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Uma professora de 42 anos, de nome não revelado, ficou ferida após uma bomba ser arremessada na Escola Estadual José Teotônio de Castro, localizada na cidade de Lagoa da Prata, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. O caso, que aconteceu na última quinta-feira (19), está sendo apurado pela Polícia Civil do estado.

Dois adolescentes foram identificados como suspeitos pela explosão, segundo as investigações. No entanto, apenas um deles foi encaminhado para a delegacia para prestar depoimento.

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A educadora, que foi atingida por estilhaços de vidros de uma janela de uma das salas da escola, teve escoriações no corpo, porém não precisou ser hospitalizada. Ao perceber os ferimentos na professora, a direção da escola acionou imediatamente a Polícia Militar. 

A Secretaria de Educação ainda esclareceu que "é falso um áudio que circulou na cidade com o objetivo de causar temor na população" após o ocorrido. O caso está sob investigação das autoridades de segurança competentes, e a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Divinópolis está acompanhando a situação. 

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na manhã desta segunda-feira (16), uma mulher, de 27 anos, suspeita de se passar por homem para ter relações sexuais com outras mulheres. De acordo com as investigações, a acusada fingia se chamar Rafael em perfis nas redes sociais e usava fotos de um político do estado do Espírito Santo para atrair as suas vítimas. 

Segundo a delegada Larissa Mascotte, da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual, a suspeita iniciava o relacionamento afetivo com mulheres através do ambiente virtual, no entanto, os crimes eram praticados em encontros presenciais.

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“Após ludibriar as vítimas que se interessavam pelo perfil, a suspeita marcava encontros presenciais e então cometia as violações sexuais. As vítimas eram induzidas a acreditar que tal personagem existia devido aos vários detalhes engendrados com cuidado pela suspeita”, explicou.

Ao G1, a delegada informou que o "falso" homem conversava com as vítimas por cerca de dois a três meses antes de cometer os abusos. Na conversa, a mulher dizia que era médico, herdeiro de uma rede de hotéis, pai de duas filhas e recém-divorciado.

"A autora não deixava as vítimas acenderem as luzes do quarto, falava que estava com dor de cabeça, enxaqueca, depressão, que tinha vergonha do corpo. As vítimas, por já estarem naquele relacionamento durante meses, acabavam cedendo a essa desculpa, concordando em manter as luzes apagadas, e tinham contatos sexuais com a autora, que usava uma cinta com um pênis de borracha", detalhou.

A suspeita, que não teve o nome revelado, foi indiciada pelo crime de violação sexual mediante fraude. Na ação da Polícia Civil, ainda foram apreendidos celulares, dispositivos eletrônicos e cinco materiais eróticos utilizados nos encontros. Todos os objetos serão submetidos a exames periciais.

As investigações prosseguem para a conclusão dos inquéritos. Entretanto, pelos levantamentos da Polícia Civil, os crimes vêm sendo praticados há pelo menos quatro anos e há suspeita que a acusada tenha vítimas em outros estados.

 

Termina nesta sexta-feira (13) a primeira semana de pré-inspeção do código-fonte das urnas eletrônicas. Desde segunda-feira (9), 13 especialistas em informática do Distrito Federal e de seis estados – Bahía, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo – estão reunidos na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para analisar o código para as eleições municipais de 2024.

Na primeira etapa, será possível analisar, entre outros parâmetros, o conjunto de comandos existentes na urna desenvolvido pela equipe de Tecnologia da Informação da Corte eleitoral. Na próxima semana, de 16 a 20 de outubro, outros 21 pré-inscritos farão a inspeção em Brasília.

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Segundo o TSE, até o momento 85 especialistas em informática tiveram a pré-inscrição aprovada. Desse total, 29 optaram por atuar sozinhos e outros 56 estão divididos em 15 grupos. Os participantes individuais e os representantes de cada equipe poderão agendar, com no mínimo 48 horas de antecedência, a visita ao TSE, em Brasília, para a análise do código-fonte.

O resultado da inspeção pelos pré-inscritos subsidiará os planos de testes apresentados à Comissão Reguladora do evento, que poderá opinar pela aprovação ou não dos documentos.

Teste da urna

O Teste da Urna é uma das etapas mais importantes de auditoria do sistema eletrônico de votação. Neste ano, a iniciativa ocorre de 27 de novembro a 1º de dezembro. Ela é realizada desde 2009 e tem como público-alvo especialistas interessados em colaborar com a Justiça Eleitoral no aprimoramento da urna e dos sistemas eleitorais.

O objetivo é fortalecer a democracia, a confiabilidade, a transparência e a segurança dos processos de captação e apuração dos votos, além de propiciar o aperfeiçoamento constante do processo eleitoral.

Antes da inspeção, o código-fonte é assinado digitalmente para garantir que a integridade da programação verificada pelos participantes até a conclusão do Teste da Urna, em dezembro. A assinatura digital é um mecanismo de criptografia usado para autenticar documentos eletrônicos para proteger os dados e identificar a autoridade responsável pela informação.

Sala de vidro

A análise do código-fonte das urnas ocorre em computadores instalados em uma sala de vidro localizada no subsolo do Tribunal. Para ingressar na área, os participantes deverão assinar um termo de compromisso que será publicado no site oficial do Teste Público de Segurança (TPS) da Urna 2023. A análise é feita por meio de uma ferramenta de visualização oferecida pelo TSE.

Na semana do Teste da Urna, investigadoras e investigadores também terão oportunidade de avaliar o código-fonte a qualquer momento, uma vez que o conjunto de comandos permanecerá aberto para verificação em equipamentos montados no mesmo ambiente em que ocorre o evento.

No início do mês, o TSE abriu o código-fonte das urnas e dos sistemas eleitorais para verificação de entidades fiscalizadoras. Na cerimônia de abertura do Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2024, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou o caráter aberto e transparente do processo eleitoral.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão de estornos de passagens e pacotes adquiridos por meio do cartão de crédito para consumidores da 123milhas. A decisão ocorreu na terça-feira (10) tem caráter temporário e imediato e foi tomada pela juíza da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, Cláudia Helena Batista, que cuida do processo de recuperação judicial das empresas ligadas ao grupo.

A suspensão vale para pedidos feitos por falhas nas prestação de serviços antes da recuperação judicial. Os valores eventualmente bloqueados terão de ser liberados para a companhia.

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A juíza afirmou que a prática do estorno, conhecida como chargeback, "revela-se indevida, pois vulneraria o princípio da paridade entre os credores".

Recuperação judicial

Em agosto, a Justiça de Minas Gerais aceitou o pedido de recuperação judicial da 123 Milhas, mas ele foi suspenso provisoriamente, após o Banco do Brasil entrar com um recurso.

O banco alegou que a empresa não apresentou todos os documentos exigidos para viabilizar o processamento da recuperação judicial.

Também em setembro, a Justiça estendeu a recuperação judicial da 123milhas a Maxmilhas e a Lance Hotéis, outras empresas do grupo econômico. Juntas, as empresas devem mais de R$ 2,5 bilhões a credores.

O empresário Argino Bedin, conhecido em Mato Grosso como Pai da Soja, não respondeu aos questionamentos de parlamentares durante sessão da Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito sobre os atos golpista de 8 de janeiro.

O empresário do agronegócio foi à CPMI, nesta terça-feira (3), protegido por um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que deu a ele o direito de não responder a perguntas que poderiam incriminá-lo.  

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Bedin foi convocado por estar na lista de suspeitos de financiarem os atos golpistas, que tiveram início após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2022, quando grupos bloquearam rodovias e acamparam em frente a quartéis de todo o país, pedindo um golpe militar no Brasil.

“Argino Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes”, informa o requerimento do deputado Carlos Vera (PT/PE) aprovado na CPMI.   

A relatora da Comissão senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou na sessão que os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviados à CPMI apontaram que, logo após o resultado da eleição, foram enviados à Brasília 272 caminhões, sendo 72 vindos da cidade de Sorriso (MT), onde ficam as fazendas do empresário. Desses, 16 caminhões eram de propriedade de Bedin ou de membros da sua família.  

Eliziane também citou uma série de atos violentos em Sorriso ou próximo à cidade no entorno das fazendas de propriedade de Benin, todas localizadas na BR-163.  

“No dia 5 de novembro, a Abin faz um alerta de que 180 caminhões originados da cidade de Sorriso já estavam se direcionando para Brasília. No dia 19 de novembro, houve tentativa de explosão da BR-174 em Comodoro, em Mato Grosso, com a intenção de danificar a rodovia, destruindo um duto que passa sob o trecho. Ainda nesse mesmo mês, no dia 19, em Lucas do Rio Verde, cidade vizinha de Sorriso, um grupo atacou a base de uma concessionária e ateou fogo com gasolina”, relatou Eliziane.  

A relatora ainda destacou que a Associação dos Produtores de Soja e milho de Mato Grosso do Sul (Aprasoja) está entre os grupos ligados ao chamado Movimento Brasil Verde e Amarelo, que convocou manifestações contra as eleições no Brasil. “Eu teria aqui, na verdade, várias perguntas a fazer porque o Movimento Verde Amarelo recebeu dinheiro, e não foi pouco dinheiro. Ou seja, todas essas manifestações que ocorreram eram subsidiadas”, completou.  

Oposição questiona  

Representantes da oposição saíram em defesa do empresário. O deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) disse que o Bedin deve ser celebrado por ter “construído um império do agronegócio”. “O senhor está sendo tratado como se fosse responsável por esses vândalos que depredaram o patrimônio público”, afirmou.  

Já o deputado Filipe Barros (PL-SC) prestou solidariedade ao empresário acusado de financiar os atos golpistas. “O empresário exemplar para o nosso país, como Argino Bedin, eventualmente ajuda mais uma dessas manifestações. Só que nessa manifestação deu no que deu no dia 8. Ele pode ser responsabilizado por isso? Óbvio que não”, argumentou. 

 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado cumpriram nesta quinta-feira, 28, ordens de busca e apreensão e de quebra de sigilo de dados na cidade de Pirapora, município a 340 quilômetros de Belo Horizonte, contra suspeitos de ameaçar de morte e estupro as deputadas estaduais Lohanna França (PV), Bella Gonçalves (PSOL) e Beatriz Cerqueira (PT). Nos imóveis, foram apreendidos celulares, computadores, HDs, pen drives e anotações, além de munições e equipamentos para fabricação de armas caseiras. Um suspeito foi conduzido à delegacia.

Batizada de Operação Di@na, a investigação teve início após as parlamentares receberem ameaças nos e-mails funcionais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em uma das mensagens enviadas para Lohanna, o autor afirma que a parlamentar "promove a degeneração e a irresponsabilidade feminina" e passa a apontar o que faria com a parlamentar. Ele diz que tem o endereço dela e de seus parentes e que iria estuprá-la e depois matá-la.

