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O fluxo para os fundos de ações dedicados a mercados emergentes foi positivo em US$ 920 milhões na semana que terminou em 31 de outubro, mas os direcionados ao Brasil tiveram o maior volume de saques, segundo relatório do Morgan Stanley. Esta é a oitava semana em que há informações de entrada de recursos. A maior parte do fluxo foi para fundos da região da Ásia, que somou US$ 900 milhões. China (US$ 700 milhões), Taiwan (US$ 180 milhões) e Coreia do Sul (US$ 160 milhões) foram os principais destinos dos recursos.

Os fundos de ações dedicados a América Latina e à região emergente da Europa tiveram saídas líquidas de US$ 190 milhões e US$ 120 milhões, respectivamente. Os fundos de ações dedicados ao Brasil foram os que registraram os maiores saques, de US$ 160 milhões na última semana. Os fundos do tipo ETF de mercados emergentes registraram fluxo positivo de US$ 970 milhões.

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O total de ativos sob administração em fundos dedicados aos mercados emergentes está atualmente em US$ 701 bilhões, 5% abaixo da máxima histórica de US$ 740 bilhões, atingida em 27 de abril de 2011. No acumulado do ano, o fluxo para fundos dedicados a mercados emergentes atingiu US$ 25,9 bilhões. O total de recursos investidos em fundos de ações dedicados a China está em US$ 5,17 bilhões no acumulado do ano, seguido por Brasil (US$ 4,26 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,22 bilhões).

Os fundos de ações dedicados a mercados desenvolvidos registraram fluxo positivo de US$ 1,86 bilhão na última semana, na esteira de um total de saques de US$ 15 bilhões no acumulado das últimas quatro semanas. Os fundos de ações dedicados aos Estados Unidos registraram fluxo positivo de US$ 1,2 bilhão. No acumulado do ano, os mercados desenvolvidos registraram fluxo negativo de US$ 85 bilhões.

A BBDTVM, gestora de fundos do Banco do Brasil, e o Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (GVCEF) anunciaram nesta segunda-feira (20) um projeto de educação financeira sobre fundos de investimento, visando mostrar as vantagens do produto e atrair um público maior para eles.

O projeto Difusão da Indústria de Fundos é direcionado a estudantes e profissionais do mercado, por meio da promoção de palestras gratuitas, e à imprensa, com workshops de atualização em economia e investimentos. No meio acadêmico, o projeto está sendo difundido entre alunos da FGV e de outros dez centros acadêmicos. O projeto envolve ainda estudos exclusivos não acadêmicos, para discutir tendências e aspectos da indústria de fundos, evidenciando sua relevância para o País.

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O projeto foi efetivamente iniciado em março e deve prosseguir até o ano que vem. O coordenador do centro de estudos de Finanças da FGV, William Eid, afirmou que os fundos, que têm gestão profissional, são adequados à classe média, facilitando o acesso a ativos aos quais não tem acesso individualmente.

Embora o BBDTVM seja o patrocinador do projeto, os debates envolvem executivos de outras instituições representativas do mercado, explicou o diretor presidente do BBDTVM, Carlos Massaru.

O diretor destacou que a indústria de fundos brasileira é a quarta no mundo, em termos de ativos sob administração, representados por R$ 2 trilhões, equivalentes a 48,8% do PIB. Atualmente existem no Brasil oito mil fundos e 400 gestoras de recursos.

Massaru observou que nos últimos quatro anos o número de cotistas dos fundos brasileiros se expandiu cerca de dois milhões, o que, em sua opinião é significativo. Ele comparou o peso dessa indústria a outros ativos como os CDB, que representam o equivalente a 17,1% do PIB, enquanto a poupança representa 12,2%.

Ele ainda explicou que, no caso da BBDTVM, acredita que a educação financeira aliada à capilaridade de sua rede devem garantir que haja engajamento maior de investidores, incluindo a classe C, aos fundos. O BB tem 57 milhões de clientes.

Os fundos de previdência foram, pelo segundo mês consecutivo, destaque de captação na indústria ao levantarem R$ 1,8 bilhão em julho deste ano, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), adiantados na última sexta-feira pela Agência Estado. Nos sete primeiros meses de 2012, a categoria acumula captação líquida de R$ 17,2 bilhões.

Já a indústria de fundos seguiu na contramão em julho, ao contabilizar resgates líquidos de R$ 4,7 bilhões em julho, sendo R$ 3 bilhões em apenas um fundo da categoria de direitos creditórios (FIDC).

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No acumulado de 2012 até julho, a captação líquida da indústria de fundos está em R$ 72,6 bilhões, a maior da série histórica, iniciada em 2002. As categorias renda fixa (R$ 20,8 bilhões) e referenciado DI (R$ 18,6 bilhões) seguem como líderes em captação líquida, sendo esta última concentrada em um único fundo do segmento Corporate.

Em julho, segundo a Anbima, o bom desempenho de segmentos do mercado capturado pelo Ibovespa e pelo Índice de Mercado Anbima-Geral (IMA-Geral) e seus componentes influenciou de maneira positiva o retorno dos principais tipos de fundos de investimento. O destaque ficou para a modalidade ações small caps, que investem em ações de empresas com pequeno valor de mercado, que registrou a maior alta, de 3,80%, em julho.

Nas categorias renda fixa e multimercados, os tipos renda fixa índices e multimercados macro voltaram a se destacar, com ganhos de 2,45% e 2,28%, respectivamente. "Esses fundos também continuam apresentando os maiores retornos da indústria em 12 meses, superados apenas pelo tipo Cambial, cujo retorno foi de 32,73%", destaca a Anbima, em seu boletim mensal.

Os fundos de bônus dedicados a países emergentes registraram entrada líquida de US$ 782,7 milhões na semana encerrada no dia 1º de agosto, enquanto os fundos de ações emergentes tiveram fluxo positivo de US$ 1,52 bilhão, de acordo com uma análise do Barclays sobre dados da provedora EPFR Global.

"A recuperação nos fundos de bônus e ações emergentes esta semana reflete uma melhora no sentimento do investidor, em função das expectativas de medidas adicionais de liquidez do Banco Central Europeu (BCE). Entretanto, a entrada de capital nos fundos de bônus em moeda local continua aquém do registrado nos fundos em moeda forte", afirma o Barclays. "Nós esperamos que os fluxos continuem robustos no próximo mês, com as expectativas de liquidez adicional continuando a alimentar novas entradas de capital", acrescentaram os analistas do banco.

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Na semana, os fundos de bônus emergentes denominados em moeda local registraram entrada líquida de US$ 166,91 milhões. Os fundos de bônus em moeda forte tiveram fluxo positivo de US$ 478,41 milhões. E os fundos mistos registraram saldo positivo de US$ 137,38 milhões.

Entre os fundos de ações emergentes, o fluxo para os fundos globais na semana foi positivo em US$ 1,4 bilhão. Os fundos dedicados a ações da Ásia tiveram entrada de US$ 166,48 milhões. Os fundos do Leste Europeu, Oriente Médio e África tiveram saldo positivo de US$ 107,52 milhões. Já os fundos do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) tiveram saída de US$ 4 milhões, enquanto os fundos da América Latinha registraram fluxo negativo de US$ 77,21 milhões.

As taxas de administração dos fundos de investimento caíram em maio, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A redução ocorreu, sobretudo, nos fundos DI e renda fixa voltados para o varejo, com baixa aplicação inicial.

Para fundos DI com aplicação mínima menor que R$ 1 mil, a taxa média caiu de 3,42% ao ano em abril para 3,33% em maio. Entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, as taxas diminuíram de 2,01% para 1,84% no mesmo período.

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Nos fundos DI para grandes investidores, que exigem investimento inicial maior, as taxas subiram. Para investimento inicial entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, a taxa média avançou de 0,61% para 0,66%. Na média geral da categoria DI, a taxa de administração fechou maio em 1,28%, ante 1,29% em abril e 1,32% em maio do ano passado.

