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Os bancos vão abrir nesta terça-feira (24) em horário especial de atendimento. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nos estados com horário igual ao de Brasília o funcionamento na véspera do Natal será das 9h às 11h. Nos estados com diferença de uma hora em relação a Brasília, o atendimento será das 8h às 10h (9h às 11h no horário de Brasília). Nos estados com diferença de duas horas em relação a Brasília, o atendimento será das 8h às 10h (10h às 12h, no horário de Brasília).

O último dia útil do ano para atendimento ao público, com expediente normal para a realização de todas as operações bancárias solicitadas pelos clientes, será 30 de dezembro. No dia 31 (terça-feira), as instituições financeiras não abrem para atendimento.

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A Febraban lembra que as agências bancárias não funcionam em feriados oficiais, sejam eles municipais, estaduais ou federais. Dessa forma, os bancos não funcionarão nos dias de Natal (25) e da Confraternização Universal (1º).

A federação orienta a população a utilizar os canais alternativos de atendimento bancário para fazer transações financeiras, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes.

Os carnês e contas de consumo (como água, energia e telefone) vencidos no feriado poderão ser pagos, sem acréscimo, no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos próprios caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados, como sacados eletrônicos, poderão ser agendados ou pagos por meio do DDA (Débito Direto Autorizado).

 

Os bancos vão abrir em horário especial de atendimento na terça-feira (24). Nesta segunda-feira (23), os bancos funcionam normalmente.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nos estados com horário igual ao de Brasília, o horário de funcionamento na véspera do Natal será das 9h às 11h. Nos estados com estados com diferença de uma hora em relação à Brasília, o horário local será de 8h às 10h (9h às 11h no horário de Brasília). Nos estados com diferença de duas horas em relação à Brasília, o atendimento será de 8h às 10h (10h às 12h, no horário de Brasília).

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O último dia útil do ano para atendimento ao público, com expediente normal para a realização de todas as operações bancárias solicitadas pelos clientes, será 30 de dezembro. Já no dia 31 (terça-feira), as instituições financeiras não abrem para atendimento.

A Febraban lembra que as agências bancárias não funcionam em feriados oficiais, sejam eles municipais, estaduais ou federais. Dessa forma, os bancos não funcionarão nos dias de Natal (25/12) e da Confraternização Universal (01/01).

A federação orienta a população a utilizar os canais alternativos de atendimento bancário para fazer transações financeiras, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes.

Os carnês e contas de consumo (como água, energia e telefone) vencidos no feriado poderão ser pagos, sem acréscimo, no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos próprios caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados, como sacados eletrônicos, poderão ser agendados ou pagos por meio do DDA (Débito Direto Autorizado).

 

Os ataques a caixas eletrônicos em todo o Brasil tiveram uma queda de 43% de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em São Paulo, a redução foi ainda maior, de 72% no mesmo período, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os números da pasta incluem os roubos a banco em geral. Foram 25 casos entre janeiro e maio de 2018 e apenas sete ocorrências no mesmo período deste ano.

Para o diretor adjunto de Operações da Febraban, Walter Faria, parte da queda é decorrente da instalação de dispositivos que mancham de tinta as cédulas quando os caixas são arrombados. As ações dos órgãos de segurança estaduais e federais, e do Exército também contribuíram para a redução, segundo ele. Os dispositivos com tinta colorida já foram instalados pelos bancos em 75,6% dos caixas, até maio, em cidades com até 50 mil habitantes. Nas cidades com população entre 50 mil e 500 mil, 30% dos terminais já têm a tecnologia.

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A medida faz parte do compromisso dos bancos de combater esse tipo de crime e se adequar à lei 13.654, de abril de 2018, que alterou o Código Penal para reprimir principalmente o uso de explosivos nos ataques. Conforme a legislação, para municípios com até 50 mil habitantes, os bancos teriam até novembro deste ano para instalar a tecnologia da tinta em 50% dos terminais eletrônicos e até agosto de 2020 para atingir 100% dos caixas. Atualmente, o parque de caixas eletrônicos no país é de 168 mil unidades.

Em cidades maiores, o prazo vai até abril de 2021. Conforme a Febraban, a instalação do dispositivo prioriza as regiões com maior incidência de ataques. Segundo Faria, os bancos optaram pela tinta especial, a mesma usada pela Casa da Moeda para a fabricação das cédulas - produto indelével, impossível de eliminar. Faria explica que no caso de recebimento de cédula manchada, mesmo que em pequena quantidade, o cliente deve entregar o dinheiro para seu banco.

Queda

Um levantamento com 17 instituições financeiras que respondem por mais de 90% do mercado bancário mostrou que, em 2018, foram realizados 171 assaltos e tentativas a agências. O total é 21% menor que o registrado em 2017 (217), quase a metade de 2016 (339) e um décimo do registrado em 2000, quando houve 1.903 ocorrências. Conforme a Febraban, a queda nos índices também se deve às ações da polícia no desbaratamento de quadrilhas e ao trabalho de inteligência para identificar os grupos criminosos.

A redução no volume de dinheiro disponível nas agências, por causa do uso de canais eletrônicos para operações bancárias, também teve influência. Os bancos investem cerca de R$ 9 bilhões anualmente na segurança das agências.

