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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta quarta-feira, 27, que é de "excelente nível" a esteira ergométrica que o governo federal deve comprar por cerca de R$ 44 mil para equipar o Palácio do Jaburu.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão defendeu-se de críticas que recebeu nas redes sociais pela compra. O general argumentou que a licitação segue as regras da administração pública e que ele e sua equipe contam apenas com um aparelho emprestado para se exercitarem.

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"Não dá para continuar com algo emprestado. Não é meu, é patrimônio público. É usado, além de por mim, pela equipe que trabalha lá. A gente tem de ter algo decente para poder manter capacidade física", disse.

A Vice-Presidência abriu na segunda-feira, 25, licitação para compra do aparelho. A esteira procurada vem com programas pré-configurados de exercício físico, tela touch screen de alta definição, internet, TV e "cursos interativos".

A justificativa no edital para a compra é que o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, não tem aparelho "minimamente adequado" e que atenda aos "princípios da ergonomia e biomecânica", para prática de exercícios físicos.

O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) ironizou a compra no Twitter: "A 'boa' notícia é que esse valor já inclui o serviço de instalação da esteira. Menos mal, hein?".

A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) também criticou o edital: "ACABOU A M.A.M.A.T.A TAÓQUEI?", escreveu no Twitter, em caixa alta, ao compartilhar notícia sobre a esteira.

O governo afirma que a guarda do palácio também deve usar o equipamento. "Inclusive com simulação de situações reais onde o caminhar e as corridas são feitas com os uniformes e equipamentos vinculados, visando manter a adequada aptidão física para desempenho de suas atividades", segundo o edital.

A Vice-Presidência ainda argumenta que a "rotina institucional" força Mourão a realizar exercícios fora do expediente, muito cedo ou muito tarde. "Incapacitando-o de fazê-lo fora de sua residência, sem comprometer e preservando a intimidade, integridade, segurança e lazer", diz ao justificar a compra.

Mourão é visto com frequência correndo ou pedalando no caminho que liga o Jaburu ao Palácio da Alvorada, onde vive o presidente Jair Bolsonaro. No fim de 2019, quando assumiu interinamente a Presidência durante uma viagem de Bolsonaro, uma entrevista do militar virou meme ao ser identificado como "presidente em exercício". A ironia era Mourão de fato estar "no exercício" do cargo, mas concedendo entrevista sem camisa, suado, com boné e óculos escuro após jogar vôlei com colegas em Brasília.

Procurada, a Vice-Presidência não se manifestou.

O governo federal abriu nesta segunda-feira licitação de R$ 44 mil para adquirir uma esteira ergométrica para o Palácio do Jaburu, onde moram o vice-presidente Hamilton Mourão e a sua mulher, Paula Mourão. O modelo procurado vem com programas pré-configurados de exercício físico, tela touch screen de alta definição, internet, TV e acessos a "cursos interativos".

A justificativa para a procura é que o Palácio do Jaburu não tem aparelho "minimamente adequado" e que atenda aos "princípios da ergonomia e biomecânica", para prática de exercícios físicos. O governo afirma que a guarda do palácio deve usar o equipamento. "Inclusive com simulação de situações reais onde o caminhar e as corridas são feitas com os uniformes e equipamentos vinculados", diz o edital.

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A Vice-Presidência ainda argumenta que a rotina "força Mourão a realizar exercícios fora do expediente, muito cedo ou muito tarde". Procurada a Vice-Presidência não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula Mourão, testaram negativo para o novo coronavírus, mas vão permanecer em isolamento na residência oficial do Palácio do Jaburu até o resultado dos exames de contraprova. A informação é da assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência.

"O vice-presidente da República e sua esposa permanecem em isolamento na residência oficial do Jaburu, só devendo o vice-presidente Hamilton Mourão retornar ao expediente normal na quarta-feira, caso os exames de contraprova assim o autorizem", diz a nota.

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Mourão e sua esposa foram submetidos aos exames neste sábado, 16, logo depois de tomarem conhecimento de que um servidor que esteve próximo ao vice-presidente na quarta-feira, dia 13, teve confirmado teste positivo para a Covid-19.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula Mourão, foram submetidos a exames para testar se estão com o novo coronavírus e vão permanecer em isolamento na residência oficial do Palácio do Jaburu aguardando os resultados, que devem ficar prontos na segunda-feira (18).

A informação foi distribuída à imprensa nesta tarde pela assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência. Segundo a nota, Mourão e sua esposa fizeram os testes hoje, logo depois de tomarem conhecimento de que um servidor que esteve próximo ao vice-presidente na quarta-feira, dia 13, teve confirmado teste positivo para a covid-19. O diagnóstico do servidor foi conhecido na manhã de hoje.

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"O senhor vice-presidente da República não cumprirá expediente na próxima segunda-feira, dia 18 de maio, aguardando os resultados dos testes, previstos para esse dia", informa a nota.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que ninguém pode fugir da realidade de que a capacidade de investimento do setor púbico está comprometida. "Nosso governo foi eleito na busca de zerar o déficit fiscal em quatro anos e atacar a questão da baixa produtividade. Mas, com a pandemia tudo mudou, o governo está sendo obrigado a reagir fora da plataforma liberal (pregada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes)", comentou ele, em live com o presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner, falando das ações do governo para superar a atual crise.

