Tópicos | Antony Blinken

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, viaja nesta segunda-feira (8) para Israel, onde terá difíceis negociações sobre a guerra em Gaza, entre receios de que o conflito se espalhe pelo Oriente Médio.

Blinken chegará a Israel no final da tarde de segunda-feira e se reunirá com as autoridades israelenses na terça.

No domingo (7), no Catar, Blinken declarou que os palestinos deslocados pela guerra de quatro meses devem ser capazes de "voltar para casa", alertando, ao mesmo tempo, que a violência poderia "facilmente se alastrar" na região.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a violência aumentou na Cisjordânia ocupada e na fronteira de Israel com o Líbano, enquanto os rebeldes huthis do Iêmen lançaram mais de 100 ataques de drones e mísseis contra navios no mar Vermelho e contra Israel.

Washington anunciou que Blinken pressionará Israel para cumprir o direito internacional humanitário e pedirá "medidas imediatas" para aumentar a ajuda a Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou oito mortos nesta segunda-feira em um ataque israelense perto de Deir Al Balah.

Israel prometeu destruir o grupo islamista palestino Hamas depois do ataque realizado em seu território em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses. Entre os mortos estão mais de 300 soldados.

Além disso, pelo meno 132 reféns dos 250 sequestrados pelo Hamas permanecem em cativeiro no território palestino.

A ofensiva que Israel lançou em Gaza em retaliação deixou até agora pelo menos 22.835 mortos, a grande maioria deles crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Ao menos 85% dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados pelos combates, segundo a ONU.

"Acordo pensando que isso é um pesadelo passageiro, mas é a realidade", disse Nabil Fathi, um morador de Gaza de 51 anos. "Nossa casa e a casa do meu filho foram destruídas e temos 20 pessoas martirizadas em nossa família. Nem sei para onde ir, se sobreviver".

- Jornalistas mortos -

Dois jornalistas que trabalhavam para o canal Al Jazeera morreram no domingo (7), quando uma bomba caiu sobre seu veículo na cidade de Rafah, no sul de Gaza, informou a rede.

Os mortos são Mustafa Thuria, um cinegrafista freelancer que também trabalhava para a agência AFP, e o repórter Hamza Wael Dahdouh, filho do editor-chefe do escritório da Al Jazeera em Gaza, que também perdeu a esposa e outros dois filhos em um ataque israelense.

Testemunhas disseram à AFP que dois foguetes foram disparados contra o veículo, um atingindo a frente, e outro, alcançando Hamza, sentado ao lado do motorista.

No Catar, Blinken classificou as mortes como uma "tragédia inimaginável".

Enquanto isso, grupos de ajuda internacional disseram que os ataques israelenses a um dos últimos hospitais funcionais de Gaza forçaram-nos a evacuar o estabelecimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse no domingo (7) que retirou mais de 600 pacientes do hospital Al Aqsa, no centro de Gaza.

A organização Médicos Sem Fronteiras informou no sábado (6) que retirou sua equipe do mesmo hospital, depois que uma bala penetrou uma unidade de terapia intensiva.

- "Vitória total" -

O Exército israelense, que afirma ter "desmantelado" o comando militar do Hamas no norte de Gaza, informou ter matado mais "terroristas" no centro de Gaza.

Um comunicado militar afirmou que os soldados encontraram um local subterrâneo de "produção de armas" operado pelo Hamas no norte de Gaza.

Em uma reunião de gabinete no domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu em que "o que aconteceu em 7 de outubro não acontecerá novamente".

"Este é o compromisso do meu governo, e é por isso que os nossos soldados no terreno estão entregando suas vidas. Devemos continuar até a vitória total", defendeu.

A Cisjordânia ocupada vivencia um aumento da violência mortal a níveis nunca vistos em duas décadas.

Um ataque israelense no domingo matou sete palestinos na cidade de Jenin, no norte, disse o Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia, que relatou um oitavo morto por fogo israelense em um incidente separado.

Já um agente da polícia fronteiriça israelense foi morto quando uma bomba atingiu seu veículo durante uma operação em Jenin, e um civil israelense morreu em um ataque a tiros perto de Ramallah, segundo as autoridades israelenses.

Mais tarde, a polícia israelense afirmou que, em resposta a um ataque de veículo a um posto de controle, policiais atiraram em uma menina palestina de três anos, que morreu.

- "Ninguém te apoiará" -

A violência continuou ao longo da fronteira norte de Israel. A organização Hezbollah disse no sábado que disparou 62 foguetes contra uma base militar israelense logo depois de culpar Israel pelo ataque em Beirute que matou o número dois do Hamas, Saleh al-Aruri.

Em resposta, o Exército israelense afirmou que atacou "locais militares" do Hezbollah.

No aeroporto de Beirute, hackers usaram as telas de chegadas e partidas para enviar uma mensagem contra o Hezbollah.

"Hassan Nasrallah (chefe do Hezbollah), ninguém te apoiará se você arrastar o país para uma guerra", dizia a mensagem, segundo a imprensa local.

burs-mca/ser/mas/viajzm/aa/tt

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita em solidariedade a Israel na quarta-feira (18), depois dos ataques do grupo islamista palestino Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"O presidente vai reafirmar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nossos compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken na manhã de terça-feira (noite de segunda, 16, no Brasil) em Tel Aviv.

Blinken falou depois de uma reunião noturna de cerca de oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda visita do alto diplomata desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Israel tem o direito, e de fato, o dever de defender sua população dos ataques do Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques", indicou Blinken.

Biden "vai ouvir de Israel o que o país necessita para defender seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para satisfazer essas necessidades", disse.

Além disso, Blinken disse que os Estados Unidos deram garantias a Israel de que vão trabalhar para trazer assistência estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.

Biden espera "ouvir de Israel como serão desenvolvidas as operações de forma que minimize as baixas civis e permita a chegada de assistência humanitária aos civis em Gaza, e que o Hamas não se beneficie", expressou Blinken.

"A pedido nosso, Estados Unidos e Israel acordaram formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária de países doadores e organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza", disse Blinken.

O secretário acrescentou que os dois lados discutem a "possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou, nesta quinta-feira (12), ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, "fotos abomináveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas" no sábado, informou o gabinete do chefe de governo.

Em uma das fotos, publicada pelo governo na rede social X (antigo Twitter), vê-se o corpo de um menino ensanguentado em uma bolsa mortuária. Outras imagens mostram os restos mortais carbonizados de outro bebê.

##RECOMENDA##

Estas imagens "superam praticamente tudo o que um ser humano pode entender e assimilar", disse o secretário de Estado americano, responsável pela diplomacia do país.

"O mundo está vendo novas provas da perversidade e da desumanidade do Hamas [...], direcionadas a bebês, crianças, jovens adultos, idosos, pessoas com deficiência", acrescentou.

Nos últimos dias, uma polêmica sacudiu Israel sobre a existência de provas das atrocidades cometidas pelos milicianos do movimento islamita Hamas em um kibutz (fazenda coletiva), depois que uma emissora de televisão reportou, citando uma fonte militar, a descoberta de "bebês decapitados".

No sábado, o Hamas lançou uma ofensiva ampla contra Israel, que respondeu bombardeando Gaza.

Segundo balanços dos dois lados, a guerra matou ao menos 1.354 palestinos em Gaza e mais de 1.200 pessoas foram mortas pelos milicianos do Hamas em território israelense.

O Exército informou, ainda, ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas que haviam se infiltrado no país.

- 'Necessidades humanitárias' -

Na reunião com Netanyahu e outros altos funcionários do governo israelense em Tel Aviv, Blinken falou sobre as "necessidades humanitárias" da Faixa de Gaza e defendeu o direito de Israel de se defender da ofensiva do Hamas.

"Falamos sobre a forma de atender às necessidades humanitárias da população de Gaza para protegê-la de qualquer dano, enquanto Israel realiza suas operações legítimas de segurança para se defender do terrorismo e tentar garantir que isto não volte a acontecer", disse o chefe da diplomacia americana após o encontro.

"Também mencionamos as possibilidades de uma passagem segura para os civis [da Faixa de Gaza], que queiram abandonar a região ou buscar refúgio", acrescentou Blinken.

Funcionários americanos anunciaram diálogos sobre estas passagens com Israel e com o Egito, que também faz fronteira com a Faixa de Gaza, antes de uma possível operação terrestre israelense.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sissi, porém, disse, nesta quinta-feira, que os moradores da Faixa de Gaza "devem se manter firmes e permanecer em sua terra", ignorando a pressão para autorizar a saída de civis do território.

Blinken também culpou o Hamas pelo tratamento dos civis palestinos.

"O Hamas continua usando os civis como escudos humanos", afirmou o secretário de Estado, acusando o movimento de "pôr civis em perigo, intencionalmente, para se proteger a si próprio, sua infraestrutura e suas armas".

Gaza sofre um bloqueio israelense desde que o Hamas chegou ao poder no enclave, em 2007.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que a tentativa de rebelião do grupo mercenário Wagner na Rússia foi uma "situação extraordinária" e que criou "rachaduras que não existiam antes". As declarações foram feitas na manhã deste domingo, dia 25, em entrevista à rede de televisão norte-americana CNN.

"Trata-se de uma questão em andamento e não vimos o final dela ainda, por isso é muito cedo para dizer o que vai acontecer", ponderou. "Mas podemos dizer que o que vimos foi uma situação extraordinária e que criou rachaduras que não existiam antes", disse Blinken, citando que o grupo mercenário, liderado pelo paramilitar Yevgeny Prigozhin, estaria questionando a invasão russa na Ucrânia.

##RECOMENDA##

Na entrevista, Blinken destacou que 16 meses atrás, as forças russas estavam "na porta de Kiev, achando que iriam tomar a cidade em poucos dias", mas que agora o país precisa focar em se defender em Moscou, contra mercenários aliados do próprio Vladimir Putin. "Isso levanta uma série de questões que deverão ser respondidas nas próximas semanas", pontuou.

Blinken disse que até agora não recebeu nenhuma informação sobre qualquer autoridade militar russa que tenha sido destituída, mas que é preciso aguardar o desenrolar da situação. "Precisamos focar na Ucrânia e fazer com que eles tenham o que for preciso para defenderem seu território", afirmou. Na avaliação do secretário, a tentativa de rebelião pode deixar a Rússia distraída com questões internas e criar uma vantagem adicional para a Ucrânia. "Mas independente disso, eles (Ucrânia) têm um plano claro e são resilientes".

Ao ser questionado se o episódio poderia marcar "o início do fim" para Putin, Blinken afirmou que não queria especular sobre o assunto, e que trata-se de uma questão interna da Rússia. "Mas o que temos visto é o seguinte: essa agressão contra a Ucrânia se mostra um fracasso estratégico. A Rússia está mais fraca economicamente e militarmente", disse o secretário.

"É preciso se questionar como isso, a agressão à Ucrânia, melhorou as vidas dos russos. Claro que não melhorou, só piorou, mas é uma questão que os russos devem resolver sozinhos. O fato de você ter alguém internamente questionando essa autoridade de Putin é muito poderoso".

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reuniu nesta segunda-feira (19) com o presidente chinês, Xi Jinping, que afirmou esperar que a visita represente uma "contribuição positiva" para as tensas relações bilaterais entre as duas potências.

O encontro começou às 16H30 locais (5H30 de Brasília), informou a imprensa estatal chinesa, no segundo e último dia da visita, a primeira a Pequim de um chefe da diplomacia dos Estados Unidos desde 2018.

##RECOMENDA##

No início da reunião, Xi declarou a Blinken esperar que a viagem represente uma "contribuição positiva" para as relações entre Pequim e Washington, informou a imprensa estatal chinesa.

"As interações entre Estados devem sempre ser baseadas no respeito mútuo e na sinceridade. Espero que o secretário Blinken, por meio desta visita, possa dar uma contribuição positiva para estabilizar as relações China-Estados Unidos", declarou Xi, de acordo com o canal de televisão estatal CGTN.

Vários temas dividem as duas potências, como o apoio de Washington à ilha autônoma de Taiwan, que Pequim considera parte do país, a rivalidade no setor de tecnologia, as reivindicações territoriais da potência asiática no Mar da China Meridional ou o tratamento dos uigures, uma minoria muçulmana do noroeste da China.

Antes da reunião com Xi, Blinken se encontrou com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, que afirmou que a viagem "acontece em um momento crítico nas relações China-Estados Unidos", segundo o canal estatal CCTV.

"É necessário escolher entre o diálogo e o confronto, a cooperação ou o conflito", declarou Wang, que estimulou a retomada de um caminho "saudável" na relação bilateral e o "trabalho conjunto" para que China e Estados Unidos tenham uma boa relação.

- Firmeza sobre Taiwan -

Wang Yi aproveitou a oportunidade para reafirmar a posição de seu país a respeito de Taiwan.

Nos últimos meses, os contatos entre Washington e as autoridades taiwanesas, procedentes de um partido independentista, irritaram Pequim, que respondeu com exercícios militares de grande envergadura ao redor da ilha de governo democrático.

O governo comunista chinês considera Taiwan uma ilha rebelde, que não conseguiu reunificar com o restante de seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

"A manutenção da unidade nacional permanece no núcleo dos interesses fundamentais da China e, nesta questão, a China não tem margem para transigir ou ceder", enfatizou Wang.

O secretário de Estado americano foi recebido no domingo pelo ministro chinês das Relações Exteriores, Qin Gang, que na hierarquia do governo chinês está abaixo de Wang Yi.

O encontro durou sete horas e meia, mais do que o tempo inicialmente previsto, e as duas partes concordaram em manter as linhas de comunicação abertas para evitar futuros conflitos.

- Evitar conflitos -

Os dois países informaram que Qin aceitou um convite para visitar Washington em breve.

As conversas de domingo foram "sinceras, substantivas e construtivas", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Blinken destacou "a importância da diplomacia e de manter abertos os canais de comunicação sobre todos os temas para reduzir o risco de percepções e os erros de cálculo", acrescentou Miller.

A portas fechadas, Qin disse a Blinken que as relações entre Estados Unidos e China "estão no ponto mais baixo desde que as relações diplomáticas foram estabelecidas" em 1979, de acordo com a CCTV.

"Isto não está de acordo com os interesses fundamentais dos dois povos, nem atende às expectativas comuns da comunidade internacional", acrescentou Qin.

A visita de Antony Blinken é a primeira de um secretário de Estado americano à China desde a viagem, em outubro de 2018, de seu antecessor Mike Pompeo.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou à China neste domingo (noite de sábado, 17, no Brasil), na viagem de mais alto nível de um alto funcionário americano em quase cinco anos, em um momento em que as duas potências rivais visam reduzir as tensões.

Nenhuma das partes espera grandes avanços na visita de dois dias de Blinken, enquanto as duas maiores economias do mundo mantêm desavenças em uma série de temas, como comércio, tecnologia e segurança regional.

Mas os dois países têm manifestado de forma crescente o interesse em buscar maior estabilidade e veem uma estreita janela para isto antes das eleições presidenciais no próximo ano nos Estados Unidos e em Taiwan, a democracia autônoma que Pequim não descarta tomar à força.

Em um sinal da fragilidade deste esforço, Blinken tinha previsto fazer esta viagem há quatro meses, como resultado de uma cúpula cordial entre os presidentes americano, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, em novembro, em Bali.

Mas Blinken adiou abruptamente a viagem depois que os Estados Unidos informaram ter detectado um balão espião chinês sobrevoando o território americano, levando a apelos furiosos por uma resposta de parte de uma linha-dura em Washington.

Em discurso na capital americana antes de viajar, Blinken disse que buscaria "gerir responsavelmente nossa relação", encontrando vias para evitar "erros de cálculo" entre os dois países.

"A competição intensa requer uma diplomacia sustentada para assegurar que a concorrência não resulte em confronto ou conflito", disse ele.

- Mantendo os aliados perto -

Blinken falava ao lado da ministra cingapuriana das Relações Exteriores, Vivian Balakrishnan. Segundo ela, para a região é importante que os Estados Unidos se mantenham como uma potência e que também encontrem formas de coexistir com uma China em ascensão.

A viagem de Blinken "é essencial, mas não suficiente", disse Balakrishnan.

"Há diferenças fundamentais de perspectiva, de valores. E é preciso tempo para um respeito mútuo e para construir uma confiança estratégica", acrescentou.

Como parte da abordagem do governo Biden de manter os aliados perto, Blinken falou por telefone com seus contrapartes do Japão e da coreia do Sul durante as 20 horas de sua viagem transpacífica.

O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, viajou separadamente a Tóquio para três dias de reuniões envolvendo Japão, Coreia do Sul e Filipinas.

Nos últimos meses, os Estados Unidos alcançaram acordos sobre a mobilização de tropas para o sul do Japão e o norte das Filipinas, ambos estrategicamente próximos de Taiwan.

Em agosto passado, Pequim realizou os maiores exercícios militares no entorno de Taiwan, considerados um treino para uma invasão, depois que a então presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, visitou a ilha.

Em abril, a China iniciou três dias de jogos de guerra depois que a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, visitou os Estados Unidos e se reuniu com o atual presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.

- 'Preocupações centrais' da China -

Antes da visita de Blinken, o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que os Estados Unidos precisam "respeitar as preocupações centrais da China" e trabalhar juntamente com Pequim.

"Os Estados Unidos precisam desistir da ilusão de lidar com a China 'a partir de uma posição de força'. A China e os Estados Unidos precisam desenvolver relações com base no respeito mútuo e na igualdade, respeitando suas diferenças históricas, culturais, de sistema social e trajetória de desenvolvimento", afirmou, em menção às críticas frequentes dos Estados Unidos ao histórico de direitos humanos na China.

Blinken é o primeiro alto diplomata americano a visitar o gigante asiático desde uma breve escala, em 2018, de seu antecessor, Mike Pompeo, que depois defendeu um confronto total com a China nos últimos anos da Presidência de Donald Trump.

Na prática, o governo Biden manteve a linha-dura adotada por Trump e foi além em algumas áreas, inclusive trabalhando para banir as exportações para a China de semicondutores de ponta com usos militares.

Mas ao contrário de seu antecessor, que é novamente candidato à Presidência, o governo Biden tem dito que deseja trabalhar com a China em áreas delimitadas de cooperação, como o clima, enquanto Pequim sofre com temperaturas recorde para meados de junho.

Danny Russel, que foi o mais alto diplomata para o Extremo Oriente durante o segundo mandato de Barack Obama, disse que cada lado tem suas prioridades. A China, de um lado, busca evitar restrições adicionais dos Estados Unidos à tecnologia e seu apoio a Taiwan, enquanto os Estados Unidos desejam evitar um incidente que possa levar a um confronto militar.

"A breve visita de Blinken não traz solução para nenhuma das grandes questões nas relações entre EUA e China ou até mesmo as pequenas. Nenhum dos dois países irá deter o outro de continuar com suas agendas competitivas", disse Russel, agora vice-presidente do Asia Society Policy Institute, uma organização global sem fins lucrativos.

"Mas sua visita pode reiniciar o necessário diálogo cara a cara e enviar um sinal de que os dois países estão se movendo de uma retórica furiosa à imprensa para discussões sóbrias a portas fechadas", acrescentou.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu nesta quarta-feira (14) ao ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, que as linhas de comunicação permaneçam abertas, antes de um encontro no fim de semana em Pequim.

Os diplomatas das duas potências conversaram por telefone e, segundo Blinken, abordaram "os esforços para manter os canais de comunicação abertos", embora a China insista que os dois países enfrentam dificuldades crescentes.

Qin Gang afirmou a Blinken que "desde o começo do ano, as relações China-EUA enfrentam novas dificuldades e desafios. Está claro quem é o responsável", afirma o resumo da conversa divulgado pelo ministério chinês das Relações Exteriores.

"A China sempre contemplou e administrou as relações China-EUA de acordo com os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha apresentados pelo presidente Xi Jinping", acrescentou.

O ministro "explicou a posição solene da China sobre Taiwan", principal ponto de divergência entre as duas potências, assim como sobre "outras preocupações essenciais" de Pequim, de acordo com o resumo.

A China considera Taiwan uma de suas províncias, que pretende recuperar inclusive pela força se necessário.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, declarou em Washington que Blinken destacou "a importância de manter as linhas de comunicação abertas para administrar de maneira responsável a relação EUA-China e para evitar erros de cálculo e conflitos".

- Blinken na China -

A conversa entre os dois chefes da diplomacia aconteceu antes da visita de Blinken à China no próximo domingo (18).

A viagem é parte de uma estratégia estabelecida em novembro na Indonésia entre os presidentes dos dois países, Joe Biden e Xi Jinping, para evitar que a rivalidade entre as duas potências saia de controle.

A visita estava prevista para fevereiro, mas foi cancelada depois que o governo dos Estados Unidos detectou e derrubou o que denunciou como um balão chinês de vigilância que sobrevoava o território do país, acusação negada por Pequim.

Recentemente, no entanto, os dois países tentaram reduzir as tensões com uma série de encontros, incluindo uma reunião entre o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, e o diplomata chinês de alto escalão Wang Yi em Viena.

Os pontos de conflito entre as duas potências aumentaram nos últimos anos, em particular a respeito de Taiwan.

Além disso, a Casa Branca acusou na semana passada a China de operar há vários anos uma unidade de inteligência em Cuba, que foi reforçada em 2019 para aumentar sua presença na ilha caribenha.

Uma base em Cuba, a 150 quilômetros do extremo sul da Flórida, seria considerada por Washington um desafio direto ao território continental dos Estados Unidos.

Questionado sobre a base, o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que não tinha conhecimento da situação, mas criticou a política de Washington em relação a Cuba.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou neste sábado (26) mais US$ 350 milhões em assistência militar à Ucrânia para lutar contra a invasão russa.

"Este pacote incluirá mais assistência defensiva letal para ajudar a abordar as ameaças blindadas, aéreas e de outro tipo que a Ucrânia enfrenta atualmente", declarou Blinken, em um comunicado.

O chefe da diplomacia americana lembrou que, quando a Rússia começou a acumular tropas na fronteira com a Ucrânia no último outono boreal (primavera no Brasil), o presidente Joe Biden autorizou US$ 60 milhões em assistência militar imediata a Kiev.

Em seguida, aprovou mais US$ 200 milhões em dezembro, à medida que a ameaça do presidente russo Vladimir Putin se tornava mais aguda.

Agora, os Estados Unidos autorizam um terceiro pacote, "enquanto a Ucrânia luta com coragem e orgulho contra o ataque brutal e não provocado da Rússia", afirmou.

Isso "eleva a assistência de segurança total que Washington destinou à Ucrânia no ano passado para mais de US$ 1 bilhão", acrescentou.

O novo pacote de ajuda "é outro sinal claro de que os Estados Unidos apoiam o povo da Ucrânia, enquanto defende sua nação soberana, corajosa e orgulhosa", acrescentou o secretário.

O anúncio foi feito após uma série de sanções contra bancos, oligarcas e líderes russos por parte dos Estados Unidos e de seus aliados ocidentais para punir a economia russa, Putin e seu círculo íntimo pela invasão da Ucrânia.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, decidiu encurtar, na quarta-feira (15), sua viagem pela região do Sudeste Asiático, devido a um caso de Covid-19 em sua delegação - anunciou o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

A etapa em Bangcoc, onde iria se reunir com autoridades tailandesas na quinta-feira (16), foi cancelada "para diminuir os riscos", e "o secretário de Estado retornará para Washington, D.C.", disse seu porta-voz aos repórteres que o acompanhavam.

"O secretário de Estado expressou seu profundo pesar" às autoridades tailandesas "por não poderem viajar para Bangcoc esta semana", acrescentou.

"Para reduzir o risco de contaminação pela covid-19 e para priorizar a saúde e a segurança de sua delegação e daqueles com os quais ele possa ter estado em contato, Antony Blinken decidiu encurtar sua viagem", justificou o porta-voz.

O avião da delegação dos Estados Unidos fará uma breve escala técnica na Tailândia e, em seguida, retornará para os Estados Unidos. Bangcoc seria a terceira e última etapa desta turnê asiática, depois de Jacarta e Kuala Lumpur.

O secretário de Estado começou sua viagem com uma participação em uma reunião ministerial do G7 em Liverpool, no Reino Unido.

Os Estados Unidos alertaram nesta quinta-feira(1) que a pandemia do coronavírus criou o "ambiente ideal" para o aumento do tráfico de seres humanos, enquanto os governos direcionam recursos para a crise de saúde e os traficantes se aproveitam dos vulneráveis.

O secretário de Estado, Antony Blinken, estimou que quase 25 milhões de pessoas em todo o mundo sejam vítimas de tráfico.

“Muitos são forçados a trabalhar com sexo comercial”, disse Blinken. "Muitos são forçados a trabalhar em fábricas ou campos ou a ingressar em grupos armados".

“É uma crise global”, disse ele. "É uma grande fonte de sofrimento humano".

O "Relatório de Tráfico de Pessoas 2021" do Departamento de Estado afirma que a pandemia de covid-19 "criou condições que aumentaram o número de pessoas vulneráveis ao tráfico de pessoas".

“Os governos de todo o mundo desviaram recursos para a pandemia, muitas vezes às custas dos esforços de combate ao tráfico”, diz o texto.

“Ao mesmo tempo, os traficantes de seres humanos se adaptaram rapidamente para capitalizar as vulnerabilidades expostas e exacerbadas pela pandemia”.

Kari Johnstone, diretora interina do Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas, disse que essa confluência de fatores criou o "ambiente ideal para que o tráfico humano prospere e evolua".

“Na Índia e no Nepal, estima-se que as meninas em áreas rurais pobres abandonem a escola para ajudar a sustentar suas famílias durante dificuldades econômicas”, observa o relatório a título de exemplo.

“Algumas foram obrigadas a se casar em troca de dinheiro, enquanto outras foram obrigadas a trabalhar para complementar a perda de renda”, acrescenta.

Em alguns países, incluindo os Estados Unidos, os proprietários forçaram seus inquilinos, geralmente mulheres, a fazer sexo quando não podiam pagar o aluguel, enquanto gangues em alguns países atacam pessoas em campos de deslocados.

O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (28), no Vaticano, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, com quem conversou por 40 minutos e relembrou sua viagem aos EUA em 2015.

"A audiência aconteceu em um clima cordial. Durou cerca de 40 minutos e foi uma oportunidade para que o papa recordasse a viagem que fez em 2015 e expressar seu carinho e atenção ao povo dos Estados Unidos da América", disse o porta-voz do papa, Matteo Bruni, à imprensa.

Esta foi a primeira reunião do sumo pontífice com um representante do gabinete de Joe Biden, o segundo presidente católico da história dos Estados Unidos. A expectativa é de uma nova era nas relações entre os EUA e o Vaticano, após os quatro anos de tensões com o então presidente Donald Trump.

Antes do encontro com o papa, Blinken visitou a Capela Sistina, acompanhado por um guia, e visitou parte do Palácio Apostólico.

Ao final da audiência com o papa, o chefe da diplomacia americana se reuniu com o número dois do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e com o arcebispo Paul Gallagher, encarregado das relações com outros Estados.

Embora o presidente Biden seja o segundo presidente católico depois de John F. Kennedy (1961-1963), a Igreja Católica americana, muito dividida, começou uma ofensiva para privar da comunhão os líderes políticos que apoiam o aborto - entre eles, o próprio Biden.

Em 18 de junho, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos votou por ampla maioria uma proposta nesse sentido, liderada pelos setores mais conservadores. A medida pode significar um duro golpe pessoal para Biden, que é um católico fervoroso e frequenta a missa regularmente.

A proposta também gerou um debate dentro da Igreja. A situação levou o papa Francisco a intervir, alertando, em uma carta enviada aos bispos, que o tema gera "discórdia em vez de unidade".

O assunto voltará a ser examinado na próxima conferência episcopal prevista para novembro.

O pontífice latino-americano, que apoia a luta contra a mudança climática e defende migrantes e refugiados, entre as prioridades de seu pontificado, teve fortes divergências com o governo Trump sobre a construção de um muro na fronteira com o México.

No ano passado, Francisco se negou a se reunir com o antecessor de Blinken, Mike Pompeo, pouco antes da eleição presidencial dos Estados Unidos.

Blinken começou no domingo uma visita de três dias à Itália e ao Vaticano, com uma agenda bastante carregada. O primeiro compromisso foi um almoço com o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, na Vila Madama, em Roma.

Entre as reuniões desta segunda-feira, está previsto um encontro da coalizão para a luta contra o grupo "extremista" Estado Islâmico (EI). Blinken também participará de um encontro sobre a atual situação na Síria. Na terça-feira (29), o secretário americano participa da reunião de chanceleres do G20 na cidade de Matera, no sul da Itália.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu nesta terça-feira (18) na Islândia que se "evite uma militarização" do Ártico - em uma clara advertência à Rússia, cujas autoridades defenderam, ontem (17), suas atividades militares nesta região estratégica.

"Estamos preocupados, no aumento, com algumas atividades militares no Ártico, que aumentam os riscos de acidentes e minam o objetivo comum de um futuro pacífico e duradouro para a região", disse Blinken à imprensa, às vésperas de uma reunião do Conselho do Ártico.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, estará presente no evento.

Blinken pediu que se "evite declarações" como as de Lavrov na segunda-feira, e destacou sua "esperança" de que a cúpula do Ártico nestas quarta e quinta-feiras (19 e 20) "fortaleça a cooperação pacífica na região".

"Nossa esperança é que esse tipo de cooperação continue e que o Ártico continue sendo uma região de cooperação pacífica", afirmou Blinken.

"Devemos avançar, todos nós, incluindo a Rússia, com base nas normas e nos compromissos que cada um de nós assumiu, e evitar declarações que os enfraquecem", acrescentou ele, respondendo a uma pergunta sobre as declarações de Lavrov sobre o Ártico.

Ontem, o chanceler russo havia declarado que o Ártico é uma zona de influência da Rússia e advertiu o Ocidente contra suas ambições na região.

"Está claro para todos, há muito tempo, que esta é nossa terra, nosso território. Respondemos pela segurança do nosso litoral, e tudo o que fazemos ali é perfeitamente legal e legítimo", disse Lavrov, em entrevista coletiva, na qual denunciou, sobretudo, os desvios ofensivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Noruega no Ártico.

"Quando a Otan tenta justificar sua ofensiva no Ártico, não é a mesma situação, e temos perguntas para os nossos vizinhos, como a Noruega, que tentam justificar a chegada da Aliança ao Ártico", afirmou, insistindo em que o Grande Norte são "nossas terras e nossas águas".

Na mesma entrevista, Lavrov defendeu ainda a reativação das reuniões periódicas entre os chefes de Estado-Maior dos países-membros do Conselho para "reduzir os riscos no plano militar".

Antony Blinken criticou a Rússia, por sua vez, por suas "reivindicações marítimas ilegítimas, em particular em relação às regras para a navegação de navios estrangeiros na rota norte", frente à costa ártica russa.

Estas regras "não são compatíveis com o direito internacional, e isso é algo a que respondemos e continuaremos a fazê-lo", completou o secretário de Estado dos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja nomear o experiente diplomata Antony Blinken como secretário de Estado, uma decisão que pode marcar o retorno ao multilateralismo depois que Donald Trump se afastou dos aliados tradicionais dos Estados Unidos.

"Verão as primeiras escolhas do presidente eleito para seu gabinete na terça-feira", afirmou no domingo o chefe de gabinete de Biden, Ron Klain, ao programa "This Week" do canal ABC.

Blinken, 58 anos, é um dos principais colaboradores do democrata para política externa e foi o número dois do Departamento de Estado durante o governo de Barack Obama, quando Biden era vice-presidente.

O jornal Washington Post e outros meios de comunicação informaram que o cargo de conselheiro de Segurança Nacional será ocupado por Jake Sullivan, outro colaborador de longa data de Biden.

A imprensa americana informou ainda que Biden escolheu Linda Thomas-Greenfield, que foi a diretora para a África no Departamento de Estado durante a presidência de Obama, para o posto de embaixadora na ONU.

Se for confirmado pelo Senado, Blinken substituirá como secretário de Estado Mike Pompeo, cujas prioridades à frente da diplomacia americana incluíram uma relação sem concessões com a China e a contenção do Irã.

A designação de Blinken como secretário de Estado poderia contribuir para tranquilizar os aliados tradicionais do país, que foram deixados de lado - e em várias ocasiões insultados - por Trump.

Blinken, nascido em Nova York, fez o Ensino Médio em Paris, onde seu padrasto, um sobrevivente do Holocausto, exerceu a advocacia, e depois trabalhou como advogado na França.

Biden anunciará os primeiros nomes de sua equipe de governo na terça-feira, de acordo com seu chefe de gabinete, embora Trump continue com suas denúncias de fraude, sem evidências, apesar da crescente oposição dentro de seu próprio partido.

O democrata prossegue com os preparativos para assumir a presidência em 20 de janeiro, independente das tentativas de Trump para impugnar os resultados das eleições de 3 de novembro.

Klain não revelou quais postos serão anunciados por Biden, mas o presidente eleito afirmou na semana passada que já decidiu quem ocupará o posto chave de secretário do Tesouro.

Um número cada vez maior de republicanos reconhece a vitória de Biden, ou pelo menos o grupo pede para a Administração de Serviços Gerais - uma agência geralmente discreta responsável pela burocracia federal - liberar os fundos para a transição.

Com Trump se recusando a reconhecer o resultado das eleições, Biden e seus principais assessores não recebem informações sobre temas delicados de política nacional e exterior, assim como sobre a questão mais urgente que afeta o país, a pandemia de coronavírus.

O ex-governador de Nova Jersey Chris Christie, que em 2016 assessorou Trump na transição, declarou ao canal ABC que a equipe legal do presidente era uma "vergonha nacional".

O governador de Maryland, Larry Hogan, outro republicano de proeminente, declarou à CNN que Trump estava fazendo o país parecer uma "república das bananas". Posteriormente, ele tuitou que o presidente deveria "parar de jogar golfe e reconhecer" a vitória de Biden.

Liz Cheney, a terceira republicana da Câmara de Representantes, disse que se os advogados e Trump não conseguem provar as acusações de fraude, o presidente deveria "respeitar a inviolabilidade do processo eleitoral".

Até mesmo o congressista Devin Nunes, um fervoroso partidário de Trump, admitiu de forma indireta na Fox News que Biden fez uma campanha "de sucesso de um porão".

- 'Sem mérito' -

Trump voltou a tuitar no domingo sobre "quantidades maciças de cédulas fraudulentas", uma afirmação rejeitada por uma longa lista de juízes em vários estados.

As declarações do advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, provocaram piadas, assim como as afirmações de outra integrante de sua equipe legal, Sidney Powell.

Powell alegou teorias da conspiração infundadas sobre uma possível ação de hackers nas eleições, o que a transformou em piada para muitos, mas também rendeu o elogio de alguns simpatizantes mais fervorosos de Trump.

Giuliani anunciou no domingo que Powell não integra mais a equipe de advogados do presidente.

O último revés legal de Trump aconteceu no sábado, quando um juiz da Pensilvânia rejeitou as acusações de fraude do presidente.

O juiz Matthew Brann escreveu que as demandas da equipe de Trump sobre o voto por correio eram baseadas em "acusações especulativas".

A decisão abriu o caminho para a Pensilvânia certificar a vitória de Biden no estado.

Biden venceu por 306 votos, contra 232 de Trump, no Colégio Eleitoral, órgão que decide o ocupante da Casa Branca.

O Colégio Eleitoral deve votar formalmente em 14 de dezembro e as certificações dos resultados nos estados devem acontecer antes.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando