Tópicos | Fiesp

Uma das mais importantes entidades empresariais do Brasil, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou, nesta segunda-feira (14), o apoio formal ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. A medida, que é inédita na história da entidade, foi aprovada por unanimidade depois de uma reunião conjunta entre o conselho de representantes, a diretoria da Federação e a cúpula do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

"Essa posição oficial foi tomada devido ao momento que nós chegamos", disse o empresário Paulo Skaf, presidente da entidade. Entre os motivos, ele elencou o ajuste fiscal "que foi anunciado ao longo do ano, mas não foi feito", a "perspectiva de estouro de orçamento no próximo ano", e a "total falta de credibilidade do governo".

##RECOMENDA##

Skaf é também um dos principais dirigentes do PMDB paulista e o interlocutor do vice-presidente Michel Temer (PMDB) junto ao empresariado. Para justificar a decisão a Federação divulgou uma pesquisa que ouviu 1.113 empresas paulistas entre 9 e 15 de novembro de 2015.

De acordo com o levantamento, o impedimento é defendido por 91% dos empresários. Apenas 5,9% se disse contra e 3,1% não respondeu ao questionamento. A pesquisa também aferiu que 85,4% das empresas apoiam a medida, enquanto 4,9% a rechaçam e 9,7% não se posicionou. Em outro item, 91,9% dos empresários defenderam que a Fiesp se posicione a respeito do processo de impedimento.

Segundo a entidade, o questionário foi preenchido pelo proprietário, presidente, diretor "ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla dos seus negócios". A entidade informa que existem no Estado 153 mil empresas entre transformação e construção civil. A Federação, por sua vez, representa 133 sindicatos patronais de várias áreas.

Ao todo, foram enviados 8.395 questionários para empresas de vários portes. "A pesquisa demonstra o apoio maciço da base da indústria em defesa do andamento do processo de impeachment", disse Skaf. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada no domingo, 13, o presidente da entidade, Paulo Skaf, que também é um dos dirigentes do PMDB em São Paulo, afirmou que "o empresariado vê com bons olhos" o impeachment e defendeu a mudança de governo.

Skaf participou das manifestações contra a presidente Dilma neste domingo, 13, pela primeira vez e instalou na Avenida Paulista, em frente à entidade, um pato amarelo gigante que simboliza a campanha da Fiesp contra a recriação da CPMF.

"Essa talvez tenha sido a decisão mais importante na história das nossas entidades. Não há um precedente igual", afirmou Skaf. Em 29 de setembro de 1992, o presidente recém-eleito da Federação, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, fez um discurso em sua posse defendendo pessoalmente o impeachment de Fernando Collor.

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) divulgou, nesta quinta-feira (12), o resultado de uma pesquisa que afere o que os brasileiros pensam sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). De acordo com os dados, 56% dos entrevistados sabem o que é a CPMF, enquanto 40% das pessoas desconhecem o imposto. 

Dos que a conhecem, 86% declaram não gostar dela 11% falaram que gostam do imposto; e 3% não responderam. Do total de pessoas que sabem o que é a CPMF e não gostam dela, 78% rejeitam a contribuição "porque é mais um imposto", 9% responderam não gostar da CPMF "porque ela alcança todo mundo", outras 5% porque “é fácil de recolher” e 3% “porque é transparente”.

##RECOMENDA##

O levantamento, de acordo com a Fiesp, foi realizado para atender uma sugestão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Os questionamentos se detiveram às perguntas colocadas pelo ministro durante um evento da entidade no último dia 3. Levy sugeriu que a imprensa fizesse uma enquete sobre o porquê às pessoas não gostam da CPFM. "É porque é transparente? Porque todo mundo paga, porque é fácil de recolher ou só porque é mais um imposto?", indagou, na ocasião.

A Fiesp é contrária a retomada do imposto. “Esperamos, portanto, que o Congresso Nacional, sempre sensível aos clamores da sociedade, respeite a vontade dessa maioria e não aprove a emenda que pretende recriar a CPMF, derrotada em 2007. Mais uma vez, ficou provado que a população brasileira não quer pagar o pato”, disse a entidade ao divulgar a pesquisa.

Os dados foram coletados pela Ideia Inteligência. Por telefone, foram ouvidas 20 mil pessoas de 122 cidades brasileiras. O levantamento aconteceu entre os dias 7 e 8 de novembro. 

O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, lançou nesta quinta-feira, 1º, uma campanha contra o aumento de impostos em frente ao Congresso Nacional. Intitulada "Não Vou Pagar o Pato", o ato tenta, nas palavras de Skaf, impedir que o novo ajuste fiscal proposto pelo governo tenha como base a elevação da carga tributária.