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"A operação é muito importante, mas ocorre 36 dias depois da nossa denúncia se tornar pública. Estamos vivendo sob escolta policial e nossa família sendo monitorada. Sei que é uma questão de privilégio ter acesso a este tipo de proteção, mas se tornou necessário. Precisamos que os responsáveis sejam pegos porque há um organismo de ódio da extrema direita articulado", diz a deputada Lohanna França.

Após o relato das ameaças, o MP de Minas e os policiais passaram a monitorar grupos em redes sociais e aplicativos de mensagem para localizar os suspeitos. As autoridades identificaram a exposição indevida de dados sigilosos de diversas autoridades, incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia, postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e muito conteúdo de abuso e a exploração sexual infantil.

"No bojo dos trabalhos da força-tarefa instituída pela Portaria Conjunta ALMG MPMG PCMG PMMG n.º 1, de 14 de setembro de 2023, foram monitorados diversos fóruns e grupos na internet, de onde se originaram as ameaças. Nos imóveis, foram apreendidos celulares, computadores, HDs, pen drives e anotações, além de munições e equipamentos para fabricação de armas caseiras. O investigado foi conduzido à delegacia e prestou depoimento durante cinco horas. O processo se encontra sob sigilo judicial e terá continuidade com a análise dos dados obtidos para identificação dos demais envolvidos nos crimes", diz o MPMG.

A deputada Bella Gonçalves, que também recebeu ameaças em seu e-mail funcional, diz que espera que os grupos de ódio associados a crimes sejam desmontados e que os autores sejam identificados.

"Nós esperamos que essa apreensão possa indicar quem são de fato os autores das ameaças e que seja um recado claro de que a violência política não será tolerada. Quando nós, parlamentares que ocupamos espaços de visibilidade e poder, somos ameaçadas e não temos respostas, todas as mulheres são colocadas em situação de vulnerabilidade. Esperamos que o recado de que a violência política de gênero não será tolerada chegue para todos, que os grupos de ódio associados a crimes sejam desmontados e que os autores sejam identificados para que possamos voltar a exercer nossos mandatos com tranquilidade", diz a deputada.

O nome da operação, Di@na, deflagrada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), faz referência à deusa Diana da mitologia, que é a Deusa da caça e protetora das mulheres e crianças. O @ faz referência aos crimes cibernéticos investigados.

Um carro em alta velocidade por pouco não atropelou Laura Ferreira e o filho Kauã, de seis anos, em Uberlândia, em Minas Gerais, no fim da tarde da terça (26). Câmeras flagraram o momento em que o carro sobe a calçada e passa muito perto dos dois.

Laura havia buscado o filho na escola e atravessou a rua com o filho no colo por volta das 17h30, quando o veículo invadiu a calçada.

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“Hora que eu coloquei ele no chão, eu ouvi um barulho do carro vindo, cantando pneu, em alta velocidade. Eu não consegui nem olhar para trás. A reação que eu tive foi aquela de puxar meu filho [...] se ele estivesse andando acho que não daria tempo”, disse ao g1.

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A mãe também relatou que Kauã ficou traumatizado após o susto e que redobrou a atenção para manter a rotina. “Eu e ele estamos andando na rua e ele fica olhando para todos os lados”, continuou.

O motorista teria fugido do local, mas, horas depois, foi à casa de Laura para se desculpar. “Ele alegou que tinha uma moto e um carro que o fecharam e ele jogou para a calçada. Eu acredito que tenha perdido o controle”, explicou.

O PT de Minas Gerais está em crise. Governante da maior cidade administra pela sigla no Estado, a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), critica a postura da bancada de deputados estaduais do partido e cobra "proatividade" para aprovar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa de renegociação de dívidas estaduais com o governo federal que é defendido pelo governador Romeu Zema (Novo) como única saída para equilibrar as contas públicas mineiras.

O posicionamento da bancada leva a prefeita a cogitar até mesmo rejeitar uma eventual candidatura a governadora em 2026 caso o nome dela seja colocado como alternativa. "Zema fala que Minas está saneada. Não está. Está falida. E o PT fala que Minas tem dinheiro. Como eu enfrento um processo [eleitoral] nesse cenário?", disse ela ao Estadão, acrescentando que vai decidir no final do ano se será candidata a reeleição em Contagem.

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Presidente do PT em Minas Gerais, o deputado estadual Cristiano Silveira (PT) rebate Marília, diz que ela não acompanha o trabalho da bancada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e que a "bola" agora está com o governo federal, que prometeu encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei complementar alterando as regras do RRF. O Ministério da Fazenda foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem se há previsão para apresentação do projeto.

Vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) tomou partido de Marília Campos. Em entrevista ao jornal Estado de Minas, ele disse que a bancada estadual se opõe ao RRF sem apresentar solução e que erra ao não dialogar com a sociedade sobre o assunto. Nas redes sociais, no entanto, ele procurou apaziguar a situação.

"Nossa bancada do PT e oposição na Assembleia exerceu uma resistência heroica contra a proposta de RRF do governo Zema. Agora, devemos debater em outras bases, com preservação da Cemig, Copasa e outras estatais como públicas, realização de concursos públicos e pagamento em dia dos funcionários e repasses aos municípios", escreveu no X (antigo Twitter).

