Tópicos | empregadas domésticas

Adriana Sant'Anna fez um discurso bastante problemático recentemente. Em seus Stories do Instagram, a influenciadora demonstrou sua frustração em não conseguir encontrar uma empregada doméstica que atenda aos seus requisitos, já que agora está morando nos Estados Unidos.

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- Muito sério isso. Tá me tirando o sono. Eu tenho rezado, pedindo a Deus, às minhas amigas... Está todo mundo atrás de alguém para mim e não tem. A galera aqui gosta muito de trabalhar em vários [empregos] e ganhar por hora de trabalho, e eu quero alguém para poder ficar aqui o tempo todo, fazendo tudo para mim, e não acho.

A ex-BBB afirmou que não consegue trabalhar por ter que se responsabilizar pelos afazeres da casa.

- Eu já recebi umas três indicações e liguei. Ah, então, eu precisava disso, disso e disso. Ah, então, mas essa parte eu não faço. Ai, gente, eu preciso trabalhar. Essas coisas que eu tenho que ficar fazendo, não dá, porque eu não consigo trabalhar. Por isso que vocês não estão me vendo. [Tenho que] colocar a roupa para lavar, passar, arrumar, organizar, tirar a bagunça, pegar roupa suja de criança...

Ela, então, reclama do valor estipulado pelas funcionárias do lar.

- E pior que está todo mundo assim. Não tem gente aqui para poder trabalhar. Vou aproveitar e fazer uma ressalva: a gente no Brasil estava feito! Feito! Uma pessoa que estava lá com a gente fazia tudo. Aqui? Ah, para passar? É 25 dólares a hora a mais. Ah, para dobrar? 25 dólares. Ah, para poder esticar o braço aqui? Mais dez dólares. É assim! Assim! Então você que tem alguém no Brasil, ajoelha e agradeça a Jesus, porque aqui nos Estados Unidos é diferente, é desse jeito que funciona. Quando eu cheguei eu fiquei louca, louca!

As declarações de Adriana, no entanto, não foram bem aceitas na internet. No Twitter, diversas pessoas apontaram os motivos da fala da influencer ser prejudicial.

A Adriana Santana reclamando que não encontra empregada doméstica que faça tudo nos Estados Unidos é um excelente episódio para refletir sobre o papel de mulheres brancas na exploração de mulheres racializadas nessa máquina de moer gente que é o capitalismo., argumentou uma usuária.

Mesmo com as críticas, Adriana comemorou o engajamento que recebeu em seu Instagram - e aproveitou a polêmica para vender o seu curso.

- Nós temos um tráfego orgânico chegando, uma galera nova chegando... Sejam muito bem-vindas!, afirmou nos Stories.

Depois, a influenciadora publicou uma foto ao lado do marido, Rodrigão.

Comemorando! Mais de 50 mil inscritos somente hoje!, escreveu.

Resposta

Embora não tenha falado sobre o caso em suas redes, Adriana Sant‘Anna deixou um comentário sobre o assunto no perfil de uma outra influencer. Na ocasião, a cozinheira Vivi Araújo apontou que Adriana estava em busca de uma escrava, o que foi negado pela empresária.

Olá, Vivi! Tudo bem? Vi seu post e muito me assustou a forma como imputou um crime e ainda retirou do contexto! Em momento algum pedi uma escrava, pelo contrário, eu solicitava um anjo para cuidar de tudo! Relatei claramente que para o meu estilo de vida não é interessante pagar 25 dólares a HORA somente para passar roupa... Até porque o salário que estou oferecendo é de cinco mil dólares para trabalhar de segunda à sexta das 08h às 15h, e que se inclusive calcular, verá que é muito mais do que 25 dólares a hora. Meu único pedido era para ter apenas uma única pessoa. Infelizmente, é isso que vem acontecendo na internet... uma pessoa vê um vídeo como o seu, completamente fora de contexto, não sabe o que se passa e causa um discurso de ódio! Desejo o melhor para você!

O Projeto de Lei 3977/20 permite deduzir do Imposto de Renda os salários pagos a trabalhadores domésticos dispensados do cumprimento de jornada, durante a pandemia de Covid-19.

Pelo texto, a comprovação do pagamento pelos empregadores se dará por meio da apresentação de recibos e da homologação do acordo junto ao sindicato da categoria. A mesma regra de aplicará ao serviço prestado no sistema de diárias.

