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O presidente Jair Bolsonaro planeja fazer reuniões bilaterais com ao menos cinco chefes de Estado enquanto participa da cúpula do G-20, que ocorrerá nesta semana no Japão. Entre os encontros já previstos em sua agenda, estão os com Xi Jinping, presidente da China, e Mohammed bin Salman, príncipe da Arábia Saudita.

O presidente também pretende se reunir individualmente com outros representantes dos Brics - bloco de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já está marcado um encontro com Narendra Modi, primeiro-ministro indiano. Segundo um auxiliar, Bolsonaro pretende incluir ainda em sua agenda uma reunião com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul. Até o momento, não foi feito pedido de encontro por parte de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

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A agenda do presidente será intensa durante os três dias no Japão. Na quinta-feira, quando chegará a Osaka, está previsto um jantar privado com integrantes de sua comitiva. De acordo com uma fonte, o Planalto avalia se incluirá no encontro a participação de empresários japoneses com ligação com o Brasil, como representantes da Mitsui, acionista da mineradora Vale.

Na sexta-feira, Bolsonaro receberá uma homenagem na Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil e, em seguida, irá ao encontro informal dos Brics. Segundo uma fonte a par dos preparativos, a expectativa é que Bolsonaro faça a principal fala na reunião. Em seguida, o presidente se reúne com Xi Jinping e então segue para cumprir a programação da cúpula do G-20.

No sábado, paralelamente às atividades do G-20, Bolsonaro terá o encontro bilateral com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien-Loong, e com Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita. O príncipe é grande aliado do governo de Donald Trump, mas vem sofrendo pressão internacional após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado. Segundo informações da imprensa americana, a CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, chegou a apontar Mohammed bin Salman como mandante do crime, que ocorreu no consulado saudita em Istambul.

O governo brasileiro já tinha sinalizado intenção de se aproximar dos sauditas. O chanceler Ernesto Araújo afirmou que Bolsonaro planeja fazer ainda este ano uma visita a países árabes, entre eles a Arábia Saudita e os Emirados Árabes.

A reunião dos países do G-20 em Buenos Aires, na Argentina, abriu caminho para iniciar a ensaiada reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). Com a previsão na declaração final dos países de apoio ao aperfeiçoamento da instituição, as conversas em Genebra passam a ser em torno de como a reforma deve ser para sair do papel - e não mais se ela é necessária.

As conversas estão em estágio inicial, mas a expectativa entre países envolvidos nas negociações é que mudanças sejam feitas de forma pragmática, ponto a ponto e plurilateralmente. A ideia é não perder tempo com a negociação de um pacote de medidas, o que tornaria a reforma muito lenta. A adesão plurilateral significa avanços com o grupo de países que estiver disposto, quando não se puder chegar a um consenso entre os 164 membros.

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Em Washington na última quarta-feira, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, considerou como positiva a declaração do G-20, pois "reconhece o momento difícil que nós todos estamos vivendo, reconhece que o sistema multilateral da OMC contribui para o crescimento econômico, para a criação de empregos, para o desenvolvimento e reconhece que o sistema multilateral, para continuar dando essa contribuição, pode e deve melhorar."

As mudanças na instituição são vistas por países-membros como única saída para a sobrevivência do organismo multilateral, em meio ao protecionismo encampado pelos Estados Unidos e a escalada de tensões com a China.

A avaliação no órgão é de que o governo Donald Trump colocou o sistema multilateral à beira do precipício, o que jogou pressão sobre a discussão a respeito da reforma.

Chacoalhada. Nos corredores da entidade em Genebra, a "chacoalhada" que a OMC recebeu foi vista inicialmente com uma mistura de apreensão e uma oportunidade para mudar uma instituição que pouco avançou em negociações de novas regras nos últimos 20 anos. Depois de dezenas de encontros a portas fechadas e consultas, a percepção foi de que seu desmonte seria muito mais perigoso que aceitar a reforma.

A partir de agora, a "refundação" da OMC terá três pilares. O primeiro é como melhorar o funcionamento normal da instituição - para essa, há uma proposta americana em discussão sobre transparência nas notificações do órgão. A meta é a de forçar a China a dizer de forma clara o que está subsidiando, onde e em qual patamar.

Controvérsia

O segundo, considerado o mais cinzento, é sobre o sistema de solução de controvérsias. Hoje, os Estados Unidos praticamente bloquearam o funcionamento do órgão de apelação ao travar as nomeações de juízes que compõem o colegiado. O resultado tem sido o atraso nas decisões da corte, com adiamento de julgamentos em até um ano.