A despeito da afirmação, Mourão disse que a "plataforma liberal não está derrotada" e será retomada após a pandemia do novo coronavírus.

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Mourão foi contundente ao falar do aumento do funcionalismo que não foi derrubado na aprovação do projeto de socorro aos Estados e municípios. Disse que não haverá dinheiro para isso. "Pessoal (funcionalismo) vai poder ter aumento, mas cadê o dinheiro?"

Ele afirmou que a regra de ouro vai voltar e o governo não irá se endividar. "Voltaremos à busca do equilíbrio fiscal e das reformas para o Brasil."

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 4, que há uma disputa entre os Poderes públicos e que cada um deve "navegar dentro da sua responsabilidade". Para o vice-presidente, os Poderes precisam se "harmonizar" e "entender o limite de sua responsabilidade". "Hoje existe uma questão de disputa de poder entre os diferentes Poderes, existe uma pressão muito grande em cima do Poder Executivo", disse.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão citou decisões recentes da Justiça Federal que barraram atos do presidente Jair Bolsonaro. Uma delas, a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. "É responsabilidade do presidente da República escolher seus auxiliares. Quer a gente goste ou não."

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O vice-presidente também mencionou a suspensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de ato do presidente sobre a expulsão de funcionários da Embaixada da Venezuela em Brasília e de consulados do País em demais Estados brasileiros. "Como chefe de Estado, ele é o responsável pela política externa do País", argumentou Mourão.

Sobre a manifestação com tom antidemocrático do último domingo (3), que contou com a participação de Bolsonaro, Mourão afirmou que "não há motivo" para os brasileiros se preocuparem com uma possível escalada autoritária.

No ato de ontem, o presidente afirmou que não iria tolerar mais interferências em seu governo e que as Força Armadas estavam "do lado do povo". Mourão afirmou, no entanto, que Bolsonaro se referia ao "apoio institucional" ao chefe de Estado e governo. "As Forças Armadas se consideram e sempre se considerarão como elementos do Estado brasileiro, e é desta forma que elas agem", declarou.

O vice-presidente opinou ainda que a "grande maioria" dos manifestantes presentes no protesto de domingo estava lá para "pura e simplesmente apoiar o governo". De acordo com ele, as "ideias radicais, que não param em pé", como os pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do STF, eram apenas uma das "versões" das reivindicações dos apoiadores.

"É uma manifestação que tem pessoas que professam, vamos dizer assim, diferentes versões daquilo que é necessário, que eles julgam necessário (para o País)", afirmou.

Ex-juiz federal, assim como Sergio Moro, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) fez uma série de posts nas redes sociais comentando a entrevista coletiva do agora ex-ministro da Justiça. Para ele, foram relatados diversos crimes de responsabilidade cometidas por Jair Bolsonaro e já não faltam mais provas para que um processo de Impeachment do presidente seja iniciado.

“Do ponto de vista jurídico, o depoimento de Moro constitui prova de crimes de responsabilidade contra a probidade na Administração, contra o livre exercício dos Poderes e contra direitos individuais. Artigo 85 da Constituição Federal e Lei 1.079/50”, postou Dino.

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Sergio Moro anunciou seu pedido de demissão do cargo de ministro da Justiça durante coletiva nesta quinta-feira (24). Em sua fala, que durou cerca de 40 minutos, Moro disse que o presidente Jair Bolsonaro afirmou expressamente que queria ter acesso a relatórios de inteligência da Polícia Federal e uma pessoa na direção do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar e obter informações.

Flávio Dino explicou que o pedido de Bolsonaro é vedado pela constituição. “Lembro que a Polícia Federal é órgão do Poder Executivo, mas exerce a função de POLÍCIA JUDICIÁRIA. Ou seja, quanto à atividade-fim, coagir a Polícia Federal sobre investigações criminais impede o livre exercício do Poder Judiciário”, tuitou.

O mandatário do Maranhão – que já foi chamado por Bolsonaro de “pior entre os governadores paraíbas” – comparou as declarações de Moro ao caso que marcou a saída de Fernando Collor da presidência e ainda cutucou o presidente e o ex-ministro. “Moro está para Bolsonaro como o Fiat Elba esteve para Collor. A prova que faltava. Agora não falta mais. Fico impressionado com a ingratidão de Bolsonaro. Ele jamais seria eleito presidente da República sem as ações do então juiz Moro”, disse Dino, fazendo referência à Lava Jato, que acabou por condenar Lula (PT) e o impedir de concorrer às eleições de 2018, quando liderava as pesquisas de intenção de voto.

"O presidente sou eu", reagiu Jair Bolsonaro sobre a declaração de seu vice, Hamilton Mourão, sobre isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. Ontem, após Bolsonaro se posicionar em rede nacional contra medidas de quarentena, Mourão afirmou que a posição do governo para combater a pandemia da covid-19 "é uma só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas.

Apesar de desautorizar Mourão, Bolsonaro elogiou o vice durante conversa com jornalistas. "O presidente sou eu, pô. O presidente sou eu. Os ministros seguem as minhas determinações. E o Mourão tem ajudado bastante, colaborado, dado opiniões, é uma pessoa que está do meu lado ali. É o reserva de vocês se eu empacotar aí, vocês vão ter que engolir o Mourão. É uma boa pessoa, podem ter certeza", declarou.

