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A corrida sprint deste domingo do GP da Áustria de Fórmula 1 ficou em segundo plano em alguns momentos por causa da morte do jovem piloto holandês Dilano van 't Hoff, de apenas 18 anos, na Fórmula Regional Europeia (FRECA), após um acidente no Circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica.

Max Verstappen lamentou a fatalidade e pontuou sobre os perigos do GP da Bélgica. "É fácil culpar o circuito, mas também devemos analisar como a pista estava molhada e essas coisas. Mesmo se estiver tudo seco e alguém perder o controle do carro, aquela é uma curva cega, você bate no muro e volta para o meio da pista. Se um carro vem em sua direção a mais de 300 km/h, você está frito. São coisas que devemos analisar, o que podemos fazer para proteger os pilotos, porque hoje foi desnecessário", disse o holandês.

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Lance Stroll foi ainda mais enfático e pediu mudanças no traçado belga. A Fórmula 1 estará em Spa-Francorchamps no dia 30 de julho, no mesmo palco que também vitimou o jovem francês Anthoine Hubert, na Fórmula 2 de 2019, e de outros graves acidentes, incluindo, o de Pietro Fittipaldi, no Mundial de Endurance em 2018. O brasileiro quebrou as duas pernas.

"A história do dia não é a corrida. Perdemos um jovem piloto hoje em Spa. Meus pensamentos estão com ele e sua família, mas não é justo o que aconteceu. Aquela curva precisa ser revisada e mudada porque já perdemos dois jovens talentos ali em cinco anos. Vamos correr lá em algumas semanas. Foi horrível o que aconteceu hoje", disse Stroll.

"Perdemos um membro da família do automobilismo e precisamos seriamente pensar no que fazer porque nunca é divertido passar por ali. Toda vez a gente coloca nossas vidas em risco. Hoje vimos algo ruim acontecer e isso não está certo. Não foram suficientes (as modificações já feitas), já discutimos isso, mas depois passa. Precisam fazer algo, porque vão estar brincando com fogo de novo", comentou o canadense.

O acidente

O acidente aconteceu a dois minutos do fim da prova, logo após a saída de um safety car. A corrida foi disputada debaixo de chuva e com pouca visibilidade. Hoff colidiu com um carro, em meio à confusão com batidas de outros veículos, e ficou atravessado na entrada da reta Kemmel.

O carro de Hoff foi atingido quase numa "batida em T" na lateral por Adam Fitzgerald, da RPM. Os comissários acionaram a bandeira vermelha e iniciaram o socorro ao piloto, que não resistiu aos ferimentos. O acidente foi similar ao que tirou a vida do francês Anthoine Hubert.

"Estamos devastados com a perda de um dos nossos talentos holandeses mais brilhantes, que trouxe tanta energia para nossa equipe durante os anos em que correu conosco", disse a equipe MP Motorsport.

O fim de semana da Fórmula 1 terá um ingrediente a mais no GP da Áustria. A corrida sprint, que ainda vale ponto no campeonato, não define mais a classificação da prova no domingo (2). Nesta sexta-feira (30), o primeiro treino livre acontece às 8h20, com transmissão no canal BandSports.

A mesma emissora transmite, às 11h50, a classificação para o GP e a classificação para a corrida sprint, essa no sábado, às 6h50. Mais tarde, às 11h, a corrida sprint passa ao vivo pelo BandSports e pela Band, na TV aberta.

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Para assistir ao vivo a corrida GP da Áustria no domingo só pela Band ou no aplicativo da FIA, que também transmite todos os outros treinos, classificatórios e corrida sprint.

Max Verstappen não quer saber de euforia após duas vitórias seguidas na Fórmula 1 e a boa vantagem sobre Lewis Hamilton na briga pelo título mundial. Mesmo festejando o fim de semana perfeito na Áustria com o "carro nos trilhos", o piloto da Red Bull Racing já prevê dificuldades no GP de Silverstone, daqui duas semanas, e cobra a equipe para seguir competitiva, agora na casa do rival da Mercedes.

Verstappen abriu 32 pontos sobre Hamilton graças ao brilho que apresentou nas duas corridas seguidas em Spielberg, na Áustria, autódromo da Red Bull Racing. Em busca de seu primeiro título mundial, ele só fala em evolução do carro para evitar frustrações.

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"O carro estava nos trilhos. Definitivamente, esta semana ele estava melhor", admitiu o holandês. "Precisamos ter certeza que todos os fins de semana estaremos de volta lá em cima e precisamos ter certeza de que basicamente usamos todo o potencial do carro", enfatizou.

E explicou o que pretende em todas as provas. "Quero dizer: tínhamos um bom carro aqui na Áustria, que foi muito dominante, mas precisamos ter certeza de que em Silverstone estaremos lá (entre os melhores) novamente e é isso que vamos analisar agora, para ter certeza de que somos muito competitivos lá."

Além do carro, Verstappen também festejou a evolução apresentada por ele e pela equipe num domínio de total domínio na Áustria, com direito a largada na pole position, liderança de ponta a ponta, vitória e ponto extra. E, óbvio, agradeceu o apoio maciço da torcida austríaca

"Além do carro, acho que melhoramos em comparação com o fim de semana passado, fizemos algumas coisas para tentar fazer com que dure um pouco melhor na corrida e acho que isso foi demonstrado hoje. E o que foi muito agradável de ver, ainda, foram todos os fãs de volta, ver aquela multidão", disse, feliz da vida com o apoio de mais de 120 mil vozes nas arquibancadas.

Com uma atuação segura, bem a seu estilo, destoando dos adversários em uma corrida caótica e com vários abandonos, o finlandês Valtteri Bottas sustentou a primeira colocação do começo ao fim e venceu o GP da Áustria, faturando a primeira vitória da temporada de 2020 da Fórmula 1. Ele mostrou tranquilidade para resistir às investidas do companheiro de Mercedes Lewis Hamilton, que foi punido e ficou fora do pódio.

Bottas conquistou a oitava vitória na carreira, a segunda no circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria. O finlandês da Mercedes fez a pole no treino classificatório e teve tranquilidade e competência para manter o primeiro lugar até o fim, finalizando a corrida em 1h30min55s739. "Lewis estava veloz hoje, mas eu consegui manter a calma. Não há melhor jeito de começar a temporada", celebrou.

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Punido com três posições no grid de largada por desacelerar em bandeiras amarelas no treino classificatório depois do protesto da Red Bull junto à FIA, Lewis Hamilton largou em quinto. O hexacampeão mundial logo recuperou a posição e correu em segundo por quase toda a corrida. No entanto, o piloto da Mercedes recebeu punição dos comissários da prova de 5s por um toque no carro do tailandês Alexander Albon no final e acabou fora do pódio, em quarto lugar, seu pior resultado na abertura de uma temporada desde 2014, quando abandonou o GP da Austrália.

Assim, a segunda colocação ficou com o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, que teve uma excelente performance apesar das limitações de seu carro. O pódio foi completo pelo jovem inglês Lando Norris, da McLaren, que chegou entre os três melhores pela primeira vez na carreira e foi um dos destaques da corrida. "Estou sem palavras. Em alguns momentos, eu achei que tinha vacilado, mas eu consegui passar o Pérez e subir no pódio. Estou tão feliz e orgulhoso pelo time", disse Norris, dono da volta mais rápida da pista.

Como previsto, a cerimônia de entrega dos troféus foi bem diferente do usual. Os três pilotos se mantiveram distantes uns dos outros no pódio e usaram máscaras de proteção, obedecendo ao protocolo de prevenção à covid-19. Ao final do hino da Alemanha, em comemoração ao triunfo da Mercedes, não houve abraços e cada um comemorou com seu champagne.

Um dos favoritos a brigar pelo topo, Max Verstappen, que largou no segundo posto, beneficiado com a punição a Hamilton, teve um dia para esquecer. O seu carro da Red Bull sofreu uma pane e ele teve de abandonar a prova após 12 voltas, quando era vice-líder e mantinha a perseguição a Bottas. O holandês, que venceu na Áustria em 2018 e 2019, foi aos boxes e ainda tentou voltar à pista, mas o carro parou.