Atualmente, a dívida de Minas Gerais com a União é de R$ 156,2 bilhões, mas não é paga desde 2018 por causa de decisões liminares do Supremo Tribunal Federal (STF). A corte deu até dezembro para que o Estado consiga aprovação na ALMG e entre no Regime de Recuperação Fiscal. Nas contas de Marília Campos, uma vez no RRF, o governo estadual pagaria entre R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão por ano. Fora do programa, o valor subiria para entre R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões, o que poderia trazer de volta dificuldades vividas durante o governo de Fernando Pimentel (PT), quando houve atrasos nos repasses constitucionais de impostos arrecadados aos municípios.

A prefeita de Contagem afirma que é favorável ao novo Regime de Recuperação Fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deixa de exigir que os Estados façam privatizações e limitem gastos com servidores, adotando o congelamento salarial. As mudanças, no entanto, ainda não foram enviadas para análise no Congresso.

"A bancada não está sendo proativa", disse Marília ao Estadão. A prefeita defende que é necessário pressionar governo federal, deputados federais e senadores a aprovarem as mudanças. "Temos que aproveitar que temos um governo federal que já defende novas diretrizes e fazer essa modificação para Minas Gerais se beneficiar. A oposição pela oposição prejudica Minas Gerais", acrescentou.

Ao lado de João Doria, Romeu Zema afirmou que apoio a Bolsonaro em 2022 se deu muito mais contra o PT do que por concordar com o ex-presidente

Zema diz que apoio a Bolsonaro foi contra o PT e não por concordar com ex-presidente

Racha partidário foi exposto diante de Gleisi Hoffmann

As divergências internas no PT foram expostas pela primeira vez publicamente no início de setembro durante visita da presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, a Minas Gerais. Em um evento que serviu justamente para lançar Marília Campos como pré-candidata a prefeita de Contagem, o marido dela, o economista José Prata Araújo, defendeu abertamente a adesão ao RRF, o que desagradou os deputados petistas presentes.

Cristiano Silveira afirma que as mudanças sinalizadas por Haddad são consequência da movimentação dos deputados estaduais que se reuniram com o ministro da Fazenda e com o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, no início do ano para pedir as alterações.

"A prefeita Marília está trabalhando muito e não deve estar sobrando tempo para acompanhar os debates que estão sendo feitos na Assembleia. O que ela elogia foram mudanças provocadas pelo movimento que nós fizemos junto ao governo federal", disse o presidente do PT mineiro, acrescentando que é preciso aguardar que as mudanças propostas pelo governo federal virem lei. "Se a Assembleia topar aderir ao Regime de Recuperação Fiscal em vigência hoje, como muitos querem, isso significa sacrificar servidores e privatizar empresas. Aí não tem jeito", continuou o petista.

O deputado estadual ainda criticou o fato do debate sobre o assunto ser realizado pela imprensa em vez de internamente. "É muito ruim", disse.

O Banco do Brasil entrou com recurso que levou à suspensão da recuperação judicial (RJ) da 123 milhas na Justiça de Minas Gerais. No agravo, o banco alega que a empresa não apresentou a totalidade dos documentos exigidos para viabilizar o processamento da RJ. Além disso, a lista de credores não foi apresentada juntamente com a petição inicial. O BB pede ainda a destituição de administradores judiciais da 123 milhas, por suposta incapacitação técnica para a realização do trabalho.

O pedido de suspensão da RJ foi aceito pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Alexandre Victor de Carvalho. No entanto, a destituição dos administradores judiciais não foi avaliada. "Como está suspenso provisoriamente o processamento da recuperação judicial e também, por consequência lógica, a designação dos administradores judiciais, tal pleito não será examinado neste momento, mas sim quando sobrevier o resultado da constatação prévia, caso positivo em relação a plausibilidade da recuperação judicial", escreveu Carvalho em sua decisão.

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A advogada da Luchesi Advogados Camila Crespi, especialista em reestruturação empresarial, diz que, na decisão do TJMG, foi pontuado que os documentos indispensáveis à RJ serão analisados em fase de perícia prévia que já foi determinada anteriormente pelo mesmo tribunal.

De todo modo, o desembargador pontua que, "considerando que o ativo declarado de uma das empresas gira em torno de R$ 27 milhões, enquanto o passivo declarado é de aproximadamente R$1,6 bilhão, afigura-se necessária a manutenção do período de blindagem (stay period), sejam das ações ordinárias ou execução dos eventuais credores da recuperação judicial."

A Polícia Militar de Minas Gerais vai investigar um caso ocorrido no município de Leopoldina, na madrugada do último sábado (9), durante a Feira da Paz, em que duas mulheres são agredidas a golpes de cassetetes por policiais. Por meio de nota, a PM afirmou que houve "focos de 'brigas generalizadas'". 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma mulher começa a discutir com um policial, enquanto é cercada por outros três. É possível ouvir um deles dizer “respeite a polícia”, e disferindo um golpe contra ela. Outra mulher se aproxima gritando “não faz isso” e também é agredida. 

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Em nota, a PM informou que "será realizada apuração (...) no intuito de analisar a legalidade da atuação policial diante dos confrontos ocorridos". A Feira da Paz é um evento tradicional na cidade, que reúne a população para shows e outras atrações, no parque de exposições. 

