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A preocupação em torno do ritmo de recuperação da economia global, e as implicações que terá para o PIB brasileiro, em um cenário também marcado por incertezas políticas, colocou o Ibovespa em terreno negativo nesta segunda-feira, após a retomada observada na sessão anterior, que deixou o índice da B3 perto de zerar as perdas da semana passada. Assim, após recuo de 0,30% acumulado no período anterior, o Ibovespa iniciou esta semana em baixa de 1,49%, a 79.064,60 pontos no fechamento, tendo tocado os 78.993,75 pontos, em queda de 1,58% na mínima do dia, saindo de máxima a 80.722,75 pontos.

O giro financeiro da sessão totalizou R$ 21,4 bilhões e, com o fechamento de hoje, o Ibovespa acumula perda de 1,79% no mês e de 31,63% no ano.

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Na reta final da sessão, um protesto de caminhoneiros na Avenida Paulista contra o governo João Doria contribuiu para alimentar a cautela dos investidores domésticos, colocando o Ibovespa nas mínimas do dia, na semana em que os depoimentos de uma série de autoridades policiais e do governo tendem a orientar a investigação da PF sobre a acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre eventual interferência política do presidente Jair Bolsonaro na instituição. Amanhã cedo, Moro estará presente em Brasília, com procuradores federais, para acompanhar a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril em que Bolsonaro o teria ameaçado de demissão.

Anunciado na semana passada, o prolongamento das medidas de distanciamento social no Estado de São Paulo, acompanhado hoje por medidas mais restritivas na cidade do Rio de Janeiro, reforça as dúvidas quanto ao momento em que a economia brasileira iniciará o processo gradual de normalização, enquanto a curva da covid-19 permanece em elevação, sem sinais de perda de fôlego. A retomada das atividades, ora em curso na Europa e na Ásia, indica que a reabertura pode ser ainda mais complexa do que o fechamento da economia.

"A preocupação de que futuros 'lockdowns', como o (parcial) iniciado no Rio de Janeiro, podem arrefecer ainda mais a economia pesa nos players domésticos - assim como a queda das commodities metálicas deprecia as siderúrgicas, com a China registrando cinco novos casos de coronavírus na província de Hubei, que foi o epicentro da contaminação", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "A agenda política segue também pressionando o mercado doméstico, diante de dúvida sobre (se haverá) o veto ao reajuste dos servidores prometido por Bolsonaro ao ministro Guedes, que até agora não foi decidido", acrescenta.

No exterior, o dia foi sem direção única em Wall Street, e negativo na maior parte dos mercados europeus, com o petróleo em queda, resultando também em ajuste nas ações da Petrobras (no fechamento, -1,79% para a PN e -2,66% para a ON). Dúvidas em torno da recuperação da demanda chinesa também colocaram pressão sobre as ações da Vale (-2,29%) e de siderúrgicas (CSN -5,76% e Gerdau PN -3,85%), embora tanto as ações da mineradora como da petrolífera tenham chegado, em certo momento, a limitar as perdas em relação ao observado mais cedo na sessão.

"O momento era de melhora na expectativa de demanda por commodities, mas o reaparecimento de casos de coronavírus, especialmente na China, acaba resultando em reavaliação. A retomada econômica que chegou a parecer em forma de V, está ficando com cara de U e pode vir a assumir outras formas, como W", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos. Mais uma vez, os analistas financeiros ouvidos na pesquisa semanal Focus, do BC, reduziram a expectativa para o PIB do país em 2020, em retração agora a 4,11%, comparada a -3,76% no levantamento anterior. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 1,96%.

O pregão de sexta-feira (24) na Bolsa de Valores tinha todos os elementos para ser desastroso, após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. O Ibovespa caminhava para acionar o circuit breaker, o mecanismo que interrompe as negociações quando a queda passa de 10%, mas por menos de 0,5 ponto porcentual o mercado se arrastou ao longo da tarde.

A expectativa era o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro e, principalmente, o futuro do ministro da Economia, Paulo Guedes. No fim do dia, o recuo de 5,45%, para 75.330 pontos, pareceu pequeno diante dos novos elementos que os investidores terão de lidar a partir desta segunda-feira. Além dos novos casos e mortes causados pela Covid-19, será preciso interpretar os rumos da recente crise política que se instalou em Brasília.

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"Estamos numa pandemia e numa crise política bastante ruidosas. A economia já teria dificuldade por si só", diz Alexandre Aoude, sócio-fundador da gestora Vectis Partners. "A minha visão é negativa porque um presidente tresloucado no meio de uma pandemia e de uma crise econômica sem precedentes corre o risco de perder mais ministros de alta qualidade."

A principal preocupação é com a saída de Guedes. Se o superministro Moro trazia os selos de combate à corrupção e de transparência na atuação do Estado, o superministro Guedes é o guardião do ajuste macroeconômico que ajudará o País a corrigir seus graves problemas estruturais e engatar crescimento e desenvolvimento.

Mas, desde a divulgação do plano emergencial Pró-Brasil, feita pela equipe da Casa Civil chefiada pelo general Walter Braga Netto sem nenhum integrante da equipe de Guedes, os rumores sobre a saída dele aumentaram. Apesar da falta de clareza das medidas para a recuperação da economia brasileira, ficou evidente que o governo quer privilegiar o gasto público e abandonar a seriedade fiscal, algo que contraria as ações do ministro da Economia.

"Com a saída de Sérgio Moro, o dólar para o consumidor final bateu em R$ 7. Isso não teve nada a ver com Guedes", diz Guto Ferreira, sócio da casa de análise Solomon's Brain. "O que está sendo precificado pelo mercado é a política, não é a economia."