Verstappen não foi o único a não cruzar a linha de chegada. Foi uma prova à moda antiga, caótica, cheia de alternância de posições, disputas e marcada por uma série de abandonos. No final, apenas 11 pilotos completaram o percurso. Kevin Magnussen, Romain Grosjean, Kimi Raikkonen, Lance Stroll, Daniel Ricciardo, George Russell, Daniil Kvyat e Alexander Albon foram os outros a abandonar.

O espanhol Carlos Sainz, da McLaren, cruzou a linha de chegada em quinto, seguido pelo mexicano Sergio Pérez, da Racing Point. Os franceses Pierre Gasly, da AlphaTauri, e Esteban Ocon, da Renault, apareceram na sétima e oitava colocações, respectivamente, e o italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, foi o nono. O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, completou o grupo dos dez melhores colocados. O tetracampeão mundial amargou seu pior início na categoria desde a temporada de 2014, quando não terminou a prova em Melbourne.

Antes da largada, a maioria dos pilotos se ajoelhou em sinal de protesto contra o racismo. O movimento foi liderado por Hamilton, o único negro na categoria e que se posiciona com frequência e veemência em favor de justiça racial. Todos usaram camisetas pretas com mensagens antirracistas.

Em razão do calendário apertado e dada a limitada opção de circuitos em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Fórmula 1 optou por realizar rodadas duplas nesta temporada. Assim, a próxima corrida será novamente na Áustria, no próximo domingo.

A categoria usou a criatividade para criar nomes para diferenciar as duas provas realizadas no mesmo país. A próxima corrida é o GP da Estíria, estado austríaco onde se localiza o autódromo, na cidade de Spielberg.

Confira a classificação do GP da Áustria:

1° - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), em 1h30min55s739

2º - Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a 2s700

3º - Lando Norris (ING/McLaren), a 5s491

4º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 5s689

5º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a 8s903

6º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a 15s092

7º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a 16s682

8º - Esteban Ocon (FRA/Renault), a 17s456

9º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a 21s146

10º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 24s545

11º - Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 31s650

Abandonaram a prova:

Max Verstappen (HOL/Red Bull)

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo)

Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri)

Alexander Albon (TAI/Red Bull)

Daniel Ricciardo (AUS/Renault)

Lance Stroll (CAN/Racing Point)

George Russel (ING/Williams)

A atual temporada da Fórmula 1 tem seu início neste domingo com o GP da Áustria e, antes mesmo do início da corrida, pilotos e membros das equipes se ajoelharam, ecoando as manifestações antirracistas que invadiram vários países depois da morte do ex-segurança George Floyd por um policial branco nos Estados Unidos.

A Fórmula 1, por meio de seu perfil oficial no Twitter, divulgou o vídeo em que mostra o protesto. Vestindo camisas com a frase "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), os pilotos se ajoelharam em frente à linha de chegada.

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Eles também trouxeram a mensagem "End Racism" (Fim ao Racismo). O movimento foi liderado pelo hexacampeão mundial Lewis Hamilton. Único negro da categoria, o piloto inglês da Mercedes é uma das personalidades do esporte mais engajadas em temas sociais e recentemente criticou a Fórmula 1 pelo silêncio sobre o racismo nos últimos anos, afirmando que há pouco esforço para que a categoria seja mais igualitária. Nesta temporada, ele usará um macacão preto em vez do tradicional branco. Seu carro também carrega mensagens contra o racismo.

Mas nem todos aderiram à manifestação antirracista. Max Verstappen, Charles Leclerc, Carlos Sainz Jr., Daniil Kvyat, Kimi Räikkönen e Antonio Giovinazzi não repetiram o resto da maioria e preferiram ficar de pé.

Às vésperas da largada, o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, já tinha revelado em seu perfil oficial no Twitter que não iria se ajoelhar, o que, segundo ele, não significa que não está comprometido com a luta por justiça racial.

"Acredito que o que importa são os fatos e o comportamento na nossa vida diária em vez de um gesto formal que pode ser visto como controverso em alguns países. Não vou me ajoelhar, mas isso não significa de maneira nenhuma que estou menos comprometido do que os outros na luta contra o racismo", escreveu.

Pouco depois, o holandês Max Verstappen, da Red Bull, também explicou em suas redes sociais o motivo que o levaria a permanecer de pé.

"Estou muito comprometido com a igualdade e a luta contra o racismo. Mas eu acredito que todos têm o direito de se expressar na hora e da maneira que considerem apropriada. Não vou me ajoelhar hoje, mas respeito e apoio a escolha individual de cada piloto", disse.

No sábado, a Associação de Pilotos (GPDA, na siga em inglês) disse que seus membros fizeram várias reuniões virtuais para discutirem qual seria a melhor forma de expressar coletivamente o apoio à causa.

"Todos os 20 pilotos estão unidos, junto com seus times, contra o racismo e o preconceito, acatando os princípios de diversidade, igualdade e inclusão e apoiando o compromisso da Fórmula 1 com eles", afirmou a entidade.

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Valtteri Bottas desbancou o companheiro de Mercedes Lewis Hamilton e faturou a primeira pole position da temporada da Fórmula 1. O finlandês cresceu no momento mais importante da sessão classificatória e cravou 1min02s939 para quebrar o recorde da pista e largar em primeiro no GP da Áustria, que abrirá a temporada neste domingo.

Hamilton fez um tempo 0s012 mais lento que o companheiro de equipe e fechou a atividade na segunda colocação. Bottas chegou a rodar e sair da pista na última volta do treino, mas não foi superado. Com isso, a Mercedes fez dobradinha em todos os treinos para a corrida no circuito de Spielberg.

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Bottas conquistou a 12ª pole de sua carreira, sendo a terceira na Áustria - as outras duas foram em 2018 e 2019. "Senti falta desse sentimento depois da classificação, essa tremedeira, depois de levar o carro ao limite", disse o finlandês. "Um bom resultado hoje, mas é amanhã que importa".

O melhor, fora os pilotos da escuderia alemã, foi o holandês Max Verstappen, que largará em terceiro. Mesmo assim, o piloto da Red Bull ficou longe da dupla da Mercedes, uma vez que marcou 1min03s477, distante 0s538 de Bottas. Ele venceu as últimas duas corridas na Áustria.

A grande surpresa entre os primeiros colocados foi o inglês Lando Norris. O piloto da McLaren, que já tinha tido bom desempenho nas sessões anteriores, anotou o tempo de 1min03s626 e conquistou a sua melhor posição de largada na Fórmula 1 ao ficar na quarta colocação do grid. Depois dele vêm o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, em quinto, e o mexicano Sergio Pérez, da Racing Point, no sexto posto.

A sessão classificatória ficou marcada pela performance ruim da Ferrari. O monegasco Charlec Leclerc largará do sétimo lugar, à frente de Sebastian Vettel, a grande decepção. O alemão nem sequer foi capaz de se classificar para o Q3 e ficou apenas em 11º lugar. Foi sua pior posição de largada desde o GP da Alemanha de 2019, quando largou em último após ter problemas no carro.

Completam a relação dos dez primeiros colocados o espanhol Carlos Sainz, da McLaren, que fechou a atividade em oitavo, o canadense Lance Stroll, da Racing, Point, na nona colocação, e o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, em décimo.

A largada do GP da Áustria, a primeira corrida da temporada de 2020 da Fórmula 1, cujo início foi adiado em razão da pandemia do novo coronavírus, com várias modificações no calendário, será às 10h10 deste domingo.

