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A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou, nesta quinta-feira (28), a anulação do contrato da secretaria estadual de Educação com a empresa Ideia Digital Sistemas, Consultoria, Comércio Ltda. De acordo com o TCE há irregularidades em três contratos firmados pelo governo de Pernambuco para a implantação do projeto Gestor Móvel. 

A empresa é investigada pela Polícia Federal, desde 2012, no caso Jampa Digital, que aponta fraudes em contratos com Prefeitura de João Pessoa (PB).

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O relator do processo, conselheiro João Campos, aprovou o voto-vista da conselheira Teresa Duere e também determinou que a Controladoria Geral do Estado instaurasse uma Tomada de Contas Especial para apurar danos causados ao erário. Os três contratos do Estado com a empresa somam R$ 77.510.292,85.

A auditoria para analisar possíveis irregularidades acontece desde 2012. Com a constatação das irregularidades foram aplicadas multas aos responsáveis: Anderson Stevens Leônidas Gomes (R$ 67.400,00), Mônica Rejane Santa Cruz Silva (R$ 8.088,00), João Carlos Duarte dos Santos (R$ 13.480,00), Leonardo do Nascimento Barbosa (R$ 6.740,00), Neuma Maria Rego Lemos (R$ 8.088,00), Alexandre José Henrique de Oliveira Luna (R$ 13.480,00) e Luciano Carlos Mendes de Freitas Filho (R$ 6.740,00).

Além disso, ficou determinado que o secretário Fred Amâncio promova uma série de ajustes junto à empresa contratada, para dar prosseguimento à execução contratual, e à Coordenadoria de Controle Externo a instauração de uma Auditoria de Acompanhamento a fim de verificar o cumprimento das determinações contidas em seu voto.

Voto de Duere

A conselheira Teresa Duere, que havia solicitado vistas ao processo, apresentou o seu voto nesta quinta-feira (28), com algumas modificações em relação ao voto do relator, e teve o seu ponto de vista acompanhado pelo conselheiro Ranilson Ramos. 

Ela disse que a despeito de a Procuradoria Geral do Estado ter emitido dois pareceres negando visto aos contratos decorrentes da “carona”, por entender que o procedimento era irregular, a Secretaria de Educação os executou sem solicitar autorização à Secretaria de Administração.

“Além da ilegalidade atestada pela PGE, e reconhecida pelo Ministério Público de Contas, o voto do relator, em síntese, aponta a absoluta inadequação do negócio”, diz o voto-vista da conselheira, relacionando, em seguida, as falhas encontradas nos contratos. No primeiro, aquisição de R$ 900 mil em equipamentos não previstos na relação contratual. Já no segundo, equipamentos adquiridos de fabricante, modelo e características diferentes do que reza o contrato original e, no terceiro, exigências que restringiam o caráter competitivo do certame.

“Há também vários indícios de graves irregularidades na execução das despesas, cujo total ultrapassa os R$ 40 milhões, montante equivalente a 60% do valor contratado”, diz ainda o voto da conselheira, frisando que a despesa possivelmente danosa aos cofres públicos pode chegar a R$ 885.600,00. Por isso, acompanhou os 17 “considerandos” do voto do relator no sentido de julgar irregular o objeto da Auditoria Especial, mas, diferentemente dele, entende que o contrato está repleto de vícios e não pode ter continuidade.

JOÃO PESSOA (PB) - A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) acionou a empresa Ideia Digital na 5ª Vara da Fazenda Pública. O objetivo é reaver os recursos destinados ao Projeto Jampa Digital, tendo em vista as fraudes constatadas pela Polícia Federal.

A ação cível por danos ao erário pede o ressarcimento no valor de R$ 1,5 milhão, referente ao valor destinado pela PMJP. A ação foi movida contra a Ideia Digital, vencedora do processo licitatório, e os sócios, Mario Wilson do Lago Júnior, Paulo de Tarso Araújo Sousa e Cristiano Galvão Brochado.

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A Prefeitura informou que os servidores envolvidos no esquema fraudulento foram exonerados e agora quer a devolução do dinheiro para que possa ser investido em outras obras. Cópias do relatório emitido pela comissão foram encaminhadas ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para as medidas cabíveis. 

