Tópicos | Luciano do Valle

Lucas do Valle, neto do narrador Luciano do Valle, foi baleado na cabeça em tentativa de assalto que ocorreu na madrugada desta quarta-feira (14). O fato aconteceu em São Paulo, segundo informações do portal UOL.

Aos 29 anos, Lucas é filho da jornalista Alessandra do Valle e após o tiro foi levado a um hospital na capital paulista.

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Lucas é o segundo neto de Luciano do Valle, histórico narrador brasileiro que faleceu aos 66 anos em abril de 2014. Além de trabalhar no SBT por sete anos, o neto chegou a trabalhar com o avô como assessor no final da década de 2000.

 

Aquele 10 de maio é inesquecível para a torcida do tricolor paulista. Além da vitória sobre um dos arquirrivais, o Corinthians, o reencontro com o ídolo Raí e com um troféu que não ia para o Morumbi há seis anos. Para matar saudade dos são-paulinos, a Band transmite, neste domingo (24), a grande final do Campeonato Paulista no programa "Você Torceu Aqui".

O São Paulo tinha melhor campanha e jogava por dois resultados iguais nas partidas decisivas. O Corinthians de Vanderlei Luxemburgo tinha jogadores como Gamarra, Rincón, Vampeta, Marcelinho Carioca e venceu o primeiro confronto por 2x1. O placar forçou o tricolor a apostar tudo no ataque na grande final. Com um time repleto de craques como Rogério Ceni, Marcio Santos, França e Denílson o time da fé, comandado por Nelsinho Baptista, conseguiu reverter a desvantagem e fez 3x1 no Timão.

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Para isso, teve a inspiração de um dos maiores atletas da história do clube. O meia Raí, multicampeão pelo soberano, havia retornado ao futebol brasileiro naquela semana, após passar quatro anos no Paris Saint-Germain. Inscrito para o duelo decisivo, o ídolo fez um dos três gols que deu o Paulistão ao Tricolor do Morumbi.

O jogo terá narração original de Luciano do Valle (1947-2014), com comentários do ex-jogador Roberto Rivellino. O "Você Torceu Aqui" começa às 14h.

Foi em uma quarta-feira, antevéspera de Natal. A manhã nublada daquele verão de 1998 se tornaria uma tarde de chuva inesquecível para a Nação Corinthiana: o Timão coroava uma das campanhas mais belas da história e levantava, pela segunda vez, o título de Campeão Brasileiro.

Quem não viu ou quem quer rever, terá a oportunidade de acompanhar a partida decisiva entre Corinthians x Cruzeiro no programa "Você Torceu Aqui", da Band, que exibe o jogo no próximo domingo (26), às 14h.

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Sob a batuta do técnico Vanderlei Luxemburgo, o Corinthians jogava por música. Foram 32 jogos na fase de classificação e nos playoffs finais. O Timão venceu 18 confrontos e anotou 57 gols em toda a campanha. Além do sempre decisivo Marcelinho Carioca como artilheiro marcando 19 vezes, o alvinegro de Parque São Jorge ainda tinha no elenco craques como Gamarra, Rincón, Vampeta, Ricardinho e Edilson.

Ainda no banco de reservas, o alvinegro tinha peças que faziam a diferença quando entravam na partida, como o atacante Dinei, melhor em campo na decisão e, até então, único a ser campeão brasileiro pelo clube (1990, 1998 e 1999). Já o Cruzeiro, comandado por Levir Culpi, tinha em seu plantel atletas de renome, como o goleiro Dida, o zagueiro Marcelo Djian, o lateral Gilberto, o meia Valdo e o atacante Muller.

Naquela oportunidade, a primeira etapa terminou em 0 a 0. O empate favorecia o Corinthians, dono da melhor campanha na primeira fase. Após o intervalo, o treinador do Cruzeiro, que precisava da vitória para obter o título, foi para cima do Timão mas não teve sucesso. Com um meio-campo repleto de recursos técnicos, o alvinegro dominava a partida e fez 1 x 0 aos 25 do segundo tempo com gol de Edilson, em bela assistência de Dinei. Dez minutos mais tarde, em nova jogada de Dinei pela direita, Marcelinho mergulhou de peixinho para alcançar o cruzamento e levar a taça do bicampeonato para o Parque São Jorge.

A transmissão da Band terá narração original de Luciano do Valle (1947-2014), com comentários dos ex-jogadores Gérson e Rivellino, tricampeões do mundo em 1970 pela seleção brasileira.

