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O pagamento feito pela Grécia nesta terça-feira ao Fundo Monetário Internacional (FMI) pode ter sido um dos mais baratos da história do país. Atenas conseguiu ganhar mais tempo para negociar com os credores os termos de seu resgate internacional sem precisar recorrer a recursos internos, pois usou suas reservas mantidas no próprio FMI.

Décadas atrás, o FMI criou uma moeda única chamada "Direitos Especiais de Saque" (Special Drawing Rights) como base para financiamento de resgates emergenciais. Esses SDRs são compromissos para emprestar dinheiro a um país-membro em necessidade. Cada um dos 188 países-membros do FMI alocaram certa quantidade de SDRs com base no tamanho de seu voto no fundo, que é, no geral, determinado pelo tamanho de sua economia. Quando um país precisa de resgate, os outros membros do FMI emprestam uma parte de suas reservas conjuntas em SDRs.

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Em 2009, quando a crise financeira derrubava a economia global, os acionistas do FMI acharam que os recursos de empréstimos do fundo não eram grandes o bastante para lidar com a turbulência econômica e concordaram em aumentar dramaticamente as reservas emergenciais na instituição. O FMI digitalmente criou novos SDRs, ampliando as reservas individuais dos países-membros. E, coletivamente, isso significava que os países-membros se comprometeram a fornecer mais vários bilhões de dólares às reservas emergenciais do fundo.

A maioria dos países teve de contabilizar esse potencial fornecimento maior de recursos emergenciais em seus balanços patrimoniais. Os EUA, por exemplo, separaram mais de US$ 100 bilhões para cobrir esse compromisso. Ao mesmo tempo, porém, a alocação de SDR não exigiu que os países enviassem dinheiro real para o FMI, a menos que eles fossem chamados para ajudar outro país.

A Grécia não precisou transferir dinheiro para o FMI, mesmo depois de sua parcela na reserva emergencial do fundo saltar de 15,5 milhões de SDR (equivalente a US$ 23,9 milhões) em 2008 para 694 milhões de SDR (US$ 1,09 bilhão) em 2009, quando o FMI criou digitalmente novos recursos.

Como esses ativos em SDR também são tratados como reservas cambiais para os países-membros, os governos têm o direito de usá-los para financiar suas várias obrigações, incluindo pagar empréstimos ao FMI. Os países não têm obrigação de devolver os recursos sacados em SDR, mas Atenas terá de pagar taxas de juros sobre os SDRs que usou para pagar o empréstimo ao FMI, acrescentando mais um item a sua longa lista de passivos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu que a Alemanha invista mais em sua infraestrutura nacional para impulsionar as perspectivas de crescimento e reduzir seu inflado superávit em conta corrente.

Os atuais planos do governo alemão para gastos com infraestrutura - como transporte público e eficiência energética - "não atendem totalmente as necessidades existentes e um esforço maior é justificável", afirmou o FMI nas conclusões preliminares de seu chamado Artigo IV, que avalia a saúde da economia de cada país e tenta prevenir futuros problemas financeiros.

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Embora tenha elogiado os recentes aumentos salariais na Alemanha, o FMI observou que o grande superávit em conta corrente do país é uma preocupação, tendo em vista a fraca demanda nas maiores economias. Críticos dizem que o grande superávit comercial e o baixo consumo na Alemanha têm um impacto desestabilizador sobre outros países da zona do euro e sobre o restante da economia global.

A Alemanha também precisa abrir seu setor de serviços para mais concorrência e encorajar as mulheres a ter emprego de período integral para solucionar a questão do envelhecimento e redução da força de trabalho local, afirmou o FMI. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo brasileiro deverá mudar seu representante no Fundo Monetário Internacional (FMI). O conselheiro sênior do Banco Mundial, Otaviano Canuto, será o substituto do economista Paulo Nogueira Batista, atual diretor executivo pelo Brasil e dez outros países no Fundo. De acordo com fontes consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o destino de Batista deverá ser o Novo Banco de Desenvolvimento, criado pelo grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Anunciado no ano passado, o banco terá sede em Xangai, na China. O primeiro presidente será indiano e um brasileiro ocupará o comando do conselho de administração.

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Canuto está no Banco Mundial desde 2004. Seu nome chegou a ser cotado para substituir Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda no fim do ano passado. Ele acabou preterido pela presidente Dilma Rousseff, que escolheu Joaquim Levy para dar uma sinalização de austeridade ao mercado. Mais tarde, Canuto também foi cotado para o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas Dilma optou por manter Luciano Coutinho no posto.

Perfil

Paulo Nogueira Batista foi indicado como representante no FMI em 2007 pelo ex-ministro Guido Mantega, de quem é próximo. Economista de posição mais heterodoxa, tem perfil oposto ao do atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a quem cabe a indicação ao cargo.

Em seu período no fundo, Batista foi ferrenho defensor de reformas para dar maior participação aos países emergentes na instituição.

