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Os ministros da Justiça, Sergio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chegaram neste domingo, 13, no Palácio da Alvorada para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, após a detenção pela Interpol, na Bolívia, do italiano foragido do País Cesare Battisti - ele tem mandado de extradição a pedido da Itália.

O governo brasileiro negocia com a Bolívia como cumprir a extradição e entregar Battisti às autoridades italianas. É possível, porém, que Battisti seja levado pela Interpol direto da Bolívia para a Itália.

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"Diante da detenção de Cesare Battisti pela Interpol, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério das Relações Exteriores estão tomando todas as providências necessárias, em cooperação com o governo da Bolívia e com o governo da Itália, para cumprir a extradição de Battisti e entregá-lo às autoridades italianas", afirmou o governo Jair Bolsonaro, em nota conjunta dos ministérios.

Condenado na Itália à prisão perpétua por assassinatos que ele nega participação, Battisti havia ganhado o direito de permanecer no Brasil no governo Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente Michel Temer, no fim do mandato, decidira revogar o refúgio e extraditar o italiano, que era militante de extrema esquerda. O Supremo Tribunal Federal determinou a prisão dele em dezembro do ano passado, mas a Polícia Federal não conseguiu evitar a fuga.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou a nomeação do embaixador Mário Vilalva como novo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), na noite desta quinta-feira, 10. Após impasse que se estendeu ao longo do dia, Vilalva substituirá oficialmente Alecxandro Carreiro, que foi demitido na quarta-feira, 9, mas se recusava a deixar a função até uma decisão do Presidente da República.

Em nota, o Palácio do Planalto confirmou a nomeação de Vilalva na noite desta quinta. Na sequência, pelo Twitter, Bolsonaro publicou foto ao lado de Vilalva e Araújo. A foto foi tirada após reunião entre os três no Palácio do Planalto, que circulava pelo Whatsapp desde o final da tarde. "Recebi hoje o embaixador Mário Vilalva, indicado pelo Chanceler Ernesto Araújo para o cargo de Presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX). Boa noite a todos!", escreveu Bolsonaro na rede social.

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Com a publicação, o presidente buscou colocar fim ao impasse que durava desde ontem sobre como ficaria o comando da Apex e até mesmo do Ministério de Relações Exteriores.

Imbróglio

A escolha de Vilalva para o cargo foi anunciada ontem pelo ministro Ernesto Araújo. Pelo Twitter, ele disse que Carreiro pediu "o encerramento de suas funções como presidente da Apex". No mesmo tuíte, Araújo disse que tinha indicado o embaixador Mário Vilalva a Bolsonaro.

Interlocutores de Carreiro, no entanto, alegaram que não foi isso que ocorreu. Carreiro teria se reunido com Araújo para reclamar de outra indicação de Bolsonaro para a agência, a diretora de Negócios Letícia Catel, que atuou como assessora durante a transição.

De acordo com fontes, Letícia, que é próxima de Araújo, não gostou de Carreiro ter exonerado 18 pessoas em menos de uma semana no governo e queria reverter as exonerações. Na reunião, Araújo sugeriu que Carreiro pedisse demissão, mas ele se negou. Ao sair do encontro, o chanceler publicou o tuíte. Carreiro viu nisso uma tentativa de criar um "fato consumado" e forçá-lo a sair do cargo.

Contrariado, Carreiro despachou normalmente no prédio do órgão nesta quinta-feira. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, ele não aceitava ser demitido por Araújo e decidiu continuar atuando até a exoneração ser confirmada por Bolsonaro.

Mais cedo, a Apex confirmou, em nota, que Carreiro "nomeado para o cargo pelo presidente da República", cumpriu expediente normal na agência hoje, "tendo efetuado despachos internos e recebido para audiências autoridades de Estado". A agência, no entanto, não informou quem foram as autoridades recebidas pelo presidente.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o novo embaraço na Apex, envolvendo Carreiro, iniciou especulações na agência de que o próximo a ser substituído seria o próprio Ernesto. Sua participação em reuniões com Bolsonaro na tarde de hoje, no entanto, já sinalizava o apoio do presidente ao ministro e que ele permaneceria na função normalmente.

