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Antes de se tornarem inimigos, Michael Cohen foi o advogado pessoal de Donald Trump e se orgulhava de ser seu "pitbull". Ambos são esperados nesta terça-feira (24) em um tribunal de Manhattan, em um julgamento civil que ameaça o império imobiliário do ex-presidente, que aspira a voltar para a Casa Branca.

Depois de pertencer durante muito tempo ao círculo mais próximo de Trump, antes de ser condenado a três anos de prisão no final de 2018 em um caso de pagamentos ocultos para proteger a reputação de seu ex-chefe, Michael Cohen é chamado ao banco das testemunhas no 15º dia deste julgamento civil, que vai durar até o Natal.

Donald Trump é acusado, junto com dois de seus filhos, Eric e Donald Jr., e dois executivos da Organização Trump, de ter supervalorizado, em centenas de milhões de dólares, o valor de seus campos de golfe, residências e arranha-céus de Nova York, na década de 2010 para obter empréstimos mais vantajosos dos bancos.

O ex-presidente pretende comparecer à audiência, o que anuncia um tenso cara a cara entre os dois homens que agora professam um ódio tenaz um pelo outro.

Em mensagem na rede X (ex-Twitter), Michael Cohen prometeu dizer "a verdade", "independentemente da campanha de difamação e assédio que Donald (Trump) continua travando contra mim".

Em outra publicação, acrescentou um desenho em que aparece atrás do favorito nas pesquisas primárias republicanas, com fundo de grades de prisão e a frase dirigida ao ex-chefe: "Vamos levar você de volta para sua cela".

- Credibilidade -

O ex-advogado, que se diz arrependido, será também uma das principais testemunhas de acusação em um dos quatro futuros julgamentos criminais de Donald Trump, em Nova Iorque, em março de 2024, sobre pagamentos para encobrir assuntos embaraçosos durante as eleições presidenciais de 2016.

Ele mesmo pagou US$ 130 mil (R$ 652,6 mil na cotação atual) à atriz pornô Stormy Daniels para manter silêncio sobre um suposto relacionamento com Donald Trump.

Michael Cohen já foi condenado neste caso e insiste em que agiu por ordem do seu antigo chefe.

Também está por trás do atual processo civil. Durante uma difícil aparição perante o Congresso dos Estados Unidos em fevereiro de 2019, afirmou que Donald Trump "inflou seu patrimônio quando isso convinha aos seus interesses".

A procuradora-geral do Estado de Nova York, Letitia James, abriu um inquérito e, após três anos de investigações, entrou com um processo exigindo, entre outras coisas, uma multa de US$ 250 milhões (R$ 1,25 bilhão na cotação atual).

Durante a investigação, Michael Cohen testemunhou sobre seu papel, confessando que tinha revisado para cima o valor de certos ativos imobiliários com o então diretor financeiro da Organização Trump, Allen Weisselberg, a pedido de Trump.

A defesa vai insistir na falta de credibilidade de uma testemunha de reputação duvidosa, condenada pela Justiça - em particular por mentir ao Congresso americano na investigação russa.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou seu ex-advogado Michael Cohen de mentir durante seu testemunho ante o Congresso, onde o chamou seu ex-cliente de "racista, vigarita e trapaceiro". "Ele mentiu muito", afirmou Donald Trump à imprensa em Hanói, ao fim da fracassada cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong Un.

O presidente americano insistiu que o depoimento de Cohen na quarta-feira (27) não forneceu evidências de conluio durante sua campanha eleitoral de 2016 com a Rússia. Cohen que não tinha provas concretas desse conluio, mas suspeitas. O presidente Trump reclamou que a declaração de Cohen aconteceu em meio à cúpula com o líder norte-coreano.

"Acho que ter um comparecimento falso como esse e no meio dessa importante cúpula é realmente algo terrível", disse Trump, insistindo que a investigação sobre a conivência com os russos é uma "fraude" e uma "caça às bruxas".