O corpo do narrador Luciano do Valle foi enterrado sob aplausos de emocionados familiares e amigos, no final da tarde deste domingo, no cemitério Parque Flamboyant, na cidade de Campinas. O jornalista, um dos mais famosos comunicadores do País, morreu neste sábado, aos 66 anos, depois de passar mal no avião enquanto ia para Uberlândia, onde faria a transmissão do jogo entre Atlético-MG e Corinthians, realizado neste domingo, pela primeira rodada do Brasileirão.

Após um velório bastante movimentado na Câmara Municipal de Campinas, com a presença de familiares, amigos pessoais, companheiros de trabalho e muitos fãs, o enterro foi feito de maneira bastante simples. Apesar da grande presença de imprensa, houve muito respeito e a cerimônia foi realizada em quase todo o tempo com silêncio.

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O corpo de Luciano do Valle foi velado e enterrado com o uniforme de transmissões esportivas que utilizava na Band, emissora em que ele trabalhava. Durante o enterro, ele esteve durante todo o tempo acompanhado da viúva, Flávia do Valle, que demonstrava muita emoção.

HISTÓRIA NA TELEVISÃO - Luciano foi uma das maiores referências na locução esportiva nacional. Desde 1971, passou pela Rede Globo, pela Record e pela Bandeirantes, onde trabalhou por aproximadamente 30 anos. Em 2013, completou 50 anos de carreira. Seu último jogo foi a final do Campeonato Paulista, disputada entre Santos e Ituano.

O narrador teve papel fundamental no esporte brasileiro, uma vez que impulsionou diversas modalidades que não tinham espaço na TV aberta. Organizou o jogo memorável entre Brasil e URSS, no Maracanã, que mudou o vôlei brasileiro. Abriu espaço para Hortência e Paula no basquete, transmitiu jogos de futebol feminino, alavancou a carreira de Maguila e deu o início para transmissões da NBA, da Fórmula Indy e do futebol americano no Brasil, entre outros grandes feitos.

O corpo do narrador Luciano do Valle, dono de uma das vozes mais conhecidas da televisão brasileira, está sendo velado na Câmara Municipal de Campinas, interior de São Paulo, neste domingo. O velório é aberto ao público, o que atraiu muitos fãs e curiosos. O enterro acontecerá no cemitério Parque Flamboyant, às 16 horas.

O locutor esportivo da Rede Bandeirantes morreu na tarde de sábado, aos 66 anos, vítima de um mal súbito. De acordo com a emissora, o locutor começou a passar mal às 15h15, quando viajava a Uberlândia, onde narraria a partida entre Atlético-MG e Corinthians, pela rodada de abertura do Brasileirão. A morte ocorreu às 16h15, já na cidade mineira.

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Em 2012, Luciano chegou a se afastar dos trabalhos na Bandeirantes devido a problemas de saúde. Na ocasião, ele sofreu um AVC que o obrigou a passar por sessões de fonoaudiologia, para reaprender a falar. Em sua carreira, ele teve papel fundamental no esporte brasileiro, uma vez que impulsionou diversas modalidades que não tinham espaço na TV aberta.

Organizou o jogo memorável entre Brasil e URSS, no Maracanã, que mudou o vôlei brasileiro. Abriu espaço para Hortência e Paula, estrelas do basquete nacional, transmitiu jogos de futebol feminino, alavancou a carreira de Maguila e deu o início às transmissões da NBA, da Fórmula Indy e do futebol americano no Brasil.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste sábado (19), por meio de nota oficial distribuída pelo seu instituto, a morte do locutor Luciano do Valle, que faleceu na última tarde após passar mal durante um voo que o levava de São Paulo para Uberlândia, onde trabalharia na transmissão da partida entre Atlético-MG e Corinthians, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

Lula exaltou o carisma que o narrador tinha e a sua indiscutível competência na arte de transmitir emoção aos seus telespectadores. "Luciano do Valle era querido e admirado pela sua capacidade de emocionar o telespectador através do esporte. Na sua voz, milhões de brasileiros compartilharam emoções e viveram grandes conquistas esportivas", afirmou o ex-presidente, que ainda recordou o fato de que recentemente esteve com o jornalista.

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"Nos encontramos a última vez há cerca de um mês e ele estava muito empolgado em narrar uma Copa do Mundo pela primeira vez em seu país. Era o Luciano que todos conhecem da TV: alegre, carinhoso, otimista, incansável. A sua voz fará muita falta. Nesse momento de tristeza, nos juntamos em solidariedade aos familiares, amigos, colegas de trabalho e a todos que admiravam Luciano do Valle", afirmou Lula, em nota assinada em conjunto com a sua esposa, Marisa Letícia.

