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Apontada como a grande favorita à conquista da Eurocopa, a França está eliminada da principal competição de seleções da Europa. Em mais um jogo emocionante, cheio de alternâncias e decidido em detalhes, a Suíça bateu a atual campeã mundial nos pênaltis após empate em 3 a 3 no tempo normal e avançou às quartas de finais da Eurocopa.

Nesta segunda, em Bucareste, na Romênia, a seleção francesa enfrentou uma organizada Suíça, que deu trabalho, saiu na frente, mas perdeu um pênalti quando vencia por 1 a 0 e se abalou emocionalmente. Os franceses cresceram depois que Lloris defendeu a penalidade, conseguiram a virada no segundo tempo com gols de Benzema em um intervalo de dois minutos e ampliaram com Pogba. No entanto, os suíços renasceram no fim do segundo tempo e aproveitaram os erros defensivos do adversário para chegar ao empate com gols de Seferovic e Gavranovic e forçar a prorrogação.

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Não houve mais gols na prorrogação. Nas penalidades, Gavranovic, Pogba, Schär, Giroud, Akanji, Thuram, Vargas, Kimpembe, Mehmedi converteram suas cobranças. Quis o destino que Mbappé, um dos principais nomes da França, errasse o último pênalti, defendido por Sommer, o herói da classificação suíça. O goleiro festejou muito. Já o astro do PSG decepcionou e deixou o torneio sem balançar as redes.

Nas quartas, a Suíça encara a Espanha, que mais cedo precisou da prorrogação para despachar a Croácia em Sevilha. O duelo será na próxima sexta-feira, às 13 horas (de Brasília), em São Petersburgo, na Rússia.

Os suíços fizeram um primeiro tempo praticamente perfeito dentro de sua estratégia desenhada. Organizados, se defenderam bem, forçaram os erros do rival, que entrou com três zagueiros, e criaram boas oportunidades até abrir o placar cedo, com Seferovic, que foi às redes de cabeça aos 14 minutos da etapa inicial. Embolo, Xhaka e Zuber foram os destaques.

A seleção francesa não pressionou muito na marcação e também ficou devendo no ataque, que, apesar de todo o talento com Griezmann, Mbappé e Benzema, pouco fez. O lado direito foi inoperante e o meio de campo não criou. O esquema com três zagueiros não deu certo e o técnico Didier Deschamps desfez o sistema no intervalo ao tirar Lenglet e colocar o meia-atacante Coman.

A Suíça teve tudo para derrubar um dos favoritos no tempo normal. Provavelmente conseguiria se tivesse convertido um pênalti no início da etapa final depois que Zuber caiu dentro da área e o árbitro assinalou a marca da cal com o auxílio do VAR. Àquela altura, ficaria confortável no jogo. Mas o experiente defensor Ricardo Rodríguez parou em Lloris. O goleiro caiu no canto direito e fez a defesa em dois tempos. Isso aconteceu aos oito minutos. Aos 11, veio o castigo para os suíços.

Griezmann acionou Mbappé na entrada da área. O astro do PSG rolou para Benzema, que colocou na frente e tocou na saída do goleiro. Dois minutos depois, o atacante do Real Madrid, de volta à seleção após cinco anos e meio, marcou o segundo. Dessa vez, Coman tocou para Griezmann, que tabelou com Mbappé. O camisa 7 parou no goleiro. Mas Benzema apareceu para conferir no rebote.

Confiante, o time francês ampliou aos 29 com uma pintura de Pogba, comprovando que, quando esta a fim, o meio-campista do Manchester United faz a diferença. Ele dominou na intermediária, e chutou colocado, no ângulo direito. Comemorou com uma dancinha marrenta.

Com 3 a 1 no placar, imaginava-se que a França administraria a vantagem com certa tranquilidade. O cenário de um jogo cheio de alternâncias, porém, mudou rapidamente. A Suíça renasceu aos 35, quando Seferovic fez mais um de cabeça e diminuiu o marcador. Os suíços aproveitaram a fragilidade defensiva do desequilibrado rival, forte no ataque, mas mal na defesa, e alcançaram o improvável empate aos 44 minutos. Xhaka encontrou Gavranovic, que limpou a marcação e finalizou cruzado, da entrada da área, no canto.

Na prorrogação, embora tenha havido certa cautela dos dois lados e as equipes estivessem extenuadas, o jogo permaneceu aberto e ambos criaram chances para marcar. Giroud, que entrada no lugar do exausto Benzema, levou perigo em cabeceio defendido por Sommer. Mbappé teve em seus pés a oportunidade de carimbar a vaga francesa após linda enfiada de Pogba, mas bateu mal de esquerda, sem direção, e saiu mancando, fruto de câimbra. Nos pênaltis, Mbappé foi o único a errar e teve de aguentar a festa dos suíços.

Foi um jogo de oito gols, virada no placar e lances inesperados. Tão improváveis quanto o gol contra sofrido pela Espanha no primeiro tempo e o gol de empate da Croácia nos acréscimos do segundo. Mas os espanhóis fizeram valer o peso da camisa nesta segunda-feira para superar os croatas por 5 a 3, na prorrogação, e avançar às quartas de final da Eurocopa. No tempo regulamentar, houve empate por 3 a 3 em Copenhague, na Dinamarca.

Mais objetiva, a Espanha foi melhor durante a maior parte do jogo. Sofreu um gol contra incrível aos 19 minutos, mas virou para 3 a 1. E tinha a classificação quase certa até que a Croácia buscou o empate com gols aos 39 e aos 46 da etapa final. Na prorrogação, então, só os espanhóis marcaram, confirmando a vaga nas quartas. O próximo adversário vai sair do confronto entre França e Suíça, que jogam ainda nesta segunda.

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Foi a partida com mais gols nesta edição Euro, e a segunda da história. A primeira foi o duelo de nove gols em 1960, que terminou em Iugoslávia 5 x 4 França. A Espanha se tornou a primeira seleção a marcar cinco gols em dois jogos seguidos na história da competição europeia.

Em seu último jogo, o time espanhol havia vencido pela primeira vez nesta Euro ao aplicar 5 a 0 na Eslováquia. Agora, ostenta o melhor ataque da competição, com 11 gols. E tal postura ofensiva ficou evidente contra a Croácia, quando os espanhóis mostraram maior objetividade em relação aos empates nas duas primeiras rodadas. Na estreia, foram quase 1000 passes e nenhum gol.

Nesta segunda-feira, a escalação das duas equipes refletiu o que foram os primeiros 15 minutos de jogo. Com três atacantes, a Espanha dominou com facilidade e passava mais tempo no campo do adversário do que no seu. Do outro lado, a Croácia jogava com apenas um atacante. Mas sua proposta de jogar mais recuada trazia uma dura consequência diante da alta marcação espanhola: Modric, principal jogador do time, precisava mais uma vez apoiar a defesa.

Neste cenário, a Espanha buscava o ataque, mas era pouco vertical. Quase não finalizava e, quando o fazia, errava o alvo. Mesmo assim, parecia questão de tempo para abrir o placar. Até que, aos 19, Pedri protagonizou um dos lances mais bizarros desta Eurocopa.

Fez um recuo de bola quase do meio-campo e pegou de surpresa Unai Simón. O goleiro falhou ao tentar dominar e viu a bola atravessar a área e morrer no fundo das redes. Por ironia, Pedri era dos que mais hesitavam em finalizar no ataque espanhol. Acabou "finalizando" quando não devia.