No Estado de São Paulo, em 2018, tinham sido 4 roubos a banco em janeiro, 4 em fevereiro, 5 em março, 3 em abril e 9 em maio. Já este ano, houve 1 caso em janeiro, 2 em fevereiro e 2 em março. Abril e maio tiveram um registro em cada mês. A redução nos ataques coincide com ações mais ostensivas de repressão a esses crimes pelos órgãos de segurança.

No dia 4 de abril, uma ação da Polícia Militar resultou na morte de 11 suspeitos, em Guararema, na região metropolitana da capital. Os criminosos explodiram caixas de dois bancos, mas foram cercados por equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). A quadrilha já era monitorada e foi surpreendida pela ação policial.

Conforme a SSP, nos últimos seis anos o número de casos de ataques a caixas eletrônicos no Estado de São Paulo caiu 97,8%. No primeiro semestre de 2013 foram registradas 508 ocorrências desta natureza, contra 11 no mesmo período deste ano.

Paralelamente ao trabalho das polícias, a pasta informou ter liderado discussão sobre o combate a este tipo de crime com outras instituições como a Febraban, o Exército e a União. "Dentre as medidas, há a decisão do Exército de obrigar as empresas a terem escolta privada para evitar o extravio de dinamite e o mapeamento georreferenciado dos caixas eletrônicos para dar maior eficiência ao policiamento", disse em nota.

A tendência para o crédito no País é andar de lado sem crescimento da economia e recuperação do emprego, de acordo com o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari. Apesar disso, segundo o executivo, o banco descarta revisar os guidances deste ano. O Bradesco espera que o crédito cresça entre 9% a 13%.

"Todas as casas acabaram revendo as projeções do PIB para baixo. Se o País não cresce, a economia não cresce, o emprego não se recupera, a tendência do crédito é andar de lado", disse o presidente do banco, que participou nesta terça-feira do Ciab, tradicional feira de tecnologia bancária, promovida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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Para reverter esse cenário, o Bradesco tem focado em linhas com mais probabilidade de crescimento, especificamente, na pessoa física. Estão na mira do banco as modalidades de consignado, com desconto em folha, imobiliário, crédito pessoal e para a compra de veículos. "São carteiras nas quais dá para crescer, sobretudo, com segurança. No resto das operações, sobretudo para pessoa jurídica, crescimento vai ficar bem baixo", acrescentou Lazari.

Em relação ao segundo semestre, o presidente do Bradesco disse que, se acontecer de fato, a reforma da Previdência, com aprovação entre o final de julho começo de agosto, pode beneficiar o último trimestre do ano. "Se isso acontecer, acredito que podemos ter uma recuperação de crédito no último trimestre do ano", disse ele, que acrescentou: "O primeiro trimestre foi fraco (em demanda para crédito) e o segundo também está fraco."

Sobre o openbanking, que vai permitir o compartilhamento de informações de clientes com concorrentes, Lazari disse que o cronograma, que tem início no segundo semestre do ano que vem, é ousado. Apesar disso, internamente o banco tem feito a lição de casa e espera oferta produtos financeiros e não-financeiros a partir de parceria com concorrentes e fintechs.

CSLL

O presidente da Bradesco afirmou que os bancos vão pedir a manutenção da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) em 15%, mas que estão dispostos a colaborar com a situação fiscal do País caso seja elevado para 20%. O tributo foi aumentado para 20% em 2015, mas a alíquota deixou de vigorar no final do ano passado.

Agora, o Congresso cogita voltar a elevar a CSLL para as instituições financeiras. "Não é por causa da reforma da Previdência. Pode acontecer. Não tem problema. Nós vamos cumprir", disse Lazari.

Segundo ele, não há uma mobilização entre os bancos para barrar o possível aumento do tributo, mas o setor vai pedir que se mantenha em 15%, como tratado no passado. "Temos disposição em colaborar como já fizemos no passado", acrescentou.

Sobre o encaminhamento da reforma tributária em paralelo à da Previdência, Lazari afirmou que é positivo. "A simplificação tributária e fiscal e a independência do Banco Central têm de andar. Essa agenda tem de ser preparada junto com a reforma da Previdência, que está caminhando", destacou.

O executivo disse que espera que a reforma da Previdência passe entre o final de julho e agosto para que em setembro o País já consiga andar com essa outra agenda no Congresso - de simplificação tributária e fiscal e independência do Banco Central. "Seria bom ter esses assuntos todos discutidos até o final deste ano para começar 2020 com uma perspectiva totalmente diferente", afirmou Lazari.

Conversas de Moro

O presidente do Bradesco disse também que o vazamento de mensagens do aplicativo Telegram atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol, e o então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, não deve atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência e o andamento da pauta econômica.

"Uma coisa é a pauta econômica, de reforma da Previdência, que o Congresso tem que estar focado porque é imprescindível para o País", disse ele, a jornalistas, após participar do Ciab Febraban.

Segundo ele, a reforma da Previdência é o abre alas de uma série de outras reformas como a independência do Banco Central e a simplificação tributária e "não tem nada a ver com isso que está acontecendo".

"O foco do Congresso, de (Davi) Alcolumbre, presidente do Senado, de (Rodrigo) Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e do próprio presidente (Jair Bolsonaro) tem de ser passar a reforma da Previdência independentemente de outros assuntos", acrescentou Lazari.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, fez um apelo nesta terça-feira (4), para que o próximo governo comece o ajuste fiscal com a reforma da Previdência. "É o cerne do problema", ele disse, em palestra em evento da Febraban.