"Todos nós estamos a favor do ajuste fiscal, mas ele deve ser feito com redução de despesas e desperdícios e não através de aumento de impostos. Nós não vamos aceitar na recriação ou criação de aumento de impostos que vá pesar, ainda mais, no bolso do brasileiro", disse.

##RECOMENDA##

Numa ação bem-humorada, o ato colocou em frente ao Congresso um pato inflável de 12 metros de altura e ainda colocou, no espelho d'água em frente ao Poder Legislativo, 1 mil patinhos infláveis pequenos, segundo os idealizadores.

O idealizador da ação foi o marqueteiro Renato Pereira, que atuou nas campanhas do tucano Aécio Neves e dos peemedebistas Sérgio Cabral e Eduardo Paes.

Em entrevista, Skaf defendeu que a ação não se restrinja à Fiesp e que todas as entidades que quiserem usar o "pato" estão autorizadas a fazer. Ele afirmou ser importante haver um movimento nacional contra aumento de impostos.

A campanha, que já teve ações em São Paulo e veiculou anúncios na mídia, deve se manter mobilizada quando houver a possibilidade de votação de matérias no Congresso, como a nova CPMF.

Para reforçar a oposição ao aumento de tributos, entidades empresariais lançam nesta segunda-feira (21) uma campanha contra a criação e o aumento de impostos pelo governo federal, dentro do esforço de ajuste fiscal. A campanha leva o sugestivo nome de "Não vou pagar o pato". Apesar de não serem a favor de mais impostos, economistas que acompanham as finanças públicas indicam, porém, ser "impossível" fechar as contas públicas a esta altura sem que parte do rombo seja coberto por tributos.

O lançamento da campanha "Não vou pagar o pato" ocorre no final da manhã, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Está prevista a participação de representantes de associações, federações e sindicatos da agricultura, do comércio, dos serviços e da indústria. A mobilização incluirá um manifesto com abaixo assinado.

##RECOMENDA##

Elevar impostos tem sido o principal expediente para cobrir o aumento de gastos do governo, em especial com obrigações sociais criadas pela Constituição de 1988, como a universalização da saúde e da educação. De lá para cá, o peso dos tributos passou de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) para quase 36% no final de 2014. Um dos focos do movimento dos empresários é impedir a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O governo espera arrecada R$ 32 bilhões só com esse tributo.

Entre os especialistas, a opinião é que a CPMF é uma das mais nocivas alternativas de tributação. Em entrevista ao Estado, o economista Affonso Celso Pastore lembrou um artigo de Maria Helena Zockun, pesquisadora da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Universidade de São Paulo (USP). Ela pesquisou a incidência da CPMF por classe e constatou que é um tributo altamente regressivo, pago muito mais pelas classes de renda baixa que de renda alta. "Dos impostos, é o pior, ainda mais para um governo que quer fazer distribuição de renda. Não é uma coisa sadia piorar o bem- estar e a renda para fazer distribuição de renda", diz Pastore.

Pragmatismo

A grande maioria dos economistas concorda que a carga tributária passou da conta, mas destaca que, no curto prazo, ficou "impossível" fazer o ajuste sem elevar impostos. "A maior parte das despesas é rígida: 90% do orçamento é obrigatório e, para mexer nessa parte que é rígida, vamos precisar de reformas estruturais, que dependem de discussão e apoio no Congresso", diz Fabio Klein, analista da Tendências Consultoria. "No curto prazo, é preciso aumento de impostos."

Klein, porém, destaca que essa via também tem restrições de ordem prática. "A queda na arrecadação vai limitar o retorno dos aumentos de impostos", diz. Para fechar as contas de 2016, o governo ainda vai precisar ampliar as chamadas receitas extraordinárias, principalmente com concessões, privatizações e venda de participações acionárias em estatais.

Na avaliação de professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) José Luis Oreiro, o governo já cortou o que dava. "Eu posso falar das universidades federais: os cortes são visíveis. O governo também cortou 37% dos investimentos em termos reais. É absoluta injustiça dizer que não está cortando, mas é fato que não conseguiu fazer os cortes com a mesma velocidade em que as receitas caíra, pois a economia entrou em queda livre", diz.

Agora, avalia, o País precisa entender que a prioridade é sair do déficit primário. "Tudo indica que vamos ter outro déficit em 2015 - serão dois anos de déficit. Então, precisamos voltar ao superávit em 2016 e não vejo como fazer isso sem elevar impostos. É impossível", diz Oreiro. Ele não gosta da CPMF, mas lembra que, "sendo pragmático", ela arrecada muito com baixo impacto sobre a inflação. A Cide, outra alternativa que ele considera, arrecada menos e teria impacto sobre o preço dos combustíveis.