Por último, os países discutem novas regras da instituição. Os Estados Unidos tentam, neste ponto, incluir na mesa questões relevantes na discussão sobre a China, como a transferência de tecnologia e subsídios intelectuais. A dúvida é saber se a China pretende aderir às novas regras que serão colocadas à mesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A trégua comercial anunciada entre China e Estados Unidos no final de semana, após encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, ainda é vista com cautela por analistas. A avaliação é de que o cenário segue com incertezas sobre os detalhes do que cada um dos lados estará disposto a ceder dentro de três meses. O prazo de 90 dias é o estabelecido entre os dois líderes como período para negociar um acordo. Nesse meio tempo, a imposição recíproca de tarifas foi adiada, após meses de escalada na tensão entre as duas maiores economias mundiais.

"Há histórias diferentes saindo do encontro no G-20", afirmou Jeffrey Prescott, ex-assessor do governo americano e ex-conselheiro da vice-presidência em assuntos sobre Ásia. Segundo ele, não é estranho que cada um dos lados coloque luz no que é mais vantajoso ao seu país, mas os comunicados dos EUA e da China levantam muitas dúvidas. "Nenhum relatório sugere que tivemos um avanço concreto nas questões estruturais, não é claro o que mudou no final de semana", afirmou Prescott, em evento da think tank Atlantic Council, em Washington. Trump usa tarifas para pressionar a China em questões estruturais como transferência de tecnologia e cibersegurança.

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Em encontro entre os líderes dos dois países na Argentina, os Estados Unidos concordaram em não elevar mais tarifas sobre produtos chineses em 1º de janeiro enquanto a China concordou em comprar mais produtos agrícolas dos EUA. Trump usou o Twitter para comentar a reunião com Xi Jinping. Segundo ele, a China concordou em reduzir e remover tarifas hoje de 40% sobre automóveis - o que não está descrito nos comunicados oficiais da reunião.

A Casa Branca informou que se não houver um acordo entre os dois países no prazo de 90 dias as tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses subirão para 25%. Trump afirmou que o encontro foi "extraordinário" e que a relação entre os dois países deu um grande salto. "Coisas muito boas irão acontecer", escreveu Trump.

O assessor econômico de Trump, Larry Kudlow, disse nesta segunda-feira a jornalistas que a China "está concordando em abordar" questões estruturais - como as relacionadas a tecnologia. Ele também confirmou que a questão de remoção das tarifas de veículos aconteceria imediatamente.

Telefone sem fio

"Por mais que essa trégua seja dada, não fica claro o que cada lado vai ceder para se chegar a um acordo. Há o lado americano falando que a China vai aceitar conversar sobre cibersegurança, já a China deixa isso em aberto e fala em reconhecimento dos EUA em tratar 'uma única China' - enquanto os EUA não comentaram nada sobre isso. Ainda está um jogo de telefone sem fio, mas é positivo quando os dois lados estão dispostos a chegar a uma solução a isso", afirmou Thiago de Aragão, diretor da consultoria Arko Advice.

De acordo com Jeffrey Prescott, a incerteza tem sido parte do jogo do governo Trump. "Começar um fogo e depois apagá-lo é algo que vimos em outras áreas nesse governo", afirmou. Segundo ele, os Estados Unidos pressionam a China por mudanças estruturais que, ainda que sejam acordadas, levarão tempo para serem implementadas e gerarem efeito. O analista, que assessorou a vice-presidência até 2015, afirma que Trump entrará em um período de pressão com a eleição de 2020 à vista e precisará decidir se politicamente usará Pequim como um inimigo ou como parte de um grande acordo comercial.

Trump também usou o Twitter para mandar recado aos produtores agrícolas do país, afetados diretamente pela guerra comercial com os chineses após a queda no preço de grãos, como a soja. "Agricultores serão beneficiados muito e rapidamente com nosso acordo com a China. Eles pretendem começar a comprar produtos agrícolas imediatamente. Nós fazemos o produto mais limpo do mundo e é isso que a China quer. Agricultores, eu amo vocês", escreveu Trump. Com a imposição de tarifas pela China ao produto americano, produtores de soja passaram a estocar o grão esperando o alívio na tensão comercial. Além do problema econômico, a comunidade rural dos EUA é importante apoiadora de Trump politicamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os chefes de Estado dos países do G20 estão reunidos em Buenos Aires para o segundo dia da reunião de cúpula do grupo. O comunicado final do encontro será divulgado às 15h e, entre os temas, deve abordar o aumento da tensão da economia mundial, mas até ontem à noite ainda não havia consenso sobre como a questão seria abordada, segundo um alto representante do governo brasileiro. Outro tema ainda sem consenso era sobre como tratar o Acordo do Clima de Paris.

