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A Caixa Econômica Federal confirmou, em nota, que aumentou a taxa de juros da sua linha crédito imobiliário com recursos originados na caderneta de poupança.

A elevação foi de 0,5 ponto porcentual e está valendo para os novos contratos desde 3 de abril. Com isso, o banco estatal está oferecendo taxas que partem de 8,99% ao ano, mais Taxa Referencial (TR), e vão até 9,99%, mais TR.

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"Com relação ao crédito imobiliário, a Caixa informa que as taxas de juros são definidas em função de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais do banco", descreveu, em nota.

Mais cedo nesta terça-feira, 11, a vice-presidente de habitação da Caixa, Inês Magalhães, havia confirmado à reportagem a alteração nas taxas, mas sem detalhar os porcentuais. "Fizemos um ajuste. Ainda é a menor taxa do mercado, ainda temos uma taxa de um dígito só", disse Magalhães após participar de evento com empresários do setor da construção em São Paulo.

A Caixa foi o último dos grandes bancos a elevar taxas no financiamento imobiliário, mas já havia sinalizado que enveredaria por este caminho para continuar financiando o setor.

A poupança tem tido saques recordes, e as instituições se viram obrigadas a recorrer a outras fontes de financiamento mais caras, como as letras de crédito imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (Cris), atreladas ao CDI. Nos bancos privados, as taxas chegaram a dois dígitos porcentuais no início deste ano.

Para este ano, a Caixa estima conceder cerca de R$ 70 bilhões de crédito imobiliário em linhas com recursos da poupança. Se confirmado, isso representará queda de 24% na comparação com o ano passado, quando chegou ao recorde de R$ 92 bilhões.

A Caixa também informou em nota que as taxas para as linhas de habitação popular (dentro do Minha Casa Minha Vida) e a linha Pró-Cotista, que contam com recursos do FGTS, permanecem inalteradas desde outubro de 2021.

Os financiamentos com recursos oriundos do FGTS devem ficar perto de R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões em 2023. Com isso, o banco estatal deve totalizar aproximadamente R$ 160 bilhões a R$ 170 bilhões em empréstimos para a compra e a construção de moradias, montante em linha com o de 2022, quando desembolsou R$ 162 bilhões.

O drible no teto de gastos anunciado pelo governo para conseguir elevar o valor do Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, de R$ 200 para R$ 400 deixou uma certeza entre os analistas: o cenário econômico brasileiro vai ficar ainda pior.

Desde ontem há um movimento generalizado de instituições financeiras revisando suas projeções para a taxa de juros. Se antes o consenso era de que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do BC, na semana que vem, haveria uma alta de 1 ponto porcentual na Selic (para 7,25% ao ano), a aposta agora é de alta de 1,25 a 1,5 ponto.

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Para o ano que vem, algumas instituições já estimam os juros na casa dos 10% (o Credit Suisse, por exemplo, fala em 10,5%; a XP fala em 11%), para conter a inflação. E juro maior significa uma trava no crescimento econômico - que já tinha previsões pífias, em torno de 1%, para 2022.

Toda essa turbulência foi provocada pelo ataque ao teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior. Era o que "atrapalhava" os planos do presidente Jair Bolsonaro de dobrar o valor do Auxílio Brasil no ano que vem, arma considerada fundamental na sua tentativa de reeleição. Para resolver o impasse, o caminho encontrado pelo governo para conseguir recursos foi mudar a regra e furar o teto, em vez de cortar despesas com subsídios ou emendas parlamentares, por exemplo.

Fez um acordo no Congresso para modificar a forma como o teto é calculado. E, com isso, abrir um espaço de R$ 83,6 bilhões no Orçamento. Para economistas e analistas, esse movimento, se aprovado, enterra a última barreira que existia em relação aos gastos desenfreados do governo, principalmente levando-se em conta que 2022 é ano eleitoral.

A reação foi forte. Na semana, a Bolsa caiu 7,28%, o pior desempenho desde março do ano passado. Ontem, o Ibovespa fechou aos 106,2 mil pontos, queda de 1,34%. O dólar, por sua vez, subiu 3,12% na semana e fechou em R$ 5,6273. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio aos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre (sem contar habitacional, BNDES e rural) caiu de 28,2% ao ano em junho para 27,3% ao ano em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira (28). Em julho de 2019, essa taxa estava em 37,4% ao ano.

Os dados foram influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas - em especial, nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.

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Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 41,4% para 39,9% ao ano de junho para julho, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 13,0% para 12,0% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, a taxa do cheque especial passou de 113,0% ao ano para 112,7% ao ano de junho para julho. No crédito pessoal, a taxa passou de 33,8% para 32,6% ao ano.

Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.

Em função da ineficácia da autorregulação da Febraban, o BC anunciou a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao mês (151,82% ao ano), regra que vale desde 6 de janeiro deste ano.

Além da limitação do juro, os dados de julho refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Essa mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.

No caso das operações com cartão de crédito rotativo, os juros bancários cobrados das pessoas físicas subiram de 302,6% para 312% ao ano nessa comparação.

Os dados do Banco Central mostram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 19,0% ao ano em junho para 18,9% em julho.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 19,5% ao ano em junho para 19,1% ao ano em julho. Em julho de 2019, estava em 24,7%.

ICC

O Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,4 ponto porcentual em julho ante junho, para 18,3% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Crédito bancário sobe em julho

O volume total do crédito oferecido pelos bancos cresceu 1% em julho deste ano, para R$ 3,666 trilhões, segundo o Banco Central.

No mês passado houve alta de 1,2% no volume do crédito bancário para empresas, para R$ 1,6 trilhão, e de 0,9% em pessoas físicas - para o total de R$ 2,1 trilhões.

Em 12 meses, informou a instituição, o crescimento do volume total do crédito bancário subiu de 9,9% para 11,3% estimulado pelas operações com empresas - que tiveram aceleração de 11,8% para 15% -, enquanto que nas operações com pessoas físicas a taxa de expansão permaneceu em 8,5%.

As concessões totais de crédito somaram R$ 341 bilhões em julho, acrescentou o Banco Central, o que representa uma elevação de 9,4% no mês, sendo 13,3% para empresas e 5,9% para famílias.

O aumento no crédito bancário nos seis primeiros meses deste ano está relacionado às medidas adotadas pelo Banco Central para liberar às instituições financeiras mais recursos destinados a empréstimos em meio à pandemia do novo coronavírus.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 50,4% para 51,1% na passagem de junho para julho.

As projeções do BC, atualizadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicam expansão de 7,6% para o crédito total em 2020. A projeção para o crédito livre em 2020 é de alta de 10,6%. Já expectativa para o crédito direcionado é de elevação de variação 3,5%. Estas projeções já levam em conta os efeitos da epidemia do novo coronavírus na economia.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste sábado (5) que a taxa de juros no Brasil continua ainda muito alta se for levado em consideração que, no mundo desenvolvido, o juro já está em patamar negativo. O deputado fez questão de destacar que não quer com isso interferir ou sinalizar que esteja interferindo na política monetária do Banco Central. Mas afirmou entender que ainda há espaço para corte da Selic.

Ao ser questionado sobre o que acha da transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda para o BC, Maia respondeu que a estratégia foi passar para uma instituição que não corre risco de sofrer interferências políticas. "Visa a evitar interferências politicas", afirmou. Maia participou na tarde deste sábado do Festival Piauí de Jornalismo, evento da revista Piauí, em São Paulo.

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Bancos vão oferecer uma porta de saída ao cheque especial para clientes que usarem 15% do limite da conta por 30 dias e a adesão a essa nova operação mais barata não será obrigatória, como acontece com quem usa o rotativo do cartão de crédito. O modelo desenhado para reduzir o juro cobrado no cheque especial foi apresentado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao Banco Central e deve ser anunciado ainda em março para vigorar no segundo semestre, talvez em julho.

Duas fontes que acompanham as discussões disseram ao Estadão/Broadcast que o modelo de autorregulação do cheque especial está praticamente pronto e já conta com o aval do Banco Central para a maioria dos pontos. Proposta pelos bancos, mas sob supervisão do BC, a nova regra tem como objetivo reduzir o custo do crédito cuja taxa média ficou em 324,7% ao ano em janeiro, pouco abaixo do rotativo do cartão que cobrou 327,9%. A iniciativa foi antecipada pelo Estadão/Broadcast em janeiro.

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A principal característica do novo modelo é que a adesão ao crédito mais barato não será obrigatória. Quando o correntista usar ao menos 15% do limite da conta por 30 dias, o banco vai propor linhas de crédito alternativas com juros menores. A oferta, segundo as fontes, será feita de "forma enfática".

Clientes que não aderirem à operação de crédito proposta não sofrerão nenhum tipo de punição e o uso do limite da conta seguirá normalmente, segundo as fontes. A adesão não obrigatória é diferente do adotada no cartão de crédito, onde o cliente que usar o rotativo por mais de 30 dias deve obrigatoriamente pagar a conta ou aderir a uma nova operação mais barata. Se não fizer nada no cartão, entra na lista de inadimplentes.

