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O vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, afirmou que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff é um “golpe de Estado, encoberto sobre o que podemos chamar de golpe branco”. Para ele, não se deve interromper o processo democrático no Brasil e em toda a América Latina.

Esquivel reuniu-se na manhã desta quinta-feira (28) com Dilma no Palácio do Planalto, para levar “solidariedade e apoio” à presidenta e se posicionar contra o processo de impeachment. “Dissemos à presidenta que viemos dar solidariedade e apoio a ela e para que não se interrompa o processo constitucional no Brasil porque isso seria, não só para o povo brasileiro, mas para toda a América Latina, um retrocesso muito grave”, afirmou o vencedor do Nobel da Paz de 1980.

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Para o Prêmio Nobel, há semelhanças entre o golpe em curso no Brasil e os processos de destituição dos ex-presidentes do Paraguai Fernando Lugo, em 2012, e de Honduras Manuel Zelaya, em 2005.

Nobel da Paz

Adolfo Pérez Esquivel é um arquiteto, escultor e ativista de direitos humanos argentino. Em 1974 na cidade de Medellin, na Colômbia, Esquivel coordenou a fundação do Servicio Paz y Justicia en América Latina (SERPAJ-AL), junto com vário bispos, teólogos, militantes, líderes comunitários e sindicalistas.

Essa organização dedicou-se a defender os Direitos Humanos no continente e a difundir a Não-Violência Ativa como instrumento de transformação da realidade e de enfrentamento dos crimes de tortura e desaparecimento forçado de militantes políticos e agentes comunitários e pastorais, praticados pelas Ditaduras Militares que haviam se instalado por toda a América Latina. Por essa atividade, Adolfo Pérez Esquivel recebeu o Nobel da Paz de 1980.

Da Agência PT

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, anunciou nesta quarta-feira que enviará uma missão eleitoral ao Paraguai o mais rápido possível, para supervisionar os preparativos para as eleições presidenciais de abril de 2013. No dia 22 de junho o Senado do Paraguai destituiu o presidente do país, Fernando Lugo. O vice-presidente Federico Franco assumiu o cargo imediatamente. Nesta semana, foi confirmada a data de 21 de abril de 2013 para a eleição presidencial.

Insulza não precisou uma data específica para o envio da missão e anunciou que ela deverá ser comandada por um ex-chefe de Estado de um país latino-americano. Ele disse que a missão a ser enviada ao Paraguai terá um caráter de observação eleitoral parecido as que foram enviadas recentemente ao México e à República Dominicana, países que tiveram eleições presidenciais neste ano.

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A postura da OEA difere dos blocos Mercosul e Unasul, que suspenderam o Paraguai após a destituição de Lugo. Nicarágua, Venezuela, Bolívia e Equador pediram inicialmente que o Paraguai fosse suspenso da OEA, mas a entidade rechaçou a proposta.

As informações são da Associated Press.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse nesta terça-feira (10) que é contra suspender o Paraguai e propôs o envio imediato de uma missão para supervisionar os preparativos das eleições que devem acontecer em abril. A postura da OEA contrasta com a do Mercosul, que suspendeu o país temporariamente por causa do impeachment do presidente Fernando Lugo.

"Não esqueçamos que existe uma situação de normalidade política, social e política que queremos preservar", afirmou Insulza durante uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da organização. Para ele, uma suspensão "não contribuiria para alcançar nossos objetivos. Já incrementar a presença efetiva dos órgãos da OEA evitaria o crescimento das divisões na sociedade e no sistema político."

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Nicarágua, Venezuela, Bolívia e Equador solicitaram a suspensão do Paraguai na sessão extraordinária realizada em 26 de junho. Os países dizem que a rapidez com que o Congresso moveu o processo de impeachment contra Lugo violou sue direito de defesa.

Insulza esteve em Assunção, capital paraguaia, acompanhado de representantes dos Estados Unidos, Canadá, Haiti e outros. Ele manteve a posição expressada antes da viagem: a destituição teve uma celeridade que debilitou o processo, mas não pode ser considerada um golpe de Estado pois o procedimento é contemplado nas leis paraguaias. As informações são da Associate Press.

O ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse nesta quarta-feira que não deseja que o país seja alvo de sanções internacionais que possam prejudicar a população paraguaia.

"O presidente Lugo e seu governo de mudanças não promove nenhuma medida de castigo econômico contra nosso país. Somos conscientes de que as medidas de bloqueio e isolamento acabam sendo prejudiciais para todos os paraguaios", disse o ex-presidente em comunicado divulgado após uma reunião com líderes da esquerda, numa sede do socialista Partido País Solidário.

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A declaração de Lugo foi feita um dia depois de o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ter anunciado o envio de uma missão para o Paraguai para a obtenção de informações sobre a rapidez do julgamento político e da destituição do ex-governante no dia 22 de junho. O vice-presidente Federico Franco deve concluir o mandato, que vai até agosto de 2013.

Os países sul-americanos não querem que a OEA adote uma posição antes da cúpula de presidentes do Mercosul e da União das Nações Sul-americanas (Unasul) que vai acontecer na sexta-feira na cidade argentina de Mendoza.

Franco declarou em coletiva de imprensa que os delegados do Mercosul, da Unasul e da OEA "podem visitar o Paraguai quando quiserem e não encontrarão nenhum cidadão traumatizado. A vida segue normalmente."

Ele afirmou que não vai à cúpula do Mercosul "porque não tenho vice-presidente e devo organizar os assuntos da administração estatal. E não tenho nada a dizer contra Argentina e Brasil porque temos relações muito boas com esses dois gigantes regionais."

Durante reunião com senadores e deputados no Congresso, Franco anunciou a modificação de um decreto sobre aposentadoria para 45 mil idosos que não tem ajuda familiar. A medida inclui pessoas com menos de 80 anos, que receberão US$ 200 por mês.

"Ordenei, também, que o Ministério da Agricultura e Pecuária realize o mais rápido possível o cadastro nacional de propriedades, para realizarmos a esperada reforma agrária. A falta de terras é uma das causas das mortes de agricultores, como as ocorridas duas semanas atrás em Curuguaty", quando 17 pessoas, dentre elas trabalhadores sem-terra e policiais, morreram. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Centrais sindicais e movimentos sociais devem se reunir nesta segunda-feira em um ato de protesto contra os episódios do Paraguai que levaram ao impeachment do presidente Fernando Lugo, substituído no cargo pelo seu vice, Federico Franco. A manifestação está marcada para as 14 horas, em frente ao Consulado do Paraguai, na zona sul da capital paulista.

Participarão do ato representantes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além da Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas (CSA).

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Federico Franco assumiu na noite desta sexta-feira a presidência do Paraguai, após o ex-presidente Fernando Lugo ter tido o mandato cassado pelo Senado paraguaio por 39 votos a favor, quatro contrários e duas abstenções. Franco, do Partido Liberal, era o vice-presidente de Lugo. Em meio a aplausos e a gritos de saudações dos parlamentares, Franco jurou à Constituição e recebeu a faixa presidencial.

"A República do Paraguai vive momentos difíceis", disse Franco. "Deus e o destino quiseram que eu assumisse a presidência do Paraguai", afirmou. Franco se mostrou conciliador e pediu a ajuda do Congresso, de todos os setores políticos, religiosos e sociais do Paraguai, em uma clara mensagem que mostrou uma diferença de estilo do seu predecessor Lugo.

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A União de Nações Sul-americanas (Unasul) manifestou apoio a Fernando Lugo. Por meio de nota, divulgada às 20h (hora de Brasília, 19h de Assunção), a Unasul descreveu Lugo como "presidente constitucional" do Paraguai. "Os chanceleres se reuniram com o vice-presidente Federico Franco, com dirigentes de diversos partidos e com autoridades legislativas, das quais lamentavelmente não obtiveram as garantias processuais e democráticas que lhes foram pedidas", diz o comunicado, divulgado em espanhol no site da entidade.

"A missão de chanceleres reafirma sua solidariedade total ao povo paraguaio e o apoio ao presidente constitucional Fernando Lugo", termina a nota, assinada pela secretaria-geral da Unasul.

O ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, afirmou na noite desta sexta-feira que acatará a destituição sofrida um pouco mais cedo no Senado e que enfrentará na Justiça as investigações relativas ao impeachment. O mandato de Lugo foi cassado no Senado por 39 votos a favor, quatro contra e duas abstenções.

Tranquilo e aparentando serenidade, Lugo rechaçou o julgamento rápido feito pelo Senado e disse que a democracia paraguaia ficou "ferida" porque seus princípios fundamentais foram "transgredidos".

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"Nesta noite, eu saio pela porta maior da Pátria", afirmou. "Esta é a porta do coração dos meus compatriotas", afirmou Lugo. Em tempo recorde e com maioria esmagadora, o Senado destituiu Lugo em meio a protestos de partidários e simpatizantes do mandatário e críticas da comunidade internacional sobre irregularidades no procedimento.

Lugo ficou quase quatro anos no poder, apesar das críticas frequentes do seus detratores e de sofrer um câncer linfático, do qual se tratou em São Paulo, no Brasil. A sessão que destituiu Lugo durou mais de cinco horas no Congresso do Paraguai e ocorreu menos de um dia após a Câmara dos Deputados pedir a abertura do julgamento político do mandatário por incompetência no desempenho das funções presidenciais. A acusação contra Lugo teve cinco pontos e pelo menos dois deles se referiam diretamente à questão dos sem-terra no Paraguai, que se arrasta há vários anos. Um desse pontos foi a morte de 17 pessoas (11 camponeses e seis policiais), durante o cumprimento de uma ordem judicial de retirada dos sem-terra de uma propriedade invadida no dia 15 de junho, em Curuguaty, localidade 400 quilômetros ao nordeste de Assunção.

As informações são da Associated Press.

O Senado paraguaio informou nesta quinta-feira que vai iniciar o julgamento do impeachment do presidente Fernando Lugo na sexta-feira. A câmara alta do Legislativo paraguaio se constituiu em tribunal para o julgamento político e fixou o início do processo para as 18h locais desta quinta-feira (19h em Brasília) e a sentença para as 16h30 de sexta-feira (17h30 em Brasília).

O anúncio foi feito horas depois de a câmara baixa do Congresso ter aprovado o impeachment pela atuação do presidente num confronto com trabalhadores sem-terra, na última sexta-feira.

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Os acontecimentos fizeram com que moradores assustados da capital Assunción fechassem seus negócios e buscassem as crianças nas escolas. Lugo apareceu em rede nacional de televisão nesta quinta-feira e prometeu enfrentar o julgamento "com todas as suas consequências", negando rumores de que poderia renunciar. A Câmara dos Deputados aprovou o impeachment por 76 votos a 1.

Moradores da capital temem o confronto no Senado, dominado pela oposição, e a possibilidade de a decisão dar início a protestos de rua como os que aconteceram após o assassinato do vice-presidente Luis Maria Argaña, em março de 1999.

A eleição de Lugo, em 2008, encerrou 61 anos de controle do país pelo Partido Colorado. Lugo tem enfrentado constantes embates no Congresso, onde conta com poucos aliados firmes. Caso seja derrubado, ele será substituído pelo vice Federico Franco.

As informações são da Associated Press.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, recebeu hoje alta do Hospital Sírio-libanês, em São Paulo. Lugo estava internado desde quinta-feira, para tratamento contra um câncer linfático.

O hospital acrescentou que Lugo continuará fazendo tratamento de manutenção, mas afirmou que seu quadro clínico mostra a remissão completa da doença. O boletim foi baseado em informações dos médicos Antonio Carlos Onofre de Lira e Paulo Ayrosa Galvão, do Hospital Sírio-libanês. O presidente ainda foi acompanhado por uma equipe médica do Paraguai.

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Lugo cancelou sua viagem ao Peru nesta semana, onde assistiria à posse do presidente Ollanta Humala, para viajar a São Paulo. Segundo a ministra da Saúde do Paraguai, Esperanza Martínez, Lugo sofreu um mal-estar e as defesas do seu organismo se enfraqueceram.

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