A pesquisadora Vilma da Conceição Pinto, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), também acredita que não há como fazer ajuste de curto prazo sem mais impostos, mas reforça a importância de pensar o País no longo prazo. "A questão que tem de ser levantada é não só fazer o ajuste de curto prazo, mas também o de longo prazo - ou o problema vai voltar lá na frente", diz Vilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal não cortou nada "na carne", apenas postergou o problema e transferiu fontes de recursos, avaliou nesta segunda-feira, 14, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), ao comentar o pacote de medidas de austeridade fiscal, de cerca de R$ 65 bilhões, anunciado pela equipe econômica. O executivo prometeu reagir "fortemente" no Congresso para tentar derrubar as propostas.

"O governo não fez sua parte, não cortou nada na carne. Na realidade, postergou o problema e transferiu fonte de recursos: o que era do Tesouro passou para o Fundo de Garantia e o que era do Tesouro foi para emendas", avaliou. Skaf, que também é presidente do Sebrae-SP, criticou em especial a proposta do governo de pegar 30% do valor recolhido pelo Sistema "S". Para ele, o Executivo quer "abocanhar um pedaço do sistema 'S'". "Significa pegar aquilo que funciona com eficiência e colocar na mão do governo, que é ineficiente", disse.

##RECOMENDA##

Skaf também disparou duras críticas à postura do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que fez o anúncio das medidas ao lado do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em Brasília. Na avaliação do executivo, Levy foi irônico e fez comparações "infelizes". "Ele desrespeitou a sociedade em vários momentos, quando, por exemplo, se referia aos aumentos de impostos como algo pequeno. Ele não tem esse direito", afirmou. Segundo o executivo, "ministro para aumentar imposto o Brasil não precisa".

"O ministro que o Brasil está precisando é aquele que combata desperdícios, melhore a gestão publica, combata com rigor a corrupção, que reduza os gastos e tamanho do Estado, que é o que cria esse problema", defendeu. Para Skaf, nada do que foi anunciado hoje vai ao encontro dos interesses dos brasileiros. "Se aumentar imposto resolvesse o problema do Brasil, o País não teria problemas", disse. "A ironia do ministro, cabe à presidente da República decidir. Agora as medidas de criação de impostos vamos combater fortemente no Congresso", prometeu.

Abimaq

O anúncio do corte de despesas do governo federal em R$ 26 bilhões para o próximo ano foi uma boa decisão se comparada com a falta de ação que vinha dominando o Executivo, avaliou hoje o diretor do Departamento de Competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Bernardini. "Eu diria que foi a melhor decisão se comparada com o imobilismo em que estava no Executivo", afirmou.

Contudo, Bernardini disse desconfiar de que os cortes anunciados sejam apenas para justificar a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Temo que estes cortes nem sejam feitos", disse o diretor da Abimaq.

"A CPMF é uma tragédia para a competitividade e exportações da indústria", disse Bernardini, acrescentando que seria melhor se o governo fizesse incidir sobre o setor de serviços as mesmas taxas incidentes sobre a atividade industrial. Ele acha que seria correto também se o governo passasse a taxar as grandes fortunas de pessoas físicas. "Não quero que taxem os lucros dos bancos porque depois eles repassam tudo para o cliente", disse.

As Federações das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgaram nesta quinta-feira, 10, nota conjunta em que se dizem "perplexas com a inação do governo diante da deterioração crescente do quadro econômico do País". As entidades pedem um rigoroso ajuste fiscal, com cortes pesados das despesas e sem elevação da carga tributária.

"O País repudia com ênfase novos aumentos de impostos. Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado", diz a nota, assinada pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

##RECOMENDA##

"A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos", afirmam as duas federações.

No dia 6 de agosto, Fiesp e Firjan já haviam divulgado nota conjunta em defesa da posição do vice-presidente Michel Temer (PMDB), então responsável pela articulação política do Palácio do Planalto. À época, as duas entidades afirmaram que o momento econômico e político brasileiro era "de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil", e que a indústria brasileira se associava "ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil".

Erros

Para as entidades, a sucessão de erros do governo foi "coroada" pelo envio de um projeto de Orçamento para 2016 com estimativa de déficit de R$ 30,5 bilhões. "Assim, o Poder Executivo abriu mão uma de suas prerrogativas mais básicas: a iniciativa de propor ao Legislativo o ordenamento das receitas e despesas públicas segundo suas prioridades. Com esse ato, o governo abriu mão de governar".