Dirigindo-se ao Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara na quarta-feira, Cohen - que foi condenado à prisão por crimes relacionados em parte com seu trabalho para Trump - expressou seu arrependimento por sua lealdade ao presidente no passado.

"Estou envergonhado por ter escolhido participar dos atos ilícitos de Trump ao invés de ouvir minha própria consciência", afirmou Cohen. "Ele é um racista. Ele é um vigarista. Ele é um trapaceiro", enfatizou.

Cohen disse que estava apresentando provas "irrefutáveis" dos erros de Trump, incluindo um cheque de "suborno" pago a duas mulheres pouco antes da eleição de 2016. Ele também revelou que sabia de antemão em 2016 que o WikiLeaks publicaria material para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton.

Além disso, denunciou que Trump dirigiu as negociações para construir uma Trump Tower em Moscou durante a campanha eleitoral de 2016, apesar de negar qualquer vínculo comercial com os russos.

Mas Cohen, de 52 anos, também afirmou que não tinha provas diretas de que Trump ou sua campanha de 2016 firmaram acordo com os russos, tema que está sendo investigado pelo Departamento de Justiça e pelo Congresso.

Michael Cohen, advogado de longa data de Donald Trump, atacou seu ex-cliente afirmando que o presidente dos Estados Unidos é "racista, vigarista e trapaceiro" em seu depoimento explosivo dado ante o Congresso americano nesta quarta-feira (27).

Dirigindo-se ao Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara, Cohen - que foi condenado à prisão por crimes relacionados em parte com seu trabalho para Trump - expressou arrependimento por sua lealdade ao presidente no passado.

"Estou envergonhado por ter escolhido participar dos atos ilícitos de Trump ao invés de ouvir minha própria consciência", afirmou Cohen. "Ele é um racista. Ele é um vigarista. Ele é um trapaceiro", enfatizou.

Cohen disse que estava apresentando provas "irrefutáveis" dos erros de Trump, incluindo um cheque de "suborno" pago a duas mulheres pouco antes da eleição de 2016. Ele também revelou que sabia de antemão em 2016 que o WikiLeaks publicaria material para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton.

Além disso, denunciou que Trump dirigiu as negociações para construir uma Trump Tower em Moscou durante a campanha eleitoral de 2016, apesar de negar qualquer vínculo comercial com os russos.

Segundo Cohen, Trump ordenou implicitamente que ele mentisse sobre o projeto, e indicou que os advogados da Casa Branca "revisaram e editaram" seu testemunho em 2017 quando mentiu ao Congresso sobre as negociações para a Trump Tower.

Mas Cohen, de 52 anos, também afirmou que não tinha provas diretas de que Trump ou sua campanha de 2016 firmaram acordo com os russos, tema que está sendo investigado pelo Departamento de Justiça e pelo Congresso.

Além disso, disse estar a par de outras irregularidades relacionadas com o presidente, sobre as quais não podia falar porque são alvo de uma investigação em andamento.

Ao ser perguntado se "há algum outro ilícito ou [ato] ilegal do qual tenha conhecimento com relação a Donald Trump que ainda não tenhamos discutido hoje?", Cohen respondeu: "Sim", explicando que o que sabe é parte da investigação realizada pelo tribunal federal do Distrito Sul de Nova York.

- "Está mentindo!" -

O presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, o democrata Elijah Cummings, disse que o testemunho de Cohen era "profundamente perturbador e deveria ser preocupante para todos os americanos".

"Se é tão explosivo quanto parece, creio que é o começo de um processo de julgamento político", declarou à rádio NPR o deputado democrata Jackie Speier, outro membro do painel.

Mais cedo, Trump, que está no Vietnã para uma segunda cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong Un, reagiu ao depoimento de Cohen vazado na imprensa, tentando desacreditar seu ex-advogado.

"Michael Cohen foi um dos muitos advogados que me representaram (infelizmente)", tuitou, afirmando que Cohen foi desabilitado por um tribunal estadual por "mentir e fraudar". "Ele está mentindo para reduzir o tempo de sua prisão!"