O texto deve mencionar ainda que o crescimento da economia mundial deve seguir forte em 2019, mas há o risco de desaceleração da atividade, influenciado, entre outros fatores, pelos efeitos da maior tensão comercial e também pelo processo de normalização da política monetária dos países desenvolvidos.

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Ao final do encontro, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, fará um pronunciamento à imprensa sobre os resultados da reunião, que parou a cidade de Buenos Aires. Foram convocados 22 mil policiais para fazer a segurança da capital, com várias ruas e avenidas fechadas ao trânsito de veículos e de pedestres. O metrô, trens e os aeroportos foram fechados.

O presidente Michel Temer participa das plenárias e a expectativa é que embarque de volta para Brasília às 16h10. Os telões do centro de imprensa mostravam a chegada dos chefes de Estado, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o japonês, Shinzo Abe. A abertura oficial da reunião começou às 11h.

Foto oficial. A foto oficial da segunda sessão plenária da cúpula de líderes do G-20 mostra o presidente Michel Temer na frente do príncipe saudita, Mohamed bin Salman, que está no centro das atenções após um jornalista árabe ser morto na embaixada da Arábia Saudita na Turquia.

Na foto oficial, Temer está na primeira fileira, no canto direito, entre o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, e o presidente do conselho de ministros da Itália, Giuseppe Conte. Conte está ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que inclusive causou polêmica na imprensa internacional pela forma efusiva com que cumprimentou o líder da Arábia Saudita.

Bem no centro da foto está o anfitrião e presidente da Argentina, Mauricio Macri. À esquerda de Macri estão o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. À direita do presidente argentino está o presidente da China, Xi Jingping.

Temer deve discursar no início da tarde de hoje na abertura da terceira sessão plenária, às 13h15. O comunicado dos líderes deve ser divulgado às 14h45. Macri fará o encerramento do G-20 às 15h. Temer e a comitiva presidencial retornam ao Brasil ainda hoje.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que espera que o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, o ajude a equilibrar as relações comerciais entre os dois países "rapidamente" e ressaltou que a parceria entre americanos e japoneses é "extraordinária" e que os dois países estão "muito bem" em diversos aspectos.

Autoridades dos dois países iniciaram conversas para um possível futuro acordo comercial a pedido de Trump. Outro acordo tem sido negociado pela equipe do presidente americano - com a China. Na noite de sábado, o republicano se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, a fim de conversar sobre as relações comerciais sino-americanas. Trump comentou brevemente sobre o assunto e disse que está "trabalhando duro" para alcançar um pacto comercial com a China. "Se conseguirmos fazer um acordo, será bom", afirmou.

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Os grandes blindados verdes que estão rodando por Buenos Aires nas proximidades da Costa Salguero, do terminal aéreo e mesmo pelo polo turístico de Puerto Madero, são um presente da China. As lanchas rápidas artilhadas que circulam pelo estuário do Rio da Prata, sensores de vigilância ativados, vieram de Israel.

Os sistemas de bordo dos poucos caças subsônicos A-4 Skyhawk da aviação de combate prontos para ação, foram modernizados com sistemas digitais americanos. Dos Estados Unidos vieram dispositivos médicos e recursos e de campanha. O valor dos blindados chega a US$ 18,5 milhões. As embarcações do tipo Shaldag estão na faixa dos US$ 15 milhões.

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As dificuldades do país anfitrião da reunião de cúpula do G-20 determinaram reforços nos planos da Casa Branca para as viagens internacionais do presidente. A base de operações do Serviço Secreto, das agências de inteligência e dos times especiais de intervenção rápida que sempre acompanham o governante americano em deslocamentos em áreas críticas, foi instalada em Montevidéu, do outro lado do rio. Claro, boa parte da estrutura está na Argentina - no Uruguai ficaram os grandes cargueiros, o avião de comando de crise nuclear, talvez as centrais móveis de comunicações e os pesados helicópteros oficiais.

Com um grande problema nas mãos e sem dinheiro para financiar a solução, o presidente da Argentina, Maurício Macri, decidiu pela saída fácil, embora constrangedora: aceitou doações de equipamentos e serviços de vários países integrantes do G-20, para garantir o esquema de segurança do encontro dos líderes das principais economias mundiais. Também investiu, mas foi pouco - por US$ 5,2 milhões, comprou um centro de defesa cibernética produzido em Tel Aviv.