O gol deixou a partida aberta. Atrás no placar, a Espanha não podia mais vacilar no ataque. Os croatas também se animaram e tentaram atacar pela primeira vez na partida. Com mais espaço, a Espanha se arriscava mais. Até os laterais Azpilicueta e Gaya passaram a se aventurar no ataque, pela primeira vez.

Numa investida mais pesada, aos 37, os dois laterais participaram da jogada que resultou no empate espanhol. Depois de um bate-rebate na área, Sarabia bateu quase da marca do pênalti e igualou o placar.

Se no primeiro tempo a Espanha demorou para mostrar objetividade, no segundo precisou de apenas 11 minutos. Foi o tempo necessário para os espanhóis reafirmarem seu domínio em campo e agilizarem rápida jogada pela esquerda, com cruzamento de Ferrán Torres para cabeçada de Azpilicueta. O gol da virada foi o primeiro do lateral com a camisa da seleção.

Longe de repetir a falta de finalizações da etapa inicial, a Espanha era outra no segundo tempo. Mais vertical, buscava o gol a todo momento. Aos 26, balançou as redes com Morata, mas o lance foi anulado por impedimento. Aos 31, não houve qualquer irregularidade. Ferrán Torres recebeu na direita, aproveitou falha gritante de Gvardiol na marcação a bateu na saída do goleiro Livakovic.

Somente após levar o terceiro gol, a Croácia passou a contar com dois atacantes em campo. Parecia improvável buscar o empate para forçar a prorrogação. Principalmente porque Modric seguia atuando mais recuado, prejudicando a armação do time. Num raro momento em que buscou o ataque, o volante armou a jogada do segundo gol croata, aos 39.

E, quando o duelo parecia resolvido, a Croácia arrancou o empate aos 46 em bela cabeçada de Pasalic, aproveitando vacilo da defesa espanhola. O placar levou o duelo para a prorrogação, que manteve o confronto entre as duas seleções.

Desta vez, a Espanha não vacilou e definiu a vitória e a classificação ainda no primeiro tempo, em jogadas de Olmo, que havia entrado na etapa final do tempo regulamentar. Aos 9, ele cruzou para Morata, que anotou belo gol ao dominar com o pé direito e finalizar com a canhota, estufando as redes. Três minutos depois, Olmo deu assistência para Oyarzabal definir o jogo.

Quatro clubes brasileiros (Fluminense, Flamengo, Vasco e Santos) estamparam as cores da bandeira do arco-íris em seus uniformes, neste domingo, dia 27, nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. As ações apoiaram a luta contra o preconceito em razão do Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer e mais), comemorado nesta segunda-feira.

Os clubes brasileiros solicitaram uma autorização prévia à CBF, organizadora das competições, para realizar a homenagem. E receberam o sinal verde. Na semana passada, a Uefa, organizadora da Eurocopa, rejeitou o pedido da cidade de Munique para iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris antes do jogo entre Alemanha e Hungria. A Uefa recebeu críticas pela medida e provocou um movimento de solidariedade na Alemanha antes da partida.

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A entidade europeia, que afirma "compreender que a intenção é enviar uma mensagem para promover a diversidade e a inclusão", até aceita a ideia da iluminação do arco-íris, mas em datas alternativas. Sob críticas desde terça-feira de vários países, a entidade que comanda o futebol europeu afirmou que sua decisão "não é política", ao contrário do pedido de Munique como forma de protesto contra uma recente lei húngara considerada discriminatória para os homossexuais.

No último fim de semana, a entidade cedeu à pressão de patrocinadores e de seleções e liberou a exibição de símbolos LGBTQ+ nas partidas da Eurocopa.

No Brasil, o Vasco foi além e estreou uma camisa em homenagem ao movimento. O clube substituiu a clássica faixa preta pelas cores do arco-íris. A peça esgotou em uma hora com parte da verba arrecada revertida para a Casa Nem, instituição de acolhimento de pessoas LGBTQ+ em situação de vulnerabilidade social.

"O Vasco de 1923 não aceitou o racismo, naturalizado no século anterior. O Vasco do século 21 se nega a aceitar a homofobia e a transfobia que marcaram o século 20", diz um trecho do manifesto de combate à homofobia e à transfobia lançado pelo clube do Rio de Janeiro.

O atacante Germán Cano deu sua contribuição individual e protagonizou uma cena histórica na vitória sobre o Brusque, pela Série B do Brasileiro. Ao celebrar seu gol, ele ergueu a bandeira de escanteio que trazia as cores do arco-íris. O argentino foi punido com cartão amarelo.

Na súmula da partida, o árbitro paulista Salim Fende Chavez justificou a punição ao atacante "por tirar a bandeira de escanteio e jogá-la ao chão na comemoração do gol". Nesta segunda-feira, o jogador usou suas redes sociais para reafirmar seu apoio. O atacante não deve receber punições do STJD pelo ato. O órgão não pode punir ou analisar o que já foi analisado e punido pelo árbitro. O artigo 58 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) só pode ser utilizado quando o ato escapar da arbitragem.

O Fluminense promoveu homenagens em seu uniforme na partida contra o Corinthians. As cores do arco-íris estavam nos números nas costas, na braçadeira de capitão e na hashtag #TimeDeTodos, que estava no peito.

O Flamengo também entrou em campo com os números das camisas nas cores do arco-íris, presentes também na braçadeira de capitão. Os dois times do Rio de Janeiro vão realizar leilões dos uniformes pela plataforma Play For a Cause e todo valor arrecadado será doado à ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, com sede no Rio. O Santos teve o logo de sua patrocinadora, a SumUp, com as cores do arco-íris, durante a partida contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. O nomes dos atletas alvinegros foram substituídos por palavras, como "Respeito" e "Visibilidade".

As ações do Vasco, no entanto, causaram polêmica. A mudança da cor da faixa do uniforme gerou discussão nas redes sociais. Muitos torcedores criticaram. Houve divergência inclusive dentro do elenco do Vasco em relação às ações. O zagueiro Leandro Castán, capitão da equipe, usou as redes sociais para uma postagem de caráter bíblico, citando um pedido de Deus para que Noé e seus filhos fossem férteis para povoar a terra.

O atacante Cristiano Ronaldo lamentou nesta segunda-feira, através de suas redes sociais, a eliminação de Portugal nas oitavas de final da Eurocopa diante da Bélgica - derrota por 1 a 0, no domingo, em Sevilha, na Espanha -, mas disse que todos estão "orgulhosos" do caminho da seleção, que "ainda pode dar muitas alegrias aos portugueses".

"Não conseguimos o resultado que queríamos e saímos da competição antes do desejado. Mas estamos orgulhosos do nosso percurso, demos tudo para renovar o título de campeões europeus e este grupo provou que ainda pode dar muitas alegrias aos portugueses", escreveu o jogador da Juventus, da Itália, em sua conta oficial no Instagram.

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A seleção portuguesa, que defendia o título europeu conquistado em 2016 na França, caiu diante da Bélgica, atual líder do ranking da Fifa, com um gol do meia Thorgan Hazard, aos 42 minutos do primeiro tempo.

"Os nossos torcedores estiveram incansáveis no apoio à equipe do início ao fim. Foi por eles que corremos e lutamos, no sentido de corresponder à confiança que depositaram em nós. Não foi possível chegar onde todos queríamos, mas fica aqui o nosso sincero e profundo agradecimento", disse o capitão da seleção portuguesa.

Em suas declarações, Cristiano Ronaldo, que na Eurocopa marcou cinco gols e lidera a lista de artilheiros, aproveitou ainda para dar os parabéns à Bélgica e desejar boa sorte para todas as seleções ainda vivas na disputa, garantindo que Portugal voltará mais forte.

