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A Bovespa até chegou a subir pontualmente durante a sessão desta sexta-feira (11), mas o viés principal do dia foi de baixa. O corte da nota de crédito de várias empresas brasileiras, anunciado ontem pela Standard & Poor's, penalizou as ações de companhias importantes para o Ibovespa, como Petrobras e bancos. Além disso, permaneceram a percepção ruim sobre o Brasil e a cautela antes o fim de semana.

O resultado foi uma baixa de 0,22% da Bovespa hoje, para 46.400,50 pontos. O movimento ocorreu na contramão de Nova York, onde os principais índices de ações conseguiram sustentar ganhos durante a tarde. Na máxima, a Bovespa atingiu 46.558 pontos (+0,12%) e, na mínima, marcou 46.176 pontos (-0,71%). O giro financeiro arrefeceu durante a tarde e somou R$ 6,003 bilhões.

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Na noite de ontem, a S&P havia rebaixando o rating de crédito em escala global de 13 bancos brasileiros, além do rating em escala nacional de 20 instituições financeiras do País. A decisão ocorreu na esteira do rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, de BBB- para BB+ (grau especulativo).

Entre os bancos atingidos, estavam Bradesco (queda de 1,10% da PN na Bolsa hoje), Itaú Unibanco (+0,19% a PN), Santander (-2,59% as units) e Banco do Brasil (-2,67% a ON). A blue chip Petrobras, que perdeu o grau de investimento, registrou baixas de 5,37% nos papéis ON e de 3,89% nos PN.

Durante o dia, também repercutiram nas mesas de operações notícias de que o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, poderia ser substituído - informação negada posteriormente pelo Palácio do Planalto. Além disso, a Polícia Federal pediu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido no âmbito da investigação da Lava Jato.

No geral, a percepção sobre o Brasil continuou ruim e, apesar de a Bolsa em dólares ter preços atrativos, os investidores ainda demonstram receio de ir às compras. Vale ON cedeu 2,46% e Vale PNA teve baixa de 2,06%.

A Bovespa acelerou os ganhos após a abertura em Nova York nesta quarta-feira, 9, com ingressos de investidores estrangeiros na compra. A valorização está em linha com os fortes ganhos das bolsas europeias e em Nova York. Os mercados ocidentais são contagiados pela valorização das bolsas chinesas e asiáticas, após o governo da China anunciar que vai adotar uma política fiscal mais vigorosa para estimular o crescimento econômico do país. Segundo analistas, os estímulos dão um alívio momentâneo às preocupações envolvendo a desaceleração do gigante asiático.

Internamente, os investidores aguardam o ministro Joaquim Levy, que participa de evento nesta quarta em São Paulo às 12h30, depois de dizer na terça-feira, 8, que o governo analisa a elevação do Imposto de Renda das pessoas físicas para melhorar a arrecadação fiscal. A sinalização está em linha com o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na segunda-feira, 7, no qual destacou a necessidade de "remédios amargos" para desfazer erros cometidos durante o primeiro mandato. Porém, o vice-presidente Michel temer e os presidentes do Senado e da Câmara já se pronunciaram contra aumento ou criação de impostos.

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No front corporativo, as ações da Vale sobem com o aumento de preço do minério de ferro, de 0,9% no mercado à vista chinês, para US$ 56,9 a tonelada seca. Apesar da queda do petróleo em Nova York, Petrobras também avançava nesta manhã com compras de oportunidade, já que os papéis da estatal ainda carregam desvalorização de cerca de 4% em setembro. No setor de siderurgia, que na terça registrou fortes ganhos, o destaque é a Gerdau, que promoveu um reajuste de preços, a despeito do cenário de fraca demanda. Já as ações da BM&FBovespa subiam mais de 4%, após a companhia ter anunciado mais cedo a venda de 20% da sua participação no capital do CME Group.

Por volta das 10h30, o Ibovespa subia 1,84%, aos 47.623,30 pontos. Petrobras PN avançava 2,08% e a ON, +2,59%. Vale ON, +4,28% e a PNA,+3,45%. Gerdau PN, +4,31%. As ações de bancos têm ganhos mais contidos. Itaú Unibanco, +2,02%; Bradesco ON, +1,65% e PN, +2,40%.

Em Wall Street, Dow Jones subia 0,82% após a abertura; S&P500, +0,75%; e Nasdaq, +0,94%.

As ações da Petrobras dispararam no fim da manhã desta terça-feira, 3, apresentando de 9,93% na PN e de 8,98% na ON, ante avanço de 2,35% do Ibovespa. Operadores avaliam que o desempenho está atrelado aos rumores sobre a saída da presidente da estatal, Graça Foster, e alterações no conselho de administração.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o governo prepara para breve o anúncio de uma importante mudança no conselho de administração. Composto por dez membros, sete são representantes da União, controladora majoritária da empresa. Mas apenas dois sem vínculo direto com o governo: o general da reserva Francisco Albuquerque e Sérgio Quintela, dirigente da FGV. Os demais são ministros, ex-ministros e o presidente do BNDES. A intenção, segundo fonte do próprio governo, é profissionalizar o conselho, substituindo-os por profissionais da iniciativa privada.