Desde o anúncio da demissão, Carreiro mostrou a deputados do PSL, com quem já trabalhou, troca de mensagens pelo WhatsApp que comprovariam que ele não pediu para sair como informou o ministro nas suas redes sociais, mas foi forçado a deixar o cargo na Apex.

Hoje, Carreiro também procurou interlocutores no Palácio do Planalto para apresentar sua versão, mas não foi recebido pelo presidente da República. Ernesto Araújo, por sua vez, teve uma reunião com o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional, GSI) logo no início da manhã.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, iniciou, nesta sexta-feira (4), a sua participação na reunião de chanceleres do Grupo de Lima para discutir a situação na Venezuela. É o primeiro teste da nova diplomacia brasileira adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, mais crítica ao regime de Nicolás Maduro e alinhada ao pensamento do presidente americano Donald Trump.

Antes da reunião, Araújo participou de uma reunião na residência do embaixador chileno em Lima que reuniu com outros cinco ministros das Relações Exteriores do continente. Segundo a reportagem apurou, foi discutida a situação da Nicarágua e tudo relacionado à Unasul. O Grupo de Lima se encontra no Palácio de Tagle, em Lima. Ao todo, se reúnam chanceleres e representantes dos quatorze países do continente que compõem o Grupo Lima, incluindo Argentina, Colômbia, Chile e México.

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"Nós admiramos aqueles que lutam contra a tirania da Venezuela e de outros lugares", disse Araújo ao tomar posse como chanceler na quarta-feira.

Maduro será reconduzido ao cargo de presidente da Venezuela em 10 de janeiro depois de vencer as últimas eleições. O encontro acontece no momento em que chanceleres da América Latina discutem a crise política, econômica e humanitária que a Venezuela enfrenta. Araújo atribui a crise à ruptura da ordem democrática naquele país.

Além disso, prevê-se a discussão de medidas de coordenação regionais para tentar restaurar a democracia na Venezuela, segundo uma fonte da embaixada brasileira. E, também, para tratar a onda migratória de cidadãos venezuelanos a outros países da região.

Espera-se que os ministros das Relações Exteriores e representantes dos países do Grupo de Lima emitiram uma declaração conjunta após o encontro.

Grupo de Lima

O Grupo Lima, criado por iniciativa peruana é composta por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, depois da posse, no dia 1º de janeiro, já planejou uma reunião com autoridades norte-americanas, lideradas pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo. O futuro chanceler Ernesto Araújo estará presente. A confirmação é do governo norte-americano. Os detalhes ainda não foram divulgados.

O Departamento de Estado norte-americano informou que a intenção dos Estados Unidos é reafirmar “a forte parceria” com o Brasil “na promoção da prosperidade, segurança, educação e democracia”.

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O primeiro contato com os americanos ocorreu há pouco menos de um mês, quando o secretário de Segurança dos Estados Unidos, John Bolton, visitou Bolsonaro no Rio de Janeiro, antes de prosseguir a viagem para Buenos Aires, onde participou da Cúpula dos Líderes do G20.

No encontro, o presidente eleito e o secretário norte-americano discutiram a situação da Venezuela e a possibilidade de transferir a Embaixada do Brasil em Israel, de TelAviv para Jerusalém.

O secretário Mike Pompeo confirmou presença na posse dia 1º. O secretário americano vai liderar a delegação presidencial de Donald Trump a Brasília, de 31 de dezembro a 2 de janeiro.

"No dia 2 de janeiro, o secretário Pompeo viajará para Cartagena, Colômbia para encontrar com o presidente colombiano Iván Duque. Ele ressaltará o apoio americano a objetivos compartilhados, como os esforços de combate às drogas, a implementação de acordos de paz, o comércio e a resposta à crise regional resultante das desastrosas políticas do regime de Maduro na Venezuela", diz o comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

O futuro chanceler, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo, 23, que nenhum integrante do governo da Nicarágua participará da posse de Jair Bolsonaro como presidente da República no próximo dia 1º de janeiro.

