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Mesmo com nova alta, as vendas do varejo pernambucano ainda mostram o segundo pior resultado do Brasil. Em fevereiro deste ano, o crescimento foi de 0,5%, mas no geral, o estado está 2,5% abaixo do nível pré-pandemia. No ranking, Pernambuco está à frente apenas do Tocantins, que ocupa a pior posição, com queda de 3,7%. A informação é da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que os números já foram piores. Comparando o mês de janeiro nos anos de 2021 e 2022, a retração chegou a 7,7% este ano e teve o pior percentual entre todos os estados brasileiros, diante da alta nacional, à época, em 1,3%. A alta mais expressiva na nova pesquisa, de fevereiro, foi de 1,1%.

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No acumulado do ano, a queda também foi de 7,7%, inferior apenas ao percentual de Sergipe, cuja retração foi de 8%. O Brasil, por sua vez, teve índice próximo à estabilidade (-0,1%). Já na variação acumulada dos últimos 12 meses (março de 2021 a fevereiro de 2022), a redução foi menos expressiva, de 0,2%. O país, no entanto, continuou com números positivos (1,7%).

Retração no comércio varejista

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, a retração em Pernambuco em fevereiro, frente a janeiro, foi de 14,1%, o percentual mais baixo do país. O Brasil, por outro lado, teve aumento de 2%.

A variação de fevereiro deste ano na comparação com fevereiro de 2021 apresentou queda de 8%, também a maior entre todos os estados; no país, houve alta de 0,3%. Já no acumulado do ano, a variação do estado (2,5%) foi positiva e superior à nacional (-0,6%). No acumulado dos últimos 12 meses, Pernambuco teve a maior alta do país (17,3%), muito superior à média brasileira (4,8%).

Das 10 atividades varejistas investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio, apenas uma, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, teve alta (7,6%) em fevereiro de 2022 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os recuos mais expressivos ocorreram com os Móveis e eletrodomésticos (-29,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,2%), Material de construção (-11,7%) e Veículos, motocicletas, partes e peças (-8%).

Por outro lado, na variação acumulada do ano, foi o setor de Veículos, motocicletas, partes e peças que teve o maior avanço (29,9%), seguido de perto pelos Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (29%). Já os números mais desfavoráveis ficaram, novamente, com Móveis e eletrodomésticos (-31,9%). No acumulado dos últimos 12 meses,  Veículos, motocicletas, partes e peças ficou novamente na dianteira, ao subir 72%, e  os Móveis e eletrodomésticos tiveram os piores índices (-25,6%).

Indicadores preliminares do ritmo de atividade mostram que a economia pode ter continuado no vermelho em setembro. Isso amplia a probabilidade de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha sido negativo no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.

O fluxo de caminhões nas rodovias brasileiras que cobram pedágio, por exemplo, foi em setembro 0,2% menor que o registrado em agosto, descontadas as variações típicas do período, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). A retração de setembro ocorre depois do tombo de 2,5% no fluxo de caminhões registrado em agosto na comparação com julho.

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A expedição de papelão ondulado, usado para embalar as mercadorias, também não saiu do terreno negativo. No mês passado, os volumes vendidos caíram 2,1% em relação a agosto, de acordo com a Tendências Consultoria Integrada. A consultoria calcula os dados da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), descontando as influências sazonais. Em agosto, a queda no consumo de embalagens havia sido maior, de 3,1% sobre julho.

A produção total de veículos exibe em setembro um desempenho melhor comparado ao fluxo de caminhões nas rodovias e ao consumo de embalagens, mas ainda insuficiente para cobrir o baque que houve em agosto. Em setembro, a produção total de veículos automotores avançou apenas 0,2% na comparação com o mês anterior, depois de cair 10,8% em agosto ante julho. Os resultados descontam as variações típicas que ocorrem nesses meses.

"Esses índices dão um cheiro do que pode ter sido a produção industrial no mês passado", observa Thiago Xavier, analista da Tendências, responsável pelo acompanhamento de indicadores antecedentes.