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, lamentou a morte do narrador esportivo Luciano do Valle, ocorrida neste sábado (19). Através de nota, o gestor estadual lembrou a trajetória do locutor e agradeceu, em nome do Estado, pela contribuição de Luciano na ampliação e divulgação de Pernambuco como destino turístico.

“A vida do narrador esportivo Luciano do Valle será sempre lembrada pela marca do pioneirismo. Foi um dos responsáveis pela promoção do vôlei no Brasil. Através da nossa TV Pernambuco, em 1996, foi um dos primeiros a dar espaço ao Campeonato Pernambucano na programação televisiva. 

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Sua identidade com nossa terra era tão grande que chegou, inclusive, a morar em nosso estado. Com seus gestos de identidade com Pernambuco, Luciano do Valle contribuiu bastante para ampliar a divulgação de nosso estado como destino turístico. Pernambuco tem muito o que agradecer ao competente profissional de comunicação Luciano do Valle"

Perda – Luciano do Valle morreu, ao 70 anos, na tarde deste sábado, após passar mal em um voo que seguia para Minas Gerais. Ele chegou a ser socorrido para um hospital particular da cidade, mas não resistiu. Luciano faria a transmissão do jogo entre Atlético-MG e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, neste domingo (20).

Várias lendas da história do esporte brasileiro lamentaram neste sábado (19) a morte do narrador Luciano do Valle, que faleceu durante à tarde após passar mal em um voo que partiu de São Paulo e foi até Uberlândia, onde ele narraria neste domingo (20), pela TV Bandeirantes, o jogo entre Atlético Mineiro e Corinthians, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

O locutor, que se tornou um ícone também pelo papel histórico que teve para alavancar o crescimento dos esportes no Brasil nas últimas décadas, foi reverenciado por ex-atletas que tiveram feitos de suas carreiras eternizadas pelas narrações do profissional.

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"A minha ficha não caiu. O Luciano além de ter sido um dos maiores locutores que o Brasil já teve, foi um grande amigo e responsável pelo surgimento da dupla Hortência e Paula. Deu muita força para o basquete. Cara maravilhoso, grande companheiro. Não sei o que dizer, estou em estado de choque. Tomei um susto", afirmou Hortência, campeã mundial com a seleção brasileira de basquete em 1994 e vice-campeã olímpica em 1996, em entrevista para a TV Bandeirantes. "A gente fica procurando palavras para dizer o que ele representou... São tantas, que não sabemos nem como nos expressar nesse momento. É um 'irmãozão'. Não sei o que te falar", completou.

Paula, que participou destas mesmas conquistas históricas do basquete brasileiro ao lado de Hortência, também não escondeu o abatimento com a morte de Luciano do Valle. "Me pegou de surpresa essa notícia. Queria uma notícia melhor hoje, mas, enfim, o Luciano transcendeu a questão de ser o nosso narrador, é o cara dos esportes olímpicos, e escutar a voz dele nos nossos jogos era sempre uma emoção. A gente tem que ficar aqui lembrando tantas coisas boas que ele fez para o esporte brasileiro", disse Paula, também para a Band. "Ele narrou nosso título mundial na Austrália, onde ninguém acompanhou, só a Band acompanhou. Tudo que ele falava nas narrações vai ficar para sempre", completou a ex-jogadora, que mais tarde enfatizou: "A família dele que fique tranquila. Ele cumpriu a missão dele de maneira brilhante".

Três vezes campeão olímpico como técnico, sendo uma pela seleção masculina de vôlei, em 1992, e duas pela feminina da mesma modalidade, em 2008 e 2012, José Roberto Guimarães foi outra lenda do esporte nacional que se mostrou arrasada com a morte do homem que foi fundamental para o crescimento do vôlei brasileiro. Isso principalmente na década de 1980, quando o Brasil foi vice-campeão olímpico com a famosa "geração de prata" nos Jogos de Los Angeles, em 1984.

"Não sabia dessa situação (da morte). É muito complicado. Complicado porque a gente perde não só o melhor locutor que o Brasil já teve, mas um grande amigo. Uma pessoa que me ajudou muito, esteve ao meu lado, principalmente nos momentos mais difíceis. Eu só tenho a agradecer pelo que ele fez. Pelo vôlei, pelo esporte. Ele era um visionário, sempre pensava na frente. É complicado falar alguma coisa dele. O Brasil está de luto, o esporte brasileiro também. Temos que fazer uma homenagem a um dos maiores ídolos que temos", ressaltou Zé Roberto à TV Bandeirantes.