Na visão do ministro, o Brasil ainda tem a chance de fazer um ajuste fiscal gradual e, sabendo de suas vulnerabilidades, precisa enfrentá-las antes que o cenário externo "fique ainda mais adverso". "Outras economias não conseguiram realizar um ajuste fiscal, e isso leva a medidas urgentes de curto prazo, que no Brasil acabariam reforçando as distorções que temos", disse Guardia, que ressaltou que, na reunião do G-20, o tom era de preocupação com 2019.

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Na opinião de Guardia, seria um erro revogar o teto de gasto, que se tornou uma espécie de garantia aos investidores internacionais de que haverá algum controle de despesas. E, para que o teto seja respeitado, é necessário realizar a reforma da Previdência. "A manutenção do teto é crível pelos próximos quatro anos, pelo menos até o próximo governo", disse.

Para o ministro, a continuidade do processo de reformas vai exigir um diálogo entre os poderes Judiciário e Legislativo. Também afirmou que os governos estaduais precisam controlar os gastos, que ainda crescem mais que a inflação.

Boletos a partir de R$ 100, vencidos ou não, poderão ser pagos em qualquer agência bancária a partir deste sábado (13), por meio da nova plataforma de cobrança da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Até o dia 10 de novembro todos os boletos de doações, cartões de crédito e outros pagamentos de qualquer valor passarão a ser aceitos em todos os bancos. Entre as vantagens para o cliente, a Febraban destaca que o comprovante de pagamento é mais completo, apresentando detalhes como juros, multa, desconto, além de informações do beneficiário e do pagador.

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A nova plataforma da federação também cruza informações para evitar inconsistências de pagamento, identificação do CPF do pagador para controle de lavagem de dinheiro e mais transparência na relação com o consumidor.

Mas a Febraban alerta que os clientes com boletos sem registro na plataforma e que forem rejeitados deverão procurar o emissor do documento para quitar o débito. Além disso, se houver divergência em alguma das informações que constam no documento, o pagamento não será autorizado e o cliente poderá quitar o débito somente no banco que emitiu a cobrança, que tem condições de realizar as checagens necessárias.

O Banco Central determina que todos os boletos enviados aos consumidores devem conter o nome, CPF do pagador, data de vencimento, valor do pagamento e autorização do cliente para que os bancos enviem a cobrança à residência.

Um acordo entre o Ministério do Planejamento e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) vai permitir que outras instituições financeiras, além da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, possam fazer os depósitos automáticos do saldo do Fundo PIS/Pasep na conta de seus clientes que têm direito ao benefício.

Até então, quem não tinha conta na Caixa ou no BB, necessariamente teria que comparecer pessoalmente às agências de um desses bancos públicos para fazer o resgate. A medida, que deverá ser assinada na semana que vem, tem potencial para injetar mais R$ 8 bilhões, beneficiando diretamente 9 milhões de pessoas, segundo estimativas do governo.

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Desde que o governo federal deu início ao processo de flexibilização dos saques do Fundo PIS/Pasep, em outubro de 2017, até a última atualização do balanço de pagamentos, no último dia 19 de agosto, foram pagos R$ 13,8 bilhões, atendendo 13 milhões de pessoas. Esse número representa 45,5% do total de cotistas do Fundo PIS/Pasep.

O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, havia dito, em junho, numa entrevista à TV NBR, que parte dos cotistas do PIS/Pasep que não tinham contas na Caixa ou no Banco do Brasil - onde o crédito é automático - poderiam deixar de fazer o saque, reduzindo pela metade a estimativa resgate dos mais de R$ 34 bilhões parados nas contas inativas do fundo. Com o acordo entre o governo e a Febraban, a expectativa é que o volume resgatado seja bem superior ao previsto, já que mais bancos poderão efetuar o crédito automático. 

Por questões de segurança, segundo o Planejamento, apenas as contas correntes identificadas que estiverem com saldo positivo e sendo movimentadas nos últimos seis meses estarão aptas a receber o depósito automático.

Até o dia 28 de setembro de 2018, cotistas de todas as idades têm direito a fazerem os seus saques. Ao todo, são 15,6 milhões de pessoas aptas a resgatar o benefício, com recursos que totalizam R$ 28,4 bilhões. 

Ainda segundo o governo, os beneficiários que não receberem o crédito automático, por não possuírem conta corrente ou se estiverem com o cadastro desatualizado no Fundo PIS/Pasep, devem se dirigir às agências bancárias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para realizar os saques.

A estratégia do governo com a flexibilização dos recursos do fundo é impulsionar a economia, seguindo o modelo adotado na liberação de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que representaram cerca de R$ 43 bilhões em movimentação no ano passado. O Ministério do Planejamento calcula que o impacto da liberação desses recursos poderia reforçar o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 0,55 ponto percentual em 2018, um valor expressivo tendo em vista a expectativa de crescimento esse ano está em 1,6%.

Quem tem direito

Têm direito ao saque servidores públicos e empregados que trabalharam com carteira assinada entre 1971, quando o PIS/Pasep foi criado, até 1988. Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque. Isso ocorre porque a Constituição, promulgada naquele ano, passou a destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Desde a criação do PIS/Pasep, em 1971, o saque total só podia ser feito quando o trabalhador completasse 70 anos, se aposentasse, tivesse doença grave ou invalidez ou fosse herdeiro de titular da conta. No segundo semestre do ano passado, o governo já tinha enviado ao Congresso duas medidas provisórias (MPs) reduzindo a 60 anos a idade para saque, sem alterar as demais hipóteses de acesso aos recursos.