Fiesp e Firjan cobram ainda reformas estruturais de longo prazo, como a criação de um limite para despesas públicas e a adoção de um programa de venda de ativos públicos para engrossar o caixa do governo.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota nesta quarta-feira, 26, com críticas à condução da política econômica pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Levy não vê problema em terminar o ano com 1,5 milhão de empregos a menos", diz o trecho mais duro da nota. A Fiesp é presidida por Paulo Skaf, filiado ao PMDB e muito próximo do vice-presidente da República, Michel Temer.

##RECOMENDA##

O texto cita a turbulência na economia da China e elogia medidas tomadas pelo governo daquele país. Em seguida, usa o exemplo chinês para criticar a atual gestão do Brasil.

"No Brasil, vimos o oposto. Enquanto o PIB deverá encolher 3% no ano, a política econômica se baseia em aumento da taxa de juros, redução do crédito e aumento de impostos, ou seja, ações que tendem a ampliar os efeitos negativos da crise. Não há nenhum estímulo à retomada da economia", afirma Skaf, que assina a nota.

"Na semana passada, em reunião com líderes de diversos setores produtivos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o aumento de impostos da contribuição da previdência, mesmo alertado de que a medida provocará mais desemprego. Pelo visto, para o ministro, terminar o ano com fechamento negativo de 1,5 milhão de empregos a menos parece não ser um problema", conclui a nota.

Nesta quinta-feira, 27, à noite, Temer tem presença confirmada em um jantar oferecido pela Fiesp, na capital paulista. O vice-presidente tem procurado manter agendas com o setor produtivo desde o início da atual crise política.

Temer formalizou na última segunda-feira sua saída da função de articulador político do governo Dilma. A decisão foi tomada após alguns desentendimentos de Temer e do PMDB com Levy e a equipe econômica. Antes do jantar, o vice cumpre outras agendas relativas ao cargo dele em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A indústria paulista demitiu 30,5 mil trabalhadores em julho (-1,07% ante junho, com ajuste sazonal) e acumula saldo negativo de 92,5 mil cortes em 2015, informou nesta quinta-feira (13) a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O resultado de julho é o pior para o mês na série histórica, iniciada em 2006. Na comparação com julho de 2014, são 205,5 mil vagas a menos, também o pior desempenho da história. O acumulado nos sete primeiros meses do ano também é o mais negativo desde o começo da pesquisa.

Dos 22 setores avaliados pela pesquisa, 17 registraram baixa em seu quadro de funcionários, três registraram contratações e dois ficaram estáveis. A indústria de açúcar e álcool foi responsável por 2.718 demissões em julho, enquanto o restante do setor de transformação fechou 27.782 postos de trabalho. A indústria de veículos automotores demitiu 6.661 funcionários, enquanto o setor de produtos de borracha e de material plástico fechou 3.970 vagas. E o segmento de produtos têxteis registrou 2.389 demissões.

##RECOMENDA##

O setor que mais contratou no mês passado foi o de produtos diversos, que criou 172 vagas no Estado.

"É trágico. O final do ano talvez nos entregue 200 mil empregos a menos que no ano passado", estima Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, responsável pelo levantamento. De acordo com o diretor, "se somarmos os empregos perdidos em 2014 e 2015, são 10 estádios da Copa lotados". Em 2014, a indústria paulista registrou o fechamento de 130 mil postos de trabalho.

O Depecon sonda o emprego em 36 regiões paulistas. Em julho, 31 anotaram demissões, três contrataram e duas se mantiveram estáveis. A região de São Bernardo foi destaque entre as perdas de emprego, com variação negativa de 3,48%, influenciada por baixas nas indústrias de veículos automotores e autopeças (6,85%) e de borracha e plástico (-3,18%). São Caetano também amargou perdas em julho, de 3,02% em meio a demissões também nos setores de veículos automotores e autopeças (-5,82%) e de borracha e plástico (-1,74%). E São João da Boa Vista registrou queda de 2,63%, pressionada pelos segmentos de produtos alimentícios (-3,50%) e máquinas e equipamentos (-4,83%).

Já entre os ganhos, destaque para a região de Osasco, com alta de 0,19%, influenciada por algumas contratações das indústrias de impressão e reprodução (6,37%) e produtos alimentícios (1,90%). Jacareí também registrou contratações. A região anotou crescimento de 0,17% no mercado de trabalho, motivado pelos setores de produtos de metal (3,36%) e de papel e celulose (1,55%). Matão subiu 0,12% em julho, alta impulsionada pelo segmento de produtos alimentícios (0,99%).