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Bolsonaro afirmou que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já concordou com a mudança no formato do isolamento horizontal para vertical, mas ainda estuda como implementar a medida. No Ministério da Saúde, a implementação da medida é vista como algo que depende da realização de testes rápidos em larga escala no País. Assim, será possível verificar quem está com a doença e quem está liberado para fazer outras atividades.

O modelo vertical defendido pelo presidente considera apenas isolamento para pessoas do grupo de risco, idosos e aqueles com doenças crônicas. Bolsonaro disse que não há prazo para que a transição ocorra, e que poderia até começar amanhã.

Bolsonaro voltou a dizer, nesta quinta, que "alguns governadores e prefeitos erraram na dose" das medidas de contenção, que incluiu fechamento de comércio e escolas, e que "o povo quer trabalhar". De acordo com Bolsonaro, alguns governadores já reavaliam as medidas restritivas.

"A gente consegue aguentar dois, três meses com o plano que está aí? Não sei quanto vai chegar a nossa despesa, centenas de bilhões de reais. Tem que voltar quase tudo (setores da economia). E fazer uma campanha fique em casa. Não deixa o vovô sair de casa, deixa em um cantinho. Quando voltar toma banho, lava as mãos, passa álcool na orelha. É isso daí", declarou.

Sobre a situação crítica em países como Estados Unidos e Itália, Bolsonaro considera que o Brasil não chegará na mesma magnitude de contaminações e mortes porque os brasileiros possuem algum tipo de diferenciação, mas sem apresentar embasamentos. "Acho que não vai chegar a esse ponto, até porque o brasileiro tem que ser estudado, não pega nada. Vê o cara pulando em esgoto, sai, mergulha e não acontece nada."

Bolsonaro disse que muitas pessoas no Brasil já devem ter se contaminado pela covid-19 nas últimas semanas, mas não apresentaram sintomas e agora possuem imunidade, inclusive ele. Ainda assim, o presidente afirmou que não vai mostrar os exames que fez para testar a doença que afirma terem dado negativo para a doença. "A minha palavra vale mais do que um pedaço de papel", reagiu.

Até o momento, mais de 20 pessoas que viajaram com Bolsonaro aos EUA testaram positivo. Esta semana, um funcionário do Palácio do Planalto que atua na segurança do presidente foi internado em Brasília. Para o presidente, no entanto, a internação ocorreu por outras pré-condições de saúde.

Apesar das milhares de mortes em países como Itália (mais de 8 mil), Estados Unidos (mais de mil), Espanha (mais de 4 mil) e China (mais de 3 mil), Bolsonaro afirmou que "o povo foi enganado" sobre a gravidade da infecção e que a previsão de milhares de mortes não se confirmou.

Bolsonaro também aposta no uso da hidroxicloroquina como saída para curar infecções, embora ainda não haja comprovação científica da eficácia. "Até agora, do pessoal que estou falando, é 100% a efetividade que está sem notando, 100%", disse. Mais cedo, ele mostrou o medicamento durante reunião com líderes do G20.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (9) que os protestos marcados para o dia 15 de março têm como pauta o "apoio às reformas". Ele foi perguntado por jornalistas se o governo irá trabalhar para dissuadir atos contra o Congresso e o Judiciário durante os protestos.

De acordo com Vera Magalhães, editora do BR Político e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, ministros têm aconselhado o presidente Jair Bolsonaro a pedir o cancelamento dos atos. Para aliados de dentro e fora do governo, o gesto seria melhor do que um eventual fracasso. Eles sugerem que o presidente use como argumento os riscos de aglomerações para a proliferação do novo coronavírus.

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"A manifestação está colocada aí como apoio às reformas. Acho que sobre a questão com o Congresso, temos que aprofundar o diálogo, trabalho que está sendo feito pelo ministro Ramos para que a gente consiga avançar naquilo que precisa avançar", disse Mourão.

O presidente em exercício afirmou ainda que não irá aos protestos, mas que "não vê problema" sobre os atos. "Está sendo acompanhado. Manifestação faz parte da vida democrática. Desde que ordeira, pacífica, não vejo problema."

O presidente Jair Bolsonaro convocou, no sábado (7), a população para participar dos protestos. Em evento em Boa Vista, Roraima, Bolsonaro disse que a manifestação é "espontânea" e "pró-Brasil", e não contra o Congresso ou o Judiciário. "Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil", declarou o mandatário na ocasião.

O Exército aproveitou a cerimônia de inauguração do Comando de Artilharia no Forte Santa Bárbara, em Formosa (GO), para demonstrar avanços no domínio da tecnologia para produção de mísseis e foguetes. O vice-presidente Hamilton Mourão participou da cerimônia nesta quarta-feira (29).

Transferida de Porto Alegre (RS) para o interior goiano, a unidade do Exército vai coordenar o uso do Míssil Tático de Cruzeiro, com alcance de 300 quilômetros (MTC-300) de distância, desenvolvido no Programa Estratégico do Exército Astros 2020. A arma fabricada pela empresa Avibras, de São José dos Campos (SP), é o primeiro míssil brasileiro e deve ser concluída até o fim de 2021.

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A cerimônia foi marcada por desfiles e cantos militares. Foguetes foram lançados para demonstrar o poderio bélico. O presidente Jair Bolsonaro não participou da cerimônia. No mesmo momento, estava em evento no Palácio do Planalto com cantores sertanejos.

"Nós temos agora capacidade maior (de resposta a conflitos). Não resta dúvida. São pouquíssimos países que têm essa tecnologia", disse Mourão sobre o uso de mísseis de cruzeiro. O vice-presidente afirmou que a produção do míssil está em fase final, com teste de lançamento agendado para esta semana.

"É um poder de fogo concentrado no Planalto central muito significativo. Uma mobilidade estratégica muito grande, que vai conceder às Forças Armadas brasileiras um poder dissuasório muito bom", disse o ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

A região onde o comando de artilharia foi instalada é considerada estratégica, porque, em caso de conflito, os veículos lançadores de mísseis podem ser deslocados a partir de bases aéreas de Planaltina ou Brasília, cidades próximas a Formosa. O transporte pode ser feito pelo avião militar KC-390, lançado em 2019. "Se alguém vier aqui sabe que a 300 km consigo acertá-lo", disse Mourão.

O governo ainda investe no desenvolvimento do foguete guiado SS40G, de 45 km de alcance, sem data para conclusão. "O Astro 2020 é um projeto nacional que tem potencial, e está sendo feita exportação significativa (de produtos militares), testados já em conflito. O grande poder de fogo dele se concentra na estratégia de dissuasão pelo alcance que tem dos mísseis e foguetes", disse Azevedo.

"Os projetos das Forças Armadas estão andando. Tivemos um ano orçamentário em 2019 do governo muito bom. Programas estratégicos das Forças tiveram impulso e previsibilidade boa", afirmou o ministro.

O Astro 2020 foi gestado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e recebeu investimentos a partir da gestão de Dilma Rousseff (PT).

Com a transferência do comando para Formosa, o número de militares no Forte de Santa Bárbara mais do que dobra, passando de cerca 700 para 1.500 agentes. A estrutura local tem 64 quilômetros quadrados para uso como campo de instrução militar, onde é possível testar lançamentos de mísseis e foguetes.

O presidente Jair Bolsonaro resgatou o protagonismo do seu vice, Hamilton Mourão, escalado na semana passada para assumir o Conselho da Amazônia e a Força Nacional Ambiental, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Interlocutores viram neste movimento e no convite à atriz Regina Duarte para assumir a Cultura uma tentativa de dar espaço no governo a nomes mais moderados dentro do grupo político do presidente. Eles ocupam funções de integrantes da "ala ideológica", alvos de críticas nas últimas semanas.

As indicações de Mourão e Regina seriam respostas às crises provocadas pela repercussão do desmatamento da Amazônia, que chegou a ser discutido no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na semana passada, e à publicação de um vídeo de inspiração nazista que derrubou o secretário de Cultura Roberto Alvim no último dia 17.

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Mourão estava afastado das conversas decisórias do governo. Em abril do ano passado, ele foi criticado nas redes sociais pelos filhos do presidente e o escritor Olavo de Carvalho, que o acusavam de jogar contra Bolsonaro. O presidente chegou a confidenciar a parlamentares que "casou" errado e preferia ter dividido chapa com o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

Ao oferecer dois novos postos para seus vice, Bolsonaro tinha consciência que entregava também parte dos "holofotes". O que antes era motivo de preocupação do clã Bolsonaro virou moeda de troca na disputa velada com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, cuja popularidade é maior que a do presidente e, na semana passada, protagonizou um debate com Bolsonaro sobre a organização da sua pasta. Assessores também ressaltam que a Casa Civil, do ministro Onyx Lorenzoni, abandonou a tradição de coordenar ações interministeriais, algo que o Conselho da Amazônia terá que fazer.

Bolsonaro aproveitou um encontro de ministros no Palácio da Alvorada no último dia 21 para tirar seu vice da "geladeira". No encontro no Alvorada, Bolsonaro ouviu análises do impacto negativo da atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para exportadores e anunciou a criação dos novos órgãos ambientais. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vinha alertando o Planalto que as ações de Salles prejudicavam os setores de grãos e carne. Houve reclamações sobre o esvaziamento de órgãos de fiscalização do meio ambiente.

Durante a reunião da semana passada, segundo pessoas que estavam presentes, Bolsonaro abriu espaço para Mourão se posicionar. "Eu acho que essa é uma tarefa que posso assumir", disse o vice, sobre os novos órgãos da Amazônia. "Está decidido", afirmou Bolsonaro na sequência. Interlocutores do governo observam que Mourão construiu uma imagem de equilíbrio junto a setores diversos.

Na última sexta-feira, dia 24, quem apareceu no gabinete da vice-presidência foi justamente Moro, chamado por Mourão, que, até esta segunda-feira, acumulava o posto de presidente interino. Em viagem à Índia, Bolsonaro tinha dado outra missão ao general: sinalizar ao ministro da Justiça um momento de trégua do "fogo amigo", que ficou evidente com a proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública

Cultura

Se aceitar o cargo na Cultura, Regina Duarte entrará na lista de autoridades populares difíceis de serem demitidas, como Moro e o ministro da Economia Paulo Guedes. Nos bastidores do Programa Roda Viva da semana passada, Moro disse ao Estado que a atriz seria mais popular que ele e Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O carisma da atriz fez as redes sociais reduzirem as citações à cena em que Roberto Alvim faz discurso semelhante a de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, e estancou uma crise que começava a chamar atenção da imprensa internacional.