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Para o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, além da expectativa de mudanças, também contribui a recuperação do petróleo para a casa dos US$ 51 esta semana e ainda informação da colunista Sonia Racy, de que é prioridade no governo publicar o balanço de 2014 antes do Carnaval. "Além disso, o papel caiu 20% em três dias, então essas notícias abrem espaço para recuperação dos papéis da estatal", avalia.

O impasse contábil da estatal, que divulgou na semana passada o balanço do terceiro trimestre de 2014 - não auditado pela PricewatherhouseCoopers (PwC) - mobiliza uma força-tarefa do governo na busca de uma solução. Há a percepção clara, segundo o Estado apurou, de que o não fechamento do balanço coloca em risco todo o País.

A auditoria evita assinar o balanço enquanto a estatal não deixar claras as perdas com as fraudes que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato. Sem as baixas contábeis, a PwC também fica vulnerável a eventuais processos pelas autoridades que vigiam o mercado financeiro no Brasil (CVM, Comissão de Valores Mobiliários) e Estados Unidos (SEC, Securities and Exchange Commission).

Segundo fontes, chegou-se a discutir uma investigação em torno de todas as operações financeiras da empresa para atestar a idoneidade do diretor da área, Almir Barbassa, e, assim, facilitar o acerto do balanço. A conclusão do processo foi estimada em dois meses, mas a proposta foi rejeitada pelo comando da estatal. Barbassa ocupa a diretoria Financeira desde julho de 2005, quando José Sergio Gabrielli, então diretor, foi promovido pelo presidente Lula à presidência do grupo. A Petrobras nega que a PwC tenha pedido a investigação sobre Barbassa.

O Ibovespa experimenta mais um dia ruim para os negócios, pressionado pela forte queda das ações da Petrobras e da Vale e em sintonia com o mau humor generalizado visto nas pares internacionais. Ao mesmo tempo, o investidor acompanha a partir de agora a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão Mista de Orçamento da Câmara, onde acaba de chegar.

Segundo ele, a situação da economia internacional "continua complexa", mas há perspectiva de retomada da atividade no Brasil. Hoje os mercados refletem temores com a desaceleração da economia chinesa e com o início de aperto monetário nos Estados Unidos em 2015.

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Às 10h28, o Ibovespa perdia 0,31%, aos 50.101,48 pontos. Nas bolsas do exterior: Dow Jones futuro -0,35%, S&P 500 futuro -0,73%, Londres -1,39%, Paris -1,48% e Frankfurt -1,09%. As ações da Petrobras caíam 3,39% (PN) e 2,89% (ON), após terem desvalorizado 6% ontem, enquanto as da Vale perdiam 2,16% (PNA) e 2,27% (ON).

Os papéis da mineradora são afetados pela notícia de acordo de investimento com a Mitsui para venda de 15% da participação na Vale Moçambique e 50% da participação de 70% da Vale no Corredor Logístico de Nacala (CLN) por US$ 450 milhões. Além disso, o minério de ferro segue em queda e hoje 0,4% no mercado à vista chinês, para US$ 69,4 a tonelada.

Já os papéis da petroleira são castigados por uma enxurrada de notícias negativas ligadas à estatal em meio a investigações de denúncias de corrupção e na semana em que a Petrobras divulga seu balanço não auditado do terceiro trimestre, na sexta-feira, 5.

Os investidores estrangeiros reduziram a posição comprada (aposta na alta) em Ibovespa no mercado futuro, movimento que esteve correlacionado à retirada de capital externo na Bolsa brasileira no mercado à vista. Segundo dados disponibilizados pela BM&FBovespa, a aposta desses investidores na alta do Ibovespa, no mercado futuro, passou de pouco mais de 70,5 mil contratos em aberto no dia 1º de outubro para aproximados 43,2 mil contratos em aberto na última sexta-feira, 10.

No período, a estratégia dos não-residentes resultou na zeragem de 27,3 mil contratos na posição comprada. Considerando-se a pontuação de fechamento do contrato de outubro do Ibovespa ao final da semana passada, aos 55.100 pontos, a aposta dos investidores estrangeiros na alta do derivativo representa R$ 2,380 bilhões.

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É válido ressaltar que, no mercado à vista, os "gringos" inverteram a direção, após as sucessivas retiradas de recursos externos entre os dias 3 e 8 de outubro, o que resultou em um déficit de capital externo no acumulado do mês até a última quarta-feira, de R$ 2,3 bilhões. No ano, porém, o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa ainda é positivo em cerca de R$ 19,5 bilhões.

Para um operador da mesa de renda variável, esse movimento nas posições dos investidores estrangeiros está relacionado à incerteza com o quadro eleitoral no Brasil. O próximo vencimento de Ibovespa futuro e de opções sobre índice futuro está marcado para esta quarta-feira, dia 15.

A Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira (7) com pesos pesados do índice devolvendo parte dos ganhos registrados ontem com as especulações sobre a pesquisa Ibope que será divulgada hoje. As tensões geopolíticas com a crise na Ucrânia também colaboraram para a cautela, derrubando os mercados europeus e contaminando Nova York. Mesmo assim, o vencimento do Ibovespa futuro na próxima semana, com os estrangeiros ainda bastante comprados, ofereceu certo suporte, colaborando para manter o índice à vista acima dos 56 mil pontos.