Confira o grid de largada do GP da Áustria:

1º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min02s939

2º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min02s951

3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min03s477

4º - Lando Norris (GBR/McLaren) - 1min03s626

5º - Alexander Albon (TAI/Red Bull) - 1min03s868

6º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point) - 1min03s868

7º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min03s923

8º - Carlos Sainz (ESP/McLaren) - 1min03s971

9º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min04s029

10º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min04s239

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11º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min04s206

12º - Pierre Gasly (FRA/Alphatauri) - 1min04s305

13º - Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri) - 1min04s431

14º - Esteban Ocon (FRA/Renault) - 1min04s643

15º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min04s691

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16º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min05s164

17º - George Russell (GBR/Williams) - 1min05s167

18º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min05s175

19º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min05s224

20º - Nicholas Latifi (CAN/Williams) - 1min05s757

O primeiro dia do 'novo normal' do circo da Fórmula 1 teve o resultado mais comum da categoria nos últimos anos: as Mercedes na frente. Com todos os cuidados possíveis fora da pista do circuito de Spielberg por conta da pandemia do novo coronavírus, dentro dela o inglês Lewis Hamilton dominou com o melhor tempo desta sexta-feira após as duas primeiras sessões de treinos livres para o GP da Áustria. Fez 1min04s304 na melhor de suas 42 voltas e deixou para trás o finlandês Valtteri Bottas, que cravou 1min04s501.

Mas pouca gente no autódromo que pertence à Red Bull viu o desempenho das Mercedes e das outras nove equipes da Fórmula 1. Em razão da pandemia da covid-19, as oito etapas da temporada previstas até o momento não terão a presença de público nas arquibancadas ou camarotes. Pilotos e mecânicos têm que enfrentar agora obstáculos em suas funções, mais limitadas e cheias de cuidados sanitários. Como acontece em outras modalidades esportivas, o uso de máscaras e de álcool em gel é uma obrigação constante.

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Pelos novos protocolos da Fórmula 1, não houve visitantes nem patrocinadores circulando pelo paddock. Cada equipe teve que fazer cortes para reduzir o número de pessoas nos boxes e nas áreas de hospitalidade, com limite de 80 por time. A presença de jornalistas também foi minimizada. Os poucos presentes não tiveram acesso ao paddock ou ao pit Lane.

Nem mesmo os famosos motorhomes que as equipes costumam levar em corridas na Europa puderam ser usados por conta da preocupação para evitar aglomeração. Assim, equipes e pessoal estão tendo que usar a estrutura do próprio autódromo para facilitar o cuidado com a prevenção ao novo coronavírus.

Na pista, a surpresa do dia ficou por conta do mexicano Sergio Perez. Com sua Racing Point, já tinha ficado em quinto na primeira sessão de treinos livres e conseguiu na segunda terminar atrás apenas das duas Mercedes e na frente das Ferraris. Com 1min04s945, desbancou o alemão Sebastian Vettel, de saída da escuderia italiana ao final desta temporada, para o quarto lugar com 1min04s961.

O australiano Daniel Ricciardo, da Renault, foi outro que teve um bom desempenho nesta sexta-feira. Terminou o dia com o quinto melhor tempo, ainda na casa de 1min04s (1min04s972). Foi seguido pelo britânico Lando Norris, da McLaren, que teve a mesma colocação da primeira sessão. O canadense Lance Stroll, com a outra Racing Point, ficou em sétimo, logo à frente do holandês Max Verstappen, da Red Bull, vencedor das duas últimas edições do GP da Áustria.

O monegasco Charles Leclerc, que não teve um bom desempenho com sua Ferrari nesta sexta-feira, e o espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren, que será o companheiro de equipe de Leclerc em 2021, completaram a relação dos 10 pilotos mais rápidos.

Os pilotos voltarão a acelerar em Spielberg neste sábado com o terceiro treino livre às 7 horas (de Brasília). A sessão de classificação começará às 10 horas. A largada para o GP da Áustria será às 10h10 do domingo.

Superado um tumultuado primeiro semestre fora das pistas, a Fórmula 1 terá poucas novidades em seus carros e equipes em comparação ao ano passado. O planejamento inicial da cúpula da categoria era focar nas profundas mudanças que pretendia fazer no campeonato em 2021. Mas estas alterações acabaram sendo adiadas devido à pandemia do novo coronavírus.

As raras novidades nos carros neste ano, portanto, eram uma forma de aliviar o planejamento e os custos das equipes, que vão correr nesta temporada agora sem saber como será a próxima. Em função das seguidas mudanças no calendário, é possível que a competição deste ano se estenda até janeiro, o que atingiria em cheio a temporada 2021.

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Visivelmente, no campeonato a ser aberto nesta sexta-feira, será possível perceber o retorno das barbatanas na parte final de cada carro, antes do aerofólio. Será neste trecho onde ficará o número para a identificação do piloto diante do público. Haverá mudanças sutis também na asa dianteira para evitar pneus furados na disputa entre os monopostos.

A F-1 também estabeleceu que os pilotos terão maior controle sobre o carro. Na largada, por exemplo, eles ficarão responsáveis por 90% do torque do motor, reduzindo o apoio recebido dos técnicos nos boxes. Outra novidade será uma postura mais leve nas punições, que deverão ser amenizadas nesta temporada.

Além disso, para reduzir custos, a categoria já contou com uma pré-temporada reduzida. Passou de oito para apenas seis dias de atividades na pista. Os testes coletivos ao longo do ano foram cortados.

Após seguidos impasses, indefinições e prejuízos, a Fórmula 1 abrirá a temporada 2020 nesta sexta-feira (3), com os primeiros treinos livres do GP da Áustria, às 6h e às 10h, pelo horário de Brasília. Nas duas sessões de atividades na pista no Circuito de Spielberg, a categoria vai colocar a prova o seu "novo normal", com adaptações e diversas restrições, para encarar uma "maratona" de oito corridas nos próximos dez finais de semana.

Em razão da pandemia do novo coronavírus, equipes e pilotos já sabem que enfrentarão obstáculos em suas funções, mais limitadas e cheias de cuidados sanitários. Como acontece em outras modalidades esportivas, o uso de máscaras e de álcool em gel serão obrigação constante. Além disso, o famoso circo da F-1 será reduzido.

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Pelos novos protocolos da competição, não haverá visitantes nem patrocinadores circulando pelo paddock. Cada equipe terá que fazer cortes para reduzir o número de pessoas nos boxes e nas áreas de hospitalidade, com limite de 80 por time. A presença de jornalistas também será minimizada. Os poucos presentes não terão acesso ao paddock ou ao pit lane.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) exigiu que todos os funcionários das equipes assinassem o seu Código de Conduta. Pelas regras, eles não poderão ter contato com pessoal de outros times. Para os que têm acesso a paddock e pit lane, todos terão que ter exame negativo para covid-19. E serão submetidos a novos testes a cada cinco dias.

A preocupação para evitar aglomeração também prevê que as equipes não levem aos circuitos seus famosos motorhomes. Assim, equipes e pessoal devem usar a estrutura dos próprios autódromos para facilitar o cuidado com a transmissão.

O número reduzido de funcionários em cada equipe pode trazer consequências diretas para a pista. Com menos gente nos boxes, por conta do distanciamento social, os mecânicos vão enfrentar maior exigência e consequente cansaço. Erros poderão se tornar mais frequentes, afetando o resultado das corridas. Ações comuns nos boxes, como trocas de motor ou da caixa de câmbio, devem levar o dobro do tempo em comparação ao esquema tradicional.

"Vamos tentar fazer exercícios de respiração e pausas para manter a nossa equipe na melhor forma possível", diz o diretor esportivo da Ferrari, Laurent Mekies. "Nosso maior desafio será usar máscara o tempo todo. Uma coisa é trabalhar de máscara na fábrica, outra é atuar nos boxes ou na pista, com temperatura de 40 graus ou mais."

Para os pilotos, haverá uma dificuldade adicional: correr sem torcida. "Pilotar diante de arquibancadas vazias não será muito inspirador. Será um tanto solitário. Vamos sentir falta dos fãs", admite Lewis Hamilton. "Acho que será a temporada mais difícil para todos nós por causa destes tempos difíceis que estamos enfrentando e as mudanças que vamos ter que fazer."

Outras destas mudanças terão forte impacto nas tradições da categoria. A F-1 já avisou que não terá mais o desfile dos pilotos antes das provas, justamente para evitar aglomeração entre eles. O grid também deve ser afetado, com menos gente em torno de cada carro. Por fim, não haverá cerimônia no pódio. Mas haverá a entrega de troféus, com protocolo ainda não divulgado pela organização.

RISCOS - Apesar do risco constante de contaminação, as estratégias criadas pela F-1 para reduzir as chances de contágio podem ser bem-sucedidas, na avaliação do infectologista Jamal Suleiman. "Não existe nenhuma estratégia que impeça o contágio enquanto não tiver vacina. Mas os protocolos podem ajudar a minimizar o risco, caso das arquibancadas vazias e da redução de funcionários por equipe", disse o especialista, ao Estadão.

Para o profissional do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a F-1 tem a vantagem de ser disputada ao ar livre e sem contato físico entre os atletas. "Isso porque não é um esporte de interação, ao contrário do futebol, que abriu fazendo testagem no meio da pandemia, o que é um escárnio."

Na sua avaliação, a testagem a cada cinco dias é uma saída eficiente. Mas explicou que o contágio mais frequente é por gotículas de saliva, que podem manter o vírus ativo por até 72 horas sobre superfícies, como aço e carbono, tão comuns no mundo da F-1. "Este tempo pode diminuir em ambiente mais aberto, como são os boxes."

Para Suleiman, o maior desafio da F-1 será manter o distanciamento social, principalmente em situações como a preparação do grid de largada. "As relações humanas não estão baseadas no distanciamento. E o distanciamento precisa ser treinado. Vai ser interessante ver como todos vão se comportar."

O piloto alemão Sebastian Vettel revelou, nesta quinta-feira (2), na Áustria, onde será realizada no domingo a primeira corrida de Fórmula 1 da temporada, que está preparado para se aposentar, se ele não receber uma oferta convincente para 2021. O quatro vezes campeão deixará a Ferrari no final do ano, após não ter seu contrato renovado.

"Quero ter certeza de tomar a decisão certa para mim e para o meu futuro. Eu tenho uma natureza muito competitiva. Eu consegui muito no esporte e estou motivado e disposto a alcançar mais", afirmou o piloto, que completa 33 anos nesta sexta-feira. "Para fazer isso eu preciso do pacote certo e das pessoas certas ao meu redor, então é isso que eu estou procurando para o momento. Se surgir a oportunidade certa, então eu acho que fica bem claro. Se não for esse o caso, provavelmente tenho que procurar algo mais."

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Ao contrário do bicampeão Fernando Alonso, que está aberto a um retorno à F-1 na próxima temporada depois de sair em 2018, Vettel disse que sua possível saída não será temporária. "Tenho a convicção de que, se você estiver preparado para fechar a porta, então deve estar preparado para fechar a porta e não esperar que ela se abra novamente. Você precisa estar ciente da decisão que está tomando. Por isso, eu não estou tomando atitudes rápidas. As próximas semanas e meses provavelmente trarão

um pouco mais de clareza."

Uma opção possível para Vettel é a equipe Renault, que está perdendo o australiano Daniel Ricciardo para a McLaren no próximo ano. A outra alternativa, aparentemente improvável, é que o alemão substitua o finlandês Valtteri Bottas ou o seis vezes campeão Lewis Hamilton na Mercedes. Ambos ficarão sem contrato no final do ano.

Vettel foi superado pelo companheiro de equipe Charles Leclerc na última temporada, a primeira do monegasco na Ferrari e apenas a segunda na F-1. Enquanto o colega, de 22 anos, recebeu um novo contrato de cinco temporadas, o alemão não chegou a um acordo com Mattia Binotto, chefe da Ferrari.

"Obviamente, foi uma surpresa para mim quando recebi a ligação de Mattia, dizendo que não havia mais interesse da equipe de continuarmos juntos, disse Vettel, que não teve uma boa relação com Leclerc. No último GP do Brasil, em novembro, Leclerc ultrapassou Vettel de forma limpa e o alemão tentou ultrapassá-lo com uma atitude arriscada, tirando os carros da prova. O incidente irritou os diretores da equipe italiana.

Vettel disse que obedecerá às ordens da equipe nesta temporada se for solicitado a deixar Leclerc passar, mas só se o companheiro estiver melhor na prova. "Se a situação surgir e fizer sentido, espero que sirva para os dois pilotos. Eu não acho que isso tenha algo a ver com o fato do fim do meu contrato. Por isso, não vou facilitar as coisas para Charles."

O Grande Prêmio da Áustria, previsto para 5 de julho, deve abrir a temporada 2020 da Fórmula 1, mas sem público. O anúncio foi feito, nesta quarta-feira, pelo ministro do esporte austríaco, Werner Kogler.

"Não vamos ser um empecilho. Essa é uma situação totalmente diferente de um jogo em uma arena. Muitas pessoas seriam afetadas. As regras de distanciamento estariam em vigor do mesmo jeito, logicamente. Mas isso parece ser possível, afirmou Kogler.

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Marcado para 28 de junho, o GP da França deve ser cancelado ou adiado, pois o presidente Emmanuel Mácron estendeu as regras de isolamento social no país até o fim de junho.

A Áustria é um dos países da Europa com maior rigidez nas medidas restritivas. Todas as pessoas que desembarcam no país precisam ficar em isolamento ou fornecer garantias de não estarem infectadas pelo coronavírus.

A Fórmula 1 já cancelou as corridas na Austrália e em Mônaco, além de adiar as etapas do Barein, Vietnã, China, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá. A ideia dos organizadores da principal categoria do automobilismo é realizar pelo menos 15 dos 18 Grandes Prêmios previstos.

Na melhor corrida da atual temporada da Fórmula 1, o holandês Max Verstappen conquistou uma vitória notável neste domingo no GP da Áustria ao unir coragem, técnica e arrojo em suas ultrapassagens. A mais impressionante delas aconteceu sobre o então líder Charles Leclerc, da Ferrari, a duas voltas do fim, e garantiu o triunfo no circuito Red Bull Ring, em Spielberg.

"Estamos voando na reta. Ganhar aqui é incrível", celebrou Verstappen, apoiado por vários holandeses, que comemoraram suas ultrapassagens como um gol. "Depois do início, eu pensei que a corrida tinha acabado, mas nós continuamos dando o máximo", continuou o piloto, em referência à reação vitoriosa depois de um início não tão bom - ele chegou a ficar em sétimo em razão do mau desempenho na largada.

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A vitória do holandês foi a sexta de sua carreira na categoria e quebrou uma série de oito triunfos seguidos da Mercedes neste ano. A escuderia alemã havia vencido todas as provas da temporada, seis com Lewis Hamilton e duas com Valtteri Bottas. Houve diversas homenagens ao lendário piloto austríaco Niki Lauda, já que foi o primeiro GP da Áustria desde a morte do tricampeão mundial e ídolo do país no final de maio.

Pole da prova, Leclerc fez uma boa corrida, mas não conseguiu sustentar a liderança diante da postura ousada de Verstappen. O piloto monegasco da Ferrari terminou em segundo e disse ao final da corrida que foi prejudicado na manobra do holandês, que tocou no carro do rival.

A FIA abriu investigação sobre a ultrapassagem. Não é a primeira polêmica deste ano, já que os comissários puniram Vettel no Canadá devido a uma manobra considerada perigosa.

O pódio, o mais jovem da história da Fórmula 1, com média de 24,6 anos, foi completo pelo finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, que fez uma corrida conservadora. O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, que largou em nono, enfrentou problemas na troca de pneus e terminou na quarta posição.

Líder do Mundial de Pilotos, Lewis Hamilton viveu raros momentos de coadjuvante. O piloto inglês da Mercedes teve uma corrida apagada e ficou em quinto, fora do pódio pela primeira vez desde o GP do México de 2018. Ele, que chegou a liderar antes de seu pit stop, foi prejudicado por problemas na asa dianteira, a qual teve de trocar, e acabou perdendo tempo e sendo ultrapassado por Vettel no final.

O inglês Lando Norris e o espanhol Carlos Sainz Jr, parceiros da McLaren, fecharam a prova na sexta e oitava posições. Entre eles ficou o francês Pierre Gasly, companheiro de Red Bull de Verstappen. O finlandês Kimi Raikkonen e o italiano Antonio Giovinazzi, ambos da Alfa Romeo, fecharam o top 10.

