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Na noite deste sábado (31), o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), usou sua conta no Twitter para anunciar a confirmação de uma viagem de embaixadores internacionais à Amazônia. Segundo sua publicação, a expedição será realizada de quarta-feira, 4 de novembro, até a sexta-feira (6). 

Além da viagem, Mourão anunciou uma reunião do Conselho da Amazônia, marcada para a próxima terça-feira (3). Sem dar maiores detalhes, o vice-presidente afirmou também que fornecerá mais informações sobre a viagem na segunda-feira (2), durante o programa “Por Dentro da Amazônia”, na Rede Nacional de Rádio, às 9h e 20h30. 

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“Não verão nada queimando”

A ideia de organizar uma viagem de embaixadores internacionais para sobrevoar a Amazônia começou a ser ventilada pelo presidente, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), durante a cerimônia de formatura dos alunos do Instituto Rio Branco, responsável por formar diplomatas no País. A intenção de Bolsonaro, segundo ele mesmo, é mostrar que a maior floresta tropical do planeta Terra “não está queimando”

“O que mais nós precisamos é da verdade. Não podemos nos deixar vencer pela falsa narrativa. O mundo sempre esteve em guerra, nem que seja no campo das comunicações. Não é fácil estar do lado da verdade. A verdade me trouxe até aqui e a verdade libertará o nosso país”, afirmou o presidente, que vem sofrendo pressão por uma nova política ambiental, diante de dados que apontam crescimento das queimadas tanto na Amazônia quanto no Pantanal. 

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O ápice das pressões sobre o governo do Brasil foi o fato de oito países europeus enviarem uma carta a Mourão, afirmando que a alta do desmatamento poderia dificultar a importação de produtos brasileiros, pois estariam comprometidos em eliminar o desmatamento das cadeias de produtos agrícolas vendidos para a Europa.

Após a fala de Bolsonaro, o vice-presidente começou a organizar a expedição que deve contar com ministros, representantes de países, chefes diplomáticos da União Europeia e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). 

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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira, 30, que a polêmica em torno da vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan é "briga política" com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo Mourão, "é lógico que o governo federal vai comprar doses do imunizante". "Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí."

A fala de Mourão à Veja difere do posicionamento de Jair Bolsonaro sobre o assunto. Em diversas ocasiões, o presidente já disse que não irá comprar a vacina. Ele chegou a desautorizar um acordo feito pelo Ministério da Saúde de intenção de compra de 46 milhões de doses da Coronavac. Além disso, Bolsonaro vem tendo embates públicos com Doria sobre a obrigatoriedade da imunização. Doria defende a imunização compulsória no Estado. Já Bolsonaro diz que a vacinação contra covid-19 não será obrigatória.

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Ao explicar por que não se incomoda quando opiniões suas são rebatidas publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente sustentou que "tem vida", compartilhando na entrevista o que chamou de "momentos de liberdade": fazer alongamento e exercício de manhã, comer fora de casa e tomar uísque com sua esposa às sextas-feiras e, no sábado, jogar voleibol e "jogar conversa fora" no boteco. "Domingo saímos para almoçar ou vou à casa do meu filho para um churrasco", relatou.

Amazônia e eleições

Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Mourão disse na entrevista que "não está tudo bem" na região, mas negou que o governo federal esteja de braços cruzados diante do desmatamento e de queimadas ou "passando a boiada", em referência à fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na reunião ministerial de 22 de abril, sobre medidas infralegais para afrouxar a legislação ambiental.

Mourão defendeu que o governo federal não errou no enfrentamento das ilegalidades na Amazônia e citou reunião com embaixadores na qual disse ter argumentado que o Executivo "busca coibir que as ilegalidades avancem ou que elas extrapolem algo" que seria admissível. Mourão está organizando uma viagem à região com diplomatas, principalmente de países europeus, para sobrevoar algumas áreas, inclusive desmatadas.

Diante de especulações de que Bolsonaro teria vontade de lançar outro candidato a vice para tentar a reeleição em 2022, o general da reserva alegou não estar preocupado com a próxima disputa presidencial, mas admitiu que poderia tentar uma vaga no Senado.

Mourão se disse confortável para discordar do presidente, mas comentou que polêmicas ocorreram porque, na sua visão, ele falou algo sem saber a opinião de Bolsonaro sobre o assunto. "A partir do momento em que eu sei o que ele pensa, fico em silêncio, mesmo que discorde", afirmou à Veja.

Ainda na entrevista, o vice-presidente rejeitou a constatação de que há muitos militares no governo, estimando que eles somam cerca de 3 mil - "metade do que estão falando" -, defendeu o diálogo com o "governo de turno" dos Estados Unidos, independentemente se comandado por Donald Trump ou Joe Biden a partir do ano que vem, e apontou que qualquer empresa comprometida com "soberania, privacidade e economia" poderá disputar o leilão de 5G, sem excluir a participação da Huawei.