Acumulou polêmicas durante sua passagem pelo cargo. Em 2013, se absteve na votação de liberação de novos recursos para a Grécia, à revelia do governo brasileiro. Na época, Mantega teve de sair em defesa de Batista e dizer que ocorreu um "erro de comunicação" entre a pasta e o representante brasileiro.

Em 2010, demitiu a diretora executiva adjunta no Fundo Monetário, a colombiana Maria Inés Agudelo, episódio que levou o governo da Colômbia a pedir explicações ao Palácio do Planalto.

Batista foi professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ocupou o cargo de secretário especial de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento e de assessor para Assuntos de Dívida Externa do Ministério da Fazenda nos anos 1980.

Foi ainda chefe do Centro de Estudos Monetários e de Economia Internacional da FGV e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). Canuto foi vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda entre 2002 e 2003. É doutor em Economia pela Universidade de Campinas (Unicamp).

Em seus últimos artigos, Canuto tem defendido temas como políticas de distribuição de renda e desigualdade de renda e maior inserção do Brasil no mercado internacional. Procurado para comentar as mudanças, o Ministério da Fazenda não respondeu até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu contato com Batista e Canuto.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou neste domingo (18), em um debate no Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre política fiscal, que o Brasil está tomando decisões difíceis e fazendo um ajuste das contas públicas de modo a garantir uma base para o crescimento. "O Brasil está tomando decisões difíceis porque as pessoas confiam. Tivemos que colocar o ajuste fiscal em prática de modo que você tenha uma base sólida para alcançar o crescimento. As pessoas entenderam isso, o Congresso entendeu. Há legitimidade, há transparência", afirmou o ministro.

"Muitos vezes as pessoas pobres pagam um preço alto por um alto déficit - pela inflação ou pela política fiscal", disse o ministro respondendo uma pergunta da plateia sobre os efeitos da política fiscal para os mais pobres. "Ter uma responsabilidade fiscal é muito bom, uma proteção para as pessoas pobres", afirmou.

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Levy afirmou que, no pós-crise financeira de 2008, o Brasil tomou medidas anticíclicas que, em seguida, se esgotaram. "O País mudou para políticas menos acomodatícias", disse durante o debate.

O ministro ressaltou a necessidade de os fundos de pensão investirem mais em ativos reais e não apenas em dívida. E muitos desses ativos reais podem estar no exterior, disse o ministro, ressaltando também o papel do mercado de capitais de mobilizar recursos para financiar a infraestrutura.

Ainda no debate, Levy afirmou que é preciso ter um arcabouço sobre como gastar o dinheiro público e discutir sempre o tema com a sociedade. "É preciso desenvolver métricas para medir os resultados", destacou.

Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil está dando continuidade ao fortalecimento do arcabouço de políticas econômicas na preparação para o momento em que os Estados Unidos elevarem os juros. Essa foi uma das mensagens que Tombini deu a investidores e economistas durante os encontros da reunião de primavera do FMI, que terminou neste domingo, de acordo com informações da assessoria de imprensa do BC.

Um dos pontos para o fortalecimento do arcabouço de política econômica é a ancoragem das expectativas de inflação, ressalta o BC. Tombini deixou claro nos encontros que a intenção é que a inflação possa convergir para a meta oficial de 4,5% em dezembro de 2016.

Tombini ficou três dias em Washington e se reuniu nesse período com um conjunto de 150 pessoas, entre investidores estrangeiros e brasileiros e reuniões bilaterais. O último encontro foi neste domingo, com o diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou hoje, 18, que não foi questionado, em sua visita a Washington, sobre a possibilidade de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O tema passou a ser abordado diretamente pela oposição depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou irregulares as manobras fiscais realizadas no mandato anterior, conhecidas como "pedaladas fiscais".

"Vamos analisar as decisões (do TCU) e vamos implementar o que elas implicarem", disse o ministro durante entrevista coletiva realizada em Washington, nos Estados Unidos. "É preciso analisar, ver todas as consequências e ver qual é a melhor maneira de implementar a orientação que o TCU tiver dado."

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Levy também informou neste sábado que os países que compõem o Banco dos Brics, em processo de criação, devem definir seus representantes até o final de abril. A presidência será exercida pela Índia e os demais membros indicarão vice-presidentes.

A primeira reunião dos representantes do órgão multilateral de fomento deve ocorrer até meados de maio, em Xangai, sede do banco. "O primeiro passo para ter o Banco dos Brics como uma realidade vamos ver em meados de maio. Há uma enorme demanda sobre o financiamento de infraestrutura", disse Levy. "A expectativa é ter o banco funcionando no ano que vem."

