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O Corinthians contabilizou 180 cadeiras quebradas no setor dos visitantes, após a vitória por 2 a 1 contra o Colo-Colo, quarta-feira, na Arena Corinthians, na partida que definiu a eliminação da equipe nas oitavas de final da Libertadores.

Antes do início do jogo, houve confronto entre policiais e torcedores chilenos. O motivo teria sido a instalação de uma faixa da torcida visitante. Imagens das câmeras de tevê captaram a ação da polícia contra os torcedores e a presença de crianças.

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Embora em número reduzido, os torcedores chilenos fizeram grande festa na Arena Corinthians. No final do primeiro, quando o jogo estava empatado por 1 a 1, eles foram os únicos ouvidos no estádio. No final do jogo, comemoraram a classificação como se fosse a conquista de título.

É a segunda vez que a Arena Corinthians sofre com o vandalismo de torcedores chilenos. No ano passado, na Copa Sul-Americana, torcedores da Universidad de Chile quebraram 218 cadeiras do setor. A conta foi enviada para o clube chileno, que cobriu os prejuízos.

Naquela ocasião, chilenos arrancaram cadeiras da arena para atirá-las contra os corintianos. Depois, eles jogaram esses assentos destruídos nos próprios policiais, que responderam com violência. No intervalo do primeiro para o segundo tempo, a PM prendeu cinco torcedores que teriam iniciado o quebra-quebra e a ação irritou os demais chilenos. No total, 26 chilenos foram presos, mas acabaram liberados depois de algumas semanas.

A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) de São Paulo apresentou no início da noite desta quarta-feira o saldo final dos estragos causados pela torcida do Santos no estádio do Pacaembu, durante o jogo contra o Independiente, na quarta, pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores. E o clube paulista terá que desembolsar R$ 40 mil para bancar os reparos nas instalações do estádio.

"O custo estimado é de 30 a 40 mil reais. Conforme cláusula de utilização do estádio, o locatário é responsável pelos danos causados ao equipamento", informou a secretaria, em comunicado. "Conforme cláusula de utilização do estádio, o locatário é responsável pelos danos causados ao equipamento."

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Após avaliação mais completa dos danos causados, a secretaria elevou para 100 o número de cadeiras que foram destruídas pela torcida santista no setor laranja da arquibancada. A estimativa inicial era de 60 cadeiras danificadas.

"Foram destruídas cerca de 100 cadeiras, parte dos alambrados foram amassados, os banheiros tiveram as torneiras quebradas, bem como alguns banheiros químicos, que são locados, foram vandalizados. Também foi constatado que parte do gramado sofreu avarias devido aos artefatos jogados antes da partida ser interrompida", explicou a secretaria.

Segundo a entidade municipal, as cadeiras foram alvo de dois tipos de danos. Metade foi completamente destruída e precisará ser trocada. A outra metade sofreu menos danos e poderá ser recuperada. "Parte dos alambrados que dividiam as torcidas também foi quebrado, assim como os sifões do banheiro", acrescentou a secretaria.

A SEME informou ainda que está marcada para esta quinta-feira uma reunião com representantes do Santos. No encontro, a secretaria vai apresentar o relatório completo com todos os danos causados ao estádio, na noite de terça.

Perto do fim do segundo tempo do duelo entre Santos e Independiente, que estava 0 a 0, dois sinalizadores explodiram próximos ao banco de reservas do clube argentino. O incidente levou o árbitro chileno Julio Bascuñan a paralisar o jogo e posteriormente encerrá-lo aos 37 minutos do segundo tempo, diante da dificuldade da Polícia Militar em conter a confusão.

Alguns torcedores entraram em conflito com a PM, enquanto outros tentaram invadir o campo do Pacaembu, sendo que alguns deles tiveram êxito na ação, sendo posteriormente imobilizados. Além disso, cadeiras do setor laranja do estádio foram quebradas e arremessadas na direção do gramado. E, como indicou a secretaria, parte dos equipamentos internos do estádio foram depredados.

Na última terça-feira, o Santos já havia indicado que assumiria a conta dos danos provocados pela sua torcida. O vice-presidente Orlando Rollo, prometeu pagar os prejuízos que a torcida causou no estádio. "Isso está previsto no contrato", disse, se referindo a dezenas de cadeiras quebradas e divisórias de metal que os torcedores destruíram no Pacaembu.

De acordo com relato da Conmebol, o jogo entre Santos e Independiente foi paralisado aos 37 minutos do segundo tempo e suspenso aos 42 pela arbitragem. E o caso será analisado pelo tribunal disciplinar da entidade, o que pode provocar punições ao torcedor.

A revolta dos santistas, aliás, tem relação direta com outra decisão da Conmebol. Horas antes do jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, a entidade puniu o clube com o placar desfavorável de 3 a 0 no duelo de ida em função da escalação irregular do uruguaio Carlos Sánchez no confronto disputado em Avellaneda e que havia terminado 0 a 0. E a igualdade sem gols no Pacaembu provocou a eliminação do Santos nas oitavas de final da Libertadores.

Principal responsável pela eliminação do Corinthians da Copa Libertadores, nesta quarta-feira, o meia Valdivia já projeta um possível encontro com seu ex-clube, o Palmeiras. Embora tenha perdido para o Corinthians por 2 a 1, o time chileno se classificou para as quartas de final e agora aguarda a definição do rival - o time de Felipão venceu a primeira partida contra o Cerro Porteño por 2 a 0, fora de casa, e tem grandes possibilidades de avançar.

Se fizer um gol, o meia de 34 anos promete comemorá-lo. "Vai ser estranho (enfrentar o Palmeiras). Fiquei sete anos no Palmeiras. Vou comemorar, claro. Se fizer, vou comemorar. Vim aqui para respeitar e fui respeitado também pelos jogadores. Agora vai ser mais difícil ainda. O Palmeiras tem um elenco muito forte", disse o chileno na Arena Corinthians.

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Valdivia elogiou Felipe Melo, que pode ser o seu marcador em um eventual confronto. "Tem um jogador que eu acho um cara muito bom, bom mesmo: o Felipe Melo. Eu queria jogar contra ele porque eu acho ele bom mesmo, tem o sangue quente. Vai ser dura (a marcação), mas é sempre assim. Eu queria muito confrontar ele, vamos ver como vai sair", afirmou.