Nos fundos de renda fixa, ocorreu queda semelhante. Para as carteiras com aplicação inicial abaixo de R$ 1 mil, por exemplo, a taxa média caiu de 2,81% ao ano para 2,65%.

A Anbima destaca que em maio, seis fundos DI e três fundos de renda fixa registraram queda nas taxas de administração. No mesmo período, nove DIs e 15 fundos de renda fixa tiveram a aplicação mínima reduzida. Como muitos cortes feitos pelos bancos em maio começaram a valer a partir de junho, a Anbima prevê nova redução das taxas no mês passado.

A redução das taxas e da aplicação inicial nos fundos foi uma forma encontrada pelas gestoras de recursos para não perder aplicadores para a poupança, em meio à queda da Selic. Como a poupança não tem taxa de administração nem Imposto de Renda passou a render mais que fundos com taxas elevadas.

Esse movimento no setor de fundos começou com a Caixa Econômica Federal, que baixou as taxas de administração e ainda cortou a aplicação inicial para R$ 10 em algumas carteiras. Em seguida, o Banco do Brasil diminuiu a aplicação inicial em dois fundos de renda fixa para R$ 1. O movimento dos bancos públicos foi acompanhado por instituições privadas, como Bradesco e Santander.

Os fundos de curto prazo, com menor nível de risco, lideraram o ranking de captação do setor na primeira quinzena de junho ao levantarem cerca de R$ 7 bilhões, conforme os números preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A rentabilidade da categoria no período de referência foi idêntica à do CDI, de 0,32%. No acumulado de 2012, esses fundos somam captações líquidas de R$ 14,4 bilhões, conforme a entidade.

Na outra extremidade, os multimercados foram a única categoria a figurar no terreno negativo na primeira quinzena de junho ao registrarem saques líquidos de mais de R$ 1 bilhão. Em 2012, porém, a categoria acumula captações líquidas de R$ 6,2 bilhões.

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No ranking de rentabilidade, a modalidade multimercados trading liderou, com retorno de 0,27% até o dia 15 de junho. Na lanterna, os multimercados estratégia específica tiveram perda de 0,17% no período de referência.

Já os fundos DI tiveram captação líquida de R$ 1,9 bilhão nos 15 primeiros dias de junho e quase R$ 20 bilhões no acumulado deste ano. A rentabilidade foi de 0,33% na primeira quinzena de junho.

Destaque de captação também para os fundos de previdência, que levantaram R$ 1,5 bilhão no período de referência. No acumulado de 2012 até a última sexta-feira (15), a categoria soma captações líquidas de R$ 13,8 bilhões.

A categoria de renda fixa teve captação líquida de R$ 760 milhões na primeira quinzena de junho, com rentabilidade de 0,23% ante 0,32% do CDI. Em 2012 esses fundos já levantaram R$ 25 bilhões.

Fundos de ações levantaram R$ 522,24 milhões na primeira quinzena de junho. Em termos de rentabilidade, fundos de ações Ibovespa Indexado renderam 2,82%, o melhor retorno da categoria, porém, inferior à rentabilidade da Bovespa no período, de 3,08%. No acumulado deste ano até 15 de junho, os fundos de ações somam captação líquida de R$ 838,34 milhões.

A indústria de fundos já levantou R$ 10,6 bilhões em junho, segundo a Anbima, cifra que recua para R$ 8,2 bilhões considerando o saldo dos fundos estruturados, que incluem fundos de private equity, imobiliários e Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs).

Os fundos de resgate da zona do euro hoje são insuficientes para socorrer economias maiores do bloco, disse neste domingo (17) o Instituto de Finanças Internacionais (IIF). Em seu relatório mensal, o IFF afirmou que, após a decisão da zona do euro de fornecer até 100 bilhões de euros para a Espanha apoiar seus bancos em dificuldades, os fundos de resgate do bloco têm recursos de apenas 251 bilhões de euros.

"Isso significa que os fundos de resgate do Eurogrupo vão ter recursos suficientes para ajudar economias pequenas, como o Chipre, porém escassos para lidar com uma economia mais robusta", disse o IFF. A instituição afirmou ainda que os fundos de resgate vão aumentar em novembro, quando membros da zona do euro farão contribuições adicionais para o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), o fundo de resgate permanente da zona do euro.

