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O dia era 24 de junho, 2014, uma manhã ensolarada de inverno. As armadilhas já estavam na mata havia 20 dias, mas nada de capturar uma onça-pintada. Resignados, os pesquisadores já faziam a ronda para recolher os laços quando uma delas finalmente apareceu, na última armadilha de uma estrada de terra do Parque Estadual Carlos Botelho: uma fêmea adulta, de aproximadamente 5 anos, 54 quilos e olhos cor de mel, destinada a se tornar um ícone científico - e talvez um mártir - da luta pela conservação dos últimos grandes remanescentes de Mata Atlântica do País.

Os cientistas rapidamente sedaram o animal, tiraram suas medidas, coletaram amostras de sangue e afivelaram uma coleira de GPS ao seu pescoço - algo nunca feito com uma onça-pintada na Mata Atlântica. Tranquila, ela levou cinco horas para acordar da anestesia e voltar para a mata, o que lhe rendeu o apelido de Soneca. Pelos quatro meses seguintes, os pesquisadores acompanharam seus passos via satélite, vendo-a perambular por várias unidades de conservação do Vale do Ribeira e da Serra de Paranapiacaba, no sul do Estado de São Paulo. Até que ela desapareceu, misteriosamente, em 21 de outubro de 2014. Ainda não se sabe o que aconteceu, mas a suspeita é que ela tenha sido morta por palmiteiros.

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O último sinal de vida do colar foi enviado de uma região remota do Parque Estadual Nascentes do Paranapanema (Penap), sem qualquer trilha ou estrada de acesso. "O que aconteceu com ela dali pra frente é um mistério", diz a bióloga Beatriz Beisiegel, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pelo projeto.

Em junho, a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo se ofereceu para organizar uma expedição até o local, na esperança de levantar pistas sobre o que aconteceu: se Soneca foi mesmo morta por palmiteiros, como sussurram os moradores, ou se o colar parou de funcionar.

Para isso, uniram-se forças com o ecólogo Alexandre Martensen, o "pai biológico" do Penap, que deu início ao processo de criação do parque em 2010 e mora às margens dele, em Ribeirão Grande. A área onde a onça desapareceu, porém, é tão remota que nem ele nem o mateiro a conheciam. Levamos nove horas para chegar até lá, abrindo picadas no meio da selva.

Chegamos ao ponto com a luz do dia já quase esgotada. O cenário parece saído de um conto de fadas: uma grota de floresta virgem, cortada por uma nascente de águas rasas e cristalinas, com uma leve neblina de fim de tarde começando a se formar. Vestindo camiseta laranja e um par de galochas pretas, Beatriz escala o barranco à nossa frente e levanta uma antena sobre sua cabeça. Mesmo com o sinal de GPS interrompido, a coleira emite um sinal de rádio pelo qual é possível rastreá-la, como a caixa-preta de um avião. Beatriz vira a antena para lá e para cá, com o ouvido colado ao rádio, mas não escuta nada. Nenhum sinal da Soneca.

A pesquisadora torce para que tudo não passe de uma falha técnica, mas não descarta a possibilidade de Soneca ter sido assassinada. Na semana que o sinal desapareceu, emergiu das comunidades locais um boato de que palmiteiros haviam matado "uma onça com colar" na região. "Uma coincidência forte demais para ser ignorada", pondera Beatriz.

A caça e a extração ilegal de palmito são problemas crônicos na Mata Atlântica, até nas unidades de conservação do Estado. Se Soneca teve o azar de cruzar caminhos com um palmiteiro armado, é bem possível que tenha levado um tiro. Especialmente no Penap, que passados três anos da sua criação não possui nem uma placa sinalizando sua existência, muito menos guardas. "É um parque de papel", lamenta Martensen.

Apesar do silêncio do rádio, a viagem não foi em vão. Se por um lado não encontramos sinal do colar, também não havia sinais de trilhas clandestinas ou extração ilegal de palmito na área onde Soneca desapareceu, o que diminui a probabilidade de ela ter sido morta por palmiteiros naquele ponto da selva.

A hipótese de mau funcionamento do GPS não pode ser descartada, mas se Soneca estivesse viva Beatriz acredita que ela já teria passado por alguma das armadilhas fotográficas que ela mantém espalhadas pela região. A não ser que ela tenha se deslocado para alguma outra área distante.

Distância não seria problema. Se tem uma coisa que os cientistas sabem sobre essa onça é que ela gostava de andar, e muito. Nos quatro meses em que o colar funcionou, Soneca circulou por uma área de mais de 700 quilômetros quadrados, atravessando cinco áreas protegidas: os Parques Estaduais Carlos Botelho, Intervales e Nascentes do Paranapanema; a Estação Ecológica de Xituê e a reserva particular Fazenda Nova Trieste.