O Banco dos Brics reunirá representantes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O Brasil resolveu mudar o tom e eliminou as críticas às avaliações do Fundo Monetário Internacional (FMI) na declaração que o país apresenta na plenária deste sábado, 18, do Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão máximo que dá as diretrizes políticas para o FMI, assinada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A única queixa do Brasil é com o atraso da reforma de cotas da instituição, que daria mais poder de voto aos emergentes, por conta da falta de aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

Em outubro, na reunião anual do FMI, a declaração apresentada pelo Brasil foi assinada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e fez críticas às análises do FMI. "As avaliações recentes do FMI sobre o Brasil têm sido contraditórias", afirmou o texto. Mantega não veio à reunião do FMI, mas assinou a carta.

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Na ocasião, o Fundo cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e, em uma entrevista à imprensa, o economista-chefe da casa, Olivier Blanchard, afirmou que os problemas brasileiros são primordialmente internos. O Brasil tem crescido pouco por insuficiência de investimento, baixo grau de confiança dos empresários e, em 2014, também por causa da incerteza política em meio às eleições. Mantega contestou e disse que fatores externos, como a desaceleração da economia mundial e a queda dos preços das commodities eram fatores importantes para explicar o fraco desempenho do país.

Durante a reunião de primavera esta semana em Washington, o FMI também cortou a previsão de crescimento do Brasil, mas tem feito elogios aos ajustes que vêm sendo implementados pela equipe econômica de Dilma Rousseff. "A política econômica que foi aplicada (no Brasil) é uma combinação de política fiscal séria com ancoragem de expectativas de médio prazo. O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano se tornando positivo no ano que vem", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde. Nesta sexta-feira, 17, Ontem, ela teve uma reunião reservada com Levy.

Nesta sexta, o diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, também ressaltou que as medidas ficais e monetárias adotadas no Brasil são "criticamente necessárias" e devem ajudar a restaurar a confiança dos agentes.

O FMI também tem feito menções positivas ao ajuste brasileiro em documentos oficiais, como o relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado esta semana. "O compromisso renovado das autoridades brasileiras para conter o déficit fiscal e reduzir a inflação vai ajudar a restaurar a confiança no quadro da política macroeconômica do Brasil, mas vai reduzir ainda mais a demanda de curto prazo", afirma o documento. A previsão de crescimento do Brasil foi reduzida para contração de 1% este ano, ante expectativa de expansão de 0,3% em um relatório do FMI de janeiro. Para 2016, a previsão é de expansão de 1%.

O Brasil resolveu mudar o tom e eliminou as críticas às avaliações do Fundo Monetário Internacional (FMI) na declaração que o país apresenta na plenária deste sábado, 18, do Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão máximo que dá as diretrizes políticas para o FMI, assinada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A única queixa do Brasil é com o atraso da reforma de cotas da instituição, que daria mais poder de voto aos emergentes, por conta da falta de aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

Em outubro, na reunião anual do FMI, a declaração apresentada pelo Brasil foi assinada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e fez críticas às análises do FMI. "As avaliações recentes do FMI sobre o Brasil têm sido contraditórias", afirmou o texto. Mantega não veio à reunião do FMI, mas assinou a carta.

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Na ocasião, o Fundo cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e, em uma entrevista à imprensa, o economista-chefe da casa, Olivier Blanchard, afirmou que os problemas brasileiros são primordialmente internos. O Brasil tem crescido pouco por insuficiência de investimento, baixo grau de confiança dos empresários e, em 2014, também por causa da incerteza política em meio às eleições. Mantega contestou e disse que fatores externos, como a desaceleração da economia mundial e a queda dos preços das commodities eram fatores importantes para explicar o fraco desempenho do país.

Durante a reunião de primavera esta semana em Washington, o FMI também cortou a previsão de crescimento do Brasil, mas tem feito elogios aos ajustes que vêm sendo implementados pela equipe econômica de Dilma Rousseff. "A política econômica que foi aplicada (no Brasil) é uma combinação de política fiscal séria com ancoragem de expectativas de médio prazo. O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano se tornando positivo no ano que vem", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde. Nesta sexta-feira, 17, Ontem, ela teve uma reunião reservada com Levy.

Nesta sexta, o diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, também ressaltou que as medidas ficais e monetárias adotadas no Brasil são "criticamente necessárias" e devem ajudar a restaurar a confiança dos agentes.

O FMI também tem feito menções positivas ao ajuste brasileiro em documentos oficiais, como o relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado esta semana. "O compromisso renovado das autoridades brasileiras para conter o déficit fiscal e reduzir a inflação vai ajudar a restaurar a confiança no quadro da política macroeconômica do Brasil, mas vai reduzir ainda mais a demanda de curto prazo", afirma o documento. A previsão de crescimento do Brasil foi reduzida para contração de 1% este ano, ante expectativa de expansão de 0,3% em um relatório do FMI de janeiro. Para 2016, a previsão é de expansão de 1%.