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O IFF repetiu sua avaliação de que a zona do euro precisa se mover em direção a uma "união bancária", ou a um caminho compartilhado para socorrer bancos em dificuldades. Afirmou ainda que a ajuda para os bancos espanhóis por meio do governo, em vez de diretamente nas instituições, "valida a preocupação dos investidores sobre a ligação entre o fraco soberano e o balanço dos bancos". As informações são da Dow Jones.

O Brasil registrou o maior fluxo negativo de capital na semana até 16 de maio entre os fundos dedicados a ações de mercados emergentes, com saída de US$ 510 milhões. É o que mostra relatório do Morgan Stanley, informando que os fundos dedicados a ações de mercados emergentes perdera nas últimas sete semanas US$ 5,1 bilhões.

O volume sob administração desses fundos está atualmente em US$ 631 bilhões, que é 16% menor que o recorde de US$ 749 bilhões atingido em 27 de abril do ano passado. Depois do Brasil, as maiores perdas ocorreram na China (-US$ 460 milhões), Coreia do Sul (-US$ 260 milhões), Índia (-US$ 240 milhões) e Rússia (-US$ 230 milhões).

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Desde o início do ano, porém, os fundos dedicados a ações do Brasil registraram entrada de US$ 2,08 bilhões, atrás apenas da China, que teve fluxo positivo de US$ 4,81 bilhões. Rússia atraiu US$ 2,10 bilhões e Coreia do Sul recebeu US$ 1,80 bilhão. Esses países representaram 55% do fluxo total atraído por fundos dedicados a ações emergentes.

Os mercados desenvolvidos tiveram saída de US$ 2,3 bilhões na semana até 16 de maio, com destaque para EUA (+US$ 3,0 bilhões), Japão (+US$ 750 milhões) e Alemanha (+US$ 660 milhões). No ano até agora, houve saída de US$ 30 bilhões dos fundos dedicados a ações de mercados desenvolvidos.

Outro relatório, feito pelo Barclays Capital com base em dados da EPFR Global, informou que os fundos dedicados a bônus de mercados emergentes atraíram US$ 633,78 milhões na semana encerrada em 16 de maio, mas os fundos dedicados a ações emergentes registraram saída de US$ 2,23 bilhões - o maior fluxo negativo de capital em seis meses.

O Barclays afirmou que os fundos dedicados a ações perderam um grande volume de capital na semana à medida que os participantes dos mercados passaram a prever uma maior probabilidade de a Grécia sair da zona do euro. "Nós vemos essa saída como a primeira de uma possível série de fluxos negativos significativos dos fundos dedicados a ações emergentes se as incertezas continuarem elevadas", afirma o Barclays em nota.

O Bradesco anunciou nesta quarta-feira a redução da taxa de administração de quatro fundos de investimento. O banco também diminuiu a aplicação mínima em dez carteiras. "As medidas atendem ao novo cenário de juros mais baixos na economia, além de permitir a ampliação do processo de inclusão financeira da população brasileira", informa o banco em comunicado à imprensa.

Nas taxas de administração, o preço pago pelo investidor no Bradesco FIC Curto Prazo caiu de 3% para 1,8%. No Bradesco Prime FIC Curto Prazo, a redução foi de 3% para 1,6%. Já no fundo Bradesco Prime FIC Referenciado DI e no Bradesco Prime FIC Renda Fixa, a taxa diminuiu de 2% para 1,6%.

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Além disso, o Bradesco também diminuiu o valor mínimo exigido para investimento em dez fundos. Essa medida, explica a instituição, "atende ao objetivo de ampliar a acessibilidade a produtos financeiros configurados de acordo com interesses específicos dos investidores".

Entre as carteiras beneficiadas, o Bradesco FIC Referenciado DI Brilhante, Bradesco Prime FIC Referenciado DI e o Bradesco Prime FIC Renda Fixa tiveram o valor mínimo reduzido de R$ 5 mil para R$ 1 mil. No caso do Bradesco FIC Referenciado DI Topázio e do Bradesco FIC Renda Fixa Saturno, o valor foi reduzido de R$ 30 mil para R$ 20 mil. Segundo o banco, as taxas e aplicações mínimas valem a partir da próxima semana.