"Parabéns à Bélgica e boa sorte para todas as seleções que continuam na competição. Quanto a nós, voltaremos mais fortes. Força Portugal!", completou o atacante, que junto com a mensagem postou uma foto da seleção portuguesa perfilada para foto antes da partida.

Amplamente favorita para avançar às quartas de final da Eurocopa, neste sábado, a Itália suou para confirmar a ida à próxima fase ao vencer a Áustria por 2 a 1, em um embate duro neste sábado. Diante de um público de pouco menos de 20 mil torcedores no tradicional estádio de Wembley, na Inglaterra, a equipe de Roberto Mancini penou para vencer os adversários, tendo que enfrentar a prorrogação.

Mas as mudanças do treinador italiano e o ânimo empregado pelos reservas, depois do tempo regulamentar, foram decisivos para o resultado final. Chiesa e Pessina vieram do banco e fizeram os gols da vitória na prorrogação.

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Campeã da Eurocopa em 1968, a Itália ressurgiu como potência nesta edição: foi a melhor seleção da fase de grupos e atingiu o recorde histórico de 1145 minutos sem tomar gols, mesmo tendo o placar descontado durante a prorrogação. O número anterior pertencia à temida seleção da década de 1970.

O primeiro tempo foi de domínio absoluto da Itália, mostrando o favoritismo que a seleção tinha sobre a Áustria, como admitiu o próprio técnico adversário Franco Foda ao dizer que os jogadores de seu país só tinham 10% de chances para surpreender.

E, realmente, o domínio foi proporcional ao que o treinador austríaco previu. A Itália envolveu os rivais em seu campo de ataque e teve grandes oportunidades para liquidar a partida já nos primeiros 45 minutos.

A Áustria, pressionada durante boa parte do tempo, mal reagiu e o goleiro Donnarumma pouco trabalhou.

A Itália veio muito bem com o volante Varella, aos 16 minutos, que chutou de primeira ao receber cruzamento do lateral-esquerdo Spinazzola. No lance, Bachman fez bela defesa com o pé.

Aos 31, o atacante Imobbile foi o protagonista da chance mais clara da partida, carimbando a trave em um bonito chute de fora da área. E momentos antes do apito final fez jogada individual pela esquerda e acertou um chute que fez Bachman se esticar para jogar a bola para escanteio.

Um primeiro tempo de uma Itália com gana e vontade de golear e uma Áustria totalmente acuada, sem escapatórias para um contra-ataque ou qualquer oportunidade mais acentuada.

Na volta do intervalo, os italianos voltaram mais dispersos e deram espaços para os austríacos, finalmente, incomodarem. Aos 20 minutos, depois de equilibrar mais o confronto, abriram o placar com Arnautovic, mas, ao analisar o lance, o VAR identificou irregularidade por causa de um impedimento e o juiz anulou o gol.

Depois do susto, o técnico Roberto Mancini trocou a dupla de volantes Barella e Verrati por Pessina e Locatelli para tentar reativar os ânimos. O comportamento de sua equipe não mudou muito, permanecendo um jogo sem tanto brilho em relação à primeira etapa.

Os italianos pareciam cansados do ritmo, por isso Mancini, vislumbrando a prorrogação, aproveitou para substituir alguns atletas. Segundo tempo também sem gols e tudo igual em Wembley.

Para a prorrogação, a energia dos reservas parecia ser a última combustão necessária para a Itália voltar a comandar a partida. E foi o que aconteceu, levando aos gols que definiram o jogo.

Aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Spinazzola, um dos jogadores com maior participação nas jogadas de perigo da Itália, achou Chiesa em um belo lançamento. O atacante dominou de cabeça, fintou um adversário e mandou de canhota para as redes de Bachmann.

Aos 14, veio o segundo, com Pessina, em finalização de chute cruzado após um passe improvável de Acerbi, caído ao chão.

A Áustria descontou o placar com Kalajdzic, que fez um bonito gol de peixinho, após cruzamento em escanteio. O gol foi responsável por acabar com a ampliação do recorde de defesa vazada da Itália, depois de mais de 1145 minutos sem ter as redes balançadas.

Apesar disso, a Itália segurou o resultado e confirmou, com suor e mais dificuldade do que o previsto, a vitória e a ida às quartas de final da Eurocopa.

Sorte, competência e superação seguem lado a lado com a Dinamarca na Eurocopa. Disputando a competição abalada com o mau súbito do astro Eriksen na estreia, a seleção nórdica entrou em campo neste sábado também sem o segundo goleador, Poulsen, machucado. O desfalque de peso diante do País de Gales não foi sentido por causa da boa apresentação de seu substituto. Dolberg ganhou a primeira chance como titular e foi o nome da classificação às quartas de final, marcando os dois primeiros gols da goleada por 4 a 0 em Amsterdã.

Depois de se garantir no mata-mata da Eurocopa apenas na última rodada da fase de grupos, a Dinamarca comemora os 29 anos da conquista de 1982 com vaga entre as oito melhores seleções do continente. Aguarda a vencedora do duelo entre Holanda e República Checa, que se enfrentam neste domingo.

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Depois de leves sustos no começo do jogo na Arena Johan Cruyff, em Amsterdã, a Dinamarca conseguiu se impor, na maior parte do confronto e, mesmo administrando uma boa vantagem no segundo tempo, ainda buscou a goleada nos minutos finais para avançar, merecidamente. Foi o 11° confronto com os galeses e a sétima vitória.

Antes de a bola rolar, as homenagens a Eriksen seguiram. Além da bandeira gigante simulando sua camiseta que a Uefa estica no gramado, País de Gales fez questão de prestar solidariedade pela recuperação plena do meia rival. No lugar de flâmula, a seleção deu uma camisa 10 autografada pelo elenco com um desejo de melhoras. O capitão Bale entregou o presente para Kjaer.

Pela primeira vez a Dinamarca entraria em campo na Eurocopa longe de Copenhague. Mesmo assim, sua fanática torcida ainda era grande maioria nas arquibancadas de Amsterdã. Com forte apoio, queria tomar a iniciativa diante de País de Gales. Mas não foi o que ocorreu na Arena Johan Cruiff.

Os galeses queriam um gol rápido e partiram para cima. Com grande volume ofensivo, tiveram boas chances para abrir o marcador, uma com o ídolo Bale. Aos poucos, a Dinamarca foi equilibrando o confronto.

E, não demorou muito, assumiu as ações. Jogador "da casa", pois defende o Ajax, Dolberg se destacava em sua primeira oportunidade como titular. O substituto de Poulsen, machucado, levava perigo nas jogadas ofensivas e não demorou, tirou o zero do placar. Após bela troca de passes, o jovem de 23 anos bateu forte, no canto direito do goleiro.

O gol foi muito sentido pelo País de Gales. A seleção se perdeu em campo e era bombardeada. Atrás, não conseguia mais atacar e sofria enorme pressão. A torcida dinamarquesa gritava "olé" antes mesmo do intervalo, apesar da vantagem mínima.

O descanso serviria para País de Gales colocar a cabeça no lugar. A ordem era se reorganizar após queda brusca de rendimento. Logo de cara, porém, novo golpe duro. Braithwaite arrancou e cruzou, a zaga afastou mal e a bola caiu novamente nos pés de Dolberg, que não desperdiçou: 2 a 0.

No dia em que comemorava 29 anos da conquista do título da Eurocopa de 1992, a Dinamarca lembrava os bons tempos em que encantava o planeta com belo futebol. Soberana na partida, envolvia completamente uma desorientada seleção de Gales.