Por meio de sua conta no Twitter, Araújo disse que a posse do futuro mandatário "marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade". "Com esse propósito e frente às violações do regime Daniel Ortega contra a liberdade do povo da Nicarágua, nenhum representante desse regime será recebido no evento do dia 1º", continua a mensagem.

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Este é o terceiro país vetado de ter representantes na posse. Na semana passada, Bolsonaro afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não seriam convidados para o evento por "serem ditadores".

A pedido da equipe de Bolsonaro, o Itamaraty teve que enviar comunicados aos governos dos dois países os desconvidando de participar da cerimônia de posse. Inicialmente, a diplomacia brasileira havia convidado todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, razão pela qual o convite foi feito.

O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo (16) que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não foi convidado para a posse de Jair Bolsonaro como presidente da República, no dia 1º de janeiro, em Brasília. Na opinião de Araújo, "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia".

A declaração do futuro ministro foi dada em sua conta pessoal no Twitter. "Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse de Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela", ele escreveu.

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Durante a campanha, Bolsonaro buscou se posicionar como um opositor do governo de Maduro, principalmente em razão da histórica relação entre o chavismo e as gestões petistas. O presidente eleito costumava dizer que o Brasil não se tornaria uma Venezuela.

Quando assumir o governo, Bolsonaro terá de lidar com uma crise migratória envolvendo os dois países. Por causa crise econômica e política que vive a Venezuela, milhares de venezuelanos têm migrado para o Brasil, através do Estado de Roraima. Segundo projeção divulgada sexta-feira (14) pela ONU, o número de imigrantes venezuelanos no Brasil deve dobrar em 2019 e chegar a quase 200 mil pessoas.

O futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, disse nesta segunda-feira, 10, que o Brasil vai se desassociar do Pacto Global pela Imigração da ONU, firmado hoje em Marrakesh por 160 países. "(O acordo) é um instrumento inadequado para lidar com o problema.

"A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país", disse Araújo no Twitter. Segundo ele, a imigração "é bem-vinda, mas não pode ser indiscriminada" e deve estar "a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade".

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As declarações de Araújo vão no sentido oposto do que disse em Marrakesh o chanceler Aloysio Nunes Ferreira, que se contrapôs aos "políticos que querem restringir a imigração e atacam os órgãos multilaterais". "A lei brasileira é um desmentido claro àqueles que querem opor a soberania nacional à cooperação internacional", disse Aloysio.

Hoje, representantes de 160 países e funcionários do alto escalão da ONU se reuniram em Marrakesh para adotar o Pacto Global pela Imigração. O evento teve a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, e da chanceler alemã, Angela Merkel, que foi ovacionada após fazer discurso favorável à imigração.

Sem a presença dos EUA, que abandonaram as negociações em dezembro de 2017, as nações concordaram que é preciso promover a imigração segura para pessoas que saíram de seus países por problemas de guerra, por necessidades econômicas ou por mudanças climáticas.

O pacto tem oposição de políticos que defendem fronteiras mais seguras e argumentam que o acordo favorece o fluxo de imigrantes. "Já havíamos dito que a imigração não é um direito humano. Os países têm o direito de determinar a entrada de estrangeiros", disse o representante do governo do presidente chileno Sebastián Piñera. (Com Lu Aiko Motta)

A estrutura do Itamaraty precisa mudar para facilitar as relações bilaterais que pautarão a política externa do governo de Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita pelo futuro chanceler, Ernesto Araújo, em reunião do Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos, segundo relatos de participantes. Ele afirmou ainda que "o céu é o limite" no futuro da relação entre os dois países e que seria "fundamental" obter apoio dos americanos para o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O governo americano estava representado por Landon Loomis, assessor especial do gabinete do vice-presidente.