É possível que haja algum serviço de apoio do Brasil. Especialistas em coleta de dados de segurança treinados para atuar na Copa de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, estariam trabalhando para as empresas internacionais contratadas pela Argentina.

O evento começa nesta sexta-feira, 30, em Buenos Aires levando para a mesma mesa o presidente americano Donald Trump, o russo Vladimir Putin, o chinês Xi Jinping, a chanceler alemã Angela Merkel, o príncipe saudita Mohammed Bin Salman e a primeira ministra britânica, Theresa May - além de todos os outros, os emergentes e os controversos, como o turco Recep Tayyp Erdogan.

Para atender às exigências dos governos, Macri está gastando, só em segurança, US$ 43 milhões. O efetivo mobilizado chega a 52 mil homens e mulheres, das agências nacionais e das forças armadas - desse total, 22 mil agentes das polícias federal e aeroportuária, da Gendarmeria e das guardas setoriais, estão nas ruas há quatro dias. Na reserva, mas em condição de alerta 2 em uma escala de 5 níveis, há mais 30 mil militares, disse nesta quinta-feira, 29, ao jornal O Estado de S. Paulo um assessor do ministro da Defesa, Oscar Aguad.

O pacote completo da contribuição feita pelos chineses envolve além dos quatro blindados armados com metralhadoras pesadas, mais dois postos de comando e controle montados sobre carretas, 30 motocicletas para escolta das autoridades, robôs para remoção remota e escaneamento por vídeo, 40 trajes a prova de explosão, 87 detectores de drogas, metais, explosivos, detonadores e artefatos eletrônicos. Todo o inventário permanecerá em território argentino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer embarcou na tarde de hoje (29) para Buenos Aires, onde participará da reunião de cúpula do G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e mais a União Europeia. O evento promete reunir em encontro bilateral os líderes das duas maiores economias do mundo (Estados Unidos e China) e pode gerar consequências no campo diplomático, em meio às denúncias de que o príncipe herdeiro saudita, Mohammmed bin Salman, que estará no país, estaria envolvido na morte do jornalista Jamal Khashoggi.

Além do retiro e sessões plenárias com os demais chefes de Estado do grupo, o presidente Temer tem agendas reservadas com os primeiros-ministros da Austrália, Scott Morrison, e de Singapura, Lee Hsien Loong. Assim como o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, Temer participa pela última vez da cúpula como chefe do Executivo de seu país. Hoje à noite, após desembarcar em Buenos Aires, ele participa de um jantar oferecido pelo embaixador brasileiro na Argentina, Sérgio França.

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A cúpula ocorre amanhã (30) e sábado (1º). O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá a Presidência  durante a viagem de Temer. 

O G-20 reúne, além dos sete países mais ricos e as 13 economias emergentes (como China, Rússia, Índia e Brasil), representantes de organizações multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Cerca de 85% do produto bruto global e dois terços da população do planeta estão representados pelo grupo.

Seguindo a linha de prioridades do governo federal para o encontro, que são o comércio internacional, as mudanças climáticas e o futuro do trabalho, Michel Temer concedeu nesta quinta-feira (29) uma entrevista ao jornal argentino Clarín defendendo a abertura comercial e a responsabilidade econômica. “Cremos que o comércio internacional permite criar novas oportunidades, ajuda a modernizar a economia de nossos países e gera empregos e renda”, disse.

Reunião inédita

Esta é a primeira vez que os líderes do G-20 se reúnem na América do Sul. A Argentina, que passa por uma grave crise econômica, deu o tom do tema desta edição: o futuro do emprego e o desenvolvimento econômico. Após fechar um acordo para ter acesso a uma linha de crédito com o FMI, o país vizinho viu a moeda nacional perder metade do valor e a inflação disparar. As expectativas são de que a economia argentina encolha 2,6% este ano.

O encontro entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e o chinês Xi-Junping, está entre as maiores expectativas. Os norte-americanos e chineses travam uma guerra desde julho, após a imposição mútua de sobretaxas bilionárias. Iniciada por Trump, a aplicação de tarifas a produtos chineses atingiu em cheio as exportações comandadas pelo líder asiático.

Outro fato geopolítico é o que envolve os desdobramentos do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que trabalhava no Washington Post e era crítico ao governo da família real da Arábia Saudita. Recentemente, a organização não governamental Human Rights Watch pediu à Justiça Argentina para investigar o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que estará em Buenos Aires, sobre a morte de Klashoggi e possíveis crimes contra a humanidade no Iêmen.

Em resposta à guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos e ao aumento do protecionismo no mundo, representantes de entidades empresariais de países do G-20 divulgam nesta quinta-feira (19) um manifesto.