Dolberg deixou o campo aos 24 minutos do segundo tempo, bastante cansado e aplaudido de pé pelo dia mágico na Eurocopa. Do banco de reservas presenciou um adversário apelando para cruzamentos à área sem sucesso e ainda viu sua seleção transformar a vitória em goleada com gols de Maehle e Braithwaite nos minutos finais. Depois de 23 anos, a Dinamarca voltou a ganhar um duelo de mata-mata em competições oficiais. Desde os 4 a 1 sobre a Nigéria na Copa da França que ela sempre ficava pelo caminho.

Os posicionamentos políticos durante a Eurocopa 2020 têm sido constantes. Seja pela igualdade racial ou pela luta dos grupos LGBTQI+. Nesta sexta-feira (25), o capitão da seleção italiana, Leonardo Bonucci, afirmou que o grupo vai avaliar se adere ao 'Black Lives Matters' ajoelhando antes da partida contra a Áustria, nesta sábado (26). 

Diversos jogos da Eurocopa tem tido ações como essas. Os jogadores se ajoelham para jogar os holofotes para as questões raciais, mas não há consenso no time italiano, tanto que apenas alguns italianos têm aderido ao gesto. 

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Mas a possibilidade de uma atitude conjunta contra a Áustria vai ser discutida, conforme disse o capitão Bonucci. ”Quando voltarmos para o hotel teremos todos juntos numa reunião. Conversaremos hoje à noite”, garantiu.

E foi justamente um jogador da Áustria, que enfrenta a Itália neste sábado, o atacante Arnautovic, que cometeu um ato racista no jogo contra a Macedônia. Após fazer um gol, o atleta proferiu palavras de cunho racistas e fez o gesto conhecido como “White Power”. A UEFA suspendeu o atleta por um jogo.

O meio-campista belga Daouda Peeters, companheiro de Cristiano Ronaldo na Juventus, da Itália, revelou à publicação belga HLN, a dieta que ajuda a turbinar o desempenho do jogador português ao longo de sua carreira. "Ele come sempre frango, arroz e brócolis. E bebe muita água. Nada de Coca-Cola", afirmou o atleta.

Peeters defende o time sub-23 da Juventus, mas treina frequentemente com o elenco principal e já atuou ao lado de Cristiano Ronaldo. As seleções de Bélgica e Portugal se enfrentam neste domingo, às 16 horas (de Brasília), no estádio Olímpico La Cartuja, em Sevilha, pelas oitavas de final da Eurocopa.

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Além de falar dos cuidados que Cristiano Ronaldo tem com a alimentação, Peeters enalteceu o espírito de competição que norteia a trajetória do português. "Cristiano Ronaldo quer vencer sempre e em qualquer lugar. Ele faz os jovens crescerem e envolve você de verdade. Acho isso uma característica muito boa", revelou o jogador.

O atleta belga falou do cuidado que seu companheiro de time tem com o físico e descartou qualquer tipo de vaidade pessoal nisso. "Ele não faz exercícios abdominais por vaidade, mas porque vê o corpo como instrumento de trabalho. Não é o caso de Cristiano ficar de frente para o espelho durante horas, até porque, ele não teria tempo para isso. Quando está no clube, é realmente para treinar. Ele vive para o seu trabalho", comentou.

E a mesma seriedade com que ele leva o seu trabalho no clube é transportada para a seleção portuguesa. "Cristiano é um cara muito legal, mas ao mesmo tempo, leva o futebol muito a sério. Quando está na Juventus, ele está sempre muito concentrado. No ônibus do clube, normalmente ele não fala sobre quase nada", afirmou.

Um dos principais destaques entre os jogadores na fase de grupos do torneio, Cristiano Ronaldo lidera a artilharia da Eurocopa de forma isolada com cinco gols. Com uma vitória, um empate e uma derrota, a seleção portuguesa conseguiu se classificar para as oitavas de final na chave mais difícil da competição, que tinha ainda França, Alemanha e Hungria.

Após 13 dias de jogos pela fase de grupos, a Eurocopa definiu todos os seus confrontos das oitavas de final, que começarão no sábado. Portugal e Alemanha foram os últimos a selar a vaga no mata-mata, nesta quarta-feira. Curiosamente, as duas seleções protagonizam os dois jogos mais aguardados das oitavas: Inglaterra x Alemanha e Bélgica x Portugal.

Com o fim da fase de grupos, 16 seleções se garantiram na fase eliminatória e oito se despediram de forma precoce, na última posição das seis chaves e também as duas piores terceiras colocadas: Turquia, Rússia, Macedônia do Norte, Escócia, Polônia, Hungria, Finlândia e Eslováquia.

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Agora os times classificados terão ao menos dois dias de descanso antes do início das oitavas. O mata-mata terá início no sábado, com dois jogos. País de Gales vai enfrentar a Dinamarca em Amsterdã, na Holanda. No mesmo dia, a Itália e sua surpreendente vocação ofensiva estarão em campo para duelar com a Áustria, em Londres.

A seleção italiana, ao lado da Bélgica e da Holanda, terminou a fase de grupos com 100% de aproveitamento: três vitórias em três jogos. Os italianos têm o segundo melhor ataque da competição, junto de Portugal e Bélgica, todos com sete gols. A Holanda está logo à frente do trio, com oito gols.

Este ataque poderoso da Holanda, ausente na última Copa do Mundo, será testado contra a República Checa no domingo, em Budapeste, na Hungria. No mesmo dia, os belgas vão encarar os portugueses, atuais campeões europeus, em Sevilha, em confronto entre Cristiano Ronaldo e Kevin de Bruyne, dois dos melhores jogadores da atualidade.

Na segunda-feira, dia 28, será a vez de Croácia x Espanha, em Copenhague, e França x Suíça, em Bucareste. Atual campeã mundial, a equipe francesa ainda não convenceu nesta Euro. Tem apenas uma vitória em três jogos. Mas se classificou por antecipação, sem sustos, na fase de grupos.

A terça, dia 29, vai encerrar os confrontos das oitavas. Em Londres, o tradicional estádio de Wembley, com 50% de sua capacidade, vai receber Inglaterra x Alemanha. Se os ingleses ainda não atenderam a alta expectativa depositada em sua atual geração, os alemães correram sério risco de eliminação nesta quarta, ao empatar com a Hungria. O gol salvador veio apenas aos 38 minutos do segundo tempo.

O último jogo das oitavas terá Suécia e Ucrânia em campo, em Glasgow. As quartas de final serão disputadas nos dias 2 e 3 de julho, na próxima semana.

Confira abaixo os confrontos e os horários das oitavas da Euro:

26/06 - SÁBADO

13h: País de Gales x Dinamarca, em Amsterdã

16h: Itália x Áustria, em Londres

27/06 - DOMINGO

13h: Holanda x República Checa, em Budapeste

16h: Bélgica x Portugal, em Sevilha

28/06 - SEGUNDA-FEIRA

13h: Croácia x Espanha, em Copenhague

16h: França x Suíça, em Bucareste

29/06 - TERÇA-FEIRA

13h: Inglaterra x Alemanha, em Londres

16h: Suécia x Ucrânia, em Glasgow

Cristiano Ronaldo salvou mais uma vez Portugal nesta quarta-feira. Com dois gols, ambos de pênalti, o craque garantiu o empate com a França, por 2 a 2, e também a vaga da sua seleção nas oitavas de final da Eurocopa. Os franceses entraram em campo na Puskás Arena, em Budapeste, já classificados. Pelo mesmo Grupo F, a Alemanha avançou também ao mata-mata.