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Leia a nota da PM na íntegra: 

“No dia 09/09/2023, por volta das 2 horas, durante a saída do evento "Feira da Paz", no município de Leopoldina/MG, ocorreram diversos focos de 'brigas generalizadas"', havendo acionamento da Polícia Militar para intervenção. Neste interim, está sendo divulgado, nas redes sociais, um vídeo em que houve a necessidade do uso da força pela Polícia Militar. Devido ao ocorrido, será realizada apuração, através dos registros institucionais, vídeos e relatos recebidos pela Polícia Militar, no intuito de analisar a legalidade da atuação policial diante dos confrontos ocorridos nesta data. Desde já a Polícia Militar de Minas Gerais se coloca à disposição para esclarecimentos, se mantendo atenta à proteção da vida e na manutenção da ordem pública no município de Leopoldina/MG.” 

O carro de um homem de 37 anos foi incendiado pela esposa dele, de 53, após ele ir para o bar depois de uma briga. O momento em que a mulher ateia fogo no veículo foi captado por câmeras de vigilância, em Presidente Olegário, em Minas Gerais, no domingo (3). 

As imagens mostram quando a mulher, abre a porta do carro, se abaixa e coloca fogo no veículo. Ela vai embora e outra mulher, que mora em frente ao local onde o carro está estacionado, sai de casa e aparece filmando o incêndio. A Polícia Militar foi acionada e verificou que o crime foi motivado depois do casal discutir quando o marido disse que ia para um bar.

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A esposa não foi localizada pela PM e a Polícia Civil informou que ela será ouvida em um momento oportuno. 

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A Justiça de Minas Gerais aceitou nesta quinta-feira, 31, o pedido de recuperação judicial da 123milhas. A decisão, assinada pela juíza Cláudia Helena Batista, suspende todas as ações e execuções contra a agência digital de viagens por 180 dias. A companhia entrou com o pedido na terça-feira com dívida acumulada de cerca de R$ 2,3 bilhões.

Em um cálculo inicial e aproximado, a relação de credores ultrapassa 700 mil pessoas físicas, segundo a análise da juíza da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. A decisão determina que o plano de recuperação contenha medida de reparação para esses consumidores.

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"Em se tratando de pedido de recuperação judicial de empresas cujo objeto principal é a atuação no mercado consumerista que goza de especial proteção legal de caráter público, o plano a ser apresentado ao juízo deve conter medidas de reparação ao universo dos credores consumeristas pelos danos causados em todo território nacional", diz a juíza Cláudia Helena Batista, na decisão.

A determinação estipula prazo de 15 dias para que credores enviem aos administradores judiciais divergências nas dívidas apresentadas pela 123milhas. A magistrada ainda indicou que os credores que queiram entrar com mediação devem enviar a decisão para a 1ª Vice Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG) por meio do e-mail: gavip1@tjmg.jus.br.

A juíza responsável nomeou dois administradores judiciais no processo: Paoli Balbino & Barros Sociedade de Advogados e Brizolar e Japur. Os representantes têm o prazo de 48 horas para aceitar a indicação.

O Tribunal fixou honorários em 4% da dívida de R$ 2,3 bilhões. Com isso, cada um receberá R$ 46 milhões. Eles têm 48 horas para aceitar a nomeação.

A juíza ainda pediu para a empresa enviar a documentação faltante, como a relação de empregados, bens de administradores, extratos bancários e demais dados pessoais, que serão inseridos em caráter sigiloso no processo.

Além da 123milhas, também assinam como requerentes da recuperação judicial a Nouvem, holding que detém 100% do controle da companhia, assim como a Art Viagens. A empresa é uma das principais fornecedoras da 123milhas e figura como garantidora em uma série de contratos e obrigações, ocupando, inclusive, a posição de devedora solidária.

Cientistas brasileiros descobriram uma nova espécie de sapo no Parque Estadual da Serra Negra, em Itamarandiba, em Minas Gerais. Chamada de Crossodactylodes serranegra, a espécie foi encontrada no topo de uma montanha da Serra do Espinhaço e, acredita-se, que viva apenas naquela região, conhecida pela riqueza de sua biodiversidade.

O trabalho, publicado em junho na revisa Herpetologica, foi feito por pesquisadores do Instituto de Biociências da Unesp Rio Claro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade de Kent, no Reino Unido, e do Instituto Biotrópicos. A descoberta é importante para o conhecimento da biodiversidade brasileira e também para embasar eventuais ações de conservação.

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"Ao conhecermos melhor a real biodiversidade, através do conhecimento do maior número possível de espécies, podemos investir de forma mais eficiente em programas de conservação das espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção", explicou o pesquisador Celio Haddad, da Unesp, um dos autores do estudo. "No caso dos anfíbios, é muito comum que possuam substâncias bioativas em glândulas presentes na pele. Essas substâncias têm se mostrado úteis no desenvolvimento de medicamentos. Quanto mais espécies conhecermos, maior as chances de encontrarmos novas substâncias na pele dos anfíbios com potencial farmacológico."

O pequeno sapo tem o corpo de coloração marrom claro e os dedos alaranjados. Ele foi encontrado em um trecho da floresta com características que já se sabiam favoráveis à existência de espécies do gênero Crossodactylodes, com árvores baixas, arbustos, musgos, líquens e alta densidade de bromélias, além de estar localizado a mais de mil metros de altitude. Uma nova espécie de sapo já havia sido descoberta por lá anteriormente, em 2013, o Crossodactylodes itambe.

Desde 2019, foram descobertos nada menos que 50 novas espécies de sapo, acrescentados à Lista de Anfíbios do Brasil, publicada pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH).

