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As duas partidas das finais da Libertadores não terão presença das torcidas visitantes. Nesta segunda-feira, os presidentes do Boca Juniors, do River Plate e da Associação do Futebol Argentino (AFA) realizaram um pronunciamento confirmando que ambos os confrontos contarão apenas com torcedores do time da casa.

"Os presidentes de ambas instituições concordaram que, apesar do atrativo que gera a presença de duas torcidas, esta medida pode gerar problemas para os sócios", explicou o presidente da AFA, Cláudio Tapia.

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Na última sexta-feira, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, chegou a anunciar que as partidas seriam realizadas com as presenças de torcedores visitantes, o que não acontece no principal clássico do país desde 2014. Mas, após reuniões entre os clubes, a decisão foi revista.

"Apesar desta decisão, Boca Juniors e River Plate valorizam e reconhecem o interesse do presidente Mauricio Macri de promover a presença dos visitantes em ambas as finais", apontou Tapia.

A medida tem como finalidade evitar a violência tão presente no país em jogos de futebol nos últimos anos. Por isso, o presidente da AFA ainda fez um pedido: "Convocamos simpatizantes, torcedores e sócios a viverem estas partidas como são: uma celebração popular sem fronteiras, em paz, com paixão e em convivência".

O discurso foi entoado também pelos presidentes dos clubes. "O mundo está esperando que joguemos. Isto é um jogo, aqui não vai a vida e todos temos que fazer nossa parte", comentou o mandatário do River, Rodolfo D'Onofrio. "Peço aos torcedores do Boca que vivam em paz e com alegria", completou o dirigente do Boca, Daniel Angelici.

Também nesta segunda, os presidentes confirmaram que a partida será disputada nos dias 10 e 24 de novembro, às 18 horas (de Brasília), apesar do pedido do Boca pela alteração das datas. A primeira partida terá mando do clube, em La Bombonera, enquanto a segunda será sediada pelo River, no Monumental de Núñez.

Um dia depois de acionar a Conmebol para pedir a reversão dos pontos da segunda partida da semifinal da Libertadores contra o River Plate, em função do descumprimento do regulamento da competição por parte do técnico da equipe argentina, Marcelo Gallardo, a diretoria do Grêmio revelou que a entidade vai julgar o caso nesta sexta-feira, a partir das 12 horas (de Brasília), em Assunção.

O clube gaúcho ainda acusou o rival de ser conivente com a ação irregular do seu treinador, que estava suspenso, mas viu o jogo de um camarote na Arena Grêmio, usando rádio para se comunicar com o auxiliar que dirigia o time. Para completar, foi até o vestiário da equipe no intervalo do jogo que o River Plate venceu de virada por 2 a 1.

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O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior, acusou River Plate e Marcelo Gallardo de debocharem da Conmebol e enfatizou: "O que está em jogo aqui são valores mais profundos. O que está em jogo é a honra do torneio e da Conmebol".

A confederação marcou as datas das finais entre River Plate e Boca Juniors: 10 e 24 de novembro, em dois sábados.

Momentos depois de a Conmebol anunciar as datas e os horários das partidas da decisão da Libertadores, o Boca Juniors se mostrou contra a opção da entidade. O clube se declarou contrário à realização das partidas contra o River Plate em dois sábados, dias 10 e 24 de novembro, às 16 horas (de Brasília).

O motivo para o posicionamento do Boca Juniors, de acordo com o presidente Daniel Angelici, é a "comunidade judaica". Afinal, aos sábados, é celebrado o shabat, um dia sagrado para a religião, em que os judeus devem repousar do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol do sábado, deixando de praticar uma série de atividades.

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"O Boca não está de acordo com jogar no sábado. Somos muito respeitosos à comunidade judaica. Temos muitíssimos sócios judeus que vêm acompanhando o Boca", declarou Angelici à rádio La Red.

Em busca da possível alteração, o dirigente prometeu até conversar com Rodolfo D'Onofrio, presidente do River Plate. "Vou falar com o Rodolfo, não sei porque jogamos no sábado. Se vai ser assim, vou conversar para que seja depois das 21 horas, para que possa vir a coletividade judaica."

Angelici ainda explicou que o Boca não foi consultado sobre as datas pela Conmebol. "Foi tudo muito rápido. Vou falar com Rodolfo primeiro e se pudermos buscar uma alternativa que agrade todos, muito melhor. Sinto a obrigação de dizer porque já me mandaram muitas mensagens. Sou respeitoso a todas as religiões."

Na última quarta-feira (31) o Palmeiras foi eliminado da Libertadores em casa pelo Boca Juniors depois de um empate por 2 x 2. A equipe alviverde já havia perdido o primeiro jogo por 2 x 0. Após o término da partida, os rivais não perdoaram o resultado e zoaram bastante os palmeirenses. 

A frase "o Palmeiras não tem Mundial" e o nome Darío Benedetto, atacante do Boca, viralizaram na internet. Confira alguns dos posts publicados no Twitter pelos rivais dos palmeirenses: 

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O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, tentou demonstrar naturalidade para comentar a eliminação do time na semifinal da Copa Libertadores diante do Boca Juniors, nesta quarta-feira (31), no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Na opinião dele, o adversário foi superior no confronto e por ter demonstrado qualidade, é o favorito para ganhar do River Plate na decisão do título.