Durante as negociações sobre o novo modelo, bancos e o próprio BC chegaram ao entendimento de que o modelo ideal não deveria ser o de adesão obrigatória porque a solução aplicada ao rotativo sofreu críticas e questionamentos legais de entidades de defesa do consumidor e até do Ministério Público.

Regras

A Febraban pretende anunciar o novo modelo ainda este mês e o calendário proposto prevê início de funcionamento das regras em julho. Há, porém, alguns pontos a serem desenvolvidos pelos bancos. O principal deles é um sistema que permita às instituições financeiras comprovar ao BC que foi feita oferta de crédito mais barato ao cliente que estiver pendurado no especial.

Bancos estão desenvolvendo plataformas para conseguir comprovar a oferta ao BC. Se esse trabalho para criação dos sistemas atrasar, o início das novas regras poderia ser postergado em algumas semanas, talvez para agosto ou setembro.

Algumas instituições também estão preocupadas com os chamados clientes "não digitais". Correntistas com relacionamento tradicional que têm contato com o banco apenas por meio da agência, por exemplo, terão dificuldade em serem avisados com rapidez de que estão usando mais de 15% do limite da conta.

Procurado, o BC informou que o assunto está na alçada da Febraban. A reportagem não conseguiu contato com a Febraban. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ciclo de queda do juro iniciado pelo Banco Central em outubro ainda não foi suficiente para aliviar as condições do mercado de crédito. Financiamentos para empresas e famílias ficaram marginalmente mais baratos no final do ano passado, mas a tendência ainda não é clara e, em janeiro, as taxas voltaram a subir nos bancos.

Há consenso entre economistas de que a queda do juro será sentida pelo consumidor nos próximos meses. A partir do segundo trimestre, deve ser gradualmente mais perceptível no bolso da população.

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Por enquanto, porém, na maioria dos bancos e lojas, o crédito continua com taxa muito semelhante - ou até mais cara - do que a vista quando a instituição presidida por Ilan Goldfajn começou a afrouxar as condições da economia. O juro do rotativo do cartão, por exemplo, subiu 11 pontos desde outubro, para o novo recorde de 486,8% ao ano - o crédito mais caro oferecido pelos bancos.

Com a lembrança de que a Selic não é a única variável que determina o custo do crédito, economistas dizem que há outros itens que explicam o atraso no repasse ao consumidor. Há, porém, consenso de que o custo dos financiamentos apontará para baixo no médio prazo. É como um regime alimentar, que demora a mudar a silhueta de uma pessoa, mas cujos resultados serão cada vez mais visíveis se a dieta persistir. A dieta, nesse caso, é a tesoura do BC. Se o ritmo dos cortes for acelerado, o custo do crédito cairá mais rápido e visivelmente, dizem economistas.

Queda gradual

Para Fabio Pina, consultor econômico da Fecomércio de São Paulo, o barateamento do crédito ficará consolidado no segundo semestre. Durante o segundo trimestre, diz, as taxas cairão gradual e continuamente.

"A política adotada pelo BC demora a ser percebida devido a muitos fatores. O problema é o rearranjo do mercado e olhar apenas um mês dará uma falsa sensação. Mas, em um horizonte longo, o crédito tem exatamente o mesmo comportamento da Selic", avalia.

Na esteira do BC, grandes bancos anunciaram queda dos juros em algumas operações. Mas a decisão pode estar sendo encoberta pelo uso do crédito.

O chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, explica que o aumento do juro médio em janeiro teve como uma das causas a maior demanda por operações mais arriscadas - como o crédito rotativo e o cheque especial -, usadas para pagar despesas típicas do início do ano. Como são linhas mais caras, o juro médio acaba subindo no mercado. "Mas devemos ver a retomada da queda do juro no crédito nos próximos meses", diz.

Histórico

Dados do BC mostram que, de fato, o mercado de crédito reage com atraso de alguns meses à evolução da Selic. Em ciclos recentes de queda da taxa - como o visto entre 2005 e 2007 e entre 2009 e 2011, o juro demorou um pouco a recuar, mas seguiu a tendência e até continuou caindo após o BC ter concluído o ciclo. "Acho que vivemos algo similar atualmente e acredito que a queda será mais clara a partir de março ou abril", diz o professor de economia da Fundação Getulio Vargas, Rogério Mori.