A confiança dos empresários industriais paulistas ficou em 45,9 pontos na pesquisa Sensor de junho, ante 43,8 pontos da sondagem de maio, na série sem ajuste. Já na mediação ajustada, a confiança ficou em 46,7 pontos, ante 44,3 pontos de maio. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1°) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador busca obter informações da atividade da indústria de transformação durante o mês corrente da coleta de dados.

De acordo com a Fiesp, dos cinco itens que compõem o Sensor, três subiram, um caiu e um ficou estável na série com ajuste. O item que registrou a maior alta foi Vendas, que subiu de 39,9 pontos em maio para 50,9 pontos em junho. O item Mercado saiu de 41,9 para 47,2; Emprego passou de 43,0 para 48,0. Já Estoque caiu de 45,5 para 41,8. E Investimento ficou estável, segundo a interpretação da Fiesp, passando de 46,4 para 47,3.

##RECOMENDA##

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que irá convocar uma semana de esforço concentrado na Casa, em maio, para votar a reforma política. Em rápido discurso proferido na Fiesp, no primeiro ato da campanha "Mais Mulheres na Política", Cunha disse que espera contar com o apoio do Senado para que a reforma política esteja sancionada até o dia 30 de setembro, a fim de valer para as eleições municipais de 2016.

"Quando assumi a Câmara, já no primeiro dia levei ao plenário a admissibilidade da reforma política. Faremos esta semana em maio para votar tudo que diz respeito ao projeto e espero que esteja sancionado até 30 de setembro", disse o peemedebista.

##RECOMENDA##

Segundo ele, o projeto vai contemplar as reivindicações da bancada feminina e irá esclarecer outras questões, como o financiamento de campanha e o fim ou não da reeleição. E citou a proposta da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) de que as mulheres parlamentares integrem todas as comissões do Congresso Nacional.

Ironia

O presidente do Senado Renan Calheiros, que também participou do evento na Fiesp, iniciou o seu discurso com uma ironia ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Sem citar a presidente, elogiou seu colega peemedebista, dirigente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha: "Quero cumprimentar (Cunha) pelo seu papel relevante na condução da Câmara, levando em conta as circunstâncias que estamos vivendo em nosso País."

Calheiros disse que colocará o Senado Federal em prol do avanço da reforma política e disse que o projeto contemplará a ampliação da participação da mulher na política.

No final de seu rápido discurso, o presidente do Senado disse que é recomendável o parlamento prestar atenção na sociedade para mudar a própria política. E agradeceu ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, por ter aberto a instituição para o ato em defesa de mais mulheres na política. "O Brasil vive hoje um momento exuberante em sua democracia, a única coisa que não é legítimo fazer é sonegar o debate."

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou nesta segunda-feira (16) que as lideranças do governo, os empresários e o Congresso devem buscar caminhos para que o País supere a crise econômica. E isso deve ocorrer sobretudo com corte de gastos pelo Poder Executivo.

"O Brasil passa por um momento muito delicado. É um momento de crise política, misturado com crise econômica e caminhando para uma crise social", destacou. "E há ainda a escassez de água, energia, aumentos de preços por geração de termelétricas. São muitos problemas ao mesmo tempo. E precisamos encontrar caminhos para que essa travessia não custe muito caro para as pessoas e as empresas." A Fiesp recebeu nesta manhã o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e no almoço o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

##RECOMENDA##

Skaf destacou que o governo pode fazer mais para viabilizar saídas para a crise, especialmente com corte de despesas federais. "Recebemos o presidente da Câmara e debatemos com ele uma agenda sobre o que fazer nessa situação; buscar projetos de lei que interessem ao País", disse. "Recebemos o ministro da Fazenda. Temos conversado com as centrais dos trabalhadores. Estamos buscando uma solução. Estamos todos chateados, preocupadíssimos com essa situação. Mas isso é insuficiente", afirmou. Segundo o presidente da Fiesp, é necessário encontrar soluções para a crise, com menor impacto possível para os brasileiros.

"É fundamental que o governo dê sinais e faça um gesto", destacou, mesmo que isso não signifique conseguir um montante de recursos para viabilizar a meta de superávit primário, que é de 1,2% do PIB para 2015. "Mas que faça um gesto para que possa pedir o sacrifício dos outros. É muito difícil eu pedir o seu sacrifício se eu não fizer o meu primeiro."