Único gráfico que importava. Antes de essa bomba-relógio política ter sido ativada em Brasília, a principal preocupação era com o aumento da curva dos casos confirmados de coronavírus no País. Só o seu achatamento vai determinar o fim da quarentena e a volta, mesmo que gradual, às atividades.

"Se a pandemia for controlada, com o achatamento da curva, a quarentena não vai durar tanto e já teremos uma situação de normalidade parcial em junho", diz Luiz Fernando Missagia, gestor de renda variável da ACE Capital. "A Bolsa já teve uma melhora após a covid-19, indo de 60 mil pontos para 80 mil porque o número de casos parou de crescer em países de primeiro mundo."

Como os investidores buscam antecipar os acontecimentos, o gráfico do Ibovespa apresentou queda acentuada em março. Os casos de Covid-19 começavam a subir no Brasil, mas o que estava ocorrendo na Europa e Estados Unidos fizeram o indicador mergulhar até os 63.570 pontos em 23 de março. A valorização de quase 27% desse piso até os 80.687 pontos, registrados em 22 de abril, mostrava que o indicador parecia se estabilizar à espera do fim do isolamento. O problema é que uma nova crise interna entrou no radar.

"Ficou pior e mais difícil saber como o Brasil vai sair dessa crise de saúde", diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. "Agora, com a preocupação com a covid-19 está o afrouxamento das regras fiscais para recuperar a economia e as reações sobre os próximos movimentos de Paulo Guedes." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de sucessivos ensaios nos últimos dias, o dólar rompeu definitivamente o teto dos R$ 4 na sessão desta quinta-feira, 16, em meio ao fortalecimento global da moeda americana e, sobretudo, a busca por proteção diante da deterioração contínua do capital político do presidente Jair Bolsonaro. Com mínima de R$ 3,9947 e máxima de R$ 4,0416, o dólar à vista fechou em alta de 0,98%, a R$ 4,0357, o maior valor de fechamento desde 28 de setembro do ano passado. E as perspectivas de operadores e analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, são de que a taxa de câmbio se mantenha acima de R$ 4 no curto prazo.

A corrida ao dólar começou já na abertura dos negócios em meio à conjunção de alta da moeda americana no exterior e ao aumento das tensões políticas. À surpresa com a magnitude dos protestos de rua na quarta contra o contingenciamento da educação somaram-se as preocupações com os desdobramentos da quebra do sigilo do senador Flávio Bolsonaro, aparentemente envolto em transações suspeitas com imóveis.

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As declarações de Bolsonaro, que chamou manifestantes de idiotas, e a piora da situação fiscal, com o governo sem forças nem para aprovar com facilidade crédito suplementar, completavam o quadro de desalento. Um presidente com capital político erodido e sem base de apoio no Congresso significa dificuldades enormes para aprovação de uma reforma da Previdência robusta, ponto considerado essencial para retomar a confiança e consequente recuperação da economia.

"Não se sabe se vai demorar muito mais para a aprovação da reforma da Previdência e qual vai ser a desidratação. Isso faz o mercado tomar uma postura mais defensiva", afirma Felipe Pellegrini, gerente de Tesouraria do Travelex Bank, ressaltando, contudo, que a piora das perspectivas para a economia também contribuem para depreciação do real. "Antes era só a questão da Previdência. Agora, temos a projeção de PIB muito fraco e essa questão dos protestos. A tendência é de alta do dólar no curto prazo."

Ao quadro interno turbulento somava-se a rodada de alta global do dólar após dados positivos da economia americana, com fortes ganhos ante o euro e a maioria das divisas emergentes. O Índice DXY - que compara o dólar a uma cesta de seis moedas - subiu 0,27%, em dia de perdas do euro. A moeda americana também apresentou ganhos firmes em relação a divisas de países emergentes, com destaque para a lira turca e o rand sul-africano.

O real já apresentava o pior desempenho entre moedas emergentes ao longo da tarde quando uma pesada onda de ações da Vale, que alertou para risco de rompimento de barragem em Minas Gerais, levou o Ibovespa a perder os 90 mil pontos e agravou a tensão no mercado de câmbio. Com as vendas na bolsa, o dólar engatou uma sequência de alta e renovou sucessivas máximas até atingir R$ 4,0416. Operadores notaram movimentos técnicos de liquidação de posições vendidas e aumento da procura de hedge no fim da tarde, no ápice do nervosismo.

Para o especialista no mercado de câmbio Jefferson Laatus, sócio-fundador do Grupo Laatus, o real é vítima de uma tempestade perfeita, com o movimento concomitante de fortalecimento global da moeda americana e de perda de confiança dos investidores no governo. "São muitas questões, como os protestos, o cumprimento da regra de ouro, o problema do Flávio Bolsonaro e a própria postura do presidente. Tudo isso faz o mercado buscar segurança no dólar", diz Laatus, ressaltando que o "mercado está descrente".

Apesar do estresse dos últimos dias, analistas não veem motivo para intervenção do Banco Central, já que não há disfuncionalidades no mercado de câmbio e já há provisão de hedge por meio de rolagem de swap cambial.

A cotação da moeda norte-americana fechou o primeiro pregão da semana em baixa de 0,74%, cotada a R$ 3,6872.

O Ibovespa, índice da B3, também começou a semana em alta, registrando valorização de 1,63%, com 85.596 pontos.

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Os papéis de grandes empresas, chamadas de blue chip, também fecharam o pregão de hoje em alta, como Petrobras com valorização de 2,35%, Vale com alta de 3,25% e Itau subindo 1,46%.

A alta das bolsas de Nova York, mesmo com novos capítulos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, acabou por influenciar o mercado brasileiro. O Índice Bovespa teve nesta terça-feira, 18, sua terceira alta consecutiva, garantida em grande parte pelo ímpeto comprador dos investidores estrangeiros. No cenário doméstico, também contribuiu a visão menos tensa em relação à eleição presidencial, apesar da expectativa pela pesquisa Ibope, a ser divulgada hoje. Assim, o Ibovespa fechou em alta de 1,99%, aos 78.313,96 pontos, maior patamar desde 29 de agosto.

Pela manhã, a China confirmou o que os mercados já esperavam e anunciou tarifas de 5% a 10% sobre US$ 60 bilhões de produtos importados dos Estados Unidos. O anúncio foi uma retaliação à decisão de Washington de impor cobranças extras de 10% sobre US$ 200 bilhões em mercadorias compradas da China, que passarão a 25% em 2019. À tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu as tarifas impostas sobre a China e disse que este é apenas o começo.

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Os novos capítulos da novela comercial protagonizada por EUA e China acabaram por ser minimizados no mercado internacional, diante de avaliações de que as medidas terão impacto limitado e que as negociações podem ainda levar meses antes de uma solução. Com isso, os mercados americanos encontraram espaço para recuperar perdas recentes e oscilaram em alta.

"O dia não deixou de ser um pouco estranho, uma vez que, em um primeiro momento, as notícias envolvendo Estados Unidos e China deveriam provocar reação negativa. Mas, ao mesmo tempo, era algo que já estava na mesa há algum tempo", disse Glauco Legat, analista da corretora Spinelli.

Internamente, diz o analista, o mercado manteve o viés um pouco mais otimista baseado na expectativa de que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tenha condições de vencer concorrentes considerados não reformistas.

No Brasil, o ganho do Ibovespa foi garantido principalmente pelas blue chips do setor de commodities e da maioria das ações do setor financeiro, com Banco do Brasil à frente (+4,46%). Os papéis da Petrobras seguiram a valorização dos preços do petróleo no mercado internacional e subiram 3,60% (ON) e 4,38% (PN). Vale ON, ação de maior peso na composição do Ibovespa, terminou o dia com ganho de 4,18%.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa passa a contabilizar alta de 2,13% em setembro e de 3,01% em 30 dias.

A cautela voltou a dar o tom dos negócios no mercado de ações na quarta-feira (11) e o Ibovespa teve sua quinta queda consecutiva, influenciado principalmente pelas ações do setor financeiro. O índice fechou o pregão em baixa de 0,87%, aos 72.307,77 pontos. Em cinco pregões de queda, o Ibovespa perdeu 8%, o que leva a uma perda acumulada no ano de 5,36%.

O volume de negócios - de R$ 9,6 bilhões - ficou abaixo da média dos últimos dias, evidenciando um pregão mais tranquilo, sem os sobressaltos das últimas semanas.

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A queda da Bolsa brasileira foi na contramão dos índices de Nova York, que operaram em alta na maior parte do tempo. No cenário interno, a incertezas políticas ainda pesam, depois que pesquisa da Datafolha divulgada no fim de semana mostrou que o ex-presidente Lula lidera as intenções de voto, mesmo estando preso.

Depois de registrar a maior queda em quase 10 anos na última sexta-feira, 8, o dólar teve um dia volátil e fechou em leve alta, ontem, de 0,09%, cotado a R$ 3,7082. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) abriu em alta de 1,56% com 76.528 pontos, como reflexo das incertezas causadas pelo fim da greve dos caminhoneiros após o 9º dia de paralisações, que resultou no desabastecimento de combustível e produtos em diversas regiões do Brasil.

As ações da Petrobras tiveram desvalorização de mais de 14%, com as ações preferenciais na distribuição de dividendos caindo 14,59% e as ações ordinárias (direito a voto em assembleias) decrescendo 14,06%.

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A alta registrada hoje (29) demonstra que os investidores permanecem atentos aos desdobramentos da greve dos caminhoneiros e as propostas apresentadas pelo governo federal em relação aos tributos dos combustíveis.

A Bolsa brasileira caminha para ter um desempenho muito positivo em 2018, apesar da volatilidade que as eleições presidenciais podem causar, na visão de Emy Shayo, estrategista para América Latina e Brasil do banco americano JP Morgan. Ela tem uma recomendação de compra da Bolsa brasileira, baseada num cenário externo benigno e na perspectiva de um crescimento forte nos lucros das empresas brasileiras. No seu cenário mais otimista, o Ibovespa pode chegar a 97.100 pontos ao fim de 2018. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O JP Morgan tem uma recomendação de compra para a Bolsa brasileira? Por quê?

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No JP Morgan, gostamos de dizer que os investidores em mercados emergentes são turistas do crescimento. Temos observado que as economias emergentes têm crescido acima das dos países desenvolvidos. Onde entra o Brasil nisso? Entre todos os países emergentes, principalmente os mais relevantes, o Brasil está apresentando o maior delta de crescimento: o PIB cresceu 1% no ano passado e deve crescer 3% neste ano, que é a nossa estimativa. Essa diferença de 2 pontos torna o Brasil muito atraente em termos de investimentos. Comparando com outros mercados emergentes, a Bolsa brasileira oferece a maior perspectiva de crescimento de lucros das empresas.

Como as eleições presidenciais podem afetar a Bolsa ao longo deste ano?