O resultado não mudou a ordem da classificação geral do campeonato. Hamilton segue com larga vantagem na liderança, com 197 pontos, 31 a mais que o vice-líder Bottas. A alteração foi a subida de Verstappen para terceiro, agora com 126 pontos, seguido de Vettel (123) e Leclerc (105).

A Fórmula 1 faz uma pausa e retorna daqui a duas semanas para o GP da Inglaterra, a décima de 21 etapas da temporada de 2019.

Confira a classificação do GP da Áustria:

1) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 1h22min01s822

2) Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a 2s724

3) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 18s960

4) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 19s610

5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 22s805

6) Lando Norris (ING/McLaren), a uma volta

7) Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a uma volta

8) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a uma volta

9) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

10) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

11) Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a uma volta

12) Daniel Ricciardo (AUS/Renault) a uma volta

13) Nico Hülkenberg (ALE/Renault) a uma volta

14) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a uma volta

15) Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), a uma volta

16) Romain Grosjean (FRA/Haas), a uma volta

17) Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a uma volta

18) George Russell (ING/Williams), a duas voltas

19) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a duas voltas

20) Robert Kubica (POL/Williams), a três voltas.

Sem um piloto no topo do pódio desde o GP dos Estados Unidos do ano passado, quando Kimi Raikkonen triunfou em Austin no dia 21 de outubro, a Ferrari disputa a etapa da Áustria do Mundial de Fórmula 1, neste domingo, a partir das 10h10 (de Brasília), em Spielberg, com a esperança de encerrar o incômodo jejum. E mais uma vez o alemão Sebastian Vettel e o monegasco Charles Leclerc lutam contra as limitações dos seus carros para interromper a supremacia da Mercedes na temporada.

Lewis Hamilton ganhou seis das oito provas do ano, enquanto Valtteri Bottas, seu companheiro de equipe, triunfou em duas corridas. E a dupla formada pelo inglês e o finlandês emplacou uma sequência de cinco dobradinhas que nunca havia sido obtida por um time no início de um campeonato.

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E um dos principais motivos para este domínio é a ineficiência do modelo SF90, monoposto projetado pela Ferrari para 2019, cujo desequilíbrio foi exaltado por especialistas ouvidos pela reportagem do Estado, que apontaram as razões para a escuderia de Maranello estar longe dos líderes do grid.

"O principal motivo para a Ferrari não alcançar a Mercedes é o conceito errado do carro para os pneus deste ano da Fórmula 1. Não é uma questão de motor ou outra coisa, mas de adaptação a essa mudança dos pneus da Pirelli, que passaram a ter uma espessura mais fina e exigem uma maior pressão aerodinâmica para trabalhar na temperatura ideal, mais alta", ressaltou Luciano Burti, ex-piloto de testes do time italiano na F-1 e hoje comentarista de automobilismo da TV Globo.

"O carro da Ferrari tem muita velocidade de reta, mas tem pouca pressão aerodinâmica nas curvas. E a Mercedes, com um carro mais equilibrado, passou a dominar as corridas com estes pneus", reforçou Burti, que também foi titular das equipes Jaguar e Prost ao longo de duas temporadas da F-1.

A mesma opinião de Burti é compartilhada pelo italiano Claudio Carsughi, de 86 anos, que há várias décadas opina como um dos maiores experts em F-1 da imprensa brasileira. "Primeiro, eu queria dizer que a Fórmula 1 virou a ‘Fórmula Mercedes’, nunca na história da F-1 tivemos um predomínio como este. Do ponto de vista técnico, o principal diferencial entre a Mercedes e a Ferrari é o aproveitamento dos pneus. Se você for ver, em entrada de curva e saída de curva, o carro da Mercedes anda perfeitamente como se tivesse em um trilho de trem. Já o da Ferrari, se der tudo que pode até o fim da curva, o carro sai de traseira", disse o jornalista, hoje blogueiro do portal UOL e correspondente do diário italiano La Stampa.

E ao comentar o fato de que Ferrari e Red Bull vêm reclamando muito dos atuais pneus da F-1 e dizendo que os compostos favorecem à Mercedes, Carsughi destacou: "Essas acusações à Pirelli, eu não digo que são desculpas das equipes, mas servem para justificar uma inferioridade do carro que é clara".

Max Wilson, campeão da Stock Car em 2010 e integrante da equipe RCM na categoria, também não vê como justa as críticas aos pneus. "O que eu vejo é que muitas vezes as pessoas tentam arrumar uma explicação para a falta de desempenho. E quando as coisas não funcionam, as equipes culpam os pneus. Os pneus são a única coisa que é igual para todos e dos quais ninguém deveria reclamar", disse Wilson, que também foi piloto de testes da Michelin e da Williams na F-1.

CORRIDAS PREVISÍVEIS - Para o piloto, a influência dos pneus no desempenho é uma "gota no oceano" em meio ao grande número de fatores que envolvem o desenvolvimento de um carro de Fórmula 1. E ele vê como injusta a reclamação de equipes como a Ferrari e a Red Bull, que apontaram que os novos compostos da Pirelli prejudicam a qualidade do espetáculo por exigirem menos trocas de pneus e, com isso, limitam as estratégias dos times do grid.

"Vejo motivos muito mais relevantes do que este. Antes disso a Fórmula 1 já estava devendo muito em termos de espetáculo. Nós já tivemos corridas em anos anteriores em que não tivemos nenhuma ultrapassagem", lembrou o piloto, que em sua carreira também acumulou experiência em várias categorias de Fórmula, entre as quais a Indy.

Carsughi concorda que as corridas ficaram mais previsíveis principalmente porque hoje o sucesso do piloto depende bem menos de sua competência do que dependia antigamente, tendo em vista os grandes avanços tecnológicos dos carros. "Qualquer 'burro' pode guiar um Fórmula 1 hoje. Com tanta eletrônica, qualquer um pode guiar", disse, com certo tom de bom humor, exibido também quando comentou o grande número de regras impostas aos competidores pelo regulamento atual da F-1.

"Hoje, para tentar ultrapassar alguém, você quase tem de 'dar a seta' para avisar que vai passar. Por qualquer coisinha punem um piloto com cinco segundos a mais no tempo de prova", opinou o especialista, para depois deixar claro que discordou de uma punição aplicada a Vettel que lhe custou a vitória no GP do Canadá e garantiu o triunfo a Hamilton por causa da penalização a uma manobra do alemão.

"O (Michael) Andretti e o (Nigel) Mansell (ex-pilotos), por exemplo, disseram que aquela punição ao Vettel foi ridícula. O automobilismo é um esporte de risco, e isso está escrito até na credencial que você usa quando vai cobrir uma corrida", destacou Carsughi, que fez até uma comparação com outro esporte para criticar o excesso de regras que limitam as ações dos pilotos na pista. "Se for para fazer assim como estão fazendo na Fórmula 1 também em outros esportes, você pode proibir o boxe porque o cara pode levar um soco na cabeça e morrer", finalizou.

Líder do Mundial de Pilotos da Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton foi punido com a perda de três posições depois da sessão classificatória, neste sábado, e vai largar na quinta posição do grid para o GP da Áustria. O piloto da Mercedes perdeu três postos em razão de um incidente com o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo.

Os comissários da prova entenderam que Hamilton, que havia terminado o treino classificatório com o segundo melhor tempo, atrás apenas do monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, atrapalhou Raikkonen ainda no Q1 da atividade no circuito Red Bull Ring, em Spielberg. Com isso, o pentacampeão mundial desceu do segundo para o quinto posto, atrás do holandês Max Verstappen, do finlandês Valterri Bottas e do britânico Lando Norris, este que conquistou a sua melhor posição em um grid de largada na carreira.

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No início do treino, Hamilton apareceu lentamente na pista em sua volta de instalação quando Raikkonen se aproximou na freada para a curva 2. Segundo a declaração oficial dos comissários, o piloto da Mercedes, apesar de ter saído da pista para facilitar a passagem do finlandês, estava muito lento e acabou atrapalhando o piloto da Alfa Romeo.