O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira corte de até 40% nas taxas de administração de seus fundos de investimento e ainda redução da aplicação mínima em 18 produtos. Dois fundos, um de renda fixa e outro DI, tiveram aplicação inicial baixada de R$ 50 mil para R$ 1, com taxa de 1% ao ano.

As novas taxas e valores de aplicação valem a partir do dia 21, de acordo com comunicado à imprensa do BB. "As medidas decorrem do novo cenário de taxas de juros e spreads reduzidos", informa o comunicado.

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O BB explica no comunicado que, para ter direito a investir nos dois fundos com aplicação mínima reduzida para R$ 1, o cliente precisa aderir ao programa Bompratodos, lançado em 8 de abril e que baixou os juros em vários segmentos de crédito, como consignado e financiamento de veículos. O BB estima que, desde o lançamento, mais de 150 mil pessoas já aderiram ao programa.

Ao todo, nove fundos tiveram corte nas taxas de administração. Em uma delas, o BB Referenciado DI Social 50, a taxa caiu de 3,5% ao ano para 2,6%. Até um fundo multimercado, aplicação de maior risco, que aplica em vários segmentos, como bolsa, câmbio e ações, teve corte na taxa, de 2,5% para 1,5%.

Nas aplicações iniciais, 18 carteiras tiveram os valores reduzidos. No BB Multimercado Conservador LP Mil, o valor mínimo necessário para aplicar no fundo caiu de R$ 1 mil para R$ 200. A redução ocorreu inclusive em carteiras voltadas para pessoas de alta renda. No BB Renda Fixa LP VIP Estilo a aplicação inicial caiu de R$ 500 mil para R$ 200 mil.

A Caixa Econômica Federal havia feito a maior redução em taxas e aplicação mínima de fundos. O banco criou um carteira que permite investimentos a partir de R$ 10.

Os fundos de investimento encerraram abril no vermelho, pela primeira vez em 2012, ao registrarem resgates de R$ 9,2 bilhões, conforme dados preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O resultado negativo deveu-se principalmente ao desempenho do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) voltado para aplicações em títulos emitidos por empresas dos setores do agronegócio, indústria e comércio.

Essa modalidade apresentou saques líquidos (resgates superiores a depósitos) de R$ 9,3 bilhões no período de referência. Entretanto, no acumulado do ano, segundo a Anbima, o FDIC agro, indústria e comércio registra captação de quase R$ 2 bilhões.

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Mas, quando desconsiderados os números das chamadas categorias estruturadas, que incluem fundos imobiliários, de private equity (que compram participações em empresas) e FDIC, o setor de fundos de investimentos registrou captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 130 milhões.

Dentre as principais categorias de fundos, os multimercados foram um dos destaques negativos ao apresentarem resgates de R$ 4,8 bilhões em abril. Contudo, no acumulado deste ano, esses fundos já levantaram mais de R$ 10 bilhões.

Ganhos

No ranking de rentabilidade de abril, a modalidade multimercados macro, que apostam em diversas classes de ativos, tais como renda fixa e variável, câmbio, entre outros, rendeu 2,19%. Já a modalidade dos fundos "trading" ficou na lanterna entre os multimercados ao apresentar ganho de 0,88% no mês.

Os fundos de renda fixa, que tiveram a maior captação líquida da indústria em abril, ao levantarem R$ 2,4 bilhões, registram rentabilidade de 1,02% no mês, acima do CDI, de 0,70%, conforme o AE Taxas. A modalidade renda fixa índices entregou um dos maiores retornos do segmento no mês: 3,42%. No acumulado de 2012, os fundos de renda fixa já captaram R$ 18,4 bilhões.