O Ibovespa terminou a sessão com queda de 0,53%, aos 56.188,05 pontos. Ao longo do pregão, oscilou entre a mínima de 55.985,49 pontos (-0,89%) e a máxima de 56.922,92 pontos (+0,77%). O giro financeiro ficou em R$ 6,52 bilhões. Na semana, o índice ainda acumula ganho de 0,51%, enquanto no mês a alta é de 0,64%. Os destaques de alta foram Oi (+3,10%), Ultrapar (+2,47%) e Sabesp (+2,44%). Já no campo negativo, BM&FBovespa (-2,72%), Santander (-2,06%) e Gol (-1,88%) lideraram as quedas. Entre as blue chips, Petrobras (ON -1,26% e PN -0,79%), Vale (ON -0,63% e PN - 1,06%) e Itaú (-0,89%) caíram.

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"Com certeza existe uma influência da pesquisa eleitoral na Petrobras, mas essa realização de lucro hoje é totalmente normal após a forte alta de ontem", disse Fernando Goes, analistas da Clear Corretora. Ele lembrou ainda que amanhã sai o resultado da estatal e que as expectativas são positivas. Os analistas ouvidos pelo Broadcast esperam lucro de R$ 6,9 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Hoje, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que a produção de petróleo e gás natural no Brasil em junho atingiu 2,79 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) por dia, uma alta de 2,5% em relação ao mês anterior. O volume corresponde a um aumento de 2,6% frente a maio e de 6,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Do total, 90,4% da produção de petróleo e gás natural no País veio de campos operados pela Petrobras. Além disso, a presidente da agência, Magda Chambriard, elevou de 500 milhões para 2,5 bilhões de barris recuperáveis a projeção para as reservas no pré-sal da área pau-brasil.

Outro fator que colaborou para a queda da Bovespa hoje foi a tensão na Ucrânia, com a ameaça da uma invasão pela Rússia e a adoção da sanções pelos russos contra os EUA e a Europa. Neste cenário, a Bolsa de Londres perdeu 0,58%, Paris recuou 1,36% e Frankfurt teve retração de 1,00%. Em Nova York, o índice Dow Jones perdeu 0,46%, o S&P 500 recuou 0,56% e o Nasdaq caiu 0,46%.

No mercado de câmbio, a tensão na Ucrânia impulsionou a busca por segurança, favorecendo o dólar. Após a moeda no balcão fechar com alta de 1,06%, por volta das 17h20 o dólar para setembro avançava 0,94%, a R$ 2,3120. Esse movimento puxou junto os juros futuros, que na sessão estendida continuavam em alta, com o DI para janeiro de 2016 a 11,48%, ante 11,42% de ontem, e o janeiro 2017 a 11,77%, ante 11,71%.

A primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, divulgada nesta sexta-feira, 1, válida para o período de setembro a dezembro de 2014, tem como novidade a inclusão das ações preferenciais da Marcopolo, com peso de 0,219%, além da exclusão das ações ordinárias da Brookfield.

A inclusão das ações da Marcopolo já era esperada pelo mercado. Projeções do Itaú BBA e do Bank Of America Merrill Lynch apontavam o papel como forte candidato a entrar no Ibovespa. As duas casas também já previam a saída das ações da Brookfield. Porém, a expectativa de entrada de RaiaDrogasil, Multiplan e Multiplus não se concretizou nesta primeira prévia, assim como a de que as ações da MMX deixassem o índice.

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As ações preferenciais do Itaú Unibanco aparecem como as de maior peso no Ibovespa, com participação de 9,575%, à frente dos papéis preferenciais da Petrobras, com 7,851%. Depois vem Bradesco PN na terceira colocação entre as ações de maior peso na carteira, com 7,142%, seguida por Ambev ON, com 6,481%, Vale PNA, com 5,572%, Petrobras ON, com 4,961% e Vale ON, com 4,185%. A segunda prévia da nova carteira teórica do Ibovespa será divulgada em 18 de agosto e a terceira e última, no dia 29.

A Bovespa atingiu as máximas da sessão na tarde desta terça-feira (13), impulsionadas pela ação da Ambev. Os papéis da companhia passaram a subir após o ministro de Fazenda, Guido Mantega, afirmar, depois de um encontro com representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que o aumento de impostos para o setor que entraria em vigor em 1º de junho foi adiado.

O ministro informou que a alta de impostos foi adiada por três meses e terá início, portanto, apenas em setembro. Além disso, o aumento das taxas ocorrerá de forma escalonada. O ministro, entretanto, afirmou que ainda não está definido em quanto tempo ocorrerá o escalonamento.

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"Fizemos pacto com o setor para não haver aumento durante a Copa. Será uma Copa sem aumento de preços", afirmou o ministro, em referência ao mundial, que começará em junho. "Temos preocupação para que a inflação permaneça sob controle", explicou Mantega. Além disso, segundo o ministro, foi firmado o compromisso de o setor continuar expandido e não fazer demissões.

Por volta das 14h25, o Ibovespa subia 0,28%, aos 54.201,88 pontos, depois de ter tocado pouco antes a máxima de 54.242,98 pontos. As ações da Ambev subiam 1,38%, a R$ 16,90, bem acima da mínima da sessão, de R$ 16,46. Com a recente reformulação da carteira teórica do Ibovespa, os papéis da companhia passaram a ter o quarto maior peso no índice, de 5,800%. Enquanto isso, em Nova York o Dow Jones subia 0,12% e o S&P 500 avançava 0,08%, ambos se encaminhando para fechar em novas máximas históricas.