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A proposta tramita na Câmara dos Deputados e foi apresentada pelos deputados Helder Salomão (PT-ES) e Benedita da Silva (PT-RJ). Eles argumentam que as empregadas domésticas foram muito impactadas pela crise decorrente da pandemia.

“Ou porque tiveram seus contratos de trabalho suspensos ou porque foram obrigadas a trabalhar para não terem seus vencimentos suspensos, sob risco de contrair a enfermidade, pois o uso de transporte público aumenta consideravelmente o risco de contaminação”, afirmam, no texto que acompanha o projeto.

Os deputados acrescentam ainda que muitas trabalhadoras domésticas convivem com as comorbidades críticas para a Covid-19, como diabetes e hipertensão. Por isso, eles sugerem “uma saída” que seria a continuidade do pagamento das diárias e dos salários com desconto no Imposto de Renda devido.

Da Agência Câmara

Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), por meio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLC), mostra modalidades de consumo cultural entre empregadas domésticas, as definindo por perfis. O estudo – que tem como realizadora a antropóloga Renata Mourão Macedo – também detalha os contextos socioeconômicos nos quais elas se movem e a possível atitude reflexiva provocada pelos produtos culturais.

“Românticas”, “descoladas” e “evangélicas”. Esses são os perfis definidos pela antropóloga. Renata também informa que é possível identificar um acesso maior a determinadas práticas, como viagens e cinema, por parte das empregadas. “Na prática, as diferenças culturais internas ao grupo pesquisado ainda são pequenas, já que mesmo as trabalhadoras com ensino médio completo apresentam um grande distanciamento em relação a qualquer produto da cultura dominante, como literatura, cinema de autor, músicos mais ‘sofisticados’, etc”, explica Renata, conforme informações da USP.

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Detalhamento dos perfis

De acordo com o estudo, empregadas domésticas classificadas como “românticas” são as mulheres que preferem bens culturais associados ao âmbito feminino e popular. “Ouvir músicas românticas, assistir a telenovelas açucaradas ou acompanhar no rádio programas de cartas são preferências comuns. Assim, ser fã do cantor Amado Batista e do radialista Eli Correa [do programa “A Hora da Saudade”, na rádio Capital AM, em São Paulo] seriam emblemáticos desse perfil”, explica a antropóloga, em depoimento à USP.

Outro perfil traçado é o “descoladas”. São consideradas assim as trabalhadoras que, como a maioria das pessoas de classes médias e altas, não querem se associar aos bens característicos do perfil das “românticas”. Segundo Renata, mesmo existindo gostos em comum entre os dois perfis, como assistir telenovelas e programas de auditório, as “descoladas” agregam às suas preferências músicas do contexto pop internacional ou seriados norte-americanos.

Trabalhadoras muito dedicadas à vida religiosa. Assim são definidas as empregadas domésticas “evangélicas”. “Participaram da pesquisa algumas trabalhadoras ligadas às religiões pentecostais (como Assembleia de Deus) que não assistiam ou ouviam qualquer programa profano, nem no rádio nem na televisão”, aponta a antropóloga. “Ao contrário, suas preferências culturais eram exclusivamente cantores gospel, programas religiosos e a leitura da Bíblia”, explica a antropóloga, de acordo com a USP. 

Brasília – A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reiterou na semana passada a posição do Governo Federal em relação à manutenção da multa rescisória de 40% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de demissão sem justa causa de trabalhadores domésticos. Segundo ela, a proposta de regulamentação enviada pela presidenta Dilma Rousseff ao Congresso Nacional é clara.

"O governo mandou uma proposta clara de garantia dos direitos que foram estendidos aos trabalhadores domésticos. Nós entendemos que a multa deve ser paga quando devida e deve ser recebida também quando devida. Mantemos essa posição enviada pela presidenta Dilma", disse, ao participar de solenidade de entrega de equipamentos do Programa Crack, É Possível Vencer ao governo do Distrito Federal.

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O relator da Lei das Domésticas no Congresso Nacional, senador Romero Jucá (PMDB-RR) decidiu alterar o texto do projeto de lei que regulamenta o trabalho doméstico, incluindo na matéria um dispositivo para bloquear, em caso de demissão por atos criminosos, o saque da indenização de 40% a que o trabalhador tem direito.