Ainda no segmento de renda fixa, a categoria de fundos de curto prazo captou R$ 1,4 bilhão em abril, com rendimento de 0,71%, em linha com o CDI, de 0,70% no período. Em 2012, esses fundos já levantaram R$ 7,5 bilhões. Os fundos DI registraram saques de cerca de R$ 471 milhões e retorno de 0,73%. Porém, no acumulado deste ano, a categoria apresenta saldo líquido de R$ 23,6 bilhões.

OS fundos de previdência encerraram abril no terreno positivo ao levantarem R$ 2,1 bilhões. A modalidade previdência renda fixa teve a melhor rentabilidade da categoria, de 1,06%. Já os fundos previdência ações somaram perdas de 3,38% na esteira do desempenho ruim do Ibovespa, que fechou abril com retorno negativo de 4,17%, conforme o AE Taxas.

Ações

Neste contexto, os fundos de ações somaram resgates de 668,47 milhões no mês passado, elevando os saques acumulados em 2012 para quase R$ 1,5 bilhão. Embora praticamente todas as modalidades tenham tido perdas em abril, os fundos de ações apresentaram um desempenho melhor que o Ibovespa, cujas perdas somaram 4,17%. O pior retorno foi o da modalidade ações Ibovespa indexado, que perdeu 4,09% em abril.

Fundos cambiais permaneceram como destaque de rentabilidade em abril, ao renderem 4,34%, o maior retorno da indústria de fundos no mês. No quesito captação, a categoria segue na lanterna, com resgates de R$ 13,5 milhões em abril.

Um grupo de fundos de investimentos internacionais disse hoje que está processando a Porsche Automobil Holding SE na corte de Stuttgart, na Alemanha, buscando recuperar cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,59 bilhões) em perdas ligadas à oferta de compra feita pela fabricante de carros esportivos para Volkswagen, em 2008.

Os fundos disseram, em comunicado, que a Porsche "ganhou controle sobre o preço das ações ordinárias da Volkswagen, à medida que secretamente acumulava enormes posições em derivativos", cobrindo quase a totalidade das ações da Volkswagen em circulação e obteve lucros enormes quando as ações subiram temporariamente acima de mil euros por ação na ocasião.

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Um porta-voz para os fundos disseram que estão movendo o processo os fundos Elliott Associates L.P., Elliott International L.P., The Liverpool Limited Partnership, Perry Partners L.P., Perry Partners International Inc., DE Shaw Valence International Inc. and York Capital Management Europe UK Advisors LLP.

Um porta-voz para a Porsche disse que a companhia entende as alegações como infundadas.

Parte dos fundos já havia iniciado processo semelhante em Nova York alegando manipulação de mercado pela Porsche, quando adquiriu 51% das ações da Volkswagen.

Volkswagen e Porsche decidiram, em setembro, adiar o plano de fusão em face de incertezas legais e buscavam possíveis alternativas. As informações são da Dow Jones.

O atual assessor para a diretoria-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, não descarta a possibilidade de a instituição recorrer a novos fundos do Banco Central Europeu (BCE). "O FMI pode tomar emprestado de qualquer um, seus Estados membros e bancos centrais", afirmou Lipsky à Dow Jones durante uma conferência em Frankfurt.

A proposta do Banco Central Europeu (BCE) de emprestar dinheiro para o FMI, para que este possa financiar pacotes de resgate a países problemáticos da zona do euro, está ganhando força, segundo duas fontes com conhecimento direto do assunto. Se todas as partes chegarem a um consenso, um acordo pode ser anunciado na reunião de cúpula da União Europeia, em 9 de dezembro.

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"A Alemanha e o BCE ainda são contra a ideia, mas sem outras alternativas viáveis as conversas podem começar em breve. Isso é urgente, porque é necessário que algo esteja à disposição se a Itália precisar de um pacote de socorro", disse uma alta autoridade de um governo da zona do euro. Mas Lipsky recusou-se a comentar a ideia.

O ministro das Finanças de Alemanha, Wolfgang Schaeuble, descartou qualquer ideia de ver o BCE imprimindo dinheiro, essencialmente, para resolver a crise da zona do euro. Ele disse que tal movimento poderia acalmar os mercados por alguns meses, mas os mercados financeiros poderiam pensar, então, que o euro já não é uma moeda estável". As informações são da Dow Jones.