O dólar, por sua vez, segue em queda ante o real, em função de um certo apetite por risco generalizado que impulsiona as moedas emergentes e de países exportadores de commodities. Às 14h25, o dólar à vista no balcão recuava 0,41%, a R$ 2,2100, enquanto o dólar para junho tinha desvalorização de 0,27%, a R$ 2,2215. Isso colaborava com a retração dos juros futuros. O DI para julho de 2014 marcava 10,865%, de 10,864% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 indicava 12,11%, de 12,16%. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos recuava para 2,612%, de 2,651%.

O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira (14), e as ações da Petrobras, Itaú Unibanco e Bradesco exercem pressão para baixo. Às 10h21, o Ibovespa caía 0,36%, aos 51.680,78 pontos. Em Nova York, o humor do investidor é beneficiado pelo resultado das vendas no varejo e o balanço do Citigroup, apesar das preocupações com os conflitos na Ucrânia. Na Bolsa, operadores do mercado citam ainda movimentações antecipadas do exercício de opções sobre ações, na terça-feira da próxima semana.

Às 10h32, as ações da Petrobras PN recuavam 1,36% e as ON estavam em -1,47%. Os papéis do Bradesco PN perdiam 1,18% e os do Itaú Unibanco PN caíam 1,41%. Em Nova York, o Dow Jones subia 0,54%, o Nasdaq tinha alta de 0,88% e o S&P 500 avançava 0,67%.

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As vendas no varejo dos EUA subiram 1,1% em março ante fevereiro, a maior alta desde setembro de 2012. Excluindo-se automóveis, as vendas das varejistas avançaram 0,7% na mesma comparação. Os resultados vieram melhores do que o esperado, uma vez que a expectativa era de alta de 0,8% nas vendas do varejo em geral e de 0,4% no resultado que exclui automóveis.

Na safra de balanços, o Citigroup anunciou teve lucro líquido de US$ 3,94 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante ganho de US$ 3,81 bilhões em igual período de 2013. O lucro por ação do banco norte-americano ficou estável, em US$ 1,23. Com ajustes, o ganho por ação subiu na mesma comparação a US$ 1,30, de 1,29. Os resultados do Citigroup superaram as expectativas de lucro por ação de US$ 1,14 e receita de US$ 19,37 bilhões. As ações do Citi subiam mais de 3% no pré-mercado pouco antes da abertura do pregão.

O movimento de realização de lucros aguardado para esta sexta-feira (28), na Bovespa, depois da alta firme de 3,5% ontem, não aconteceu. O Ibovespa registrou mais um dia de ganhos e se aproximou um pouco mais dos 50 mil pontos. Tal desempenho teve ajuda das ações da Petrobras, que também terminaram no azul.

O Ibovespa terminou a sessão com variação positiva de 0,24%, aos 49.768,06 pontos, maior patamar desde 15 de janeiro (50.105,37 pontos). Na mínima, registrou 49.606 pontos (-0,08%) e, na máxima, 50.181 pontos (+1,08%). Na semana, acumulou ganhos de 5,04%, e no mês, de 5,68%. Mas, no ano, recua 3,38%. Nestes nove pregões de ganhos em dez dias, subiu 10,68%. O giro financeiro totalizou R$ 7,115 bilhões.

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Profissionais consultados comentaram que a Bovespa abriu de 'ressaca' após o ganho de 3,5% da véspera. Isso seria mais do que justificativa para o índice realizar lucros, mas a abertura firme das bolsas norte-americana frustrou o movimento e o Ibovespa passou o dia quase todo em elevação.

Petrobras também apagou as perdas intraday e subiu 1,28% na ON, cotada a R$ 15,01, maior patamar desde 15 de janeiro deste ano (R$ 15,12). A PN, por sua vez, aumentou 0,58%, para R$ 15,66, maior nível desde 22 de janeiro de 2014 (R$ 15,84).

Vale ON caiu 0,32% e a PNA recuou 0,14%. Nos EUA, o Dow Jones subiu 0,36%, aos 16.323,06 pontos, o S&P, 0,46%, aos 1.857,62 pontos, e o Nasdaq 0,11%, aos 4.155,76 pontos. Na semana, os índices registraram, respectivamente, +0,12%, -0,48%, e -2,83%. Os papéis avançaram em meio à expectativa de que Europa e China adotem medidas adicionais de estímulos à economia, bem como indicadores norte-americanos favoráveis.

A Bovespa abriu em baixa e perdeu o nível de 46 mil pontos logo após a abertura. A aversão ao risco que se instalou em razão de dados fracos da China levou os investidores estrangeiros a se desfazerem de ações domésticas e os papéis ligados a matérias-primas, como Vale, estiveram entre os que mais sentiram. Petrobras também foi penalizada, no dia que fez uma captação de US$ 8,5 bilhões.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,54%, aos 45.533,20 pontos, menor nível desde 10 de julho do ano passado (45.483,43 pontos). Na mínima, registrou 45.203 pontos (-2,25%) e, na máxima, 46.242 pontos (estabilidade). No mês, acumula perda de 3,31% e, no ano, de 11,60%. O giro financeiro totalizou R$ 6,391 bilhões.

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A aversão ao risco foi puxada pelo desempenho abaixo do esperado da balança comercial chinesa, o que levanta preocupações acerca do ritmo de expansão do gigante asiático, extrato retirado também dos números de inflação. Pequim anunciou um déficit comercial de US$ 22,98 bilhões em fevereiro, ante previsão de superávit comercial de US$ 11,9 bilhões. As exportações caíram 18,1%, em base anual, ante estimativa de alta de 5%. Já as importações cresceram 10,1% no mês passado, ante o mesmo mês do ano anterior, acima da projeção de alta de 7,1%.

Os dados pegaram em cheio as exportadoras de commodities, como Vale e siderúrgicas - além disso, o preço do minério de ferro despencou 8,3% em relação a sexta-feira, para US$ 104,7 a tonelada, no preço mais baixo desde outubro de 2012.

Com isso, Vale ON perdeu 1,67% de seu valor e Vale PNA, 2,66%. Usiminas PNA caiu 4,07%, CSN ON, -3,28%, Gerdau PN, -2,08%, e Metalúrgica Gerdau PN, -2,85%. Esse clima de aversão a risco se espalhou por todo o mercado, com poucas ações em alta. Petrobras também caiu nesse movimento, no dia em que fez uma captação em dólar. O mercado ficou dividido sobre a operação. Para uns, a notícia afetou as ações, já que significa mais endividamento em dólar. Para outros, o movimento das ações seguiu o do mercado.

Petrobras ON, -1,73%, e Petrobras PN, -2,33%. A estatal fechou sua captação externa com a emissão de US$ 8,5 bilhões em bônus com vencimentos em três, seis, dez e 30 anos, informam fontes do mercado.

Nos EUA, com o horário de verão, as bolsas hoje fecharam no mesmo horário da Bovespa, mas praticamente estáveis, ligeiramente em baixa. A agenda foi esvaziada e, além da China, Ucrânia também esteve no radar. O Dow Jones recuou 0,21%, aos 16.418,68 pontos, o S&P cedeu 0,05%, aos 1.877,17 pontos, e o Nasdaq, 0,04%, aos 4.334,45 pontos.

A alta do dólar está novamente beneficiando as ações de empresas exportadoras, como a Vale. A mineradora está operando com alta pronunciada na tarde desta quarta-feira, 29, ajudando a amenizar o sinal negativo do Ibovespa, que, às 14 horas, caía apenas 0,30%, aos 47.698,90 pontos. Vale ON tinha alta de 4,57% e Vale PNA, 3,25%. Também exportadoras, Suzano PNA tinha alta de 2,93% e Fibria ON, 2,92%, no mesmo horário. O índice à vista doméstico havia batido a mínima pontuação da sessão com a abertura em Wall Street, às 12h30. As bolsas norte-americanas operam em queda nesta quarta-feira e, também às 14h, o Dow Jones caía 0,68%, o S&P, 0,53%, e o Nasdaq, 0,52%.

A nova carteira teórica do Ibovespa, divulgada nesta segunda-feira, 6, válida para o período de janeiro a abril, confirma a inclusão das ações ordinárias da BB Seguridade ON, com participação de 1,559%, EcoRodovias ON (0,408%), Estácio ON (0,708%), Even ON (0,338%), Qualicorp ON (0,488%) e Tractebel ON, com peso de 0,655% - um pouco maior em relação a prévia divulgada na última sexta-feira, 3.

Além de incluir esses seis papéis, a composição em vigor teve a saída de MMX ON, B2W ON, Cteep PN, Oi ON, Usiminas ON e Vanguarda ON, totalizando assim 72 ativos.

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As ações PN da Petrobras assumiram o maior peso no Ibovespa, com participação de 8,119%, à frente dos papéis PNA da Vale, com 7,995%. Depois, vem Itaú Unibanco PN na terceira colocação entre os papéis com maior peso na carteira, com 6,544%, seguida por Bradesco PN, com 5,325%, e Petrobras ON, com peso de 3,960%. Na sexta posição está a Ambev, cuja participação na carteira atinge 3,813%, acima de Vale ON, com 3,784%; e Itaúsa PN, com peso de 2,721%. As novas carteiras do IBrX, IBrX 50 e IGC, entre outras também começam a valer hoje.

Analistas destacam que este rebalanceamento do Ibovespa é particularmente importante porque já incorpora algumas regras da nova metodologia, anunciada em setembro pela BM&FBovespa. As mudanças de metodologia serão implantadas escalonadas em duas etapas, sendo que a carteira que vigora entre janeiro e abril deste ano foi obtida a partir da média das ponderações definidas com base na metodologia anterior e na nova. Apenas a partir de maio de 2014, segundo a Bolsa, a ponderação do Ibovespa será realizada exclusivamente com base na nova metodologia.

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou, no ano passado, queda de 15,5%, um dos piores desempenhos entre as grandes bolsas mundiais, o que trouxe algumas lições para os reguladores do mercado. O Ibovespa, após seguir por 45 anos a mesma metodologia, precisava mudar, pois ações com grande liquidez mas de empresas não tão grandes assim, como as da OGX do empresário Eike Batista, geraram grande distorções no índice. Por causa disso, começam a valer, nesta segunda-feira, 6, novas regras para definir o peso das ações no indicador.