O advogado, no entanto, foi elogiado pela estrela pornô Stormy Daniels.

A atriz, cujo nome de registro é Stephanie Clifford, agradeceu-lhe em um comunicado por dizer a "verdade" perante o Congresso e se solidarizou ante a afirmação de Cohen de que se sentiu ameaçado por Trump.

"Entendo o seu medo, Michael. Eu também tenho uma família", disse, dirigindo-se a ele.

Cohen parecia tenso quando começou seu depoimento perante o Comitê - controlado pelos democratas desde janeiro - a única audiência aberta e televisionada das três marcadas esta semana.

Na terça-feira, Cohen passou oito horas a portas fechadas no Comitê de Inteligência do Senado, que está investigando a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e o comportamento de Trump durante a campanha.

Cohen vai testemunhar na quinta-feira em uma sessão fechada no Comitê de Inteligência da Câmara, que também analisa a interferência russo nas eleições, bem como as relações comerciais de Trump com os russos.

O testemunho de Cohen recebeu uma enxurrada de contra-ataques dos republicanos.

O deputado Matt Gaetz, aliado de Trump, tuitou uma ameaça velada a Cohen na terça-feira. "Sua esposa e seu sogro sabem sobre suas namoradas? Talvez esta noite seja um bom momento para esta conversa. Eu me pergunto se ela vai permanecer fiel quando você estiver na prisão. Ela está prestes a saber muitas coisas", escreveu Gaetz.

Os democratas expressaram indignação com o tuite, acusando Gaetz de intimidação ilegal de testemunhas.

- Sem "evidência direta" -

Sobre a intromissão russa nas eleições de 2016, Cohen disse que não tinha "nenhuma evidência direta" de conluio entre a campanha de Trump e Moscou. "Mas tenho minhas suspeitas", acrescentou.

Disse acreditar que Trump foi informado antecipadamente sobre uma reunião entre sua campanha e uma advogada russa que vendia "lixo" sobre Hillary Clinton, sua rival na eleição.

E declarou que estava presente em meados de 2016 quando o consultor da campanha republicana Roger Stone chamou Trump para informá-lo que o WikiLeaks estava prestes a publicar informações prejudiciais sobre Clinton, que havia recebido de hackers russos.

"O Sr. Trump respondeu dizendo 'não seria ótimo?'", contou Cohen.

Ele também afirmou que os Estados Unidos viram Trump cortejar supremacistas e intolerantes brancos, mas que no privado "é ainda pior".

"Uma vez ele me perguntou se eu poderia dizer um país dirigido por uma pessoa negra que não fosse uma 'merda'. Isso foi quando Barack Obama era presidente dos Estados Unidos", disse Cohen.

Além disso, revelou que Donald Trump deu uma falsa desculpa médica para evitar ser enviado para combater no Vietnã.

"Você acha que sou imbecil? Não ia mesmo para o Vietnã", teria dito Trump a seu advogado.

Trump recebeu uma dispensa médica para não ter que prestar serviço no Vietnã, em 1968, devido a esporões em seus calcanhares.

"Mas quando eu pedi os registros médicos, ele não me deu nada e disse que não havia feito cirurgia... Disse que não responderia às perguntas dos jornalistas, e que diria que recebeu uma dispensa médica".

"Acho irônico que hoje esteja no Vietnã", acrescentou, referindo-se à cúpula entre Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un em Hanói.

Michael Cohen, o ex-advogado de Donald Trump, começou nesta terça-feira (26) uma maratona de depoimentos no Congresso dos Estados Unidos sobre supostas relações com a Rússia e práticas empresariais irregulares do presidente americano.

Cohen, que há dois anos declarou que era "capaz de levar um tiro por Trump", vai falar perante uma comissão do Senado sobre "as mentiras, o racismo e as manobras" do presidente, além das "evidências de conduta criminosa" que o bilionário teria praticado para assumir o cargo, destacou o jornal Washington Post, citando fontes próximas ao caso.

