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Após ficar fora do grupo durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Brasil voltou a integrar a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou um decreto em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na quinta-feira (6) estabelecendo o retorno do País ao fórum multilateral a partir de 6 de maio.

O grupo foi criado em 2008, no segundo governo do atual presidente. Em 2010, o grupo chegou a contar com todos os 12 países do continente, mas foi desidratado ao longo da última década após a saída de partidos de esquerda do comando de diversas nações na região.

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Além do retorno do Brasil sob Lula, a Argentina do peronista Alberto Fernandez também já anunciou que irá voltar a integrar a Unasul.

Atualmente, o bloco conta apenas com Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela. O Peru se encontra suspenso desde a última crise política do país.

Em nota, o Palácio do Planalto destacou que o objetivo da Unasul é "fomentar a integração entre os países sul-americanos, em um modelo que busca integrar as duas uniões aduaneiras do continente, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina), mas indo além da esfera econômica, para atingir outras áreas de interesse, como social, cultural, científico-tecnológica e política".

Após nota do governo brasileiro oficializando a saída do País da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o presidente Jair Bolsonaro anunciou a medida na manhã desta terça-feira (16) por meio de sua conta no Twitter. Bolsonaro também destacou o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul), previsto em declaração assinada durante a viagem do presidente ao Chile, em março.

"O Ministro das Relações Exteriores, @ernestofaraujo, formalizou saída da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e constituir o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). Fazendo parte do novo bloco Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru", disse Bolsonaro na rede social.

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O chefe do Executivo fez ainda uma menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comunicado. "Os únicos membros que seguem ativos na Unasul são Uruguai, Guiana, Bolívia, Suriname e Venezuela. A Unasul nasceu em 2008 como um projeto do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sendo apoiado por Lula", completou Bolsonaro.

O anúncio da saída do Brasil foi feito poucos dias depois de a Argentina e o Uruguai anunciarem que também deixariam a Unasul. A decisão do Brasil foi comunicada oficialmente ao governo do Equador, país depositário do acordo, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

A proposta pelo Prosul foi assinada pelos presidentes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e um representante do governo da Guiana.

Recentemente, ao comentar sobre a criação do fórum, Bolsonaro afirmou que o Prosul marca o lançamento das bases para um novo espaço de diálogo e integração da América do Sul. "Os principais pilares serão a democracia, a prosperidade e o respeito às soberanias, opostos ao avanço totalitário observado no continente nos últimos anos com a Unasul (União de Nações Sul-Americanas)", disse o presidente em postagem feita em março.

A Argentina anunciou nesta sexta-feira sua saída da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), reduzindo a cinco o número de integrantes do bloco que aspirava a se converter em um polo de poder político na região contra a influência dos Estados Unidos.

"Esta decisão foi tomada no marco da crise que atinge esse organismo, manifestado na acefalia da Secretaria Geral por mais de dois anos, bem como por uma agenda com alto conteúdo ideológico e muito distante de seus objetivos iniciais e a desordem administrativa que prevaleceu na organização nos últimos tempos", afirma a chancelaria argentina em comunicado.

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Das 12 nações que integravam o bloco fundado em 2008 pelo impulso do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para marcar um limite à influência dos EUA na América do Sul, permanecem Uruguai, Bolívia, Suriname, Guiana e Venezuela. Fonte: Associated Press.

O presidente em exercício, Michel Temer, aprovou a decisão do ministro das Relações Exteriores, José Serra, de repudiar as críticas feitas pela Venezuela, por países aliados e pelo secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, ao processo que afastou Dilma Rousseff do cargo.

Temer não só avalizou as duas notas emitidas na sexta-feira pelo Itamaraty como ajudou a redigir uma delas para deixar claro que o rito estabelecido na Constituição para o impeachment "foi seguido rigorosamente", cumprindo determinação do Supremo Tribunal Federal.

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O Itamaraty informou que o vice-ministro venezuelano para América Latina e Caribe, Alexander Yánez, disse ao embaixador do Brasil em Caracas, Ruy Pereira, não haver qualquer medida de retaliação ao governo Temer. A especulação sobre o impasse nas relações entre os dois países ocorreu porque o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou o embaixador do país em Brasília, Alberto Castellar, após a divulgação das notas.

O Estado apurou, porém, que a Venezuela fez questão de esclarecer que Castellar foi chamado a Caracas para uma reunião, mas não para abrir controvérsia com o Brasil. A chanceler Delcy Rodrigues afirmou que Castellar - o primeiro de uma lista de 15 embaixadores prestes a apresentar credenciais ao governo Temer - retornará a Brasília nos próximos dias.

O comentário no Palácio do Planalto é que a gestão Temer não poderia ficar em silêncio diante das críticas feitas por Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua em relação ao afastamento de Dilma. Foi o primeiro sinal da mudança de tom da política externa brasileira.

Em conversa com sua equipe, Serra disse que nenhuma manifestação para pôr em dúvida a legalidade do processo político no Brasil ficará sem resposta, mas isso não significa comprar briga com os vizinhos. "Nossa preocupação é em esclarecer as inverdades", disse o chanceler. "Não vamos calar nem escalar."

Para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, Serra está adotando uma "posição correta", respaldado por Temer. "Precisamos voltar a ter uma diplomacia pragmática, que ajude o Brasil a crescer. Não podemos ter uma diplomacia ideologizada", argumentou.

O embaixador Sérgio Amaral, ex-porta-voz e ex-ministro do Desenvolvimento de Fernando Henrique Cardoso, minimizou a atitude de Maduro de chamar Castellar. "O embaixador sequer está nas funções, pois não apresentou as credenciais. O importante é sinalizar a mudança", disse Amaral, que participou da reunião com Serra.

Uma nota foi enviada pelo Itamaraty, na sexta-feira, a todos os Ministérios de Relações Exteriores de países com os quais o Brasil mantém relações para informar que Dilma está afastada em decorrência de um processo de impeachment que segue a Constituição. A preocupação de Temer é desconstruir a versão, divulgada por Dilma, de que houve um "golpe" no Brasil.

El Salvador

Ontem (14), no entanto, o presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, disse não reconhecer o "governo provisório" de Temer e avisou que chamará de volta a embaixadora do país em Brasília, Diana Vanegas. Para Cerén, Dilma foi "submetida a julgamento por algo que não se comprovou ser um crime". O Ministério das Relações Exteriores de El Salvador classificou o impeachment como "manipulação política".

No Congresso, o posicionamento do Itamaraty obteve respaldo de aliados do governo e provocou críticas por parte dos petistas. "Recomendo que José Serra tome muito suco de maracujá e acalme-se, porque as reações devem se proliferar por todo o mundo", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "Vamos denunciar o golpe ocorrido. O Brasil está sendo comparado a uma republiqueta de bananas."

Para o ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), a reação de Maduro era esperada. "Ele está incomodado porque perdeu um parceiro conivente. O governo da presidente Dilma Rousseff foi absolutamente omisso sobre as violações cometidas na Venezuela."

"Precisamos acabar com essa palhaçada diplomática criada pelo ex-presidente Lula e continuada por Dilma. Vamos defender os países democráticos contra o populismo, o bolivarianismo e o chavismo", disse o vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), tratar a questão como "bolivarianismo" é uma visão "simplificadora" da política externa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Itamaraty não tem apoiado a organização de um encontro emergencial da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) no Brasil. Em encontro com jornalistas, Vieira não quis dar detalhes sobre o assunto, mas deixou claro que não há uma participação direta da Pasta na mediação do possível encontro. "Todas essas medidas são de grupos regionais", disse o ministro, sem detalhar exatamente ao que se referia. "O Itamaraty não tem tomado nenhuma medida, apenas recebido as manifestações", completou.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs nos últimos dias a realização de uma reunião de emergência da Unasul para defender a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs neste sábado uma reunião de emergência da União das Nações Sul-americanas (Unasul) para defender a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Devemos fazer uma reunião de emergência da Unasul no Brasil para defender a democracia brasileira, para defender a Dilma e o Lula. Esperamos que o nosso presidente da Unasul e presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, bem como todos os chefes de Estado da região se mobilizem", afirmou Morales, em um discurso na cidade de El Alto.