Ao todo, o colar registrou e enviou mais de 1,2 mil pontos de localização, quase todos eles bem no interior da mata. Raramente Soneca se aproximava das bordas da floresta, como se quisesse manter distância do homem - o que, aparentemente, não evitou que ela fosse morta.

Importância

As implicações desse monitoramento para as políticas de conservação da Mata Atlântica são imensas. Já faz tempo que os cientistas propõem que as onças-pintadas circulam por grandes áreas de floresta, maiores do que qualquer unidade de conservação que resta no bioma, e por isso é preciso planejar a gestão dessas áreas de maneira integrada; mas faltavam dados brutos para demonstrar isso. Graças às andanças de Soneca, não faltam mais.

"Os dados da Soneca cumprem um papel que, institucionalmente, a gente nunca conseguiu cumprir, que é fazer com que esse mosaico todo se integre", diz o gestor do Parque Estadual Carlos Botelho, José Luiz Camargo Maia. "Ela está fazendo muita gente acordar."

"Temos de explorar bem essas informações para saber o que pode estar levando esse animal a usar uma área tão grande", afirma Ronaldo Morato, chefe do Cenap-ICMBio e especialista em felinos.

Uma razão, segundo Morato, poderia ser a falta de alimento, causada pelo esgotamento da fauna da Mata Atlântica, obrigando a onça a caminhar longas distâncias para encontrar uma boa refeição, ou um parceiro para acasalar. Pesquisadores estimam que haja não mais do que 20 onças-pintadas circulando por toda a Serra de Paranapiacaba. "É uma população pequena demais para ser viável", avalia Beatriz. A espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção na Mata Atlântica. Na Serra do Mar, já praticamente desapareceu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A instalação do Mirabilândia Parque na Mata do Ronca, às margens da BR-101 Norte, localizada no município do Paulista, foi tema de discussão em audiência pública na manhã desta sexta-feira (25). O encontro reuniu autoridades da gestão municipal, do Governo do Estado e da Secretaria de Meio ambiente do município. 

O parque deverá ocupar uma área privada de 129,6 hectares com parte da sua extensão localizada em espaço de Mata Atlântica, dos quais serão utilizados para a construção da área de lazer 27 hectares. Por conta disso, a audiência faz parte do processo para apresentação dos impactos ambientais que a obra trará. Este é um dos passos para a avaliação do projeto e posterior aprovação para assim dar início as obras. 

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O projeto foi realizado em 18 meses, iniciado a partir do momento que foi tomado conhecimento da necessidade de mudança de espaço. Uma consultoria especializada foi contratada e contou com a opinião da população.  

O novo Mirabilândia Parque custará R$ 50 milhões e criará 500 empregos diretos. Segundo os proprietários do empreendimento, a intenção é que área de construção seja totalmente sustentável. A ideia é que 78% do espaço sejam destinadas à preservação e que haja replantio das árvores que forem retiradas e colocadas em outro local do parque. 

De acordo com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Secretaria de Meio Ambiente do Paulista, as expectativas para o parque são as melhores, mas os órgãos defendem que os reflexos negativos trazidos pelo empreendimento devem ser suavizados. A perspectiva é de que o Mirabilândia receba três mil visitantes por dia e que sejam instalados brinquedos tradicionais de grandes centros de diversão, além de trilhas guiadas pela Mata Atlântica. Também estão previstas atividades como arborismo e tirolesa.

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Dia 27 de maio é o Dia Nacional da Mata Atlântica, quando se tenta chamar a atenção da sociedade para a importância deste bioma na vida dos brasileiros. Com intuito de recuperar os danos causados por anos de descontrole ambiental e manter sadias as áreas que ainda restam de floresta, foi criado o Pacto pela Recuperação da Mata Atlântica. O Portal LeiaJá entrevistou o coordenador desta iniciativa.

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Confira os detalhes no vídeo a seguir:

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O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) e o Jardim Botânico do Recife vão firmar um acordo na próxima quinta-feira (8) de preservação de espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco. Os órgãos vão receber exemplares das plantas que estão sendo coletadas nas áreas a serem inundadas para a construção das barragens do Sistema de Contenção de Enchentes e Prevenção aos Efeitos da Seca do Estado de Pernambuco.

Durante o evento, será aberta uma exposição com as plantas típicas das Mata Atlântica, recolhidas nas áreas onde serão construídas as barragens Serro Azul, em Palmares, na Mata Sul; Gatos, em Lagoa dos Gatos, no Agreste; e Panelas II, em Cupira, também no Agreste.  O material é coletado durante expedições e passa por identificação no Laboratório de Ecologia e Biodiversidade do Itep. As sementes serão utilizadas para a produção de mudas em viveiro para posteriormente reflorestarem áreas próximas às barragens.