O documento pede que os líderes do grupo se comprometam a manter mercados abertos e não imponham novas barreiras protecionistas, reforcem o funcionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) e tomem medidas contra a concorrência desleal e os subsídios industriais, entre outros pontos. "Apelamos aos líderes do G-20 no sentido de que assumam a sua responsabilidade e garantam as bases necessárias para a cooperação multilateral", afirma o manifesto, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso.

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A manifestação ocorrerá em Buenos Aires, após reunião da Coligação Mundial de Empresas (GBC), na sigla em inglês, que reúne representantes de 14 países do G-20. O encontro precede a reunião de ministros de Economia do G-20 marcada para sexta-feira, também em Buenos Aires. O Brasil é representado no grupo pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Assinam o documento, ainda, entidades dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e União Europeia.

O diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, disse que o agravamento da guerra comercial é a questão mais preocupante no momento para o setor empresarial e que o tema será discutido também no encontro dos ministros do G-20. "A manifestação mostra que o comércio é importante e o multilateralismo está sob ameaça. O protecionismo tem aumentado e os países estão submetidos a ações unilaterais", afirmou.

As entidades abrem o texto reforçando que o comércio e os investimentos entre os países é essencial para o crescimento sustentável e a criação de empregos, mas, apesar disso, o "consenso a favor da cooperação multilateral está perdendo força no G-20". Segundo o documento, os membros do G-20 adotaram mais de 600 medidas restritivas ao comércio no período de outubro de 2008 a outubro de 2017, antes mesmo das tarifas que vêm sendo impostas pelos EUA e por outros países neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, viaja na próxima semana para Buenos Aires (Argentina), onde participará da reunião de ministros de Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do G-20. O período da viagem de Ilan será de 20 a 23 de julho, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 12.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge também tem viagem ao exterior semana que vem. No período de 16 a 19 de julho, ele irá a Bruxelas (Bélgica) para reuniões ministeriais do 35º Encontro do Comitê de Negociações Birregionais Mercosul - União Europeia.

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O presidente Michel Temer (PMDB) foi o quinto líder presente na reunião do G-20 mais procurado pelos internautas no Google durante o período de encontro da cúpula, ocorrido na semana passada em Hamburgo, na Alemanha. Segundo um levantamento feito pelo Google News Lab e o Pitch Interactive, o brasileiro, que deixou o evento mais cedo para tratar da crise política no Brasil, ficou atrás apenas de Donald Trump (EUA), Vladimir Putin (Rússia), Angela Merkel (Alemanha) e Emmanuel Macron (França).

Temer confirmou sua presença apenas dias antes da abertura do G-20 e teve participação discreta, não participando de nenhuma reunião bilateral. No entanto, ele ficou à frente de lideranças com maior projeção internacional, como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, a premiê do Reino Unido, Theresa May, e o presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan.

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Na manhã do sábado (8) antes de pegar o avião de volta, Temer disse estar "tranquilíssimo" sobre o retorno. Na manhã deste domingo, 9, ele se encontrou com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e no final da tarde com ministros e lideranças partidárias para discutir a crise política.

Em uma avalanche de tuítes na manhã desta segunda-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre o projeto do Partido Republicano de reforma no sistema de saúde do país e sobre as críticas que atingem sua filha, Ivanka Trump, devido a ela sentar no lugar destinado ao chefe de governo dos EUA na cúpula de líderes do G-20, na semana passada.

"Quando eu deixei a Sala de Conferência para rápidas reuniões com o Japão e com outros países, eu pedi a Ivanka que sentasse em meu lugar. É padrão. E Angela Merkel concorda! Se pedissem a Chelsea Clinton para ela sentar no lugar de sua mãe, a mídia Fake News diria CHELSEA PARA PRESIDENTE", disse o republicano, em seu perfil no Twitter.

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Ainda sobre a cúpula do G-20, Trump se afastou da ideia de trabalhar com a Rússia para criar uma "unidade de segurança cibernética", cuja função seria evitar atividades hackers durante eleições. Na noite de ontem, o republicano apontou que essa unidade, que foi discutida com o presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada, "não significa que eu pense que isso pode acontecer".

Essa unidade foi criticada por senadores republicanos após ser anunciada. Lindsey Graham, da Carolina Sul, disse que essa ideia está "muito perto" da mais estúpida que ele já ouviu. Já o democrata Adam Schiff, da Califórnia, afirmou que esperar que a Rússia seja um parceiro credível em qualquer iniciativa de segurança cibernética "seria perigosamente ingênuo".

