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Quase 37 milhões de crianças se viram deslocadas até o final do ano passado em todo o mundo, o número mais alto registrado desde a Segunda Guerra Mundial, diz um relatório do Unicef, que pede que sejam fortalecidos a proteção e o acesso a serviços básicos para menores refugiados, migrantes e deslocados.

Esses dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) não incluem os mais de dois milhões de menores que fugiram da Ucrânia desde o final de fevereiro como resultado da invasão russa, nem os três milhões de deslocados internos.

Também não incluem menores deslocados por desequilíbrios climáticos e desastres naturais, alertou a agência da ONU.

Em 2021, cerca de 13,7 milhões eram refugiados e requerentes de asilo e cerca de 22,8 milhões eram deslocados internos por conflitos, violência e outras crises. No total, são 2,2 milhões a mais que no ano anterior.

“Não podemos ignorar as evidências: o número de crianças que foram deslocadas por conflitos e crises está crescendo rapidamente e é nossa responsabilidade alcançá-los”, disse a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell.

Russell instou os governos a prevenir tais situações e "garantir", quando ocorrerem, "seu acesso à educação, proteção e outros serviços críticos que apoiem seu bem-estar e desenvolvimento agora e no futuro".

A população de refugiados no mundo mais que dobrou na última década e quase metade deles são menores de idade.

Mais de um terço dos menores deslocados vivem na África Subsaariana (3,9 milhões), um quarto na Europa e Ásia Central (2,6 milhões) e 13% (1,4 milhão) no Oriente Médio e Norte da África.

Quase metade das crianças e menos de um quarto dos adolescentes refugiados frequentam a escola.

O eurodeputado alemão Manfred Weber declarou nesta terça-feira que a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) é uma prioridade, após ser eleito novo líder do Partido Popular Europeu, de direita.

Candidato único ao cargo, até agora ocupado pelo ex-presidente do Conselho da UE Donald Tusk, Weber enfrenta a difícil tarefa de resgatar a influência do PPE, após as derrotas esmagadoras sofridas na França e na Alemanha.

"A primeira mensagem que devemos transmitir neste momento é de que, sim, pode ser membro da União Europeia", declarou Weber após a sua eleição durante um congresso em Roterdã, Holanda. "O PPE apoia o status de candidato para os nossos amigos ucranianos e também para a República da Moldávia", acrescentou, ao lado do ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, autorizado a deixar seu país para participar do evento.

A Ucrânia expressou sua frustração com a recusa de vários países da União Europeia a acelerar a sua entrada no bloco após a invasão russa, que começou em 24 de fevereiro. A Comissão Europeia deve se pronunciar em junho sobre a obtenção do status de candidato por parte da ex-república soviética.

Weber também declarou que a próxima prioridade do PPE é recuperar o posto de maior potência política, após vários reveses eleitorais para os partidos conservadores na União Europeia. "Sejamos honestos, não estamos no melhor momento da nossa história", reconheceu.

A família política conservadora registrou recentemente um resultado desastroso nas eleições presidenciais francesas, com menos de 5% dos votos, e perdeu o governo alemão, com a saída de Angela Merkel da chancelaria.

Embora mantenha seu domínio no Parlamento Europeu, o grupo político conta com apenas sete líderes entre os 27 Estados-membros (Grécia, Áustria, Chipre, Romênia, Croácia, Lituânia e Letônia).

A Ucrânia afirmou neste sábado (26) que os Estados Unidos não se opõem a que a Polônia lhe entregue aviões de combate para enfrentar a invasão russa, apesar de o Pentágono ter rejeitado anteriormente essa proposta.

"Os Estados Unidos não têm nenhuma objeção à transferência de aeronaves. Portanto, a bola está agora no campo da Polônia", disse à AFP o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, que se reuniu com o ministro ucraniano da Defesa, Oleksi Reznikov, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Varsóvia.

No começo do mês, o Pentágono havia rejeitado a transferência de aviões de guerra da Polônia para Kiev para combater as forças russas por considerá-la "de alto risco", o que, naquele momento, representou um balde de água fria para a Ucrânia em sua tentativa de obter mais poder de fogo aéreo.

"A Ucrânia tem uma necessidade crítica da mais aviões de combate", assinalou Kuleba, insistindo em que Kiev precisa dos mesmos para "conseguir um equilíbrio no céu" e impedir que a Rússia "mate mais civis".

A Polônia já expressou seu apoio a um plano de transferir seus MiG-29 da era soviética para a Ucrânia por meio de uma base aérea dos Estados Unidos na Alemanha.

Uma semana após suspender o GP da Rússia, marcado para o mês de setembro, em Sochi, a direção da Fórmula 1 adotou uma medida ainda mais rigorosa e anunciou nesta quinta-feira que rescindiu o contrato com os russos em definitivo após a invasão à Ucrânia.