Em suas redes sociais, Hamilton admitiu o erro. "Mereci totalmente a penalidade hoje (sábado) e não tenho problema em aceitá-la", escreveu. "Foi um erro e eu assumo total responsabilidade por isso. Não foi intencional. De qualquer forma, amanhã (domingo) é outro dia e uma oportunidade para crescer", completou.

O inglês, que venceu seis das oito provas da atual temporada, destacou o fato de haver três pilotos diferente nas três primeiras posições, parabenizou Leclerc pela pole e indicou que vai brigar pela vitória na Áustria, apesar da punição. "Grato pelo esforço da equipe hoje (sábado), embora para nós não tenha sido um dia perfeito, mas nós ganhamos e perdemos juntos. Amanhã (domingo) é um novo dia e uma chance para nós nos levantarmos juntos", projetou.

Houve ainda outras três penalidades informadas logo após o treino: o dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas, perdeu cinco posições e caiu do quinto para o 10.º lugar por conta da troca de câmbio; o alemão Nico Hulkenberg, da Renault, desceu de 12.º para 17.º por troca de componentes do motor; e o tailandês Alexander Albon largará na 20.ª e última posição do grid devido à alteração de toda a unidade de potência do seu carro.

Confira o grid de largada do GP da Áustria:

1.º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min03s003

2.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min03s439

3.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min03s537

4.º - Lando Norris (GBR/McLaren) - 1min04s099

5.º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min03s262*

6.º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min04s166

7.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min04s179

8.º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull) - 1min04s199

9.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - Sem tempo no Q3

10.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min04s072***

11.º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min04s490

12.º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min04s790

13.º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point) - 1min04s789

14.º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min04s832

15.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - 1min05s324

16.º - Nico Hulkenberg (ALE/REN) - 1min04s516****

17.º - Robert Kubica (POL/Williams) - 1min06s206

18.º - George Russell (GBR/Williams) - 1min05s904**

19.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren) - 1min13s601*****

20.º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso) - 1min04s665******

*Punido com a perda de três posições

**Punido com a perda de três posições

***Punido com a perda de cinco posições

****Punido com a perda de cinco posições

*****Punido com a perda de 20 posições

******Punido com a perda de 25 posições

Depois de liderar duas das três sessões livres, o monegasco Charles Leclerc confirmou a boa performance na Áustria e conquistou neste sábado a pole para a corrida no circuito de Bull Ring, em Spielberg. Em um final de semana pouco comum nesta temporada da Fórmula 1, o piloto da Ferrari anotou o tempo de 1m03s003 e bateu o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes.

"Foi um prazer guiar o carro no limite. Estou muito feliz por conquistar a pole para a Ferrari. Amanhã a corrida vai ser difícil fisicamente e também para o carro", disse Leclerc, após conquistar a segunda pole de sua carreira na categoria na qual busca seu primeiro triunfo. A outra pole foi no Barein.

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Leclerc é a grande esperança da Ferrari em busca da primeira vitória no ano. A Mercedes é soberana em 2019 e está muito à frente da escuderia italiana, de modo que a equipe alemã venceu todas as oito provas disputadas até aqui - Hamilton conquistou seis triunfos e Bottas, dois.

Líder do Mundial de Pilotos com grande vantagem - tem 187 pontos, contra 151 do vice-líder Bottas - Hamilton ficou 0s259 atrás de Leclerc. O próprio pentacampeão mundial admitiu que não conseguiu acompanhar o rival da Ferrari em praticamente todo o final de semana, mas prometeu uma briga intensa na corrida.

A segunda fila do grid será aberta pelo holandês Max Verstappen, da Red Bull. Ele vai largar ao lado do finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes. O vice-líder do campeonato foi pole nas últimas duas corridas na Áustria.

Kevin Magnussen, da Haas, largaria em quinto, mas foi punido devido à troca de câmbio e caiu para o décimo lugar. Com a punição ao dinamarquês, o inglês Lando Norris, da McLaren, ficou com a quinta posição, seguido do finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo, que também colocou o italiano Antonio Giovinazzi no sétimo posto, à frente do francês Pierre Gasly, da Red Bull.

O nono lugar e o drama da sessão classificatória ficaram com Sebastian Vettel. O piloto alemão da Ferrari foi prejudicado por problemas com a pressão da água do motor e, por isso, nem foi à pista no Q3. Ele largaria em décimo, mas subiu um posto por conta da punição a Magnussen.

Houve ainda outras duas penalidades no treino: o alemão Nico Hulkenberg, da Renault, caiu de 12º para 17º por troca de componentes do motor, e o tailandês Alexander Albon largará na última posição do grid devido à alteração de toda a unidade de potência do carro.

A corrida do GP da Áustria da Fórmula 1, a nona de 21 etapas desta temporada de 2019, está marcada para 10h10 (de Brasília).

Confira o grid de largada do GP da Áustria:

1º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min03s003

2º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min03s262

3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min03s439

4º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min03s537

5º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min04s072*

6º - Lando Norris (GBR/McLaren) - 1min04s099

7º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min04s166

8º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min04s179

9º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull) - 1min04s199

10º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - Sem tempo no Q3

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11º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min04s490

12º - Nico Hulkenberg (ALE/REN) - 1min04s516**

13º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso) - 1min04s665***

14º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min04s790

15º - Carlos Sainz (ESP/McLaren) - 1min13s601

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16º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point) - 1min04s789

17º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min04s832

18º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - 1min05s324

19º - George Russell (GBR/Williams) - 1min05s904

20º - Robert Kubica (POL/Williams) - 1min06s206.

*Punido com cinco posições em razão da troca de câmbio;

**Punido com cinco posições por troca de componentes do motor;

***Punido com a última posição pela alteração da unidade de potência do carro.

O finlandês Valtteri Bottas se beneficiou de uma bandeira amarela nos segundos finais do treino de classificação do GP da Áustria de Fórmula 1 e assegurou a pole position. Em disputa realizada no circuito de Spielberg, neste sábado, o piloto da Mercedes anotou o tempo de 1min04s251 e deixou o alemão Sebastian Vettel na segunda posição, com 1min04s293.

Ainda assim, o líder da temporada tem muito a comemorar. O piloto da Ferrari, afinal, viu seu principal concorrente na disputa pelo título, o britânico Lewis Hamilton, que está 14 pontos atrás, anotar 1min04s779 e ficar com o terceiro tempo. Como o piloto da Mercedes foi punido com a perda de cinco posições no grid, por trocar a caixa de câmbio antes de que ela completasse seis corridas, ele largará apenas em oitavo.

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O finlandês Kimi Raikkonen, assim, que havia feita o quarto tempo, herdou a terceira posição e colocou ainda mais pressão sobre Hamilton. Daniel Ricciardo e Max Verstappen, da Red Bull, vieram na sequência, enquanto Romain Grosjean largará em sexto e Sergio Perez em sétimo. Esteban Ocon e Carlos Sainz Jr fecharam as dez primeiras colocações.

Já o brasileiro Felipe Massa, depois de sofrer nos treinos livres com a falta de equilíbrio de sua Williams, confirmou o prognóstico ruim para o final de semana: foi eliminado ainda no Q1, com o tempo de 1min06s534, e largará apenas em 17º. Ainda assim, está uma posição à frente de seu companheiro, o canadense Lance Stroll.

Confirmando o domínio imposto nos treinos livres, Hamilton pareceu não se abalar com a punição - anunciada na sexta-feira - e liderou com tranquilidade o Q1. Raikkonen, Vettel, Sainz e Bottas vieram na sequência, sem fazer frente ao britânico.

Massa, por sua vez, depois de permanecer entre os 15 primeiros durante boa parte do Q1, foi perdendo posições nos minutos finais e caiu para 17º. Ele ainda tentou uma última volta, mas fracassou e acabou não avançando ao Q2.

"Estamos com um problema sério para fazer os pneus funcionarem", lamentou o brasileiro à SporTV. "Saí no último momento do box e consegui fazer a volta, mas saí forte de traseira em uma curva e não consegui avançar."

No Q2, por sua vez, o panorama do final de semana começou a mudar: Hamilton perdeu o domínio e acabou apenas em terceiro - Vettel fechou na frente, com Bottas em segundo. Hulkenberg, Alonso, Vandoorne, Kvyat e Magnussen, por sua vez, foram eliminados.