Segundo Skaf, o Congresso também deve esperar a mesma cota de redução de gastos pelo Poder Executivo. "Então, o que esperamos da Câmara dos Deputados é que traduza essa sensação de toda a sociedade e faça com que as coisas caminhem nessa direção", acrescentou.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (16) que o ajuste fiscal é "quase uma unanimidade" entre as classes produtoras, depois de participar de almoço com um grupo de cerca de 15 empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Entre os executivos presentes estavam o presidente da federação, Paulo Skaf, e os empresários Jorge Gerdau, Abílio Diniz e Benjamin Steinbruch. "A conversa com os empresários foi muito boa pois é o caminho para se chegar. A Fiesp tem um papel muito importante tanto para apoiar o governo como para trazer sugestões", avaliou Levy.

##RECOMENDA##

Após o encontro, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, confirmou a jornalistas a declaração de Levy, de que o ajuste fiscal é quase uma unanimidade entre as classes produtivas. "É verdade, o ajuste fiscal é quase uma unanimidade. O que não é uma unanimidade é a forma de se fazer o ajuste fiscal."

"Na visão nossa, o ajuste fiscal você pode fazer ou aumentando receitas ou reduzindo despesas. E é esse o ponto em que nós divergimos, porque nós queremos que se faça o ajuste fiscal no sentido da redução das despesas do governo e não de aumento de receita", disse o presidente da Fiesp.

Para o presidente da Fiesp, como não há crescimento, aumentar a receita significa aumentar impostos. Skaf disse ainda temer que o novo PIS/Cofins traga mais aumentos de impostos. Ele criticou a retirada da desoneração sobre a folha de pagamentos e lembrou que, na época em que o governo a aprovou, foi colocado um imposto sobre o faturamento. "A partir do momento que o governo pretende subir o imposto que hoje é de 1% sobre o faturamento para 2,5% e os 2% atuais para 4,5%, isso significa aumento de carga tributária", disse o presidente da Fiesp.

De acordo com ele, não houve favor nenhum, em momento nenhum do governo, em reduzir impostos. "No Brasil se paga muito imposto. Se paga quase 37% do PIB. No ano passado, os governos, não só o federal, arrecadaram R$ 1,8 trilhão em impostos. É muita coisa. E se aumentar imposto fosse a solução, o Brasil seria um país perfeito, porque há 60 anos a carga tributária era de 10% do PIB, há 20 anos era de 25% e hoje é 37% do PIB, ironizou Skaf.

Skaf disse a jornalistas que teria dito ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que a indústria está saturada de pagar impostos.

"Coloquei para o ministro que já estamos saturados de pagar impostos. Imagine que a indústria representa 13% do PIB e paga 33% dos impostos recolhidos. A cada R$ 3,00 que se arrecada de impostos, R$ 1,00 é da indústria, então não tem jeito", disse ao acrescentar que não é só a indústria que arca com uma pesada carga tributária.

"Além da indústria, o comércio, a agricultura também já pagam muito imposto. Ninguém quer pagar mais impostos. O que as pessoas esperam é um trabalho, uma gestão pública adequada, eficiente e menos despesas, eliminar corrupção", disse Skaf.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira, 16, em coletiva de imprensa na sede da Fiesp, em São Paulo, que "a corrupção no Brasil não está no Poder Legislativo, está no poder Executivo". Em tom de crítica, Cunha disse que não acusava o governo de conivência com a corrupção, mas por problemas de governança.

"A corrupção não está no poder Legislativo, a corrupção está no poder Executivo. Se eventualmente alguém do Poder Legislativo se aproveitou da situação para dar suporte político em troca de benefícios indevidos é porque esses benefícios existiram pela falta de governança do Poder Executivo, que permitiu que a corrupção avançasse", argumentou Cunha. "Não vou dizer por conivência, vou dizer por governança", completou o peemedebista, que foi citado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na lista de investigados da Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

Mais cedo, durante a reunião fechada que teve com empresários paulistas, Cunha já havia criticado o Partido dos Trabalhadores. "O PT não tem opositores, tem inimigos. Não tem amigos, tem súditos", disse, segundo interlocutores. Questionado sobre a declaração durante a coletiva, Cunha disse que apenas repetiu uma frase que usava durante a campanha para a presidência da Câmara, sem dar mais explicações sobre o contexto. Cunha foi aplaudido algumas vezes pelos empresários, mas não quis dizer se as palmas vieram nos momentos de críticas ao PT e ao governo.

Cunha disse que não viu o Poder Legislativo como foco das manifestações e que o País vive uma crise política que tem que ser resolvida politicamente. Perguntado sobre um conselho que daria à presidente Dilma para solucionar a crise, Cunha sugeriu que fosse apresentada uma agenda de mudanças para a população.