O meia chileno admitiu o "sabor especial" em eliminar o Corinthians em Itaquera. Em 2015, ainda no Palmeiras, ele havia conseguido feito semelhante ao vencer o rival nas semifinais do Campeonato Paulista.

"Sim (teve um sabor especial), assim quando vim com o Palmeiras e a gente venceu nos pênaltis. Quando você ganha vai ser sempre assim. Eu volto muito feliz para o Chile. Tinha muito palmeirense desejando e pedindo essa eliminação do Corinthians. Vou ser sempre agradecido, fui muito feliz no Palmeiras e vai ficar para sempre", agradeceu.

Mais uma vez, o Corinthians vai ter de digerir uma eliminação dentro de casa. O time venceu o Colo-Colo por 2 a 1 nesta quarta-feira (29), devolveu a derrota que havia sofrido no Chile (1 a 0), mas foi eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores por ter permitido um gol do rival em casa. O time do técnico Osmar Loss ficou a um gol da vaga.

Nos últimos três anos, a equipe já havia caído seis vezes em casa em confrontos decisivos: semifinal do Paulistão (2015 e 2016), oitavas da Libertadores (2015 e 2016), oitavas da Copa do Brasil (2015) e quarta fase do Copa do Brasil de (2017). A fase de oitavas de final tem sido especialmente cruel com o time da casa, que já foi eliminado nesta edição das edições de 2013, 2015 e 2016.

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A exemplo do que havia acontecido em eliminações anteriores, como em 2015, 2016 e 2017, o time mostrou descontrole emocional e teve uma expulsão. Desta vez, foi Danilo Avelar.

Após a queda na Libertadores, o time vai se concentrar na disputa da Copa do Brasil - está na semifinal, diante do Flamengo - e procurar se recuperar no Campeonato Brasileiro.

Como os corintianos previram, o jogo foi catimbado desde o início. Chiadeira e provocação. Os rivais tentaram se impor emocionalmente, mas fraquejaram na defesa. Isso ficou claro aos 7 minutos com um chute de fora da área de Douglas. Havia espaço. Intenso, vibrante, rápido e eficiente, o Corinthians acuou o rival. A única nota triste do início foi a contusão de Pedro Henrique, substituído por Léo Santos. Essa alteração teria influência direta no resultado.

O domínio tático ficou marcado em um lance aos 14 minutos: Pedrinho tentou um voleio e a bola bateu na mão de Orezo. Pênalti. Era tudo o que o Corinthians precisava: um gol no início do jogo para zerar a decisão (no jogo de ida, 1 a 0 para o Chile). Jadson fez seu sexto gol em sete jogos nesta Libertadores.

O Corinthians se preparou para essa decisão de uma maneira que ainda não havia feito. Foram dois dias de concentração; a regra é um só. O treinamento de terça-feira foi fechado, algo inédito em três meses sob o comando de Loss. Foi nesse último ensaio que ele definiu Roger no lugar de Clayson.

Deu certo no início do jogo. O Corinthians tinha maior presença de área, mesmo que o centroavante tenha feito só dois gols em 15 jogos. Era a presença física que incomodava os chilenos. Aos 22 minutos, Roger abriu espaço e sofreu falta. Jadson cobrou e o goleiro defendeu. Grande chance.

Depois de 20 minutos nas cordas, o time chileno começou a respirar, tocando a bola. O meia Valdivia, velho conhecido corintiano, começou a encontrar espaços para jogar. O Corinthians sabia que tinha de marcar o ex-palmeirense, mas não conseguiu fazê-lo com eficiência. Primeiro, ele deixou Ralf com cartão amarelo. Em seguida, o jogador de 34 anos criou a jogada do empate. Lucas Barrios, outro ex-palmeirense, ganhou dos dois zagueiros e finalizou a jogada de cabeça.

O Corinthians reagiu com jogadas de Roger e uma furada de Fagner na área. Mas o momento do jogo foi simbolizado pelas arquibancadas: no final do primeiro tempo, só a pequena torcida do Colo-Colo fazia barulho na Arena Corinthians. O time da casa jogou bem até sofrer o empate. Aí parou.

Romero tinha atuação ruim, com poucos lances efetivos. Jadson e Pedrinho sofriam para fugir da marcação. A saída era a bola aérea. Na segunda cobrança de escanteio seguida de Jadson, Henrique apareceu livre na pequena área. Orion salvou com os pés. Vinte minutos, em nova cobrança de escanteio, Roger, que vinha sendo criticado a lance perdido, desviou com o pé direito e marcou o segundo gol. Foi sua redenção particular dentro do jogo.

A Arena Corinthians voltou a ser um caldeirão. Os desenhos táticos ficaram em segundo plano. Emocionalmente, o time da casa retomava o leme da partida. O Colo-Colo - leia-se Valdivia e Barrios - cansou. Com desenho tático em segundo plano, mais na base do coração e da vontade do que em uma estratégia, o time cruzou bolas na área, mas não conseguiu o gol salvador.

 

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 2 x 1 COLO-COLO

CORINTHIANS - Cássio; Fagner (Mateus Vital), Pedro Henrique (Léo Santos), Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Douglas, Pedrinho (Sheik), Romero e Jadson; Roger. Técnico: Osmar Loss.

COLO-COLO - Orion; Zaldivia, Barroso, Insaurralde e Opazo; Baeza, Carmona e Valdivia (Campos); Damián Pérez (Fierro), Paredes (Pavez) e Lucas Barrios. Técnico: Héctor Tapia.

GOLS - Jadson (pênalti), aos 16, e Barrios, aos 31 minutos do primeiro tempo. Roger, aos 18 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Zaldivia, Pérez, Ralf, Carmona, Barrios, Pedrinho.

CARTÃO VERMELHO - Danilo Avelar.

ÁRBITRO - Nestor Pitana (ARG).

RENDA - R$ 2.736.246,58.

PÚBLICO - 38.112 pagantes.

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

O zagueiro Henrique pediu desculpas para a torcida corintiana pela eliminação na Libertadores. O Corinthians venceu o Colo-Colo por 2 a 1 nesta quarta-feira, devolveu a derrota que havia sofrido no Chile (1 a 0), mas foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores por ter permitido um gol do rival em casa. O time de Osmar Loss ficou a um gol da vaga.

"A gente demonstrou dentro de campo o que pode fazer. Nós tempos de pedir desculpas para a torcida. Ainda temos muita coisa para fazer na Copa do Brasil, estamos nas semifinais, e ainda faltam muitos jogos na Copa do Brasil", disse o zagueiro.

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Para o goleiro Cassio, o fato de o Corinthians ter levado um gol em casa foi decisivo para que o time fosse eliminado pelo Colo-Colo nas oitavas de final da Libertadores. "Um jogo de mata-mata é decidido em alguns lances, alguns detalhes. Levar um gol em casa acabou decidindo a vaga", disse o goleiro. "Nós fizemos um bom jogo, pressionamos, criamos boas chances, mas acabou faltando um gol", lamentou no final da partida.

Para o meia Jadson, autor do gol de pênalti, logo no início do jogo, abrindo a esperança de que a virada seria possível, o Corinthians fez uma boa partida, mas encontrou um rival experiente. "Eles vieram fechados, são jogadores experientes, que souberam explorar a vantagem que eles tinham no placar. É um grande time, mas nós jogamos bem. Poderíamos ter feito o gol que faltava para nossa classificação", disse Jadson.

Com a queda na Libertadores, o Corinthians ainda tem dois torneios para disputar. No sábado, o time enfrenta o Atlético-PR, novamente na Arena, pelo Campeonato Brasileiro. O desafio é tirar a diferença para o líder São Paulo (45 a 29). No momento, o time tem de se aproximar da zona de classificação à Libertadores. Na Copa do Brasil, o Corinthians é semifinalista e disputa uma vaga na final com o Flamengo a partir do dia 12 de setembro. "Estamos vivos nas duas", diz Roger.

O River Plate derrotou o Racing por 3 a 0 nesta quarta-feira, em casa, no estádio Monumental de Nuñez, e avançou para as quartas de final da Libertadores - o jogo de ida terminou no empate sem gols.

Na próxima fase, a equipe enfrentará o Independiente, que na terça-feira despachou o Santos. A vitória veio de maneira tranquila e começou com um gol aos 10 minutos do primeiro tempo do centroavante Lucas Pratto, ex-São Paulo e ex-Atlético-MG. Ele aproveitou cruzamento da direita e, livre no meio da área, bateu para as redes.

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O gol saiu na sequência de o Racing pedir pênalti em cima de outro ex-são-paulino, Centurión. Ele invadiu a área pela direita e foi derrubado por Casco. O árbitro mandou o jogo seguir. O Racing tentou ir para cima e levou o segundo.

Em um contra-ataque, Quintero arrancou, mas se atrapalhou ao tentar levar para o meio. No entanto, deu sorte porque Orbán cortou e deixou Palacios na cara do gol. O atacante só teve o trabalho de tocar na saída do goleiro.

O terceiro veio aos 36 do segundo tempo. Após cruzamento na área, Borré antecipou e desviou para as redes. Na sequência, houve um confusão entre Enzo Pérez, do River, e Centurión, do Racing, e os dois acabaram expulsos. No último minuto, o Racing ainda teve mais outro jogador com cartão vermelho: Soto, por falta em Montiel.

Um dia após a participação do Santos na Copa Libertadores terminar em confusão, vandalismo e conflito entre torcedores e policiais no estádio do Pacaembu, a Polícia Militar divulgou nesta quarta-feira uma nota oficial em que critica o comportamento dos jogadores e do técnico Cuca, que tentaram "proteger" alguns torcedores que invadiram o gramado.

Cuca se envolveu em uma confusão com a PM, que estava imobilizando um torcedor que conseguiu pular no gramado ao tenta tirá-lo das mãos da polícia. E o seu comportamento foi classificado como "irresponsável" pela PM.

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"A Polícia Militar lamenta a tentativa irresponsável de interferência do técnico e de alguns jogadores do Santos Futebol Clube, durante ações técnicas do policiamento de choque para conter invasão de torcedores da equipe ao gramado do Pacaembu, na noite desta terça-feira", disse.

Na avaliação da PM, a ação de Cuca e dos jogadores santistas servem como incentivo ao comportamento agressivo dos torcedores. Além disso, poderia causar problemas mais graves e até uma "tragédia".

"Espera-se desses profissionais uma atitude oposta, no sentido de não incentivar os atos praticados pelos torcedores, facilitando o trabalho dos policiais militares, que estavam ali para garantir e manter um ambiente seguro para todos, incluindo os próprios jogadores, comissão técnica e torcedores. Atitudes como estas podem provocar uma reação em cadeia e uma invasão generalizada ao gramado, o que poderia resultar numa tragédia", acrescenta a PM.

A polícia ainda assegurou que a ação de imobilizar os torcedores era necessária e foi adotada com conhecimento para não provocar ferimentos. "É importante ressaltar que os policiais militares empregados neste tipo de contenção são todos atletas altamente capacitados e treinados em artes marciais, justamente para imobilizar pessoas em conduta antissocial, sem lhes causar ferimentos ou qualquer tipo de sequela", afirma a instituição de segurança.

Em balanço inicial, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo apontou que foram destruídas mais de 60 cadeiras do setor laranja da arquibancada do Pacaembu. Além disso, parte dos alambrados foram amassados, os banheiros tiveram as torneiras quebradas, bem como alguns banheiros químicos foram vandalizados. Também foi constatado que parte do gramado sofreu avarias devido aos artefatos jogados antes da partida ser interrompida.

Perto do fim do segundo tempo do duelo entre Santos e Independiente, que estava 0 a 0, dois sinalizadores explodiram próximos ao banco de reservas do clube argentino. O incidente levou o árbitro chileno Julio Bascuñan a paralisar o jogo e posteriormente encerrá-lo diante da dificuldade da PM em conter a confusão. O jogo entre Santos e Independiente foi suspenso aos 36 minutos do segundo tempo, de acordo com a Conmebol. E o caso será analisado pelo tribunal disciplinar da entidade, o que pode provocar punições ao torcedor.