Se todas as atenções do Q3 estavam voltadas para Vettel e Hamilton, especialmente depois da última corrida, quando o alemão propositalmente acertou o carro do adversário, Bottas levou a melhor e garantiu a segunda pole de sua carreira.

O finlandês tinha a melhor marca quando, nos segundos finais, no momento em que os pilotos se lançavam para as últimas voltas rápidas, o carro de Grosjean parou na pista. Assim, a bandeira amarela foi acionada e as posições permaneceram as mesmas, prejudicando Vettel e Hamilton.

Os pilotos voltam neste domingo ao Red Bull Ring, quando será realizada a largada para o GP da Áustria, a nona etapa da temporada da Fórmula 1.

Confira o grid de largada para o GP da Áustria de Fórmula 1:

1º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), 1min04s251

2º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), 1min04s293

3º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min04s779

4º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), 1min04s896

5º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min04s983

6º - Romain Grosjean (FRA/Haas), 1min05s480

7º - Sergio Perez (MEX/Force India), 1min05s605

*8º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min04s424

9º - Esteban Ocon (FRAN/Force India), 1min05s674

10º - Carlos Sainz Jr (ESP/Toro Rosso), 1min05s726

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11º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault), 1min05s597

12º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), 1min05s602

13º - Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren), 1min05s741

14º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), 1min05s884

15º - Kevin Magnussen (DIN/Haas)

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16º - Jolyon Palmer (ING/Renault), 1min06s345

17º - Felipe Massa (BRA/Williams), 1min06s534

18º - Lance Stroll (CAN/Williams), 1min06s608

19º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber), 1min06s857

20º - Pascal Wehrlein (ALE/Sauber), 1min07s011

*Perdeu cinco posições no grid

Na perseguição ao alemão Sebastian Vettel na luta pelo título da temporada 2017 da Fórmula 1, o britânico Lewis Hamilton começou bem o fim de semana do GP da Áustria, a nona das 20 etapas do campeonato, ao liderar o primeiro treino livre desta sexta-feira no circuito de Spielberg.

Hamilton quebrou o recorde do Red Bull Ring e marcou o melhor tempo utilizando os pneus macios, os mais lentos entre os disponibilizados para todo o fim de semana, com a marca de 1min05s975. Assim, também foi o único piloto a fazer uma volta em menos de 1min06 no primeiro treino livre para o GP da Áustria, prova que foi vencida pelo britânico no ano passado.

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Quem mais se aproximou de Hamilton na sessão inicial em Spielberg foi o holandês Max Verstappen. Embora em duas oportunidades não tenha conseguido manter o seu carro na pista, o piloto da Red Bull assegurou a segunda posição ao registrar a marca de 1min06s165.

O finlandês Valtteri Bottas, que também rodou uma vez, colocou a sua Mercedes em terceiro lugar após cravar 1min06s345. Só aí apareceu Vettel, que tem uma vantagem de 14 pontos para Hamilton na liderança do campeonato e foi mais um dos pilotos a rodar. Ainda assim, fez o tempo de 1min06s424, garantindo a quarta posição.

Vettel foi seguido pelo australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, o quinto colocado com 1min06s620. Com a outra Ferrari, o finlandês Kimi Raikkonen fechou o primeiro treino livre para o GP da Áustria na sexta colocação com o tempo de 1min06s848.

Já a McLaren surpreendeu e conseguiu um resultado encorajador ao colocar os seus dois pilotos entre os dez primeiros colocados no primeiro treino livre no circuito de Spielberg, aninhado em meio a colinas e florestas e que parecia escorregadio nessa atividade, apesar das altas temperaturas na manhã (no horário local) na cidade austríaca.

O belga Stoffel Vandoorne foi o melhor deles ao garantir o sétimo lugar, duas posições à frente do espanhol Fernando Alonso. E entre os dois carros da McLaren ficou o russo Daniil Kvyat, da Toro Rosso, com a relação dos dez primeiros colocados da atividade sendo completada pelo francês Esteban Ocon, da Force India.

O segundo treino livre para o GP da Áustria será disputado ainda nesta sexta-feira, a partir das 9 horas (de Brasília). O horário é o mesmo do treino de classificação no sábado e da largada da corrida no próximo domingo.

Em um emocionante final de corrida, Lewis Hamilton levou a melhor sobre Nico Rosberg e venceu o GP da Áustria, neste domingo. Sem a chuva que prometia tornar a prova imprevisível, coube ao duelo doméstico da Mercedes trazer emoção à torcida presente no circuito de Spielberg. O inglês superou o alemão na volta final, após um toque que quase tirou Rosberg da prova.

O holandês Max Verstappen ficou com o segundo lugar e o finlandês Kimi Raikkonen herdou o terceiro posto no pódio. Felipe Massa, que largou dos boxes, abandonou a prova nas voltas finais e Felipe Nasr terminou em 13º lugar, em uma bela corrida de recuperação.

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A corrida deste domingo foi definida nas curvas finais do traçado austríaco. Num duelo particular, Hamilton tentou ultrapassar Rosberg e levou a melhor após ser barrado pelo companheiro. Ao jogar o inglês para fora da pista, o alemão perdeu parte da asa dianteira e perdeu ritmo. Ultrapassado por rivais, cruzou a linha de chegada em quarto lugar. A manobra custou a Rosberg uma investigação, que pode causar sua desclassificação.

Com estes resultados, Hamilton voltou a diminuir a diferença para Rosberg no Mundial de Pilotos. Agora o alemão lidera por 11 pontos, com 153 no total, contra 142 do atual bicampeão.

A CORRIDA - A uma boa distância dos seus principais rivais na largada, Lewis Hamilton não teve problemas para sustentar a primeira posição na saída. O mesmo não aconteceu com Nico Hülkenberg, que trocou a segunda pela quinta colocação. Jenson Button foi o maior beneficiado, ao pular para o segundo posto. Distante de Hamilton, Nico Rosberg e Sebastian Vettel largaram em sexto e nono, respectivamente. Mas não demoraram para galgar posições.

Os brasileiros não largaram de posições favoráveis. Nasr saiu em último e Massa teve um problema de última hora e precisou trocar uma das asas. Como consequência, teve que largar dos boxes. O azar na largada foi compensado em parte pelo bom desempenho da dupla na pista austríaca.

Com o trio da frente com pneus ultramacios e os demais com supermacios, logo o pelotão dianteiro foi mudando sua configuração. Kimi Raikkonen passou Button na 7ª volta e assumiu o segundo posto. Enquanto isso, Vettel se aproximava. Rosberg já aparecia em terceiro.

Na 8ª volta, Hülkenberg abriu a primeira sessão de parada nos boxes. E a movimentação no pelotão intermediário favoreceu os brasileiros. Massa subiu para 11º e Nasr era o 14º. O piloto da Sauber fazia grande corrida. Na metade da prova, era o que mais havia ultrapassado e administrava bem os seus pneus. Só fez sua troca na longínqua 43ª volta.

Na briga pela ponta, Hamilton também tentava se manter na pista por mais tempo antes de fazer sua primeira parada. Era seguido por Raikkonen e Max Verstappen. Rosberg, com estratégia diferente, fez sua parada e voltou em 9º lugar.

A situação mudou completamente quando o inglês cansou de esperar pela chuva, que parecia iminente, e parou na 22ª volta. Hamilton adiou o pit stop para colocar direto pneus de chuva ou intermediário. Mas o tempo permaneceu estável e a estratégia não funcionou. Para piorar, uma falha na parada fez com que voltasse atrás de Rosberg.

O alemão, por sua vez, vinha fazendo grande prova. Crava as melhores voltas em sequência e não desperdiçou as chances que surgiram. A melhor delas aconteceu na 27ª volta. Vettel, então líder da prova, foi surpreendido pelo estouro do pneu traseiro direito e parou no meio da pista.

O estouro foi causado pela demora da Ferrari em fazer a primeira parada. Vettel havia completado 26 voltas com supermacios que deveriam durar apenas 16, segundo informações da Pirelli. O incidente causou a entrada do safety car na pista.