O Projeto de Lei de Conversão 8/2018, decorrente da MP 813/2017, que permitiu os saques, foi aprovado pelo Senado no dia 28 de maio e sancionado pelo presidente Michel Temer em junho, quando a flexibilização do saque passou a valer na prática.

Os gastos dos bancos com tecnologia, seja com investimentos ou despesas, no ano passado totalizaram R$ 19,5 bilhões, representando uma alta de 5% em relação a 2016, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 3, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada em parceria com a consultoria Deloitte. Dessa forma, houve uma retomada no aumentos dos gastos, por parte dos bancos, após dois anos em queda: 2016, de R$ 18,6 bilhões, e 2015, com R$ 19,1 bilhões. Os valores, porém, seguem abaixo do recorde registrado em 2014, de R$ 21,4 bilhões.

Apenas os investimentos dos bancos em 2017 atingiram R$ 6 bilhões, representando um incremento de 13% frente a 2016. Desse total, os aportes em software somaram R$ 3,5 bilhões, seguido por hardware (R$ 2,2 bilhões) e telecom (R$ 300 milhões). Pelo lado das despesas com tecnologia, houve crescimento de 1,5%, para R$ 13,5 bilhões, puxado pelos gastos com softwares (R$ 6,3 bilhões), hardware (R$ 4,1 bilhões) e telecom (R$ 3,1 bilhões).

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Em relação aos canais, a pesquisa apurou um aumento de 10% no total de transações, que somaram 71,8 bilhões de movimentações bancárias. Este crescimento foi liderado pelos canais digitais, com alta de 30%. No ano passado, foram 25,6 bilhões de transações por meio do mobile banking, ante 18,6 bilhões registradas em 2016, alta de 37,6%. Enquanto isso, as transações com internet banking aumentaram 2%, para 15,5 bilhões. Na sequência aparecem as movimentações por meio de autoatendimento (9,9 bilhões), pontos de venda no comércio (9,4 bilhões) e agências bancárias (5,5 bilhões).

De acordo com a pesquisa, 59 milhões de clientes utilizaram contas com mobile banking nos últimos seis meses, frente a 40 milhões de 2016 e 33 milhões de 2016. Já os clientes com internet banking somaram 59 milhões no ano passado, ante 46 milhões em 2016 e 42 milhões em 2015.

Por outro lado, ocorreu uma redução no total de agências tradicionais no País, que ao final do ano passado somavam 21,8 mil unidades, ante 23,4 mil em 2016 e 22,9 mil de 2015. Junto com esse movimento, houve um decréscimo no total de caixas eletrônicos, que encerrou 2017 com aproximadamente 170 mil autoatendimentos, contra 176 mil de 2016 e 182 mil de 2015.

Já o total de agências digitais saltou de 101 em 2016 para 373 em 2017. Para dar conta desse aumento, cerca de 80% dos bancos investem em tecnologias como inteligência artificial ou computação cognitiva.

Em relação ao outros países, em dólares, os gastos com tecnologia aumentarem 15%, acima da média global, de 3,6%. Assim como no mundo, o governo lidera os dispêndios com tecnologia bancária no Brasil, com uma fatia de 15% dos aportes, ante 16% na média de outros países.

A pesquisa contou com a participação de 24 bancos em 2017, frente a 17 instituições financeiras em 2016. Segundo o levantamento, a amostra da pesquisa representou 91% dos ativos da indústria bancária.

A partir deste sábado (24), boletos vencidos acima de R$ 800 poderão ser pagos em qualquer banco. A medida faz parte da nova plataforma de cobrança da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que começou a ser implementada em julho do ano passado. O novo sistema reduz o risco de erro no cálculo de multas e encargos.

Segundo a Febraban, o novo recurso moderniza o sistema de cobrança existente há mais de 20 anos no país. Entre os benefícios, além da quitação do documento após vencimento em qualquer agência bancária participante, a nova plataforma evitará o pagamento em duplicidade.

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As mudanças estão sendo feitas de forma escalonada, tendo sido iniciada com a permissão para quitação de boletos em atraso em qualquer agência bancária acima de R$ 50 mil. A partir de 26 de maio, serão permitidos os boletos acima de R$ 400 e a expectativa é que até setembro deste ano o processo seja concluído.

Mesmo com agências fechadas em finais de semana, os consumidores podem pagar boletos em caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento 24 horas, aplicativos e sites de bancos, mas neste caso o pagamento só será compensado no próximo dia útil.

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Bancos vão oferecer uma porta de saída ao cheque especial para clientes que usarem 15% do limite da conta por 30 dias e a adesão a essa nova operação mais barata não será obrigatória, como acontece com quem usa o rotativo do cartão de crédito. O modelo desenhado para reduzir o juro cobrado no cheque especial foi apresentado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao Banco Central e deve ser anunciado ainda em março para vigorar no segundo semestre, talvez em julho.

Duas fontes que acompanham as discussões disseram ao Estadão/Broadcast que o modelo de autorregulação do cheque especial está praticamente pronto e já conta com o aval do Banco Central para a maioria dos pontos. Proposta pelos bancos, mas sob supervisão do BC, a nova regra tem como objetivo reduzir o custo do crédito cuja taxa média ficou em 324,7% ao ano em janeiro, pouco abaixo do rotativo do cartão que cobrou 327,9%. A iniciativa foi antecipada pelo Estadão/Broadcast em janeiro.

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A principal característica do novo modelo é que a adesão ao crédito mais barato não será obrigatória. Quando o correntista usar ao menos 15% do limite da conta por 30 dias, o banco vai propor linhas de crédito alternativas com juros menores. A oferta, segundo as fontes, será feita de "forma enfática".

Clientes que não aderirem à operação de crédito proposta não sofrerão nenhum tipo de punição e o uso do limite da conta seguirá normalmente, segundo as fontes. A adesão não obrigatória é diferente do adotada no cartão de crédito, onde o cliente que usar o rotativo por mais de 30 dias deve obrigatoriamente pagar a conta ou aderir a uma nova operação mais barata. Se não fizer nada no cartão, entra na lista de inadimplentes.

Durante as negociações sobre o novo modelo, bancos e o próprio BC chegaram ao entendimento de que o modelo ideal não deveria ser o de adesão obrigatória porque a solução aplicada ao rotativo sofreu críticas e questionamentos legais de entidades de defesa do consumidor e até do Ministério Público.

Regras

A Febraban pretende anunciar o novo modelo ainda este mês e o calendário proposto prevê início de funcionamento das regras em julho. Há, porém, alguns pontos a serem desenvolvidos pelos bancos. O principal deles é um sistema que permita às instituições financeiras comprovar ao BC que foi feita oferta de crédito mais barato ao cliente que estiver pendurado no especial.

Bancos estão desenvolvendo plataformas para conseguir comprovar a oferta ao BC. Se esse trabalho para criação dos sistemas atrasar, o início das novas regras poderia ser postergado em algumas semanas, talvez para agosto ou setembro.

Algumas instituições também estão preocupadas com os chamados clientes "não digitais". Correntistas com relacionamento tradicional que têm contato com o banco apenas por meio da agência, por exemplo, terão dificuldade em serem avisados com rapidez de que estão usando mais de 15% do limite da conta.

Procurado, o BC informou que o assunto está na alçada da Febraban. A reportagem não conseguiu contato com a Febraban. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mudança no funcionamento do cheque especial para reduzir o juro deve ser anunciada ainda este ano. A informação foi dada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), instituição que coordena as conversas para adoção das novas regras. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou o apoio à iniciativa antecipada pelo Estadão/Broadcast com a avaliação de que o juro cobrado pelo uso do limite da conta corrente é "muito elevado".

Além das instituições financeiras e do Banco Central, as negociações para adotar nova mecânica para o cheque especial também envolvem o Ministério da Fazenda. "É importante a queda do juro que está muito elevado", disse o ministro. Segundo Meirelles, a equipe econômica contribui com o debate, mas ainda não há medida específica definida para reduzir o juro. "Estão sendo estudadas várias alternativas."

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Uma das opções é adotar prazo máximo para o uso do limite da conta corrente. O modelo seria comparável ao do cartão de crédito, cuja regra, adotada desde o ano passado, impede o cliente de permanecer por mais de 30 dias no rotativo - financiamento automático quando a fatura não é paga integralmente. Se esse prazo de um mês é atingido, bancos são obrigados a oferecer nova operação mais barata, como o parcelamento da dívida. Em nota, a Febraban confirmou que estuda o tema, "elabora propostas para melhorar o instrumento e as anunciará, neste ano, quando forem concluídas".

Margem. A mudança no cheque especial faz parte de um conjunto de ações em avaliação pela associação para melhorar o ambiente de crédito no Brasil. Nesse esforço da entidade, o principal objetivo é a redução da margem cobrada pelos bancos nas operações de crédito - o chamado spread - diferença entre o custo que os bancos têm para captar e a taxa cobrada aos clientes.

Na nota, a Febraban diz que trabalha "continuamente para garantir uma redução estrutural do spread bruto - a diferença entre as taxas cobradas nas concessões de crédito e as taxas de captação das instituições financeiras". Parte das novas regras do funcionamento do cartão adotadas no ano passado nasceu nas próprias instituições financeiras que operam cartões de crédito.

Taxas. O cheque especial tem o segundo maior juro entre as operações para pessoas físicas. Em novembro, bancos cobraram média de 323,7% ao ano. Isso faz com que o uso de R$ 1 mil do limite da conta se transforme em R$ 4.237 após um ano. A operação mais cara do sistema financeiro é o crédito rotativo pago em atraso, o chamado "não regular", cujo juro ficou em 410,4% ao ano em novembro. Essa transação não foi afetada pelas novas regras do cartão de crédito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou nesta terça-feira (26) que a partir desta quarta (27) os clientes que precisarem sacar, na boca do caixa, valor igual ou acima de R$ 50 mil, em dinheiro, terão que seguir novas regras. A operação terá que ser informada ao banco com no mínimo três dias úteis de antecedência. Também será preciso fornecer dados adicionais sobre a transação, como os motivos da movimentação financeira. Até agora, a comunicação prévia ao banco era exigida apenas com um dia útil de antecedência e para valor igual ou acima de R$ 100 mil.

As exigências, segundo a Febraban, constam da circular 3.839 do Banco Central, publicada em 30 de junho, com prazo de 180 dias para entrada em vigor. Além da redução do limite para valores de comunicação obrigatória, outra importante mudança é a padronização dos dados a serem incluídos em um formulário que será fornecido pelos bancos. Entre as informações exigidas, está a finalidade a ser dada ao valor sacado, além da identificação dos responsáveis e dos beneficiários do saque.