Por fim, Mourão deu o motivo de ser um dos poucos integrantes do primeiro escalão do governo federal a não contrair o novo coronavírus: "Máscara, álcool na mão, álcool para dentro", disse.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta quarta-feira (28), que a posição do governo é contrária à elaboração de uma nova Constituição. O debate sobre uma Assembleia Constituinte foi trazido à tona pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), para quem a Carta Magna atual deixa o Brasil "ingovernável".

Na terça, Barros anunciou que vai enviar um projeto de decreto legislativo (PDC) para a realização de um plebiscito sobre a elaboração de uma nova Constituição. Questionado hoje sobre o assunto, Mourão disse que desde a campanha eleitoral a sua opinião é a mesma, contrária a uma nova Constituinte.

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"Isso aí (nova Constituição) já me pronunciei durante a campanha eleitoral. Não tem mais o que falar porque a posição do governo hoje não é essa", afirmou na chegada à Vice-Presidência. Na sequência, Mourão destacou que o presidente Jair Bolsonaro não falou sobre o assunto em "nenhum momento".

"O líder do governo é um parlamentar. Ele tem outras prerrogativas diferente de quem é, como no meu caso aqui, vice-presidente eleito com o presidente Bolsonaro, que em nenhum momento tocou nesse assunto", disse. Mourão lembrou, contudo, que a proposta de Barros é consultar a população sobre a realização de uma nova constituinte. "Se a população desejar aí vamos ver o como vai ser feito, mas pode tudo ser feito na mesma pergunta."

Mourão avaliou ainda que a iniciativa é um "voo solo" de Ricardo Barros. "Até porque outros parlamentares já se pronunciaram contrários a isso aí."

Perguntado se o momento atual permitiria a construção de uma nova Carta Magna, Mourão opinou que existem opiniões divergentes sobre o assunto. Segundo ele, alguns acreditam que possível "paulatinamente" melhorar a Constituição por meio de emendas, enquanto outros desejam "voltar tudo para a estaca zero" e elaborar um novo documento.

Chile

Na tentativa de justificar a defesa de uma nova Constituição, Barros citou, na segunda-feira, 26, como exemplo o Chile, que foi às urnas no domingo (25) e definiu que uma nova Assembleia Constituinte deverá ser eleita para a criação de uma nova constituição do país. "Acho que devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile, para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres, porque a nossa Carta só tem direitos e é preciso que o cidadão tenha deveres com a Nação", disse Barros em um evento chamado "Um dia pela democracia".

A declaração foi rechaçada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e causou surpresa em auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, que negaram que Barros estivesse falando pelo governo. Maia destacou na segunda-feira que a "situação do Chile é completamente diferente da do Brasil". "Aqui, o marco final do nosso processo de redemocratização foi a aprovação da nossa Constituição em 1988. No Chile, deixaram está ferida aberta até hoje", afirmou.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota técnica apontando a inconstitucionalidade da proposição de Barros.

Após a tentativa de pacificação entre os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, o vice-presidente Hamilton Mourão sinalizou uma intervenção do presidente Jair Bolsonaro para resolver o assunto. "Os ministros são o 'Estado-Maior' do presidente. Se está havendo alguma rusga entre membros do 'Estado-Maior', o comandante tem que intervir e dizer: gente, vamos baixar a bolinha aí, se acalmar e vamos respeitar-se", afirmou Mourão ao chegar no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (26).

O embate entre os dois ministros foi tornado público na semana passada após o chefe do Meio Ambiente se referir ao general como "Maria Fofoca". O impasse envolve uma suposta articulação do ministro palaciano para tirar Salles do governo. No domingo (25), Salles pediu "desculpas pelo excesso", enquanto Ramos disse que "uma boa conversa apazigua as diferenças".

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O vice-presidente afirmou ainda nesta segunda que divergências são normais. Ele cobrou, no entanto, que esses impasses sejam tratamentos internamente, e não para o público. "Quando for discutir determinados assuntos, tem que discutir intramuros, e não por fora", disse Mourão. Na última sexta-feira (23), o vice-presidente classificou a atitude de Salles, de chamar Ramos de "Maria Fofoca", como "péssima".

Seguindo a linha defendida pela equipe econômica, o vice-presidente Hamilton Mourão reforçou, nesta terça-feira (6), que é preciso buscar alternativas de financiamento para o programa Renda Cidadã que respeitem o teto de gastos. O general voltou a dizer que a solução possível para bancar a iniciativa social passa pelo corte de verbas de outras áreas considerando os limites do orçamento do governo.

"Ou se corta recursos de alguma área ou se descobre uma nova forma de se obter esse recurso dentro dos limites que temos aí, ou seja, dentro da lei", disse. O vice-presidente destacou o que o teto, regra fiscal que atrela o avanço das despesas à inflação, garante segurança ao mercado e credores internacionais.

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"A discussão está sendo travada. Temos problema fiscal sério. Temos que respeitar o teto de gastos, que é a âncora fiscal que o País tem hoje e que passa segurança não só para aqueles que emprestaram dinheiro para que o Brasil pudesse continuar a funcionar, como também para o mercado com um todo", declarou. Mourão afirmou ainda que o Brasil "não tem mais gordura" para cortar, em referência a alternativas baseadas em cortes de despesas.