O advogado, confidente e conselheiro de Trump durante muitos anos, foi condenado em dezembro passado a três anos de prisão pelos crimes de violação às leis de financiamento de campanha eleitoral e falso testemunho perante o Congresso. Esta pena entra em vigor a partir de 6 de maio.

Aos 52 anos, Cohen se transformou numa testemunha chave contra o presidente após ter concordado em cooperar com as investigações.

Nesta terça-feira, ele se apresentou perante a Comissão de Inteligência do Senado, onde manteve o silêncio.

A Casa Branca já encara com preocupação a iminente conclusão da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre suposta interferência russa a favor de Trump para derrotar a então candidata democrata Hillary Clinton na eleição presidencial americana de 2016. Este depoimento público pode também ofuscar o encontro entre Trump e o dirigente norte-coreano Kim Jong-un, previsto para o mesmo dia no Vietnã, sobre o arsenal nuclear da Coreia do Norte.

Direto de Hanói, capital vietnamita que serve de palco para o encontro dos dirigentes, a porta-voz da Casa Blanca, Sarah Sanders, desqualificou a credibilidade do ex-advogado do presidente dos Estados Unidos.

"É risível pensar que se possa acreditar em um mentiroso condenado como Cohen e é patético dar a ele uma nova oportunidade de difundir suas mentiras", declarou Sanders, nesta terça-feira.

Perante a comissão do Senado, o advogado terá que responder perguntas sobre as finanças da Organização Trump (para quem trabalhou por dez anos), as declarações de impostos do magnata, as questionadas prestações de contas de sua fundação e o projeto de construção de uma Torre Trump em Moscou durante a campanha para presidência dos Estados Unidos.

Tambén deverá ser interrogado sobre pagamento de 280 mil dólares para compra o silêncio de duas mulheres sobre supostas relações sexuais con bilionário.

Cohen, que já foi condenado por ter realizado esses pagamentos ilegais, disse à promotoria que cumpriiu ordens de Trump, envolvendo no delito o próprio presidente, que foi a público culpar seu ex-advogado por má gestão do dinheiro.

O ex-advogado pessoal do presidente Donald Trump, Michael Cohen, declarou-se nesta terça-feira (21) culpado em um tribunal de Manhattan, nos Estados Unidos, por violar as leis de financiamento de campanhas. Ele ainda admitiu a compra do silêncio da atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, que alega ter tido um relacionamento extraconjugal com o magnata.

Cohen fez um acordo com promotores federais de Nova York, para depor em uma investigação sobre fraude bancária e fiscal e violação das leis de financiamento de campanhas. Ao todo, ele confirmou estar envolvido em oito acusações.

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Em seu depoimento, o ex-advogado afirmou que o pagamento de US$130 mil a estrela pornô foi feito em nome "do candidato", fazendo referência a Trump. Além disso, tinha como "objetivo principal influenciar a eleição" presidencial em 2016.

A propina foi paga dias antes das eleições em que Trump derrotou a democrata Hillary Clinton. Desta forma, as autoridades norte-americanas investigam uma possível infração das regras de financiamento de campanha.

Cohen é alvo da Justiça por ter cometido fraude fiscal e por ter realizado empréstimos bancários irregulares. Ele também já estava sendo investigado pelos pagamentos de suborno que fez às mulheres que alegam ter tido relacionamentos com Trump. Em abril, agentes do FBI invadiram o escritório de Cohen em Nova York e apreenderam documentos e aparelhos eletrônicos.

As autoridades buscavam informações sobre uma transação entre o advogado e Stormy Daniels. Recentemente, o advogado também vazou à "CNN" uma gravação entre ele e o republicano antes do pleito presidencial, no qual os dois conversam sobre possíveis pagamentos para silenciar a modelo da Playboy Karen McDougal. Ambas as mulheres alegam ter tido relação sexual com Trump.

As alegações de Cohen poderão se estender para outras investigações, o que pode acabar atingindo o presidente dos Estados Unidos.

Da Ansa

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