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O formulário pode ser preenchido por meio eletrônico nos portais dos bancos ou nas agências bancárias. Deve ser entregue à instituição financeira com no mínimo 3 dias úteis de antecedência à retirada do dinheiro para que o valor seja reservado.

As informações fornecidas pelos clientes serão automaticamente encaminhadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). "Os bancos apoiam os novos procedimentos e controles das operações com recursos em espécie", afirma, em nota, o diretor adjunto da Comissão de Prevenção a Lavagem de Dinheiro da Febraban, Adriano Volpini. "Essas medidas contribuem para aprimorar as políticas oficiais de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, e, ao mesmo tempo, darão mais segurança aos clientes na realização das operações."

O diretor da Febraban explica que os ajustes promovidos pelo Banco Central fazem parte de debates ocorridos na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), instância criada em 2003 para articular a ação de entidades públicas e da sociedade civil na prevenção e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

"Como a nova regra entra em vigor num período de grande movimentação no comércio (logo após o Natal), a orientação para os clientes pessoas físicas e jurídicas é dar preferência aos canais eletrônicos para transferências e outras transações", alerta Volpini.

A partir de hoje, boletos vencidos poderão ser pagos em qualquer banco. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) começa a adotar, de forma escalonada, uma plataforma de cobrança que permite a quitação de boletos em atraso em qualquer agência bancária.

Por enquanto, a novidade só estará disponível para os boletos de valor igual ou superior a R$ 50 mil. O valor mínimo será reduzido para R$ 2 mil em 11 de setembro, R$ 500 em 9 de outubro e R$ 200 em 13 de novembro. A partir de 11 de dezembro, boletos vencidos de todos os valores passarão a ser aceitos em qualquer banco.

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A nova plataforma de cobrança permitirá a identificação do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do pagador, o que facilitará o rastreamento de pagamentos. Ao quitar o boleto, o próprio sistema verificará as informações. Se os dados do boleto coincidirem com os da plataforma, a operação é validada. Caso haja divergência nas informações, o pagamento só poderá ser feito no banco de origem da operação.

Conforme as datas de adoção da nova plataforma e as faixas de valores, os bancos deixarão de aceitar boletos sem o CPF ou o CNPJ do pagador. Os clientes sem esses dados serão contatados pelos bancos para refazerem os boletos.

De acordo com a Febraban, o atual sistema de cobrança funciona há mais de 20 anos e precisava ser atualizado. A previsão inicial era que o novo sistema entrasse em vigor em março para valores acima de R$ 50 mil, mas teve que ser adiada para este mês. Segundo a Febraban, o adiamento foi necessário para garantir a alimentação da plataforma de cobrança por todas as instituições financeiras.

Os consumidores terão mais facilidade para realizar pagamentos de boletos a partir da segunda-feira (10). Na próxima semana já será possível pagar documentos de outras instituições e que estejam vencidos. No entanto, inicialmente, nem todas as cobranças serão aceitas. 

A partir da segunda-feira, os boletos a partir de R$ 50 mil poderão ser pagos em outras instituições mesmo que já estejam vencidos. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os valores irão mudando gradativamente e irão decrescer, a fim de ampliar o recebimento do pagamento dos documentos. A Febraban informa que este modelo de pagamento trazem mais controle e segurança, garantindo, dessa forma, maior confiabilidade e comodidade aos consumidores.

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A expectativa é de que em setembro o sistema já esteja processando boletos de R$ 2.000,00 a R$ 49.999,00. Já no próximo mês esses valores decaem para entre R$ 1.999,99 e R$ 500,00. Na sequência, em novembro, de R$ 499,99 até R$ 200,00, e em 11 de dezembro, qualquer valor.

 

 

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou hoje (10) que o brasileiro está aderindo às soluções digitais para os serviços bancários, através da Pesquisa de Tecnologia Bancária. O estudo entrevistou 17 instituições financeiras no Brasil, que representam 91% do mercado.

Segundo o estudo, as transações por celular dobraram em 2016 e atingiram o total de 21,9 bilhões de operações, um crescimento de 96% em relação a 2015. Atualmente, existem 42 milhões de contas ativas no Brasil que já utilizam esse recurso, o que representa um crescimento de 27%. Também aumentou o atendimento em canais digitais e o uso em agências bancárias, responsáveis por 16% dos atendimentos.

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A pesquisa também apontou um aumento expressivo nas operações financeiras realizadas em smartphones, com crescimento de 140% em um ano, indicando aumento da percepção de segurança nas operações. De acordo com a análise, os três tipos de transações mais realizadas pelo mobile banking foram transferências bancárias, pagamentos de contas e consultas de saldos.

Outro dado explorado no estudo é que 9,5 milhões de pessoas são consideradas como heavy users, ou seja, usuários constantes por meio de smartphones. Esse público realiza mais de 80% de suas operações bancárias através desse canal.

Um projeto da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) deixará os boletos bancários mais modernos com a possibilidade de pagamento em qualquer banco mesmo após seu vencimento. Para isto, todos os títulos de cobrança devem ser registrados em uma mesma plataforma até o fim do ano, portanto, as empresas e instituições financeiras passarão a mudar a forma como organizam os pagamentos. Esta mudança passa a valer a partir de março deste ano. A medida também visa reduzir as fraudes facilitadas através do recurso de boletos bancários. 