"Após a empresa entrar no Ibovespa, o que definia o peso de cada ação era, basicamente, a liquidez dela no mercado", afirma o analista do home broker Rico, André Moraes. Assim, grandes companhias como a Ambev tinham representação menor do que em outros indicadores, que levam em conta o valor de mercado da empresa.

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Moraes compara o peso da Ambev na carteira anterior do Ibovespa, de 1,67%, contra a participação de 8% no IBrX (listagem que considera as 100 maiores empresas do mercado). Com a nova metodologia, a empresa deve ganhar espaço e passar a representar 3,79% do Ibovespa, segundo a terceira prévia do índice divulgada na última sexta-feira, 3.

Efeito X

"Eventos negativos, como foi a crise da OGX, faziam com que as ações passassem a ser mais negociadas e ganhassem peso. Ou seja, mesmo com as ações sendo vendidas e a empresa perdendo valor de mercado, ela aumentava a participação no índice", explica o administrador de carteiras, Fábio Colombo. Segundo ele, 2013 foi um ano ruim para investimento em renda variável e o Ibovespa acabou não representando como gostaria o mercado. "Essas distorções fazem com que ele acabe não refletindo a economia", afirma o analista da Rico.

Segundo Moraes, as antigas regras faziam com que o indicador ficasse muito concentrado em empresas de commodities, que em 2013 não tiveram bom desempenho e ajudaram a pressionar ainda mais o Ibovespa. Tamanha distorção fazia com que parte do mercado já utilizasse como parâmetro para os negócios o IBrX em vez do Ibovespa, pois o indicador considera o tamanho da empresa na ponderação de sua listagem.

 

A expectativa é de que, com as novas regras, o Ibovespa se torne mais diversificado, o que acaba diminuindo o risco do investidor que tem uma carteira que segue o índice. Segundo a terceira prévia do Ibovespa, deverão entrar na listagem as ações da BB Seguridade, da EcoRodovias, Estácio Participações, Even, Qualicorp e Tractabel, totalizando 72 ativos de 68 empresas. De acordo com a prévia, as maiores participações deverão continuar nas mãos de grandes blue chips: Petrobrás PN (8,15%), Vale PNA (8%), Itaú Unibanco PN (6,9%), Bradesco PN (5,3%) e Petrobrás ON (4%).

Novas regras

A partir de hoje, começa a valer a primeira parte da série de regras que definirão a carteira do Ibovespa. Os demais critérios serão implementados em uma segunda fase, na próxima carteira que passa a vigorar em maio.

Nessa primeira etapa, uma das mudanças diz respeito à exclusão de ações conhecidas como "penny stock", papéis que tiveram cotação média abaixo de R$ 1 nos últimos quatro meses. Nestes casos, pequenas variações de preços ocasionam grande volatilidade no índice.

Outra regra que já passa a valer a partir de agora é que para ser incluída na listagem a ação deve ter tido presença em 95% dos pregões no período das três carteiras anteriores. Tal critério fará com que empresas que abriram capital recentemente não participem do Ibovespa.

Para entrar no índice, a ação deverá, ainda, estar no conjunto dos ativos com maior Índice de Negociabilidade. Os papéis deverão somar 85% do indicador. "Anteriormente o porcentual era de 80%", compara Moraes.

Na carteira que vigora de janeiro a abril também já começa a ser levado em conta para o cálculo de participação no Ibovespa o valor de mercado da empresa pelo índice "free float", com ponderação de 50%. O free float é a parcela das ações da companhia que se encontram em circulação. A partir de maio, a ponderação seguirá 100% o valor das ações em circulação.

Para evitar que apenas uma empresa distorça o Ibovespa, a participação de um ativo de uma companhia (considerando as ações ordinárias, preferenciais e units) não poderá ultrapassar 20%. "Assim, se a empresa é muito grande mas as ações possuem pouca liquidez também haverá um teto para o peso no indicador", explica Moraes. Segundo a BM&FBovespa, "caso isso ocorra, serão efetuados ajustes para adequar o peso do ativo da companhia a esse limite". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A terceira prévia da carteira teórica do Ibovespa, divulgada nesta sexta-feira, 3, válida para o período de janeiro a abril de 2014, traz como novidade a inclusão das ações ordinárias da Tractebel, com peso de 0,647% e a exclusão das ações ordinárias da MMX.

A terceira prévia confirma ainda a inclusão das ações ordinárias da BB Seguridade, EcoRodovias, Estácio, Even e Qualicorp, além da exclusão de B2W ON, Cteep PN, OI ON, Usiminas ON e Vanguarda ON, totalizando assim 72 ativos. As ações da BB Seguridade foram incluídas com peso de 1,558%, as da EcoRodovias com 0,410%, Estácio com 0,709%, Even ON com 0,337% e Qualicorp com 0,497%.

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As ações preferenciais da Petrobras aparecem como as de maior peso no Ibovespa, com participação de 8,147%, à frente dos papéis PNA da Vale, com 8,005%. Depois, vem Itaú Unibanco PN na terceira colocação entre os papéis com maior peso na carteira, com 6,889%, seguida por Bradesco PN, com 5,305%, Petrobras ON, com peso de 3,995%, Vale ON, com 3,816% e Ambev ON, com 3,793%.