FITTIPALDI - Emerson Fittipaldi, que teve suas históricas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, na Fórmula Indy, e o próprio título que obteve na categoria, narradas por Luciano, também expressou sua dor pela morte do jornalista. "É uma notícia muito triste para o esporte brasileiro. Ele sempre elevava o nível dos atletas em todos os esportes que ele entrou. Foi uma pessoa fantástica para o esporte brasileiro. Ele conquistou muita coisa, conquistamos muita coisa juntos", disse o ex-piloto, bicampeão mundial de Fórmula 1, em entrevista para a Band. "O esporte perdeu uma grande parte da história dele hoje", completou.

Fittipaldi também lembrou com saudade de um dos momentos mais marcantes de sua carreira. "Quando tive a primeira vitória em Indianápolis, aquela narração do Luciano foi muito emocionante. Festejamos tanto. A história do Luciano é fantástica, uma visão muito grande no esporte. Barão, meu pai, era muito amigo do Luciano. Onde o Luciano entrava dava certo. Ele conseguia transmitir a emoção no esporte. Foi uma grande perda para nós todos", enfatizou.

Hélio Castroneves, piloto da Penske na Indy, foi outro que ficou estupefato com a notícia da morte de Luciano do Valle. "Grande jornalista, se importava muito com as pessoas. No meu caso, quando passei por momentos difíceis nos Estados Unidos, com o problema da corte (foi julgado sob acusação de sonegação de impostos no país), ele foi uma das pessoas que se preocupou. Isso mostra o caráter, a pessoa que ele era. Tinha um coração enorme. É uma pena realmente que tenha nos deixado, mas quero lembrar dele pela história, pelas transmissões. Nunca vou me esquecer da narração que fez na minha primeira vitória", disse.

Castroneves ainda exaltou o fato de que o narrador era um mestre na arte de transmitir emoção aos telespectadores em suas transmissões. "Quando assistia à corrida, em inglês, não tinha a mesma emoção. Com o Luciano narrando, me trouxe uma memória muito grande de quando o Emerson (Fittipaldi) venceu em 1989 (o título da Indy) e ele narrou. Foi muito gratificante ouvir o Luciano narrando minha primeira vitória. em 2001. Foi quando pensei: 'Cara, consegui chegar lá'. Nunca vou esquecer", completou o piloto.

Para o público que acompanhou esporte pela televisão nos últimos 30 anos, Luciano do Valle e Galvão Bueno eram antagonistas. Na maior parte das grandes competições, um estava ao vivo pela Band, outro pela Globo. Fora do ar, porém, eles eram amigos. Falecido neste sábado (19), Luciano recebeu bela e emocionada homenagem de Galvão, que falou ao vivo com José Luiz Datena, na Band.

"Disputei com o Luciano cada ponto da audiência por quase 40 anos, mas foi uma luta sempre muito leal. Essa luta nos tornou bons amigos. Trabalhamos juntos durante mais de um ano na Globo e continuou essa disputa muito leal. Para enfrentar ele esses anos todos, me esforcei muito. Me transformei a cada dia para conhecer todos os esportes que o Luciano sempre transmitiu com tanta competência", exaltou Galvão.

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Os dois trabalharam juntos na Globo em 1982, quando Luciano narrou sua segunda e última Copa como narrador titular da emissora carioca. No ano seguinte ele deixou o Jardim Botânico para se arriscar na Record, onde acreditava que teria mais espaço para os projetos que acabou por executar na Band, já a partir de 1983. Foi com a saída dele que Galvão virou narrador principal da Globo, seja no futebol, no boxe ou na Fórmula 1.

"Às vezes ia na cabine do Luciano antes ou depois do jogo, ele também vinha. Muitas vezes um tentou ajudar o outro quando um torcedor mais violento ia para cima. Para dizer em uma frase, a televisão brasileira e a comunicação no pais ficam mais pobres. Ele é um marco, uma bandeira. Me orgulho de falar que fui amigo e concorrente dele durante todos esses anos. Aprendi com ele, como talvez ele tenha aprendido comigo. É um dia muito duro, muito difícil", declarou Galvão.

O narrador da Globo se emocionou principalmente ao lembrar que a Copa do Brasil será a primeira sem Luciano, que narrou seu primeiro Mundial na TV em 1978, exatamente pela Globo. "Ele morreu indo trabalhar, abrir mais um Brasileiro. A gente lamenta sempre a morte de uma pessoa importante, querida e muito próxima nesses quase 40 anos. Não sei como será fazer a Copa sem ter ele passando a emoção para os milhões de telespectadores dele, enquanto passo para os milhões dos meus. Vai ser difícil. Como foi bom ter o Luciano como amigo e concorrente nesses quase 40 anos..."

Assim como Galvão, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que o jornalismo esportivo brasileiro fica mais pobre. "Lamento profundamente a morte de Luciano do Valle e me solidarizo com os parentes e amigos do grande narrador. O jornalismo brasileiro, especialmente o jornalismo esportivo, fica empobrecido com essa perda", escreveu, em nota oficial.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determinou um minuto de silêncio antes das partidas da primeira rodada do Brasileirão e lembrou que Luciano faleceu quando voava para transmitir um jogo da competição. "Ele era, sobretudo, um amigo da CBF. Luciano foi um ícone da televisão, um verdadeiro patrimônio da nossa imprensa", declarou José Maria Marin.

Já a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), que viu Luciano do Valle narrar o título mundial da seleção feminina em 1994, se pronunciou por meio de Carlos Nunes, seu presidente. "Foi uma grande perda para o jornalismo brasileiro. O Luciano foi responsável pelo crescimento e a divulgação de várias modalidades esportivas e em especial o basquete."

De acordo com o repórter Fernando Fernandes, que acompanhava Luciano do Valle no voo de São Paulo a Uberlândia, neste sábado (19), o narrador faleceu no Hospital Santa Genoveva, na cidade mineira, depois de passar mal dentro do avião. De acordo com o jornalista, Luciano reclamou de problemas de estômago e apresentava dificuldades para respirar.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Fernando Fernandes explicou que o voo partiu às 13h30 de São Paulo e que, dentro da aeronave, Luciano reclamou de dor nas costas. "No voo, ele falou que estava mal e o doutor Roberto, um cardiologista que estava no voo, fez os primeiros socorros", explicou o repórter, que relatou que o narrador estava branco e suava.

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"Nós descemos do avião, Luciano teve dificuldade de andar e foi levado por uma ambulância até o Hospital Santa Genoveva", explicou Fernando, que trabalharia, junto com Luciano, na partida Atlético-MG e Corinthians, pela rodada inaugural do Brasileirão.

"Ele deu entrada por volta das 15h15 no hospital, às 16h15 foi constatado o óbito do Luciano do Valle. Tentaram reanimá-lo por volta de 50 minutos", explicou Fernando, que lamentou a morte do amigo e companheiro de trabalho. "Luciano do Valle era mais que um irmão, um pai. É lamentável tudo o que aconteceu, foram 20 anos entrando no avião com ele. Não tenho nem como falar. Minha ficha ainda não caiu."

O médico cardiologista que atendeu a Luciano no voo explicou que o narrador teve morte súbita. "As hipóteses para a morte são uma infecção de aorta, uma embolia pulmonar, um enfarte muito grande, mas isso só pode ser esclarecido com a necropsia. A gente terá mais informações ao longo do tempo, mas o que a gente pode dizer é que o Luciano teve morte súbita", disse o médico, tratado pela Band apenas pelo nome de Roberto.

A lista de desfalques para a Copa do Mundo ganhou mais um nome. Mas não há mais nada o que fazer para que este craque esteja no próximo Mundial. Luciano do Valle faleceu de forma fulminante neste sábado (19), aos 66 anos, por motivos ainda desconhecidos, enquanto voava para mais uma transmissão no microfone da Band, que ele transformou no "Canal do Esporte" nos anos 1980. Foram oito Copas pela TV na voz de um dos maiores narradores da história do País.

Boa parte da cultura esportiva brasileira de hoje deve-se a Luciano do Valle. Na lista das modalidades que devem muito a ele estão o basquete feminino, o vôlei, o futebol feminino e o boxe. Foi ele também o responsável por abrir as portas do Brasil à NBA, ao futebol americano e à Fórmula Indy, por exemplo.

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Luciano começou a carreira cedo, na Rádio Educadora, em Campinas, sua cidade natal. Logo estava na Rádio Brasil, ainda em Campinas. A primeira aventura em São Paulo foi na Rádio Gazeta, a convite do lendário narrador Pedro Luiz. Em 1968, mudou-se para a Rádio Nacional (atual Globo).