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O presidente disse que o que está sendo gestado no Brasil é "um golpe do Congresso" maquinado por "grupos oligárquicos dos Estados Unidos" para evitar que Lula seja candidato nas próximas eleições presidenciais.

O chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, disse ontem em Montevidéu que "está circulando em todos os países da Unasul fazendo um chamado e uma pedido que se respeite a ordem institucional no Brasil". Fonte: Associated Press.

Após se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul ), Ernesto Samper, afirmou que o bloco é contra o impeachment e que a presidente tem legitimidade para terminar o mandato. "A posição de Unasul é muito clara: a presidente pode e deve terminar o seu mandato", disse.

Samper defendeu ainda que Dilma é uma "pessoa honesta" e que foi "eleita constitucionalmente". "Esperamos que todos os temas políticos sejam tratados dentro do Congresso Nacional em respeito à Constituição Federal e em respeito às normas universais sobre o direito de defesa" , disse.

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O secretário-geral evitou comparar a situação do Brasil com a do Paraguai de 2012, quando o então presidente Fernando Lugo sofreu um processo de impedimento. Na época, o país foi suspenso do bloco. "Não estabelecemos comparações e temos o maior respeito pela democracia paraguaia, por seu governo e Constituição Federal", disse.

Na semana passada, durante a primeira reunião após a reforma ministerial, Dilma afirmou que a oposição no Brasil estava tentando colocar em prática "um golpe democrático" como o que havia acontecido no país vizinho.

Além da instabilidade política do Brasil, Sampler também conversou com a presidente sobre as eleições na Venezuela, marcadas para 6 dezembro. O bloco planeja enviar observadores ao país para acompanhar o pleito parlamentar.

Além de Brasil, Paraguai e Venezuela, fazem parte da Unasul Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname.

A presidente Dilma Rousseff admitiu que a crise internacional afetou profundamente o Brasil e que a recuperação mundial ainda é "tênue", o que irá exigir mais esforços da região para garantir a manutenção dos ganhos sociais obtidos nos últimos anos. Em um discurso de 14 minutos durante a sessão plenária presidencial na Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidente fez questão de mencionar os processos eleitorais na região este ano. Segundo Dilma, dessas eleições "saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e, portanto, do combate à desigualdade e da garantia de oportunidades, que caracteriza a nossa região nos últimos anos".

"Na atual conjuntura de crise internacional, com queda no preço das commodities e, principalmente, do petróleo, o desafio do desenvolvimento é ainda maior. Temos diante de nós compromissos históricos a cumprir, tarefas cuja realização será crucial para o nosso futuro", disse. "O Brasil se dispôs a, nesse período, avançar no combate à desigualdade, assegurando o crescimento com inclusão social. Nós, nessa eleição, mostramos que diante da crise, que nos afetou profundamente, defendemos sobretudo o emprego e, por isso, mantivemos uma das menores taxas de desemprego de toda a nossa história".

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A presidente afirmou, ainda, que os países da região já provaram que são capazes de "enfrentar muitos desafios" e conseguiram aumentar renda, diminuir desemprego, reduzir os níveis de pobreza, mas precisam continuar neste caminho. "Todos nós sabemos que a recuperação da crise que começou lá atrás, em 2008, ainda é tênue. Temos um quadro difícil na Europa, uma recessão no Japão, uma recuperação nos Estados Unidos, mas ainda uma recuperação que não mostra toda sua força. Por isso, é importante que os países da região tenham capacidade de se integrar e cooperar cada mais", defendeu.

A queda no preço das commodities e do petróleo, que afetam as exportações de todos os países da região, foi tema também dos discursos dos presidentes Rafael Correa, do Equador, e de Nicolás Maduro, da Venezuela.