A revolta dos santistas teve relação direta com outra decisão da Conmebol. Horas antes do jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, a entidade puniu o clube com o placar desfavorável de 3 a 0 no duelo de ida em função da escalação irregular do uruguaio Carlos Sánchez no confronto disputado em Avellaneda e que havia terminado 0 a 0. E a igualdade sem gols no Pacaembu provocou a eliminação do Santos nas oitavas de final da Libertadores.

As circunstâncias que rodearam a eliminação do Santos na Libertadores fizeram com que o lateral-direito Victor Ferraz cogitasse abandonar o futebol. Foi o que o jogador revelou nesta quarta-feira, um dia depois o empate por 0 a 0 com o Independiente, que, graças à punição imposta pela Conmebol, tirou o time brasileiro nas oitavas de final da competição.

"Ontem, saindo de campo, andando pelo túnel do Pacaembu rumo ao vestiário, pela primeira vez na minha vida eu pensei em parar de jogar, me aposentar aos 30 anos de idade. Naquele momento, eu já sabia que seria eu o escolhido a dar a coletiva pós-jogo, e seria o momento perfeito para dar a notícia", escreveu em sua página no Instagram.

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A frustração de Victor Ferraz e de tantos outros santistas foi causada pela decisão da Conmebol de dar a vitória no jogo de ida ao Independiente por 3 a 0, apesar do placar em campo ter sido 0 a 0. A entidade entendeu que o volante Carlos Sánchez foi escalado de forma irregular e, num imbróglio que foi encerrado somente horas antes da partida, definiu a punição.

"A atitude da Conmebol em 'praticamente' ceder a classificação ao Independiente foi algo inacreditável, inexplicável, e, de verdade, minha ficha ainda não caiu. Muitas vezes me pego pensando que ainda decidiremos essa vaga dentro de campo, como todos os outros times", comentou.

Com a decisão da entidade, o Santos precisaria vencer na terça por quatro gols de diferença. A missão quase impossível não foi alcançada e, a minutos para o fim da partida, a torcida presente no estádio também demonstrou sua revolta, com violência. Bombas foram atiradas para o gramado e muitos santistas entraram em confronto com a polícia na tentativa de invadir o campo. A situação fez o árbitro encerrar a partida antes dos 90 minutos regulamentares, decretando de vez a eliminação santista.

"No momento de maior caos dentro de campo, vendo brigas, bombas e invasões, eu só pensava que os causadores de tudo aquilo não estavam ali para sentir o medo, o nervosismo, a 'guerra' que eles tinham causado tomando atitudes irresponsáveis e de última hora. Estavam em suas casas, vendo pela TV, talvez tomando um bom vinho, com suas famílias seguras (falo isso porque a minha e as dos outros jogadores e torcedores estavam lá, para apoiar e lutar com a gente). Consigo visualizar 'eles' desligando a TV e indo dormir uma noite tranquila", disparou.

RODRYGO - O sentimento de revolta não foi exclusividade de Victor Ferraz. O jovem Rodrygo, de 17 anos, foi flagrado por um torcedor xingando a Conmebol e seus dirigentes ainda durante a confusão no gramado. Depois, já nos vestiários, chamou o episódio de "vergonha" e considerou que os torcedores santistas "fizeram o certo". Nesta quarta, mais calmo, ele tentou se explicar também através das redes sociais.

"Talvez, a forma como me expressei tenha gerado uma interpretação errada de alguns. De maneira alguma posso concordar com violência. Não defendo tal atitude. Eu quis dizer que me comportaria com muita tristeza e insatisfação pelo que aconteceu dentro e fora de campo. E que vi a torcida fazendo festa antes e durante o jogo, com apoio e confiança na virada, algo que também faria", alegou.

O próprio atacante, porém, admitiu que suas declarações foram infelizes. Já negociado com o Real Madrid, ele explicou que sua frustração foi ainda maior por não saber se vai voltar a disputar uma Libertadores com a camisa do Santos.

"Com a cabeça fria, posso compartilhar um pouco do meu sentimento com vocês. Uma competição que sempre sonhei jogar, sempre assisti aos jogos do Santos, e, logo na minha primeira oportunidade, ser da forma que foi, é lamentável! Às vezes, esqueço que não sou mais aquele menino que podia falar o que pensava, que não teria repercussão, embora eu ainda tenha só 17 anos!", apontou.

A tensão que já existia antes de começar o duelo entre Santos e Independiente, na noite desta terça-feira, aumentou bastante com a revolta da torcida alvinegra. A Polícia Militar foi acionada e houve muita briga dentro e fora do estádio. Quatro torcedores foram detidos e o técnico Cuca se envolveu em uma confusão com a PM, que estava imobilizando um torcedor que conseguiu pular no gramado.

"Foi uma força exagerada em cima do menino, e violência gera violência. Está errado o rapaz invadir o campo, mas não precisa fazer daquele jeito. Eu apenas disse que estava asfixiando ele. Não levei porrada, nada, já passou e não tem nada demais. Respeito e muito o trabalho da polícia", afirmou o treinador.

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Cuca fez de tudo para buscar os gols que dariam a classificação para o Santos, que precisava reverter um placar de 3 a 0. Colocou o time no ataque, mas sofreu diante de um bem postado Independiente, que poderia ter saído na frente não fosse o pênalti defendido por Vanderlei antes do intervalo. O time da casa ainda tentou um gol na etapa final, mas abusou dos cruzamentos na área e ainda sofreu com os contra-ataques rivais.

A eliminação na Libertadores desanimou os jogadores do Santos, que relembraram ainda a queda na Copa do Brasil recentemente. Gabriel mencionou o fato de que, naquela ocasião contra o Cruzeiro, o jogo foi encerrado com ele partindo livre com a bola contra o goleiro. A decisão foi para os pênaltis e o time paulista foi eliminado.

Agora, o presidente José Carlos Peres promete ir às últimas consequências para reparar a "injustiça" feita ao clube. Seu vice, Orlando Rollo, prometeu pagar os prejuízos que a torcida causou no estádio. "Isso está previsto no contrato", disse, se referindo a dezenas de cadeiras quebradas e divisórias de metal que os torcedores destruíram no Pacaembu.