Na relargada, na 31ª volta, Massa aparecia em 10º e Nasr, em 7º. Na ponta, Rosberg e Hamilton iniciaram o velho duelo doméstico da Mercedes. A disputa esquentou quando Hamilton fez sua segunda parada, antecipando-se ao alemão, na 55ª volta. Mas novamente uma pequena falha atrapalhou seu pit stop. Ele voltou atrás do companheiro de Mercedes.

Mas, aos poucos, se aproximou, em razão do maior desgaste dos pneus de Rosberg. A diferença foi se reduzindo até que os dois pilotos ficaram quase lado a lado no início da volta final. Numa disputa aberta, Hamilton tentou a ultrapassagem, o alemão fechou a "porta", jogando o inglês para fora da pista.

Porém, Rosberg levou a pior no toque entre os dois carros. Ele perdeu um pedaço da asa dianteira e caiu de ritmo. Perdeu seguidas posições e terminou em quarto lugar, diante da vitória do companheiro. O holandês Max Verstappen ficou com o segundo lugar e o finlandês Kimi Raikkonen herdou o terceiro posto no pódio.

Entre os brasileiros, Massa precisou abandonar na 65ª volta e Nasr terminou numa honrosa 13ª colocação, apesar das limitações da Sauber e de ter largado em último.

Os pilotos da Fórmula 1 voltam a pista já no próximo fim de semana para a disputa do GP da Inglaterra, no tradicional circuito de Silverstone.

 

Confira a classificação final do GP da Áustria:

1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h27min38s107

2º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 5s719

3º - Kimi Räikkönen (FIN/Ferrari), a 6s024

4º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 16s710

5º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 30s981

6º - Jenson Button (ING/McLaren), a 37s706

7º - Romain Grosjean (FRA/Haas), a 44s668

8º - Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso), a 47s400

9º - Valtteri Bottas (FIN/Williams), a 1 volta

10º - Pascal Wehrlein (ALE/Manor), a 1 volta

11º - Esteban Gutiérrez (MEX/Haas), a 1 volta

12º - Jolyon Palmer (ING/Renault), a 1 volta

13º - Felipe Nasr (BRA/Sauber), a 1 volta

14º - Kevin Magnussen (DIN/Renault), a 1 volta

15º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber), a 1 volta

16º - Rio Haryanto (IND/Manor), a 1 volta

Não completaram a prova:

Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso)

Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)

Felipe Massa (BRA/Williams)

Fernando Alonso (ESP/McLaren)

Sergio Pérez (MEX/Force India)

Nico Hülkenberg (ALE/Force India)

Felipe Massa acumulou um sétimo e um 12º lugares nos dois primeiros treinos livres do GP da Áustria, nesta sexta-feira, no circuito de Spielberg, mas preferiu não lamentar o resultado contabilizado na segunda sessão do dia. Embora tenha ficado fora do grupo dos dez primeiros na parte da tarde, o piloto brasileiro elogiou o comportamento do carro da Williams na pista molhada e festejou a chance de ter andado em condições diferentes na pista austríaca.

"Não foi uma sexta-feira perfeita por causa do tempo, mas ao menos tivemos algumas voltas no molhado assim como no seco para entender o carro em ambas as condições. Por isso não foi ruim. Não poderíamos aprender tudo o que gostaríamos por causa do tempo, mas a sensação é a de que o carro foi OK no molhado, com metade da pista muito molhada e a outra metade bastante seca. Por isso foi uma sexta-feira realmente razoável para entender o carro", afirmou Massa.

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O brasileiro conta com bom histórico no GP da Áustria, onde faturou a pole position da etapa de 2014, a última da sua carreira, e foi ao pódio no ano passado, quando terminou a corrida na terceira colocação. E agora ele destacou que o novo asfalto e a nova configuração das zebras do circuito local deixaram a pista mais rápida e de certa forma mais perigosa para os pilotos.

"A pista é mais rápida do que antes porque a aderência do asfalto é um pouco mais alta e as zebras são planas, então você pode usá-las um pouco mais do que no ano passado. Você pode ter uma complicação se você usá-las muito, mas cabe a você o quanto você as usa. Agora nós temos de esperar até amanhã para entender onde nós estamos (em relação aos rivais), até porque todos estão com um tipo parecido de pneus e quantidade parecida de combustível", completou o piloto, se referindo ao último treino livre e à sessão classificatória para o grid de largada, marcada para começar às 9 horas (de Brasília) deste sábado.

Depois de quebrar o recorde da pista do circuito de Spielberg no primeiro treino livre do GP da Áustria de Fórmula 1, Nico Rosberg se manteve na liderança na segunda sessão desta sexta-feira, desta vez atrapalhada por um temporal que impediu o registro de voltas mais rápidas na maior parte do tempo. O piloto alemão da Mercedes, porém, soube aproveitar o curto período disponível em condições com pista um pouco mais seca para cravar 1min07s967, voltando a deixar em segundo lugar o seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, que desta vez andou muito próximo do líder ao cronometrar 1min07s968.

Os pilotos só conseguiram andar com pneus mais apropriados para a pista seca nos 20 minutos finais do treino, justamente quando Hamilton conseguiu reduzir para apenas 0s019 a sua desvantagem para Rosberg. Horas mais cedo, o alemão já fez história ao marcar 1min07s373 no primeiro treino livre, superando uma marca conquistada pelo heptacampeão mundial Michael Schumacher, em 2003, pela Ferrari, quando estabeleceu então o recorde da pista local com o tempo de 1min08s337.

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Assim como no primeiro treino livre, por sinal, a Mercedes dominou esta segunda sessão e viu o alemão o alemão Nico Hülkenberg conquistar a terceira posição com um tempo mais de meio segundo mais lento do que o de Hamilton. O piloto da Force India marcou 1min08s580 e superou por muito pouco o seu compatriota Sebastian Vettel, que cravou 1min08s589 com a sua Ferrari.

Vettel, por sua vez, acabou deixando escapar o seu carro na curva 2 ao errar o ponto da freada no circuito austríaco e foi parar na caixa brita na parte final do treino, que teve vários pilotos cometendo erros e deixando seus monopostos saírem do traçado no escorregadio novo asfalto do circuito local.

O australiano Daniel Ricciardo, que por causa da pista molhada só foi deixar os boxes após 45 minutos de treino, conquistou a quinta posição ao marcar o tempo de 1min08s649 com a sua Red Bull. E o grupo dos dez mais bem colocados foi fechado na sequência com o mexicano Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso, o holandês Max Verstappen (Red Bull) os finlandeses Kimi Raikkonen (Ferrari) e Valtteri Bottas (Williams), além do inglês Jenson Button (McLaren).

MASSA - Depois de ter cravado o sétimo melhor tempo no treino da manhã na Áustria, Felipe Massa foi apenas o 12º na parte da tarde ao percorrer a sua melhor volta em 1min09s184. O brasileiro da Williams acabou sendo superado, inclusive, pelo espanhol Fernando Alonso, o 11º pela McLaren.

O brasileiro Felipe Nasr, por sua vez, amargou o 21º e penúltimo lugar com a sua Sauber, com o lento tempo de 1min10s444. Ele só ficou à frente do indonésio Rio Haryanto, da nanica Manor, depois de ter sido também apenas o 20º colocado no primeiro treino do dia na Áustria.

PUNIÇÃO A VETTEL - Embora tenha sido o piloto de melhor desempenho depois dos dominantes Rosberg e Hamilton no primeiro dia de treinos na Áustria, Rosberg terá de descontar cinco posições do posto que conquistar na sessão de classificação para o grid neste sábado, marcado para começar às 9 horas (de Brasília).

O tetracampeão mundial terá de cumprir a punição porque a Ferrari resolveu trocar a caixa de câmbio do carro do piloto, após realizar uma investigação minuciosa que apontou que o equipamento poderia dar problema na prova deste domingo, também com largada às 9 horas.

O câmbio não apresentou problemas no GP da Europa, etapa passada do Mundial, realizada no Azerbaijão, mas a escuderia italiana preferiu adotar a medida preventiva por temer uma possível quebra do sistema de transmissão agora.

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