O líder do Democratas (DEM) na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), lamentou o fato de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter pedido apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) para que o plano de ajuste fiscal seja concluído. O democrata lembrou que o FMI era tratado “como satanás” pelo PT antes de assumir o governo.

“Agora vem a presidente Dilma pedir as bênçãos do FMI para ver se consegue o mínimo de credibilidade no mercado internacional para se sustentar”, afirmou. Esta reaproximação acontece, segundo o líder, quando o governo brasileiro desmente a si próprio. “Tudo o que o PT pregou ao longo da campanha política se desmanchou”, disparou.

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O parlamentar lamentou ainda que o preço do ajuste proposto pelo governo "recaia apenas sobre os trabalhadores, os aposentados e a classe média, punidos pelo aumento da taxa de juros, e pela inflação e do desemprego", enquanto o Executivo mantém uma estrutura inflada com 39 ministérios.

A questão principal para o Brasil neste momento é restaurar a confiança, disse, nesta quarta-feira, 15, o diretor do departamento Financeiro e de Mercado de Capitais do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Viñals, em entrevista. Para Viñals, as medidas tomadas recentemente pelo governo brasileiro, como as de consolidação fiscal, em conjunto com outras que ainda precisam ser adotadas, como reformas estruturais, podem levar a um ambiente mais amigável para os negócios, restaurando a confiança dos agentes. "Estas medidas, junto com o sistema financeiro, que é sólido, serão muito importantes para o Brasil lidar com desafios que o País, junto com outros emergentes, está enfrentando".

Na mesma entrevista, o economista do FMI, Chris Walker, afirmou que o Brasil é um dos países em que as empresas aumentaram os passivos em dólar nos últimos anos, ao redor de 15% do Produto Interno Bruto (PIB). "A boa notícia é que a maior parte tem proteção (hedge)", disse ele. "A dívida corporativa que está em risco no Brasil é substancial", afirmou, ressaltando que a capacidade para honrar passivos de algumas corporações brasileiras está desbalanceada. O setor de energia brasileiro passou por choques, ressaltou.

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A economia brasileira foi afetada, entre outros fatores, por um choque nos preços das commodities, mas o economista elogiou as medidas tomadas recentemente pelo governo federal para resolver problemas no País. "O ajuste deve colocar a economia em uma rota mais positiva." Questionado sobre as questões envolvendo a Petrobras, Walker disse que o tema deve ser resolvido pelas autoridades brasileiras.

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, avaliou nesta terça-feira (14) os resultados negativos na economia do país, segundo relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o parlamentar, “o FMI avaliou o que todos os brasileiros já sabem: nossa economia vai muito mal, embalada por recessão combinada com inflação alta”, disparou.

Nos dados do FMI, o Brasil teve o maior corte de projeção de crescimento da economia para 2015 e 2016 entre as principais economias avançadas e desenvolvidas. Para Mednonça Filho isso representa  que o país foi apontado como responsável pelo insignificante crescimento da América Latina em 2015 e por levar a América do Sul a um quadro de recessão neste ano. 

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Para o parlamentar, “a falta de confiança na economia, tanto por parte de empresários quanto por consumidores, adia decisões importantes, como de investimento, dificultando qualquer possibilidade de recuperação no curto prazo”, destacou.  

Oposicionista ao governo de Dilma Rousseff (PT), no deputado federal aproveitou os dados para criticar a atuação da gestão. “O cenário atual e a perspectiva futura refletem as políticas equivocadas adotadas pelos governos do PT. Além da recessão e da inflação nas alturas, o país vive a elevação dos índices de desemprego, comprovando a situação critica do Brasil”, descreveu Mendonça.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de seguidos cortes nas projeções de crescimento para a economia mundial, resolveu manter as apostas para 2015 e elevar ligeiramente a expectativa para 2016. O Fundo, porém, não mostra muito otimismo com as perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em um relatório divulgado nesta terça-feira, 14, e alerta que a expansão segue desigual, mais forte nos países desenvolvidos este ano, e ainda há riscos de piora do cenário.

Para 2015, a aposta é de expansão de 3,5% no PIB global, mesmo nível do estimado em janeiro, quando o Fundo divulgou seu relatório mais recente de projeções. Em 2016, houve uma pequena melhora na estimativa de alta do PIB mundial, para 3,8%, ante 3,7% estimado em janeiro, de acordo com o relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgado hoje, dentro dos preparativos para reunião de primavera do FMI, esta semana em Washington.

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Mesmo mantendo a projeção de crescimento para 2015, o FMI ressalta que, na comparação com 2014, a expansão da economia mundial não deve se acelerar muito. No ano passado, o crescimento ficou em 3,4%. O relatório divulgado hoje destaca ainda que, na comparação com os números divulgados em outubro para o PIB mundial, houve corte de 0,3 ponto porcentual em 2015 e 0,2 ponto em 2016.