A minuta do projeto de lei para regulamentar a emenda constitucional, apresentada por Jucá na quarta-feira também previa a extinção do pagamento da multa pelo patrão, quando a demissão ocorresse sem justa causa, como forma de evitar oneração excessiva dos empregadores. Como alternativa, para garantir a indenização em caso de demissão, Jucá propôs o aumento da contribuição patronal ao FGTS de 8% para 11% do valor do salário. Os 3% excedentes serviriam para custear uma reserva que poderia ser sacada pelo trabalhador quando pedisse demissão ou em caso de dispensa sem justa causa.

Ainda durante o evento, a ministra Gleisi Hoffmann comentou a aprovação na Câmara do projeto de lei que modifica o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Sinad). Segundo ela, ainda é cedo para avaliar o projeto, que prevê aumento da pena para o tráfico de cinco para oito anos e a possibilidade de internação involuntária de usuários, a pedido de parentes e de agentes públicos.

"Ainda é cedo para fazer uma avaliação porque o projeto passará por uma segunda votação na Câmara, que é a análise dos destaque. Nós não recebemos ainda o conteúdo do projeto e não sabemos qual será sua finalização. Então, só vamos nos manifestar após a finalização da votação”, comentou.

Ela lembrou que o Ministério da Justiça já marcou a posição o governo acerca da questão, manifestando-se favoravelmente ao aumento da pena para traficantes. “O ministério já formalizou e comunicou isso ao relator do projeto, deixando claro o posicionamento do governo”, disse.

A ministra também comentou os esforços para a criação do marco regulatório para o setor de mineração, garantindo que o projeto “avançou bastante” e está em fase final de elaboração. Ela ressaltou, no entanto, que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, é quem está coordenando a matéria. O tema foi discutido ontem (23) no Senado.

O tempo não apagou a importância de profissionais que atuam em muitos lares brasileiros. Não é de hoje que as empregadas domésticas são figuras importantes que mantém organizadas as casas ou empresas da sociedade. Neste sábado (27), é comemorado o Dia da Empregada Doméstica, e, em 2013, há um motivo especial para festejar, uma vez que neste ano foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das domésticas.

De acordo com a cartilha “Trabalho Doméstico”, divulgada recentemente Ministério do Trabalho e Emprego, considera-se empregado doméstico o trabalhador maior de 18 anos que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas.

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Segundo o documento, o que diferencia o emprego doméstico é o caráter não econômico da atividade desempenhada no âmbito residencial do empregador. Fazem parte da categoria empregados, cozinheiros, governantas, babás, lavadeiras, faxineiros, vigias, motoristas particulares, jardineiros, acompanhantes de idosos, entre outras. Ainda de acordo com a cartilha, o caseiro é considerado trabalhador doméstico quando o sítio ou local onde exerce a sua atividade não possui finalidade lucrativa.





A nova PEC das domésticas, aprovada recentemente pelo Congresso Federal, gerou mudanças nas leis trabalhistas, aprovou direitos para trabalhadores, mas também elevou a exigência dos empregadores quanto ao nível de qualificação destes profissionais. Pensando nisso, a empresa pernambucana especializada em serviços domésticos, Maria Faz Tudo, está oferecendo vagas para curso comportamental.

Durante a capacitação, as empregadas domésticas aprenderão a ter um melhor comportamento nas relações de trabalho, como cumprimento das atividades diárias e dos horários indicados, etiqueta básica e interpelações pessoais.

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As profissionais que tiverem interesse em participar, ainda podem se inscrever. O treinamento oferece 20 vagas e acontece nesta sexta-feira (19). As inscrições devem ser realizadas na própria empresa.No ato da inscrição, serão exigidos RG, CPF, comprovante de residência e referências pessoais, além de antecedentes criminais. Até o início de maio, a Maria Faz Tudo oferecerá também vagas para cursos e treinamentos de Formação Básica da Domésticas e para Babás.





A nova situação empregatícia das empregadas domésticas está gerando muita discussão na sociedade. Para quem quer se informar sobre a lei, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) sediará, na próxima quarta-feira (17), o “Ciclo de Debates sobre o Novo Emprego Doméstico”. A ação reunirá especialistas da área e autoridades, e terá como tema central o “Novo Emprego Doméstico numa Perspectiva Prática”.

O encontro será realizado nos horário das 9h às 12h, e à noite, das 19h às 21h30, no auditório G1. A Unicap fica na Rua do Príncipe, 526, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Os participantes devem levar um quilo de alimento não perecível. As doações serão entregues a pessoas vítimas da seca.

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Quem participar do evento terá certificado com seis horas de atividade complementar. Outros detalhes informativos sobre sobre o ciclo de debates podem ser obtidos pelo telefone (81) 2119-4177.

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