Cunha anunciou que vai instalar amanhã uma comissão na Câmara para debater o pacto federativo. Segundo Cunha, o grupo vai ser chefiado pelo deputado Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e vai percorrer o País para discutir o papel dos entes federados, mas não pretende implantar "mudanças bruscas".

"O objetivo é discutir tudo: obrigações e receitas dos entes federados. A reforma tributária ou a discussão sobre tributos passa a ser parte disso. Não quer dizer que a gente quer tirar receita da União, passar para municípios ou Estados, nada que tenha mudança brusca. Queremos debater o que fica de responsabilidade de cada ente federado, quais as obrigações e como financiar essas obrigações", explicou Cunha.

A indústria de transformação brasileira perdeu 164 mil empregos em 2014, o que significa uma queda de 2% no estoque de vagas formais ante 2013. Foi a primeira vez, nos últimos 13 anos, que as demissões no setor superaram as admissões. Os dados são da pesquisa "A importância da indústria de transformação na ótica do emprego", do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com base em números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Com o resultado do ano passado, o levantamento mostra que a indústria de transformação foi o setor que mais perdeu participação no emprego entre 2002 e 2013, com uma queda de 3,1 pontos porcentuais (pp) no período. Em seguida aparecem a agropecuária (-1,6 pp) e intermediação financeira (-0,5 pp). Apesar disso, a indústria continua como segundo setor da economia com maior número de empregos formais e aquele com maior massa salarial (desconsiderando a administração pública).

##RECOMENDA##

"Desde a crise financeira internacional, o crescimento do estoque de emprego da indústria da transformação brasileira tem experimentado acentuada desaceleração, como consequência da perda de competitividade do setor industrial", afirma o estudo, destacando que, mesmo em 2009, ano da crise mundial, houve geração líquida de empregos pelo setor. A pesquisa ressalta que, ao mesmo tempo em que o emprego diminui, a produção física do setor está "estagnada" desde 2010, "e não se observa uma tendência firme de recuperação".

"Se permanecer a média de produção de janeiro a novembro de 2014, haverá uma queda da produção física da indústria de transformação de 3,1% em relação a 2013", prevê o levantamento. O estudo afirma que o dinamismo do consumo entre 2003 e 2013, quando as vendas do comércio cresceram 118%, não foi acompanhado pela produção física do setor, que aumentou 27% no período. De acordo com a pesquisa, o crescimento do consumo interno "foi suprido primordialmente por produtos importados".

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, disse nesta segunda-feira (26) não acreditar que a Polícia Federal possa ter sido usada em alguma ação para prejudicar a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados. "Não acredito e nem o Eduardo Cunha acredita. A polícia federal cumpre seu papel de investigação. Eu não acredito que alguém da Polícia Federal pudesse fazer isso", afirmou, após sair de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Na terça-feira, 20, Eduardo Cunha apresentou o áudio de uma gravação feita em tom teatral, supostamente com a intenção de prejudicá-lo politicamente em um momento em que as tensões se acirram principalmente contra o candidato ligado ao governo Arlindo Chinaglia (PT-SP). A questão é alvo de inquérito da Polícia Federal. A eleição para presidência da Casa ocorre no próximo domingo.

##RECOMENDA##

Sobre o tom da disputa, Temer disse que é natural que seja mais duro à medida que o pleito se aproxima. "É natural que ocorram acidentes e incidentes. Nesta última semana, há um agravamento nesses incidentes, mas tenho certeza que, ao final dessa semana, feita a eleição, a Câmara se pacifica em torno do candidato eleito."

Leis trabalhistas

Temer admitiu que "ajustamentos" às leis trabalhistas vinham sendo discutidos no passado. Ao ser questionado por jornalistas se as alterações anunciadas pelo governo envolvendo abono salarial e seguro desemprego teriam sido discutidas antes da eleição, disse: "Ajustamentos começaram a ser examinados no passado e agora vão ser implementados. São variações mais do que naturais."

Temer repetiu o discurso do Planalto de que as mudanças não trarão prejuízos aos trabalhadores e preferiu não entrar na questão que vem sendo discutida pela oposição, de que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria mentido durante a campanha eleitoral. Na disputa por sua reeleição, Dilma disse que não mexeria em direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".

O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e presidente em exercício da Fiesp, Benjamin Steinbruch, amenizou o tom de suas críticas recentes em relação ao governo e disse nesta segunda-feira (29), em coletiva de imprensa, que as conversas com o governo têm evoluído de forma positiva. "A indústria precisa de apoio, e o governo tem nos dado."