Ele chegou na TV em 1974, pela própria Globo. Ali, substituiu Geraldo José de Almeida no posto de titular, na fase pré-Galvão Bueno. Pela emissora carioca, narrou o segundo título de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1, naquele mesmo ano de 1974. Foi titular dessas transmissões até 1982.

Em 1982, teve uma das maiores audiências da TV brasileira, uma vez que a Globo tinha a exclusividade da Copa da Espanha. Foi a partir da voz dele que o Brasil sofreu com os gols de Paolo Rossi no fatídico jogo que tirou a seleção do Mundial. Na Globo foram duas Copas (1978 e 1982) e duas Olimpíadas (1976 e 1980).

Quando saiu da Globo, teve uma rápida passagem pela Record, organizando, com a ajuda da emissora, o jogo de vôlei entre Brasil e União Soviética, no Maracanã, que se tornou um divisor de águas no esporte brasileiro e que detém, até hoje, o recorde de público numa partida de vôlei.

Luciano chegou à Band em 1983, iniciando o período de cerca de uma década de grande reformulação na transmissão esportiva na TV. De cara ele criou o "Show do Esporte", levando, para a TV, as jornadas esportivas do rádio. Em 10 horas de programação, não faltava espaço para outras modalidades.

Foi assim que Luciano foi precursor nas transmissões da Fórmula Indy, a partir de 1985, narrando o título de Fittipaldi em 1989. Foi a partir da voz dele que o Brasil acompanhou a rivalidade entre as equipes de Hortência e Paula, que, juntas, ganharam o Pan de 1991 em Havana e o título mundial de 1994. Ele, lógico, narrou as duas conquistas.

Luciano foi uma espécie de promotor de Maguila, principal peso pesado brasileiro da história. O narrador se arriscou até de treinador, comandando a seleção brasileira de masters na Copa Pelé, evento criado pelo próprio. Djalma Dias, Carpegiani, Edu, Rivellino e Jairzinho estavam entre os comandados por eles em 1991.

O narrador fez diversas apostas, a maior parte delas acertadas. Bancou a transmissão do Campeonato Paulista de Aspirantes, de diversas competições de futebol feminino (até hoje a Band organiza uma competição internacional entre seleções), popularizando nomes como Sisi, Kátia Cilene e Formiga e até jogos de sinuca, tornando Rui Chapéu famoso no Brasil.

Acertou principalmente quando passou a transmitir a NBA no País, em 1987, pegando a época em que brilhava o Chicago Bulls de Michael Jordan. Sempre com o apoio de narradores como Álvaro José e Téo José, abriu espaço até para o futebol americano no Brasil.

Foi Luciano, também, quem criou diversos modelos bem sucedidos para a TV. Um deles foi o Verão Vivo, transmitido de postos da Band no litoral brasileiro, misturando competições esportivas e eventos culturais. Outro foi o Apito Final, programa de debate esportivo após a rodada do futebol, reunindo personalidades da modalidade. É a base do modelo de mesa redonda que fez muito sucesso nas últimas duas décadas.

A lista de feitos de Luciano do Valle é enorme. Comandou programa de variedades (Valle Tudo), transmitiu carnaval e até programa matinal (Tudo em Dia). No início de 2012, teve um AVC que o obrigou a passar por sessões de fonoaudiologia, para reaprender a falar. Ele tentou voltar rapidamente às transmissões e, durante um Santos x Palmeiras, errou quase tudo, virando motivo de chacota nas redes sociais.

Mesmo assim, só mais de um ano depois revelou o AVC. Apesar de estar com a saúde debilitada, o narrador não se afastou das transmissões, comandando sempre a partida principal do fim de semana na Band. Depois, ficou um tempo fora por conta de uma operação na bexiga, que o tirou da cobertura dos Jogos de Londres/2012 pela Bandsports. Seu último trabalho foi no título paulista do Ituano, nos pênaltis, sobre o Santos.

Morreu, neste sábado (19), o locutor Luciano do Valle, aos 66 anos. Ele passou mal durante um voo, que pousou às 14h30 na capital Mineira. Luciano teve uma parada cardiorrespiratória e deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, mas não resistiu.

Segundo informações iniciais, o locutor estava indo à Belo Horizonte, para a transmissão do jogo entre Atlético-MG e Corinthians neste domingo (20), pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia. Ele iria completar 51 anos de carreira em 2014.

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