EUA

Entre os países desenvolvidos, as projeções para os Estados Unidos foram cortadas, enquanto na zona do euro foram melhoradas. O FMI projeta que os EUA vão crescer 3,1% este ano e no próximo, ante 3,6% e 3,3%, respectivamente, estimados em janeiro. Na europa, a estimativa subiu de 1,2% para 1,5% em 2015 e de 1,4% para 1,6% no ano que vem.

"Forças complexas que afetaram a atividade global em 2014 ainda estão moldando o cenário", afirma o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, citando fatores como a redução do crescimento potencial da economia mundial, a queda dos preços do petróleo e o envelhecimento da população mundial. Além disso, os legados da crise de 2008 e da zona do euro, que incluem maior endividamento das empresas e alta do déficit em alguns países, ainda impedem um maior crescimento em alguns países

As economias desenvolvidas devem crescer mais este ano, com expansão de 2,4%, do que em 2014, quando avançaram 1,8%. Nos emergentes deve ser o contrário, com a expansão estimada de 4,3% em 2015 ante 4,6% no ano passado. Economias importantes entre os emergentes, como Rússia e Brasil, vão crescer menos do que o esperado, ressalta o texto.

Ao mesmo tempo, o documento afirma que as perspectivas de médio prazo ficaram menos otimistas para os países avançados e especialmente para os emergentes. Para 2016, a projeção é de que os emergentes voltem a crescer um pouco mais, com a atividade econômica de países como Brasil ganhando força, destaca o FMI. Mas o crescimento potencial, aquele que não gera inflação, deve se desacelerar.

Por isso, o FMI volta a pedir que os governos tomem medidas "urgentes" para elevar o crescimento potencial e recomenda expansão dos investimentos, principalmente em infraestrutura, além de reformas na economia. Sem este esforço dos governos, o crescimento potencial de emergentes e do primeiro mundo tende a se reduzir e os países estão condenados a anos de fraca atividade. Para os EUA, o FMI avalia que o país pode não conseguir crescer mais do que 2% ao ano a partir de 2017. Outra recomendação é de que a política monetária dos países desenvolvidos permaneça acomodatícia, enquanto a dos EUA seja normalizada de forma gradual.

Riscos

A distribuição de riscos para a economia global, afirma Blanchad, está agora mais balanceada do que em outubro, quando o FMI fez sua reunião anual em Washington. "Mas os riscos seguem ligados à piora da atividade", disse ele, citando fatores importantes que persistem, incluindo tensões geopolíticas, mudanças abruptas de preços de ativos no mercado financeiro e a preocupação com a baixa inflação nos países desenvolvidos. "Os riscos macroeconômicos, como a recessão na zona do euro, se reduziram ligeiramente, mas os riscos financeiros e geopolíticos aumentaram."

Uma nova aceleração da alta do dólar também pode ter consequências danosas, principalmente nos emergentes, alerta o FMI. No lado oposto, a queda do preço do petróleo pode ser um fator a estimular mais a atividade econômica do que o inicialmente previsto, afirma o relatório.

O Brasil teve o maior corte de projeção de crescimento da economia para 2015 e 2016 entre as principais economias avançadas e desenvolvidas em um relatório divulgado nesta terça-feira, 14, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O ajuste para melhorar as contas públicas brasileiras e o esforço do Banco Central para conter a inflação devem ajudar a restaurar a confiança de empresários e investidores, mas pode afetar ainda mais a atividade econômica no curto prazo, afirma o documento.

O FMI reduziu em 1,3 ponto porcentual a estimativa de crescimento do Brasil para 2015 e 0,5 ponto a de 2016 em relação às previsões feitas em janeiro, quando divulgou seu último relatório de previsões. Depois do país, a Rússia foi a economia que teve a maior redução nas taxas previstas de expansão, de 0,8 ponto em 2015 e 0,1 em 2016. Com isso, a aposta dos economistas da instituição é a de que o Brasil deve ter contração de 1% este ano.

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Para a Rússia, abalada pela queda do petróleo e pelos embargos dos Estados Unidos e da Europa por causa do conflito com a Ucrânia, a previsão é de contração de 3,8%, a maior entre os principais mercados. Outros emergentes como Índia, tiveram a estimativa melhorada, enquanto a da China foi mantida. Para 2016, a previsão do FMI é que a economia brasileira se recupere e volte a se expandir, crescendo 1%.

Ajuste fiscal

O FMI elogia o ajuste na política econômica brasileira, mas avalia que as medidas podem afetar fortemente a atividade, que já vem enfraquecida do ano passado, quando o país ficou praticamente estagnado. "O compromisso renovado das autoridades brasileiras para conter o déficit fiscal e reduzir a inflação vai ajudar a restaurar a confiança no quadro da política macroeconômica do Brasil, mas vai reduzir ainda mais a demanda de curto prazo", afirma o texto, que faz parte do relatório "Perspectiva Econômica Global".

O FMI atribui o baixo crescimento brasileiro a fatores como a baixa confiança de empresários, devido ao escândalo de corrupção na Petrobras, o temor de racionamento de água e energia elétrica e à alta de reformas para melhorar a competitividade do País. Para reverter o quadro, o Fundo recomenda reformas na educação e no mercado de trabalho, para melhorar a produtividade e a competitividade, e também investimentos na infraestrutura para resolver gargalos. "A confiança do setor privado manteve-se teimosamente fraca, mesmo que a incerteza relacionada com as eleições tenha se dissipando", afirma o FMI.

Para a inflação no Brasil, a projeção do FMI é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve superar o teto do intervalo de tolerância da meta este ano (de 6,5%), refletindo o ajuste nos preços regulados e a depreciação do real, uma das moedas que mais se desvalorizaram ante o dólar entre os principais emergentes este ano, ressalta o documento. A aposta dos economistas da instituição é a de que a inflação se aproxime da meta nos próximos dois anos. A projeção do FMI é que o IPCA suba 7,8% este ano e 5,9% em 2016. Já a taxa de desemprego deve piorar, subindo de 4,8% em 2014 para 5,9% este ano e 6,3% em 2016.

América Latina

Por causa do desempenho fraco do Brasil, mas também de outros países, como Venezuela e Argentina, a América Latina teve em 2014 o quarto ano consecutivo de queda do crescimento do PIB, influenciado pelo fim do boom mundial das commodities e pelo menor espaço em países importantes da região, como o Brasil, para políticas que estimulem o crescimento. As perspectivas de curto prazo para a região não são muito otimistas. O texto ressalta que não há fatores nos próximos meses capazes de mudar a reversão da economia. Por conta disso, a previsão de crescimento da região em 2015 foi cortada de 1,3 ponto do relatório de janeiro para 0,9%. A de 2016 foi reduzida de 2,3% para 2%.

Na América Latina, o México deve ser um dos destaques e crescer 3% este ano, corte de 0,2 ponto ante a estimativa feita em janeiro. A economia mexicana deve se beneficiar da atividade mais aquecida nos Estados Unidos, de acordo com o FMI. Já a Venezuela deve encolher 7% e a Argentina recuar 0,3%.

A Grécia cumpriu hoje o prazo para o pagamento de mais um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), informou um alto funcionário do Ministério de Finanças do país.

A parcela, com vencimento nesta quinta-feira, era de cerca de 460 milhões de euros (US$ 494 milhões).

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Durante reunião em Washington com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, no último domingo, o ministro de Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse que Atenas cumpriria "todas as suas obrigações com todos os seus credores", numa tentativa de acabar com especulação - em parte alimentada por outras autoridades da Grécia - de que o país poderia atrasar o pagamento de hoje. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Grécia continuará a cooperar com os credores internacionais e fará pagamento de dívida nesta semana, de acordo com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. O comunicado foi publicado no domingo, após encontro com o ministro de Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis.

"O ministro Varoufakis e eu concordamos que a cooperação eficaz é do interesse de todos. Notamos que a incerteza contínua não é do interesse da Grécia e eu saudei a confirmação feita pelo ministro de que o pagamento previsto para o Fundo deve vir no próximo dia 9 de abril", disse Lagarde. A Grécia deve pagar cerca de 460 milhões de euros (US$ 505 milhões) para o FMI na quinta-feira.

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Lagarde acrescentou que o FMI continua comprometido em trabalhar com as autoridades para ajudar a Grécia a "voltar a uma trajetória sustentável de crescimento e emprego". O país do Mediterrâneo tem de chegar a um acordo com os países da zona do euro e do FMI ou enfrentar um calote de dívida e uma possível saída do bloco monetário. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta quarta-feira um empréstimo maior à Ucrânia, no valor de US$ 17,5 bilhões, anunciou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. O país receberá de imediato US$ 5 bilhões, sendo US$ 2,7 bilhões destinados a dar suporte ao orçamento.

O financiamento faz parte de um acordo para evitar que a economia ucraniana entre em colapso em meio ao conflito com militantes pró-Rússia, que atuam no leste do país. O programa de crédito estendido, que terá duração de quatro anos, tem o intuito de fornecer estabilização imediata à economia, em conjunto com uma série de medidas de reforma econômica, para restabelecer um crescimento robusto no médio prazo e melhorar os padrões de vida do povo ucraniano.

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"As autoridades ucranianas continuam a demonstrar forte compromisso com a reforma econômica. Eles mantiveram a disciplina fiscal mesmo em condições muito difíceis. A Ucrânia permitiu o ajuste da taxa de câmbio e aumentou os preços do gás no varejo", disse Lagarde em comunicado. "Várias medidas são essenciais neste novo programa, incluindo o aumento das tarifas de energia, reestruturação bancária, reformas em empresas estatais e mudanças legais para combater a corrupção", acrescentou.