O financiamento do Renda Cidadã gerou impasse no governo nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, após um jantar de articulação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reconciliaram e reforçaram a necessidade de respeito do teto de gastos.

A previsão é que o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, senador Márcio Bittar (MDB-AC), apresente na quarta-feira (7), seu relatório com o projeto do Renda Cidadã incluso no texto. Na segunda, após reunião com Guedes, Bittar disse que quaisquer soluções de financiamento para o programa precisarão observar o teto de gastos.

O vice-presidente e chefe do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, repetiu, nesta segunda-feira (5), que o País tem sofrido ataques internacionais por causa de "uma questão ideológica" contrária ao presidente Jair Bolsonaro, a despeito do que "está acontecendo efetivamente". Mourão e o governo têm sido pressionados por diversos setores, entre eles o agronegócio, fundos internacionais, organizações não-governamentais, e órgãos legislativos, para conter os incêndios florestais históricos que acometem a região da Amazônia e o Pantanal.

Em entrevista à rádio Eldorado, Mourão afirmou que, segundo dados dos IBGE, entre 2000 e 2018, da floresta amazônica 269,8 mil km2 foram desmatados, ou seja uma média de 15 mil km2 por ano. "E todo mundo ficou em silêncio. Não tinha ninguém reclamando nesse período", afirmou Mourão.

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Entretanto, Mourão deixou de ressaltar que o estudo do instituto aponta uma desaceleração nas perdas de áreas naturais no País entre os anos 2000 e 2018, revertida durante o governo Bolsonaro. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto do ano passado e julho deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram um aumento de 34,5%, na comparação com os 12 meses anteriores.

Entre as propostas para custear obras de infraestrutura e as ações direcionadas ao desenvolvimento sustentável, o governo analisa usar recursos de doações privadas. "Não adianta jogar R$ 1 bilhão dentro do nosso orçamento federal advindo de doações porque ele impacta o teto de gastos. Eu tenho que tirar para o outro lado esse mesmo R$ 1 bilhão que entrou. Na minha visão o financiamento ele é muito mais do setor privado direto em projetos que sejam exequíveis na área do desenvolvimento", afirmou Mourão.

De acordo com o vice-presidente - apesar da fala de que há um interesse em "explorar a Amazônia com os Estados Unidos" feita por Bolsonaro ao ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, durante a Sessão Plenária do Fórum Econômico Mundial de 2019, em Davos, na Suíça -, o País não quer trazer nenhum grupo estrangeiro específico para explorar a Amazônia.

Mourão também defendeu o uso das terras indígenas para a exploração de recursos minerais, por meio de regulamentação do Congresso Nacional e afirmou que a concessão de lavra a empresas geraria impostos e royalties para a população indígena.

O candidato a prefeito de São Paulo do PRTB, Levy Fidelix, divulgou nesta terça, 29, um vídeo de campanha ao lado do vice-presidente da República e seu correligionário, Hamilton Mourão. O Estadão mostrou que em sua quinta tentativa de se eleger prefeito da capital, Levy apostaria suas fichas em se associar à figura do vice de Jair Bolsonaro.

"Nós do PRTB temos um candidato, um homem certo: Levy Fidelix, um homem que sempre esteve comprometido com a direita, com as causas boas do nosso País e com boa administração de recursos públicos", diz Mourão ao lado de Levy no vídeo.

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Levy considera Mourão seu principal trunfo depois de 14 eleições concorridas (e nenhuma vitória) para diferentes cargos até aqui. "Muito nos honra ter Mourão com a gente. É um dos grandes diferenciais que no passado não tínhamos em nossas candidaturas", diz Levy ao Estadão. "Temos um grande estímulo de ordem nacional, um verdadeira estadista que pensa pelo País. Será um diferencial excepcional".

O candidato do PRTB tem defendido a ideia de que é o único real representante da direita em São Paulo. No domingo, 27, em seu primeiro dia de campanha, ele se encontrou com militantes bolsonaristas e prometeu fazer o PRTB "caminhar junto" com o partido que Bolsonaro tenta criar, o Aliança Pelo Brasil.

As tentativas de Levy se eleger incluem duas candidaturas a presidente, duas a governador e tentativas de se eleger vereador e deputado federal. Em 2000, chegou a ser anunciado como vice do então pré-candidato a prefeito de São Paulo Fernando Collor, mas a chapa teve seu registro negado pela justiça eleitoral. Em 2010, derrotado na corrida presidencial, apoiou Dilma Rousseff (PT) no 2º turno. Quatro anos depois, quando apostou no discurso conservador, decidiu apoiar Aécio Neves (PSDB) contra a petista no 2º turno.

O vice-presidente Hamilton Mourão, que cumpre agenda no Acre nesta quarta-feira, 23, disse que o País precisa regulamentar o quanto antes a exploração de minério em terras indígenas e que a divulgação das queimadas em território brasileiro, principalmente no Pantanal e na Amazônia, está sendo superdimensionada, no entanto, segundo o Instituto Centro de Vida (ICV), o Pantanal já perdeu 19% de sua área para as queimadas, mesma área perdida nos seis anos anteriores juntos.