Inclusão social

 

A presidente disse que as eleições realizadas este ano na América Latina mostram a vitória da agenda de inclusão social. "No Brasil, logramos pela quarta vez consecutiva renovar o apoio da sociedade a um projeto que combina inclusão social, combate à pobreza e busca da competitividade da economia", afirmou Dilma, segundo áudio do discurso publicado no Blog do Planalto. Além do Brasil, foram realizadas eleições na Colômbia, Chile, Bolívia e Uruguai.

Dilma voltou a defender as políticas econômicas do seu governo, que mesmo diante da crise internacional que afetou profundamente o País, manteve uma das menores taxas de desemprego da história. Segundo ela, o governo está disposto a ampliar o investimento em infraestrutura logística, energética, social e urbana, além de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação. (Colaborou Álvaro Campos)

O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, propôs nesta sexta-feira, 13, a criação de uma Comissão de Assessoria Militar que funcione permanentemente junto à Secretaria Geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), com foro de análise de estratégias de defesa regional. O principal foco dos países é o desenvolvimento de projetos conjuntos para fortalecer o sistema de proteção de defesa cibernética.

O assunto será discutido em dezembro, durante reunião entre autoridades brasileiras e uma missão argentina, em Brasília (DF). "É necessário fortalecer o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS) por meio de mecanismos que permitam contato mais constante, entre as respectivas Forças Armadas e entre as instituições de Defesa", disse Amorim durante conferência para oficiais de alto comando do Exército, Marinha e Aeronáutica da Argentina e representantes das três forças brasileiras que se encontram no país, realizando cursos na área de Defesa, em Buenos Aires.

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"A América do Sul tem um papel que exerce na ordem mundial, contribuindo como uma força para a paz e a justiça, além do pleno cumprimento das normas internacionais", afirmou. Segundo ele, a visão estratégica brasileira é de que a Unasul deverá ser, progressivamente, um dos centros políticos do mundo e a defesa da região não é delegável. "Estamos diante de ameaças novas, impulsionadas por tremendo progresso tecnológico, direcionado a fins incompatíveis com um mundo mais pacífico e democrático", afirmou.

O ministro mencionou o episódio de espionagem por parte dos Estados Unidos no Brasil e nos demais países da região. "De acordo com recentes revelações, a América do Sul aparece como uma região sujeita a operações de espionagem em massa e temos que refletir sobre como cooperar para enfrentar estas novas formas de ataque e intrusão em nossa soberania", afirmou o ministro.

Ele recordou que os fatos de espionagem estão relacionados aos recursos naturais dos países e a região representa 12% da superfície terrestre, na qual tem 25% do total de terras cultiváveis, 25% da água doce do mundo, 40% da biodiversidade do planeta, reservas de mais de 120 bilhões de barris de petróleo e enormes reservas de recursos minerais. "O Conselho de Defesa Sul-americano tem a tarefa de avaliar as ameaças à soberania dos países da região à luz da valoração destes ativos em nível global", observou.

A presidenta Dilma Rousseff embarcou nesta sexta-feira (30) para Paramaribo, capital do Suriname, onde participa da reunião de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Durante o encontro, ela vai se reunir com o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Na pauta está a fuga do senador boliviano, Roger Pinto Molina, da embaixada brasileira em La Paz. Nessa quarta-feira (28), Morales disse que o governo brasileiro deveria mandar de volta o senador para que responda às acusações de corrupção que pesam contra ele na Justiça boliviana.

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O encontro deve marcar a volta do Paraguai à Unasul, após 14 meses de suspensão. O país ficou suspenso por 14 meses do Mercosul e da Unasul porque os líderes dos dois blocos regionais discordaram da forma como o então presidente Fernando Lugo foi destituído do poder, em 2012, por impeachment. Ao reconhecer a vitória de Horacio Cartes, em abril deste ano, a Unasul e o Paraguai começaram a se reaproximar.

A Unasul é formada pela Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Argentina, o Brasil, Paraguai, Uruguai, a Venezuela, o Chile, a Guiana e o Suriname. São países observadores o Panamá e o México.