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O acordo será assinado entre a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, e o presidente do Itep, Frederico Montenegro.  As próximas expedições para coleta de plantas ocorrerão em Barra de Guabiraba, no Agreste, onde será instalada a Barragem Barra de Guabiraba; e Igarapeba, em São Benedito do Sul, na Mata Sul, no local da construção da Barragem Igarapeba. 

O desmatamento da Mata Atlântica aumentou 9% no Brasil em 2012 e 2013, em comparação com os dois anos anteriores, de acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um levantamento, divulgado ontem (17), fornece um ranking de desmatamento com os dados mais recentes sobre a situação em todos os 3.429 municípios com o bioma. O município de Manoel Emídio, no Piauí, lidera o ranking, com 3.134 hectares devastados. Dos dez municípios que mais destruíram a Mata Atlântica no período, cinco estão em Minas - Estado que liderou o ranking por cinco anos consecutivos, de acordo com o estudo.

Segundo Marcia Hirota, diretora da SOS Mata Atlântica, além do ranking de desmatamento, o relatório "Atlas dos Municípios da Mata Atlântica" traz também informações sobre os municípios que mais perderam floresta nativa nos últimos 13 anos e revela lugares mais conservados. "O objetivo é levar informação às autoridades locais, às prefeituras, ao Ministério Público e ao cidadão, que pode contribuir denunciando o desmatamento", disse. Ela ressalta que os municípios da Mata Atlântica se distribuem por 17 Estados e concentram 145 milhões de habitantes.

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De acordo com o relatório, os municípios paulistas que mais desmataram foram Ribeirão Pires (21 hectares), Apiaí (20 hectares) e Suzano (18 hectares). Os mais conservados são Ubatuba, Ilhabela - ambos com 86% da área de vegetação natural preservada - e São Sebastião, com 85%. Entre os principais desmatadores, o segundo lugar também ficou com o Piauí: a cidade de Alvorada do Gurguéia desmatou 2.491 hectares.

Além dos dois municípios com mais desmatamento no País - Manoel Emídio e Alvorada do Gurguéia -, o Piauí tem também os dois municípios mais conservados, Tamboril e Guaribas, com 96% da vegetação original. Em terceiro e quarto lugares no ranking dos que mais desmataram estão os municípios mineiros de Águas Vermelhas e Ponto dos Volantes, com 843 e 720 hectares de floresta suprimida, respectivamente em 2012 e 2013. Mas Minas Gerais também tem os dois municípios mais conservados do Sudeste, Santana de Pirapama e Buenópolis, ambos com 88% da vegetação natural intacta.

No período entre 2000 e 2013, as cidades mineiras de Jequitinhonha, com 8.685 hectares de vegetação suprimida, e Águas Vermelhas, com 6.231 hectares, foram as campeãs nacionais de devastação da Mata Atlântica. Os dados para o estudo foram obtidos a partir de imagens geradas pelo sensor OLI, do satélite Landsat 8, com o monitoramento de remanescentes florestais em áreas maiores do que três hectares. O Atlas da Mata Atlântica monitora o bioma há 28 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação SOS Mata Atlântica lançou nesta segunda-feira (10) um edital para projetos de restauração florestal da Mata Atlântica na área do Sistema Cantareira. A ideia é investir R$ 2 milhões em propostas que colaborem para conservar e proteger os recursos hídricos em até 12 municípios da região. O edital prevê a doação de até 1 milhão de mudas nativas do bioma e tem prazo de inscrição até 15 de janeiro.

"O objetivo é propor um modelo para outros projetos de restauração que possam ajudar a recuperar o Sistema Cantareira, pressionado pela crise hídrica", disse o coordenador de restauração florestal da organização, Rafael Fernandes. Segundo ele, poderão inscrever-se pessoas físicas ou jurídicas, proprietários de terras e organizações ambientalistas.

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"Calculamos que as mudas poderão ser suficientes para cobrir até 400 hectares de matas, dependendo da metodologia que for usada para cada projeto", disse. Segundo ele, o foco é o plantio em Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal - partes de propriedades rurais cobertas por vegetação natural que podem ser exploradas com o manejo florestal sustentável, de acordo com a legislação.

Segundo Fernandes, serão aceitos projetos para áreas entre 15 e 30 hectares. "Vamos analisar os projetos e avaliar os locais quanto à relevância de recursos hídricos, fauna e flora, além da proximidade dos reservatórios", disse. De acordo com ele, as áreas contempladas serão monitoradas anualmente, por três anos, para avaliação de indicadores ecológicos.

Financiamento

O edital faz parte do programa Clickarvore, que promove restauração florestal desde 2010, com financiamento do Bradesco Cartões e Bradesco Seguros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A equipe de fiscalização florestal da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) apresentou, nesta sexta-feira (24), uma operação realizada no Engenho Veneza, no município de Xexéu, Mata Sul de Pernambuco, para atender a uma denúncia de furto de madeiras em mata da localidade. A fiscalização, ocorrida na última terça-feira (21), resultou também no resgate de pássaros silvestres criados em cativeiro.

