar e ninguém quer colocar a mão. Fui numa médica, ela pediu ressonância, um monte de coisa, mas ninguém quer colocar a mão. Está horrível, como se estivesse apodrecendo. Sinto uma dor insuportável, parece que está descendo para as pernas. É horrível".

"Nunca tive coragem de falar nada, porque eu menti para a minha família na época. Para as minhas amigas, eu falava que tinha colocado silicone e dado rejeição, porque eu tinha vergonha de falar a verdade".

"Ele falou que tinha usado o PMMA, mas a última médica que fui falou que deve ter usado silicone industrial, pelo jeito que está. Ela disse que, mesmo se ele tivesse usado o PMMA, não teria ficado assim".

"Não estou fazendo nenhum tratamento, não tenho mais dinheiro. Eu me separei, fui embora com a minha filha. Isso estragou a minha vida. Voltei agora a trabalhar e estou tentando refazer a minha vida".

"Estou vendo agora com outro médico, se ele consegue me ajudar. Eu quero tirar isso. Estou com problema de respiração, porque fico muito cansada. Tomara que a justiça seja feita. O que aconteceu com aquela menina (Lilian Calixto) não pode ficar assim", finalizou a dentista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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