O projeto Jampa Digital visava dar acesso gratuito à internet em praças públicas e na orla de João Pessoa. A investigação concluiu que recursos teriam sido desviados para financiar a campanha do governador Ricardo Coutinho e do vice-governador Rômulo Gouveia (PSD). O publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha, também foi indiciado.

O processo tramita em segredo de justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) disse estar tranquilo em relação às denúncias feitas pela Polícia Federal sobre seu envolvimento nas supostas irregularidades no projeto Jampa Digital, uma rede que levaria internet sem fio e gratuita para a população de João Pessoa.

“Eu poderia dizer muita coisa, mas vou tentar resumir: Eu não fui citado por absolutamente ninguém. (...) Eu não fui indiciado, eu não tenho qualquer problema de legislação, também não tenho nenhum problema na minha vida política”, afirmou o socialista, em conversa com a imprensa, logo depois do debate que realizou com alguns governadores do Nordeste, na tarde desta terça (13), no Recife.

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De acordo com o governador, a agência do publicitário Duda Mendonça foi responsável por campanha de outros políticos que não foram citados em nenhuma irregularidade.

“Além de a agência ter trabalhado para vários candidatos a governadores e senadores também não tivemos nenhuma doação de campanha por parte da Ideia Digital (empresa que esteve à frente do projeto)”, relatou.

 

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Entre os assuntos mais relevantes da última semana na política está o Processo de Eleições Diretas (PED) do PT. Faltando poucos dias para encerrar o prazo das inscrições da chapa – até o dia 12 de agosto – os petistas estão se movimentando para compor suas chapas. Em Pernambuco, as correntes lideradas pelo senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal João Paulo (PT) lançaram na última sexta-feira (2) o nome do advogado Bruno Ribeiro (PT) para concorrer ao cargo da presidência estadual

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Bruno Ribeiro deve ter uma concorrência forte com outra chapa que terá apoio do ex-prefeito João da Costa (PT) e do deputado federal Fernando Ferro (PT).  Os dois são declarados desafetos do senador petista e do ex-prefeito João Paulo.

Outro destaque foram às denúncias feitas ao projeto “Jampa Digital”. Há indícios de que recursos destinados ao projeto teriam sido desviados para a campanha eleitoral do então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, hoje governador da Paraíba. O suposto esquema também tem sido alvo de investigações em Pernambuco por superfaturamento em contratos com o governo de Eduardo Campos.

Ainda em Pernambuco, outros pontos relevantes na semana é o possível concurso que deve ocorrer ainda esse mês na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). No Recife, o vereador e líder da oposição Raul Jungamann (PPS), vai propor na volta das atividades da Câmara Municipal na próxima semana, um novo pacto de convivência entre os membros da Casa José Mariano.

O caso do Projeto ‘Jampa Digital’ que deveria proporcionar internet gratuita a população de João Pessoa e foi contratado pela Ideia Digital, mesma empresa escolhida pelo governo de Pernambuco para prover infraestrutura de rede, processamento de informações e tablets para as salas de aula de escolas públicas estaduais foi evitado pelo governador Eduardo Campos (PSB). Nesta sexta-feira (2), após solenidade com o ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o socialista foi sabatinado sobre o assunto, mas esquivou-se.

Campos resumiu em dizer apenas que só se pronunciará sobre o assunto depois do posicionamento de órgãos responsáveis pela investigação. “Nós só iremos falar depois que os órgãos de controle se pronunciem. Está com eles. Nós entregamos a ele. Foi uma iniciativa do nosso governo entregar aos órgãos de controle”, declarou.

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Questionado se tinha conhecimento do possível desvio de verba, o governador não respondeu. “Eu entreguei essa questão desde o ano passado e tomei todas as providências que devia tomar. Agora deixem os órgãos de controle falar”, esquivou-se.

Caso ‘Jampa Digital - O Projeto Jampa Digital criado pela Prefeitura de João Pessoa tinha o objetivo de ofertar internet sem fio e gratuita à população local. No entanto, após atrasado de mais de dois anos e de uma investigação, foi constatado a existência de superfaturamento no convênio estabelecido entre a gestão e a empresa responsável, Ideia Digital. O problema está sendo investigado pela Polícia Federal.

 

 

O vereador de João Pessoa, na Paraíba, Dinho (PR) cobrou, nesta quarta-feira (31), uma investigação mais profunda em torno do inquérito policial do caso Jampa Digital. Segundo o parlamentar é estranho que o nome do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), não esteja sendo investigado.

“Não entendo como o vice-governador Rômulo está indiciado e o atual governador, que era o gestor municipal na época, não aparece como envolvido nesta questão. Não estou afirmando culpa de ninguém, mas sabemos que houve doação da empresa Ideia Digital para a campanha do atual governador”, apontou o vereador. 

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Segundo o republicano, a Ideia Digital fez 17 depósitos de R$ 250 e um de R$ 3 mil na conta da campanha do atual gestor do Estado. “Embora eu não veja nenhuma irregularidade nestas doações, precisamos aprofundar estas investigações”, disse.

O parlamentar descartou a intenção da Câmara de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já que existem investigações mais amplas sobre o assunto, e sugeriu que a Casa organize sessões para discutir o tema, com todos os envolvidos, para que os parlamentares consigam ter uma visão geral do caso.

Jampa Digital - Projeto destinado a criar uma rede digital de banda larga em João Pessoa (PB), que vem sendo investigado por apresentar indícios de desvio de recursos. Há indícios de que os recursos podem ter sido desviados para a campanha eleitoral do então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), hoje governador da Paraíba.

O inquérito do caso Jampa Digital, que estava sob responsabilidade da Procuradoria Regional da República da 5ª Região foi encaminhado pelo procurador Domingos Sávio para o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região. Ao Tribunal foi solicitado que a demanda fosse encaminhada para o Supremo Tribunal Federal.

A decisão foi tomada por haver indícios de que as supostas irregularidades apuradas contaram com a participação do ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, que só pode ser processado no STF, por ter foro privilegiado. 

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Para o procurador regional da República, Domingos Sávio Tenório de Amorim, que analisou o inquérito feito pela Polícia Federal na Paraíba, “há evidências de que houve desvio de verbas públicas federais na implantação do projeto Jampa Digital”. O objetivo do projeto era o de criar uma rede digital de banda larga em João Pessoa (PB).

Há indícios de que recursos destinados ao projeto teriam sido desviados para a campanha eleitoral do então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, hoje governador da Paraíba. O suposto esquema teria contado com a participação da empresa Ideia Digital, que também tem sido alvo de investigações em Pernambuco por superfaturamento em contratos com o governo de Eduardo Campos. Outro alvo de investigação é o publicitário Duda Mendonça. 

A petição deve ser analisada pelo TRF da 5ª Região, juntamente com as justificativas do procurador, antes de ser encaminhada ao STF. 

JOÃO PESSOA (PB) - Seis pessoas serão ouvidas na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) sobre o Jampa Digital. O requerimento de discussão foi aprovado nesta quinta-feira (25), pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Estão convocados o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, o publicitário Duda Mendonça e mais quatro pessoas. Eles irão falar sobre as denúncias de desvio de recursos públicos para a campanha eleitoral para Governo do Estado de 2010.

As datas das audiências ainda serão definidas. Além do Jampa Digital, o Passe Livre nos transportes públicos e as despesas com a Comunicação Institucional do Governo do Estado serão outros assuntos abordados.

JOÃO PESSOA (PB) - O Jampa Digital será um dos temas do protesto de uma manifestação que irá ocupar a Praça dos Três Poderes, em João Pessoa, na tarde desta quarta-feira (24). O programa municipal está sendo investigado por possíveis desvios de verbas para campanha eleitoral da atual gestão do Governo do Estado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Integrantes do Grupo Ocupacional Servidores Fiscais Tributários da Paraíba (Sindifisco-PB), Victor Hugo, o objetivo é chamar a atenção da Assembleia Legislativa. “A gente quer esclarecimentos e punições. Queremos que alguém faça algo contra este escândalo que envolve o nosso governador e o vice e que nenhum deputado falou sobre o asunto ainda”, explicou.

Eles pedem a abertura de uma Comissão Mista de Inquérito (CPI) para discutir e investigar o assunto. Ainda de acordo com Victor Hugo, mais duas mobilizações serão feitas, sendo uma na próxima semana, em dia a ser marcado, e outra no dia 6 de agosto, para conversar com os deputados estaduais.

O protesto acontece às 15h e contará ainda com o Movimento Passe Livre João Pessoa (MPL/JP) e frentes sindicais com motivos distintos para o manifesto e que prometem levar milhares de pessoas às ruas.

Confira as reivindicações:

- Contra o Projeto de Lei 4330, sobre a terceirização do serviço público;

- Passe Livre para Estudantes e Desempregados;

- Redução das Tarifas;

- Cumprimento da Lei das 30 horas para Assistentes Sociais;

- Contra a Privatização das Rodoviárias de João Pessoa e Campina Grande;

- Contra a Privatização da Saúde na Paraíba e pela Revogabilidade da Lei que possibilita a privatização das Políticas Públicas em João Pessoa e Campina Grande;

- Atendimento da pauta do Movimento Cultural protocolada junto a Prefeitura de João Pessoa;

- Aprovação da PEC 300;

- Criminalização da homofobia

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O vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSD), concedeu entrevista coletiva no fim da manhã desta terça-feira (23), na sede da Associação Paraibana de Imprensa (API), em João Pessoa. Ele novamente se declarou alheio a qualquer das acusações impostas a ele ou ao Governador Ricardo Coutinho (PSB).

Gouveia autorizou a quebra de sigilo das contas bancárias em seu nome e de sua esposa, a deputada estadual Eva Gouveia (PTN), e disse fazer isto em respeito ao povo da Paraíba. Ele afirmou não haver provas materiais que o coloquem como responsável por desvios de verbas do programa Jampa Digital para a campanha eleitoral em 2010.

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De acordo com o vice-governador, existem apenas dizeres e suposições. “Quando me perguntaram se eu contratei o senhor Thiago eu disse que sim. O resto ele (o delegado Felipe Alcântara, responsável pela investigação) deduziu”, falou Rômulo.

Thiago era assessor de Rômulo Gouveia quando ele era deputado federal e a Polícia Federal identificou dinheiro da empresa Ideia Digital depositado em sua conta. "Tenho uma vida pública longa e muitos ex-assessores, não respondo por suas ações", salientou Gouveia.

A Ideia Digital foi a empresa contratada pela Prefeitura Municipal para realizar o projeto do Jampa Digital. O programa foi oriundo de emenda parlamentar do então deputado federal Rômulo. O atual Governador era o prefeito de João Pessoa na época em que o programa começou a vigorar, mas o vice defendeu Ricardo. “Quando prefeito, o governador tinha as secretarias. Imagine se a presidenta fosse responsável por tudo que acontece pelo país”.

Hoje, os usuários enfrentam problemas para utilizar o Jampa Digital, que tem como função dar acesso à internet para a população na orla de João Pessoa e em lugares de grande circulação. “A minha intenção quando lancei o projeto era que o programa funcionasse. Quem tem que dizer se está funcionando ou não é a sociedade e a prefeitura”, se eximiu Rômulo Gouveia.

O inquérito da Polícia Federal está, desde o último fim de semana, provocando divulgações de notas por parte de assessorias de imprensa de envolvidos no caso de possíveis desvios de verbas do programa Jampa Digital. As declarações vem acusando e defendendo o governador, o vice, PF e partidos políticos, além de atacar jornalistas.

Na noite desta segunda-feira (22), os diretórios estadual da e municipal do PSB, partido de Ricardo Coutinho, emitiu nota em que se declara ao lado do governador e questiona a imparcialidade de setores da imprensa. Os presidentes Edvaldo Rosas (Estadual) e Ronaldo Barbosa (Municipal) insinuam que a Globo estaria se vingando após ser cobrada por uma dívida no valor de R$ 7 milhões.

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Em seu programa de rádio, Fala Governador, que foi ao ar nesta segunda-feira, Coutinho afirma que está sendo perseguido pelo Sistema Paraíba de Comunicação (afiliada da Rede Globo na Paraíba), e que os dados da investigação estão sendo manipulados.

Já a Associação Nacional de Policia Federal (ADPF) publicou nota de repúdio às afirmações da Secretaria de Comunicação do Estado que, também em nota, acusou a PF de privilegiar meios de comunicação, quando nem as partes envolvidas teriam tido acesso ao inquérito. A ADPF defende a imprensa “que exerceram o papel que lhe cabe no Estado Democrático de Direito: levar a público informações de inegável relevância, procurado sempre acompanhar o resultado das investigações.”.

A Assessoria de Imprensa do Vice-Governador, Rômulo Gouveia (PSD), citado nas investigações, marcou entrevista coletiva para esta terça-feira (23), às 11h, na Associação Paraibana de Imprensa (API), na capital. Gouveia teria participado de possíveis desvios de verbas do programa para a campanha eleitoral da atual gestão.

Confira as notas na íntegra

O QUE ESTÁ ESCONDIDO NOS ATAQUES DA GLOBO CONTRA O COMPANHEIRO RICARDO COUTINHO

A história da Globo na política brasileira é um péssimo exemplo de imprensa amarrada ao poder e de nenhum compromisso com a democracia. Em março de 1994, Leonel Brizola ganhou na justiça o direito de veicular no Jornal Nacional uma carta na qual afirmava que “não conheço a Globo como exemplo de liberdade de imprensa”.

Nas eleições de 2010 ocorreram manipulações de pesquisas eleitorais. A Paraíba toda deve se lembrar que o Ibope, contratado pela TV Cabo Branco, em nenhum momento colocou  a possibilidade da vitória de Ricardo. Ao contrário, dizia que Maranhão ganharia no 1º turno. O que é estranho é que o grupo empresarial comandado pelo empresário Eduardo Carlos tinha uma dívida de mais R$ 7 milhões que foi perdoada no final do Governo Maranhão. Foi Ricardo, já como governador, que teve a coragem de cobrar o que era do povo.

Agora, a TV Globo (leia-se TV Cabo Branco e TV Paraíba) tenta fazer com Ricardo Coutinho  o mesmo que fez com Brizola. O interessante é que a Folha de São Paulo adere à iniciativa da Globo para atingir Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e virtual candidato à Presidência da República.

O PSB não aceita! A população não pode ficar à mercê de uma rede de TV cujo passado e presente nada têm a ver com a luta democrática das forças populares e com a luta pelo socialismo.

O Ministério Público é o caminho de uma investigação clara, democrática e objetiva. Nada temos a temer.

A verdade vencerá!

Partido Socialista Brasileiro

José Edvaldo Rosas

Presidente do Diretório Estadual - PB

Ronaldo Barbosa Ferreira

Presidente do Diretório Municipal de João Pessoa

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“A Associação Nacional de Policia Federal (ADPF), através de sua Diretoria Regional da Paraíba, vem a público manifestar sua absoluta contrariedade à nota expedita pela Secretaria de Estado da Comunicação Institucional do Governo da Paraíba, na data de ontem (domingo), em relação aos fatos envolvendo o programa “Jampa Digital” e a investigação criminal que lhe é correlata.

As investigações realizadas nos autos do Inquérito Policial nº 95/2012 pautaram-se por rigorosos parâmetros de técnica investigativa, reunindo, ao final, indícios inequívocos de autoria e materialidade de crimes licitatórios, desvio de verba, corrupção e lavagem de dinheiro.

A excelência investigativa do trabalho realizado pode ser aferida pelo simples acesso aos autos do Inquérito Policial que, em 26/03/2013, por decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, não mais se encontram em segredo de justiça, cabendo ressaltar ainda que nenhum pedido de vista dos autos formulado pelos advogados dos investigados foi indeferido pela Autoridade Policial.

A investigação foi realizada com o auxílio imprescindível da Controladoria-Geral da União e os autos do Inquérito, instruídos com vários laudos periciais, agora encontram-se sob apreciação do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União, para as providências de suas respectivas alçadas.

A ADPG lamenta, ainda, a forma deselegante com a nota refere-se à “conduta de parte da grande mídia”, numa tentativa canhestra de desacreditar setores da Imprensa que exerceram o papel que lhe cabe no Estado Democrático de Direito: levar a público informações de inegável relevância, procurado sempre acompanhar o resultado das investigações.

Por fim, a ADPF informa que repudia veementemente as referências desairosas ao Delegado da Policia Federal responsável pelas investigações, profissional da mais absoluta idoneidade e que goza do mais amplo respeito de seus pares pelos relevantes serviços já prestados à Policia Federal em várias unidades da federação, ressaltando que os ataques à sua honra serão objeto de demanda judicial.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE POLICIA FEDERAL

Diretoria Regional da Paraíba”

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“Em consideração às informações veiculadas pela imprensa sobre o objeto da apuração de supostas irregularidades ocorridas na implantação do Sistema de Plataforma Digital na cidade de João Pessoa e ilações de desvio de recursos favorecendo a campanha de 2010, o Governo do Estado da Paraíba vem a público fazer os seguintes esclarecimentos:

O tom da cobertura atual feita pela imprensa foi iniciado no dia 15/03/2013, quando o delegado Felipe Alcântara, responsável pela investigação, concedeu, mesmo antes de concluída a investigação, entrevista ao Jornal da Paraíba com o mesmo tom inquisitório presente na cobertura que privilegiou a Rede Globo e Folha de São Paulo com exclusividade de acesso ao relatório final da investigação.  Até o presente momento, o Governador não obteve acesso ao relatório, mesmo sendo parte interessada e indevidamente envolvido, visto que não foi ouvido ou indiciado no curso do inquérito policial.

A alegação de que teria ocorrido desvio de recursos do programa para utilização na campanha eleitoral de 2010 não passa de exercício de ilação, considerando que não há nenhuma conexão entre o faturamento das empresas mencionadas com a prestação de contas que foi aprovada sem qualquer restrição pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.

O repasse do Governo Federal - através da emenda do então deputado Rômulo Gouveia e operacionalizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia - foi de R$ 4.746.000,00 (quatro milhões e setecentos e quarenta e seis mil reais) e atendia uma das metas de modernização do país, sendo destinadas verbas para várias outras cidades e não a quantia astronômica divulgada por setores da imprensa que, intencionalmente, induz a sociedade a erro ao informar que o valor do projeto teria sido de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões de reais).

Quanto ao processo licitatório, no ano de 2009 foi realizado o Pregão 019/2009, tendo como objeto a criação e implantação da plataforma de convergência social e digital de João Pessoa para efeito de oferecer acesso gratuito à internet em determinadas áreas da capital paraibana, pregão esse aprovado e referendado pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, conforme Acórdãos AC1 – TC00501/2011 (processo nº TC 07432/09), AC1 – TC0184/2011 (processo nº TC 10799/09) e AC1 – TC00731/2011 (processo nº TC 0659/09).

Registrada a Ata 07/2009, em 14/07/2009, os investimentos foram, respectivamente, R$ 4.756.000,00 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, e R$ 1.500.000,00 de contrapartida da Prefeitura Municipal de João Pessoa, o que totaliza R$ 6.256.000,00. A comprovação da economicidade e compatibilidade dos preços dos itens contratados com os valores de mercado reside no fato de vários órgãos de outros estados terem aderido à referida ata, a exemplo do Ministério Público do Estado de Pernambuco, entre outros.

Licitado o projeto pela Secretaria Municipal de Administração, a execução ficou a cargo da Secretaria de Ciência e Tecnologia, responsável pela execução e elaboração do Termo de Referência em parceria com a Rede Brasileira de Visualização (RBV), entidade credenciada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e referendada pelo então secretário de Ciência e Tecnologia, hoje ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

Importante atestar que 7 (sete) empresas participaram da licitação, quais sejam: World Telecom Ltda., ZCR Informática Ltda., Parxtech Informática e Comércio Ltda., Sysdesign Consultoria Informática Ltda., ISH Tecnologia Ltda., ITC BR Tecnologia e Serviços e Ideia Digital Sistemas Consultoria e Comércio Ltda, tendo sido consagradas vencedoras a Ideia Digital e a Parxtech Informática. O critério de julgamento da licitação foi o de menor preço por lote, modalidade mais vantajosa para a Administração Pública, conforme disposição do art. 23, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Assim, o que deve ser observado é o valor total do lote ficar abaixo da média do valor de mercado, consoante jurisprudência pacífica do Tribunal de Contas da União.

Diante dos equívocos expostos e da ausência de zelo no curso da investigação, fica claro o interesse político envolvendo o assunto. Rechaça-se a conduta de parte da grande mídia e de setores da política local, que buscam incriminar sem direito de resposta a quem quer que seja. É interesse do Governador elucidar todo e qualquer assunto a ele relacionado e reestabelecer a verdade dos fatos. Sua trajetória pública não permitiria outra conduta. Trata-se de político com vida proba pautado pelo exercício da transparência, fortalecimento das instituições e defesa do interesse público.

João Pessoa, 21 de julho de 2013

SECRETARIA DE ESTADO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL”

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