Os ativos de crédito privado chamam a atenção dos fundos em meio a redução dos juros e a volatilidade do mercado acionário. Embora não haja estatísticas oficiais deste mercado, uma vez que faz parte da categoria renda fixa, essas carteiras são destaques da indústria em 2011, conforme observam os profissionais que atuam no setor. "A dinâmica deste ano todo foi por fundos de crédito privado", confirma Paulo Corchaki, diretor de Gestão de Recursos da Itaú Asset Management.

A Bradesco lançou recentemente um novo fundo de crédito corporativo com carência de 90 dias para saques. "Esses fundos estão rendendo muito bem, pois temos mais liberdade de alocação com os créditos", garante Reinaldo Le Grazie, diretor de renda fixa e multimercados da Bradesco Asset Management (Bram).

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Segundo ele, a rentabilidade do novo fundo está em mais de 115% do CDI, enquanto no mercado o retorno é de cerca de 106% do CDI. "Temos instrumentos mais adequados, como a carência, e, portanto, conseguimos ter uma rentabilidade superior", justifica.

O diretor da Bram explica que em geral os fundos de grandes bancos são D0 ou D1. Essas carteiras exigem um grande volume de caixa, pois quando o investidor solicita o resgate as cotas são transformadas em reais no mesmo dia e no dia seguinte, respectivamente. "Com 90 dias de carência, a gestora tem um longo tempo para vender os créditos e não precisa ter 40% de liquidez, que é padrão nos fundos de crédito", esclarece Le Grazie.

Os ativos de crédito corporativo já estão ganhando mais espaço, inclusive, na composição de demais fundos, cuja participação era um tanto quanto tímida. As carteiras de multimercados, por exemplo, que antes usavam como lastro títulos públicos, já estão adotando o crédito privado como estratégia para melhorar a sua remuneração. "Não pretendemos lançar um novo fundo, mas à medida que houver uma redução de juros mais significativa, vamos aumentar a proporção das nossas carteiras em crédito privado para compensar a queda das taxas de títulos públicos", confirma o superintendente nacional de Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa, Marcelo de Jesus.

Falta de ativos

No entanto, grande parte dos demandadores de crédito ainda são os fundos de pensão e fundos dedicados a crédito privado, que trabalham com 80% alocados em ativos de crédito corporativo e às vezes até 100% em fundos exclusivos. A procura é tanta que já há gestoras com dificuldade de compor sua carteira de ativos. Isso tem feito com que algumas casas apostem em empresas, cujo risco nem sempre é saudável. "A demanda média tem sido duas vezes o book", corrobora Bruno Horovitz, responsável pela área comercial da Icatu Vanguarda Administração de Recursos, asset do Grupo Icatu Seguros.

Ele conta que a gestora não tem tido problema para recompor suas carteiras à medida que os ativos estão vencendo, mesmo sendo um pouco exigente na seleção dos papéis. "Só trabalhamos com banco de primeira linha, basicamente com CDB (40%), debêntures (40%) e FDICs (20%). Temos por prerrogativa a maior diversificação de portfólio com concentração máxima de 20% por segmento. Nosso maior setor é elétrico, que já faz emissão há anos, tem fluxo de caixa bastante previsível e não sofre tanta volatilidade".

A procura também está aquecida por parte dos investidores. A Itaú Asset Management, por exemplo, captou em apenas um dia R$ 700 milhões para um fundo de crédito corporativo. "O que está faltando é ativo. Em geral, temos de deixar os fundos fechados porque não temos ativos suficiente para a demanda", destaca Corchaki, da Itaú.

Jesus, da Caixa, por sua vez, entende que é uma questão de taxa e exposição ao risco. "Talvez faltem papéis na característica que o gestor quer, ou seja, baixo risco com taxas elevadas", diz ele, que acrescenta: "A indústria ainda tem letras financeiras de instituições pagando boas taxas e debêntures de empresas de primeira linha com taxas interessantes", avalia ele, que conclui: "Ainda há espaço para locação em crédito".

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