Com três penalidades, o confronto na Hungria contou com o protagonismo de Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, autor também de dois gols, e Paul Pogba. Os portugueses saíram na frente, mas os franceses viraram o placar e estiveram perto de eliminar os atuais campeões europeus. Mas o ídolo português evitou a decepção ao anotar o gol de empate aos 14 minutos do segundo tempo.

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Os resultados da rodada deixaram a França na primeira colocação do Grupo F, com cinco pontos. A Alemanha, que empatou com a Hungria também por 2 a 2, chegou aos mesmos quatro pontos de Portugal, em terceiro por conta da derrota no confronto direto com os alemães. Os húngaros, com dois pontos, foram eliminados.

Assim, nas oitavas, a Alemanha vai duelar com a Inglaterra em Wembley, na terça que vem. Os portugueses terão pela frente a Bélgica, uma das melhores seleções da fase de grupos, no domingo, em Sevilha.

Com a vaga garantida no mata-mata, o técnico Didier Deschamps fez mudanças na seleção francesa. Sacou Pavard, Digne e Rabiot e escalou Koundé, Hernandez e Tolisso. Do lado português, Fernando Santos tirou William e Bruno Fernandes, longe de brilhar nesta Euro, e colocou Renato Sanches e João Moutinho na equipe titular.

Mesmo com as alterações e com a classificação antecipada, a França começou melhor. Era mais ofensiva e criativa e fazia pouco esforço para chegar ao ataque. Portugal, sem usar a marcação alta usada nos primeiros jogos, esperava o rival. Os portugueses se defendiam com uma linha de cinco jogadores.

A postura recuada quase custou caro a Portugal aos 15, quando Pogba deu lindo passe para Mbappé finalizar com perigo. Rui Patrício fez a defesa. Os franceses pareciam perto do gol quando tudo mudou. Foi aos 27, quando Lloris fez uma saída aérea desastrada e acertou quase um soco no rosto do volante Danilo Pereira: pênalti. Cristiano Ronaldo bateu e não perdoou, se isolando na artilharia da Euro, com quatro gols.

O gol desanimou os franceses, mais lentos e sem iniciativa no ataque. Pogba atuava sozinho na armação e faltava comunicação entre o meio e o ataque formado por Mbappé, Griezmann, Tolisso e Benzema. Mas, antes do intervalo, Mbappé disparou dentro da área, se chocou com Semedo e o árbitro anotou a penalidade. Benzema converteu com tranquilidade.

Se o jogo ganhava novamente em equilíbrio, os franceses trataram de desequilibrar novamente no começo do segundo tempo. No primeiro minuto, Pogba lançou Benzema, que entrou na área e bateu na saída de Rui Patrício: 2 a 1. O VAR até checou o lance, por suspeita de impedimento, mas confirmou a virada francesa.

O placar eliminava Portugal ainda na fase de grupos da Euro. Mas um pênalti voltou a mudar a história do jogo. Aos 13, Cristiano Ronaldo tentou cruzar na área e a bola acertou a mão de Koundé. O próprio atacante cobrou, anotou seu segundo gol na partida e manteve o time português vivo na partida e na competição.

Depois do empate, a França se manteve no ataque e criou boas chances para anotar o terceiro. Na melhor delas, aos 22, Pogba acertou lindo chute de fora da área. Rui Patrício saltou para desviar a bola, que carimbou a trave e saiu. Aos poucos, o jogo caiu de ritmo e as duas seleções, classificadas com os placares da rodada, passaram a cadenciar o duelo, à espera do apito final.

RECORDE - Autor de dois gols nesta quarta, Cristiano Ronaldo voltou a fazer história. Ele igualou a marca de 109 gols do iraniano Ali Daei, até então o recordista de gols por uma seleção. O português chegou ao número em 178 partidas, enquanto Daei precisou de 149 jogos para balançar as redes por 109 vezes.

Artilheiro desta Euro, agora com cinco gols, o atacante português ampliou o recorde de gols na competição, alcançando 14. Ele já era o jogador que mais disputou edições do torneio, com cinco participações, e também o que mais venceu, com 12 vitórias.

Depois de duas atuações abaixo das expectativas, a Espanha mostrou um bom futebol nesta quarta-feira e conseguiu a classificação às oitavas de final da Eurocopa. A vaga veio com a goleada por 5 a 0 sobre a Eslováquia, no estádio Olímpico La Cortuja, em Sevilha, onde antes os espanhóis haviam decepcionado com empates contra Suécia e Polônia.

O resultado expressivo desta quarta-feira, porém, não garantiu à Espanha a primeira colocação do Grupo E. Com cinco pontos, os espanhóis terminaram a chave na segunda colocação. A liderança ficou com a Suécia, que com um gol de Claesson nos acréscimos do segundo tempo derrotou a Polônia por 3 a 2, no estádio Krestovsky, em São Petersburgo, na Rússia, e chegou aos sete pontos. Os outros dois foram marcados pelo meia-atacante Forsberg.

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Nas oitavas de final, a Espanha já sabe que terá pela frente a Croácia, atual vice-campeã da Copa do Mundo, na próxima segunda-feira, às 13 horas (de Brasília), no estádio Parken, em Copenhague, na Dinamarca. A Suécia enfrentará um dos quatro melhores terceiros colocados (dos grupos A/B/C ou D), no di seguinte, às 16 horas, também na capital dinamarquesa.

Derrotadas nesta quarta-feira, Eslováquia e Polônia deram adeus à Eurocopa. Os eslovacos ficaram em terceiro lugar do Grupo E com três pontos, mas com o saldo negativo de cinco gols já não têm mais chances de classificação. Os poloneses, mesmo com o faro de artilheiro de Robert Lewandowski - melhor do mundo na temporada passada, que marcou os dois gols contra a Suécia -, ficaram na lanterna com apenas um ponto.

A partida em Sevilha teve como momento mais marcante o gol contra do goleiro eslovaco Dúbravka. Aos 29 minutos do primeiro tempo, depois de um chute forte de Sarabia que acertou o travessão, o arqueiro tentou dar um tapa na bola, mas a mandou para dentro da própria meta. Esse foi o terceiro gol contra de goleiro registrado nesta Eurocopa - os outros foram do polonês Szczesny, contra a Eslováquia, e do finlandês Hradecky, diante da Bélgica.

Ainda houve outro lance semelhante, do volante Kucka, que fechou a goleada. Laporte, Sarabia e Ferrán Torres fizeram os outros gols espanhóis. Mas os bicampeões europeus em 2008 e 2012 poderiam ter goleado com o placar maior. O problema é que o atacante Álvaro Morata, logo aos 10 minutos, perdeu o pênalti sofrido por Koke. Essa foi a quinta cobrança seguida desperdiçada pela seleção espanhola em jogos oficiais. A Espanha é a equipe que mais errou penalidades na história da Eurocopa: sete no total.

Muito da esperança de gols de França e Portugal, no jogo desta quarta-feira, pela Eurocopa, está nos pés de Karim Benzema e Cristiano Ronaldo. Hoje rivais na Puskás Arena em Budapeste, na Hungria, a partir das 16 horas (de Brasília), os dois atuaram por nove temporadas juntos no Real Madrid. Ambos chegaram à equipe espanhola em 2009 e conquistaram títulos importantes, incluindo quatro Liga dos Campeões.

"O melhor elogio que se pode fazer a Karim Benzema é que Cristiano Ronaldo queria que ele estivesse no Real Madrid", comentou recentemente José Mourinho, treinador de ambos na capital espanhola de 2010 a 2013, em crônica para o tabloide inglês The Sun. "Benzema faz muito por todos os atacantes ao seu redor. É provavelmente o único número 9 que conheço que não é egoísta em seu jogo."

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Cristiano Ronaldo sempre fez questão de reconhecer publicamente o trabalho de Benzema. Em fevereiro de 2018, por exemplo, o francês atravessava uma má fase e Cristiano Ronaldo decidiu ajudá-lo na goleada por 4 a 0 contra o Alavés, pelo Campeonato Espanhol. Primeiro, o astro português pediu ao público que festejasse o seu companheiro de equipe apontando-lhe o dedo após uma assistência do francês. Depois, desistiu de cobrar um pênalti, para deixar Benzema bater.

A parceria acabou em 2018, com a saída de Cristiano Ronaldo para a Juventus. Desde então, Benzema ganhou destaque e é o maior goleador do Real Madrid, mas frequentemente diz que gostaria de jogar com seu amigo novamente, mesmo reconhecendo que agora se destaca mais e tem mais opções para ser o protagonista, sem ter um gigante como Cristiano Ronaldo ao seu lado.

"Só direi que a saída do Cristiano me permitiu desempenhar um papel diferente. Ele marcava 50 ou 60 gols por ano e tinha que se adaptar ao seu jogo. Ele é um dos melhores do mundo e fiquei feliz por estar ao lado dele", declarou em entrevista à Icon, revista do jornal espanhol El País.

Nesta quarta-feira, em Budapeste, os dois atacantes voltaram a se encontrar no mesmo campo, mas desta vez como adversários na partida de encerramento do grupo F. Este duelo é possível graças ao fato de Benzema ter sido reintegrado à seleção francesa após mais de cinco anos.

Até o momento, Cristiano Ronaldo tem se destacado mais na Eurocopa, com três gols, enquanto Benzema ainda não marcou. Na última Euro, em 2016, Portugal foi campeão contra uma França na qual Benzema não estava presente.

A torcida da Inglaterra só teve motivos para comemorar nesta terça-feira. A seleção do país venceu a República Checa por 1 a 0, em Wembley, e avançou em primeiro lugar no Grupo D da Eurocopa. Os ingleses ainda puderam ver a rival Escócia ser eliminada nesta fase classificatória. A Croácia ficou com a segunda vaga na chave no mata-mata.

A Inglaterra encerrou sua participação no grupo com sete pontos, no primeiro posto. Através vem a Croácia, que superou os escoceses por 3 a 1, em Glasgow, e chegou aos quatro pontos. Os croatas têm a mesma pontuação dos checos, mas levam vantagem no número de gols marcados.

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Apesar da derrota, a República Checa também sacramentou sua vaga nas oitavas de final. Isso porque, com a pontuação obtida, já está garantida entre os quatro melhores terceiros colocados desta fase.

No lendário estádio londrino, com a presença do príncipe William, a Inglaterra esteve longe de brilhar nesta terça. Mas fez a lição de casa. E, nas oitavas de final, vai enfrentar o segundo colocado do Grupo F, que conta com França, Alemanha, Portugal e Hungria.

Depois do frustrante empate sem gols com a Escócia, o técnico Gareth Southgate resolveu fazer mudanças na equipe titular inglesa. Sacou James, Mings e Foden e também tirou Mount, por ter contato com Gilmour, que testou positivo para a covid-19. Entraram Grealish, Walker, Maguire e Saka. Apesar das críticas da torcida, ele manteve Sterling.

E não se arrependeu. O meia-atacante comandou os ingleses no começo da partida. Logo no primeiro minuto já acertava a trave, em belo lance de cobertura. Dez minutos depois, abriu o placar. Ele escorou de cabeça na segunda trave, surgindo por trás da defesa, completando cruzamento de Grealish da esquerda.

Sterling encontrava mais espaço porque a defesa checa estava mais preocupada com Harry Kane. E, de fato, o atacante do Tottenham deu trabalho. Foram duas boas chances para ampliar o placar, aos 25 e aos 42. O goleiro Vaclik salvou nos dois lances. Do outro lado, os checos pouco ameaçava. Quando o faziam, Soucek era o protagonista. Aos 34, quase empatou ao aproveitar rebote dentro da área. Mandou para fora.

A Inglaterra controlava a posse de bola - até 61% -, levava maior perigo e parecia mais perto de ampliar do que de sofrer o empate. Apesar da derrota parcial, a República Checa sabia que poderia se classificar como um dos quatro melhores terceiros colocados da fase classificatória.

Para o segundo tempo, Southgate apostou em Henderson, Bellingham, de apenas 17 anos, e Rashford, no lugar de Sterling. As mudanças e a postura mais ofensiva dos checos tornaram o duelo mais morno. A bola praticamente não chegava mais em Kane. Ao mesmo tempo, a República Checa não ameaçava o gol de Pickford. A partida, assim, se concentrava no meio-campo.

À beira da sonolência, a partida só não perdeu seu brilho porque a Inglaterra passou a dar espaços na defesa e a República Checa teve chances para empatar. Lá na frente, a bola até balançou as redes, mas o gol de Henderson, aos 40 minutos, foi anulado por impedimento. Acabou não fazendo falta. Os ingleses, mesmo com placar simples, avançaram em primeiro lugar.

CROÁCIA VENCE E SE CLASSIFICA - No estádio Hampden Park, em Glasgow, a seleção croata fez a sua parte. Derrotou a Escócia por 3 a 1, também nesta terça, garantiu o segundo lugar do Grupo D e selou sua vaga nas oitavas de final. Nikola Vlasic abriu o placar aos 17, com passe de Perisic. Antes do intervalo, os escoceses igualaram com Callum McGregor, aos 42.

Na etapa final, Luka Modric comandou o time croata. O melhor do mundo em 2018 anotou lindo gol aos 17, ao finalizar de trivela, de fora da área, e mandar no ângulo. Aos 32, deu assistência para o gol de Perisic, confirmando a classificação.

A Câmara Municipal de Munique, na Alemanha, pediu nesta segunda-feira à Uefa autorização para iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris para o próximo jogo da seleção alemã, contra a Hungria, pela Eurocopa, em clara demonstração de apoio à comunidade LGBTQI+. A iniciativa foi criticada pelo ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, que considerou o pedido "nocivo e perigoso".

"É muito nocivo e perigoso quando alguém tenta misturar política e esporte. Houve algumas tentativas de fazer isso na história mundial e essas acabaram muito mal", disse Szijjártó em entrevista a um canal de televisão em Luxemburgo.

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Em seu pedido, Munique acrescentou que condena a política do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, considerada discriminatória contra as minorias sexuais. Szijjártó considerou a atitude da cidade alemã uma resposta à lei proibindo conteúdos considerados pró-LGBTQI+ em escolas aprovada pelo parlamento húngaro na última semana.

"Aprovamos uma lei para proteger as crianças húngaras e há protestos contra isso na Europa Ocidental. Eles tentam trazer política para um evento esportivo quando esse evento não tem nada a ver com a legislatura nacional", completou o chanceler.

Por sua vez, a Federação Alemã de Futebol (DFB) concordou com a iluminação do estádio de Munique com as cores da bandeira do arco-íris. Entretanto, o porta-voz da seleção nacional, Jens Grittner, disse que o gesto não precisava ser feito necessariamente na partida contra a Hungria.

No domingo, a Uefa abriu uma investigação contra a federação pelo fato do goleiro Neuer usar, desde o início da competição, uma braçadeira de capitão com as cores da bandeira LGBTQI+. A entidade tentou avaliar um possível uso político do adereço, mas não puniu o jogador por entender ter se tratado de uma "boa causa".

Também neste fim de semana, a Uefa informou que irá abrir uma investigação sobre "possíveis atos discriminatórios" racistas e homofóbicos da torcida da Hungria na Eurocopa. A seleção húngara enfrentou Portugal e França na Puskas Arena, em Budapeste, com o estádio lotado nas duas ocasiões.

Segundo a imprensa francesa, a cada vez que Mbappé tinha a bola no jogo contra a Hungria, gritos de macaco eram entoados nas arquibancadas. Benzema, que tem raízes argelinas, também foi alvo de atos discriminatórios da torcida húngara. Faixas e cartazes com dizeres 'anti-LGBT' também foram levados para a arquibancada.

Na Allianz Arena, Alemanha e Hungria se enfrentam quarta-feira, às 16 horas (de Brasília), pela terceira e última rodada da fase de grupos da Eurocopa. As duas seleções integram o Grupo F.

Bélgica e Dinamarca são as seleções representantes do Grupo B nas oitavas de final da Eurocopa. Nesta segunda-feira, os belgas derrotaram a Finlândia, por 2 a 0, em São Petersburgo, enquanto os dinamarqueses golearam a Rússia, por 4 a 1, em Copenhague.

Com estes resultados, a Bélgica somou nove pontos, ficou na liderança da chave e agora vai enfrentar um dos terceiros colocados, domingo, em Sevilha, na Espanha. Já a Dinamarca, segunda colocada, com três pontos, atua no sábado, em Amsterdã, frente ao País de Gales. A Finlândia, terceira colocada, espera pelos demais resultados para ver se continua na disputa. A Rússia está eliminada.

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Em São Petersburgo, o domínio belga foi total nos primeiros 45 minutos. Os finlandeses não tiveram a menor intenção de atacar. Com isso, a seleção terceira colocada na última Copa conseguiu criar boas oportunidades, principalmente quando a bola passava pelos pés de De Bruyne.

O craque do Manchester City deixou Lukaku em dois momentos importantes, mas o atacante não teve sucesso nas finalizações. Doku e Witsel forçaram o goleiro Hradecky a fazer boas defesas. Um detalhe: foram feitas apenas sete faltas, sendo duas da Finlândia.

A Bélgica voltou mais agressiva na etapa final, a ponto de deixar espaços para o adversário, que até obrigou o goleiro Courtois a fazer uma defesa, aos 16 minutos, após finalização de Kamara. Mas o domínio foi muito grande e Lukaku teve um gol anulado pelo VAR, aos 20 minuto. Aos 28, não teve jeito. De Bruyne bateu escanteio pela esquerda, Vermaele tocou de cabeça, a bola bateu na trave e o goleiro Hradecky acabou tocando para dentro do gol. O juiz deu gol contra.

Daí até o final os belgas poderiam até construir uma vantagem bem maior, mas estavam satisfeitos com mais uma vitória. Mesmo assim, Lukaku deixou sua marca, aos 36, após novo passe recebido de De Bruyne.

GOLEADA - Em Copenhague, a Dinamarca, empurrada pela barulhenta torcida, teve a iniciativa no ataque, mas não conseguiu furar a retranca dos russos, que foram mais perigosos nos contra-ataques. Aos 17, Golovin quase abriu o placar, mas Schmeichel foi bem no lance.

O susto fez os anfitriões acordarem e aí a pressão foi maior até que Damsgaard, aos 37, acertou bonito chute colocado de fora da área, sem defesa para Safonov.

No segundo tempo, os russos se atiraram ao ataque, mas receberam um golpe muito duro, aos 13 minutos, quando Zobnin tentou recuar para Safonov, mas acabou dando uma 'assistência' para Poulsen fazer o segundo gol dinamarquês.

Mesmo desanimada, a Rússia diminuiu com Dzyuba em cobrança de pênalti, aos 24, mas não suportou a pressão do adversário, que alcançou a goleada, após belos gols de Christensen e Maehle.

A Uefa informou neste domingo que irá abrir uma investigação sobre "possíveis atos discriminatórios" racistas e homofóbicos da torcida da Hungria nos dois jogos que a seleção do país disputou na Eurocopa. A seleção húngara enfrentou Portugal e França na Puskas Arena, em Budapeste, com o estádio cheio nas duas ocasiões.

Segundo a imprensa francesa, a cada vez que Mbappé tinha a bola no jogo contra a Hungria, gritos de macaco eram entoados nas arquibancadas. Benzema, que tem raízes argelinas, também foi alvo de atos discriminatórios da torcida húngara.

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Além disso, faixas e cartazes com dizeres "anti-LGBT" foram levados para a arquibancada no primeiro jogo da Hungria, contra Portugal, e cânticos homofóbicos contra Cristiano Ronaldo foram entoados - o jogador é heterossexual.

Na última semana, o Parlamento da Hungria aprovou uma lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade entre menores de idade, restringindo os direitos de informação dos jovens com relação à homossexualidade e transsexualidade. O país é governado pelo primeiro-ministro de extrema-direita Viktor Orbán.

A Hungria acabou derrotada por Portugal por 3 a 0 e empatou com a França em 1 a 1. Na última rodada do grupo, joga contra a Alemanha na Allianz Arena, em Munique, e a Câmara Municipal da cidade alemã pediu que o estádio seja iluminado com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.

A Espanha empatou pela segunda vez na Eurocopa e ainda não conseguiu apresentar o futebol vistoso que o mundo está acostumado a ver. Na estreia, a equipe comandada pelo técnico Luis Enrique havia ficado no 0 a 0 com a Suécia, em um jogo truncado. Neste sábado, de novo topou com um adversário duro e com estilo parecido de jogo: a Polônia, que segurou o resultado de 1 a 1, com atuação inspirada do goleiro Szczesny, na segunda rodada da fase de grupos da competição, no estádio Olímpico de La Cartuja, em Sevilha.

O característico toque de bola dos espanhóis envolveu os poloneses no campo de ataque, com jogadas pelo meio, inversões de bola e cruzamentos pelas laterais, mas não havia efetividade nas finalizações e nos últimos passes, apesar da posse em grande parte do tempo.

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Em uma das investidas que deram certo, a Espanha abriu o placar, com Morata, aos 24 minutos, que escorou para as redes após chute de Moreno. A arbitragem havia anulado e dado impedimento no lance, mas o VAR revisou rapidamente e confirmou o gol do atacante.

O domínio da Espanha era claro, porém a Polônia chegou perto de empatar pelo menos duas vezes. Na principal delas, aos 42 minutos, teve bola na trave de Swiderski em finalização contundente e, no rebote, Simón defendeu chute de Lewandowski, que, até então, não havia marcado no torneio.

Não demorou muito para o primeiro do atacante, eleito o melhor do mundo em 2020, aparecer no marcador da Eurocopa. Aos 8 do segundo tempo, Lewandowski empatou o jogo em um gol de cabeça, após ganhar dividida no alto com o goleiro Simón.

Dois minutos depois, pênalti para a Espanha. Moreno, um dos melhores jogadores na partida, até então, foi para a bola na marca da cal, mas desperdiçou a cobrança e a oportunidade de dar a vitória a sua seleção.

Do meio para o final da partida, na segunda etapa, a estrela do goleiro Szczesny aparecia. O titular da Juventus foi o grande responsável por segurar o empate para a Polônia contra uma Espanha insistente. Chances claras de gol de Moreno, Morata e Fernán pararam no goleiro polonês. A pressão foi grande e a Espanha foi dominante, mas a Polônia aguentou o apito final e, mesmo com um empate, a sensação dos jogadores era de alívio com o primeiro ponto garantido na Eurocopa, mesmo estando na última colocação.

Com o empate em Sevilha, a seleção espanhola fica na terceira posição do Grupo E da Eurocopa, com dois pontos, enquanto a Suécia lidera, com quatro, e a Eslováquia vem logo atrás, com três.