"Com o empenho das autoridades e a implementação contínua da reforma econômica, há forte expectativa de sucesso", disse Lagarde. Mais desembolsos estão previstos, mas serão condicionados às revisões trimestrais e critérios de desempenho.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda não conseguiu fazer uma avaliação sobre a situação do financiamento dívida da Grécia e de sua sustentabilidade, afirmou um porta-voz da entidade, Gerry Rice, esta quinta-feira (18).

Rice argumentou que o FMI ainda não conseguiu atualizar sua avaliação porque a situação do país muda rapidamente e é bastante fluida. "Por causa das eleições gerais de janeiro e das negociações do programa de resgate, nós não conseguimos ainda fazer uma análise da economia grega", disse.

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Ele lembrou que o programa de ajuda do Fundo Monetário para a Grécia deve se estender até março de 2016, e que as autoridades gregas ainda não pediram um novo programa ao FMI. O foco das discussões entre Atenas e a União Europeia neste momento são a renegociação do programa de resgate europeu ao país.

O porta-voz reiterou que o FMI continua trabalhando com o novo governo grego e as autoridades europeias para minimizar os riscos à estabilidade financeira. Fonte: Market News International.

Cinco das seis acusações de delitos sexuais contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, foram retiradas devido a falta de provas.

Com isso, cresce a possibilidade de que Strauss-Kahn seja absolvido das acusações de proxenetismo com agravantes. Ele afirma que não sabia que jovens que participavam de orgias com ele eram prostitutas.

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Agentes do Tribunal afirmam que os advogados de quatro prostitutas e de uma associação envolvida no caso estão retirando as acusações contra Strass-Kahn.

O ex-chefe do FMI admitiu a realização de orgias enquanto ele estava à frente da instituição, afirmando ter necessidade de sexo com excepcional frequência, mas não há evidências de ilegalidade. Fonte: Associated Press

O Brasil precisa manter o curso da consolidação fiscal, por causa do alto endividamento público e inflação elevada, além de promover investimentos em infraestrutura para reduzir gargalos que impedem um maior crescimento da economia, recomenda um relatório dos economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que será apresentado na reunião ministerial do G-20, grupo formado pelos países mais ricos do mundo, na Turquia, entre os próximos dias 9 e 10. O Fundo faz a mesma recomendação para outros emergentes, como África do Sul, Índia e Turquia.

No caso do Brasil, o documento alerta ainda para a necessidade de o país fazer reformas no mercado de trabalho e na educação para aumentar a produtividade. O FMI fala também da necessidade de o País facilitar o comércio externo e o investimento. Em conjunto, as reformas melhorariam o ambiente para os negócios, estimulando a confiança dos agentes. A previsão do FMI é que o Brasil cresça 0,3% este ano e 1% em 2016. Nos dois casos, o número é inferior à media da economia mundial (3,5% e 3,7%, respectivamente) e do G-20 (3,6% e 3,7%).

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"Em muitos países emergentes, o espaço para adoção de políticas macroeconômicas para apoiar o crescimento permanece limitado", ressalta o relatório, que pede atenção e ação rápida dos governos do G-20 para aumentar os níveis de crescimento potencial dos países membros. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em comentários enviados junto com o relatório, fala da necessidade de um "empurrão decisivo" em direção a reformas estruturais.

Os técnicos do FMI mostram cautela ao avaliar o cenário para a economia mundial. "Enquanto o crescimento global receberá um estímulo da queda dos preços do petróleo, as projeções de crescimento foram revisadas para baixo", diz o documento, ressaltando que as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial foram cortadas em janeiro pelo FMI. Depois de crescer 3,3% em 2014, a previsão é que a alta fique em 3,5% este ano, abaixo dos 3,8% previstos em outubro, quando o FMI fez sua reunião anual em Washington.

Os EUA devem seguir como destaques de crescimento, enquanto as perspectivas para os países emergentes são mais fracas agora do que as feitas em outubro, ressalta o documento do FMI, citando a desaceleração da China e a revisão para baixo nas projeções da América Latina.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a reduzir as previsões de crescimento para o Brasil em relatório divulgado nesta terça-feira (20) e que traz uma atualização das projeções para a economia mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 0,3% em 2015, abaixo do 1,4% previsto em outubro, quando o FMI fez sua reunião anual em Washington. Para 2016, a estimativa foi reduzida de 2,2% para 1,5%.

Com exceção dos países exportadores de petróleo, sobretudo Rússia e Nigéria, o Brasil foi o que teve maior corte nas projeções de crescimento em relação ao relatório de outubro. Em 2014, a projeção é que a economia brasileira cresceu apenas 0,1%, o menor nível entre os países emergentes que fazem parte do relatório.

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O documento não faz comentários específicos sobre o Brasil, mas, na semana passada, em Nova York, a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, afirmou que o País precisa investir em transporte e energia para evitar gargalos na infraestrutura.