Segundo o Mourão, que também é presidente do Conselho da Amazônia, o governo Bolsonaro já enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que regulamenta essa exploração, assim como outros governos anteriores fizeram. A pauta, contudo, não avançou como se esperava.

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"A nossa Constituição já prevê isso. Então, nós temos de tomar uma decisão. Praticamente todos os governos apresentaram projetos de lei. Nós apresentamos no começo desse ano a nossa proposta, e a visão do nosso governo é ouvir a comunidade sobre a lavra, que será concedida a uma empresa ou a uma cooperativa, que pagará os impostos devidos, pagará os royalties aos moradores da comunidade", pontuou o vice-presidente.

Mourão visita o Acre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dizer na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que é também dos índios e caboclos a culpa dos incêndios florestais registrados na região amazônica. Questionado, o vice-presidente preferiu não entrar no mérito do discurso de Bolsonaro.

"O presidente Bolsonaro, em seu discurso, expressou a visão do governo federal. Não compete a mim prestar esclarecimentos sobre as palavras do presidente Bolsonaro, até porque eu sou o vice-presidente dele. O tempo todo nós temos colocado o seguinte: o problema existe e nós temos de combatê-lo, mas existe não na dimensão que se passa", avaliou.

Mourão visita o Acre em meio ao aumento nos focos de queimadas na região. Entre 1º de janeiro e 21 de setembro deste ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou um aumento de 13% no número de queimadas em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2020 já eram 6,7 mil focos, ante os cinco mil no mesmo período de 2019.

O governo acreano tem intensificado o combate a crimes ambientais desde abril, quando o governador Gladson Cameli (Progressistas) criou o Comitê Integrado de Ações Ambientais, coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Um dos pilares do coletivo é a decisão acerca das operações que devem ser realizadas pelas forças locais de fiscalização.

Cameli destacou que o investimento feito para a implantação do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), apresentado ao vice-presidente nesta quarta, mostra o empenho do governo estadual em defender as florestas, mas, principalmente, a preocupação com a população que sofre com as queimadas.

"A nossa preocupação aqui é com as pessoas, não apenas com a vida, mas também com a qualidade da vida delas. Além da pandemia da covid-19, ainda temos de nos preocupar com a fumaça, com as queimadas. Estamos fazendo tudo que podemos. Nosso governo não apoia as queimadas ilegais, não apoiamos nenhuma ilegalidade, nem a politicagem com essa situação", afirmou Cameli.

As missões integradas de comando, controle e fiscalização começaram logo após a criação do Comitê local, ainda em maio, alcançando principalmente as florestas públicas do Antimary, Liberdade, Mogno, Gregório e Afluente, além do Parque Estadual do Chandless. As operações são lideradas pelo Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar (PM/AC), em conjunto com o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).

O vice-presidente Hamilton Mourão confirmou que o presidente Jair Bolsonaro vai usar o discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (22), para rebater as críticas feitas ao Brasil em relação à Amazônia.

Conforme o Broadcast/Estadão antecipou, Bolsonaro tentará reverter o discurso de que governo brasileiro segue inerte na questão ambiental e, mais uma vez, deve afirmar que há uma perseguição contra o Brasil no contexto internacional. Tradicionalmente, o discurso de abertura da reunião é feito pelo presidente brasileiro.

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"(Bolsonaro) vai tocar na Amazônia, mostrar em princípio o que estamos fazendo", disse Mourão ao chegar ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (21) e citando ações como a criação do Conselho Nacional da Amazônia Legal e a operação do Exército contra as queimadas na floresta.

De acordo com o vice-presidente, o discurso de Bolsonaro vai focar no esforço do governo brasileiro para combater as irregularidades na floresta. "Não é simples, fácil, elas (irregularidades) continuar a ocorrer, infelizmente", afirmou Mourão. O vice coordena o Conselho da Amazônia Legal, criado para planejar o combate ao desmatamento ilegal na região.

A segunda participação de Bolsonaro na convenção ocorrerá de modo virtual por causa da pandemia do novo coronavírus. A fala é cercada de expectativa após uma estreia, no ano passado, considerada agressiva. Depois de ajustes pedidos pelo presidente, o discurso foi gravado na última quarta-feira, e enviado no dia seguinte para a organização da Assembleia-Geral da ONU.

A comissão temporária criada para acompanhar ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal convidou o vice-presidente Hamilton Mourão e ministros para visitarem a região afetada pelas queimadas. Foram convidados Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tereza Cristina (Agricultura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Segundo a senadora Simone Tebet (MDB-MS), a previsão é que a viagem para Corumbá (MS) aconteça nos próximos finais de semana, mas ainda não há data definida. A parlamentar avalia que há pouco para ser feito em relação às queimadas neste momento, apenas acompanhar o combate ao fogo. Ela disse ainda que o colegiado vai propor ações preventivas para o próximo ano.