Líderes da Unasul exigiram, em um comunicado divulgado nessa quinta-feira (4), que França, Itália, Portugal e Espanha deem explicações sobre a suposta decisão de proibir a entrada do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, em seus respectivos espaços aéreos durante um voo sobre a Europa.

Reunidos em Cochabamba para uma reunião extraordinária, representantes dos países latino-americanos também cobraram desculpas das nações europeias e disseram que apoiam uma queixa oficial da Bolívia junto a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.

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Autoridades bolivianas alegam que os quatro países europeus não permitiram que o avião presidencial de Evo Morales entrasse em seus respectivos espaços aéreos em meio a suspeitas de que Edward Snowden estava a bordo. Morales voltava de uma reunião na Rússia, país em que o ex-funcionário da CIA, responsável por relevar informações secretas dos EUA, pode estar escondido.

Os líderes latino-americanos ficaram indignados com o incidente, chamando-o de uma violação da soberania nacional. Além de Evo Morales, que convocou o encontro, os presidentes do Equador, Venezuela, Argentina, Uruguai e Suriname participaram da reunião.

O Brasil foi representado por Marco Aurélio Garcia, principal assessor para assuntos internacionais da presidente Dilma. O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, não pode participar do encontro, pois está na Europa.

Os presidentes da Colômbia, Chile e Peru, que têm fortes laços com os EUA, não estavam presentes. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira que ele apoia Morales, mas pediu que os outros líderes mantenham a calma e evitem uma disputa entre a América Latina e a União Europeia. Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff reforçou nesta sexta-feira (19), na chegada a Caracas, o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) às eleições na Venezuela, que elegeram Nicolás Maduro, no último domingo (14). “É uma nota [divulgada pelo bloco] que reitera o compromisso da Unasul com os processos democráticos, ao mesmo tempo que determina um posicionamento da Unasul como sendo de apoio à estabilidade, à paz e aos processos que constituem legalmente a sustentação democrática”, disse a presidenta à jornalistas, na chegada ao hotel em Caracas.

Nessa quinta (18), uma cúpula extraordinária se reuniu para discutir a situação no país e pediu o respeito ao resultado do pleito. No encontro, o bloco também reconheceu a importância de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter decidido verificar 100% das urnas eletrônicas, atendendo a pedido da oposição no país.

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A presidente acrescentou ainda que a nota “define uma tomada positiva em relação ao Conselho Nacional Eleitoral e repudia as violências, as mortes, os feridos e também acrescenta no final um posicionamento no sentido de que haverá uma comissão da Unasul para acompanhar as investigações sobre direitos humanos”.

A reunião foi convocada após os protestos e manifestações liderados pelo candidato derrotado e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. Após o encontro, os chefes de Estado apresentaram uma ata com cinco pontos de consenso. Além de reconhecer o CNE como órgão soberano para receber reclamações, a Unasul parabenizou o presidente eleito e disse que pretende cooperar para a solução dos problemas que possam afetar a democracia na região.

A Unasul irá designar uma missão observadora para acompanhar a investigação dos atos violentos ocorridos esta semana durante as manifestações que pediam a recontagem dos votos. O governo acusa a oposição de ser responsável pela morte de oito pessoas devido aos protestos.

A presidenta Dilma Rousseff acompanha a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para as 13h no horário de Caracas (14h30 em Brasília).

O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, assistirá nesta quinta-feira à reunião de emergência dos chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) convocada para discutir a situação política venezuelana em meio a questionamentos da oposição ao resultado das eleições presidenciais do último domingo.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Peru, Fernando Rojas, confirmou a ida de Maduro a Lima para participar do encontro, marcado para as 20h30 locais de hoje (22h30 em Brasília) no palácio do governo peruano.

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A reunião de emergência da Unasul foi convocada ontem pelo presidente do Peru, Ollanta Humala, uma vez que o país ocupa a presidência de turno da entidade.