A corrida presidencial pode afetar a Bolsa em particular pelo grande nível de incerteza. Não sabemos quem pode chegar ao segundo turno nem ao menos quem são os candidatos hoje. Mas uma mensagem importante é a seguinte: os investidores estrangeiros acreditam que as pessoas no Brasil já entenderam que as reformas são necessárias. E mesmo os principais candidatos têm, de uma forma ou de outra, uma plataforma reformista. Pode-se dizer que, obviamente levando em conta as diferenças entre os candidatos, de um jeito ou de outro, o resultado das eleições será um que estará no caminho das reformas.

O que vai pesar mais na Bolsa, o cenário externo ou fatores locais, como as eleições?

Até a metade do ano, no mínimo, as questões globais ainda vão ter um peso importante, exatamente por esse nível elevado de incertezas em torno das eleições presidenciais.

Em março, até o dia 20, os investidores estrangeiros já haviam retirado quase R$ 4,5 bilhões da Bolsa brasileira. Como explica isso?

Assim como a nossa recomendação para a Bolsa, os investidores estrangeiros estão com uma posição de compra ou "overweight" no Brasil, isto é, tem uma alocação maior do que recomendaria o índice. O que talvez esteja acontecendo é que os investidores estrangeiros talvez estejam retirando dinheiro do mercado ativo, isto é, de compras diretas de ações, como se pode observar nos dados reportados pela B3, porém estão com uma carteira mais balanceada, uma vez que estamos observando uma certa criação de ETFs. Não ameniza esse grande fluxo que estamos vendo de saída na B3, mas não acho que seja preocupante, pois estamos vendo um fluxo forte para fundos de mercados emergentes. Em 2018, já entraram US$ 41 bilhões em fundos de mercados emergentes. Em 2017, foram US$ 80 bilhões. O Brasil corresponde a 7,5% do índice de mercados emergentes. Então não é possível que dinheiro esteja entrando nos mercados emergentes e não chegue ao Brasil.

Nos últimos dias, o Ibovespa tem tido muita dificuldade de subir e superar a resistência dos 87 mil pontos. Mas após as reuniões de política monetária do Fed e do Copom, que foram favoráveis aos ativos de risco, até onde o Ibovespa pode chegar?

 

No JP Morgan, trabalhamos com bandas para a Bolsa. Aos 87 mil pontos, o Ibovespa está no cenário base (86.400 pontos) que traçamos em novembro passado. Jamais imaginei que em março a Bolsa já atingiria o nosso cenário base. O que aconteceu? O crescimento da economia mundial foi melhor que o esperado, levando a um aumento dos preços de commodities. E o Ibovespa tem um peso importante de commodities, mesmo comparado aos outros mercados emergentes. A Bolsa brasileira é a que tem maior peso de commodities no índice, mais do que a Rússia até. O nosso cenário otimista para o Ibovespa é de 97.100 pontos no fim deste ano. O pessimista é em torno de 65.300 pontos. Fazemos uma revisão dos nossos "targets" (alvos ou metas) duas vezes ao ano, em novembro e em junho, e acredito que teremos uma revisão para cima, exatamente pelo desempenho dos preços de commodities, os quais não estavam no nosso tabuleiro quando traçamos as expectativas para este ano.

Tudo indica que 2018 será um ano positivo em termos de desempenho da Bolsa. E para 2019? Sem aprovar a reforma da Previdência, é possível a Bolsa manter o fôlego de alta?

2019 será o ano da verdade para o Brasil. Precisamos ter alguém que venha e confirme que o País vai cuidar das suas contas fiscais. O que está em jogo nesta eleição é o Brasil poder manter esse ciclo de juros estruturalmente baixos. É normal se houver um aperto monetário de, digamos, 1 ou 2 pontos porcentuais, o que é normal no ciclo de negócios. O importante é não voltarmos a ter juros elevados como havia antes. Para isso acontecer, tem que mexer no fiscal. O Brasil não vai tolerar passar 2019 sem ter mudanças importantes na área fiscal. Por isso, a reforma da Previdência é essencial. Apesar de termos falado sobre ela em 2017 inteiro, puxamos esse tema para frente, entendo que não houve acordo político para sua votação num ano eleitoral, mas isso vai ser cobrado no dia seguinte à votação do segundo turno das eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bolsa brasileira foi a que mais subiu neste ano entre os principais mercados internacionais, apesar do recente aumento da volatilidade, que fez os índices de ações caírem ao redor do mundo desde o começo de fevereiro. O Brasil e outros emergentes também vêm sofrendo com o aumento do nervosismo dos investidores nas últimas semanas, mas menos que os países desenvolvidos.

O Ibovespa acumulava ganho de 5,9% até o dia 13, superando o desempenho de mercados como China, Índia, Turquia, África do Sul e todos da América Latina, de acordo com dados do The Wall Street Journal, que considera o desempenho das bolsas em moeda local.

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Os números com a variação em dólar também mostram o Brasil com valorização acima de outros mercados, segundo levantamento da Economática, que leva em consideração o desempenho dos índices até terça-feira. O Ibovespa acumula alta de 6,72% na moeda americana, bem maior que a da Colômbia (+3,21%), do México (+2,51%) e da Bolsa argentina (-6,58%).

O ganho da Bolsa brasileira na comparação mundial deve se ampliar ainda mais com o desempenho registrado nesta quarta-feira, 14. O principal índice da Bolsa paulista avançou 3,27% e acumulava alta de 9,35% no ano. O resultado do Ibovespa em 2018 é influenciado, sobretudo, pelos números de janeiro, quando a Bolsa bateu sucessivos recordes puxados pelo apetite de investidores estrangeiros. Em fevereiro, o Ibovespa acumula queda, mas menor que seus pares internacionais.

Boa parte das bolsas mundiais acumula queda no ano e em fevereiro, sobretudo os índices americanos, segundo os números do The Wall Street Journal, por causa da mudança de expectativa dos agentes de mercado sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A avaliação é de que o BC dos EUA pode ter de subir o juro mais rapidamente do que o anteriormente previsto por causa da aceleração da inflação.