As medidas anunciadas hoje para incentivar as exportações, segundo o empresário, poderão ajudar para que a indústria ganhe certa agilidade, de forma a conquistar mais espaço no cenário externo. "Buscamos uma solução para amenizar o problema da indústria no Brasil, em termos de ganharmos mais competitividade", disse Steinbruch.

##RECOMENDA##

Segundo ele, a indústria brasileira tem sofrido diante do fraco desempenho da economia, que diminuiu a demanda no mercado interno. O empresário disse que a indústria tem tentado se apoiar nas exportações para conseguir diminuir os estoques que têm se acumulado ao longo dos últimos meses.

"Estamos tendo um problema maior com o desaquecimento da economia e o governo está fazendo o possível para fazer o mercado interno voltar à normalidade, para assim a indústria poder voltar a andar a plena capacidade", disse.

O presidente da CSN contou que a indústria pediu que o governo tente viabilizar um Reintegra superior a 3%. "Estamos vivendo algo pontual, com o acúmulo dos estoques e por isso nosso esforço de buscar a exportação até o retorno do mercado interno", afirmou, dizendo que um mercado doméstico mais fortalecido "certamente" virá no próximo ano e "quem sabe" ainda neste ano.

Steinbruch disse que as medidas são ainda mais importantes neste momento em que o real está valorizado em relação ao dólar, fato que tem prejudicado a competitividade das companhias ao colocar produtos no exterior.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, 29, que temas relativos ao Reintegra e crédito às empresas de 3% sobre o faturamento exportado foram discutidos com os empresários da indústria no encontro de hoje. "Ampliamos para 3% para que já comece em outubro", disse o ministro ao explicar que o crédito era de 0,3% e vigoraria a partir de janeiro.

Segundo o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, a taxa foi ampliada para 3% para vigorar em outubro e ajudar a reduzir os estoques do setor.

##RECOMENDA##

Mantega disse também, depois de se reunir com empresários da indústria na Fiesp, que o governo melhorou o drawback, que desonera a importação de insumos para a produção de produtos acabados para ser exportado.

"Estamos diminuindo a burocracia e criando corredores de exportação quase que automáticos", disse o ministro.

A queda de 1,20% no nível de emprego da indústria paulista no período de janeiro a agosto, divulgada nesta terça-feira (16), pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o pior resultado para o período desde 2009, quando o indicador registrou retração de 2,02%.

Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, a situação ainda deve se agravar, superando a marca de 100 mil postos de trabalho fechados neste ano. "Faltam três meses para completarmos o ano e não vemos sinais de que tenhamos alguma recuperação", disse Francini, que classifica o este ano como melancólico.

##RECOMENDA##

Em números absolutos, de acordo com o Depecon, 31,5 mil pessoas perderam o emprego na indústria de janeiro a agosto. Só em agosto foram demitidos 15 mil trabalhadores. Destes, 12.275 foram dispensados pelos vários setores manufatureiros e 2.725 apenas pelo segmento de açúcar e álcool.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse nesta segunda-feira, 15, que "talvez eu seja o mais angustiado" entre os presentes no Fórum de Economia realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), com acadêmicos, empresários e representantes dos trabalhadores. "O que angustia é a perspectiva de recessão, desemprego e falta de investimento", comentou, referindo-se ao Brasil.

"Existe uma divergência entre o que percebemos que é realidade com os números apresentados pelo governo e economistas, que não refletem a realidade da produção e do emprego", destacou o presidente da Fiesp. "Causa tremenda agonia e torna talvez pessimista com os dias que estamos vivendo. Não falo só da indústria, mas de todos os outros setores. Esse desconforto está presente em todos eles. A verdade é que o desconforto e o descontentamento está presente em tudo."

##RECOMENDA##

Ele destacou que o seu objetivo é contribuir com o governo com ideias sobre a política econômica, não para gerar críticas, para colaborar de forma construtiva.

A confiança dos empresários industriais paulistas ficou em 45,6 pontos na pesquisa Sensor de agosto de 2014, ante 45,8 pontos na sondagem de julho, divulgou nesta quinta-feira, 28, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador busca obter informações da atividade da indústria de transformação durante o mês corrente da coleta de dados.

De acordo com a Fiesp, dos cinco itens que compõem o Sensor, um subiu, dois caíram e dois permaneceram estáveis. As Vendas e o Mercado ficaram praticamente estáveis, passando de 50,3 pontos para 51,5 pontos e de 47,7 pontos para 48,0 pontos, respectivamente.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando