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Aos 54 anos de idade, Jennifer Aniston revelou ter uma rotina rigorosa de cuidados com a pele. Entre muitos produtos renomados, a atriz contou, em entrevista à WSJ, a recomendação mais inusitada que já recebeu de uma esteticista. A profissional instruiu Jennifer a usar esperma de salmão no rosto!

- Primeiro eu disse, você está falando sério? Onde eu vou encontrar esperma de salmão?, relatou a estrela de Friends.

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Apesar de realizado o tratamento, a artista confessou que não tem certeza sobre os resultados do esperma na pele. Além disso, para complementar sua rotina de cuidados, a atriz revelou fazer aplicações de peptídeos com injeções semanais, e ainda disse que esse é seu principal segredo de beleza contra o envelhecimento da pele.

Além disso, em entrevista ao Wall Street Journal, a eterna Rachel de Friends abriu seu coração sobre sua vida amorosa e a influência que o relacionamento de seus pais teve em sua vida. Seu pai, John Aniston, e sua mãe, Nancy Dow, se casaram em 1965, mas o relacionamento do casal terminou quando Jennifer tinha apenas nove anos de idade.

Vale pontuar que a atriz de 54 anos de idade já foi casada duas vezes; primeiro com Brad Pitt de 2000 a 2005 e depois com Justin Theroux de 2015 a 2018. Hoje em dia, a estrela está focada em garantir que ela não sacrifique seus próprios desejos para agradar outra pessoa.

- Meus pais, observando o relacionamento da minha família, não me fizeram pensar. Oh, mal posso esperar para fazer isso, disse ela, referindo-se a casar.

A infecção por Covid-19 pode afetar a fertilidade durante semanas após a recuperação do vírus, de acordo com um novo estudo que avaliou a qualidade do esperma em pacientes belgas que sofreram infecções sintomáticas por coronavírus. Amostras de sêmen de 35 homens colhidas um mês após a recuperação mostraram uma queda de 60% na capacidade de movimento (motilidade) dos espermatozoides e uma redução de 37% na contagem de espermatozoides.

O estudo, publicado na segunda-feira (20) no jornal Fertility and Sterility, coletou amostras de 120 homens na Bélgica com idade média de 35 anos e 52 dias após o desaparecimento dos sintomas da Covid. A pesquisa foi autorizada pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e financiada pela Femicare Vereniging zonder Winstoogmerk e AML, instituições belgas sem fins lucrativos e voltadas à pesquisa na área de reprodução.

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Conforme o tempo desde a recuperação da doença aumentou, a qualidade do esperma também melhorou. Amostras de 51 pacientes coletadas entre um e dois meses após a recuperação mostraram que 37% tinham a motilidade espermática reduzida e 29% tinham contagens baixas de espermatozoides, caindo ainda mais para 28% e 6% após pelo menos dois meses.

Os pesquisadores também disseram que encontraram "evidências fortes" de que a Covid-19 não pode ser transmitida sexualmente por meio do sêmen depois que uma pessoa se recupera da doença.

“O tempo estimado de recuperação é de três meses, mas outros estudos de acompanhamento estão em andamento para confirmar isso e determinar se dano permanente ocorreu em uma minoria de homens”, explica um trecho da pesquisa.

Alguns vírus, como o da gripe, já são conhecidos por danificar os espermatozoides. No caso da gripe, as temperaturas corporais mais elevadas causadas pela febre são as culpadas. Com a Covid-19, os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre a presença ou gravidade da febre e a qualidade do esperma. Em vez disso, eles acreditam que a causa pode estar ligada à resposta imunológica do corpo ao vírus.

Os testes mostraram que concentrações mais altas de anticorpos específicos no soro do sangue dos pacientes estavam fortemente correlacionadas com a função reduzida do esperma, disseram os pesquisadores, o que indicou uma "causalidade imunológica, em vez de induzida por febre, da disfunção temporária do esperma".

Covid-19 e gestação

Os pesquisadores belgas por trás do estudo alertaram que mais trabalho era necessário para estabelecer se o COVID-19 poderia ou não ter um impacto de longo prazo na fertilidade.

"Casais com desejo de engravidar devem ser avisados de que a qualidade do esperma após a infecção por COVID-19 pode ser inferior ao ideal", concluíram os pesquisadores.

Pacientes com casos mais graves de COVID-19 não eram mais propensos a sofrer quedas na contagem e mobilidade de espermatozoides, disseram os pesquisadores, observando que "não encontraram diferenças" na qualidade do esperma entre aqueles que foram hospitalizados com o vírus e aqueles que permaneceram em casa com sintomas mais leves.