Analistas destacam que este rebalanceamento do Ibovespa é particularmente importante porque trará já algumas regras da nova metodologia, anunciada em setembro pela BM&FBovespa. As mudanças de metodologia serão implantadas escalonadas em duas etapas, sendo que a carteira que vigorará de janeiro a abril de 2014 será obtida a partir da média das ponderações definidas com base na metodologia anterior e na nova. Apenas a partir de maio de 2014, informa a Bolsa, a ponderação do Ibovespa será realizada exclusivamente com base na nova metodologia.

As principais alterações na metodologia são: forma de ponderação, que passará a ser realizada pelo free float com cap de liquidez (IN) de 2 vezes; e cálculo de índice de negociabilidade (IN), que passará a considerar 1/3 da participação no número de negócios e 2/3 da participação de volume financeiro. Também haverá mudanças nos critérios de inclusão e exclusão da carteira, bem como nos critérios de inclusão e permanência na carteira em caso de suspensão da negociação do ativo. A nova metodologia contará também com a introdução de limite de participação por empresa.

Entre outras mudanças, a nova metodologia do Ibovespa prevê já para janeiro que as ações classificadas como penny stocks (que valem menos de R$ 1), no período de validade da carteira anterior ao rebalanceamento, não entram no índice. É o que ocorreria com a petroleira Óleo e Gás Participações (ex-OGX), mas a ação acabou sendo excluída do índice por ter entrado com pedido de recuperação judicial em 30 de outubro. A nova carteira passará a valer efetivamente no dia 6 de janeiro.

Seguindo o bom humor externo em função do acordo nuclear entre as potências globais e o Irã, o índice da Bolsa de São Paulo iniciou o dia em alta, puxado pela valorização de mais de 1% das ações da Petrobras. Em Nova York, no mercado futuro, o S&P 500 subia 0,32%, o Nasdaq avançava 0,39% e o Dow Jones estava em +0,39%.

Por volta das 10h25, o Ibovespa avançava 0,20%, aos 52.897 pontos. Em seguida, no entanto, o mercado virou e o índice passou a cair 0,49%, para 52.541 pontos, às 10h40, em função do baixo volume, que abre espaço para maior volatilidade.

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Os papéis da estatal de petróleo ainda sobem com a perspectiva da reunião do Conselho de Administração, na próxima sexta-feira, 29, e recuperando-se das perdas de sexta-feira. Já os bancos têm novo dia de queda de suas ações, ante a ação no STF da remuneração da caderneta de poupança. Vale também recua.

Destaque ainda para a publicação de aviso de mercado da Via Varejo de sua oferta secundária de 107.562.595 units no Nível 2 da Bolsa, que pode chegar a R$ 4,879 bilhões. O preço será fixado no dia 12 de dezembro. O início das negociações das ações na Bovespa, sob o código "VVAR11", está previsto para 16 de dezembro.

Os sinais de melhora da economia chinesa também trouxeram impacto positivo para o mercado de ações brasileiro. Até sexta-feira, 27, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) acumulava ganho de 7,45% em setembro. Esse bom desempenho também foi impulsionado pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estado Unidos) de manter os estímulos econômicos e pela desvalorização do real.

“Esses fatores impulsionaram diretamente ações como as da Vale, das empresas de siderurgia, papel celulose e petroquímica”, afirma Helder Soares, da gestora Claritas. “São setores importantes no Ibovespa.”

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Neste mês, as ações preferenciais da Vale acumulam alta de 3,12%, e as ordinárias de 2,15%. No segundo trimestre, a participação da China nas vendas de minério de ferro e pelotas foi de 43,8%. Na terça-feira, 24, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que “a China só dá alegria”.

A alta acumulada do Ibovespa até setembro, porém, não é suficiente para reverter o desempenho ruim da Bolsa acumulado neste ano. A queda chega a 11,85%. “Esse melhora da Bolsa não surpreendeu tanto assim. Em um determinado momento, houve um pessimismo muito grande com a economia doméstica e com a China”, afirma Soares.

Para o futuro, ele projeta a Bolsa “andando de lado”. “Continuo vendo com dificuldade um ciclo de alta. Estamos numa economia que não deslancha.” Nesse cenário ainda incerto, a decisão de investir na Bolsa de Valores vai depender da estratégia e do apetite do investidor pelo risco.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vencimento de uma dívida de US$ 45 milhões da OGX em 1º de outubro deixou os agentes financeiros em estado de alerta em relação à empresa. Há temor de que credores externos peçam a falência da petrolífera de Eike Batista ou que a companhia recorra à recuperação judicial para se organizar. Se uma dessas duas hipóteses se concretizar, será um forte baque para o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista.

“Podemos ter uma situação histórica na Bolsa na semana que vem”, diz um operador de uma corretora paulista, referindo-se ao risco de calote da OGX, que pode se tornar a primeira empresa listada no Ibovespa a entrar em recuperação judicial. Tal possibilidade está sendo levantada diante da insatisfação de grandes credores externos com as opções que vêm sendo apresentadas por Eike Batista para pagamento da dívida de US$ 3,6 bilhões que a OGX tem com pesos pesados da indústria financeira.

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No último dia 12, o diretor-presidente da OGX, Luiz Eduardo Carneiro, alertou para o fato de que o processo de reestruturação da dívida pode incluir tanto uma recuperação judicial quanto um pedido de aporte de mais recursos pelos detentores de títulos emitidos no exterior. “A recuperação judicial é uma possibilidade. Não estou dizendo que vamos entrar. Mas aquilo que for possível e impossível fazer para que a gente chegue lá e consiga fazer a reestruturação financeira, nós vamos fazer.”

Procurada na quinta-feira, 26, para comentar o tema, a OGX não respondeu às solicitações da reportagem. A BM&FBovespa, por sua vez, informou que os negócios com os ativos podem ser suspensos caso a empresa apresente pedido de recuperação judicial ou extrajudicial. Essa suspensão, segundo a Bolsa, pode durar até 30 dias, com possibilidade de prorrogação.

“A Bolsa pode encontrar algum artifício a fim de evitar um desastre”, acrescenta outro operador, prevendo uma corrida de zeragem de posições e uma elevada pressão vendedora no papel, que pode se espalhar rapidamente por outras ações.

Segundo cálculos de uma das fontes do Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, considerada uma participação de OGX ON ao redor de 5% na composição do Ibovespa, uma queda do papel para a casa de R$ 0,20 representaria uma baixa de cerca de 2% do índice à vista. Um tombo ainda maior, rumo aos R$ 0,10, por exemplo, significaria uma desvalorização superior a 3,5% do Ibovespa. Ontem, a ação fechou cotada a R$ 0,37.

Temendo uma queda livre, que poderia retirar ao menos 2 mil pontos do Ibovespa, o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista acredita que haverá alguma “saída estratégica” para essa questão. “Não acho que vão deixar a empresa quebrar, pois isso arranha a imagem do Brasil, em um momento que estamos tentando atrair investidores”, pondera.

Os profissionais consultados, que falaram sob a condição de não serem identificados, lembram que a suspensão dos negócios pode não ser imediata, uma vez que a situação especial da empresa ainda teria de ser avaliada. “Pelo que entendo, dada a norma da Bolsa para casos de recuperação judicial, haveria um pregão de ajuste após o anúncio e depois disso as ações ficariam suspensas e seriam retiradas do índice”, avalia um profissional.

Ele acrescenta que as ações potencialmente cairiam tanto nesse último pregão que o ajuste no índice seria muito mais pela queda no preço do que por sua saída do índice. Outro agente do mercado avalia que, caso a notícia seja veiculada no meio do pregão, é provável que a bolsa suspenda as negociações para evitar maiores distorções.

O Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da BM&FBovespa afirma que, se um ativo do índice passar a ser negociado em situação especial, como a recuperação judicial, ele será retirado do índice ao fim do primeiro dia de negociação nesta condição.

Nova metodologia. Os efeitos da OGX no Ibovespa têm sido alvo de críticas no mercado há alguns meses. O problema deverá ser resolvido com a nova metodologia para formação do índice. No último dia 12, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que a mudança foi iniciada há cerca de um ano e destacou que o “fator Eike” não influenciou nas regras. A nova norma prevê que ações que valham menos de R$ 1 não podem compor o índice. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova carteira teórica do Ibovespa, divulgada nesta segunda-feira, 2, e válida para o período de setembro a dezembro de 2013, confirma a inclusão das ações ordinárias da Anhanguera e da Kroton. A participação das empresas no índice nessa segunda prévia é de 0,692% e 0,708%, respectivamente. A nova carteira conta com 73 ativos de 67 empresas.

As ações PNA da Vale seguem como as de maior peso no Ibovespa, com participação de 8,287%, à frente dos papéis PN da Petrobras, com 7,617%. Depois, vem Itaú Unibanco PN na terceira colocação entre os papéis com maior peso na carteira, com 4,558%, seguida por OGX Petróleo ON, com 4,259%, e Bradesco PN, com peso de 3,697%. As ações da OGX estão entre as empresas que mais ganharam peso no Ibovespa - na última sexta-feira, 30, o papel tinha participação de quase 1,5%.

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Na sexta posição está a BM&FBovespa, cuja participação na carteira atinge 2,921%, acima de Banco do Brasil ON, com 2,788%; e Petrobras ON, com peso de 2,758%. As novas carteiras do IBrX, IBrX 50 e IGC, entre outras também começam a valer nesta segunda-feira, 2.

Passados os ajustes devido aos vencimentos de índice futuro e de opções sobre ações, registrados entre a semana passada e a segunda-feira, 19, os investidores estrangeiros retomaram a posição comprada em Ibovespa, no mercado futuro. Dados da BM&F Bovespa atualizados até esta segunda-feira, 19, mostram que os estrangeiros estão apostando 5.114 contratos em aberto na alta do derivativo, resultado de 129.315 contratos na compra e de 124.201 contratos na venda.

Um dia antes, na sexta-feira passada, 16, essa estratégia dos não residentes contava com um descoberto menor, de 3.652 contratos, vinda de uma posição vendida (aposta na queda) em Ibovespa futuro de 4.319 contratos em aberto na última quinta-feira, 15.

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Em valores, a posição comprada dos estrangeiros no derivativo representa R$ 261,325 milhões, considerando-se a pontuação de fechamento na segunda-feira, 19, do contrato futuro de Ibovespa referente ao mês de agosto, aos 51,1 mil pontos. É válido lembrar que, no mercado à vista, o fluxo de capital externo na Bolsa brasileira está positivo em R$ 1,251 bilhão no mês até o último dia 15, elevando o superávit no ano para R$ 5,535 bilhões em recursos estrangeiros, até a mesma data.

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