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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, considera "difícil" o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltar ao cargo após ser afastado pela Justiça. "Eu acredito que, ao longo desses próximos seis meses, esse processo de impeachment deve avançar. Acho difícil que ele Witzel volte", disse o vice nesta sexta-feira, 28.

Mourão afirmou que a situação do Rio de Janeiro é "complicada" e lamentou pela população que sofre com a "ausência do Estado". "Parece que a corrupção se enraizou no Rio de Janeiro. Eu lamento pelo povo do Rio de Janeiro que sofre a ausência de Estado", disse Mourão.

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No início da manhã, o presidente Jair Bolsonaro riu ao comentar o afastamento do governador do Rio de Janeiro, que se tornou seu adversário político. "O Rio está pegando, o Rio está pegando hoje. Está sabendo do Rio hoje? Governador já... Quem é teu governador?", reagiu Bolsonaro a um apoiador que o questionou sobre a situação do Estado, na saída do Palácio da Alvorada.

Em seguida, o homem disse que o governador agora é "o vice". "Está acompanhando", respondeu Bolsonaro, aos risos.

O vice-presidente a República, General Hamilton Mourão, afirmou, nesta quarta-feira (26), que é a favor do pagamento de taxa em Universidades Federais. A declaração foi durante palestra na Aula Magna do semestre 2020.2 das instituições de ensino superior que integram o grupo Ser Educacional. 

No momento, o vice-presidente Mourão respondia a uma pergunta feita pelo fundador do grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, sobre medidas de financiamento pensadas pelo Governo Federal para a inclusão de 83% da população brasileira em idade universitária no ensino superior, levando em consideração que boa parte desse percentual não dispõe de recursos para pagar pelos estudos. 

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Em resposta, o vice-presidente afirmou que o Brasil enfrenta uma crise fiscal grave, que impossibilita o direcionamento de mais recursos para maiores gastos sociais. “Em torno desses problemas sociais, vamos colocar uma linha de crédito para nós conseguirmos trazer essa parcela da população que não consegue ingressar no ensino superior, seja pela dificuldade em prosseguir com os estudos ou pela falta de recurso financeiros para arcar com os custos com a faculdade”, afirmou Mourão. 

O vice-presidente ainda expõe uma solução possível baseada em um “pensamento de longa data”, sobre a possibilidade de pagamento de mensalidade nas Universidades Federais. “Nós temos dentro da Universidade Federal, gente que poderia pagar seus custos, que está recebendo ensino gratuito de graça e, posteriormente, não devolvendo nada para o País”, declarou Mourão. 

Para exemplificar, Mourão falou sobre seus filhos que estudaram em unidades de ensino superior federal e que, nesse caso, ele “poderia ter pago algo”. “Temos que pensar, hoje, seriamente e sem preconceitos. Ver o que seria um recurso para aqueles jovens que precisam de financiamento, e pagar uma universidade privada”, propôs. “Seria uma compensação muito justa isso aí”, completou Mourão. 

O encontro foi acompanhado por mais de 180 mil estudantes dos cursos presenciais e EAD das marcas UNINASSAU, UNAMA, UNG, UniNorte, UNINABUCO e UNIVERITAS distribuídos por todo o Brasil. A palestra gratuita foi aberta ao público.

O vice-presidente da República e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, afirmou que as abordagens das Forças Armadas na Amazônia centradas unicamente na repressão aos crimes ambientais "são onerosas e pouco eficientes no longo prazo".

Segundo informou Mourão, o Conselho da Amazônia colocou em andamento a operação Verde Brasil 2, para "intensificar o combate à criminalidade na região humanizada do cinturão que envolve a selva nativa" a partir da ação conjunta das Forças Armadas em conjunto com as agências de vigilância ambiental. O vice-presidente defendeu "regulamentar, monitorar e fiscalizar de maneira mais racional e efetiva a ocupação e o uso" do território amazônico.

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Nesta semana, o governo federal empenhou, por meio do Ministério da Defesa, R$ 145.391.861 para a compra, sem licitação, de um novo satélite a ser empregado no monitoramento da Amazônia. Especialistas, entretanto, contestam a eficácia do satélite.

Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), Gilberto Câmara afirmou que existem sistemas gratuitos de satélites que desempenham a mesma tarefa com resultado mais satisfatório que a tecnologia que os militares pretendem adquirir.

Mourão afirmou também que há a necessidade de melhorar o ambiente de negócios e aprimorar as alternativas de emprego e renda em atividades de ambientalmente sustentáveis. "Somente assim será possível liberar o potencial da comunidade empresarial, proprietários rurais, empreendedores locais, investidores e outros atores privados", disse o vice-presidente.