Com base nesses resultados, ele projeta um avanço muito pequeno na indústria em setembro, de 0,3%, em relação ao mês anterior. Em agosto, a produção caiu 3,8% na comparação com julho, interrompeu cinco meses seguidos de alta e consumiu todo o avanço de 3,7% registrado entre março e julho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A forte recessão que atinge o País tornou escasso um tipo de crédito fundamental para o funcionamento das empresas: o de capital de giro, que financia a operação diária das companhias. De julho de 2015 até julho deste ano, dado mais recente disponível no Banco Central, o volume de crédito para este segmento encolheu em R$ 39 bilhões, passando de um total de R$ 384 bilhões para R$ 345 bilhões, numa sangria ainda sem sinais de estancar.

A queda de 10% no saldo das linhas de giro que utilizam recursos captados pelos próprios bancos é um claro sinal de que os empresários enfrentam dificuldades quando batem à porta das instituições financeiras. Sem dinheiro para tocar as operações, resta demitir e fechar as portas.

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O problema se intensificou desde o início da segunda gestão Dilma Rousseff, em janeiro de 2015. Com a economia em retração, os bancos também fecharam as torneiras do crédito. Eles passaram a ser mais seletivos na concessão de capital de giro, a exigir garantias reais e a cobrar taxas de juros mais elevadas. No início do ano passado, conforme o Banco Central, a taxa média de juros para capital de giro estava em 22,5% ao ano. Agora, atinge 26% ao ano.

"E quem mais sofre são as empresas de porte menor", afirma Ricardo Rocha, professor do Advance Program in Finance do Insper. "Porque as grandes sempre têm outras alternativas. Elas podem emitir debêntures (títulos de dívidas) ou outros papéis. Já as médias empresas precisam de capital de giro."

Com o capital de giro, as empresas podem tocar as operações no curto prazo, pagando fornecedores, despesas do dia a dia (luz, água, telefone) e salários. A importância dessas linhas pode ser expressa em um número: de todo o crédito que os bancos oferecem às empresas brasileiras, considerando os recursos próprios, 45% são para capital de giro. Em segundo lugar, com apenas 9% da fatia, aparece o crédito para empresas via ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), uma modalidade voltada a exportações.

O acesso às linhas de capital de giro, no entanto, está mais difícil. Rocha lembra que, nos balanços mais recentes divulgados pelos bancos, "há muita provisão para perdas e isso não é sem motivo". Com a economia em retração e a onda de falências em vários setores, as instituições querem mais garantias para liberar o dinheiro. "Cinco bancos concentram 80% do mercado. Quando um banco grande se retrai, não tem jeito", diz o professor do Insper.

"É difícil medir o que é falta de demanda por crédito em meio à crise e o que é escassez de oferta. Mas é provável que seja mais falta de oferta, porque os bancos estão restritivos", confirma Bruno Lavieri, economista da 4E Consultoria. Segundo ele, bancos públicos como o BNDES vêm reduzindo o crédito disponível e muitos clientes buscaram recursos no setor privado, a um custo mais alto.

Entraves

O empresário Ney Pasqualini, da metalúrgica Winnstal, de São José dos Campos (SP), conhece de perto essa realidade. Como vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), ele afirma que muitos pequenos e médios empresários da região estão com a corda no pescoço. "Os bancos estão dificultando a concessão de crédito. Os juros estão elevados e eles exigem garantias reais, como uma propriedade."

Outro entrave, diz Pasqualini, é que muitas empresas estão com impostos atrasados e não conseguem uma Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais (CND) - um documento da Receita Federal que atesta que os impostos estão em dia. "Sem a CND, os bancos não liberam crédito."

O resultado, afirma Pasqualini, é que "as demissões continuam". "Estou com 78 funcionários, mas já tive 90. E não tenho acesso hoje ao capital de giro. Meu giro atualmente é feito por meio do fluxo de pagamento dos clientes", lamenta.

Retração de crédito é pior que na crise global

A retração das linhas de capital de giro desde o início de 2015 chega a ser pior que a situação vista após o estouro da crise econômica global, em setembro de 2008. Isso porque, naquela época, este tipo de crédito com recursos captados pelos bancos (sem o BNDES) vinha crescendo no Brasil a taxas mensais que chegavam a 7%.