"Temos que reconhecer que eles foram superiores. Será uma final justa da Libertadores. Tomamos dois gols em quatro minutos em Buenos Aires. Perdemos a vaga muito mais pelo jogo de lá do que por hoje (quarta-feira)", lamentou o técnico. No jogo de volta, o Palmeiras ficou no empate por 2 a 2 contra os argentinos, foi eliminado e agora terá pela frente somente a disputa do Campeonato Brasileiro até o fim do ano.

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Para Felipão, o Boca Juniors mostrou potencial para despontar como favorito na decisão. "Se tivesse que apostar em um para ser campeão, aposto no Boca. É uma equipe experiente, muito bem armada, muito bem treinada. Eles foram melhores do que nós, principalmente no primeiro jogo", disse o técnico. Foi a segunda vez em que o treinador e o Palmeiras, juntos, foram eliminados pelo clube argentino. A ocasião anterior foi na final do torneio, em 2000.

O técnico palmeirense afirmou que, pela experiência, não se sente decepcionado com o revés na semifinal e garantiu que o elenco não se sentirá abalado com a eliminação. A equipe é líder do Campeonato Brasileiro com quatro pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Flamengo (63 a 59), a sete rodadas do fim. "Agora vamos trabalhar ainda melhor para tentar conseguir ao menos um título", disse. Neste sábado, o Palmeiras volta a campo contra o Santos, novamente no estádio Allianz Parque.

Felipão admitiu que o gol do Boca Juniors aos 17 minutos de jogo, marcado por Ábila, impôs ao Palmeiras um impacto psicológico pesado. "Quando saímos atrás, os jogadores começam a pensar que precisamos fazer quatro. A situação fica muito mais difícil para quem joga, para quem dirige", comentou.

Após um grande jogo, o Boca Juniors mostrou a sua força, arrancou o empate por 2 a 2 contra o Palmeiras, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, e se garantiu na decisão da Copa Libertadores. Na última terça-feira (30), o River Plate já havia eliminado o Grêmio e garantido a vaga para a decisão. Será a primeira vez na história da competição que dois times da Argentina vão decidir o título.

O primeiro jogo da decisão acontecerá na próxima quarta-feira (7), no estádio de La Bombonera, casa do Boca Juniors, em Buenos Aires. Já o duelo da volta aconteceria no dia 28 do mesmo mês, mas pode ter a data alterada, pois dois dias depois terá início a reunião do G20 (principais países do mundo), na capital argentina, e o evento acontecerá próximo do estádio do River Plate.

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Caso a partida seja adiada, a finalíssima da competição continental deverá ocorrer no dia 5 de dezembro, no estádio Monumental de Núñez.

O River Plate chega à decisão com seis vitórias, cinco empates e apenas uma derrota - para o Grêmio, em Buenos Aires, na primeira partidas das semifinais. Já o Boca Juniors tem mesma campanha com seis triunfos, cinco empates e só um revés - para o Palmeiras, em casa, ainda na fase de grupos.

Eliminados da Libertadores, Palmeiras e Grêmio, os semifinalistas, agora focam as suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O time alviverde lidera a competição nacional e o clube gaúcho está em quinto e briga para se aproximar das primeiras colocações.

Em uma mesma noite, o Palmeiras se frustrou, sonhou e se orgulhou do que fez mesmo derrotado. Nesta quarta-feira, no Allianz Parque, o time esteve perto de conseguir uma histórica virada sobre o Boca Juniors, pela Copa Libertadores, mas não saiu do empate por 2 a 2 e deu adeus à competição aplaudido pelos 40 mil torcedores. Os argentinos vão à decisão para enfrentar o maior rival, o River Plate.

Quando a torcida do Palmeiras for se lembrar no futuro da Libertadores de 2018, terá memórias trágicas sobre o Boca Juniors. A equipe argentina só passou da fase de grupos graças ao auxílio alviverde e retribuiu a ajuda de forma cruel, na figura do atacante Benedetto. O reserva saiu do banco nos jogos para marcar três gols nas semifinais.

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O Palmeiras se preparou para ter uma noite de virada épica no Allianz Parque. A torcida fez festa para receber os jogadores, teve foguetório antes do início do jogo e torcedores que permaneceram de pé a maior parte do tempo. O ambiente foi montado para reverter a desvantagem de 2 a 0 e ir à final da Copa Libertadores.

O jogo seria uma batalha contra o tempo, contra o nervosismo e contra o Boca. A angústia aumentou porque quando a torcida ainda gritava nos minutos iniciais, o time teve um gol anulado corretamente por impedimento pelo árbitro de vídeo. A explosão de felicidade momentânea deu lugar ao desânimo do choque de realidade.

A equipe continuava a precisar de no mínimo dois gols para levar aos pênaltis. Era ruim. Pois ficou pior. Logo depois, passou a precisar fazer quatro para se classificar. Aos 17 minutos, o Palmeiras errou na saída de bola e, com esperteza, o Boca Juniors encaixou um contra-ataque. Ábila concluiu e piorou o drama alviverde.

O time da casa ficou desnorteado com o aumento da desvantagem. A torcida sentiu o momento ruim e no intervalo o estádio ficou silencioso.