Thiago Alcântara, brasileiro naturalizado espanhol, resolveu externar toda sua indignação com o VAR e mostrar que é a favor da extinção da tecnologia no futebol. Para ele, o árbitro de vídeo atrapalha e "acaba com a essência do futebol".

Em entrevista ao The Guardian, antes de a Espanha enfrentar a Polônia pela Eurocopa, neste sábado, em Sevilha, o meia do Liverpool não poupou críticas ao VAR. "Tenho aquela mentalidade de 'odeio o futebol moderno'. E uma atitude mais clássica", afirmou o jogador, que pegou ranço da tecnologia após ver o clube inglês prejudicado em algumas decisões polêmicas na temporada passada.

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"E depois há o VAR, ao qual sempre me opus. Remove a essência, o picaresco. Cometemos erros quando jogamos, os árbitros também devem cometer, pois são humanos. Sem malandragem, muitos momentos famosos da história do futebol não teriam acontecido", enfatizou o filho de Mazinho. "Além de tudo, quando marcamos, mesmo que seja um gol brilhante do meio-campo, temos de esperar, pois pode ser anulado."

O meia odeia ter de ficar aguardando para saber se um gol foi legítimo. Para ele, aqueles minutos de apreensão acabam até com a comemoração espontânea. "Você fica pensando: espero que não haja uma falta na preparação, espero que não haja impedimentos, espero, espero....", detonou.

Sobre futebol no campo, o jogador lamentou o desaparecimento cada vez maior dos clássicos camisas 10. "O futebol está adquirindo um ritmo diferente: mais acelerado, mais físico", avaliou. "E a figura do número 10 quase desapareceu. Vemos menos mágica, menos fantasia. Os jogadores de futebol fazem mais, mas mais rápido."

Esclarecido, ainda lamentou outra ausência do futebol: o drible. "Não há necessidade de driblar mais porque você só corre. Os jogadores são mais desenvolvidos em todos os sentidos", falou. "Você perde aquele jogador que é diferente, que 'respira'. O craque que era mais lento mesmo tendo uma técnica sublime não tem oportunidade de virar."

O meia dinamarquês Christian Eriksen recebeu alta do hospital nesta sexta-feira. A informação foi confirmada pela Associação de Futebol da Dinamarca (DBU, na sigla em dinamarquês). Seis dias atrás, o jogador de 29 anos sofreu parada cardíaca em campo durante o jogo de estreia da sua seleção na Eurocopa, em Copenhague. O episódio comoveu o mundo esportivo, pois Eriksen permaneceu 15 minutos sendo atendido no gramado, com massagens cardíacas, diante dos companheiros e dos torcedores no estádio.

Eriksen vai continuar o período de recuperação em sua residência. O jogador recebeu alta de uma operação bem-sucedida para a colocação de um cardioversor desfibrilador implantável (ICD, na sigla em inglês) em seu coração. O atleta também recebeu a visita dos seus companheiros da seleção dinamarquesa.

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"A operação correu bem e estou indo bem, de acordo com as circunstâncias médicas. Foi muito bom ver os caras novamente depois do jogo fantástico que fizeram na noite passada. Não há necessidade de dizer que estarei torcendo por eles na segunda-feira contra a Rússia", escreveu o atleta em mensagem divulgada pela DBU.

O aparelho que Eriksen passou a utilizar solta uma descarga elétrica em caso de parada cardíaca e atua também como marca-passo. O aparelho envia impulsos elétricos quando a frequência cardíaca é muito lenta, com o objetivo de evitar uma doença. Além desta função, também pode tratar de um ritmo muito rápido de batimentos cardíacos.

Ainda não há informações se o dinamarquês vai poder voltar a atuar. Outros jogadores, como o holandês Daley Blind, conseguiram prosseguir com a carreira no esporte depois da implantação do aparelho, que permite controlar e regular o ritmo cardíaco.

Na última terça-feira, três dias após sofrer o mal súbito, ele usou as suas redes sociais para se pronunciar oficialmente pela primeira vez. E se mostrou muito agradecido pelas inúmeras mensagens de apoio que tem recebido desde que está internado em um hospital da capital dinamarquesa.

Em um jogo de bom nível técnico em Amsterdã, a Holanda foi mais eficiente que a Áustria e derrotou a seleção adversária por 2 a 0, com um gol em cada tempo. Astro do time anfitrião, Depay marcou de pênalti e Dumfries selou o triunfo que garantiu aos holandeses a vaga antecipadas nas oitavas de final da Eurocopa.

Isso porque a seleção holandesa somou sua segunda vitória no torneio - havia vencido a Ucrânia na estreia - e se isolou na liderança do Grupo C, com seis pontos. É a terceira seleção a avançar às oitavas por enquanto - as outras são Itália e Bélgica.

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A Áustria parou nos três prontos, fruto do triunfo sobre a Macedônia do Norte na rodada de abertura da chave, o primeiro em sua história na competição. Está no terceiro lugar do grupo e ainda viva na briga pela classificação. Na rodada final, fará o duelo direto pela vaga ao mata-mata contra a Ucrânia.

Organizada, bem armada defensivamente e com meio-campistas e atacantes talentosos, a Holanda não fez um grande jogo, mas foi superior em boa parte do duelo disputado na Johan Cruijff Arena, em Amsterdã. Os anfitriões conseguiram um gol cedo, aos dez minutos, o que lhes ajudou em sua estratégia.

De Vrij se aventura no ataque pela direita, cortou para o meio após carrinho de Hinteregger e se jogou na área bizarramente. Na sequência do lance, contudo, Alaba pisou no pé de Dumfries. O árbitro foi ao monitor rever o lance e apontou para a marca da cal. Na cobrança, Depay bateu com força, rasteiro, no canto direito e o goleiro Bachmann não alcançou.

A Áustria passou a ter mais a bola após sofrer o gol, mas encontrava dificuldades para construir as jogadas ofensivas. A Holanda não dava espaços, mas também não conseguia sair em contra-ataque, o que deixou o jogo truncado no primeiro tempo. Com o meio congestionado, os austríacos tentaram o empate em arremates de fora da área, mas a pontaria estava descalibrada.

Os holandeses se defenderam bem e ficaram mais perto do segundo gol do que os austríacos do empate. Não fossem alguns detalhes teriam ampliado o marcador. Depay perdeu chance de ouro ao finalizar por cima do gol de Bachmann no lado esquerdo e Wijnaldum também quase marcou, mas Ulmer apareceu para tirar no meio do caminho.

Na etapa final, a Holanda prosseguiu com sua estratégia de deixar a bola com a Áustria e tentar, quando possível, um contragolpe para sacramentar o resultado. A proposta fez os holandeses levarem alguns sustos, mas a limitação dos austríacos impediu que eles incomodassem o rival a ponto de empatar e até virar o jogo.

Nesse cenário, os donos da casa armaram o tão almejado contra-ataque e anotaram o segundo gol, que definiu o placar aos 21 minutos. Com a defesa rival desarrumada, Malen avançou livre pela esquerda, entrou na área e rolou para Dumfries empurrar para o gol. Bachmann ainda tocou na bola, mas não evitou o gol que sacramentou o triunfo holandês em Amsterdã. A Áustria tentou alguns poucos ataques, mas, exceto o chute forte para fora de Alaba, o craque da equipe, não assustou.

Apesar da vitória, o time do técnico Frank de Boer teve mais sorte do que juízo em alguns momentos e tem lastro para apresentar um futebol melhor do que o que se viu nesta quinta-feira.

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