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"Vamos atuar, na Câmara e no Senado, para que possamos apresentar medidas preventivas para o próximo ano. São inúmeras possibilidades, inúmeras alternativas. A comissão vai trabalhar rapidamente nesses 60 dias para apresentar alguma coisa palpável, até uma legislação específica para o Bioma Pantanal", disse ao Broadcast Político.

Neste sábado, 19, o presidente da Comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), deputados federais e estaduais e representantes do governo local na área ambiental vão sobrevoar regiões afetadas pelos incêndios. Também está prevista uma reunião do colegiado, por videoconferência, pela tarde.

Bolsonaro

Mesmo com a disparada das queimadas no Pantanal, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a situação em evento com entidades do agronegócio no Mato Grosso nesta sexta. "Estamos vendo alguns focos de incêndio acontecendo pelo Brasil, isso acontece há anos e temos sofrido crítica muito grande."

Nesta semana, o governo federal reconheceu a situação de emergência no Estado de Mato Grosso do Sul por conta dos incêndios florestais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicaram que só nos primeiros dez dias de setembro foram contabilizados 2.550 focos de queimadas, 88% do volume registrado durante todo o mês de 2019.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse, nesta quarta-feira (16), que há uma visão internacional distorcida sobre as queimadas e o desmatamento ilegal na Amazônia. Ele reforçou o compromisso do Executivo com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, destacando que o governo não esconde ou nega a gravidade da situação.

"Infelizmente, parte do mundo tem por vezes uma visão distorcida sobre o desmatamento ilegal e queimadas na Amazônia. Não negamos ou escondemos informação sobre a gravidade da situação, mas também não aceitamos narrativas simplistas e distorcidas", disse Mourão durante aula-debate online promovida pelo Núcleo de Estudo Luso-Brasileiro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

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O vice-presidente, que preside o Conselho da Amazônia, afirmou que o desmatamento e as queimadas, além de afetarem o meio ambiente, prejudicam a imagem do País e afetam setores da economia. "Os crimes ambientais deixam nosso país vulnerável a campanhas difamatórias, abrindo caminho para que interesses protecionistas levantem barreiras comerciais injustificáveis contra as exportações do agronegócio", declarou.

Segundo Mourão, uma abordagem centralizada no combate aos crimes ambientais não é suficiente para a região. Para ele, é preciso também estimular ambiente de negócios que promova a disseminação de "emprego e renda em atividades sustentáveis", por meio da bioeconomia.

Desde o ano passado, quando o Brasil registrou volumes recordes de desmatamento, o governo passou a ser fortemente pressionado, inclusive pelo agronegócio, para tomar medidas efetivas de combate aos crimes ambientais.

Na terça-feira (15), uma coalizão formada por 230 organizações e empresas ligadas ao meio ambiente e ao agronegócio encaminhou a Mourão e ao presidente Jair Bolsonaro um documento com seis propostas para deter o desmatamento na Amazônia. Como definiu a própria coalizão, o grupo é "um dos raros foros de diálogo entre o agronegócio e ambientalistas".

O vice-presidente defendeu a regularização fundiária na região da Amazônia e o desenvolvimento do agronegócio. Ele mencionou ter se reunido nesta quarta com os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Tereza Cristina, da Agricultura, para tratar do assunto. "Temos que ter agronegócio sustentável, com selo de qualidade demonstrando que nossa produção respeita nossa legislação ambiental."

Mineração

Mourão também defendeu a regulamentação da atividade de mineração em regiões da Amazônia, incluindo terras indígenas. Em fevereiro, o governo apresentou uma proposta ao Congresso para regulamentar a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em reservas indígenas. O vice-presidente lembrou do envio do texto e opinou que o Congresso precisa debater o tema.

O assunto, na visão do vice-presidente, deve ser tratado de "forma objetiva, clara, sem preconceitos e respeitando a legislação ambiental e o direito dos povos indígenas". "Eu tenho uma visão clara: se a atividade for regulamentada, essa exploração se dará dentro da regra", disse.

De acordo com ele, uma vez regularizada, com a atividade de mineração a população receberá royalties e o Estado arrecadará imposto. "Enquanto persistir esse estado sem legislação específica, vamos permanecer em um eterno jogo de gato e rato, tendo que combater a ilegalidade, e essa ilegalidade prosperando na maioria das vezes com a destruição e devastação do meio ambiente", avaliou.

O vice-presidente Hamilton Mourão foi enfático ao declarar que gostaria de concorrer, novamente, numa chapa Bolsonaro-Mourão em 2022, em entrevista à CNN Brasil na noite deste sábado, 12. "Estou trabalhando pra isso. Venho apoiando todas as iniciativas do presidente, venho procurando facilitar o caminho dele, sendo leal para todas as coisas que ele necessita", disse. "Se ele desejar minha companhia para 2022, marcharemos de passo certo."