A covid-19 poderia alterar a qualidade do esperma de homens que desenvolvem a doença, segundo um estudo alemão que será publicado na sexta-feira (29), realizado com um pequeno número de pacientes e cujas conclusões deverão ser confirmadas por outros trabalhos.

A equipe de cientistas da Universidade Justus-Liebig (Giessen, Alemanha) analisou regularmente durante dois meses o esperma de 84 homens com menos de 40 anos infectados com o coronavírus, a maioria afetados de forma grave, e o comparou com o de outros 105 indivíduos que não se contagiaram.

Entre os doentes com a covid-19, os marcadores de inflamação e de estresse oxidativo nos espermatozoides foram duas vezes mais altos do que os do grupo de controle, segundo artigo divulgado na revista científica Reproduction.

Os autores constataram também uma concentração de espermatozoides e uma mobilização destes últimos "claramente menor", assim como muitos mais espermatozoides com uma forma alterada entre os afetados pela covid.

"Estes resultados constituem a primeira prova experimental direta de que o sistema reprodutivo masculino pode ser alvo e ser afetado pela covid-19", concluíram.

Eles destacaram, ainda, que as alterações observadas correspondem a um estado de "oligoastenoteratospermia, que é uma das causas frequentes de hipofertilidade nos homens".

Especialistas que não participaram no estudo advertem, no entanto, que são necessárias novas pesquisas para tirar conclusões.

"Os homens não devem se alarmar demais. Por enquanto, não há nenhuma prova estabelecida dos danos de longo prazo causados pela covid-19 no esperma ou na reprodução potencial masculina", disse Alison Campbell, diretora de embriologia para o grupo de clínicas especializadas Care Fertility.

Os autores afirmaram que uma hipótese é que os resultados observados se devam aos tratamentos recebidos por alguns pacientes, particularmente os corticosteroides, os antivirais e os antirretrovirais, pois alguns estudos já destacaram um impacto negativo dos mesmos na qualidade do esperma.

Quarenta e quatro por centro dos participantes do grupo covid receberam como tratamento corticosteroides e 69%, antivirais.

Independentemente da ação do coronavírus, "já sabemos que a febre pode ter um impacto negativo na produção de esperma, qualquer que seja a doença que a causa", diz Allan Pacey, especialista de fertilidade masculina da Universidade de Sheffield (Reino Unido).

Uma jovem identificada como Ayla Cresswell, de 25 anos, conseguiu uma ordem judicial para a coleta do esperma de seu, então, namorado, Joshua Davies. O jovem se matou em 2016, estando a coleta armazenada numa clínica desde esse ano.

Com a ajuda da família do rapaz, Ayla conquistou na justiça o direito de usar o esperma dele. De acordo com a juíza que tratou o caso, depoimentos deram confiança que o bebê (que ainda será gerado) será amado e cuidado. A decisão foi tomada pela Suprema Corte do estado australiano de Queensland.

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Segundo informações repassadas ao Extra, a magistrada ressaltou que a forma como o esperma foi colhido o torna apto a ser utilizado em tratamentos de reprodução e que os médicos o fizeram em nome da Ayla Cresswell, que arcou com todos os custos para a preservação do sêmen.

 

Os homens expostos à poluição do ar por partículas finas correm o risco de ter um esperma menor e de formato anormal, disse um estudo nesta quarta-feira, advertindo que isso "pode ​​resultar em um número significativo de casais com infertilidade".

Uma análise de dados de 2001-2014 de mais de 6.400 homens taiwaneses com entre 15 e 49 anos encontrou "uma associação sólida", disse o estudo, entre um declínio no esperma "normal" e a exposição às partículas PM2.5 (com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro).

A associação foi observada para a exposição de curto prazo, de três meses, e para a exposição de longo prazo, de dois anos, de acordo com os resultados do estudo, publicado na revista médica Occupational & Environmental Medicine.

A equipe de pesquisa disse que cada aumento de cinco microgramas por metro cúbico de ar (5 μg/m3) nos níveis de PM 2,5 no período médio de dois anos foi associado a uma "queda significativa" de 1,29% na morfologia normal dos espermatozoides. A exposição à poluição foi medida no endereço residencial de cada participante usando dados de satélite da Nasa.

Paradoxalmente, os cientistas também encontraram uma associação entre o aumento da concentração dos espermatozoides e o aumento do nível de partículas finas, "possivelmente um mecanismo compensatório", descobriram os pesquisadores. Uma correlação semelhante foi observada com a exposição a PM 2,5 por apenas três meses - o tempo que leva para gerar o esperma.

A equipe ressaltou que o vínculo observado é meramente "observacional", o que significa que eles não podem afirmar definitivamente que a poluição do ar foi a causa das modificações no sêmen.

"Doação de sêmen para mulheres e casais que querem engravidar de maneira sigilosa, prática e simples" é a descrição de uma página no Facebook com 1,3 mil curtidores. O serviço paralelo de venda e doação de esperma ocorre em grupos também, tanto do Facebook quanto do WhatsApp.

Segundo a página, as clínicas de fertilidade, apesar de realizar o sonho da gravidez, faz disso "um mercado caríssimo". "Como ficam as mulheres e casais que não tem condições de custear as tentativas de fertilização?", escreveu em uma publicação de 2015. 

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Em outra publicação, a própria página alerta dos riscos possíveis da doação informal. "Lembrando que a doação informal é diferente da fertilização em clínicas que seguem normas e leis. Na fertilização caseira informal, há também os riscos de saúde, por mais que você peça exames ao doador 'caseiro'. As clínicas por sua vez seguem rígidos procedimentos para garantir a eficácia e saúde da futura gravidez. Na doação informal, você precisa ter o mínimo de contato com o doador, mesmo que opte por fazer a fertilização sem contato sexual. Até para ter a garantia mínima dos aspectos físicos e de saúde do doador. Mas se você tenta engravidar transando com um e outro por aí, isso não parece ser tão importante, né?", assinala.

A página também reforça que, preferencialmente, as pessoas não vendam, mas façam a doação apenas no intuito de ajudar. Entretanto, a pessoa interessada arca com o custo da viagem do doador e outras eventuais necessidades. Em uma das publicações, uma pessoa diz que paga R$ 8 mil por um doador de classe alta. 

Um grupo fechado no Facebook tem mais de 3,7 mil pessoas. As regras desse grupo destacam mais de uma vez que se trata de doação e não venda. "Proibida a venda de sêmen ou qualquer outro serviço e afins", explicita a regra número 1.

Em vários casos da página, as pessoas interessadas dizem ser lésbicas em busca do sonho de ser mãe. Muitos outros relatos são de mulheres casadas com homens estéreis. "Até me interessei, pois também gostaria de ter um filho, mas a inseminação é absurdamente cara no Brasil... Em breve mandarei mensagem no inbox", escreve uma pessoa. "Eu e meu esposo estamos juntos há dois anos e nós somos loucos para ter um filho, mas meu esposo não tem condições", destaca outra interessada.

Já os doadores e vendedores costumam descrever suas características físicas e seu histórico distante de doenças. "Olá... sou vendedor de esperma, moro em MG, sou loiro, 1.97 de altura, loiro, olhos azuis, exames em dia, saúde também, pois prezo por uma vida saudável... Quem se interessar, me chame no privado", afirma um. "Sou doador, sou de MG e já realizei o sonho de duas mulheres que desejavam ser mães independentes com inseminação natural. Totalmente anônimo e discreto, se alguma mulher se interessar é so chamar", pontua outro. 

Perigo 

Essse tipo de inseminação caseira é peremptoriamente não recomendada pelos especialistas. Os principais riscos são o de contrair as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Além disso, a mulher pode sofrer alergias ou até mesmo um choque anafilático. 

"A inseminação artificial deve ser feita de uma forma científica e séria. O esperma, além do espermatozóide, tem várias proteínas, que precisam ser retiradas e o que se coloca dentro do útero é apenas o espermatozóide tratado", resume o ginecologista obstetra José Carlos de Lima, do Hospital Guararapes. São as proteínas contidas no sêmen que podem gerar as alergias. 

O médico conta que a lei ainda não alcançou esse tipo de situação, mas crava que a atitude se configura exercício ilegal da profissão. "É exercício ilegal da profissão porque é um procedimento médico. Qualquer pessoa que faz isso estaria promovendo o exercício ilegal e poderia ser penalizado", complementa. 

Segundo José Carlos de Lima, uma inseminação artificial custa cerca de R$ 3 mil a R$ 5 mil em clínicas por tentativa. Já a fertilização em vitro - procedimento em que se separa o espermatozóide do homem e, através de uma micropunção, coloca-o no óvulo da mulher - sai em torno de R$ 15 mil a tentativa, cuja taxa de sucesso varia entre 20% a 30%. "De fato, são procedimentos caros. O SUS precisa avançar muito em relação a isso, oferecer acesso a esse tipo de procedimento. No desespero enorme de realizar o seu sonho, a pessoa se aventura nisso com gente não habilitada e faz a inseminação em local não adequado", finaliza. 