Trump também compartilhou uma reportagem do canal Fox News, segundo a qual o ex-diretor do FBI James Comey, demitido por Trump, vazou informações confidenciais de segurança para um amigo, as quais foram parar na imprensa. "Isso é ilegal!", disse o presidente.

Responsável por representar o Brasil na cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do globo) com a saída antecipada do presidente Michel Temer do evento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participou do último momento da reunião, mas evitou dar importância à atribuição que recebeu. "Foi uma experiência interessante", minimizou.

Ele relatou, então, que as discussões ocorreram em torno da evolução digital que tem impactado a economia do mundo inteiro, como nos problemas trazidos pela automação do mercado de trabalho. Outra questão, de acordo com o ministro, foi o empoderamento das mulheres e a geração de oportunidades iguais para não haver discriminação de gênero.

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"Fizemos um pronunciamento nessa direção e mostramos a modernização da economia brasileira que está em andamento: tudo o que estamos fazendo nas diversas áreas, seja macroeconômica e fiscal, seja na área microeconômica, todas as modificações. Foi uma sessão bastante interessante."

O ministro também disse a jornalistas que o Brasil tem todas as condições de entrar para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele se encontrou neste sábado, 8, com o secretário-geral da entidade, Angel Gurría. "Ele está muito entusiasmado com a ideia de o Brasil entrar na OCDE. Vão discutir (o tema) na próxima semana, é o início do processo."

Ele disse também que o Brasil é um País de economia de grande porte e que já tem todas as condições para entrar na OCDE, pois está efetuando as mudanças fundamentais na economia brasileira. "A vantagem é que todas as mudanças que estamos fazendo na economia brasileira estão em linha com os princípios da OCDE", avaliou.

Brexit

Ainda sobre mercado internacional, Meirelles disse que o Brasil "certamente tem interesse" em uma aproximação comercial com o Reino Unido após o Brexit, quando a saída do país da União Europeia será finalizada. "No momento, não pode haver sequer início de conversas formais porque o Brexit não foi concluído, terão que concluir primeiro. Mas existem indicações informais."

Meirelles falou com a imprensa em Hamburgo, cidade que sediou o G-20 (Grupo das 20 maiores economias do globo), após o encerramento do evento.

Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Hamburgo neste sábado para protestar pacificamente contra a cúpula dos líderes do G-20, um dia após violentos confrontos com a polícia que terminaram com lojas saqueadas e carros incendiados.

Marchando em uma rota próxima àquela onde os confrontos mais violentes aconteceram na véspera, os manifestantes cantaram, dançaram e tocaram música ao mesmo tempo em que os líderes mundiais encerravam o encontro de dois dias na cidade portuária alemã.

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A multidão eclética tinha desde famílias empurrando carrinhos de bebê, grupos curdos, socialistas escoceses e anarquistas com grandes bandeiras e gritos anti-capitalistas.

Apesar da violência da sexta-feira, muitos policiais que acompanhavam a multidão tiraram seus capacetes e pareceram mais relaxados no trabalho de hoje. Segundo os organizadores, cerca de 78 mil pessoas tomaram as ruas. As autoridades estimaram 50 mil pessoas.

O forte contraste com a violência da véspera era marcantes. Mais cedo, a premiê alemã, Angela Merkel, expressou choque e ira em relação à "brutalidade desinibida" da multidão no dia anterior.

"Não existe a menor justificativa para os saques, os incêndios e os ataques brutais a policiais", afirmou, acrescentando que as forças de seguranças fizeram "um excelente trabalho".

Por causa dos tumultos, a polícia deteve 143 pessoas. Outros 122 ativistas foram temporariamente detidos. Cerca de 213 policiais tiveram ferimentos desde que os protestos começaram, na noite de quinta-feira. A polícia disse não ter informações sobre o número de civis feridos. Fonte: Associated Press.

A economia mundial continua a demonstrar um bom momento de crescimento, mas os próprios fatores que ajudam a impulsioná-la começam a intensificar suas vulnerabilidades e desequilíbrios externos, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Embora os riscos de curto prazo tenham ficado mais equilibrados, os riscos negativos continuam a dominar no médio prazo", diz o relatório, divulgado por ocasião da cúpula de líderes do G-20, que acontece entre ontem e hoje, na Alemanha.

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Entre os destaques, a entidade citou o crescimento às custas de crédito e expansão fiscal na China, que "agrava sua vulnerabilidade financeira", e o ambiente de baixos juros e altos níveis de empréstimos inadimplentes continua pressionando a lucratividade do setor financeiro.