Desde 2015, investigações de irregularidades envolvendo esse meio de pagamento já vêm sendo realizadas. A emissão de 3,7 bilhões boletos naquele ano chamou a atenção de criminosos especialistas em fraudes de documentos. A facilidade vinha da falta de registro desses títulos de cobrança, afinal, o banco só tem conhecimento da emissão de boletos quando essas formas de pagamento chegavam à compensação. Somente em 2016 foram desviados cerca de R$ 320 milhões neste esquema, segundo informações do jornal Valor Econômico. 

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A mudança virá com um novo sistema cuja empresa que emite boleto deverá enviar os dados ao banco, para que ele tome conhecimento do documento e, durante o pagamento, as informações serão cruzadas. Outras vantagens trazidas na novidade são a impossibilidade de pagamento em duplicidade e também evita erros de preenchimento.

Início

De forma gradual, segundo a Febraban, em março os títulos acima de R$ 50 mil receberão o novo sistema. No calendário, está previsto para a emissão de documentos a partir de R$ 2 mil dois meses depois. Até dezembro, o sistema já estará ativo para todos os valores de boletos. O registro não é obrigatório, mas terá custos acima do cobrado atualmente.

Após trinta dias de greve e várias rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) - entidade paralela à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) - apresentou uma nova proposta de reajuste aos bancários para 2016. A sugestão inclui aumento salarial, entre outros benefícios presentes na pauta da categoria. Apesar disso, os trabalhadores decidiram que a paralisação vai continuar.

No final da noite desta quarta-feira (5), depois da realização de um ato contra a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), a comissão nacional informou que a Federação Nacional apresentou reajuste de 8%, mais abono de R$ 3.500. Além disso, aumento de 15% no vale alimentação; 10% no refeição e 10% no auxílio creche-babá. Outros benefícios também foram oferecidos, como é o caso de 20 dias na licença maternidade e emprego - centro de realocação e requalificação. Já para 2017, foi oferecido um reajuste de INPC + 1% de aumento real no salário e em todas as verbas. Quanto aos dias de paralisação, estes deveriam ser compensados, no entanto, de acordo com o comando de greve, houve o abono total dessa compensação.

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As reivindicações da categoria se referem à luta por melhores condições de trabalho, reajuste de 14,78% - inflação de 9,78% mais 5% de ganho real -, redução das taxas de juros, igualdade de oportunidades e fim dos assédios moral e sexual. De acordo com o Sindicato dos Bancários, a greve permanece e assembleias serão realizadas em todos os estados a fim de definir se a categoria aceitará a proposta ou não.

A greve dos bancários caminha para ser uma das mais extensas da história do sistema financeiro. Os bancos estão mais duros na negociação, prevendo que os lucros tendem a encolher pela primeira vez em décadas, reflexo da crise que elevou os calotes e exigiu aumentos nas provisões para devedores duvidosos. O impacto da paralisação nos resultados, porém, é cada vez menor, por causa da digitalização das transações, via computadores e do celulares.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou, em nota ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o uso de canais alternativos às agências bancárias para fazer operações, especialmente os meios eletrônicos, têm sido eficazes para minimizar os efeitos da greve. Juntos, internet banking (pelo computador) e mobile banking (via celulares e tablets) respondem por mais da metade das transações bancárias (54%).

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"O internet banking foi o canal responsável pelo maior número de transações em 2015, com 33% do total, o equivalente a 17,7 bilhões de operações bancárias. As contas com internet banking saltaram de 56 milhões, em 2014, para 62 milhões no ano passado", diz a Febraban.

O executivo de um grande banco, que não quer ser identificado, confirma que a tecnologia alivia cada vez mais o impacto da greve. "Essa greve gerou menos impacto por conta da utilização de canais digitais, que está muito forte. Depósito em cheque basicamente acabou. Todo mundo hoje tem um smartphone e a utilização dos canais digitais tem crescido geometricamente em todos os bancos."

No ano passado, as transações bancárias pelo mobile banking cresceram 138% ante 2014, totalizando 11,2 bilhões de operações, segundo a Febraban. Conseguiu, com isso, ser o segundo canal mais usado, atrás apenas do internet banking. Em algumas instituições, conforme fontes, o mobile já galgou a liderança nos meios utilizados para transações bancárias.

Após cinco rodadas de negociações e sem consenso entre bancários e banqueiros, a paralisação completou 18 dias ontem. Na próxima segunda-feira, passará a ter a mesma duração da mobilização no ano passado, de 21 dias. Pode se tonar a mais longa dos últimos anos, superando a de 2013, quando os trabalhadores do sistema cruzaram os braços por 24 dias, segundo contabilizou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O sindicato estima a participação de 60 mil trabalhadores. No total, 16 centros administrativos e 780 agências foram fechadas ontem. Apesar do eventual recorde, os bancos, conforme fontes, tendem a não oferecer um reajuste maior do que o concedido em 2015. No ano passado, a categoria reivindicou 16%, mas o reajuste ficou em 10%, com correção de 14% no vale-refeição e alimentação.

Neste ano, a diferença está ainda maior. Os bancos oferecem 7% (o que leva a 2,39% de perda salarial) e um abono de R$ 3,3 mil. Os bancários pedem o dobro, aumento de 14,78% (ganho real de 5%, considerando a inflação). A contraproposta, porém, foi rejeitada e nas duas últimas reuniões realizadas, nos dias 13 e 15 de setembro, não houve mudanças.

"Claramente, os bancos estão mais duros este ano e a diferença entre os pedidos é alta. O sindicato vai ter de ceder, mas a categoria vai testar ao máximo", avalia um analista que acompanha o setor bancário.

Do lado dos bancos, não há a expectativa de que o acordo salarial eleve os custos. Na avaliação de um executivo, ainda que o aumento fique acima do orçado pelas instituições, será possível compensar com corte de custos, o que inclui até corte de funcionários. Os bancos têm sido rigorosas no controle de gastos. O Bradesco revisou para baixo a sua projeção de despesas operacionais - de 4,5% a 8,5% passou para o intervalo de 4% a 8%. O Itaú Unibanco também refez seus cálculos. As despesas não decorrentes de juros da instituição devem crescer de 2,0% a 5,0% em 2016.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 10, que a conjunção de incertezas advindas do fronte econômico internacional continua contribuindo para a deterioração das economias dos países emergentes. Tombini falou para uma plateia de banqueiros e executivos do mercado financeiro durante almoço do fim de ano promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo ele, a economia global está e deve continuar a se expandir de maneira moderada. Paralelamente a isso, o início do processo de normalização da economia norte-americana que, de acordo com o presidente do BC, tem fortalecido o dólar e a desaceleração da economia chinesa tem impactado os preços das commodities, principais produtos de exportações dos emergentes.

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Ao mesmo tempo, segundo Tombini, a economia doméstica passa por "necessários ajustes nas politicas fiscal e monetária". O problema, de acordo com ele, é que o descasamento entre as medidas e os resultados podem causar questionamentos aos ajustes. Mas segundo, Tombini, a apreciação cambial tem respondido à deterioração dos termos de troca.

Transações correntes

O presidente do Banco Central disse também que o déficit nas transações correntes deverá registrar neste ano um recuo de US$ 40 bilhões. Segundo ele, a apreciação cambial tem respondido à deterioração dos termos de troca.

Além disso, segundo Tombini, ao contrário do que acontecia antigamente, a atual deterioração cambial não tem causado desequilíbrios patrimoniais nem financeiros.

Ajuste fiscal

O presidente do BC afirmou ainda que um ajuste crucial para a retomada da economia brasileira é o fiscal. "É importante ser aprovada uma meta de superávit primário crível para 2016", disse Tombini, para uma plateia na qual estava presente também o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Tombini comentou que o ajuste dos preços administrados que está sendo feito neste ano contribuirá para levar à redução da inflação em 2016. Para o banqueiro central, as ações de política monetária restringirão os impactos dos administrados no longo prazo.

Ao se referir aos seguidos aumentos das expectativas de inflação pelo mercado - o Relatório Focus tem mostrado isso semana após semana - Tombini disse que elas têm aumentado desde agosto. Isso, em parte, segundo ele, tem ocorrido porque no curto prazo os efeitos da depreciação cambial tendem a aumentar.

"O BC trabalha para trazer a inflação para o mais próximo possível da meta em 2016", afirmou Tombini. O presidente aproveitou a ocasião para reiterar que a política monetária não está sob dominância fiscal e que os mecanismos de transmissão de política monetária estão em pleno funcionamento.

Ainda sobre o ajuste fiscal, Tombini destacou que a consolidação não se dá de forma rápida. "O processo é longo e é complexo", disse.

Segundo ele, por causa da demora nos ajustes fiscais é que a inflação ainda não convergiu para o centro da meta. Vale lembrar que alguns dias antes da reunião do Copom de outubro, o Banco Central postergou de 2016 para 2017 o horizonte de convergência da inflação à meta. Ainda assim, Tombini disse que o BC não limitará seu trabalho por possíveis impactos fiscais em suas ações.

O ano de 2016 será mais um exercício desafiador, mas a "fortaleza" das instituições bancárias possibilitará enfrentar e solucionar os desafios presentes, de acordo com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. "2015 foi um ano difícil com grandes desafios na política e economia e as projeções indicam que 2016 será outro ano desafiador", avaliou ele, em discurso, durante almoço de fim de ano da instituição.

Segundo Portugal, o setor bancário se sobressai neste momento como fator de solidez e segurança. Afirmou ainda que o crédito pode ser uma alavanca "muito poderosa" desde que ofertado de forma consciente tanto para melhorar a vida das pessoas como também viabilizar o crescimento das empresas.

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"Diferentemente de outros lugares no mundo, bancos são parte da solução e não do problema", avaliou Portugal, lembrando que o crédito tem crescido em ritmo superior ao do PIB nos últimos anos.

O presidente da Febraban disse ainda que o setor bancário compreende o momento difícil e até mesmo a adoção de medidas que afetam o segmento, como o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que passou de 15% para 20%.

Portugal afirmou que o Brasil atravessa agora o pior momento da inflação, mas que em 2016 poderá haver uma redução importante do indicador. "A convergência da meta da inflação virá a seguir", resumiu ele, sem citar o prazo para que a meta seja alcançada.

Portugal destacou ainda que o segmento sempre manifestou apoio ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo o presidente da Febraban, Levy com "persistência e inteligência" obteve "êxitos importantes" à frente da pasta, citando, por exemplo, a correção dos preços administrados, entre outros.

Portugal mencionou ainda o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. "Com a administração de Tombini no Banco Central, houve avanços", disse ele.

Para concluir, o presidente da Febraban ressaltou que o mercado está preparado para apoiar a retomada do crescimento do Brasil. "Temos compromisso forte com o futuro do Brasil", afirmou Portugal.

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