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No local indicado pelas investigações, a CPRH encontrou 12 sacos de carvão prontos para o transporte e toras de madeiras espalhadas, significando um desmatamento de aproximadamente 10 mil metros quadrados de Mata Atlântica. Não foi encontrado responsável no local apesar da abordagem surpresa.

A operação no engenho resgatou ainda 44 pássaros silvestres, entre canário da terra, papa capim, chorão, xexéu da mata, sabiá laranjeira, guritiã e sanhaçú. Do total, 16 foram devolvidos à natureza por estarem em condições de soltura. Os demais foram entregues à Unidade de Gestão de Fauna da CPRH.

Ainda na operação, a CPRH visitou uma serraria  que, segundo denúncias, recebia e beneficiava a madeira ilegal da mata do Engenho Veneza. No estabelecimento, foram encontradas 15 unidades de madeira em formato de linha e quatro toras das espécies Camaçari, Cupiúba e Amarelo. Ainda foram identificados quatro metros cúbicos de madeira serrada e a ausência de licença ambiental para o funcionamento.  

O proprietário da serraria não estava no local, mas foi identificado e intimado a comparecer à CPRH. O infrator pode ser punido com o pagamento de R$ 300 de multa por metro cúbico de madeira serrada e por unidade de tora apreendida, além da multa por falta de licença ambiental. O estabelecimento foi lacrado e a madeira e o maquinário apreendidos.

Nesta quinta-feira (28), representantes de diversos municípios pernambucanos se reúnem para a assinatura dos compromissos de realização dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PRMA). O debate será realizado na Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco, às 9h.

De acordo com o diretor executivo da entidade, Ravi Rocha, o momento será para refletir sobre a importância dos Planos, mas, sobretudo, sobre a necessidade de se cumprir a legislação em vigor. “Precisamos chamar a atenção para que cada vez mais municípios no Estado e fora dele tenham a coragem de proteger essas áreas que são profundamente devastadas”, disse. A iniciativa visa dar o primeiro passo garantir o cumprimento da Lei nº 11.428, também conhecida como Lei da Mata Atlântica.

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Os planos municipais de recuperação e conservação da Mata Atlântica são obrigatórios por lei, mas nem todas as cidades fazem valer da determinação. Com a assinatura do documento, o município de Lagoa dos Gatos passa a ser seguidor do PRMA e se compromete a seguir as recomendações técnicas das atividades e os protocolos utilizados na restauração florestal.

Com informações da assessoria 

A primeira estrada-parque oficial do Estado de São Paulo ficará pronta em abril de 2015. Por cortar área de preservação integral, foi preciso um decreto para criar a estrada.

Cerca de 50% das obras de pavimentação dos 33 quilômetros da rodovia Neguinho Fogaça (SP-139) que atravessam o Parque Estadual Carlos Botelho, entre São Miguel Arcanjo e Sete Barras, já foram executados.

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A pavimentação não usa asfalto comum: o calçamento é feito com blocos intertravados que permitem a drenagem da água. A rodovia corta área com bioma de Mata Atlântica entre os mais preservados do Brasil, declarado pela Unesco em 1998 como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.

A estrada transpõe a Serra das Macacas, maciço de floresta totalmente preservado no coração do parque, e liga o sudoeste paulista ao Vale do Ribeira. A reserva, de 36,7 mil hectares, tem a maior população de monos-carvoeiros do País e outras espécies ameaçadas de extinção, como o bugio ruivo e a onça pintada.

Para intervir na área, o governo paulista precisou de licença do Conselho Estadual do Meio Ambiente, só emitida após a edição do Decreto Estadual no. 53.146/2008 que definiu os parâmetros para implantação, gestão e operação de estradas no interior de unidades de conservação de proteção integral, como é o Carlos Botelho.

Pelas regras do decreto, nessa estrada os animais têm prioridade. Os carros irão rodar à velocidade máxima de 40km/h controlada por radares e haverá passagens subterrâneas e aéreas para os bichos. Não serão permitidos veículos de carga. A estrada terá portais com segurança para controle do acesso.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a estrada-parque vai custar R$ 52,5 milhões. O projeto foi definido por um grupo de trabalho das secretarias estaduais de Meio Ambiente e de Transportes.

O objetivo é usar a estrada em projetos de educação ambiental e de ecoturismo sustentável. Como parte do projeto, foram construídos centro de monitoria, quiosques, mirantes e áreas para observação da natureza.

Pelo segundo ano consecutivo, a taxa de desmatamento da Mata Atlântica voltou a subir no ano passado, atingindo o maior nível desde 2008. No período de 2012 a 2013, foram perdidos 23.948 hectares (ha), ou 239 km2 de remanescentes, nos 17 Estados da Mata Atlântica, um aumento de 9% em relação ao período de 2011-2012, que registrou 21.977 hectares de supressão.