Além disso, a economia global continua refém de problemas como o baixo crescimento da produtividade e a distribuição desigual dos ganhos econômicos, "especialmente nas economias avançadas".

Em suas considerações, o fundo pediu aos países, entre outras coisas, que trabalhem juntos "para maximizar os benefícios da integração global". "Um arcabouço multilateral forte e baseado em regras continua essencial" para este objetivo, diz o relatório, e será mais efetivo "caso os países engajem em um diálogo com vistas à modernizar e adaptar as regras às mudanças globais." (Marcelo Osakabe)

Com a aceleração do desmoronamento da base aliada de seu governo no Brasil durante viagem oficial à Alemanha, o presidente Michel Temer disse neste sábado, 8, que está "tranquilíssimo" para voltar ao País. Ele deu a declaração a jornalistas pela manhã quando saía do hotel em que está hospedado, em Hamburgo, para participar do último dia de eventos oficiais da cúpula de líderes do G-20, grupo das 20 economias mais ricas do globo. Junto com a palavra, o presidente fez sinal de positivo com as duas mãos.

Ao deixar o Le Meridien, ele foi questionado sobre sua estratégia de atuação ao retornar ao País hoje diante da acentuação da crise política. "Vou continuar trabalhando pelo País, fazendo a economia crescer, como está crescendo, sem nenhum problema, e fazendo com que todos fiquem em paz", afirmou.

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Na noite de sexta-feira, 7, Temer disse que confia na lealdade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se tornou uma aposta para substituir o peemedebista caso ele seja afastado do cargo. Também cumprindo agenda oficial fora do País, Maia - o primeiro da linha sucessória da Presidência da República - afirmou na Argentina que será sempre correto com Temer. Na quinta-feira, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o País "caminha para a ingovernabilidade" na gestão Temer e afirmou que o deputado fluminense pode dar estabilidade ao País até 2018 e fazer a "travessia" do governo.

Em Hamburgo, o presidente disse que não tem por que duvidar da lealdade de Maia. "Acredito plenamente, ele só me dá provas de lealdade", afirmou Temer. O presidente disse ainda que está tranquilo com a posição do PSDB sobre o governo e que tem "zero" de preocupação com uma debandada da legenda tucana do governo. O peemedebista afirmou que conversou com os quatro ministros do PSDB. "Me ligaram todos, me explicaram que a fala do Tasso não condiz com aquilo que pensa a maioria do PSDB", afirmou o presidente.

Temer cumpre agenda apenas na parte da manhã no G-20 e já embarca de volta ao Brasil antes do fechamento do evento em Hamburgo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, continua a representar o Brasil na cúpula até o fechamento da edição da reunião anual alemã.

Protestos violentos ofuscaram a reunião de líderes mundiais ocorrida nesta sexta-feira na Alemanha, com anarquistas e outros lançando coquetéis molotov, bloqueando vias, queimando carros e atacando policiais. Pelo menos 196 policiais e um número não especificado de outras pessoas ficaram feridos, segundo autoridades da cidade de Hamburgo, que sedia a cúpula de líderes mundiais.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, havia tentado fazer do evento uma mensagem de harmonia global. "Eu entendo completamente os protestos pacíficos, mas os protestos violentos ameaçam as vidas das pessoas", afirmou Merkel. "Isso não é aceitável."

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Alguns prédios residenciais e bancos próximos da área dos protestos tiveram janelas quebradas. A polícia usou spray de pimenta e jatos d'água para tentar controlar a situação. Manifestantes criticaram a escolha de uma cidade como Hamburgo para o evento e disseram que a polícia não lidou corretamente com os protestos. "É negligência realizar esse evento no meio de um bastião de esquerda", afirmou o estudante local Mirko Shokr, de 19 anos. Segundo ele, a polícia provocou a escalada na violência, mas Shokr também se disse frustrado com pessoas vestidas de preto que destruíram a área.

Muitos dos protestos ocorridos na cidade foram pacíficos. Entre eles, havia manifestações contra o capitalismo e contra a decisão do governo dos EUA de construir um muro na fronteira com o México. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou suas preocupações sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas em 2016, segundo o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson.

O secretário americano se encontrou com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, após a reunião bilateral de Putin e Trump na cúpula do G-20.

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Segundo Tillerson, Putin teria negado qualquer envolvimento do governo russo na questão das eleições dos EUA e que a Rússia teria pedido por "provas e evidências" de um ataque cibernético em bancos de dados eleitorais que teria sido perpetrado pelo país.