Confira, abaixo, os principais trechos de entrevista concedida por Mourão ao jornal:

O presidente Jair Bolsonaro quer mudar o perfil do governo?

Não vejo dessa forma. Desde que o presidente foi eleito, se procurou apresentá-lo como alguém desmedido, que atenta contra os princípios democráticos. Ele não é isso, em absoluto. Ele não é nenhum perigo para o sistema democrático. Outros, muito mais perigosos, passaram por aqui e eram aplaudidos.

O convite a Regina Duarte mostra essa tendência de tom mais moderado?

Só um governo totalitário controla a cultura. Aqui não existe governo totalitário. A cultura é um segmento onde você procura sedimentar valores, tradições e raízes. Neste sentido, é uma discussão secundária para um país com 12 milhões de desempregados, desigualdades absurdas e uma economia que ainda não avançou.

A criação do Conselho da Amazônia esvazia o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles?

O Ministério do Meio Ambiente continua tocando seu trabalho. A atividade (dos novos órgãos) abrange meio ambiente, defesa, desenvolvimento regional, infraestrutura, agricultura e Justiça. A vice-presidência vai coordenar isso.

O senhor e o presidente estiveram afastados. O que levou à reaproximação?

Esses assuntos todos já passaram.

Como o senhor avalia as críticas aos radicalismos na área ambiental do governo?

O meio ambiente é um tema do século 21. É levado em consideração para financiamentos internacionais. Em consequência, o presidente, então, estabelece uma nova diretriz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, chamou de "página virada" o episódio envolvendo a gravação de ligação telefônica por parte do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). Questionado por jornalistas nesta segunda-feira, 27, se o governador teria se desculpado pelo episódio, Mourão negou. "Não ligou, não. Deixa para lá esse caso. É página virada", disse.

No domingo, 26, Witzel divulgou em sua conta oficial no Twitter um vídeo no qual telefona ao presidente em exercício, com o viva-voz ligado, e pede apoio do governo federal para conter estragos causados pela chuva. Para Mourão, o ex-juiz federal "esqueceu" da ética e da moral ao gravar a conversa sem o avisar. O episódio não agradou ao presidente Jair Bolsonaro, que conversou com Mourão e concordou sobre a falta de ética da atitude, segundo informou Mourão nesta segunda-feira.

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O vice-presidente disse ainda que amanhã deverá se encontrar com Bolsonaro, que deve chegar em Brasília por volta das 8h.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 27, que os portos e aeroportos brasileiros estão preparados para receber possíveis pacientes infectados pelo coronavírus. "Desde o dia 22 de janeiro foi acionado protocolo em relação a esse tipo de vírus, então os portos e aeroportos estão vigiados", afirmou.

Mourão destacou ainda que o Ministério da Saúde conta com centro de monitoramento e que "hospitais de referência" estão preparados para receber pessoas infectadas. O risco, ressaltou, não é preocupante. "Não temos viajantes chegando da China. Não temos aeronaves chegando direto da China. As pessoas quando vão para lá fazem escala na Europa ou em outros países", afirmou.

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O presidente em exercício disse ainda que seria "leviandade" de sua parte dizer se o vírus chegará ou não ao País. "Existe uma possibilidade. Vários países já receberam pessoas infectadas pelo vírus", disse.

Após a repercussão negativa da gravação da conversa que teve com o vice-presidente Hamilton Mourão, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), alegou que o vídeo "não tem qualquer outra conotação que não demonstrar união num momento de necessidade do povo." Witzel não comentou, porém, o fato de a gravação ter sido feita sem o consentimento de Mourão.

"O vídeo divulgado nas redes sociais do governador Wilson Witzel tem somente a intenção de tranquilizar os moradores de cidades do noroeste do Estado, fortemente atingidas pelas chuvas e, em função disso, sem item básico neste momento que é água para consumo", diz a nota enviada pelo governo.

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Mourão afirmou, na manhã desta segunda-feira, que Witzel "esqueceu" a moral e a ética ao divulgar o vídeo da conversa que tiveram por telefone. "Em relação ao governador Witzel, ele diz que foi fuzileiro naval. Eu acredito que ele se esqueceu da ética e da moral que caracterizam as Forças Armadas quando saiu do corpo de fuzileiros navais", disse o presidente em exercício.

No vídeo, o governador estava no carro a caminho de regiões afetadas pela chuva no norte do Estado. Ele liga, via WhatsApp, para Mourão, a fim de buscar um apoio do governo federal para a situação daquela região.

A publicação do vídeo foi vista como uma forma de provocação ao presidente Jair Bolsonaro, ex-aliado e hoje adversário político do governador. Witzel chama Mourão de "presidente" durante a ligação - ele está na função por causa da viagem de Bolsonaro à Índia.

Veja abaixo a nota divulgada por Wilson Witzel:

"O vídeo divulgado nas redes sociais do governador Wilson Witzel tem somente a intenção de tranquilizar os moradores de cidades do noroeste do estado, fortemente atingidas pelas chuvas e, em função disso, sem item básico neste momento que é água para consumo. A informação de que os governos estadual e federal estarão juntos para atender demandas básicas da população da região não tem qualquer outra conotação que não demonstrar união num momento de necessidade do povo. Por isso é importante e de interesse público.