Desde 2012 o FMI vem cortando as previsões de crescimento da economia brasileira a cada novo relatório. Além dos problemas em infraestrutura, o Fundo vem citando a queda da confiança de empresários e consumidores no País, que desestimula o investimento e o consumo, além do impacto negativo da redução dos preços das commodities nas exportações brasileiras.

"As notícias são boas para países importadores de petróleo e ruins para os exportadores. São boas para os importadores de commodities e ruins para os exportadores", afirmou o economista-chefe e diretor do FMI, Olivier Blanchard, que apresentou o relatório em um evento na China. "Os efeitos do declínio nos preços das commodities, que começou em 2011, sobre as perspectivas de crescimento da América Latina estão se tornando mais claros", disse. Em 2015, o PIB da região deve crescer 1,3%, ante 2,2% previstos.

Cenário mundial

O FMI cortou ainda as estimativas de crescimento para a economia mundial, apesar do esperado impacto positivo da forte queda do preço do petróleo. A expectativa é que o PIB global cresça 3,5% este ano e 3,7% em 2016, ambos com uma redução de 0,3 ponto porcentual em relação às estimativas divulgadas em outubro.

"O crescimento global vai receber um estímulo dos preços mais baixos do petróleo, que refletem uma maior oferta (da commodity). Mas este impulso deve ser mais do que ofuscado por fatores negativos", afirma o FMI no documento, citando a desaceleração da China, desempenho pior que o previsto da atividade econômica na zona do euro e Japão e uma piora mais forte esperada para a Rússia.

Os Estados Unidos são a única grande economia que teve as projeções de crescimento melhoradas. O PIB deve crescer 3,6% este ano e 3,3% no próximo, ambas acima do nível de 3,1% e 3% esperado no relatório de outubro. Os economistas do FMI avaliam que a queda do petróleo deve ajudar a estimular o consumo no país, que tem mostrado uma série de indicadores melhores que o previsto e recuperação do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores e empresários.

As projeções de alta do PIB da zona do euro e do Japão voltaram a ser reduzidas. "A perspectiva de investimentos mais fracos pesa sobre as projeções de crescimento da zona do euro, que foi revisada para baixo para 1,2% (em 2015)", destaca o documento. Em outubro, o FMI esperava que o PIB da região crescesse 1,4% este ano. O Japão deve avançar 0,6% em 2014, abaixo do 0,8% projetado no relatório anterior.

Diante das projeções de expansão mais fraca para 2015 e 2016, o FMI recomenda que os governos elevem os investimentos em infraestrutura. Em outras economias avançadas, a política monetária precisa continuar com juros baixos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, cobrou em um discurso em Nova York nesta quinta-feira, 15, que os governos façam mais investimentos em infraestrutura e avancem em reformas para estimular o fraco crescimento econômico mundial e destacou que o Brasil e a Índia precisam se focar em remover gargalos, sobretudo em transportes e energia, que impedem uma maior expansão da atividade.

Lagarde frisou que as necessidades de investimento em infraestrutura ao redor do mundo são diferentes. Enquanto o Brasil precisa remover gargalos, os Estados Unidos e a Alemanha precisam melhorar a infraestrutura já existente. "O ano de 2015 deve ser o ano da ação (dos governos)", disse ela, em um pedido semelhante ao que já havia feito em outubro, na reunião anual do FMI em Washington, quando a instituição reduziu suas previsões de crescimento para a economia mundial.

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Elevar os investimentos em infraestrutura no G-20, bloco formado pelos países mais ricos do mundo, pode injetar US$ 2 trilhões na economia mundial nos próximos quatro anos. "Seja qual for a necessidade, agora é hora de mostrar determinação", disse Lagarde,

Outro ponto que a dirigente do FMI tocou no discurso foi nas políticas dos bancos centrais, sobretudo dos países desenvolvidos. "Políticas monetárias acomodatícias ainda permanecem essenciais", disse ela. Na zona do euro, afirmou Lagarde, a queda do petróleo já se reflete na queda da inflação e nas expectativas dos agentes para os índices de preços, o que abre espaço para novos estímulos do Banco Central Europeu (BCE).

Para os países importadores de petróleo, a queda do preço do barril, que já supera os 50% desde junho, pode ajudar a aliviar as pressões inflacionárias e ser uma oportunidade para reforçar o arcabouço de políticas macroeconômicas. Para os países exportadores, os efeitos podem ser mais severos e é preciso criar proteções para evitar danos maiores em suas economias, ressaltou Lagarde.

O ajuste fiscal, destacou, precisa ser tão favorável ao crescimento e à geração de emprego quanto possível, frisou a dirigente. Ainda comentando formas de estimular o fraco crescimento mundial, Lagarde falou que a liberalização comercial pode ser uma forma. Após anos de expansão fraca nos fluxos de comércio global, 2015 pode ser um ano de avanço para acordos comerciais entre as diversas regiões.

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