A reunião foi marcada pelo otimismo do empresariado dos dois países, que esperam ver removidas barreiras aos negócios. A avaliação geral é que o comércio bilateral, da ordem de US$ 5o bilhões ao ano, não está à altura do potencial da parceria e pode ser fortemente expandido. Segundo afirmou o chanceler, o momento se apresenta como uma oportunidade para levar o relacionamento entre os dois países a níveis impensáveis.

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Araújo comentou que a relação do Brasil com os Estados Unidos tinha um "teto", por isso só foi possível até hoje concretizar 10% do desejado.

A máquina negociadora brasileira, disse o chanceler, é atrasada. Segundo ele, o Itamaraty divide os temas em áreas temáticas desconectadas umas das outras, o que dificulta o desenvolvimento das relações bilaterais - onde, no seu entender, está o dinamismo do mundo atual. Araújo prometeu mudanças. Nas relações bilaterais, disse ele, o foco estará no setor privado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O futuro ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, escreveu em artigo publicado na segunda-feira, dia 26, no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, que vai "acabar com a ideologia em política externa", e que o presidente eleito confiou a ele a missão de "libertar o Itamaraty" do "marxismo cultural".

O novo chanceler afirma que pautará sua atuação pelo combate a políticas que compactuam com o que classifica como "alarmismo climático", "pautas abortistas e anticristãs em foros multilaterais" e a "destruição da identidade dos povos por meio da imigração ilimitada".

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Araújo diz que para "extirpar das relações internacionais brasileiras a ideologia do PT", é preciso combater o "marxismo cultural", que busca controlar não mais os meios de produção material, mas de produção intelectual. "Quando me posiciono contra a ideologia de gênero, contra o materialismo, contra o cerceamento da liberdade de pensar e falar, você me chama de maluco. Mas se isso não é o marxismo, com estes e outros de seus muitos desdobramentos, então qual é a ideologia que você quer extirpar da política externa?", pergunta ao leitor.

'Torre de marfim'

No começo do texto, Araújo diz que "parte da imprensa e dos colegas diplomatas" esperava que Bolsonaro escolhesse um chanceler que mantivesse a política externa em uma torre de marfim, "sob a desculpa de que a política externa é algo demasiado técnico para ser entendido por um simples presidente da República, muito menos por seus eleitores". Alguém que "saísse pelo mundo pedindo desculpas", alguém responsável por "frear o ímpeto de regeneração nacional".

Para o futuro chanceler, no entanto, a nova política externa precisa traduzir a "sagrada voz do povo", entendida como a voz do presidente eleito. Essa voz, segundo Araújo, deve ser autêntica e não "dublada no idioma da ONU, onde é impossível traduzir palavras como amor, fé e patriotismo".

Adotando o discurso "antiglobalista", Araújo diz que "em uma democracia, a vontade do povo deve penetrar em todas as políticas", mas que a "mídia" e a burocracia globalista "que gostam tanto de falar em democracia, não sabem disso. Perguntam-se, assustadas: 'O que vão pensar de mim os funcionários da ONU, o que vai dizer de mim o New York Times, o que vai dizer The Guardian, Le Monde?'", escreveu o embaixador.

O futuro ministro defende que o País precisa de "alguém que entenda de ideologia" para acabar com ela no Itamaraty, ao reconhecer suas "causas, manifestações, estratégias e disfarces". "Vencida na economia, a ideologia marxista, nas últimas décadas, penetrou insidiosamente na cultura e no comportamento, nas relações internacionais, na família e em toda parte", afirma. "Se você repudia a 'ideologia do PT', mas não sabe o que ela é, desculpe, mas você não está capacitado para combatê-la e retirá-la do Itamaraty ou de onde quer que seja. Ao contrário, você está ajudando a perpetuá-la sob novas formas."

Por fim, Araújo diz que estudou os intelectuais marxistas para poder combatê-los. Segundo ele, não basta dizer "não existe mais ideologia no Itamaraty". "Ou basta pronunciar 'pragmatismo' como uma palavra mágica que se instalará sozinha? Gramsci, Lukács, Kojève, Adorno, Marcuse estão rindo da sua cara. Ou melhor, não estão rindo, porque marxista não tem senso de humor", finaliza Araújo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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