Mourão comentou que gostaria de continuar no governo porque isso seria uma forma de prolongar a tarefa de "assentar as bases para que o Brasil tenha um futuro melhor". "Se a gente conseguir terminar todas as reformas que têm de ser feitas de forma que a gente livre o País de toda essa carga que tem de ser retirada, de excesso de tributação, de questão administrativa, que custam muito à Nação... A gente conseguindo fazer tudo isso, deixaria o País num rumo com políticas de Estado bem traçadas."

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De outro modo, Mourão comentou que se Bolsonaro escolher outra pessoa para compor a chapa com ele em 2022, "isso compete a ele". "Não vou sair chorando, de beicinho. Não é assim que funciona. Se ele quiser escolher (outra pessoa), é Brasil. Vamos em frente."

Em relação à disputa direita-esquerda nas eleições, Mourão avaliou que, no campo da direita, Bolsonaro "nada de braçada e nisso ele está tranquilo". Entretanto, o vice disse "não ter dúvidas" de que a esquerda vai tentar construir uma candidatura viável, que "hoje não tem", declarou. "Mas a esquerda tem 25% do eleitorado que vota nela." Sobre o ex-juiz Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Mourão acredita que ele terá "um longo caminho pela frente" caso queira se candidatar à Presidência. "Ele vai ter de se filiar a um partido... Tem um longo caminho. E se manter no imaginário popular ao combate à corrupção. Temos de aguardar o desenrolar das ações, mas de maneira geral é um nome que sempre é lembrado por parcela da população."

Mourão acredita que as eleições municipais este ano servirão como um bom "termômetro" do que vai emergir em 2022 e afirmou que, "dentro dos limites da lei (eleitoral)", deve apoiar os candidatos do seu partido, o PRTB.

A CNN Brasil indagou Mourão também sobre o ex-assessor da família Bolsonaro Fabrício Queiroz, suspeito de participar de esquemas de "rachadinha" no Rio de Janeiro. "Este assunto está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e temos de aguardar o processo", disse Mourão. "Porque tudo o que temos recebido até agora são vazamentos, já que é um processo que corre em segredo de Justiça. Temos vazamentos pra todo lado." Por isso, Mourão disse preferir aguardar que o processo se desenrole. "Esse episódio é uma coisa que está restrita a um dos filhos do presidente (Flávio Bolsonaro) e, óbvio, uma coisa que atinge sua família é uma coisa que complica. Mas para nós não tem nada a ver. É uma questão particular da família do presidente."

Mourão declarou também que o presidente Jair Bolsonaro "guarda a sete chaves" o nome que indicará para a vaga do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que se aposenta em novembro. "Isso é um segredo que está nas mãos do presidente e, pelo que eu sei, guardado a sete chaves." Para o vice, porém, o indicado ao STF deveria "ser um jurista de notável saber".

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que as queimadas que estão ocorrendo na Amazônia não são "padrão Califórnia", referindo-se aos incêndios que também têm ocorrido no Estado norte-americano. Em entrevista concedida neste sábado à noite para a rede CNN, Mourão comentou que a medição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) - que faz monitoramento dos focos de incêndios na região - acusa "focos de calor" nas imagens de satélite, "o que não significa incêndio". "Vários focos juntos é que vão constituir um incêndio, dependendo da área em que estiverem localizados", disse Mourão e continuou: "Qualquer área acima de 47 graus vira foco de calor; uma fogueira vira foco de calor, mas não é incêndio. Não estou desmistificando nada, mas temos de dar a devida proporção ao que está acontecendo na Amazônia."

Mourão disse ainda que com o trabalho que tem feito no Conselho da Amazônia, em integração com vários outros órgãos do governo, como Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, o objetivo do governo Jair Bolsonaro, ao fim do seu mandato, é reduzir as taxas de queimadas e desmatamento na Amazônia Legal a 10% dos níveis históricos. "Temos de realizar todas as operações necessárias, no sentido de que haja essa redução, lembrando que a repressão pura e simples não contribuirá sozinha para isso. Isso passa pela conscientização das pessoas e também pela regularização fundiária, que é fundamental para a gente combater as ilegalidades, além de desenvolver atividades econômicas na região."

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Sobre cortes orçamentários no Ministério do Meio Ambiente, Mourão disse "que não foi tão grande, perdeu alguma coisa". Lembrou, porém, que o trabalho de combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia não se resume somente à pasta do Meio Ambiente. "Por exemplo, a regularização fundiária está com o Ministério da Agricultura e a questão da proteção de terras indígenas está com a Funai; são vários organismos que também têm recursos e esse é o trabalho do Conselho da Amazônia, fazer com que os trabalhos tenham sinergia."

Em relação a reclamações do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que iria perder R$ 60 milhões do orçamento de sua pasta, o que inviabilizaria, segundo ele, o combate ao desmatamento na Amazônia, Mourão disse que Salles usou seu direito de "jus sperniandi". "Ele defendeu sua pasta e colocou de forma pública isso. No fim das contas, foi resolvido e os recursos ficaram com ele; não há stress entre militares e o MME; aliás, o Salles é o tempo todo acionado pelo Conselho da Amazônia." Mourão acrescentou que "faltou melhor entendimento do ministro (Salles, sobre os recursos, que não estavam de fato bloqueados) e ele me acionar", disse. "Já conversei com Salles. Quando ele se sentir pressionado por outras alas, ele tem de recorrer a quem pode lhe auxiliar. E eu posso, por razões óbvias em relação a esse recurso e o trabalho que o Ministério do Meio Ambiente pode fazer."