Depois da realização de oito provas da modalidade em Sochi, a Fórmula 1 não volta mais a correr na Rússia, uma decisão aprovada pelos dirigentes e pelos pilotos, que não viam motivos para disputar o Grande Prêmio após o início dos ataques aos vizinhos ucranianos.

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A corrida deste ano seria a despedida de Sochi, com uma prova em circuito de São Petersburgo programada para estrear no calendário a partir de 2023. Agora a Rússia está oficialmente banida da Fórmula 1, que seguiu o exemplo de outras modalidades esportivas para dar exemplo contra a guerra.

"A Fórmula 1 pode confirmar que rescindiu seu contrato com o promotor do Grande Prêmio da Rússia. Isso significa que a Rússia não terá mais uma corrida no futuro", informou a Fórmula 1 em comunicado em suas páginas oficiais nesta quinta-feira.

"Na semana passada, a F1 anunciou que é impossível realizar o Grande Prêmio da Rússia em 2022 nas atuais circunstâncias", acrescentou a entidade. Pilotos como Sebastian Vettel, Fernando Alonso e Max Verstappen já haviam se pronunciado contra a realização da prova russa. O alemão tetracampeão do mundo até anunciou que não iria para Sochi.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já havia manifestado solidariedade aos ucranianos e proibido os pilotos da Rússia e de Belarus a usarem símbolos de seus países nas corridas e até mesmo vetado seus hinos nacionais. O Reino Unido foi adiante e proibiu que pilotos dos dois países disputem provas na Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte ou País de Gales.

Atletas russos e belarussos foram banidos dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022 pelo envolvimento de seus países na guerra na Ucrânia, disse o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, dia 3, em Pequim.

A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois de o IPC anunciar que permitiria que atletas dos dois países competissem nos Jogos da China, que têm abertura marcada para sexta-feira. A condição era a de que os atletas fossem identificados como neutros, com cores, bandeiras e outros símbolos nacionais removidos. O IPC recebeu críticas imediatas pela decisão inicial.

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Em comunicado oficial, o presidente do IPC, Andrew Parsons, disse que, nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato com o comitê pedindo para que a decisão fosse reconsiderada, sob possibilidade de "graves consequências".

Parsons acrescentou: "O que está claro é que a situação atual em rápida escalada nos colocou em uma posição única e impossível tão perto do início dos Jogos."

O IPC agora se junta a esportes como futebol, atletismo, basquete, hóquei e outros que impuseram proibições gerais a russos e belarussos. A Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim. Não se sabe quantos atletas belarussos estariam envolvidos. A Ucrânia disse que teria 20 participantes.

Na segunda-feira, dia 28, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou os órgãos esportivos a excluir atletas de ambos os países de eventos internacionais, mas deixou a decisão para os órgãos governamentais.

Parsons também se dirigiu aos atletas russos e belarussos. "Para atletas dos países impactados, lamentamos muito que sejam afetados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a trégua olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos". A Rússia invadiu a Ucrânia há uma semana.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou neste sábado (26) mais US$ 350 milhões em assistência militar à Ucrânia para lutar contra a invasão russa.

"Este pacote incluirá mais assistência defensiva letal para ajudar a abordar as ameaças blindadas, aéreas e de outro tipo que a Ucrânia enfrenta atualmente", declarou Blinken, em um comunicado.

O chefe da diplomacia americana lembrou que, quando a Rússia começou a acumular tropas na fronteira com a Ucrânia no último outono boreal (primavera no Brasil), o presidente Joe Biden autorizou US$ 60 milhões em assistência militar imediata a Kiev.

Em seguida, aprovou mais US$ 200 milhões em dezembro, à medida que a ameaça do presidente russo Vladimir Putin se tornava mais aguda.

Agora, os Estados Unidos autorizam um terceiro pacote, "enquanto a Ucrânia luta com coragem e orgulho contra o ataque brutal e não provocado da Rússia", afirmou.

Isso "eleva a assistência de segurança total que Washington destinou à Ucrânia no ano passado para mais de US$ 1 bilhão", acrescentou.

O novo pacote de ajuda "é outro sinal claro de que os Estados Unidos apoiam o povo da Ucrânia, enquanto defende sua nação soberana, corajosa e orgulhosa", acrescentou o secretário.

O anúncio foi feito após uma série de sanções contra bancos, oligarcas e líderes russos por parte dos Estados Unidos e de seus aliados ocidentais para punir a economia russa, Putin e seu círculo íntimo pela invasão da Ucrânia.

O Manchester United anunciou em nota oficial nesta sexta-feira o término de suas relações com a companhia aérea russa Aeroflot, que patrocinava o clube e tem o governo russo como seu acionista majoritário. A decisão é consequência da invasão das tropas russas sobre o território ucraniano.

"Após os acontecimentos na Ucrânia, o clube retirou os direitos de patrocínio da Aeroflot", afirmou o United em comunicado. "Compartilhamos a preocupação de nossos torcedores em todo o mundo e nossos pensamentos estão com os afetados", acrescentou.

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Na última quinta-feira, a companhia já havia sido proibida de realizar voos para o Reino Unido, horas depois do início da invasão à Ucrânia, como uma das sanções do primeiro ministro britânico Boris Johnson à Rússia. A Aeroflot patrocinava o Manchester United desde 2013 e substituiu a Turkish Airlines como parceira aérea do clube. O contrato havia sido renovado em 2017 e era válido até 2023, no valor de 40 milhões de euros (231 milhões de reais). O clube inglês seguiu a decisão do Schalke 04, que na quinta-feira rescindiu o contrato com a Gazprom, companhia energética russa, que era a principal patrocinadora do clube alemão.

O futebol europeu também vem acompanhando de perto a crise diplomática. A Uefa trocou a cidade da final da atual edição da Liga dos Campeões de São Petersburgo para Paris, no Stade de France, no dia 28 de maio.

A Fifa também vai tratar do calendário dos jogos das seleções que disputarão a repescagem para a Copa do Mundo deste ano, no Catar. Polônia, Suécia e República Checa descartaram jogar partidas no país de Vladimir Putin. O presidente Gianni Infantino adotou um discurso em que pede pelo diálogo construtivo e evitou tomar decisões que afetem os jogos.

O ator e diretor americano Sean Penn está em Kiev filmando um documentário sobre a invasão russa, informou a presidência ucraniana nesta quinta-feira (24).

O duas vezes vencedor do Oscar foi fotografado em uma coletiva de imprensa e em um encontro com o presidente Volodymyr Zelensky, de acordo com um vídeo publicado na conta do líder ucraniano no Instagram.

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"O diretor veio a Kiev especificamente para registrar o que está acontecendo na Ucrânia como documentarista e contar ao mundo a verdade sobre a invasão russa ao nosso país", afirmou um post na página do Facebook da presidência ucraniana.

"Hoje, Sean Penn está entre aqueles que apoiam a Ucrânia por estar na Ucrânia. Nosso país está grato a ele por sua demonstração de coragem e honestidade", disse a mensagem.

O texto acrescentou que Penn demonstrou a coragem que "falta a muitos outros, especialmente políticos ocidentais".

Penn, que visitou a Ucrânia e se reuniu com militares em novembro, conversou com jornalistas e soldados e "viu como defendemos nosso país", ainda segundo o texto.

A estrela de cinema de 61 anos trabalha no documentário para a Vice Studios, de acordo com a NBC News.

Nem Vice nem representantes de Penn responderam até agora aos pedidos de comentários da AFP.

A visita de Penn ocorre no momento em que as tropas russas avançam dentro do território da Ucrânia, onde atacam do solo e do ar.

O ator causou polêmica em 2015 ao liderar uma entrevista, junto com a atriz mexicano-americana Kate del Castillo, com o narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, que estava foragido.

Em 2018, foi relatado que Penn estava na Turquia filmando um documentário sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

O ator também visitou o falecido presidente venezuelano, Hugo Chávez, a quem chamou de "amigo".

Documentos datados de 2019, que pertencem ao governo britânico, foram expostos pelo deputado Chris Bryant, membro do Partido Trabalhista do Reino Unido, nesta quinta-feira. Neles, estão detalhadas as relações de Roman Abramovich, dono do Chelsea, com Vladimir Putin e seu governo.

Em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, o parlamentar pediu na Câmara dos Comuns que Abramovich seja removido do comando do clube londrino. Na teoria, a ação seria parte da sanções do Reino Unido contra a Rússia.

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Segundo Bryant, o bilionário russo já admitiu em processos judiciais que teria vínculos com o Estado russo, sendo um dos oligarcas identificados pela oposição russa como alinhados ao governo Putin.

"Certamente deveríamos tentar confiscar alguns de seus ativos, incluindo sua casa de 152 milhões de libras. E garantir que outras pessoas que tiveram vistos de nível um como esse não estejam envolvidas em atividades malignas no Reino Unido" afirmou o deputado, que se baseou em documentos vazados, além de questionar a "falta de investigações" sobre Abramovich.

Na última quarta-feira, o jornal britânico The Sun informou que Abramovich estaria impedido de morar no Reino Unido, com a imigração do Reino Unido tendo ordens para negar o visto ao oligarca. Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, afirmou que o russo não "sofreu medidas direcionadas a ele".

Atual campeão da Liga dos Campeões da Europa e do Mundial de Clubes, Abramovich assumiu o comando do Chelsea em 2003. Com fortuna estimada em 8,4 bilhões de libras (57,45 bilhões de reais), o russo já investiu mais de 2 bilhões de sua fortuna nesse período.

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