A disposição de auxiliar a região demonstrada pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, é prova do compromisso com as vítimas dessa calamidade que trouxe grandes prejuízos a várias cidades fluminenses. Ressalte-se que o telefonema caracteriza uma conversa de trabalho, buscando uma solução para um problema específico. E a sensibilidade demonstrada pelo presidente em exercício evitará o sofrimento de milhares de pessoas."

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o governo deve editar uma nova proposta para contemplar a contratação de servidores aposentados na força-tarefa que busca reduzir a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contratação exclusiva de militares da reserva, regulamentada ontem por meio de decreto, enfrenta resistências no Tribunal de Contas da União (TCU) por supostamente romper o princípio de impessoalidade.

"A questão do Tribunal de Contas está pacificada, uma vez que existe a ideia que sejam convocados os funcionários do INSS que estão aposentados, isso só pode ser por MP ou por projeto de lei. É diferente do caso dos militares, que é expedido", declarou Mourão.

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Para ele, o ideal é que o governo edite uma MP - que possui vigência imediata após a publicação - e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias - para contemplar também a contratação de civis. O texto só deve ser publicado após o retorno do presidente Jair Bolsonaro da Índia, na próxima semana.

"Eles (civis) serão cobertos por uma MP ou um PL (projeto de lei). O ideal é que seja uma MP, para que o Congresso vote rapidamente. O Congresso está em recesso. Eu julgo que vai sair de qualquer jeito", disse Mourão nesta sexta-feira.

Questionado sobre em quanto tempo a medida deve ser implementada, Mourão disse que não é possível avaliar. "O pessoal que não pertence aos quadros vai ter que ser treinado. Eu não sei quanto é que dura esse treinamento, ninguém me informou. Acho que, na melhor hipótese, em dois meses teria esse pessoal trabalhando", disse.

Impessoalidade

Apesar dos questionamentos do TCU, Mourão alega que o decreto editado ontem pelo governo é "genérico" e "permite que os militares da reserva sejam convocados para atividades civis por um prazo determinado", sem ferir o princípio de impessoalidade.

"Tem uma série de requisitos. O cara pode ser convocado desde pregar um prego em parede até auxiliar na questão do INSS", justificou Mourão. "Pode até dizer que está dirigido para um grupo. Mas não são todos os militares que são obrigados. Eu não estou convocando o José, o João, o Antônio. Está aberto o voluntariado. Pode ser que ninguém queira. Eles não são obrigados. É diferente de uma convocação para defesa nacional onde os militares são obrigados a comparecer."

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira, 23, que o governo considera convocar militares da reserva para reforçar a análise de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - e não mais convidar, como era inicialmente cogitado. A iniciativa serviria para driblar o entendimento do TCU de que contratar apenas militares iria romper o princípio de impessoalidade.

"O TCU diz que está rompendo princípio da impessoalidade ao você direcionar a contratação exclusivamente para o grupo militar. Direciona porque é mais barato. Mas existem formas de fazer sem colocar isso como um rompimento da impessoalidade. O Ministério da Defesa convoca e cede (ao INSS). E não colocar diretamente sob as mãos do INSS. Mas isso está sendo estudado", declarou Mourão a jornalistas.

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Segundo ele, a ideia está sendo ajustada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. "Estou aguardando qual vai ser a decisão. Quando chegar, a gente analisa e vê o que vai fazer", disse Mourão.

Na mesma linha do presidente da República, Jair Bolsonaro, Mourão afirmou que contratar civis para a função é mais burocrático e sai mais caro. "Se você for contratar civil, é contrato temporário. É mais caro. Aí tem que olhar a questão orçamentária."

Mais cedo, antes de embarcar para a Índia, Bolsonaro afirmou que deixou um decreto pronto para ser publicado, mas que ele depende do aval do TCU. Caso o tribunal não aprove o texto, uma outra versão será assinada na sexta-feira, 24, por Mourão.

Bolsonaro justificou que a solução de recrutar só militares da reserva e não civis envolve menos direitos trabalhistas. "Por que militar da reserva? Porque a legislação garante. Se você contratar civis, para mandar embora é... Entra na Justiça, direito trabalhista. Complica o negócio. Militar é fácil. Eu contrato hoje e demito amanhã sem problema nenhum", avaliou.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu uma atuação "independente e pragmática" do Brasil no cenário internacional. Em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta sexta-feira (10), ele fez uma breve análise do panorama geopolítico atual, reforçou a ideia de que o país deve buscar uma inserção soberana e colaborativa com as demais nações.

"O Brasil, tradicionalmente, sempre se voltou ao mundo de uma forma independente e pragmática. Nós temos que ter essa visão de perseguir os interesses do país. Costuma-se se dizer que, em relações internacionais, não existem amizades eternas nem inimigos perpétuos, existem apenas os nossos interesses. Essa é a visão que nós temos que continuar, buscando uma inserção soberana do país, apresentando o Brasil como solução, e não como problema, seja aqui no nosso entorno próximo, na América do Sul e, ao mesmo tempo, com as grandes nações, como Estados Unidos, que nós consideramos o grande farol da democracia, a China, nosso maior parceiro comercial, a Comunidade Europeia, a Rússia e a África, não podemos descuidar da África, um grande número de brasileiros veio de lá."

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Mourão tem tido uma atuação de destaque como representante do governo brasileiro em assuntos estratégicos da agenda internacional. Logo no início do mandato, em fevereiro do ano passado, ele foi designado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o principal representante do país na reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, no auge do agravamento da crise política na Venezuela. O Grupo de Lima reúne países das Américas para tratar sobre as questões que envolvem o país vizinho.

Em maio do mesmo ano, Mourão fez uma visita oficial à China, onde reativou a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) e se reuniu com o presidente do país, Xi Jinping. Essa viagem serviu como importante preparação para a visita do presidente Bolsonaro ao país, alguns meses depois. O vice-presidente também foi o principal integrante da comitiva de autoridades brasileiras que foram ao Vaticano para assistir à cerimônia de canonização de Irmã Dulce, em outubro de 2019, em que manteve um rápido encontro com o papa Francisco. Mais recentemente, em dezembro, Mourão cumpriu outra missão diplomática importante: foi o representante brasileiro na posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández.

Nas viagens que tem feito, o vice-presidente brasileiro diz que tem percebido um conjunto de mudanças estruturais em curso no mundo. "O cenário internacional não é simples, porque estamos vivendo três revoluções no mundo. A revolução do mais, que as pessoas passaram a ter mais acesso ao conhecimento, a informações, e, ao ter mais acesso, elas também querem mais. Temos a revolução da mobilidade, então as pessoas se deslocam mais facilmente, viajam e conhecem coisas diferentes. E temos a revolução da mentalidade, a juventude hoje mudou totalmente a sua mentalidade. O mundo enfrenta isso daí, gera intranquilidades e, ao mesmo tempo, existem as tensões sociais e econômicas, entre duas grandes economias, como a China e os Estados Unidos, com reflexos nos demais países e comunidades, digamos assim."

Ajuste fiscal e reformas

Hamilton Mourão fez um balanço do primeiro ano do governo Bolsonaro, em que destacou principalmente a aprovação da reforma da Previdência, que é, na sua opinião, base para a recuperação econômica do país. Ele também citou a reorganização administrativa do governo e a redução dos índices de criminalidade. "Tivemos um enxugamento da Esplanada dos Ministérios, não é simples você reduzir de 29 para 22 ministérios, como foi feito. Nós temos dificuldades de reestruturação disso aí. Ao mesmo tempo, a questão da segurança pública também foi colocada de forma primordial, o trabalho do ministro [da Segurança Pública, Sergio] Moro, da equipe dele, em conjunto com os governos estaduais, levou a que os resultados fossem extremamente expressivos."

Para 2020, o vice-presidente enfatizou a necessidade de aprofundamento das reformas e privatizações pretendidas pelo governo, além da continuidade do ajuste fiscal. "Na questão da economia, onde nós temos dois problemas sérios que têm ser enfrentados. Começou o ano passado, mas essa tarefa continua. Um é o ajuste fiscal, temos que trabalhar em cima da reforma administrativa, em cima das privatizações das empresas estatais, de modo que a gente consiga colocar receita e despesa equilibradas e, em consequência, o governo ter condições de investir em áreas onde hoje ele não tem condições de fazer. Ao mesmo tempo, temos que atacar na questão da baixa produtividade, fruto daquilo que é chamado custo Brasil. E aí entram os projetos na área de infraestrutura, por meio de parcerias público-privadas, as concessões que têm que ser feitas e, principalmente, a reforma tributária", afirmou.

Outra prioridade do governo, segundo Mourão, deve ser a agenda social. Ele citou a expectativa de reformulação de programas sociais do governo, como o Bolsa Família, e a meta de buscar um salto de qualidade na educação. "Temos que avançar na questão de uma educação de qualidade. Vamos lembar que a gente já conseguiu, nos últimos anos, conseguir colocar um grande número de crianças e jovens na escola, mas agora nós temos que fazer com que essas crianças e jovens efetivamente aprendam. Então, esse é o salto de qualidade que o Brasil tem que dar em termos educacionais. E também nos programas sociais que atingem aquela população que vive em situação de pobreza e extrema pobreza, que o presidente está definindo aí junto com o ministro Onyx [Lorenzoni, da Casa Civil] e os ministros ligados à área social."

 

Mesmo com recomendação de repouso, após receber alta do Hospital das Forças Armadas (HFA), onde passou a noite após um acidente doméstico, no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro teve agenda esta manhã. O presidente recebeu o secretário-geral da Presidência, Jorge Antonio Oliveira.

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Ainda no fim da manhã, o vice-presidente, Hamilton Mourão, também esteve no Palácio da Alvorada. Ele ficou com o presidente por cerca de 40 minutos.

Do lado de fora da residência oficial da Presidência, a movimentação de turistas é intensa. Eles esperam ver o presidente. Mas não há previsão que o presidente Jair Bolsonaro deixe o Palácio da Alvorada.

Acidente

O presidente Jair Bolsonaro passou a noite em observação após sofrer uma queda na noite da segunda-feira (23), no Palácio da Alvorada.

De acordo com nota emitida pelo Palácio do Planalto, o presidente foi atendido pela equipe médica da Presidência da República e levado ao Hospital das Forças Armadas (HFA).

Ele foi submetido a um exame de tomografia computadorizada do crânio, que não detectou alterações, e passou a noite bem.

O presidente recebeu alta na manhã desta terça-feira (24) do Hospital das Forças Armadas.