Sobre a campanha Defund Bolsonaro, que tomou as redes sociais na semana passada, Mourão disse que se trata de um trabalho "contra o Brasil" e que de "oposição política". "Temos de responder com trabalho, com ações e trabalhar", disse Mourão, acrescentando que já no fim de janeiro o presidente Bolsonaro deu uma resposta "enfática e pragmática" para lidar com a questão do desmatamento na Amazônia, ao criar o Conselho da Amazônia, que permite a "sinergia" dentro do governo para lidar com a questão. "Existem ilegalidades (na Amazônia), mas estamos combatendo. Lembrando que a Amazônia é uma região de dimensões ciclópicas e é pouco integrada ao território brasileiro", disse. "Esses fundos, esses investidores, têm de entender o que é a Amazônia."

Mourão criticou, ainda, a pressão exclusivamente sobre a Amazônia brasileira. "Por que a pressão é só sobre a parte brasileira? Não tem desmatamento na Bolívia, na Colômbia, no Peru? Há um jogo geopolítico pesado, onde também participam empresas, que por sua vez, também são pressionadas pela agenda ESG."

Mas o vice-presidente disse que tem recebido apoio de várias empresas brasileiras para combater o desflorestamento da Amazônia. "Nossos grandes frigoríficos estão ajudando, participando de uma política fundamental que é a rastreabilidade do rebanho criado no Brasil. A partir do momento em que não aceitarem mais comprar gado que venha de área desmatada estarão dando um passo enorme para se encaixar nessa agenda e cooperar com o governo."

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, relacionou, nesta quarta-feira (9), a alta no preço de alimentos à injeção de recursos na economia pelo governo durante a pandemia, como o auxílio emergencial. Segundo ele, as pessoas estão "se alimentando melhor e melhorando as suas casas".

"É a questão da lei de oferta e procura. Uma porção de gente comprando porque o dinheiro que o governo injetou na economia foi muito acima daquilo que as pessoas estavam acostumadas. Tanto que está tendo grande compra de alimentos e material de construção. Então, as pessoas estão se alimentando melhor e estão melhorando as suas casas. Essas são as duas áreas onde está havendo bastante gasto", disse Mourão a jornalistas, na entrada da Vice-Presidência.

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Segundo ele, o aumento das exportações brasileiras e questões sazonais também influenciam na alta dos preços. "Estamos vendendo bastante para o mercado externo", comentou, citando o caso do arroz.

Mourão disse que a área plantada com o grão diminuiu porque os arrozeiros tiveram prejuízo e "o cara muda de ramo. Aí, agora, eles estão replantando. É um momento sazonal, daqui a pouco volta tudo ao normal", declarou.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou receio do risco de inflação e pediu "patriotismo" aos donos de supermercados para tentar baixar os preços de produtos que compõem a cesta básica.

Na terça-feira, 8, em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o governo não fará nenhum tipo de intervenção nos preços dos principais alimentos da cesta básica brasileira, que têm apresentado forte inflação nas últimas semanas, como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja. Há registros de aumento de mais de 100% nas gôndolas de supermercados.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, na manhã desta quarta-feira (9), que todo processo de pesquisa e desenvolvimento de vacinas pode sofrer "alguns recuos". Mourão comentou a suspensão dos testes clínicos da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Para o vice, é preciso aguardar uma apuração mais detalhada para saber se os efeitos colaterais constatados em um dos pacientes também pode afetar outros ou se foi um fato isolado.

"Vamos aguardar, né? Vacina é isso aí, pô. Toda questão de pesquisa e desenvolvimento de alguma coisa avança e, às vezes, sofre alguns recuos", disse Mourão a jornalistas, na entrada do Palácio do Planalto.

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"De acordo com o dado que nós temos aí, que foi informado, uma das pessoas que está como cobaia apresentou uma reação. Então, para tudo, vamos analisar essa reação, analisar se é particular só daquela pessoa por uma característica do organismo dela ou se é algo que pode afetar todos. É isso que a ciência está fazendo", emendou o vice.

Como mostrou o Broadcast/Estadão, o anúncio da suspensão dos testes clínicos da vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, foi recebido no Palácio do Planalto como "um balde de água fria", nas palavras de um auxiliar do presidente Jair Bolsonaro.

A vacina, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, era considerada a principal aposta de Bolsonaro e do governo brasileiro para imunizar a população contra o novo coronavírus. A suspensão dos estudos deixou Bolsonaro e integrantes da equipe bastante preocupados.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que "o Brasil não pode perder o bonde da história e deixar de embarcar nessa tecnologia 5G junto com o resto do mundo". "Perder essa janela de oportunidade significará décadas de atraso e prejuízo para a nossa sociedade", disse Mourão, nesta terça-feira (8), em vídeo transmitido durante evento das telecomunicações Painel Telebrasil 2020.