A economista da consultoria Rosenberg & Associados, Thais Zara, concorda que a redução do juro será mais visível em breve. "Houve um repique pontual em janeiro. No segundo trimestre, haverá tendência mais forte de queda do juro", avalia. "E esse movimento poderá ser antecipado se o BC acelerar a queda da Selic", completa. Essa aceleração dos cortes ganhou uma possibilidade maior, na avaliação dos economistas, depois da divulgação, ontem, da ata do Copom relativa à reunião da semana passada, quando a Selic caiu de 13% para 12,25% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à expectativa de redução do custo do crédito por conta da queda da taxa Selic, uma linha específica de crédito deve caminhar em sentido inverso, com juros em alta, nos próximos meses. Economistas acreditam que a migração obrigatória de clientes do crédito rotativo do cartão para o parcelamento deverá transferir o risco de calote e, em reação, os juros subirão.

A partir de abril, clientes poderão usar o crédito rotativo pelo período máximo de 30 dias. Após esse período, o banco será obrigado a oferecer uma alternativa mais barata ao consumidor. Grandes instituições têm indicado que o parcelamento no cartão será a opção. O juro de 161,9% dessa operação é sensivelmente menor que os 486,8% do rotativo. A vantagem, porém, tende a diminuir.

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"O parcelamento vai ficar mais caro porque o banco vai receber esse cliente que oferece mais risco", afirmou o consultor econômico da Fecomércio de São Paulo, Fabio Pina, ao comentar que a existência desse risco explica parte do elevado juro do rotativo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A inadimplência no crédito imobiliário aumentou no ano passado, refletindo o cenário atual de juros altos e aumento do desemprego, mas ainda não é um ponto de atenção no setor, de acordo com Gilberto Duarte, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e diretor de crédito imobiliário do Santander. O indicador, considerando atrasos acima de 90 dias, passou de 1,4% em 2014 para 1,9% no ano passado, considerando garantia hipotecária e alienação fiduciária.

Se considerada, conforme dados da Abecip e do Banco Central, apenas a alienação fiduciária, a inadimplência do crédito imobiliário aumentou de 1,4% no ano de 2014 para 1,6% até setembro de 2015. "A inadimplência ainda não é preocupante, mas os bancos estão trabalhando em novas soluções. No cenário atual serão ampliadas as carências e também o prazo do pagamento do crédito. O mercado está trabalhando. Está muito claro que o consumidor quer pagar e ficar com a casa dele, que é seu principal bem", avaliou o presidente da Abecip, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, 26.

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De acordo com ele, a tendência é que ocorram, e isso já é uma realidade, mais negociações entre bancos e consumidores. Já do lado das incorporadoras, segundo Duarte, os casos de inadimplência foram pontuais e o patamar dos calotes está "normal". "Em 2015, tivemos mais situações de incorporadoras pedirem mais prazo e renegociarem condição, mas essas empresas continuaram pagando. Isso não constitui inadimplência, mas ajuste de fluxo de caixa", esclareceu o presidente da Abecip.

Juros

Os bancos não fizeram novos movimentos de aumento de juros no crédito imobiliário, mas as taxas podem subir ao longo de 2016 em meio à pressão na curva da Selic, de acordo com Duarte. Apesar disso, o especialista acredita que os bancos não tendem a ser ainda mais rigorosos neste segmento do que foram em 2015, quando elevaram os juros e restringiram as condições de liberação de recursos para a compra da casa própria.

"Os parâmetros adotados em 2015 parecem ser bastante sólidos e já criam conforto necessário para que o mercado aconteça, mas depende do comportamento da taxa de juros no curto prazo e da curva de juros que está pressionada. Isso pode começar a se traduzir em aumento de preços", avaliou Duarte.

Sobre medidas para estimular mais o mercado de crédito imobiliário, que em 2015 reduziu pelo segundo ano consecutivo o volume de empréstimos, o presidente da Abecip citou a criação de um grupo para estudar caminhos para desburocratizar o uso dos recursos do FGTS. Segundo ele, essa iniciativa foi iniciada no final do ano passado e ainda não tem medidas práticas definidas.

Questionado sobre o uso dos recursos do FGTS para outros segmentos fora o crédito imobiliário, como, por exemplo, o consignado (com desconto em folha de pagamento), Duarte disse que "manter a missão constitucional do fundo preservada faz mais sentido e é mais sadio". "O FGTS tem uma série de desafios como fundo, mas tem uma missão constitucional bastante clara e tem o investimento que tem sido feito em moradias populares", avaliou ele.

A taxa média de juros nas concessões de crédito subiu de 47,9% ao ano em outubro para 48,1% ao ano em novembro. Com essa alta, a taxa volta a ser a maior da série iniciada em março de 2011. Desde o início do ano, em todos os meses a taxa de juros tem sido recorde e batido a do mês anterior, de acordo com dados do Banco Central. Nos primeiros 11 meses deste ano, a taxa subiu 10,8 pontos porcentuais. Em 12 meses, a alta é de 10 pontos.

Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 64,7% em outubro para 64,8% em novembro. Com a alta, também há renovação do recorde da série. Para pessoa jurídica, houve estabilidade de outubro para novembro, com a taxa permanecendo em 30,2%.

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Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 278,1% em outubro para 284,8% ao ano no mês passado.

Ao longo de 2015, as taxas cobradas por uma das linhas mais caras que o consumidor pode acessar - perde apenas para o rotativo do cartão de crédito - subiram 83,8 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2014 o juro médio dessa modalidade estava em 201% ao ano.

Para o crédito pessoal, a taxa total caiu de 52,9% em outubro para 51% em novembro. No caso de consignado, a taxa passou de 28% para 28,4% de um mês para o outro e, nas demais linhas, de 129,3% para 120,4%.

No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 25,9% para 26,2% de outubro para novembro.

A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, caiu de 30,5% em outubro para 30,4% em novembro.

O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 4,2 pontos porcentuais de agosto para setembro, conforme informou nesta terça-feira (27) o Banco Central. Em janeiro, a instituição passou a incorporar dados sobre esse segmento, que regula desde maio de 2013. Com a alta na margem, a taxa passou de 93,7% ao ano em agosto para 97,9% ao ano no mês passado.

O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial. Atingiu a marca de 414,3% ao ano em setembro ante 403,5% de agosto, uma elevação de 10,8 pontos porcentuais na margem.

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No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro diminuiu 0,2 ponto de agosto para setembro, passando de 129,2% ao ano para 129% ao ano.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de agosto para setembro, segundo informou há pouco o Banco Central. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 166,691 bilhões no mês passado - em agosto, o volume foi de R$ 168,620 bilhões. No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 9,5% e, em 12 meses até setembro, de 9,4%.

As concessões acumuladas em setembro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 6,226 bilhões, o que representa uma queda de 2,8% em relação ao mês anterior (R$ 6,403 bilhões). Em 2015 até setembro há queda nesse segmento de 11,9% e, em 12 meses, de 7,9%.

Estoque de crédito

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,8% em setembro ante agosto e chegou a R$ 3,160 trilhões, segundo o BC. Nos primeiros nove meses do ano, houve alta de 4,7% e, em 12 meses até setembro, de 9,1%.

Houve aumento de 1,2% para pessoas jurídicas e alta de 0,4% para o consumidor no mês. De janeiro a setembro, a alta está em 4,4% para as empresas e em 5,1% para a pessoa física. No caso do período de 12 meses encerrados no mês passado, as taxas são de crescimento de, respectivamente, 8,9% e 9,4%.

De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre subiu 0,5% no mês, teve alta de 2,0% nos primeiros nove meses de 2015 e de 4,9% em 12 meses até setembro. Já no caso do direcionado, aumentou 1,1% em setembro ante agosto, 7,7% nos primeiros nove meses do ano e 13,8% em 12 meses até setembro.

Crédito livre

No crédito livre, houve estabilidade no estoque de crédito para pessoas físicas no mês, ficando em R$ 795,6 milhões. Nos primeiros nove meses do ano, houve alta de 1,6% e de 4,0% em 12 meses até setembro. Para as empresas, no crédito livre, houve alta de 1,0% em setembro e de 2,5% nos primeiros nove meses do ano e de 5,9% em 12 meses encerrados em setembro.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,8% em agosto para 55% no mês passado.

Veículos

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de agosto para setembro. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 166,691 bilhões no mês passado - em agosto, o volume foi de R$ 168,620 bilhões. No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 9,5% e, em 12 meses até setembro, de 9,4%.

As concessões acumuladas em setembro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 6,226 bilhões, o que representa uma queda de 2,8% em relação ao mês anterior (R$ 6,403 bilhões). Em 2015 até setembro há queda nesse segmento de 11,9% e, em 12 meses, de 7,9%.

Avaliação

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou que o crescimento do mercado de crédito em setembro foi semelhante a de meses anteriores, com taxas moderadas e em linha com a previsão da instituição de expansão de 9% este ano.

"O crescimento de 0,8% no mês teve o (crédito) direcionado como origem e é uma parte que tem uma desaceleração mais clara, mais nítida. Em 12 meses passou de 14,7% em agosto para 13,8% em setembro", comparou.

Já a expansão do crédito livre, segundo o técnico, tem sido estável desde 2013. "Esse segmento encerrou o ano passado com alta de 4,6% e vem mantendo taxa em torno de 5% já há alguns meses", disse. A expectativa do BC é de elevação de 5% no caso do crédito livre e de 14% no do direcionado.

O Banco Central recebeu nos últimos 10 meses 7.046 reclamações de cobranças irregulares de tarifa, das quais um quarto corresponde a taxas indevidas referentes ao cartão de crédito.

Entre elas, estão tarifas de emissão de segunda via do cartão sem solicitação do cliente e aumento da anuidade sem aviso prévio - que deve ser de no mínimo 45 dias.

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O Banco Central permite aos bancos cobrarem cinco tipos de taxa: anuidade, emissão de segunda via do cartão, saque em espécie, pagamento de contas e mediante pedido de avaliação emergencial de crédito. O resto, é ilegal.

Outro ponto é que não há regulamentação que defina o valor da anuidade. Portanto, a melhor arma do consumidor contra abusos é a pesquisa. Segundo o Idec, os bancos aumentaram as tarifas bem acima da inflação em um período de 12 meses. O HSBC, por exemplo, subiu o valor da anuidade de um cartão em 136%. "A cobrança deve ser feita dentro dos limites da razoabilidade, e eventuais abusos devem ser apurados", diz o especialista em direito do consumidor Vinicius Zwarg.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente do Federal Reserve, Stanley Fischer, disse neste sábado (11) que o timing da primeira elevação da taxa de juro pelo banco central norte-americano em anos dependerá do crescimento econômico mundial. "Se o crescimento mundial estiver muito mais rápido, os juros subirão antes. Se a economia mundial estiver crescendo mais lentamente, é bem provável que isso ocorra mais tarde", disse.

A expectativa do mercado é de o aperto monetário no país tenha início por volta de junho do ano que vem. A taxa básica de juro está próxima de zero desde dezembro de 2008.

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Neste sábado, ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20 ressaltaram que o Federal Reserve e outros BCs devem comunicar com clareza suas intenções, para que economias emergentes tenham tempo de se preparar e evitar choques como o ocorrido no ano passado, quando o Fed anunciou que estava considerando reduzir suas compras mensais de bônus.

"Temos feito o possível, dentro dos limites da incerteza que cerca as previsões, para preparar o mercado para o que vem pela frente", disse Fischer. Fonte: Associated Press.

O Banco Central anunciou ontem (25) um pacote de R$ 45 bilhões, em mais um esforço do governo Dilma Rousseff para estimular a economia, agora a dois meses da eleição presidencial. Feito sob medida para incentivar a concessão de crédito pelos bancos, principalmente o financiamento de setores tradicionais, como operações com consignado e financiamento de veículos, o pacote surpreendeu o mercado financeiro.

Apenas 24 horas após sinalizar, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que as pressões inflacionárias justificam o atual patamar elevado da taxa básica de juros, o BC anunciou um pacote na direção contrária (leia matéria na página B3). Nada menos do que R$ 30 bilhões foram liberados, imediatamente a partir de ontem (25), em recursos à vista e a prazo para os bancos.

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Até o fim de julho de 2015, quando as medidas devem expirar, os bancos poderão direcionar metade do dinheiro que depositam compulsoriamente no BC para financiar novas operações de crédito aos consumidores e para as empresas. Os bancos também poderão usar esse dinheiro extra para adquirir a carteira de crédito de outras instituições financeiras.

O BC projeta que o impacto potencial das medidas, ao longo do tempo, pode se elevar em mais R$ 15 bilhões, totalizando R$ 45 bilhões. "Não pensamos na medida de hoje para amanhã. Temos de aguardar o comportamento da demanda para saber em quanto tempo os R$ 15 bilhões se transformarão em crédito", afirmou o chefe do Departamento de Normas do BC, Sergio Odilon dos Anjos.

Dilma

As medidas do BC coincidem com interesses do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, discutiam há quase cinco meses formas de fazer com que o mercado de crédito voltasse a crescer fortemente, como ocorreu no período entre 2004 e 2012. Dilma, Mantega e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniram ontem (25) no Palácio da Alvorada, por mais de três horas, para avaliar o pacote.

A preocupação é que o pífio crescimento da economia afete o binômio "emprego e renda", vitrine da campanha de Dilma, causando prejuízo eleitoral. Em conversas reservadas, auxiliares de Dilma avaliam que o pacote "retira o atrito" do mercado e dá fôlego à economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A alta da taxa básica de juros (Selic) em pouco mais de um ano atingiu em cheio o custo de tomar crédito. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa de juro praticada no crédito subiu 15,27% no período.

Em abril de 2013, a Selic estava em 7,25% ao ano. Atualmente está em 11% ao ano. Nesta terça-feira, 15, começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica, que será anunciada na quarta-feira, 16.

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O cartão de crédito foi a categoria que mais sofreu aumento. Quando a Selic estava em 7,25% ao ano, no cartão era cobrado o juro de quase 193% ao ano. Atualmente, a taxa já está em 238,67%, uma alta de 23,7%.

Em simulação é mostrada a diferença que isto faz no bolso do consumidor. Ao utilizar o rotativo do cartão por 30 dias, no valor de R$ 3 mil, o cliente pagaria R$ 281,10 de juros no ano passado. Em 2014, já pagaria R$ 321.

No longo prazo, as diferenças se tornam maiores. No financiamento de um automóvel de R$ 25 mil em 60 meses, o custo subiu R$ 2.401. No ano passado, o veículo sairia por R$ 38.482,90. Em 2014, o financiamento custaria R$ 40.884,39

Nova Selic

Caso a taxa de juros suba a partir desta semana, o custo irá acompanhá-la. Se subir dos atuais 11% para 11,25%, a taxa média do crédito avançará de 101,98% para 102,44%. Em uma alta maior, para 11,5%, o juro do crédito passará para 102,90%. Na última reunião do Copom, a Selic foi mantida em 11% e, para a maioria do mercado, a taxa deve seguir neste patamar até o fim do ano.

Na esteira das bolsas internacionais, o Ibovespa começou o pregão desta quinta-feira (20), no vermelho, mas ainda acima dos 46 mil pontos, após Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, ter dito que a alta dos juros, que estão na faixa de zero a 0,25% desde dezembro de 2008 - deverá vir em até seis meses após o fim do programa de compras de bônus, ou seja, ainda no primeiro semestre de 2015. Os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada não mexeram com o humor das bolsas no mercado futuro em Nova York nem com os juros dos Treasuries, pois vieram dentro do esperado. O dólar, que iniciou a sessão em alta, seguindo o exterior, virou e opera em queda após o leilão de swap cambial do Banco Central e com entrada de fluxo.

Às 10h18, o Ibovespa caía 0,17%, aos 46.490,37 pontos. As ações da Petrobrás caíam 0,22% (PN) e 0,47% (ON), enquanto as da Vale perdiam 0,56% (PNA) e 0,51% (ON). As atenções também seguem nas elétricas e empresas de abastecimento.

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Em Nova York, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,23%, o Nasdaq perdia 0,27% e o S&P 500 tinha queda de 0,20%. O número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 5 mil na semana passada, em linha com a previsão dos analistas. Os pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior não sofreram revisão e se mantiveram em 315 mil.

O Banco do Canadá anunciou hoje que manteve inalterada a taxa básica de juros em 1%, em linha com a expectativa do mercado.

Em comunicado, a autoridade monetária informou que o risco de queda da inflação continua a rondar a economia canadense, apesar de um recente aumento do nível de preços.

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O Banco do Canadá informou ainda que "os motores fundamentais para o crescimento e o aumento da inflação no país continuarão a se reforçar gradualmente".

A autoridade monetária destacou que o balanço de riscos "permanece dentro da zona para o qual a posição da atual política monetária é apropriada" e que não há registros "materiais" de ameaças associadas às dívidas das famílias. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Banco da Reserva da África do Sul elevou sua taxa básica de juros, a taxa de recompra, em 0,50 ponto porcentual, para 5,5%. "O comitê de política monetária é da opinião de que, apesar desse aumento na taxa de recompra, a política monetária permanece acomodatícia", afirmou o banco central em um comunicado.

A instituição afirmou que os movimentos futuros serão "altamente dependentes" dos indicadores econômicos. "Vamos continuar monitorando os acontecimentos e não vamos hesitar em agir conforme o necessário para manter o nosso mandato", declarou o SARB.

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O Banco da Rússia manteve hoje suas principais taxas de juros inalteradas pela 15ª reunião consecutiva, como esperado pelo mercado, e o comunicado divulgado pela instituição sugeriu que não haverá relaxamento monetário por pelo menos mais alguns meses.

O principal compromisso do BC russo é controlar a inflação e diminuir as expectativas inflacionárias e a instituição tem dito repetidamente que um corte de juros só seria possível se esses dois objetivos forem alcançados.

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No comunicado que acompanhou a decisão, o banco central disse esperar que a inflação desacelere no primeiro semestre de 2014 e atinja a meta no segundo semestre. A inflação acelerou fortemente em novembro para 6,5%, de 6,3% no ano anterior, tornando impossível o alcance da meta de entre 5% e 6% para todo o ano de 2013. Fonte: Dow Jones Newswires.

Brasil e Índia foram os únicos países a anunciar elevação dos juros em outubro, contrariando a tendência de manutenção da política monetária exibida dentro de um grupo de 24 bancos centrais monitorados pelo Itaú Unibanco e que se reuniram em outubro. O Banco Central (BC) do Brasil aumentou em outubro a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto porcentual, para 9,5%, enquanto a Índia anunciou um aumento da taxa de recompra de 0,25 ponto porcentual, para 7,25%.

De acordo com o estudo do Itaú Unibanco, México, Chile e Hungria foram os únicos países do grupo avaliado que promoveram cortes da taxa de juros em outubro. O México reduziu a taxa de recompra de 3,75%, para 3,7%, o Chile cortou a taxa de desconto de 5% para 4,75% e a Hungria, de 3,6% para 3,4%.

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Entre os países emergentes, China, África do Sul, Turquia, Rússia, Colômbia e Peru mantiveram a estratégia de política monetária inalterada em outubro, mostra o estudo. A China mantém a taxa de depósito no patamar de 6% desde junho de 2013, enquanto a taxa de juros da Turquia está em 4,5% desde maio. Na América Latina, o Peru mantém a taxa de referência inalterada em 4,25% desde outubro de 2012.

A taxa média de juros no crédito livre subiu de 28,0% ao ano em agosto para 28,4% ao ano em setembro. É maior taxa desde maio de 2012 (28,5% ao ano). Para a pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 36,5% ao ano para 37,2% ao ano. Para a pessoa jurídica, avançou de 20,6% ao ano para 20,7% ao ano na mesma comparação.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 138,9% ao ano para 143,3% ao ano na mesma comparação. Para o crédito pessoal, avançou de 39,7% ao ano para 40,4% ao ano. Para veículos, os juros subiram de 20,9% ao ano para 21,2% ao ano.

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A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, subiu de 19,3% ao ano em agosto para 19,5% ao ano em setembro. O juro médio do crédito direcionado passou de 7,2% ao ano para 7,3% ao ano na mesma comparação.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre ficou estável em setembro em relação a agosto, segundo o Banco Central. De acordo com a instituição, os atrasos acima de 90 dias no crédito livre ficaram em 5,1% pelo segundo mês seguido. Para pessoa física, se manteve em 7,0%. Para as empresas, o porcentual continuou em 3,4%.

Já a inadimplência do crédito direcionado subiu de 1,0% em agosto para 1,1% em setembro. O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra inadimplência de 3,3% em setembro, ante 3,2% em agosto. No crédito livre para pessoa física, a inadimplência no crédito pessoal se manteve em 4,2%. No cheque especial, subiu de 8,4% para 8,5%.

Na aquisição de veículos, caiu de 5,8% para 5,7%. No cartão de crédito, recuou de 25,1% para 24,6%, puxa da pela redução de 0,7 ponto porcentual no rotativo, cujos atrasos representam 33,9%.

Spread

O spread bancário médio no crédito livre continuou em trajetória de alta em setembro. Nos dados da nota de crédito do BC, o spread passou de 17,6 pontos porcentuais (pp) em agosto para 17,8 pp no mês passado. Com isso, o spread se aproxima novamente do patamar verificado em abril deste ano (17,9 pp).

O spread médio da pessoa física no crédito livre foi o que mais puxou o indicador ao subir de 25,3 pp em agosto para 25,8 pp no mês passado. Para pessoa jurídica, no entanto, o spread médio caiu no período: de 10,9 pp para 10,8 pp.

O spread médio do crédito direcionado registrou estabilidade em todos os tipos de comparação de agosto para setembro, com o total estacionado em 2,4 pp, o de pessoa física, recuando de 2,4 pp para 2,3 pp e o de pessoa jurídica baixando de 2,5 pp para 2,4 pp.

O spread médio no crédito total (livre + direcionado) permaneceu em 11,3 pp em setembro. A taxa de captação dos bancos no crédito livre subiu de 10,4% para 10,6% ao ano de agosto para setembro.

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