"A velocidade de descrições de novas espécies vem crescendo por vários fatores", disse Haddad. "Os principais são o aumento no número de pesquisadores dedicados ao estudo da diversidade de anfíbios brasileiros e o avanço tecnológico que permitiu maior velocidade e precisão na identificação das espécies novas."

A pesquisa que resultou na descoberta do novo anfíbio teve início em 2017, quando a bióloga Izabela Barata, da Universidade de Kent, fazia pesquisa de campo no Parque Estadual da Serra Negra. Durante o trabalho, ela encontrou dois exemplares do sapo de dedos alaranjados e relatou a descoberta a Santos, que suspeitou que pudesse ser uma nova espécie.

A descoberta, porém, não pode ser atribuída ao acaso. A bióloga trabalha com o desenvolvimento de modelagem preditiva e usou a ferramenta para identificar os locais onde a ocorrência de espécies de Crossodactylodes poderia ser mais provável.

Em uma nova etapa do trabalho de campo, em 2018, pesquisadores coletaram novos indivíduos para a realização de análises mais detalhadas. A análise genética e morfológica do material confirmou tratar-se de uma nova espécie.

"A coloração alaranjada dos dedos e a presença de fendas vocais e odontofóros vomerianos, que são estruturas presentes da boca do animal, são algumas características que diferenciam a espécie", explicou Marcus Thadeu Teixeira Santos, principal autor do estudo, em entrevista ao Jornal da Unesp.

Um líder religioso de 73 anos, de identidade não revelada, é acusado de ter abusado sexualmente de duas mulheres e duas adolescentes na cidade de Santos Dumont, na Zona da Mata de Minas Gerais. O indiciamento aconteceu nesta última quarta-feira (23).

Segundo as investigações, o idoso aproveitou a condição de liderança religiosa para tocar no corpo das vítimas durante sessões espirituais. O suspeito informou a Polícia Civil que não cometeu os crimes.

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Com base nas provas recolhidas durante a apuração do caso, a instituição indiciou o líder religioso com base no artigo 215 do Código Penal: "Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima."

 

O governador Romeu Zema (Novo) irá conceder o título de cidadão mineiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na próxima segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A cerimônia está marcada para ocorrer três dias antes da ida do ex-chefe do Executivo à Polícia Federal para prestar depoimento sobre a participação em conversas golpistas de empresários alinhados ao governo e o caso das joias recebidas durante viagens oficiais.

A honraria foi concedida a Bolsonaro em 2019 por meio de um requerimento do deputado estadual Coronel Sandro (PL), mas a cerimônia da solenidade não havia sido marcada até esta semana. Como justificativa, o parlamentar usa o fato de o ex-presidente afirmar que "renasceu" em Minas Gerais em 2018, após o episódio do atentado a faca durante campanha eleitoral.

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"O presidente Bolsonaro mesmo diz que renasceu aqui, em Minas Gerais. Nada mais justo do que torná-lo oficialmente cidadão mineiro. Meu pedido de concessão do título de cidadania a Bolsonaro é de 2019 e foi concedido pelo governador Romeu Zema, que já confirmou presença nessa mais que merecida homenagem", afirmou Sandro em uma rede social.

A cerimônia ocorre em momento delicado para o ex-chefe do Executivo. Desde que deixou a Presidência, Bolsonaro virou alvo - direta ou indiretamente - em cinco investigações diferentes da Polícia Federal (PF), teve o celular apreendido no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação e os sigilos fiscal e bancário quebrados no bojo da operação envolvendo as joias recebidas durante viagens oficiais. Nesse período, o ex-presidente também viu aliados próximos serem presos.

Em 2022, durante a eleição, Bolsonaro recebeu apoio de Zema no segundo turno. O então presidente e candidato à reeleição conseguiu reduzir a diferença de votos para Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao primeiro turno, mas perdeu a disputa por uma diferença de apenas 49 mil votos no Estado. Minas é o segundo maior colégio eleitoral do País.

Sete torcedores do Corinthians morreram em um acidente de trânsito envolvendo um ônibus na madrugada deste domingo (20). O veículo transportava torcedores do clube, que retornavam de uma viagem para Belo Horizonte, onde foram acompanhar a partida entre Corinthians e Cruzeiro, na noite de sábado (19) no Mineirão.

O capotamento ocorreu entre as cidades mineiras de Brumadinho e Igarapé - na região metropolitana de Belo Horizonte. Dezenas de passageiros receberam atendimentos em centros de saúde de Minas Gerais. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que oito pessoas tinham morrido. A informação foi corrigida e o número de vítimas fatais caiu para sete.

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De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a viagem era irregular, uma vez que o ônibus não tinha registro, nem autorização da agência responsável pela fiscalização do setor.

Veja abaixo o que se sabe sobre o acidente até agora.

Quantos passageiros o ônibus levava?

Segundo um comunicado da concessionária responsável pela via, a Arteris, o ônibus transportava 43 pessoas. Corinthians e Cruzeiro se enfrentarem na noite de sábado, 19, no Mineirão. Segundo o clube, o veículo trazia de volta para São Paulo torcedores das cidades de Taubaté, São José dos Campos, Jacareí, Pindamonhangaba e Caçapava. Eles tinham alugado um ônibus para ir até Belo Horizonte apoiar o time.

Qual o estado de saúde dos sobreviventes?

Até agora, entre as 43 pessoas do ônibus, 9 recusaram atendimento médico e 27 foram conduzidas por unidades de resgate do Corpo de Bombeiros, Arteris e da Polícia Militar.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, também informaram que as vítimas foram encaminhadas ao Hospital Regional de Betim, à Unidade de Pronto Atendimento de Oliveira, e o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Duas vítimas foram para o Hospital Municipal de Contagem, mas foram transferidas para Betim.

A prefeitura de Betim informou que 17 vítimas foram encaminhadas para o Hospital Público Regional. Dessas, cinco receberam alta e uma, que apresentava quadro leve, optou por deixar a unidade. Um dos pacientes está em estado grave e os demais apresentam quadro estável.

Outras sete vítimas foram encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. Entre elas, seis já receberam alta. Uma foi transferida no início desta tarde ao Hospital Regional para a realização de exames complementares. O quadro de saúde dela permanece estável.

A outra vítima que havia sido encaminhada à UPA Teresópolis também foi transferida, nesta tarde, para o Hospital Regional para passar por exames complementares. O quadro de saúde desse paciente também segue estável. As informações detalhadas sobre o estado de saúde dos pacientes estão sendo repassadas diretamente aos familiares, informou a Prefeitura.

Como ocorreu o capotamento do ônibus com corintianos?

O ônibus teria adentrado uma curva, colidiu com o talude (inclinação na superfície lateral para promover a estabilidade do terreno) e, na sequência, tombou.

Relatos publicados nas redes sociais dão conta de que o ônibus perdeu o freio momentos antes do acidente. Segundo os depoimentos, ao perceber a ausência do freio, o motorista desviar de um outro veículo - um caminhão ou um ônibus, os relatos divergem - e acabou direcionando o ônibus para uma ribanceira.

Onde foi o acidente?

O ônibus se acidentou na Rodovia Fernão Dias (BR-381), na altura do km 525,4, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. O veículo voltava de Belo Horizonte, onde o Corinthians enfrentou o Cruzeiro na noite de sábado, 19.

O trecho da Fernão Dias onde aconteceu o acidente é considerado de risco pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Cerca de 74 acidentes ocorrem por ano entre os kms 520 e 530 da rodovia, de acordo com dados da base pública da PRF, tabulados pelo Estadão. A reportagem observou a evolução de acidentes no trecho entre 2020 e 2023. No caso deste ano, a tabela apresenta informações até final de julho.

Segundo o levantamento, nesse período de quase quatro anos, 334 veículos, com 527 pessoas, estiveram envolvidos em acidentes entre os kms 520 e 530. Desse total, 18 evoluíram a óbito e 264 ficaram feridos. (COLABORARAM DANIEL HAIDAR, LEON FERRARI E ROBERTA JANSEN)

Torcedores do Corinthians que estavam no ônibus que capotou em Minas Gerais, deixando sete mortos, relatam um clima de pânico e desespero entre os passageiros durante o acidente. A tragédia ocorreu por volta das 2h50 da madrugada de domingo, na Rodovia Fernão Dias. Pelo menos 36 pessoas ficaram feridas.

"Estava quase todo mundo dormindo, mas algumas pessoas perceberam que o motorista estava correndo demais e os meninos da frente pediram para ele dar uma segurada", contou uma sobrevivente do acidente, que preferiu não se identificar, cujo relato foi publicado em redes sociais. "O motorista falou que tinha perdido o freio. Nesse momento foi um desespero, comecei a gritar para todo mundo acordar. Só deu tempo de gritar e o ônibus já capotou."

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O pai de um torcedor que sobreviveu ao acidente também deixou o seu relato emocionado em um áudio compartilhado entre amigos e parentes: "O motorista começou a gritar dentro do ônibus porque não tinha mais freio. Então eles desceram pela Fernão Dias, no declive, durante uns quarenta segundos sem freio, o ônibus ganhando velocidade. Desculpa o grupo ai, estou um pouco emocionado. Só quem tem filho sabe. As famílias, uma hora dessas, estão desesperadas por causa dos filhos que perderam. O motorista gritou que ia bater num caminhão, se segura, se segura todo mundo. Ai ele desviou do caminhão e jogou no barranco. O barranco do outro lado era maior, não tinha sobrado ninguém. Ele foi um herói. Só passando para vocês a realidade porque a reportagem já está botando a culpa no motorista. Mas ele foi um herói, salvou muita gente, inclusive o meu filho".

Um outro passageiro relatou o mesmo momento, mas informou que o veículo que vinha na direção contrária seria um outro ônibus, não um caminhão: "Muita gente começou a gritar de desespero e o motorista tentou fazer alguma coisa. Só que veio um outro ônibus de frente e então ele jogou para a ribanceira. Foi ai que capotamos umas quatro vezes".

Logo após o capotamento, uma torcedora relata que os passageiros começaram a tentar sair pela janela e ajudaram a puxar outros torcedores. Mas muitos ficaram presos nas ferragens.

"A gente foi saindo pela janela, por onde dava, e puxando uns aos outros para todo mundo sair. Eu consegui sair sozinha e puxei mais uns três torcedores", lembrou.

Em entrevista ao site G1, um torcedor que ficou ferido afirmou: "É uma tragédia. Estamos todos perdidos, ainda não conseguimos assimilar. Estou com outros seis torcedores recebendo atendimento médico na UPA, mas não sei como os demais estão. Dos que estão comigo, três precisaram ser internados".

Nas redes sociais, Cassiano Anelli, um outro torcedor que estava no ônibus e sobreviveu ao acidente, contou que "nasceu de novo": "Dia 20/08/23 é o dia que nasci de novo. A todos que estão enviando mensagem, estou bem. Agora, nos resta rezar pelos irmãos que estão em situação complicada", escreveu o torcedor. Ele chegou a publicar uma foto no ônibus, na tarde de sábado, ainda antes do jogo entre Corinthians e Cruzeiro. Além de Cassiano, não se sabe como estão os torcedores que aparecem na foto.

Cerca de 74 acidentes ocorrem por ano entre os kms 520 e 530 da Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Minas Gerais, local onde um ônibus que transportava torcedores do Corinthians tombou e deixou sete mortos neste domingo (20). O trecho é considerado de risco pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os dados são da base pública da PRF, disponível no site do órgão, e foram tabulados pelo Estadão. A reportagem observou a evolução de acidentes no trecho entre 2020 e 2023. No caso deste ano, a tabela apresenta informações até final de julho.

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Segundo o levantamento, nesse período de quase quatro anos, 334 veículos, com 527 pessoas, estiveram envolvidos em acidentes entre os kms 520 e 530. Desse total, 18 evoluíram a óbito e 264 ficaram feridos. O número de mortos sobe para 25, caso somados os sete mortos no acidente deste domingo.

Em 2023, 39 sinistros já foram registrados neste trecho. Em 2022, o número foi de 67. Em 2021 e 2020, respectivamente, foram 77 e 79 acidentes.

Até agora, a BR-381 já ultrapassou os 1,8 mil acidentes. No total, 38.409 sinistros em rodovias federais ocorreram em 2023. A Fernão Dias costuma ter anualmente aproximadamente 3 mil incidentes.

O que são trechos críticos?

Vários trechos da BR-381, inclusive aquele entre os kms 520 e 530, são considerados "críticos" pela PRF. Isso significa que estão sujeitos à velocidade com a utilização de "medidores de velocidade do tipo portátil".

A classificação é baseada em três critérios: histórico de acidentalidade; o risco de acidentalidade; e trecho com recorrente inobservância dos limites de velocidade previstos.

Passageiros relataram falta de freio antes do acidente; ônibus viajava irregularmente

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que era irregular a viagem do ônibus envolvido em um acidente com sete mortos na madrugada deste domingo, 20.

Segundo o comunicado da ANTT, o ônibus não tinha nem registro nem autorização da agência responsável pela fiscalização do setor. De acordo com um técnico da agência entrevistado pelo Estadão, o veículo precisaria de autorização para prestar esse tipo de serviço e ainda deveria ter obtido uma licença específica para a viagem.

Relatos de sobreviventes apontam ainda que o veículo teria perdido o freio antes do acidente. Os passageiros relataram ter notado uma velocidade acima da habitual e foram alertados pelo motorista do problema técnico do ônibus. Instantes depois, o acidente aconteceu. Ao menos dez pessoas ficaram presas entre as ferragens. Até a tarde deste domingo, o número oficial apontava sete óbitos. Feridos foram encaminhados para hospitais da região. (COLABORARAM DANIEL HAIDAR E ROBERTA JANSEN)

Em Governador Valadares, no estado de Minas Gerais, um homem de 20 anos, de identidade ainda revelada, foi preso por cometer importunação sexual contra sua vizinha na última quinta-feira (10). Segundo o boletim de ocorrência, a mulher de 29 anos contou que estava em casa quando percebeu o vizinho se masturbando e olhando para ela por cima do muro de sua residência, localizada no distrito de Vila Nova Floresta.

A vítima ainda disse à Polícia que não é a primeira vez que o suspeito cometeu importunação sexual contra ela. O suspeito disse à vítima que caso ela o denunciasse à Polícia, ele o mataria. Assim que os policiais chegaram ao local, o homem negou que se masturbava para a vítima, mas foi preso em flagrante pelos crimes de importunação sexual e ameaça. Ele foi encaminhado à delegacia de Governador Valadares.

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Mais de 24 horas após ter escalado um poste de transmissão de energia para fugir da Polícia Militar em Itabira, no interior de Minas Gerais, o homem de 38 anos que estava fugindo da Polícia Militar desceu do local. As negociações chegaram ao fim às 17h15 deste sábado, 5.

Após descer do local, o homem comeu uma vasilha de arroz doce, tomou água e então concordou em se entregar à Polícia Militar.

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Ele foi encaminhado à uma unidade de saúde e depois será conduzido à delegacia de Itabira.

A ocorrência foi registrada às 17h25 da sexta-feira, 4, pela corporação, mas o homem já estava há quase uma hora em cima do poste quando os bombeiros foram acionados pela Polícia Militar.

No início da tarde deste sábado, oficiais e militares do Corpo de Bombeiros ainda tentavam convencê-lo a descer.

"A situação permanece da mesma forma. Alguns advogados e representantes de associação de moradores estão no local, que permanece isolado e monitorado", afirmavam os bombeiros antes do desfecho.

Conforme o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o homem estaria foragido e teria sido identificado em uma operação policial. Ele subiu em cima do poste, ao fugir da polícia.

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar não foi localizada para dar mais detalhes do caso e possíveis exigências do indivíduo.

"O homem estava bastante agressivo, ameaçando quem se aproximasse dele", afirmou o Corpo de Bombeiros.

Por medidas de segurança, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) precisou desligar a rede elétrica no local. Equipes da empresa ainda atuam no local e a previsão é de que os 59 clientes afetados pela ocorrência tenham o fornecimento restabelecido ainda na noite deste sábado.

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