Mourão participou na manhã desta quarta-feira de aula magna a alunos do grupo Ser Educacional.

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Ao rebater críticas, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, convidou o ator Leonardo DiCaprio, nesta quarta-feira (19), a conhecer "como as coisas funcionam na Amazônia". Mourão disse que as queimadas da região amazônica só ocorrem em "área humanizada", e não na floresta. Ele também afirmou que apresentar resultados na área da preservação ambiental é a sua "maior angústia".

"Eu gostaria de convidar nosso mais recente crítico, o nosso ator Leonardo DiCaprio, para ir comigo a São Gabriel da Cachoeira, nós fazermos uma marcha de oito horas pela selva entre o aeroporto de São Gabriel e a estrada de Cucuí. E ele vai aprender em cada socavão que ele tiver que passar que a Amazônia não é uma planície e aí entenderá melhor como funcionam as coisas nesta imensa região", afirmou Mourão em evento sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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DiCaprio disse na terça-feira (18), em uma rede social, que o presidente Jair Bolsonaro "duvidou publicamente da gravidade" dos incêndios na região e que há "preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente".

Nesta quarta, o vice-presidente também afirmou que a sua "maior angústia" é a cobrança interna e externa por resultados do governo na área da preservação ambiental. "Óbvio que nós seremos julgados por nossos resultados e não por nossas intenções. E essa é a minha maior angústia o tempo todo. Nós temos que apresentar resultado. E os resultados estão centrados nos eixos de preservação, proteção e desenvolvimento sustentável."

Para Mourão, há "muita desinformação sobre a Amazônia". "Uma primeira coisa que tem que ficar clara: onde ocorre queimada na Amazônia é naquela área humanizada. A floresta não está queimando. No entanto, a imagem que é passada para o resto do Brasil e para a comunidade internacional é que tem fogo na floresta. Não adianta você mostrar o mapa da Nasa, o mapa do Inpe, que a turma não aceita o dado", disse o vice.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se posicionou sobre o caso do aborto, realizado nesta segunda (17), no Recife, de uma criança de 10 anos estuprada pelo tio. "Mais do que necessário, recomendado", afirmou o general, em entrevista à BBC Brasil.

“É um crime que foi cometido contra esta criança. O nosso Código Penal é claro: em casos como esse, o aborto é mais que necessário, é recomendado. Como é que uma menina de 10 anos de idade vai ter um filho e vai criar um filho? Isso é um absurdo”, frisou o vice-presidente.

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O procedimento de aborto foi realizado com sucesso, nesta segunda-feira, em favor da criança, que sofria abusos sexuais desde os seis anos de idade. No último domingo (16), a ativista bolsonarista Sara Winter descobriu e divulgou o endereço do Centro Integrado de Saúde Amaury Medeiros (Cisam), hospital em que a menina estava internada. Liderado pelos deputados estaduais como Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP), um grupo de evangélicos e católicos foi ao local e causou tumulto ao se manifestar em contrariedade ao aborto, autorizado pela Justiça.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, voltou a reclamar de países que supostamente "se aproveitaram da crise" provocada pelo novo coronavírus para "avançar em interesses protecionistas e renovar atitudes colonialistas" contra o Brasil. A fala ocorreu nesta terça-feira (11) durante a 2ª Cúpula Presidencial do Pacto de Letícia pela Amazônia, que está sendo realizada por videoconferência.

"Além da perda de patrimônio natural com os incêndios florestais em 2019, enfrentamos a uma intensa reação internacional contra o nosso governo. Isso nos confirmou que a preservação da Amazônia ocupa um lugar especial no imaginário ambiental do mundo moderno", disse Mourão. "Pior foi a postura de alguns que se aproveitaram da crise para avançar em interesses protecionistas e renovar atitudes colonialistas", afirmou em seguida.

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Na segunda-feira, Mourão falou algo semelhante ao participar do encontro Ibero-Americano da Agenda 2030 do Poder Judiciário. "No plano externo, nos preocupa que a crise gerada pela pandemia (da Covid-19) seja utilizada como justificativa para a imposição de medidas protecionistas. Acompanhamos, com receio ainda maior, o acúmulo de tensões entre as duas principais potências econômicas do Planeta e seus possíveis efeitos desestabilizadores sobre o sistema internacional", declarou o vice na segunda-feira.

Na reunião do Pacto de Letícia, Mourão também enfatizou que "o protagonista do desenvolvimento sustentável na Amazônia será o setor privado, não o Estado".