 

O vice-presidente da República Hamilton Mourão recebeu nesta quinta-feira (12), em Brasília, a visita do deputado argentino Daniel Scioli, indicado para ser o futuro embaixador da Argentina no Brasil, na gestão de Alberto Fernández, que assumiu o governo do país vizinho na última terça-feira (10). 

Segundo Scioli, que foi vice-presidente da Argentina entre 2003 e 2007, os dois começaram a discutir um encontro entre Alberto Fernández e Jair Bolsonaro, ainda sem data nem local para ocorrer.  

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"Dialogamos sobre temas pendentes e encaminhamos a visita entre presidentes que será organizada por meio da chancelaria", escreveu no Twitter. O futuro embaixador também citou como prioridade a finalização do projeto do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, cuja integração permitirá acesso brasileiro à produção de gás natural da reserva de Vaca Muerta, no país vizinho.

Trabajaremos en la finalización del proyecto de Gasoducto Uruguaiana-Porto Alegre.

Para la Argentina, esta integración reforzará mayores inversiones en la producción de gas natural en el yacimiento de Vaca Muerta.

Y para Brasil, representará un acceso a energía más competitiva. pic.twitter.com/A6Txkr72FA

— Daniel Scioli (@danielscioli) December 12, 2019

Em outra postagem, Daniel Scioli citou a reunião com o ministro da Cidadania, Osmar Terra. De acordo com ele, foram discutidos temas como agricultura familiar e combate à fome. 

"Avançamos sobre áreas estratégicas como agricultura familiar e a luta contra a fome", escreveu.

 

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (6) que o mundo atravessa uma fase conturbada, com o tradicional modelo político e econômico se rompendo e um novo modelo ainda não estabelecido.

“Estamos vivendo uma era de mares revoltos, de céus um tanto quanto cinzentos”, disse Mourão ao receber do governo do Paraná a comenda “Expoente da Defesa do Estado Democrático de Direito e da Constituição Federal”, concedida a várias autoridades por ocasião do Dia Nacional da Justiça e da Família, no próximo domingo (8).

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Ao defender a importância da preservação das instituições democráticas e de políticas públicas que busquem superar as desigualdades socioeconômicas que caracterizam a sociedade brasileira, Mourão citou vários exemplos que, para ele, revelam a instabilidade global.

“O mundo se encontra em um ponto de mutação. Está se rompendo o modelo político e econômico construído após o fim da Segunda Guerra Mundial, mas o outro modelo que vem surgindo ainda vai levar um tempo para se estabelecer”, declarou o vice-presidente.

Mourão frisou que, em meio a este cenário de mudanças tecnológicas e sociais, o eixo de poder econômico, político e militar estabelecido nas últimas décadas está se deslocando, com a disputa entre China e Estados Unidos.

“Vivemos uma guerra comercial e uma guerra tecnológica”, acrescentou Mourão, ao falar sobre os desafios não só para o Brasil, mas para a população global, já que, segundo ele, a “disrupção após disrupção [rompimento]” provocada pela velocidade das mudanças tecnológicas contribuem para aumentar a sensação de inquietação e de insegurança.

“Com a revolução tecnológica, a desigualdade tende a aumentar, pois está havendo uma acomodação no mercado e o modelo de produção em massa vai se transportar para o modelo da economia de conhecimento, no qual precisaremos ter gente qualificada para empregar a tecnologia”, pontuou o vice-presidente.

Mourão disse que é papel do Estado “fazer sua parte” para corrigir as distorções e impor políticas públicas capazes de romper com a “desigualdade estrutural”.

“Vivemos uma desigualdade estrutural neste país. Há milhões de brasileiros sem oportunidade de estudar; que não tem esgoto e água encanada em suas casas; não tem energia elétrica, atendimento básico de saúde”, disse o vice-presidente, apontando a necessidade de um trabalho conjunto, que mobilize esforços no âmbito federal, estadual e municipal para oferecer aos cidadãos brasileiros um mínimo de igualdade. “Temos que trabalhar para que os brasileiros estejam alinhados em condições de igualdade na linha de partida, no momento de começar suas vidas profissionais. A partir daí, uns progredirão mais, outros menos”, acrescentou Mourão.

Para Mourão, no Brasil, há três graves problemas estruturais a serem resolvidos. “Um é a questão das contas públicas, deterioradas a um tal nível que estamos no sexto ano no vermelho, [e ainda] gerando dívidas”, comentou, citando a dívida pública, que já chega a 78% do Produto Interno Bruto (PIB). “É algo em torno de R$ 4.5 trilhões. O que nos leva a pagar um Plano Marshall em juros, por ano. Temos que equilibrar nossas receitas e despesas.”

Para o vice-presidente, outro problema é como reduzir os entraves fiscais e burocráticos para permitir uma melhora da produtividade. “Temos o chamado Custo Brasil; a ineficiência burocrática; a infraestrutura logística deteriorada e um sistema tributário caótico, que ninguém consegue entender. É uma carga brutal de impostos que, na maioria das vezes, serve apenas para sustentar um Estado ineficiente e, muitas vezes, corrupto”, disse Mourão.

“Temos que fazer a Reforma Tributária para tornar o sistema de arrecadação mais justo. A própria Constituição determina a necessidade de se observar a capacidade contributiva do contribuinte. E aí, vamos tocar em outro aspecto da Justiça. A Justiça fiscal: quem ganha mais, paga mais; quem ganha menos, paga menos”, defendeu o vice-presidente.

 

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