Emergentes. Especialistas avaliam que a perspectiva para as economias do Brasil e dos emergentes em 2018 segue favorável. A consultoria Capital Economics destaca que a melhora de indicadores da conta corrente de diversos mercados, sobretudo o Brasil, indica que os emergentes ficaram menos vulneráveis aos choques externos.

"Com a exceção da Argentina, as economias da América Latina estão mais bem preparadas agora do que há alguns anos para uma deterioração global do apetite por risco e/ou para aumento dos custos dos empréstimos", ressalta o economista da consultoria para a região, Edward Glossop.

O déficit da conta corrente do Brasil, que chegou a superar 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, batendo recorde histórico, fechou o ano passado em 0,48%.

O Credit Suisse destaca em relatório esta semana que as bolsas e moedas de países emergentes têm demonstrado força, mesmo com as quedas registradas pelo índice S&P 500 da Bolsa de Nova York durante a última semana. Melhora das contas externas, inflação comportada e expectativa de crescimento do PIB ajudam a manter um cenário positivo para os emergentes, segundo o banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (antiga BM&F Bovespa), bateu novo recorde hoje (26), encerrando o dia com 85.530 pontos. A pontuação indica alta de 2,21% em relação ao pregão anterior. O volume negociado somou R$ 16,138 bilhões.

As maiores altas foram verificadas nas ações da Cemig PN N1, Viavarejo UNT N2, Rumo S.A. ON NM, Gerdau PN N1 e Itaú Unibanco PN N1.

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A maior pontuação já registrada tinha sido de 83.680, registrada há dois dias, em 24 de janeiro. Desde o dia 2 de janeiro, o indicador vem batendo sua marca histórica sucessivamente.

Em mais um dia de forte valorização, o Ibovespa firmou-se no novo patamar histórico dos 85 mil pontos nesta sexta-feira, 26, impulsionado pela força das blue chips e em linha com a trajetória de seus pares no exterior. No primeiro pregão após a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o índice à vista fechou na máxima, aos 85.530,83 pontos, e alta de 2,21%. Com isso, acumula ganhos de 5,31% na semana de apenas quatro dias de pregão.

O volume financeiro, de R$ 16 bilhões, foi o dobro da média do mês e, segundo Aldo Muniz Filho, analista da Um Investimentos, mostra que quem apostou na ponta de venda antes do julgamento virou a mão e quem estava fora dos negócios da Bolsa acabou entrando.

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O fluxo dos investidores não residentes, que fizeram a diferença para impulsionar o Ibovespa durante todo este mês, se manteve firme. Tanto que as ações preferidas, tanto da Petrobras quanto do setor financeiro, figuraram entre as maiores altas do pregão.

Também contribuiu para o forte movimento de alta do Ibovespa, principalmente na primeira etapa do pregão, uma equalização entre as ADRs negociadas no exterior e suas respectivas no mercado doméstico, uma vez que na quinta-feira não houve negócios por causa do feriado pelo aniversário da cidade de São Paulo.

Para Filho, houve um mix de notícias domésticas favoráveis ainda no contexto de um cenário externo benigno. Segundo ele, dados do Caged sobre desemprego foram menores na comparação aos dois anos anteriores, as perspectivas de déficit fiscal estão abaixo do projetado, e houve aumento da pena para o ex-presidente Lula, o que dificulta suas chances de voltar a ocupar o Palácio do Planalto. Na leitura dos agentes de mercado, aumentam as possibilidades para um candidato com pensamento alinhado com o ajuste das contas públicas.

Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial, ressalta que também as ações de setores ligadas à economia doméstica tiveram boa performance, como nas companhias de consumo, varejo e infraestrutura. Esse desempenho acompanha o cenário de redução da taxa básica de juros e da atividade econômica mais forte.

Um rali diante do desfecho esperado, de confirmação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, levou o Ibovespa a bater novo recorde nesta quarta-feira, 24, aos 83.680,00 pontos, e valorização de 3,72%. O giro financeiro foi forte, de R$ 15,7 bilhões.

Durante o pregão, as ações ligadas ao governo, de empresas estatais como Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil estiveram entre as maiores valorizações do índice à vista, entre 6% e 7%. Os papéis ON e PN da petroleira renovaram seguidas máximas levando o preço a R$ 20,00 e R$ 19,00, respectivamente - as maiores cotações dos últimos anos.

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Mário Mariante, estrategista-chefe para renda variável Planner Corretora Valores, ressalta que a força desses papéis no pregão de hoje reflete em parte o sentimento de que estão cada vez mais remotas as chances de Lula voltar a ocupar a Presidência da República. "Há sempre o receio de que a volta do PT traga novamente o uso das empresas estatais federais pelo governo", disse o profissional, lembrando que a Petrobras tem de vender ativos para reduzir sua dívida e há um trabalho duro de reconstrução da empresa após o impacto da Lava Jato.

O desembargador Victor Laus decidiu acompanhar os outros dois magistrados da Tribunal Regional Federal (TRF-4) e rejeitou os pedidos preliminares da defesa do ex-presidente Lula, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, agora também em segunda instância.

"Neste momento, o que está importando para o mercado é Lula não ser candidato. Ainda não se precificou as consequências disso, do ponto de vista da corrida eleitoral", disse Pedro Paulo Silveira, economista-chefe Nova Futura CTVM, referindo-se ao fato de o ex-presidente, fora do pleito, vir a apoiar fortemente alguém.