Ainda, Tillerson declarou à imprensa que Trump quer que a Rússia se comprometa a não interferir nas questões dos EUA, nem de outros países e que ambos os líderes discutiram como "seguir em frente" após os acontecimentos.

A reunião de Putin e Trump, que estava programada para durar meia hora, acabou levando mais de duas horas. Tillerson afirmou que o encontro foi longo, pois ambos os lados "tinha muito para conversar". Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Michel Temer negou que exista crise econômica no País. "Crise econômica no Brasil não existe. Vocês têm visto os últimos dados", disse nesta sexta-feira (7), ao chegar ao hotel Le Meridien, em Hamburgo, para participar da reunião da cúpula de líderes das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

Quando os jornalistas que o aguardavam na frente do hotel às 6 horas da manhã no horário local (1 hora de Brasília) reforçaram a pergunta sobre o desempenho da atividade, questionando se não existia realmente uma crise econômica no País, Temer enfatizou: "Não, não. Pode levantar os dados e você verá que estamos crescendo no emprego, estamos crescendo na indústria, estamos crescendo no agronegócio. Lá não existe crise econômica", disse.

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Quando questionado sobre se a crise política atrapalhava o andamento da economia, o presidente já estava se dirigindo para dentro do hotel, mas virou o rosto para os jornalistas e disse "não", reforçando a negativa com o dedo.

Ao chegar ao local, Temer disse que estava preparado para participar da reunião dos Brics (reunião dos emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que, segundo ele, visa ao desenvolvimento dos cinco países. "E de alguma maneira participar desta grande reunião, que é o G-20. Certamente, alguns temas fundamentais para os países componentes do grupo serão debatidos, entre eles, o meio ambiente."

Depois de anunciar oficialmente que o presidente Michel Temer havia desistido de participar da reunião do G-20, em Hamburgo, na Alemanha, no próximo dia 7, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que o presidente agora vai à reunião das 20 maiores economias do mundo. O "escav" (escalão avançado), que é a equipe precursora da viagem, quase saiu na semana passada para preparar a chegada do presidente brasileiro e agora irá na terça-feira, 4, à noite.

O presidente estava sendo pressionado pela equipe econômica e pelo ministro das Relações exteriores, Aloysio Nunes, para participar do encontro na Alemanha. O argumento da ala econômica é de que, independente da crise política e jurídica, é melhor mostrar que "o país não pode parar" e que o evento econômico era fundamental para agenda de retomada da confiança.

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Apesar do retorno da agenda internacional, Temer não vai mesmo ao encontro bilateral com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que estava previsto para o dia 6 de julho. Isso porque, de acordo com interlocutores, para chegar a tempo do encontro com a chanceler, Temer teria que sair do Brasil na terça à noite, o que deixaria o presidente fora do país por muito tempo.

A decisão de Temer ir ou não ao G-20 não é consenso na cúpula do governo. Assim como aconteceu na viagem que fez na semana retrasada pela Rússia e pela Noruega, alguns interlocutores do presidente salientam que há sempre "um risco político alto" de deixar o país na atual situação. Do exterior, Temer sofreu uma derrota na votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

A viagem de Temer acontece enquanto ele prepara a sua defesa em relação à denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na semana passada, Temer deu uma demonstração de que não evitará o confronto com Janot, que o governo classifica como o maior algoz de Temer, e anunciou às pressas o nome de Raquel Dogde para o cargo de procurador-geral da República.

O governo da Alemanha teceu críticas aos presidentes dos Estados Unidos e Turquia nesta quinta-feira, a uma semana da reunião de líderes do G-20, que acontece no próprio país.

O ministro das Relações Exteriores da chanceler Angela Merkel, Sigmar Gabriel, criticou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por planejar discursar a apoiadores de seu governo do lado de fora do evento principal, afirmando que tal atitude "não é apropriada".

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Gabriel também criticou o presidente Donald Trump por retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris.

"Precisamos e queremos tomar as rédeas desse desafio existencial. Não podemos e não iremos esperar cada pessoa do mundo se convencer sobre os achados científicos das mudanças climáticas", afirmou Angela Merkel.

A cúpula dos próximos dias 7 e 8 deve discutir, entre outros assuntos, o comércio externo. A maior economia da europa teme que o norte-americano possa usar, em breve, novas barreiras comerciais, incluindo sobre o a produção de aço.

"Aqueles que acreditam que podem resolver os problemas desse mundo com isolacionismo e protecionismo estão cometendo um grande erro", disse Merkel. "A cúpula do G-20 acontece em um momento bastante desafiador". Fonte: Dow Jones Newswires.

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