De acordo com Mourão, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Gabinete de Segurança Institucional estão trabalhando para estabelecer parâmetros técnicos adequados para o processo licitatório de instalação da rede 5G.

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Segundo o vice-presidente, a instalação da tecnologia 5G deverá ser feita de forma segura, protegendo os conhecimentos brasileiros sensíveis e a privacidade e considerando princípios da eficiência, economicidade e segurança.

No seminário Retomada Verde, promovido pelo Estadão, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que os indígenas precisam de renda própria e não podem viver "de esmola" do Estado. A fala do vice-presidente está em sintonia com o a do mandatário Jair Bolsonaro. Os dois são defensores da exploração das terras indígenas porque, segundo eles, os indígenas querem ter acesso à modernidade e não ficar refém das esmolas do poder público.

Em sua fala, mediada pela colunista Eliane Cantanhêde, Mourão também reconheceu as dificuldades do governo na área ambiental em relação às queimadas e ao desmatamento da Amazônia. "Nós entramos tarde no combate ao desmatamento", disse, reiterando que o Conselho Nacional da Amazônia Legal, que preside, tem agido para mudar a imagem da política ambiental do governo no exterior, alvo de críticas.

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, nesta terça-feira (1º), que a queda histórica do PIB "já estava na conta". "Essa queda já estava prevista, ela estava na conta, a gente já sabia que isso ia acontecer, por causa da pandemia, estava precificado", disse.

Ele citou outros países, como a Índia, com queda mais expressiva do que a do Brasil. "O Brasil não foi tão prejudicado como a gente esperava nessa questão da pandemia em termos de queda da atividade econômica. O problema é que o nosso colchão era pequeno em relação aos demais", declarou o vice.

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Segundo Mourão, no segundo semestre, o Brasil vai começar "um movimento mais vigoroso de retomada" econômica. "No final do ano, a expectativa é que o PIB deste ano encolha na faixa de 4,5% a 5%. Já se pensou que encolheria 9%, 10%. Vai ser bem menos do que isso."

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou ser contra a possibilidade de integrantes das Forças Armadas com cargo no governo acumularem remunerações que ultrapassem o teto do funcionalismo - R$ 39,3 mil. Como mostrou o Estadão, o Ministério da Defesa obteve aval da Advocacia-Geral da União (AGU) para aplicar um entendimento diferente para a regra no caso de militares com cargo no governo, o que, na prática, liberaria salários acima do limite.

Mourão disse que discorda da iniciativa da Defesa por "uma questão ética e moral" devido ao momento que o País vive. O vice-presidente é general da reserva e poderia ser beneficiado pela medida. "Têm dois aspectos aí. Número um, já tem jurisprudência a respeito que os proventos de aposentadoria não acumulariam com a questão de abate-teto. Agora, número dois tem a questão ética e moral, que eu acho que não é o caso", disse Mourão nesta segunda-feira (31), a jornalistas, ao chegar no Palácio do Planalto.

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"Eu claramente sou contra isso aí no momento que nós estamos vivendo. Se a gente estivesse vivendo uma situação normal, o País com recurso sobrando, tudo bem, mas não é o que está acontecendo", declarou o vice-presidente.

A Defesa argumenta, com apoio dos comandos de Aeronáutica, Exército e Marinha, que o abate-teto deveria limitar cada salário isoladamente. O argumento é de que a medida corrigiria distorções de militares da reserva que exercem cargos no governo sem receber o salário ou em troca de apenas uma parte.

Assim, caso nenhuma das remunerações atinja o teto, o militar poderia recebê-las integralmente. Apesar do aval da AGU, dado em abril, o pagamento acima do limite foi suspenso durante a pandemia da Covid-19.

O Ministério da Economia, no entanto, tenta convencer a AGU a rever essa autorização. Em documento obtido pelo Estadão, a área econômica alerta para o possível impacto nas contas que a mudança na regra pode causar e aponta que, desde 2018, o desconto feito no salário de servidores poupou R$ 518 milhões aos cofres públicos.

Apesar de a AGU ter dado a autorização com base em uma consulta da Defesa, na prática, outros ministérios, como o da Cidadania, já formularam consultas ao órgão sobre como proceder os pagamentos. Isso porque o parecer do órgão jurídico beneficia não só os militares, mas todos os servidores do governo que recebem salários de duas fontes diferentes.

O vice-presidente Hamilton Mourão avalia que a Organização das Nações Unidas (ONU) "não teve papel relevante" no combate à pandemia do novo coronavírus.

"Não houve uma única reunião do Conselho de Segurança da ONU para tratar desse assunto e se questiona fortemente desempenho da Organização Mundial da Saúde (OMS)", disse Mourão, em evento promovido pela TV BandNews.

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"Isso terá consequências no futuro próximo, entre eles essa desglobalização", emendou o vice-presidente.

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