O vírus da zika foi detectado no esperma de um francês 93 dias depois dos primeiros sintomas da infecção, ultrapassando o recorde anterior observado, de 62 dias, segundo um artigo publicado na quinta-feira na revista médica britânica The Lancet.

O homem, de 27 anos, mostrou alguns sintomas leves - fraqueza, dores musculares e conjuntivite - pouco depois de regressar de uma viagem a Tailândia, no final de 2015. O paciente, que sofre de câncer, tinha decidido congelar seu esperma antes de começar uma quimioterapia. Foi isso que levou um laboratório a realizar os testes que detectaram o zika.

Não foi encontrado nenhum vestígio do vírus na urina nem no sangue do paciente, ressaltaram os pesquisadores, entre eles Jean Michel Mansuy, do laboratório de virologia do Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, na França.

Na maioria dos casos, o vírus é transmitido por picadas de mosquito, mas o contágio também ocorre através de relações sexuais ou pelo contato com sangue infectado. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomendam atualmente que os homens infectados pelo zika não tenham relações sexuais sem proteção durante seis meses.

Para os homens cujas parceiras estejam grávidas, os CDC aconselham utilizar preservativos durante toda a gestação. O zika foi associado a malformações graves e irreversíveis, como a microcefalia, que prejudica o desenvolvimento cerebral e afeta bebês de mulheres que foram infectadas pelo zika durante a gravidez.

Os autores do artigo sugerem que, em relação à transmissão por via sexual, "as recomendações dos CDC sejam regularmente atualizadas para levar em conta a evolução da pesquisa científica sobre o zika, especialmente à luz dessa descoberta, que mostra que o vírus pode permanecer no esperma durante vários meses".

Catorze pessoas nos Estados Unidos foram infectadas pelo zika através de relações sexuais, segundo as últimas estatísticas dos CDC, divulgadas em 13 de julho. Os sintomas mais frequentes do vírus são erupções cutâneas e dores musculares e nas articulações. Em 80% dos casos, a infecção passa despercebida, e raramente é mortal.

O britânico Greg Rutherford, campeão olímpico de salto em distância, decidiu congelar seu esperma por temer o vírus zika nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

A esposa de Rutherford, Susie Verrill, disse que o casal estava cada vez mais preocupado com o vírus, transmitido pelo mosquito Aeades aegypti, e que pode acabar provocando microcefalia nos bebês.

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O vírus também pode ser transmitido por via sexual e provocar problemas neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barre, que causa paralisia e morte.

Verrill disse que o vírus da Zika teve muito peso em sua decisão de não acompanhar o marido ao Rio de Janeiro ao lado de seu filho, Milo.

"Não somos pessoas que nos preocupamos desnecessariamente, porém mais de 100 especialistas médicos aconselharam a transferência dos Jogos para evitar que a propagação da doença se tornou um grande fator para que decidíssemos ficar".

"Além disso, decidimos congelar o esperma de Greg. Gostaríamos de ter mais filhos", completou.

O ministro dos Esportes do Brasil, Leonardo Picciani, afirmou na terça-feira à AFP que é "impossível" adiar os Jogos Olímpicos e que acredita que em agosto não existirão mais casos do vírus no Rio.

"É impossível, não há a menor possibilidade" que se suspenda ou transfira os Jogos, disse Picciani. "O Brasil está seguindo todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) contra o vírus", afirmou.

"As autoridades brasileiras estão tendo sucesso nessa luta, tivemos uma redução significativa de casos. Primeiro foram registrados 4.000 casos, em maio já havia baixado para 700 e esperamos que cheguem perto de zero em agosto", estimou o ministro do governo interino de Michel Temer.

A doença provoca inquietação entre os atletas. O jogador de basquete espanhol Pau Gasol disse que considera a possibilidade de não disputar os Jogos e os golfistas Marc Leishman e Vijay Singh desistiram por este motivo.

A zika pode causar malformações congênitas, como a microcefalia, que faz com que os bebês nasçam com o cérebro e a cabeça menores que o normal. Quase 1.300 bebês nasceram no Brasil com malformações irreversíveis desde que o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, começou a transmitir o zika no ano passado.

Por que o esperma dos ratos é maior que o dos elefantes? Um estudo científico, com base em 100 espécies de mamíferos, respondeu que o tamanho do esperma é inversamente proporcional ao dos órgãos reprodutivos.