Rojas informou ainda que, à exceção do presidente do Equador, Rafael Correa, todos os chefes de Estado sul-americanos confirmaram presença no evento. Correa não irá porque está em viagem oficial à Europa. O Equador será representado pelo vice-presidente Lenin Moreno. O Paraguai, por sua vez, não participará por estar suspenso do bloco. As informações são da Associated Press.

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) declarou apoio à decisão do Equador de conceder asilo ao jornalista australiano Julian Assange, fundador e editor-chefe do WikiLeaks, um site especializado em vazamento de informações secretas.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião de chanceleres realizada neste domingo (19) na cidade equatoriana de Guayaquil, a Unasul expressou solidariedade a Quito e defendeu que uma "solução mutuamente aceitável" para o impasse envolvendo os governos do Equador e do Reino Unido seja encontrada por meio de diálogo.

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Assange está refugiado há dois meses na Embaixada do Equador em Londres. O governo equatoriano anunciou na última semana a concessão de asilo a Assange. O Reino Unido expediu uma ordem de extradição contra Assange para a Suécia, onde o australiano é acusado de estupro. Assange nega que tenha cometido o crime e qualifica o processo como retaliação às atividades do WikiLeaks. As informações são da Dow Jones.

Com cuidado para que suas palavras não fossem interpretadas como ameaças, a presidente Dilma Rousseff disse em entrevista coletiva, no encerramento da Conferência Rio + 20, que o protocolo de criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), assinado pelo Paraguai e outros 11 países da América do Sul, prevê o desligamento do país deste bloco e do Mercosul se ficar caracterizada a ruptura democrática.

As declarações foram dadas antes do desfecho do processo contra Lugo. Questionada sobre se o processo de impeachment de Lugo pode levar à expulsão do Paraguai por não respeitar as cláusulas democráticas, Dilma, disse que não queria raciocinar sobre hipótese, mas afirmou: "Posso dizer o que está previsto no protocolo que é a não participação nos órgãos multilaterais".

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Na entrevista, Dilma advertiu que "a atitude dos 12 chanceleres (que viajaram na véspera para o Paraguai) e dos 12 países representam uma atitude de muito respeito à soberania do Paraguai, mas é também uma atitude de muito respeito pela democracia". E avisou: "Desta situação te asseguro que sai daí uma consequência".

Fazendo um paralelo com a situação de golpe vivida pelo Brasil no passado, a presidente Dilma lembrou que "nós que passamos por um processo muito doloroso de golpes e passamos por processo de retomada da democracia. Dar valor a ela é algo muito importante, mostra maturidade da América Latina". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Federico Franco assumiu na noite desta sexta-feira a presidência do Paraguai, após o ex-presidente Fernando Lugo ter tido o mandato cassado pelo Senado paraguaio por 39 votos a favor, quatro contrários e duas abstenções. Franco, do Partido Liberal, era o vice-presidente de Lugo. Em meio a aplausos e a gritos de saudações dos parlamentares, Franco jurou à Constituição e recebeu a faixa presidencial.

"A República do Paraguai vive momentos difíceis", disse Franco. "Deus e o destino quiseram que eu assumisse a presidência do Paraguai", afirmou. Franco se mostrou conciliador e pediu a ajuda do Congresso, de todos os setores políticos, religiosos e sociais do Paraguai, em uma clara mensagem que mostrou uma diferença de estilo do seu predecessor Lugo.

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A União de Nações Sul-americanas (Unasul) manifestou apoio a Fernando Lugo. Por meio de nota, divulgada às 20h (hora de Brasília, 19h de Assunção), a Unasul descreveu Lugo como "presidente constitucional" do Paraguai. "Os chanceleres se reuniram com o vice-presidente Federico Franco, com dirigentes de diversos partidos e com autoridades legislativas, das quais lamentavelmente não obtiveram as garantias processuais e democráticas que lhes foram pedidas", diz o comunicado, divulgado em espanhol no site da entidade.

"A missão de chanceleres reafirma sua solidariedade total ao povo paraguaio e o apoio ao presidente constitucional Fernando Lugo", termina a nota, assinada pela secretaria-geral da Unasul.

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