O economista Alexandre Espirito Santo, da Órama, não vê a questão do julgamento como algo definitivo para o médio prazo, quando Tribunal Superior Eleitoral (TSE) for instado a se manifestar. Nesse contexto, diz, os mercados seguem favorecidos pelo ambiente internacional, com 22 dias consecutivos de entrada de dinheiro de investidores não-residentes na bolsa, o que contribui para que o giro financeiro seja algo excepcional para o mês de janeiro.

O Ibovespa operou nesta terça-feira, 23, descolado do exterior, com os investidores voltando os olhos mais para os riscos domésticos do que para as perspectivas positivas de crescimento global que se seguem. As incertezas com relação ao julgamento do recurso da condenação em primeira instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva serviram como mote para o movimento de realização de ganhos que acumulavam perto de 7% somente em janeiro.

O índice à vista resistiu na primeira etapa da sessão de negócios no patamar dos 81 mil pontos, mas acentuou a trajetória de queda no fim da manhã e largou esse nível. A desvalorização se deu em dia de alta do dólar frente ao real. Fechou aos 80.678,34 pontos com perda de 1,22%. O giro financeiro foi forte, de R$ 11,7 bilhões. Ainda assim, o Ibovespa está valorizado em 5,60% na conta do primeiro mês de 2018.

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"Estamos descolados do mercado externo hoje com uma realização dado que amanhã há potencial para ser um dia bem volátil, além de ser seguido por um feriado. Faz sentido reduzir exposição a risco diante desse evento", disse Hersz Ferman, da Elite Corretora, em relação ao julgamento e aos acontecimentos na seara política que vêm a reboque.

"Nem notícias corporativas estão fazendo preço, porque o pessoal está cauteloso", disse Ferman. Assim, as ações da estatal brasileira do petróleo oscilaram com recuo entre 1% e 1,5% - fechando em queda entre 0,62% e 0,97% - , na contramão das cotações do petróleo no mercado internacional.

O desempenho negativo dos papéis das empresas do bloco de siderurgia, liderados pela Vale, ocorreram em reação à queda de 3% no minério de ferro no segmento à vista, na China e também em sintonia com as mineradoras na Europa. Com a queda de 4,17% na sessão desta terça, Vale ON praticamente devolve a maior parte dos ganhos de janeiro, acumulando variação de 1,52% neste mês.

De acordo com um operador, o recuo do Ibovespa só não foi maior porque o bloco financeiro deu sustentação no azul na maior parte do pregão, à exceção de ItauUnibanco, que fechou com perdas. As blue chips bancárias acumulam alta de mais de 10% agora em janeiro.

Apesar da expectativa de melhora na economia com o novo governo e equipe econômica, a euforia do mercado, segundo a economista Maryse Farhi, parece ter terminado. Desde o dia 12 de maio, data em que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiu como interino, o dólar comercial valorizou 2,8%% frente ao real e a o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 5,8%.

A repercussão negativa ocorre na semana em que o ministro Henrique Meirelles anunciou a nova equipe econômica, inclusive o novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.“O mercado financeiro estava brincado de 'Poliana', achando que tudo ia se resolver quando o novo governo assumisse. Mas ficam vendo esses trapalhões atuando (do governo Temer)”, afirmou a professora Maryse Farhi, do Instituto de Economia da Unicamp. “A dita volta da confiança não ocorreu”, comenta a professora.

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A reunião do Fed (Banco Central dos Estados Unidos) que sinalizou para um possível aumento dos juros em junho também impactou bolsas de todo o mundo e a cotação do dólar se valorizou em vários países. Mas no Brasil isso foi intensificado pela situação política, de acordo com Farhi. “É impossível fazer previsões do que vai acontecer agora”, afirma a professora. “O Congresso vai aprovar as medidas do novo governo? É tudo muito incerto”, analisa.

Mercado externo - A postura do novo ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB) em relação aos vizinhos do Mercosul pode gerar perdas no comércio exterior, segundo Farhi. “Pode impactar os negócios que estão sendo feitos com empresas brasileiras e empresas desses países”, afirma.

Serra respondeu de maneira agressiva à Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, que criticaram o caráter ilegítimo do processo de impeachment. "O Brasil é parceiro comercial importante desses vizinhos, sobretudo da Venezuela", lembra a professora.

Ajuste fiscal - Outro ponto de perigo, segundo ela, é o ajuste fiscal sinalizado por Henrique Meirelles. Em suas entrevistas, ele defende medidas de economia dos gastos públicos intensas, o que pode intensificar a queda no crescimento econômico. “É uma bomba quando você aumenta a contração dos gastos públicos em uma economia em recessão”, analisa Farhi.

Para a professora, Meirelles é totalmente fiscalista. Para essa teoria econômica, a recuperação se dá por meio do corte de gastos e da recuperação da confiança do empresário.

Com informações da Agência PT de notícias 

A Bovespa passou nesta quinta-feira, 24, por certa realização de lucros, por meio da venda de ações, mas o movimento foi limitado, com players evitando mudanças radicais de posições neste momento de indefinição no cenário político. O Ibovespa - índice de referência da Bolsa brasileira - chegou a cair 1,84% no início do dia, mas desacelerou as perdas no decorrer da sessão. No fim, após alguma melhora dos índices de ações em Nova York, o Ibovespa fechou em leve baixa de 0,07%, aos 49.657,39 pontos.

Entre as ações de referência para o índice, Petrobras ON subiu 0,71%, aos R$ 9,99, e Petrobras PN teve alta de 0,39%, aos R$ 7,81. Os papéis da Vale, após chegarem a cair mais cedo, terminaram com ganhos consistentes: +6,59% o ON e +8,29% o PN.

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Profissionais do mercado comentavam, no entanto, que os fundamentos do setor de mineração não se alteraram e não justificavam a recuperação das ações da Vale. Hoje, os preços do minério de ferro caíram 3,1% no mercado à vista chinês, a US$ 55,5 a tonelada seca, de acordo com dados do The Steel Index. Um profissional, no entanto, chamou a atenção para a alteração da política de dividendos sugerida pela mineradora. A Vale estuda distribuir dividendos de acordo com o fluxo de caixa e, por esta avaliação, os preços podem ter ganhado impulso.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,08%, aos 17.515,73 pontos, o S&P 500 cedeu 0,04%, aos 2.035,94 pontos, e o Nasdaq avançou 0,10%, aos 4.773,51 pontos.

O desempenho do Ibovespa passou por uma reviravolta na última hora de pregão desta quinta-feira, 10, e fechou em firme alta de 1,86% aos 49.571,11 pontos. A valorização de ações na Bovespa ganhou força após a revelação de que o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na denúncia contra o petista, sua esposa e seu filho Fábio Luiz Lula da Silva, protocolada na quarta-feira, 9. Além de Lula, também foi pedida a prisão preventiva do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e de outros dois investigados do caso Bancoop.

Na máxima da sessão, às 17h22, o Ibovespa bateu os 49.974 pontos em alta de 2,69%. Na mínima, por volta das 14h40, chegou aos 47.922 pontos, em queda de 1,53%.

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Na maior parte da tarde, o Ibovespa exibia o sinal negativo num movimento de realização de lucros, segundo um operador e o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger. A virada para o positivo aconteceu depois de a entrevista coletiva dos promotores do MP-SP ter começado. A renovação frenética de máximas, entretanto, aconteceu somente depois de circular entre as mesas de operação que os promotores haviam pedido a prisão preventiva de Lula.

Naquele momento, as ações pararam de mirar o exterior - onde o petróleo fechou em queda, assim como as bolsas na Europa e os índices Dow Jones e Nasdaq, em Nova York - para digerir apenas o noticiário doméstico. Depois da notícia sobre a prisão, como observou um operador de renda variável, os papéis da Petrobras também trocaram o sinal negativo para o positivo. As ONs fecharam em alta de 2,62%, e as PNs +4,61%.

A alta das ações de grandes bancos acelerou fortemente também no mesmo momento. Com isso, a PN de Itaú Unibanco fechou em alta de 3,92%. A PN de Bradesco, em + 2,99%. A ON do Banco do Brasil foi que registrou a maior alta entre os bancos. Subiu 5,91% e ficou entre as maiores altas da carteira do Ibovespa.

Na avaliação do operador da Quantitas, Thiago Montenegro, a valorização dos papéis do BB, assim como dos da Eletrobras (ON +3,47%), pode ser entendida com uma "recuperação de estatais". Com a intensificação da tese de afastamento do PT do comando do País, analistas e operadores entendem que as empresas ligadas ao governo federal poderiam vir a ser beneficiadas.

Nessa quinta-feira, o giro financeiro mostrou, mais uma vez, uma força maior que a média diária do histórico da BM&FBovespa. Totalizou R$ 11,845 bilhões, praticamente o dobro da observada no mês passado.

O dólar começou a quinta-feira, 10, o dia em queda ante o real, enquanto o Ibovespa futuro aponta para uma abertura no azul, com investidores reagindo à notícia de que o Ministério Público de São Paulo denunciou na quarta criminalmente o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia, no caso do tríplex no Guarujá, sustentando que ele cometeu crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato. A percepção do mercado é de que a denúncia agrava mais a crise política para o Planalto. Na mínima, o dólar caiu a R$ 3,6482 - menor valor intraday desde 1º de setembro de 2015 (a R$ 3,640).

Às 9h33, o dólar à vista recuava 1,28%, a R$ 3,6517, enquanto a moeda para abril perdia 0,81%, a R$ 3,6705. Ibovespa futuro subia 1,70%, aos 50.140 pontos.

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Já os dados do varejo também colaboram para a desvalorização do dólar ante o real. As vendas do comércio varejista caíram 1,5% em janeiro de 2016 ante dezembro de 2015. No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 1,6% em janeiro ante dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal. Os dois resultados vieram dentro do esperado.

A Bovespa teve um pregão extremamente volátil nesta quinta-feira, 17, de decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). e o resultado não podia ter sido mais equilibrado para o dia: o principal índice à vista fechou estável. Pela manhã, o noticiário político afetou os preços no mercado e, à tarde, o Fed foi o guia.

O Ibovespa terminou o pregão estável, aos 48.551,07. Na mínima, marcou 48.082 pontos (-0,97%) e, na máxima, 49.396 pontos (+1,74%). No mês, acumula ganho de 4,13% e, no ano, perda de 2,91%. O giro financeiro totalizou R$ 7,426 bilhões.

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Nos EUA, o Dow Jones terminou a sessão em baixa de 0,39%, aos 16.674,74 pontos, o S&P recuou 0,26%, aos 1.990,20 pontos, e o Nasdaq subiu 0,10%, aos 4.893,95 pontos.

Na decisão em que manteve a taxa dos Fed Funds inalterada na faixa de zero a 0,25%, nove dirigentes foram a favor e apenas um, o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, contra. O comunicado, que não ofereceu nenhuma indicação sobre quando acontecerá o aperto monetário, trouxe, entretanto, que os recentes desenvolvimentos globais podem restringir a economia e a inflação nos EUA. Além disso, o Fed quer ver mais melhora no mercado de trabalho.

Antes do Fed, o imbróglio político influenciou a Bovespa. Pegou mal a notícia de que o ex-presidente Lula estaria pressionando a presidente Dilma para dar uma guinada na sua política econômica. Mais tarde, entretanto, o Instituto Lula negou as informações veiculadas na imprensa. Lula se reuniria com Dilma nesta tarde.

A novela Lula influenciou o desempenho de papéis de estatais, como Petrobras e Banco do Brasil. Petrobras ON caiu 2,11% e a PN, 3,44%.

Vale, por outro lado, subiu 2,36% na ON e 3,24% na PNA, favorecida pelo avanço do minério de ferro no mercado internacional e pela valorização do dólar. O mercado também aguarda a decisão da Vale sobre o pagamento de dividendos neste ano.

No setor financeiro, Bradesco PN cedeu 0,28%, Itaú Unibanco PN ficou estável, BB ON caiu 2,19%, e Santander unit recuou 0,21%.

A Bovespa exibiu força na sessão desta quarta-feira, 16, ao trabalhar em elevação o dia todo e terminar com a maior variação porcentual desde o fim de agosto. Foi o terceiro pregão seguido no azul. Apenas seis ações do Ibovespa terminaram em queda hoje, mas, entre as altas, destaque para o vigor de Petrobras.

O Ibovespa subiu 2,51%, maior ganho desde os +3,64% de 27 de agosto passado. Fechou nos 48.553,09 pontos, maior nível desde os 49.072,34 pontos de 11 de agosto. Na mínima, marcou 47.364 pontos (estabilidade) e, na máxima, 48.681 pontos (+2,78%). No mês, acumula alta de 4,14% e, no ano, queda de 2,91%. Nestes três dias seguidos de elevação, avançou 4,64%. O giro financeiro totalizou R$ 8,116 bilhões. Operadores citaram a entrada de fluxo de estrangeiros na bolsa durante o dia.

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Petrobras esteve na lista de maiores altas do índice após avançar 8,59% na ON e 6,41% na PN. Os ganhos foram impulsionados pelo salto de 5,74% no contrato de petróleo negociado na Nymex para outubro, que fechou a US$ 47,15, depois que os estoques norte-americanos da commodity recuaram.

O Departamento de Energia norte-americano (DoE) informou que os estoques de petróleo bruto no país caíram 2,104 milhões de barris na semana encerrada em 11 de setembro, ante previsão de aumento de 1,1 milhão de barris. Além disso, a produção média diária de petróleo caiu para 9,117 milhões de barris, comparado a 9,135 milhões de barris na semana anterior.

Além disso, a Petrobras ainda anunciou produção média de petróleo e gás natural de 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em agosto no Brasil e no exterior, com crescimento de 3,1% ante julho. Trata-se de um novo recorde, segundo a empresa.

Siderúrgicas também avançaram, com destaque para Usiminas, que anunciou aumento de preços de produtos a seus clientes entre 5% e 7%. A ação PNA da empresa avançou 4,24%. CSN ON, +4,67%, Gerdau PN, +1,57%, Metalúrgica Gerdau PN, +2,47%.

No setor financeiro, Bradesco PN, +3,73%, Itaú Unibanco PN, +2,55%, BB ON, +2,99%, Santander unit, +2,74%.

No exterior, as bolsas subiram e também contribuíram para a alta do Ibovespa. Dow Jones fechou em alta de 0,84%, aos 16.739,95 pontos, S&P avançou 0,87%, aos 1.995,31 pontos, e o Nasdaq teve valorização de 0,59%, aos 4.889,24 pontos.

A Bovespa conseguiu fincar pé no terreno positivo durante a tarde desta segunda-feira, 14, em meio a rumores sobre os cortes de gastos que o governo viria a anunciar no final da sessão. As informações de que seriam R$ 26 bilhões cortados, ao invés dos R$ 20 bilhões previstos inicialmente, sustentaram compras principalmente do setor bancário, que subiu em bloco e garantiu o retorno do Ibovespa de volta aos 47 mil pontos. Petrobras, que caía mais cedo, também virou para cima e consolidou a valorização do índice.

Assim, a Bovespa terminou em alta de 1,90%, aos 47.281,51 pontos. Na mínima, marcou 46.218 pontos (-0,39%) e, na máxima, 47.386 pontos (+2,12%). No mês, acumula elevação de 1,41% e, no ano, tem perda de 5,45%. O giro financeiro totalizou R$ 6,247 bilhões.

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Os investidores passaram a tarde reagindo aos rumores sobre o anúncio feito no final da sessão. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, confirmou o corte de R$ 26 bilhões com nove medidas, entre elas, o adiamento do reajuste do funcionalismo.

Para chegar à conta de R$ 64,9 bilhões, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, passou a anunciar medidas para elevar a receita, como a retenção de R$ 2 bilhões do Sistema S e mais R$ 2 bilhões com a mudança no programa do Reintegra.

Durante o anúncio, a Bovespa pouco oscilou, até fechar. Bradesco PN subiu 4,46%, Itaú Unibanco PN, 4,03%, BB ON, 5,63%, e Santander unit, 3,99%. Ainda no setor financeiro, BM&FBovespa ON avançou 3,56% e Cielo ON, 2,21%.

Petrobras ON virou e subiu 0,23% e a PN avançou 0,78%. Vale caiu 1,54% a ON e 1,98% a PNA, enquanto as siderúrgicas lideraram as maiores perdas do Ibovespa.

Nos EUA, as bolsas terminaram em queda. O Dow Jones recuou 0,38%, aos 16.370,96 pontos, o S&P caiu 0,41%, aos 1.953,03 pontos, e o Nasdaq teve perda de 0,34%, aos 4.805,76 pontos.

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