É o que mostra a nova edição do Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que será lançado hoje pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O total de floresta perdida equivale a 150 Parques do Ibirapuera. Na comparação com o período anterior, foram dois parques a mais desmatados de 2012 para 2013.

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Não é pouco considerando que, se somados todos os trechos com mais de 3 ha, restam de Mata Atlântica somente 12,5% dos 1,3 milhão de km2 originais. Se forem contados somente os grandes remanescentes, com mais de 100 ha, sobram 8,5% de Mata Atlântica. Tudo o que já foi perdido equivale à área de 12 cidades de São Paulo.

Desde o início dos anos 2000, porém, a taxa de devastação vinha despencando ano a ano. Em parte porque em muitos Estados, como São Paulo e Rio, restou pouco a ser retirado, em parte porque aumentou a fiscalização e também por consequência da Lei da Mata Atlântica, de 2006, que aumentou a proteção sobre o bioma.

Mas, nos últimos três anos, os índices começaram a subir. No período de 2011 a 2012 já havia ocorrido um aumento de 29% em relação ao período de 2010 e 2011. "Depois da redução drástica, a gente até achou que não teria mais aumento. Não é o que está acontecendo e estamos preocupados", comenta Márcia Hirota, diretora executiva da SOS Mata Atlântica.

Líderes.

A atenção se volta agora principalmente para Estados que lideram perdas: Minas Gerais, Piauí, Bahia e Paraná (mais informações no quadro ao lado). Juntos, eles respondem por 91,75% do que foi desmatado. Minas é o campeão pelo quinto ano consecutivo, com 8.437 hectares, apesar de ter apresentado uma redução de 22% entre 2012 e 2013, na comparação com o período anterior.

De acordo com Márcia, essa redução se deve a uma moratória que foi firmada no Estado logo depois que o Atlas do ano passado foi lançado e que impediu a concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa do bioma. "Mesmo assim, continuaram os cortes ilegais, principalmente para a conversão em carvão para siderúrgicas", diz.

Soja.

Outro Estado que chamou a atenção é o Piauí, que teve um aumento de 150% de desmatamento entre 2012 e 2013. O corte atingiu 6.633 ha, contra 2.658 ha entre 2011 e 2012. "Temos percebido uma pressão da soja que está chegando ao sudoeste do Estado, onde é fronteira do Cerrado com Mata Atlântica", explica Márcia. "Em um só local vimos uma supressão de mais de 5 mil hectares. Não temos visto cortes desse tamanho. Foi uma surpresa." A pesquisadora afirma que os dados serão enviados para o Ministério Público e para o governo do Piauí. "Vamos pedir uma moratória, da mesma forma que fizemos com Minas."

Nesta segunda-feira (07), uma serralharia foi interditada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) no bairro São Francisco, em Caruaru, por comercializar toras de Mata Atlântica. De acordo com o CPRH, a equipe da Agência chegou ao local após denúncia anônima, sobre comércio ilegal e, além da madeira apreendeu todo o maquinário utilizado no local.

O proprietário da serralharia foi autuado por crime ambiental e multado em R$ 300 por tora encontrada. Não foi informada a quantidade de madeira encontrada. Todo o material foi encaminhado para o Recife. O estabelecimento permanecerá lacrado até o dono regularizar a situação no CPRH.

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A Polícia Ambiental apreendeu 2,5 toneladas de palmito extraído ilegalmente da Mata Atlântica, nesta segunda-feira (24), em Piedade, região de Sorocaba (SP). O produto, acondicionado em vidros e pronto para o consumo, havia sido retirado da palmeira juçara, espécie fundamental para o ecossistema dessa floresta, mas em processo de extinção. Para obter essa quantidade de palmito, foi necessária a derrubada de pelo menos três mil palmeiras, segundo a Polícia Ambiental.

Os policiais acreditam que os palmiteiros invadiram unidades de conservação com essa floresta, como os parques estaduais do Vale do Ribeira, para ter acesso a um número significativo de palmeiras. Fora das reservas a palmeira já é rara. O caminhão que transportava a carga de palmitos - 2,4 mil vidros do produto embalado - foi abordado no km 121 da rodovia Santos Dumont (SP-79), entre Piedade e Votorantim, após uma denúncia anônima. O motorista, que se negou a informar a origem da carga, foi levado à Delegacia de Polícia e autuado por crime ambiental. Ele vai responder ao processo em liberdade.

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Em janeiro, a Polícia Ambiental já havia apreendido 250 quilos de palmito embalado em Tapiraí, na mesma região. A palmeira juçara, que leva de sete a dez anos para frutificar, está no topo da cadeia alimentar de uma vasta fauna da Mata Atlântica que se torna ameaçada com a redução na população de plantas. Além da extração do palmito ser crime ambiental, seu preparo de forma clandestina acarreta o risco de doenças, como o botulismo.

Nesta segunda-feira (3), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) divulgou através de um edital, uma verba de R$ 2,2 milhões para a preservação do meio ambiente. O objetivo do convênio é preservar a Mata Atlântica e a Caatinga, monitorar as jovens plantas nativas e restaurar a parte desmatada.

Também está incluso no edital,a regularização fundiária de imóveis já existentes no Refúgio da Vida Silvestre (RVS) e Matas do Sistema Gurjaú para áreas identificadas como importante para o bioma da Caatinga de Pernambuco.

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Com informações da assessoria 

Está sendo realizada nesta terça-feira (19),  na Câmara Municipal do Cabo, Grande Recife, uma audiência pública que discute a preservação e manutenção do Parque Armando Holanda Cavalcanti. O local, que possui 279 hectares, uma vila tombada pela Fundarpe e área de Mata Atlântica, é moradia de diversas pessoas, que construíram casas e barracos dentro da área.

Há mais de sete anos, um termo de ajustamento de conduta foi assinado pela Prefeitura do Cabo, Complexo Portuário de Suape, FUNCEF, CONDEPE-FIDEM, FUNDARPE, CPRH e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para garantir ações de conservação, manutenção e restauração do local, que é alvo de degradação e crescimento desordenado de moradias irregulares.

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Segundo o vereador Abel Neto, responsável pela solicitação desta audiência, existe uma preocupação com a preservação ambiental e cultural da área, que já foi muito diferente do estado atual. “Solicitei esta audiência pública com as entidades envolvidas para que possamos cobrar com urgência alguma atitude. O parque está sendo devastado e isto é inaceitável”, frisou.

Ele também falou sobre a preocupação com as pessoas que vivem no local, principalmente nos períodos de chuva na região, que podem complicar ainda mais a situação. “Além do cuidado com o parque, precisamos pensar em soluções alternativas para estas pessoas, como conjuntos habitacionais”, disse.

Com informações da assessoria

Incrustado no alto de um morro em Itacaré (BA), entre coqueirais e espécies nativas da Mata Atlântica, o luxuoso Warapuru Resort foi tomado por uma fauna peculiar. Pela grandiosa recepção, voam passarinhos. Entre as paredes revestidas de mármore, do chão ao teto, com vista para a Praia da Engenhoca, vivem pequenos roedores, escondidos em um emaranhado de fios e materiais de construção. De frente para o mar, o maquinário enferrujado parece a postos - como se os operários tivessem saído apressados, mas com clara intenção de retornar.

Os 40 bangalôs, "escondidos" entre a mata nativa para garantir máxima privacidade aos hóspedes, estão lotados de teias de aranha e folhas mortas apodrecendo nos espelhos d’água. Perdidas no meio da floresta, essas grandes construções de ardósia, madeira e vidro, em diferentes estágios de finalização, são hoje cenário de beleza e desolação.

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Planejado para ser o primeiro 6 estrelas do País, o Warapuru Resort está abandonado há cinco anos. Estima-se que mais de R$ 180 milhões foram gastos nas instalações: recepção, beach club, 40 bangalôs, além de 17 casas particulares e uma cinematográfica estrada sobre a copa das árvores. Todo esse patrimônio se deteriora, inacabado, enquanto aguarda o desfecho de uma intrincada trama envolvendo falta de dinheiro, problemas judiciais, falência da incorporadora e desentendimento entre credores.

O português João Vaz Guedes, cuja família fundou a construtora Somague, responsável por obras de infraestrutura em Portugal, idealizou o Warapuru. Descrito como "visionário" e "megalomaníaco", Vaz Guedes encomendou o projeto ao escritório londrino de arquitetura e design Anouska Hempel - responsável por hotéis boutique em Londres e Amsterdã.

"Quando me pediu para assumir esse projeto, João me levou até o local e disse: Fique aí por um momento, Anouska, e me diga o que fazer", contou Anouska Hempel em entrevista ao Estado, de Londres. De sua inspiração, nasceu uma "cidadela" de mármore no meio da floresta, "influenciada pelas culturas maia e egípcia". "É um trabalho de grandeza minimalista em um lugar, muito, muito poderoso", entusiasma-se.

No Brasil, o escritório de arquitetura Bernardes+Jacobsen, foi contratado em 2003 junto com o escritório da arquiteta Cassia Cavani, que cuidou do desenvolvimento. Segundo Cassia, tudo - da disposição dos bangalôs e casas às estradas - foi pensado para interferir o mínimo possível na vegetação local.

Ela lembra de ter tido divergências técnicas com o escritório londrino e discussões acaloradas com Vaz Guedes. Ainda assim, espera ver o hotel pronto. "Apesar dos problemas que tivemos, é um trabalho especial. Se alguém, algum dia precisar da minha colaboração serei a primeira a ajudar."

Um dos pontos mais criticados por pessoas próximas a Vaz Guedes, que não quiseram se identificar, é justamente a contratação do escritório de Anouska Hempel. Ao ouvir "o canto da sereia", de uma design celebridade sem conhecimento arquitetônico e pródiga em gastar dinheiro, o empresário português teria começado a selar o destino da empreitada.

Outro passo em falso teria sido a contratação do executivo de origem suíça Bernard Mercier como CEO. Mercier não deixou boas recordações em Itacaré. É lembrado como uma pessoa "arrogante", "intratável" e "incompetente" - para ficar nos adjetivos mais leves.

A extravagância tropical, no entanto, foi um sucesso de público e crítica. Assim que o projeto foi lançado, em 2004, com abertura prevista para 2007, a revista do The New York Times descreveu o Warapuru como "o refúgio mais exclusivo do Brasil" e a prestigiada revista Wallpaper o chamou de "esconderijo ao estilo James Bond".

Já as 17 vilas, de diferentes dimensões e a partir de US$ 1.2 milhão, foram todas vendidas logo após o lançamento. A maioria dos compradores, formada por empresários estrangeiros e ricaços oriundos do mercado financeiro, ainda não sabe quando poderá passar férias por lá.

Lançado com pompa e estardalhaço, o Warapuru Resort hoje amarga um duro anonimato e futuro incerto. Fora do sul da Bahia, pouco se ouve falar no empreendimento.

Crise acelerada

Os problemas do Warapuru Resort começaram quando um decreto estadual liberou a obra como sendo de "interesse público". "Utilidade pública são casos muito específicos, ditados ora pela lei da Mata Atlântica, de 2006, ora pelo código florestal. Não como aconteceu nesse caso", diz a promotora Aline Salvador, da Regional Ambiental de Ilhéus do Ministério Público da Bahia.Com o decreto em mãos, estranhamente calcado em artigos da Constituição que preveem desapropriação para reforma agrária, a obra deslanchou no início de 2004.

Mas, novamente, a busca por uma "facilidade" se mostraria um grande erro. Por estar em área de preservação ambiental, era necessário um Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). A lei exige o EIA-Rima para empreendimentos com ou mais de 50 hectares. Os responsáveis julgaram escapar da exigência ao registrar o empreendimento com 49,9 hectares.

Segundo a promotora, os subterfúgios para evitar o estudo foram tão escandalosos que acabaram motivando a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, que culminou com o embargo pelo Ibama, levantado, em março de 2007, pelo ministro Gilmar Mendes, do STF. O ministro acatou um pedido da Procuradoria-Geral da Bahia, sob o argumento de que a interrupção da obra causaria desemprego e reduziria em 35% toda a receita tributária do município.

Pouco depois, a obra foi retomada, mas com um grande ônus financeiro, até parar definitivamente em meados de 2008 por falta de dinheiro.

Tentativas de acordo

O investidor americano Mark Bakar, da Makai Ventures, não tem dúvida de que, se for concluído, o Warapuru estará entre os maiores projetos hoteleiros do mundo. "Não há nada comparado no Brasil, mas há grande risco de não conseguirmos ressuscitá-lo", disse ao Estado, de San Francisco, Califórnia.

Bakar é especialista em recuperar projetos imobiliários em dificuldades. Ex-acionista da luxuosa rede Aman Resorts, grupo hoteleiro presente em 15 países, a primeira vez que ele ouviu falar do Warapuru foi em 2004, quando passava férias em Búzios.

Em 2007, João Vaz Guedes foi procurá-lo nos Estados Unidos em busca de investidores. Desde então, ao lado do empresário mineiro Gustavo Ribeiro, ele tenta encontrar saídas.

Há dois anos, com a falência, as tratativas ficaram ainda mais complexas. Em maio de 2011, a Caciel Indústria e Comércio, fornecedora de serviços de marcenaria, pediu a falência da incorporadora Harmattan, de Vaz Guedes, por uma dívida de R$ 1,09 milhão. A falência foi decretada.

Entre os credores, o Banco Fibra, de Ricardo Steinbruch, detêm 50% do crédito da massa falida. Os outros dois maiores credores são a Funchal Ltda. e o fundo de investimentos Itacaré Capital. Após mais de cinco anos de negociações, eles fizeram uma proposta de compra com a condicionante de iniciar os pagamentos assim que a renovação da licença ambiental fosse concedida. O Itacaré Capital não aceitou a proposta.

Segundo Ribeiro, um orçamento indicou que seriam necessários outros R$ 100 milhões para terminar o hotel. Ele, porém, acredita que o valor possa diminuir com uma readequação da planta a uma visão mais modesta. O empresário João Vaz Guedes foi procurado, mas não retornou o pedido de entrevista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O edital de incentivo as prefeituras na realização de planos para a conservação e recuperação da Mata Atlântica, vai ser divulgado nesta quarta-feira (24) em um evento promovido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). 

O “Apoio à Elaboração de Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica” foi publicado no Diário Oficial, no último dia 17. A iniciativa conta com recursos na ordem de R$ 320 mil oriundos do Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA), e deve beneficiar projetos de manejo e reflorestamento. O encontro acontece a partir das 9 horas, no auditório da Agência CONDERPE/FIDEM. 

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A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), promoverá nesta quarta-feira (24), um evento onde será divulgado o edital que incentivará as prefeituras a realizarem planos de conservação e recuperação da Mata Atlântica. Apresentação acontecerá às 9h, no auditório da Agência CONDERPE/FIDEM, localizado na Rua das Ninfas, nº 65, Bairro da Boa Vista, centro.

O edital “Apoio à Elaboração de Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica”, com recursos da ordem de R$ 320 mil oriundos do Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA), irá beneficiar projetos de manejo e reflorestamento. O sócio fundador do SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, irá compartilhar experiências de planos de conservação da Mata Atlântica em todo o país com os representantes das prefeituras e de entidades relacionadas ao tema.

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Segundo o secretário executivo da Semas, Helvio Polito, a ação é pioneira no Estado. “Agora, além de divulgar o edital junto às prefeituras envolvidas, o evento no auditório do Condepe é uma forma de convidar a academia e a sociedade civil para participar do processo”, afirma o secretário.

Serviço

Data: 24 de julho de 2013

Horário: 9h

Local: Auditório da Agência CONDERPE/FIDEM – Rua das Ninfas, nº 65, Bairro da Boa Vista, Recife

As cidades pernambucanas vão receber incentivo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas) com o intuito de recuperar a Mata Atlântica. Nesta sexta-feira (28) será apresentada proposta de dois editais em reunião com o Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CONSEMA/PE).  

Segundo o órgão, o primeiro projeto é voltado para a elaboração de planos municipais com o foco na Mata Atlântica e o segundo com propósito em publicações impressas que tratem do tema de preservação do meio ambiente.  O Plano de Aplicação dos Recursos de Compensação Ambiental, atualmente com orçamento de R$ 205 milhões, prevê a criação de Unidades de Conservação, especialmente na Caatinga, e fomento a economia verde.  

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Também haverá a posse dos novos conselheiros e mais informações sobre a criação da Unidade de Conservação da Serra do Cachorro. Os recursos estão em torno de R$ 300 mil, mais R$ 150 mil são para o incentivo às publicações impressas, ambos oriundos do Fundo Estadual do Meio Ambiente. 

O prefeito da cidade de Paulista, Junior Matuto (PSB) assinou um decreto nesta terça (11) que visa estabelecer a criação da primeira floresta urbana do município. A Mata do Frio, como é conhecida, é um pequeno trecho da Mata Atlântica.

Esta ação vai garantir ao poder executivo mais autonomia para combater o desmatamento e degradação ambiental na área. A nova Secretaria Municipal de Meio Ambiente passa a fiscalizar de forma mais rigorosa os crimes ambientais cometidos na área.

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Por enquanto a nova gestão vai focar o trabalho em ações preventivas, verificar os prejuízos causados ao meio ambiente e quais medidas poderão ser tomadas para reverter a situação.

Por fim é esperado um grande parque nessa área. Para isso a prefeitura estuda a possibilidade de desapropriação do trecho, beneficiando mais de 80 mil pessoas. A negociação com o dono do terreno está em andamento e o proprietário reconhece a necessidade da preservação.

O município de Paulista possui cinco áreas de preservação em função da legislação estadual, são elas: Mata de Jaguarana e Mata do Janga, Estação ecológica de caetés, Área de proteção Ambiental Aldeia - Beberibe e Estuarina do Rio Timbó.

Policiais rodoviários flagraram na manhã desta quarta-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, uma fábrica clandestina de palmito responsável pela derrubada de 2 mil palmeiras da espécie juçara, típica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção, no município de Tapiraí, região de Sorocaba.

A fábrica improvisada funcionava na beira de uma trilha aberta a partir do km 160 da rodovia SP-79, que liga Tapiraí a Juquiá. A região, coberta pela floresta, na Serra de Paranapiacaba, é Área de Proteção Ambiental. No local ainda havia uma carga de palmito equivalente ao corte de 350 palmeiras.

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Os policiais verificaram que o palmito era conservado em formol, substância tóxica, considerada cancerígena. Os cortadores de palmito estavam embrenhados na mata, mas os policiais prenderam José Agnaldo Chagas Júnior, que trabalhava no preparo do produto. Ele contou que o grupo trabalhava havia uma semana no corte e no cozimento do palmito. Parte da produção já havia sido distribuída nas cidades de Miracatu e Juquitiba. O produto e o material usado no preparo foram apreendidos. O suspeito foi levado à Delegacia de Polícia de Tapiraí e indiciado por crime ambiental.

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