Osmar Loss fez mistério e escondeu a escalação do Corinthians para o jogo de quarta-feira, às 21h45, contra o Colo-Colo, na Arena, pelas oitavas de final da Libertadores. No jogo de ida, no Chile, o Corinthians perdeu por 1 a 0. Para avançar, terá de vencer por dois gols de diferença. Se devolver o placar de 1 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis.

"Ralf joga, Gabriel está suspenso. E Romero retorna à equipe. E paramos por aí", limitou-se a dizer Loss em entrevista coletiva após o treino desta terça-feira.

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Como o volante Gabriel está suspenso, Ralf será titular. Romero retorna à equipe após cumprir suspensão diante do Paraná, no último sábado, no Campeonato Brasileiro. O goleiro Cássio, com dores no quadril, é dúvida. Se não puder jogar, Walter continua no gol.

A maior dúvida é em relação ao esquema tático da equipe. Romero poderá jogar de centroavante ou Roger será mantido no time. Assim, o paraguaio ficaria mais pelas beiradas do campo. Outro ponto de interrogação é se Clayson e Pedrinho continuam na equipe.

"O grande desafio é conseguir ser ofensivo sem ser exposto defensivamente. Temos 90 minutos para fazer um gol e levar para os pênaltis. Não vamos nos desesperar. Esperamos que o gol saia cedo para controlar o ritmo do jogo, mas é o grande desafio: atacar o tempo todo sem se expor", disse Loss.

A Conmebol anunciou nesta terça-feira que o Santos foi punido com um placar desfavorável de 3 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, em Avelllaneda, contra o Independiente, em função da escalação irregular do meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o uruguaio está suspenso do duelo de volta, marcado para esta terça, às 19h30, no Pacaembu. Com a punição, o Santos precisará vencer o confronto de volta por quatro gols de diferença - triunfo por 3 a 0 leva o duelo aos pênaltis.

O tribunal determinou "como perdedor o Santos da partida disputada contra o Independiente, pela ida das oitavas de final da Libertadores e, consequentemente: determina o resultado de 3 a 0 a favor do Independiente, de acordo com o artigo 19 do Regulamento de Disciplina da Conmebol", afirma. "Confirma a suspensão do jogador Carlos Sánchez por uma partida, que deverá ser cumprida na próxima partida da Libertadores".

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O julgamento do Santos pela escalação de Sánchez se iniciou na segunda-feira, quando o clube se defendeu na sede da Conmebol, em Luque, nas proximidades de Assunção. Mas o clube não teve êxito em sua argumentação, sendo punido pela entidade.

O Santos, porém, ainda pode recorrer da punição. E a tendência de que a diretoria do clube leve o caso até a instância máxima, a Corte Arbitral do Esporte, caso não tenha êxito na própria Conmebol. Nesse momento, porém, apenas uma goleada no Pacaembu, nesta terça-feira, classificará o time às quartas de final da Libertadores.

A partida, realizada em Avellandeda, na semana passada, terminou empatada em 0 a 0, mas a Conmebol abriu ação disciplinar para investigar o caso de Sánchez, recém-contratado pelo Santos e que havia sido expulso em sua última partida em um torneio sul-americano de clubes antes do confronto de terça, ainda pelo River Plate, em 2015. Ele tinha um jogo de suspensão a cumprir, mesmo após a anistia promovida pela Conmebol em 2016, quando reduziu pela metade a pena em vigor aos jogadores em competições continentais.

Sánchez havia sido punido com três jogos de suspensão, o que o impossibilitava de encarar o Independiente. O Santos, por sua vez, garante que o sistema eletrônico da Conmebol classificava o uruguaio como apto a entrar em campo na terça.

O Santos, que contratou o advogado Mário Bittencourt para defendê-lo, pedia que o jogador cumprisse o jogo restante de suspensão no confronto de volta diante do Independiente pelas oitavas de final da Libertadores e citava um precedente envolvendo o River Plate.

O volante Bruno Zuculini atuou de forma irregular em todas as sete partidas do clube argentino nesta Libertadores, graças a uma punição sofrida ainda em 2013, quando atuava pelo Racing, da qual sobravam dois jogos restantes a serem cumpridos no torneio deste ano.

Sem ter conhecimento da situação de seu jogador, o River consultou a Conmebol e ouviu que Zuculini estava apto a jogar. A entidade alegou "erro administrativo", liberou o clube argentino de qualquer punição e ordenou que o atleta cumpra as partidas restantes na sequência do torneio. E é exatamente este tratamento que o Santos esperava da confederação em seu caso.

Apesar desse argumento, o Santos defendia que escalou Sánchez de forma regular. O clube alega que o sistema eletrônico da Conmebol, bem como as informações passadas pela Fifa e pelo Monterrey, time anterior do volante, davam conta de que o jogador poderia estar em campo.

O Independiente divulgou comunicado nesta segunda-feira em seu site oficial pedindo aos seus torcedores que não se manifestem de maneira racista no Pacaembu, contra o Santos, no jogo de volta das quartas de final da Libertadores.

O aviso veio depois de torcedores do clube argentino terem sido flagrados imitando macacos para ofender os brasileiros durante o jogo de ida. Torcedores do Santos filmaram os argentinos com tal atitude racista.

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"É crime racial fazer gestos ou dizer macaco a torcedores locais. É crime no Brasil associar uma pessoa a um animal. Os policiais entram em ação quando presenciam tais atitudes e prendem os torcedores visitantes. Em partidas anteriores já houve detenções. Há câmeras no estádio que registram tais ofensas raciais, razão pela qual é fácil provar o delito", informou o comunicado.

Os santistas que filmaram os gestos racista registraram boletim de ocorrência em São Paulo e estiveram acompanhados do vice-presidente do Santos, Orlando Rollo. O clube paulista pretende formalizar reclamação à Conmebol.

O duelo de ida terminou empatado sem gols. Nesta segunda-feira, no entanto, o placar da partida pode ser alterado, pois o volante do Santos Carlos Sanchez será julgado na Conmebol por suposta escalação irregular. Se punido, o time paulista será declarado perdedor por 3 a 0 da partida contra o Independiente. O jogo de volta está marcado para terça-feira, às 19h30, no Pacaembu.

O goleiro Cássio virou motivo de preocupação para o jogo desta quarta-feira do Corinthians na Copa Libertadores. Depois de ter sido substituído com dores no quadril no primeiro tempo da vitória sobre o Paraná, pelo Campeonato Brasileiro, o goleiro fará tratamento intensivo nos próximos dias para ter condições de atuar pelo jogo de volta das oitavas de final. No de ida, disputado no Chile, o adversário venceu por 1 a 0.

"Senti muita dor na queda e no primeiro chute que fui dar, continuei sentindo. Já estamos tratando, fiz gelo, comecei o tratamento, amanhã (domingo) temos folga, mas vou tratar em três períodos. Que não seja nada grave, para que eu esteja à disposição do treinador", afirmou o goleiro. "Acho que a dor vai piorar amanhã (domingo), mas já estou sendo medicado", completou, logo após a partida de sábado.

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Cássio se machucou ao fazer uma defesa do lado esquerdo do gol em um chute de fora da área. Ele foi atendido pelo médico Ivan Grava e tentou ficar no jogo. Depois de pedir atendimento outras duas vezes, teve de ser substituído.

Se Cássio não puder atuar nesta quarta-feira, Walter fará o seu segundo jogo na atual edição Libertadores. Ele participou da derrota por 1 a 0 para o Millonarios, da Colômbia, na última rodada da fase de grupos. Na ocasião, Cássio já havia se juntado à seleção brasileira para a disputa Copa do Mundo da Rússia. No jogo deste sábado, Walter teve atuação segura nos poucos ataques do time paranaense.

A Conmebol abriu procedimento disciplinar para investigar possível irregularidade na escalação do volante uruguaio Carlos Sánchez, do Santos, na partida contra o Independiente, na noite desta terça, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores.

O time argentino alega que o jogador uruguaio não poderia ter entrado em campo nesta terça por estar suspenso. A punição se devia à expulsão sofrida em novembro de 2015, quando ainda defendia o River Plate na semifinal da Copa Sul-Americana daquele ano, contra o Huracán.

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Como Sánchez não entrou mais em campo por competições organizadas pela Conmebol desde então, ele teria que cumprir a suspensão nesta terça. O Santos, contudo, argumenta que o jogador foi beneficiado pela "anistia" que a entidade aplicou em 2016, no ano de seu centenário.

"O atleta Carlos Sánchez foi anistiado quando do Centenário da Conmebol, motivo pelo qual se encontra apto a realizar partidas pela Libertadores", informou o clube, em comunicado divulgado na manhã desta quarta. Na terça, Sánchez começou como titular, mas foi substituído no segundo tempo por Bryan Ruiz.

Segundo o Regulamento Disciplinar da Conmebol, as infrações cometidas durante um jogo prescrevem num prazo de dois anos. A data de início de cálculo para avaliar a possível prescrição de uma punição tem como referência o dia da infração, no caso de Sánchez, trata-se do dia do jogo em que foi expulso em novembro de 2015. De acordo com a entidade, no mesmo regulamento, só não prescrevem as infrações "de suborno e corrupção".

Apesar disso, a Conmebol decidiu abrir o procedimento disciplinar para investigar possíveis infrações do clube brasileiro nos artigos 7.2 (escalar jogador não elegível para disputar a partida e cumprir as decisões diretivas ou ordens de órgãos disciplinares) e 19 (determinação de resultado de um jogo por responsabilidade ou negligência de uma das equipes).

O Santos segurou um empate sem gols com o Independiente nesta terça-feira, em Avellaneda, na Argentina, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. A partida foi bastante truncada, com muitas faltas e também de baixa qualidade técnica.

O time alvinegro terminou o duelo com um jogador a menos por causa da expulsão do lateral-esquerdo Dodô aos 36 minutos do segundo tempo. E, apesar de ter feito um atuação sólida na parte defensiva, o setor ofensivo teve uma péssima apresentação e não chutou uma bola sequer nos 90 minutos com mais seis de acréscimo no segundo tempo.

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Bruno Henrique foi o mais fraco do trio de ataque. Foi discreto enquanto esteve em campo, errou muitos passes e não acertou um drible. Rodrygo tentou a movimentação pelos lados do campo, mas faltava um centroavante para empurrar para a rede. Gabriel brigou bastante no meio, reclamou com o árbitro, mas faltou a presença dentro da área. O empate sem gols ao menos deixa o Santos em boa situação para o segundo jogo.

A partida de volta acontece na próxima terça-feira, às 19h30, no estádio do Pacaembu. A assessoria informou que até o final do dia desta terça-feira foram vendidos 11 mil ingressos. Antes, o time alvinegro encara o Bahia no sábado, às 16h, na Vila Belmiro, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O JOGO - O Independiente tentou pressionar o Santos no início e criou três boas chances, sempre com o meio-campista Meza. Na primeira, ele cobrou escanteio e o centroavante Gigliotti apareceu livre para cabecear com perigo.

Na sequência, Meza fez boa jogada e bateu cruzado de fora da área para boa defesa de Vanderlei. Mais uma vez, Meza bateu falta, Burdisso desviou de cabeça e a bola sobrou para Romero, que bateu na rede pelo lado de fora.

Aos poucos o Santos entrou no jogo, acertou a marcação no setor defensivo e começou a chegar mais ao ataque. Rodrygo foi quem chegou mais perto de criar a única chance de gol. Ele desceu pela direita, invadiu a área, mas em vez de tentar um chute cruzado, rolou para o meio da área e a zaga afastou.

Na etapa final, logo aos dez minutos, Rodrygo levou uma pancada no tornozelo esquerdo de Gastón Silva e deixou o campo de maca. Derlis González entrou em seu lugar. A partida ficou mais aberta, mas as equipes erravam muitos passes.

O técnico Cuca então trocou Bruno Henrique, apagado, para a entrada de Eduardo Sasha. No entanto, quem quase marcou foi o Independiente. Após cruzamento na área, Braian Romero escorou de cabeça para a pequena área e Gigliotti isolou por cima do gol.

O duelo seguia brigado no meio-campo e o árbitro deixava o jogo seguir. O Independiente parecia mais forte na marcação, ganhava a maioria das disputas e, por consequência, chegava ao gol do Santos. Meza arriscou de fora da área para boa defesa de Vanderlei. Na sequência, Burdisso cabeceou, o goleiro do time alvinegro soltou e depois dividiu com três atletas do time adversário para salvar o gol. Mas houve falta do Independiente no lance.

Para complicar as coisas para o Santos, Dodô cometeu falta dura em Pablo Hernández e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o time com um jogador a menos aos 36 minutos do segundo tempo. O panorama da partida, no entanto, não mudou. O Independiente encontrava dificuldade para chegar ao gol e o Santos seguiu até o final da partida sem conseguir chutar uma bola à meta adversária.

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE X SANTOS

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos, Burdisso, Brítez e Gastón Silva; Francisco Silva, Pablo Hernández, Cerutti (Verón), Meza e Braian Romero (Pizzini); Gigliotti. Técnico: Ariel Holan.

SANTOS - Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Dodô; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez (Bryan Ruiz); Rodrygo (Derlis González), Gabriel e Bruno Henrique (Eduardo Sasha). Técnico: Cuca.

ÁRBITRO - Diego Haro (Peru)

CARTÕES AMARELOS - Francisco Silva, Bustos, Cerutti e Gastón Silva (Independiente); Carlos Sánchez, Lucas Veríssimo, Dodô e Gabriel (Santos).

CARTÃO VERMELHO - Dodô (Santos)

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis

LOCAL - Estádio Libertadores de América, Avellaneda (ARG).

Sete títulos da Copa Libertadores de um lado e outros três do outro. O número de conquistas de Independiente e Santos, respectivamente, da principal competição por equipes do futebol sul-americano indica o peso da série válida pelas oitavas de final que se inicia nesta terça-feira, às 21h45, em Avellaneda. Mas os dois clubes passam por momentos distintos antes de um confronto importante para a equipe paulista na busca pela reconquista da confiança.

Após uma pausa de cerca de três sem compromissos na Libertadores, o Santos está de cara nova. O time trocou de técnico, com a demissão de Jair Ventura e a contratação de Cuca, que agora fará a sua estreia na competição, após comandar o time em compromissos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

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E ainda que o momento não seja dos melhores, o Santos chega para o duelo na Argentina esboçando uma recuperação, tanto que emplacou duas vitórias consecutivas, ainda que tenha sido eliminado da Copa do Brasil. E ao menos conseguiu deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão. "A gente espera dar sequência a este bom momento vivido. Estamos com duas vitórias seguidas. Não podíamos chegar na Argentina de outra maneira", comentou Victor Ferraz.

Para ampliar essa pequena série de bons resultados, o Santos espera contar com mais uma atuação inspirada de um dos reforços estrangeiros que chegaram ao time nas últimas semanas, caso do uruguaio Carlos Sánchez, que conquistou a titularidade e foi o principal destaque da equipe na vitória por 3 a 0 sobre o Sport, sábado, na Vila Belmiro. Ele terá a companhia de Alison e Diego Pituca no meio-campo.

Além disso, Cuca, apesar dos desfalques, sendo o principal deles o lesionado zagueiro Luiz Felipe, poderá contar com um banco de reservas reforçado. Será de lá que ele poderá acionar os também estrangeiros Derlis González e Bryan Ruiz, além de Eduardo Sasha, que encerrou longo jejum de gols no fim de semana.

"Viemos para marcar gols. Quem quer isso, não tem de dar a bola só para o adversário e ficar atrás. A gente tem de conseguir jogar, ocupar o campo deles e quem sabe sair na frente", afirmou Victor Ferraz, prometendo que o time será ofensivo na Argentina.

O Santos também confia em seu bom retrospecto diante de argentinos nesta edição da Libertadores, pois derrotou na fase de grupos o Estudiantes duas vezes, por 1 a 0, como visitante, e 2 a 0, na Vila Belmiro. E se tiver êxito diante do Independiente, terá pela frente outro clube do país vizinho nas quartas de final, o vencedor da série entre Racing e River Plate.

O desgaste físico, porém, pode ser um fator a atrapalhar o Santos contra o Independiente, pois, como o time faz péssima campanha no Brasileirão, Cuca não tem poupado os titulares em função dos mata-matas, com exceção do confronto com o Sport, quando escalou um time misto.

Já o Independiente vem descansado. O time recém retornou das férias e só entrou em campo três vezes na temporada, sendo a última delas na sexta-feira, quando estreou no Campeonato Argentino com um empate por 2 a 2 com o Newell's Old Boys. O time também disputou e faturou a Copa Suruga, no Japão, o que levou ao primeiro confronto com o Santos ser marcado apenas para esta terça-feira, duas semanas após as outras sete partidas de ida das oitavas de final da Libertadores.

Assim como o Santos, o Independiente acumulou três vitórias, um empate e duas derrotas na fase de grupos da Libertadores, sendo que o time encarou outro clube paulista, o Corinthians, perdendo em casa por 1 a 0 e triunfando em São Paulo por 2 a 1.

Com dores na coxa esquerda, Benítez é dúvida para o confronto desta terça e poderá ter sua vaga no setor ofensivo do Independiente ocupado por Cerutti. O jogo de volta entre o Santos e o clube argentino está marcado para 28 de agosto, no Pacaembu.

Um dia antes de entrar em campo para o jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Cruzeiro, no Maracanã, o Flamengo atualizou a sua lista de inscritos na competição. O clube incluiu, nesta terça-feira, os atletas recém-contratados, mas ainda manteve o centroavante Paolo Guerrero.

Agora, então, o técnico Maurício Barbieri poderá utilizar na Copa Libertadores os atacantes Uribe e Vitinho e o volante Piris da Mota, todos eles reforços anunciados nas últimas semanas pelo Flamengo. Além disso, o clube também incluiu o meia-atacante Matheus Sávio, que atuou por empréstimo pelo português Estoril no primeiro semestre, mas retornou recentemente.

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Para incluir esses jogadores, o Flamengo retirou outros quatro da sua lista inicial de inscritos na Libertadores. E todos esses jogadores deixaram o clube. São eles: Everton (se transferiu ao São Paulo), Vinicius Junior (Real Madrid), Felipe Vizeu (Udinese) e Jonas (Al-Ittihad).

O Flamengo ainda tinha o direito ter realizado uma quinta alteração na lista de inscritos, mas não o fez. E ela poderia, inclusive, envolver o centroavante Guerrero, que está em fim de contrato e não deverá permanecer no clube da Gávea. De qualquer forma, duas mudanças poderão ser realizadas nas quartas de final, caso o time carioca avance na competição.

Confira como ficou a relação de inscritos do Flamengo na Libertadores:

Goleiros: Diego Alves, César e Thiago.

Laterais: Rodinei, Renê, Trauco, Pará e Kleber.

Zagueiros: Rhodolfo, Juan, Réver, Léo Duarte e Thuler.

Volantes: Willian Arão, Cuéllar, Piris da Motta, Ronaldo, Jean Lucas e Rômulo.

Meias: Everton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Matheus Savio.

Atacantes: Guerrero, Marlos Moreno, Fernando Uribe, Henrique Dourado, Geuvânio, Lincoln e Vitinho.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, informou nesta quinta-feira que a utilização do árbitro de vídeo será antecipada nas competições sul-americanas. O auxílio da televisão nas partidas já será usado a partir das quartas de final da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

Inicialmente, a entidade havia programado contar com o VAR, sigla em inglês para Video Assistant Referees (árbitros assistentes de vídeo) nas semifinais e finais das competições, como aconteceu nas edições do ano passado. Mas devido ao sucesso na Copa da Rússia, optou-se pela antecipação.

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"Ao implementarmos (no Mundial), vimos que nossos árbitros tiveram uma ajuda nesse sentido. Eles já conhecem o trabalho com o VAR, porque treinaram com o VAR antes, o que os ajudou bastante", declarou o mandatário que está em Moscou.

No total, serão 14 jogos disputados na Libertadores, 14 na Sul-Americana e mais dois na decisão da Recopa com o árbitro de vídeo. "Gosto do VAR e estou convencido que é algo sem retorno", opinou Alejando Domínguez.

A nota publicada no site da Conmebol também destacou que o uso do sistema de vídeo só poderá ser pedido em quatro situações de jogo: "confusão de identidade, gols, pênaltis e cartão vermelho".

A International Football Association Board (IFAB) aprovou a inclusão do VAR nas regras do futebol para os anos de 2018 e 2019 de maneira optativa nas competições. A UEFA, por exemplo, ainda não adotou o árbitro de vídeo na Liga das Campeões e na Liga Europa.

O Sport teve uma boa desenvoltura no Campeonato Brasileiro até a parada para a Copa do Mundo. O time entrou na competição nacional sob muitas críticas por causa dos péssimos resultados do início da temporada, no entanto, a partir da chegada do técnico Claudinei Oliveira, o Leão evoluiu e ocupa, momentaneamente, a sétima colocação com 19 pontos.

Capitão da equipe no empate em 0x0 com o Grêmio, o volante Fellipe Bastos é um dos atletas que demonstraram evolução. Apresentando força na marcação e municiando os companheiros com passes de qualidade, o jogador avaliou o que o Sport fez até então na competição, e mesmo com as expectativas superadas, ele prega um discurso de pés no chão.

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Desde que o Sport começou a brigar na parte de cima da tabela, os torcedores e a imprensa passaram vislumbrar uma possível disputa pela Libertadores. Fellipe Bastos, porém, não faz promessas. “A gente não vai prometer para o torcedor Libertadores. A gente vai prometer muito entrega, como estamos fazendo. Prometemos que cada jogo vamos fazer de uma final. Já combinamos que até a 28ª rodada vamos ver se a gente vai brigar pela Libertadores”, disse o jogador.

“É um sonho nosso, é lógico que a gente não pode mentir para o torcedor que a gente quer classificar, chegar nas primeiras colocações. Temos que ter os pés no chão, até pelo início ruim que tivemos no Pernambucano e na Copa do Brasil, para não tenhamos salto alto, porque acaba atrapalhando”, acrescentou Fellipe Bastos.

O Leão só volta a atuar pela competição nacional no dia 18 de julho. Fora de casa, a equipe recifense vai encarar o Ceará.

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A primeira final em jogo único da Copa Libertadores da América já tem data para ocorrer: 23 de novembro de 2019, um sábado. A decisão foi tomada pela Conmebol nesta segunda-feira em uma reunião que contou com a presença de dez presidentes de federações nacionais em Moscou, onde a Copa do Mundo será aberta na próxima quinta com o confronto entre Rússia e Arábia Saudita.

Ainda que a data tenho sido definida, a concorrência agora é para estabelecer onde a partida será jogada. Inicialmente, Lima havia se apresentado como candidata a sediar o confronto, justificando estar relativamente no centro do continente. Mas outros locais indicaram que poderão ser postulantes a abrigar o evento. Um deles seria Santiago, ainda que dirigentes ouvidos pela reportagem do Estado admitam que o plano é de que a decisão sobre a primeira sede seja acima de tudo política e comercial.

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No Brasil, não se descarta que o Rio, com o Maracanã, ou mesmo a cidade de Porto Alegre, que conta com o Beira-Rio e a Arena Grêmio como duas boas opções de estádios, apresentem as suas propostas.

Quando o assunto começou a ser debatido, ainda em 2016, uma das possibilidades inicialmente cogitadas era de que o jogo pudesse ocorrer até mesmo em Miami, nos Estados Unidos. Mas a ideia foi abandonada para privilegiar uma cidade de uma das federações envolvidas na Libertadores.

Ao realizar uma decisão num sábado e num jogo único, os sul-americanos esperam elevar a receita do torneio e a visibilidade da final, inclusive no exterior. A decisão da Libertadores é tradicionalmente realizada com partidas de ida e volta, nas casas dos dois times envolvidos, em confrontos que costumam ocorrer às quartas-feiras.

Em 2017, a Conmebol obteve uma receita de cerca de R$ 500 milhões com a Libertadores. Na Europa, os principais torneios continentais de clubes somam mais de R$ 6 bilhões por ano em receitas.

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