O segundo tempo precisava ter quatro gols. O Palmeiras avançou o time no intervalo e incendiou o estádio ao conseguir virar a partida com Luan e Gómez, aos 7 e 15 minutos. A torcida recuperou o otimismo, pois seriam no mínimo 30 minutos restantes para fazer mais dois gols.

A partida ficou mais emocionante, com o Boca Juniors encurralado e uma confiança no ar de que a classificação sonhada e épica viria. Mas o futebol e os times argentinos são traiçoeiros. Benedetto entrou no jogo para, aos 25, empatar em 2 a 2. Passou a ser necessário para o Palmeiras fazer 5 a 2.

A missão se tornou impossível. O sonho acabou de forma honrosa, com aplausos e o reconhecimento de que não faltou empenho.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 2 X 2 BOCA JUNIORS

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Scarpa), Bruno Henrique (Moisés) e Lucas Lima; Willian (Borja), Dudu e Deyverson. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

BOCA JUNIORS - Rossi; Jara, Magallan, Izquierdoz e Olaza; Nández, Barrios e Pérez (Gago); Pavón (Zarate), Villa e Ábila (Benedetto). Técnico: Gustavo Schelotto (interino).

GOLS - Ábila, aos 17 minutos do primeiro tempo. Luan, aos 7, Gómez aos 15, e Benedetto, aos 25 minutos do segundo tempo

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Luan, Gustavo Gómez, Felipe Melo, Deyverson (Palmeiras); Pablo Pérez, Ábila (Boca Juniors).

PÚBLICO - 40.299 pagantes.

RENDA - R$ 3.829.551,24.

LOCAL - Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP).

Uma comitiva liderada pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, e advogados do clube já está a caminho do Paraguai para pedir a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a reversão dos pontos da segunda partida da semifinal da Copa Libertadores, contra o River Plate, em função do descumprimento do regulamento da competição por parte do técnico da equipe argentina, Marcelo Gallardo. Após ser derrotado por 2 a 1 no confronto de volta do mata-mata, o time gremista foi eliminado da competição na noite de terça-feira, em Porto Alegre.

Em meio aos inúmeros questionamentos extracampo, que culminaram com a eliminação do Grêmio, Gallardo também estava proibido pela Conmebol de se comunicar com o auxiliar técnico durante a partida e de ter contato com os atletas no vestiário. Além de descumprir as regras, o treinador argentino afirmou que faria tudo novamente. Direto do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o vice jurídico do Grêmio, Nestor Hein, afirmou ao Estado que buscará a reversão dos pontos.

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"O Gallardo estava punido e mesmo assim foi ao vestiário, no intervalo, e deu instruções. No final do jogo, ele disse que não tinha cumprido a regra da Conmebol, que se orgulhava disso e que não faria diferente se pudesse voltar atrás. Então, já que há um descumprimento de regra, o Grêmio vai buscar os seus direitos", afirmou.

Nestor Hein ainda vai elencar dois casos envolvendo clubes brasileiros na Libertadores para tentar convencer a Conmebol a acatar o recurso gremista. Segundo o advogado, o Santos foi penalizado contra o Independiente, nas oitavas de final, após a Conmebol ter considerado irregular a escalação do meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, foi expulso injustamente contra o Boca Juniors, no jogo de ida das quartas de final, teve a penalidade revertida pela organização da competição e pôde atuar na partida de volta. "A possibilidade existe. Vamos ver como o tribunal vai se comportar", assinalou.

A previsão de Nestor Hein é de que Conmebol se manifeste até esta quinta-feira sobre o recurso do Grêmio. Como o tribunal da Conmebol é de penas, não haverá, em um primeiro momento, oportunidade de defesa para o River Plate. O clube argentino somente poderá se pronunciar após a decisão da entidade.

A decisão de ajuizar a reclamação na Conmebol foi tomada nesta manhã de quarta-feira pelo Grêmio. "O Grêmio decidiu ajuizar reclamação por descumprimento do regulamento geral da competição e do regulamento disciplinar, em face da participação irregular do treinador do River Plate no vestiário durante o intervalo para instruções aos atletas do seu clube, assim como por meio de comunicação por rádio com seu auxiliar - estando ele suspenso pela Conmebol. A tipificação do fato está devidamente comprovada no artigo 176 do regulamento geral da competição e artigos 19, 56 e 76 do regulamento disciplinar da Conmebol", descreve.

Além disso, o Grêmio adverte que o primeiro gol do River Plate na última terça ocorreu em condição irregular, sem qualquer participação ou interferência do VAR, embora as imagens tenham constatado o fato de que a bola bateu no braço do atacante Borré após ele dar a cabeçada para empatar o duelo na arena gremista. "A Conmebol, antecipadamente aos jogos das semifinais, reuniu os clubes em sua sede e estabeleceu o fair play com vistas às disputas. Na ocasião, obteve concordância de todos os clubes em competir de forma limpa, cumprindo as regras do jogo, o que motiva o Grêmio a tomar suas providências", diz a nota.

O Grêmio recebeu o River Plate na última terça-feira (30) em casa para o jogo da volta das semifinais da Copa Libertadores. A equipe gaúcha vencia por 1 x 0 quando o zagueiro Bressan entrou em campo e acabou mudando o rumo da partida. 

Em menos de 20 minutos em campo, o zagueiro viu o River empatar, levou um cartão amarelo, cometeu um pênalti e ainda foi expulso. As falhas de Bressan acabaram sendo cruciais para o Grêmio, que foi eliminado dentro de casa. 

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Na internet, os torcedores gremistas não perdoaram e fizeram muitas críticas ao jogador. "Se eu sou o Bressan eu peço demissão na hora", escreveu uma torcedora em seu perfil no Twitter. 

Confira algumas críticas: 

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--> Com ajuda do VAR, River ganha do Grêmio e está na final

Grêmio e River Plate têm três títulos da Copa Libertadores cada e entraram em campo nesta terça-feira (30)na Arena Grêmio, em Porto Alegre, para buscar a classificação pela sexta vez na história à final da competição. Quando tudo parecia que estava dando certo para o time gaúcho, que vencia por 1 a 0 até os 36 minutos do segundo tempo - mesmo placar do jogo em Buenos Aires -, o rival argentino achou forças para conseguir a virada por 2 a 1, com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês), e está na decisão pelos número de gols como visitante.

O adversário da decisão será conhecido nesta quarta-feira (31). Em São Paulo, o Palmeiras receberá o Boca Juniors e terá a missão de buscar uma boa vitória após ser derrotado por 2 a 0, em Buenos Aires. Os jogos das finais estão marcados pela Conmebol para serem disputados nos dias 7 e 28 de novembro.

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Os mandos de campo da decisão são definidos com o desempenho das equipes na fase de grupos. Assim, o River Plate, que ficou com a quarta melhor campanha, fará o segundo jogo da final em casa se o adversário for o arquirrival Boca Juniors, que terminou em 14.º lugar. Mas terá desvantagem contra o Palmeiras, já que o time paulista foi o melhor naquela etapa da competição.

Em campo, o Grêmio sofreu bastante. Com uma postura mais defensiva nos primeiros minutos, o time gaúcho foi acuado da intermediária para trás e passou por alguns sustos na etapa inicial. O River Plate chegava com perigo principalmente pelo lado direito, buscando o centroavante Lucas Pratto (ex-São Paulo), e em duas oportunidades os chutes passaram raspando a trave de Marcelo Grohe.

No momento em que era pressionado, o Grêmio conseguiu o seu gol. Aos 35 minutos, Alisson bateu escanteio pelo lado direito, a bola bateu na defesa argentina e sobrou na entrada da área para Leonardo Gomes. O lateral-direito finalizou de primeira, a bola pega em Lucas Pratto e entrou no canto direito da meta defendida por Armani.

Consciente de que o resultado faria o River Plate se abrir para buscar gols, o Grêmio começou a ter espaços no segundo tempo para os contragolpes. E em um deles, o atacante Éverton, que havia entrado aos oito minutos, perdeu a chance de definir a classificação aos 21. Ficou cara a cara com Armani, mas chutou em cima do goleiro.

Aos 26 minutos, com menos de 30 segundos em campo ao entrar no lugar de Paulo Miranda, Bressan recebeu o amarelo ao se desentender com Pinola antes da cobrança de um escanteio. Mais tarde, já nos acréscimos, esse cartão faria diferença, mas antes o River Plate conseguiu o empate. Aos 36, Martínez levantou a bola na área e Borré desviou pouco antes da pequena área para as redes. A bola resvalou no seu braço, mas ninguém viu isso na hora e o VAR não foi acionado.

Na base da pressão, o River Plate foi todo para frente e foi recompensado. Aos 43 minutos, Borré arriscou um chute da entrada da área e a bola bateu em Bressan. Escanteio e nada de reclamação em campo. Mas o árbitro de vídeo, comandado pelo uruguaio Leodan González, chamou o compatriota Andrés Cunha e foi constatado que a bola bateu no braço esquerdo do zagueiro, que estava aberto. Pênalti e cartão vermelho para o gremista, que ficou inconformado e quase agrediu o juiz da partida.

Depois de quase 10 minutos de paralisação e muita reclamação, Gonzalo Martínez fez a cobrança do pênalti com perfeição, deslocando Marcelo Grohe para o lado direito e colocando a bola no canto esquerdo da meta gremista. Com mais cinco minutos de acréscimos, o Grêmio foi todo ao ataque, mas não conseguiu o gol salvador.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO 1 x 2 RIVER PLATE

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Leonardo Gomes, Pedro Geromel, Paulo Miranda (Bressan) e Cortez; Michel, Cícero, Maicon (Éverton), Ramiro e Alisson; Jael (Thaciano). Técnico: Renato Gaúcho.

RIVER PLATE - Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Milton Casco; Palacios, Ponzio (Enzo Pérez), Ignacio Fernández (Gonzalo Martínez) e Quintero (Scocco); Borré e Lucas Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

GOLS - Leonardo Gomes, aos 35 minutos do primeiro tempo; Borré, aos 36, e Gonzalo Martínez (pênalti), aos 49 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Cícero, Cortez e Paulo Miranda (Grêmio); Gonzalo Martínez, Pinola e Enzo Pérez (River Plate).

CARTÃO VERMELHO - Bressan (Grêmio).

ÁRBITRO - Andrés Cunha (Fifa/Uruguai).

RENDA - R$ 4.477.119,50.

PÚBLICO - 49.893 pagantes (53.571 no total).

LOCAL - Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).

Depois da conquista épica do River Plate, finalista da Copa Libertadores ao vencer de virada o Grêmio por 2 a 1, nesta terça-feira (30), em Porto Alegre, os jogadores argentinos deixaram claro que não importa o adversário na final - Palmeiras ou Boca Juniors - porque a confiança é muito grande no tetracampeonato.

O atacante Lucas Pratto, ex-Atlético-MG e são Paulo, não teve dúvida em dizer ao final do jogo, bastante molhado pela chuva. "Qualquer um é a mesma coisa porque queremos ser campeões". Para ele, o River Plate teve personalidade para buscar a virada. "O jogo foi parelho, tanto lá como aqui. Eles fizeram um gol de bola parada lá e nós fizemos aqui".

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Pratto foi um dos últimos a deixar o campo após ficarem minutos comemorando junto aos quatro mil torcedores argentinos presentes na Arena Grêmio. "A torcida sempre esteve do nosso lado, em todos os lugares. Nunca a gente se sentiu longe dela".

Scocco, ex-jogador do Internacional, também estava muito alegre com esta virada histórica e garantiu que o técnico Marcelo Gallardo não esteve nos vestiários, embora tenha sido flagrado com um rádio comunicador em um camarote. Isso é proibido para quem está suspenso por questões disciplinares.

Gallardo ainda tentou ir aos vestiários no intervalo. Se disfarçou com um boné, mas acabou denunciado pelo staff gremista e bloqueado pelo delegado da Conmebol.

Para voltar à final da Copa Libertadores depois de 18 anos, o Palmeiras terá de buscar inspiração nas últimas vezes em que esteve na decisão. Nesta quarta-feira (31), às 21h45, contra o Boca Juniors, a equipe tentará repetir os feitos de 1999 e 2000, quando conseguiu viradas épicas na semifinal, a exemplo do que precisa fazer no estádio Allianz Parque, em São Paulo, neste jogo da volta.

Depois de perder por 2 a 0 em Buenos Aires, no primeiro confronto, na semana passada, será preciso devolver o resultado para levar a disputa aos pênaltis ou ganhar por três ou mais gols de diferença para garantir a vaga no tempo normal. Ao menos no comando do Palmeiras há quem tenha experiência para virar marcadores adversos em semifinais: Luiz Felipe Scolari.

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O comandante estava à frente do time tanto em 1999 como em 2000. Na primeira ocasião, a equipe perdeu para o River Plate por 1 a 0, na Argentina, e depois foi à decisão ao bater o rival por 3 a 0 em São Paulo, com dois gols do meia Alex e um do zagueiro Roque Junior.

No ano seguinte, a virada teve contornos ainda mais dramáticos. O oponente era o Corinthians, para quem havia perdido por 4 a 3 na ida. O Palmeiras conseguiu, porém, ganhar de virada por 3 a 2 na volta e obteve nova vitória nos pênaltis, por 5 a 4. A partida é uma das mais marcantes da história do clube, especialmente pela defesa do goleiro Marcos na cobrança de Marcelinho Carioca.

Felipão retornou ao Palmeiras em agosto para arrumar a casa e vivenciar momentos decisivos, como o de agora. A expectativa do jogo não o fez mudar o jeitão. O experiente treinador pregou tranquilidade para os seus jogadores e conseguiu fazer o elenco não se abalar após a derrota da última quarta-feira. Três dias depois, enfrentou o Flamengo no estádio do Maracanã lotado, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro, e empatou por 1 a 1.

"Se tomamos dois gols, se não criamos, se não fizemos o que normalmente fazemos, vamos tentar fazer no segundo jogo", comentou o técnico após a derrota em Buenos Aires.

Pelo menos o Palmeiras não tem problemas para escolher os titulares. Como não há desfalques por suspensão, o treinador deve fazer alterações apenas para se adequar à estratégia de jogo. A principal dúvida é na montagem do setor ofensivo.

O meia Lucas Lima deve ser uma das novidades, por estar mais descansado. Outra aposta provável é em Deyverson. Como não foi titular contra o Flamengo, o atacante deve entrar em campo e ganhar a confiança do técnico pelo potencial no jogo aéreo e para conter os zagueiros na briga por espaço.

Dono de 22 títulos em mata-matas e duas conquistas de Libertadores, Felipão leva para o estádio Allianz Parque a experiência da sua carreira e a vivência no próprio Palmeiras para fazer da noite desta quarta-feira uma jornada histórica.

O Grêmio surpreendeu no jogo de ida das semifinais da Libertadores e derrotou o River Plate mesmo jogando fora de casa, semana passada, por 1 a 0. Apesar da vantagem, ninguém no clube gaúcho acha que terá tarefa fácil pela frente nesta quarta-feira, no confronto de volta, na Arena.

"Conseguimos um grande resultado. Temos que sofrer na hora de sofrer. Nosso torcedor estará do nosso lado. O River é uma equipe muito perigosa, com um grande treinador que vem fazendo um bom trabalho. Temos que entrar concentrados", declarou o meia Alisson, nesta segunda-feira.

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Com o resultado da ida, o Grêmio pode até empatar em casa que estará classificado. O atacante Jael, porém, fez questão de exaltar a história e a tradição do River Plate e garantiu que o confronto não está decidido.

"Conseguimos uma vantagem, pequena, mas importante. Sabemos que vai ser um jogo diferente. Eles precisam do resultado, são uma grande equipe, que estava há seis meses sem perder, que é tricampeã da Libertadores. Tem que respeitar. Mas somos grandes, somos tri também e estamos defendendo o título", comentou Jael.

Para a partida, o técnico Renato Gaúcho não poderá contar com Luan, lesionado, mas deve ter Everton à disposição. O atacante, porém, pode ficar como opção no banco. Assim, o Grêmio deve ser escalado com: Marcelo Grohe; Léo Moura, Pedro Geromel, Paulo Miranda (Bressan) e Cortez; Michel, Cícero, Maicon, Ramiro e Alisson (Everton); Jael.

Grande mistério no jogo de ida diante do River Plate, Luan deverá ser novamente desfalque para o confronto de volta, nesta terça-feira, na Arena. Ainda lesionado, o atacante provavelmente será uma sentida baixa no time gaúcho para o duelo que vale uma vaga na decisão da Libertadores.

Depois de sentir um incômodo por causa da fascite plantar que há tempos o atrapalha, Luan sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda. E é justamente este problema que deve tirá-lo do confronto desta terça.

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O técnico Renato Gaúcho fez mistério nesta segunda e impediu a entrada dos jornalistas na maior parte da atividade realizada no CT Presidente Luiz Carvalho. Quando os portões foram abertos, o elenco já realizada um treino recreativo, sem Luan.

No duelo de ida, o atacante chegou a viajar com o elenco e a expectativa era de que estivesse em campo, mas acabou ficando de fora após mistério que durou até momentos antes da partida. Desta vez, porém, a ausência parece certa.

Se Luan está fora, a boa notícia no Grêmio é o retorno do atacante Everton. Recuperado também de lesão muscular, que o afastou da partida de ida na Argentina, o jogador trabalhou ao lado dos colegas nesta segunda-feira e mostrou ter condições de reforçar o time. Resta saber se Renato vai utilizá-lo desde o início ou deixá-lo no banco, como opção para o segundo tempo.

O treinador vai informar a escalação apenas momentos antes da partida, mas a tendência é que o Grêmio atue com: Marcelo Grohe; Léo Moura, Pedro Geromel, Paulo Miranda (Bressan) e Cortez; Michel, Cícero, Maicon, Ramiro e Alisson (Everton); Jael.

Herói do Boca Juniors no confronto de ida das semifinais da Libertadores, Darío Benedetto deverá seguir na reserva para o jogo de volta diante do Palmeiras nesta quarta-feira, no Allianz Parque, mesmo após ter saído do banco para marcar os dois gols do triunfo por 2 a 0 em La Bombonera.

No treino do Boca desta segunda-feira, o atacante voltou a treinar entre os reservas. Quem trabalhou como titular foi Ramón Ábila, que pouco destaque teve no confronto de ida e acabou substituído justamente por Benedetto.

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Na quarta passada, Boca e Palmeiras empatavam por 0 a 0 até os 31 minutos do segundo tempo, quando Benedetto entrou em campo. Apenas sete minutos mais tarde, o atacante aproveitou escanteio cobrado da direita e finalizou de cabeça para a rede. Aos 42, cortou Luan e acertou chute de fora para marcar lindo gol e definir o placar.

A ausência de Benedetto, no entanto, não significa que o Boca não terá mudanças para o jogo de volta. Nesta terça, o atacante Sebastián Villa, que tem conquistado seu espaço nas últimas partidas, trabalhou entre os titulares e deverá ocupar a vaga de Mauro Zárate, que ficará como opção no banco.

Podendo até perder por um gol de diferença, ou por dois, desde que marque ao menos um, o Boca Juniors deve encarar o Palmeiras na quarta com: Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pablo Pérez; Pavón, Ábila e Villa.

Os jogadores do Palmeiras afirmaram que não têm tempo para pensar na derrota para o Boca Juniors, por 2 a 0, em função da disputa do Campeonato Brasileiro. Apesar da derrota no jogo de ida das semifinais da Copa Libertadores, o time visita neste sábado o Flamengo, segundo colocado e quatro pontos atrás na tabela de classificação (62 a 58).

"Só podemos pensar nessa derrota hoje (quarta-feira). Temos de nos recuperar diante do Flamengo e ganhar forças para o jogo de volta da Libertadores", disse o goleiro Weverton.

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Para o meia Moisés, o time não pode se abater. No jogo de volta, o Palmeiras terá de vencer por, no mínimo, três gols de diferença. Se vencer por 2 a 0, por exemplo, o time de Felipão leva a decisão para os pênaltis. "Temos de mudar o foco para o Brasileirão rapidamente. Controlamos o jogo até o final e eles tiveram méritos. Depois de sábado, voltamos a pensar na Libertadores. Agora, nosso foco é o Flamengo", disse o jogador do Palmeiras.

"Tem de sentir (a derrota), todo mundo ficou cabisbaixo. Não fizemos um jogo brilhante, mas o adversário não criava nada. No fim do jogo tomar dois gols é triste. Viemos para conseguir um resultado melhor. Pegar essa tristeza e angústia e reverter em força", afirmou Moisés.

O Palmeiras vai encarar o estádio do Maracanã lotado. Empolgada, a torcida rubro-negra esgotou na quarta-feira os 56.310 ingressos colocados à venda. A expectativa é que o público total supere os 65 mil, pois existem entradas que incluem cortesias, gratuidades e 2.700 bilhetes encaminhados para a torcida do time visitante.

O Palmeiras foi derrotado por 2 x 0 pelo Boca Juniors na última quarta-feira (24), pela primeira partida da semifinal da Libertadores, na Bombonera. No primeiro gol do Boca, o canal Fox Sports questionou em seu perfil no Twitter se o lance não teria sido resultado de uma falha de Felipe Melo. O volante do Verdão não gostou nem um pouco da pergunta e rebateu a emissora. 

Ao final da partida, Felipe Melo aproveitou a zona mista e criticou a emissora ao vivo. "Vocês não podem querer induzir a torcida do Palmeiras que errei uma jogada ou outra. Colocar que errei deixar de errar. Quando erro, eu mesmo assumo que errei. Sacanagem isso", disparou. 

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A publicação feita pela Fox Sports foi deletada pouco tempo depois do seu perfil.

O técnico Luiz Felipe Scolari reconheceu a superioridade do Boca Juniors no primeiro jogo da semifinal da Libertadores, ao construir a vitória por 2 a 0 nesta quarta-feira (24), em casa.

"Faltou ao nosso time um controle de bola com mais tranquilidade. Tivemos uma pressão muito grande, mas não deu em nada. Nós administramos bem. No segundo tempo, o Boca foi mais objetivo. Colocou ponta com velocidade pelo lado, começou a nos pressionar que tomamos o primeiro gol. O segundo gol foi pela qualidade do atacante. Hoje, o Boca foi melhor", reconheceu o técnico Luiz Felipe Scolari. "Não teve apagão. O Boca jogou melhor. Do outro lado, tem jogadores de qualidade", afirmou o treinador em entrevista coletiva no estádio La Bombonera.

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Ao longo do jogo na Argentina, o time de Felipão fez o simples: rebateu quantas bolas pôde para longe. Sem medo do chutão. Quando a tinha, tocava de lado. Postura ideal para não levar sufoco na casa do Boca. Faltou segurar a bola parada no segundo tempo. O time tentou levar o jogo em água morna para decidir em casa. Conseguiu fazer isso até os 37 do segundo tempo. Depois do primeiro gol, o Boca tomou conta do jogo.

Agora, o Palmeiras terá de vencer por três gols de diferença no Allianz Parque para chegar à final. Se vencer por 2 a 0, leva à decisão para os pênaltis. O duelo de volta será quarta-feira que vem, num Allianz Parque lotado - 33 mil ingressos já foram vendidos. "Vamos encerrar esse assunto hoje. Temos um jogo que vale a possibilidade de brigar lá na frente pelo Brasileiro no sábado. Temos lesões e cartões", disse o treinador.

Felipão também avaliou que a maratona de jogos prejudica o desempenho do time. "Assim como nós não criamos, como não tivemos a mesma atuação que normalmente. Vamos tentar fazer para o segundo jogo. Estamos jogando nove jogos por mês, três meses seguidos. Em algum dia, vamos ter uma dificuldade maior. A dificuldade maior foi hoje pela qualidade do Boca. Não dá para lamentar. Chegamos até aqui e vamos brigar pelo título brasileiro e pela reviravolta pelo jogo em casa."

E Felipão já deixou claro que pensará em algo diferente para que o time possa reagir e chegar à decisão. "Precisamos trabalhar melhor a bola e ter a situação de condição física igual ao do Boca. Com um sistema diferente de jogo, vamos ver se a gente consegue. Nós já estamos perdendo. Temos de fazer algo diferente", disse o treinador.

O Palmeiras conseguiu controlar o jogo diante do Boca Juniors até os 37 minutos do segundo tempo, quando o atacante argentino Darío Benedetto começou a definir a vitória por 2 a 0 nesta quarta-feira (24), em Buenos Aires. Em dois lances, uma cabeçada e um arremate de fora da área, o argentino colocou em xeque a participação do time de Felipão na Libertadores.

Agora, o Palmeiras terá de vencer por três gols de diferença no Allianz Parque, quarta-feira (31) que vem, para chegar à final. Se vencer por 2 a 0, leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outro resultado, da a vaga ao Boca.

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O time de Felipão perdeu a invencibilidade fora de casa na Libertadores - depois de vencer cinco jogos como visitante. A campanha do Palmeiras na Libertadores até aqui seguia um padrão: o time vencia fora de casa para administrar como mandante. Agora, no jogo de volta da semifinal, terá de fazer algo incomum: correr atrás do placar em casa.

O Palmeiras não se conformou com a defesa para suportar a pressão inevitável do time da casa. O chute por cima de Dudu aos 9 minutos mostrou que o time também mostraria suas garras. A marcação era forte, não necessariamente na saída de bola, mas organizada no campo todo. Willian e Dudu voltavam para marcar e se tornaram auxiliares dos laterais. Só Borja ficava à frente. Com isso, a temperatura do caldeirão ficou sempre controlado, não chegou a ferver.

Felipão apostou em uma zaga formada por Luan e Gustavo Gómez, dupla que normalmente disputa o Campeonato Brasileiro. Com isso, deixou claro que conta hoje com quatro zagueiros titulares e os escala de acordo com a tabela e a condição física. O retrospecto também ajudou na escalação dos dois. Em 10 jogos atuando juntos, eles não perderam nenhum. No jogo, os dois abusaram dos chutões. Faltou colocar a bola no chão. No restante, não falharam. A grande falha da defesa paulista foi do goleiro Weverton. Aos 16, ele saiu mal e permitiu a finalização perigosa do defensor Isquierdoz. Ficou reclamando de falta, que não ocorreu.

Como sempre faz em seu mítico estádio, o Boca propôs um jogo intenso, vibrante, com a troca rápida de golpes das lutas de boxe. Lá e cá. Era uma estratégia para acelerar o jogo e confundir a defesa. A cantoria incessante da torcida faz parte do jeito de o time jogar. Pulso. Funcionou em algumas isoladas, pois o Palmeiras controlou o jogo. Movimentação, passes corretos, futebol bem jogado, mas faltaram as finalizações. No primeiro tempo, foram apenas duas chances reais.

No segundo tempo, novamente o Palmeiras mostrou seu poder ofensivo com um chute rasteiro de Willian. Em cinco minutos, o time de Felipão conseguiu duas finalizações. Insatisfeito com sua produção ofensiva, o técnico Guillermo Schelotto trocou Zárate por Villa. A intenção era buscar o gol com três atacantes.

Embora não tenha sido sufocado, o Palmeiras incomodou pouco o rival. O chute mais perigoso foi de Dudu, até então sumido no jogo, pouco depois do 20 minutos. A melhor chance do jogo foi uma cobrança de falta quase perfeita de Olaza. Weverton salvou com uma grande defesa.

Aí, Benedetto resolveu a partida. Aos 37, ele ganhou de cabeça e abriu o placar. Cabeceou para o chão, matando o goleiro Weverton. Cinco minutos depois, um lance de craque. Driblou Luan e chutou firme no canto: 2 a 0. A Bombonera finalmente ferveu. O Palmeiras vai precisar de grandes forças para reverter na semana que vem.

FICHA TÉCNICA

BOCA JUNIORS 2 X 0 PALMEIRAS

BOCA JUNIORS - Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán, Olaza e Barrios, Nández, Zárate (Villa), Pérez e Pavón (Buffarini); Ábila (Benedetto). Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique (Thiago Santos) e Moisés; Dudu, Willian e Borja (Deyverson). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

GOLS - Benedetto, aos 37 e aos 42 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Fifa/Chile).

CARTÕES AMARELOS - Bruno Henrique, Zárate, Olaza, Gómez, Villa.

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina).

O nome Francisco Arce traz ótimas recordações para os palmeirenses. Ele foi um dos destaques da conquista da Copa Libertadores de 1999, também sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Seu estilo marcou uma época no clube e se tornou referência. Hoje, ele é treinador do Al Ohod, que fica na cidade de Medina, na Arábia Saudita.

Em entrevista ao Estado, o ex-lateral relembrou as características do time de 1999 e afirma que Felipão conseguiu se reinventar após as dificuldades na carreira, especialmente a Copa de 2014.

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Como foi a conquista com o Palmeiras na Libertadores de 1999?

Nós tínhamos praticamente dois times. Eram dois jogadores de muita qualidade por posição. Acho que o ano anterior foi fundamental para a conquista. Eu me lembro de tudo perfeitamente até hoje. O professor Luiz Felipe falava para a gente que a Copa Mercosul (torneio que foi substituído pela Copa Sul-Americana) seria uma espécie de teste, uma prova. Alguns tinham experiência, mas muitos não haviam jogado a Libertadores muitas vezes. Por isso, a Mercosul seria um experimento para o ano seguinte. Fomos tão bem que ganhamos a Mercosul e ganhamos a Libertadores um ano depois.

O que mudou no Felipão de hoje em relação ao da campanha de 1999?

Acho que ele não mudou muito. Ele se reinventou a cada dificuldade, especialmente após a Copa do Mundo, em 2014. Ele teve a força e o espírito para recomeçar depois de ter feito praticamente toda a carreira. Ele voltou a treinar, foi para o Grêmio, depois foi trabalhar lá fora de novo (no futebol chinês). Felipão transmite essa segurança e essa força para os grupos com os quais trabalha. Isso é fundamental para grandes campanhas.

Como avalia o Palmeiras semifinalista?

O time vive uma sequência espetacular. Scolari sabe controlar a ansiedade principalmente nesta fase da competição. É possível que vá à final. E poderemos ter um confronto entre brasileiros.

Como tem sido trabalhar na Arábia Saudita?

Tem sido uma experiência diferente. Em muitos aspectos, tem sido muito bom. É diferente do que estamos acostumados em relação aos hábitos, língua e tudo o que temos ao redor para trabalhar. Viver aqui não é tão complicado. Temos tudo de melhor. Além disso, somos pacatos para viver a nossa vida.

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