Quando o pânico se instalou nos mercados globais, no fim de 2008 e início de 2009, o saldo de operações de capital de giro chegou a congelar em alguns meses, mas não houve um movimento intenso de retração, como é percebido agora. No segundo semestre de 2009, o saldo das operações de capital de giro já crescia a taxas entre 2% e 4%. "Na metade de 2009, começou a haver melhora no crédito. Isso porque o mercado percebeu que haveria forte crescimento do PIB em 2010, o que de fato ocorreu, e a liberação de recursos melhorou", diz Ricardo Rocha, professor do Insper.

A recessão econômica que atinge o País desde o início de 2015, aliada à crise de confiança que se instalou em função do processo de impeachment de Dilma Rousseff, tornou os bancos mais seletivos. Em julho deste ano, o saldo das linhas de capital de giro caiu 1,6% ante junho. Desde dezembro de 2014, a derrocada chega a 12,1%. Na prática, o saldo atual de crédito para capital de giro, de R$ 345 bilhões, recuou quatro anos, para níveis de setembro de 2012.

Para tentar desafogar as empresas, o BNDES anunciou em 25 de agosto reforço de R$ 4 bilhões para a linha de capital de giro, com taxas de juros menores para pequenos negócios. Os recursos podem ser acessados pelas empresas tanto via BNDES quanto em outros bancos.

A medida também busca estancar a queda no crédito para capital de giro com recursos do BNDES registrada desde o início de 2015, de 24,2%. Só que o reforço está longe de resolver o problema, já que o crédito para capital de giro com recursos do BNDES está hoje na casa dos R$ 15,7 bilhões - ou seja, muito abaixo dos R$ 345 bilhões do saldo com recursos captados pelos bancos de outras fontes.

Enquanto os bancos não afrouxarem as exigências, o cenário não vai melhorar. Para Bruno Lavieri, da 4E Consultoria, não há espaço para uma melhora no segundo semestre de 2016, mas para uma "acomodação". "Esse processo de queda do crédito tem de parar em algum momento."As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As previsões das instituições privadas para a atividade doméstica trouxeram mais um pouco de melhora no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central (BC). Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, a mediana mostra uma retração menos intensa, passando -3,60% para -3,44%. Um mês atrás estava em -3,83%. Para 2017, a mediana das previsões do mercado ficou estacionada em +1,00% de um levantamento para o outro. Quatro semanas atrás, a pesquisa apontava alta de 0,50%.

Também melhorou na margem a estimativa para a produção industrial deste ano, que saiu de queda de 5,87% para recuo de 5,85% - um mês atrás, estava em -6,00%. Para 2017, no entanto, a previsão ainda continua no terreno positivo (0,67%), mas em nível inferior ao visto no levantamento passado (0,80%). Quatro semanas atrás estava em +0,90%.

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Para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2016, a mediana das previsões piorou, saindo de 43,00% para 43,25% de uma semana para outra. Um mês atrás, estava em 42,00%. No caso de 2017 no boletim Focus, as expectativas avançaram de 47,00% para 48,00%, mais distantes da projeção apontada um mês atrás, de 46,95%.

Balança comercial

As projeções para a balança comercial no Relatório de Mercado Focus continuam a melhorar, mas agora num ritmo bem mais lento do que o visto no passado. Na edição do documento divulgado pelo BC, o superávit previsto para a balança comercial de 2016 passou de US$ 50,52 bilhões para US$ 50,76 bilhões. Um mês atrás, a estimativa central da pesquisa era de um saldo positivo de US$ 49,57 bilhões. Para 2017, as estimativas, que estavam estacionadas em US$ 50,00 bilhões há 10 semanas seguidas, agora passaram para US$ 50,07 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente, a alteração das previsões para 2016 foi de um déficit de US$ 15,20 bilhões para US$ 15,00 bilhões. Um mês atrás, estava em US$ 17,20 bilhões. Já para 2017, a perspectiva do mercado financeiro é de um rombo de US$ 12,00 bilhões ante déficit de US$ 13,40 bilhões da semana passada. Quatro semanas atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 17,20 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir esse resultado deficitário nos dois anos. Mesmo assim, a mediana das previsões para esse indicador caiu de US$ 61,30 bilhões para US$ 60,00 bilhões no caso de 2016 - estava em US$ 59,28 bilhões um mês antes. Para 2017, a perspectiva de volume de entradas permaneceu em US$ 60,00 bilhões pela oitava semana consecutiva.

Com um resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre do ano um pouco pior do que o imaginado para o terceiro trimestre, o Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira (7) trouxe mais ajustes para as expectativas em torno dos dados de atividade do País. De acordo com o documento divulgado pelo Banco Central, a perspectiva de retração da atividade do ano que vem passou de 2,04% para 2,31%. Há um mês, a mediana das projeções estava em -1,90%.

Para 2015, a perspectiva de contração avançou de 3,19% para 3,50% - um mês antes estava em queda de 3,10%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano. Uma nova edição desse documento será divulgada até o Natal.

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No caso da produção industrial, a mediana das expectativas para 2015 saiu de -7,50% para -7,60% - um mês antes estava em -7,40%. Para 2016, passou de -2,30% para -2,40%. Há quatro semanas, estava em -2,00%.

Já na relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 2015, a projeção dos analistas passou por um leve ajuste, saindo de 35,50% para 35,55% - quatro edições antes estava em 35,80%. Para 2016, a taxa foi mantida em 40,00% pela segunda semana seguida - um mês antes estava em 39,60%.

Superávit comercial

O Relatório Focus revelou uma queda das estimativas dos analistas para a balança comercial de 2016. O ponto central da pesquisa passou de US$ 31,68 bilhões para US$ 31,44 bilhões - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 29 bilhões. No caso de 2015, a mediana das previsões foi mantida em US$ 15 bilhões de uma semana para outra. Quatro boletins atrás, estava em US$ 14,60 bilhões.

As previsões de déficit para a conta corrente de 2015 caíram, passando de US$ 64,70 bilhões para US$ 64,40 bilhões - um mês antes estava em US$ 65 bilhões. Para 2016, a perspectiva de saldo negativo foi mantido em US$ 39,68 bilhões - um mês antes estava em US$ 42,55 bilhões.

Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 62,80 bilhões para US$ 62,60 bilhões para 2015 pela terceira semana seguida. Um mês atrás, estava em US$ 62,30 bilhões. Para 2016, caiu de US$ 58 bilhões para US$ 57 bilhões. Quatro semanas atrás, estava em US$ 60 bilhões.

O Procon-PE divulgou, nesta quinta-feira (8), que o preço da cesta básica caiu pelo segundo mês consecutivo. Mesmo não chegando a 1%, a pequena redução pode ser sentida em todos os estabelecimentos visitados.

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), por exemplo, a queda foi de R$ 320,47 para R$ 320,06. O município de Vitória de Santo Antão foi o que registrou a maior redução: de R$ 294,53 para R$ 293,47.

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Ainda conforme o órgão, os itens que sofreram maior redução nos preços em comparação com a pesquisa do mês de agosto foram: arroz, farinha de mandioca, cebola, ovos, frango resfriado, salsicha e margarina. 

Já os valores da água sanitária, lã de aço e sabonete registraram queda. Alguns itens da cesta básica subiram de preço a exemplo do feijão, fubá, charque e a carne de segunda.

A pesquisa é realizada em 23 estabelecimentos da Região Metropolitana; 11 no Cabo de Santo Agostinho; 13 em Vitória de Santo Antão e 20 em Caruaru. A análise dos preços é feita nos 27 itens de maior participação na variação do valor médio da Cesta Básica englobando alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal.

Com informações da assessoria

A atividade econômica está em queda este ano. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), houve retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, comparado com o período anterior - de janeiro a março.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.

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Em relação ao segundo trimestre de 2014, a retração chegou a 3,09%, segundo os dados sem ajustes, já que a comparação é feita entre períodos iguais.

Em junho, o IBC-Br também registrou queda, de 0,58%, na comparação com maio (dado dessazonalizado). No primeiro semestre, houve queda de 2,58% e em 12 meses encerrados em junho, de 1,64%. De acordo com os dados sem ajuste, houve queda de 2,49% no primeiro semestre e de 1,61%, em 12 meses.

O indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação do mercado financeiro, o PIB deve ter queda de 2,01%, este ano.

As dificuldades no cenário macroeconômico brasileiro, que já vinham se desenhando nos últimos trimestres, se tornaram ainda mais evidentes nos balanços das companhias abertas brasileiras de abril a junho deste ano. As empresas vêm sofrendo principalmente com a queda da atividade no mercado interno e com os juros, o dólar e a inflação altos. Além disso, atravessaram o trimestre na expectativa de piora nas notas de crédito soberano, o que foi confirmado na semana passada pela Moody's. A agência rebaixou o rating brasileiro em um degrau, mas manteve o grau de investimento. A perspectiva que passou de negativa para estável deu um fôlego de mais ou menos seis meses, segundo analistas, para que o País encontre um caminho para organizar suas contas, mantendo por ora o selo de investment grade.

Para se adequar ao quadro do trimestre encerrado em junho, as companhias promoveram ajustes mais fortes, como redução de estoques, de custos com pessoal e investimentos. Praticamente todos as áreas têm enfrentado queda na demanda. "O que temos visto em geral é um recuo na receita operacional das companhias, em alguns setores mais, outro menos, mas sobretudo no que se refere ao mercado interno", comenta Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets.

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Um exemplo é a Petrobras, cujo volume total de derivados vendidos no mercado doméstico recuou 7,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A comercialização de diesel, principal derivado vendido pela estatal, caiu 7,6% na mesma base comparativa, enquanto a de gasolina diminuiu 13,3%.

A queda na venda de combustíveis também tem reflexos no tráfego nas estradas. O volume de veículos que passaram pelas praças de pedágio da Arteris caiu 5,1% no segundo trimestre de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, enquanto a CCR, que tem 80% das receitas ligadas a pedágio, registrou queda de 4% no tráfego do conjunto de rodovias administradas. "Além da queda no tráfego, os custos aumentaram acima da inflação e por mais que sejamos disciplinados, sempre causa impacto", explicou Marcus Macedo, do departamento de Relações com Investidores da CCR.

"O tráfego de veículos pesados, que há dois anos tinha boa performance, caiu bastante, refletindo o enfraquecimento da atividade econômica, e o de veículos leves também recuou", afirma Ricardo Kim, analista da XP Investimentos.

Outro setor que vem sentindo bastante a desaceleração econômica é o siderúrgico, por conta, inclusive, da queda na produção e nas vendas do setor automotivo. Na Usiminas, as vendas de aço para o mercado interno no segundo trimestre foram 23,1% menores do que no primeiro trimestre e 31,2% mais baixas do que o segundo trimestre de 2014.

Kim, da XP, lembra que, para enfrentar esse cenário, a siderúrgica mineira anunciou em maio o desligamento temporário de alto-fornos nas usinas de Cubatão (SP) e Ipatinga (MG), reduzindo a produção de ferro gusa em cerca de 120 mil toneladas por mês. Além disso, anunciou a redução da jornada de trabalho para as áreas administrativas em um dia útil por semana, com redução de salário proporcional, por tempo indeterminado.

Ainda para minimizar o impacto da baixa demanda interna, a Usiminas aumentou suas exportações ante o trimestre imediatamente anterior em 181,7%. Em relação ao segundo trimestre, as exportações de aço foram 92,7% maiores. Em teleconferência com analistas, o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da siderúrgica, Rômel Erwin de Souza, comentou que o cenário macroeconômico atual é adverso e "exige" uma atitude ante esse ambiente.

Com o desaquecimento do mercado interno, a Petrobras também aproveitou o trimestre para intensificar as vendas externas, porém em um momento de queda para os preços do petróleo no mercado internacional. A Vale também tem enfrentado preços do minério de ferro em patamares bastante baixos no mercado externo, mas acabou sendo beneficiada pelo dólar valorizado. Após amargar três trimestres consecutivos no vermelho, a mineradora fechou o segundo trimestre com lucro de R$ 5,14 bilhões. O câmbio também tem ajudado outras exportadoras, como as do setor de papel e celulose e frigoríficos, mas prejudicado as empresas que têm dívidas na moeda norte-americana.

A recuperação da economia brasileira deverá ser realmente lenta. As projeções feitas por bancos e consultorias já têm apontado uma retração mais forte do que o previsto para 2015 e uma recessão para o ano que vem.

Ontem, a equipe de economistas do Credit Suisse, chefiada pelo economista Nilson Teixeira, revisou sua projeção de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 1,8% para 2,4%. Também foi revista a projeção para 2016. Antes, a previsão era de um crescimento de 0,6%. No relatório de ontem, a projeção para o PIB de 2016 virou uma recessão de 0,5%.

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"Essa seria a primeira vez desde 1930-1931 que o País teria uma recessão por dois anos consecutivos", destacaram no documento os economistas do Credit Suisse. Naquela época, a economia mundial sofria os efeitos da Grande Depressão de 1929. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB, naquele período, recuou 2,1% em 1930 e 3,3% no ano seguinte.

No cenário traçado pelos outros bancos do País, o Itaú também prevê recessão para 2016 - a economia deverá encolher 0,2%. O Bradesco prevê estagnação para o ano que vem, e o Santander, um pequeno crescimento de 0,1% (ver quadro).

Forte contração. Para a equipe do Credit Suisse, a dinâmica dos principais indicadores de atividade, como o IBC-Br, por exemplo, indica que o PIB deve sofrer uma significativa contração no 2.º trimestre: "Não descartamos também uma contração no terceiro trimestre de 2015 devido à dinâmica desfavorável nos setores de agropecuária, indústria e serviços. Com isso, esperamos que o crescimento do PIB ante o trimestre anterior recue 1,9% no segundo trimestre de 2015, 0,4% no terceiro e 0,1% no quarto trimestre."

Na avaliação do Departamento Econômico do Credit Suisse, a maior queda do PIB em 2015 reduz o carrego para 2016. "A estabilidade do PIB no patamar do quarto trimestre durante todos os trimestres de 2016 implicaria em um crescimento negativo do PIB de 0,6% em 2016. Com isso, nossa previsão de uma contração de 0,5% em 2016 é compatível com uma expansão do PIB de 0,1% ao trimestre na comparação com o trimestre anterior, muito abaixo da média de 0,4% entre o primeiro trimestre de 2011 e o primeiro de 2015", afirmam os economistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um termômetro do apetite de investimentos do empresariado brasileiro, a importação de bens de capital acumulou uma retração de 7,3% até agosto, na comparação com igual período do ano passado. O boletim econômico da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) revela que foram negociados US$ 31,9 bilhões pelo segmento nos oito primeiros meses do ano, contra US$ 34,4 bilhões de janeiro a agosto de 2013.

A compra de máquinas e equipamentos importados sofre quedas consecutivas desde janeiro deste ano, no acumulado de 12 meses, chegando ao pior nível agora. O tombo até aqui foi maior que o das importações gerais do País, que recuaram 4,1% até agosto. A participação do setor na pauta geral de importações brasileira recuou para 20,7% de 21,44% nos meses de janeiro a agosto do ano passado.

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O consultor econômico da Abimei e professor do Insper, Otto Nogami, diz que o recuo reflete a retração dos investimentos no setor produtivo e segue como tendência. "Há uma maior importação de peças e acessórios em lugar de grandes máquinas. Isso sinaliza que a importação está sendo feita hoje apenas para manutenção do maquinário já existente, não para a expansão da capacidade produtiva da indústria", disse à reportagem. Ele destaca que o ano de 2014 foi atípico por concentrar a Copa do Mundo de 2014 e as eleições presidenciais.

O maior impacto foi sentido nas importações de partes e peças para a agricultura (-19,5%) e maquinaria industrial (-17,3%), cujos volumes negociados somaram US$ 175,9 ,milhões e US$ 9,1 bilhões, respectivamente. Apenas os segmentos de equipamentos fixos para transporte e partes e peças para bens de capital da indústria registraram alta nas importações até agosto, de 16,5% e 4,5%.

O presidente da Abimei, Ennio Crispino, atribuiu a redução das importações de bens de capital à situação econômica que o País atravessa e à baixa atividade industrial, em especial em setores propulsores das vendas de equipamentos como automotivo e de óleo e gás. Ambos enfrentam problemas: a menor demanda doméstica e de parceiros como a Argentina afetam o setor de automóveis e a crise da Petrobras os fornecedores do setor de petróleo.

"O investimento em bens de capitais, sejam máquinas nacionais ou importadas, tem a ver com aumento de produção, produtividade e modernização do parque industrial. Como o mercado não tem apresentado demanda satisfatória, os investimentos estão freados", disse.

Segundo Crispino, o segmento de importação de bens de capital tem hoje um faturamento 50% inferior ao do período pré-crise de 2008, movimentando em torno de US$ 2 bilhões para o ano. Apesar do fim da incerteza eleitoral, com a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o empresário não enxerga uma retomada desse investimento antes do segundo trimestre de 2015, mais provavelmente apenas na segunda metade do ano.

A Abimei reúne cerca de 90 associadas, entre distribuidores de máquinas e equipamentos, fabricantes de máquinas importadas que dão suporte às vendas e fornecem peças de reposição, empresas de assessoria em comércio exterior, fabricantes nacionais que também importam e empresas na área de serviços como de fretes internacionais.

Depois de reduzir a semana de trabalho para quatro dias na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a Mercedes-Benz deu férias coletivas de 20 dias para os funcionários da unidade de Juiz de Fora (MG). Com isso, a montadora paralisou toda sua produção de caminhões naquela unidade.

Outras fabricantes, como Scania e Ford também adotaram recentemente medidas para reduzir a produção de caminhões. As vendas desses veículos caíram 32,4% neste mês na comparação com o mesmo período de março de 2013. Até quinta-feira foram vendidas 8.049 unidades. Em relação a fevereiro a queda é de 1%.

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No acumulado do ano, os negócios apresentam retração de 13,9% ante o mesmo intervalo de 2013, para 29.250 unidades, segundo dados preliminares de registros de licenciamentos. A Mercedes informou que, desde segunda-feira, todos os 450 funcionários da linha de produção dos caminhões Actros e Acello estão em férias coletivas na unidade mineira. O retorno está previsto para 14 de abril.

No ABC, 2 mil trabalhadores da linha de montagem de caminhões trabalham quatro dias por semana desde o fim de fevereiro. Para as linhas de ônibus e motores não há cortes. A fabricante alega que, além da queda das vendas no mercado interno, a redução das exportações para a Argentina afetaram a produção, que teve de ser readequada.

As empresas também afirmam que Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), do Finame, com financiamento subsidiado venceu em dezembro e demorou a ser renovado, o que paralisou encomendas. A Scania deu cinco dias de folga aos funcionários de São Bernardo em fevereiro e março e dará mais dois dias em abril, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

No mês passado, a Ford dispensou o pessoal da fábrica de caminhões por cinco dias, mas já opera normalmente. A Iveco informou que não adotou ações de corte de produção na fábrica de Sete Lagoas (MG), assim como a Volvo em Curitiba (PR).

Automóveis

Montadoras de automóveis e comercias leves também adotaram medidas para reduzir a produção. Em fevereiro, a PSA Peugeot Citroën suspendeu temporariamente os contratos de trabalho de 650 funcionários da fábrica de Porto Real (RJ) por período de até cinco meses.

A Volkswagen fez o mesmo com 300 funcionários de São José dos Pinhas (PR), divididos em dois grupos de 150 trabalhadores. Eles ficarão afastados por três meses. Em São Bernardo, a empresa deu licença de dez dias na sequência do feriado do carnaval a 5,2 mil trabalhadores, mas todos já retornaram.

Neste mês, até quinta-feira, o segmento de automóveis e comerciais leves registra queda de 23,9% nas vendas ante março de 2013, mas alta de 7,2% em relação a fevereiro. No trimestre, os negócios estão 4,6% menores em comparação a 2013.

Somando todos os segmentos, incluindo ônibus, a retração em relação ao primeiro trimestre de 2013 é de 5% até agora, para 781,9 mil unidades.

Este mês deve ser o pior março em vendas desde 2008, segundo executivos do setor. Até quinta-feira foram licenciados 209,9 mil veículos, 24,2% a menos que em março de 2013, mas 6,9% melhor que fevereiro.

A média diária de vendas, de 13.121 veículos, é 10% menor quer a de um ano atrás (14.580), mas 6,9% acima da média de fevereiro (12.278 unidades). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Na tentativa de mensurar o grau de satisfação da população da capital pernambucana, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau divulga o resultado de mais uma edição do “Índice de Felicidade do Consumidor Recifense (IFCR)”, realizado desde abril de 2011. Nos últimos dias 1 e 2 de outubro foram entrevistados 624 pessoas, entre homens e mulheres com mais de 16 anos.

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Conforme o levantamento, o índice deste mês apresenta uma retração de 3,5 pontos em relação a agosto. Apesar disto, o indicador ainda é 3,7 pontos inferior ao valor observado em outubro de 2012 e 14,2 pontos inferior ao número mais elevado da série observado em abril de 2013.

Desta vez, as maiores fontes de satisfação do recifense foram a “família”, com 94,13%, seguida pelo “modo de conviver com o próximo”, com 90,37%. Já a maior insatisfação dos entrevistados está relacionada aos “serviços públicos”. Apenas 18,2% dos ouvidos estão felizes com esse item.

A pesquisa ainda revelou que existe uma diferença nas opiniões dos homens e mulheres em relação a satisfação na “vida financeira” e ao “trabalho”. Um total de 59,6% dos entrevistados do sexo masculinos está mais feliz com esses itens, enquanto as entrevistadas do sexo masculino registraram 54,5% de satisfação.

 

 

A produção de minério de ferro da Vale totalizou 67,536 milhões de toneladas métricas no primeiro trimestre de 2013, segundo relatório divulgado na tarde desta quarta-feira, 17, pela mineradora. O montante representa uma retração de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2012, o indicador encolheu 21% sobre o patamar recorde do período (85,5 milhões de toneladas métricas), variação explicada por questões como sazonalidade, licenças e outras questões operacionais.

A produção de pelotas encolheu 11,7% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 11,672 milhões de toneladas métricas. A produção de nível, por outro lado, teve alta de 3% em igual base comparativa, para 65 mil toneladas.

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O relatório da mineradora destaca que a produção de carvão no trimestre alcançou 1,752 milhão de toneladas métricas, o maior patamar da história para primeiros trimestres. O resultado foi 16,6% superior ao registrado nos três primeiros meses de 2012.

A economia da Alemanha provavelmente teve contração de 0,25% no quarto trimestre do ano passado, depois de ter crescido 0,5% no terceiro trimestre, segundo dados preliminares do escritório federal de estatísticas, o Destatis. O número ofuscou o cálculo de expansão de 3% em todo o ano de 2011, que ficou em linha com as previsões e havia sido considerado bom.

O resultado trimestral sugere que mesmo a maior economia da zona do euro não está imune ao enfraquecimento da demanda global e aos efeitos da crise de dívida da região. O governo acredita que o crescimento econômico do país neste ano vai se desacelerar e prevê expansão de 1,0%. O Bundesbank, banco central alemão, no entanto, espera uma contração de 0,6%.

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Em um comunicado, o Ministério da Economia do país afirmou que a atividade econômica alemã vai ganhar ritmo em meados deste ano. "Os efeitos negativos deverão perder força gradualmente depois da metade do primeiro semestre e o desempenho econômico vai se acelerar", disse. As informações são da Dow Jones.

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