Contrariando à lógica, animais maiores têm espermatozoides menores e de qualidade inferior, embora mais abundantes. A seleção sexual e a luta pela reprodução, um dos mecanismos da seleção natural, gerou uma extraordinária diversidade de esperma. Alguns são pequenos, grandes, longos, curtos, densos e muitos mais, diz o estudo.

"Muitos pesquisadores estão tentando entender por que os espermas são tão diferentes quando todos buscam o mesmo objetivo: fertilizar os ovos de fêmeas", disse à AFP Stefan Lupold, da Universidade de Zurich-Irchel, na Suíça, co-autor do estudo.

Stefan Lupold e John Fitzpatrick, da Universidade de Estocolmo, mostram que o tamanho de um animal é o fator determinante na evolução do esperma.

Os pequenos mamíferos ficam para trás em quantidade, mas produzem esperma de alta qualidade, com uma alta taxa de sucesso - diz o estudo publicado na revista Proceedings B, uma revista da Royal Society.

Mamíferos maiores desenvolvem em contrapartida uma "estratégia de resíduos", produzindo uma grande quantidade usando sem restrição.

Como nos maiores mamíferos o sistema reprodutivo feminino é mais amplo, o risco de perder o esperma é maior: por isso, é mais importante a quantidade do que qualidade.

"O aumento da quantidade de esperma é a melhor estratégia. Com mais esperma na corrida, o macho otimiza o resultado da corrida pela fecundação", disse Stefan Lupold.

Apenas animais grandes podem produzir uma grande quantidade de sêmen, dado que a produção depende do tamanho dos testículos.

"Entre os animais de pequeno porte, o risco de perda ou diluição é muito menor", portanto, produzem esperma de melhor qualidade, aponta o pesquisador.

Níveis mais altos de resíduos de pesticidas em frutas e hortaliças consumidas estão associados à qualidade inferior do esperma, segundo estudo publicado nesta terça-feira (31). O estudo, conduzido em 155 homens com idades entre 18-55 anos, alunos de um centro de tratamento para infertilidade, será publicado nesta terça-feira na revista especializada Human Reproduction. 338 amostras de sêmen destes homens foram analisadas ​​entre 2007-2012.

O estudo descobriu que os homens que consomem mais frutas e vegetais carregadas de pesticidas têm uma contagem de esperma 49% mais baixa (86 milhões por ejaculação contra 171 milhões) em comparação aos homens que consumiam menores quantidades, assim como uma porcentagem de formas normais de espermatozoides 32% menor.

O consumo de frutas e vegetais dos participantes foi avaliado por questionário. O conteúdo de pesticidas não foi medido diretamente, mas estimado com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Frutas e vegetais consumidos foram divididos em grupos de acordo com o teor de resíduos de pesticidas: baixo (ervilhas, feijão, uva e cebola), moderado ou alto (morangos, espinafre, pimentão, maçãs, peras..). O fato de lavar e descascar os alimentos também foi levado em conta.

"Estes resultados sugerem que a exposição a pesticidas utilizados na produção agrícola para a alimentação pode ser suficiente para afetar a espermatogênese dos homens", segundo os autores. No entanto, eles admitem que o estudo tem algumas limitações e que "é necessário investigar mais".

Este tipo de estudo sobre casais que investigam infertilidade não permite chegar ao conjunto da população masculina sem observar se é possível fazer a mesma associação. Além do pequeno número de participantes, a medida dos pesticidas não foi direta e a natureza dos produtos consumidos ("orgânica" ou não) não era conhecida, de acordo com os especialistas.

"Estes resultados não devem desencorajar o consumo de frutas e legumes em geral", alertou o professor de nutrição e epidemiologia da universidade de Harvard Jorge Chavarro, co-autor do estudo. No entanto, o especialista sugere priorizar o consumo de produtos orgânicos ou evitar produtos conhecidos por conter grandes quantidades de resíduos, como o tomate.

Estudos anteriores mostraram que profissionais expostos aos pesticidas tinham a qualidade do esperma afetada; mas até agora pouca pesquisa sobre os efeitos dos pesticidas nos alimentos foi feita. "Este estudo pode gerar uma preocupação desnecessária", afirmou Jackson Kirkman-Brown, do Centro de Fertilidade da Mulher em Birmingham, Inglaterra.

"Os homens que querem maximizar a qualidade do seu esperma deve continuar a ter uma dieta saudável e equilibrada" até que se saiba mais sobre o assunto, ressaltou o especialista ao centro Science e à imprensa britânica.

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