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a paralisação de uma operação contra garimpo ilegal nas terras da etnia Munduruku, no Estado do Pará, ocorreu após um protesto dos próprios indígenas, que, segundo ele, são os responsáveis pela extração de ouro na região. A operação foi retomada nesta sexta-feira, 7, segundo o Ministério da Defesa. Mourão aproveitou o episódio para defender a aprovação da proposta legislativa que libera a atuação de garimpeiros em áreas demarcadas.

"Os garimpeiros são os indígenas que moram lá. Inclusive, é muito bom para desmontar a teoria daquela turma que acha que o índio tem que viver segregado na mata e não ter meio de subsistência. Ele (índio) vai buscar o meio de subsistência dele", disse Mourão a jornalistas.

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"A operação foi suspensa exatamente porque os indígenas fizeram um protesto lá e vieram aqui conversar com o ministro e a partir do momento que conversaram com o ministro (do Meio Ambiente, Ricardo Salles) ela foi liberada para prosseguir. Foi suspensa no dia de ontem, pronto", acrescentou.

Mourão usou o caso para defender a aprovação da proposta que libera o garimpo em terras indígenas no Congresso. "A Constituição diz, artigo 231, que a exploração mineral em terra indígena poderá ser realizada desde que o Congresso legisle a respeito. Estamos há 32 anos esperando que isso ocorra. Todos os governos mandaram projeto sobre isso (ao Congresso). Se não definir isso aí, você fica tapando o sol com a peneira, porque eles (indígenas) sabem que tem ouro lá", afirmou o vice.

Mais cedo, durante videoconferência promovida pela FSB Comunicação, Mourão afirmou que "os nossos índios hoje vivem em terras ricas e como mendigos". "Não têm acesso às conquistas materiais da humanidade, porque são preservados como animais em zoológicos. E a imensa maioria dos povos indígenas, dos diferentes grupos indígenas, querem ter acesso, querem trabalhar, querem produzir. O índio não quer continuar a viver na oca, nu, caçando de arco e flecha, pescando na beira do rio quando ele sabe que ele pode, naquela terra que ele tem, trabalhar dentro dos ditames do nosso código florestal."

Para Mourão, o "indígena tem que ter o direito de explorar a riqueza que tem na terra dele dentro dos ditames da nossa legislação". "A partir daí, ele terá acesso às benfeitorias, ao progresso material da humanidade. Ou seja, ele vai ter uma escola decente na sua terra indígena, para ensinar sua cultura, vamos colocar assim, vai ter apoio de saúde, vai ter comunicação, celular, acesso à televisão a cabo. Ou seja, todas as benesses do mundo moderno. E não vivendo como se estivesse ainda segregados", afirmou.

Por meio de nota, o Ministério da Defesa informou hoje que "as operações haviam sido temporariamente suspensas, por um dia, na quinta-feira (6), atendendo à solicitação dos indígenas, para permitir avaliação de resultados e a realização de encontro de representantes dos indígenas com o Ministério do Meio Ambiente, em Brasília".

Ainda na quinta-feira, 6, afirmou o ministério, representantes dos indígenas mundurukus foram levados a Brasília, em aeronave da Força Aérea Brasileira e foram recebidos na sede da pasta, onde apresentaram seus pleitos e preocupações.

Criticado por bolsonaristas por sua postura em relação à China, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu, nesta sexta-feira (7), que o Brasil deve retomar a sua posição histórica na política externa, que classificou como "pragmática e flexível". "Nós temos que buscar o tempo todo os interesses do Brasil", disse o vice durante videoconferência da FSB Comunicação.

Esta não é a primeira vez que Mourão defende "pragmatismo" na área internacional. Em julho do ano passado, o vice falou sobre a importância da característica e de flexibilidade em questões como as relações comerciais com a China. Mourão tem atuado como voz moderada em relação ao país asiático, maior parceiro comercial do Brasil.

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"Em relação à política externa, eu tenho me batido diariamente para que nós adotemos aquela posição histórica do Brasil, que é sermos pragmáticos e flexíveis. E nós temos que ver aquilo que é atribuído ao lorde Palmerston, estadista inglês do século 19, que dizia que não existem amizades eternas nem inimizades perpétuas. Existem única e exclusivamente os nossos interesses. Então, na política externa nós temos que buscar o tempo todo os interesses do Brasil", disse Mourão nesta sexta.

Ele também defendeu que o Brasil deve saber se posicionar na "disputa geopolítica, tecnológica, comercial e até militar que está ocorrendo entre EUA e China, como potência em ascensão, com a Europa Ocidental e a Rússia de espectadores e partícipes nessa disputa".

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou em entrevista por videoconferência ao jornal Diário de Pernambuco que o governo federal precisa buscar soluções para problemas fiscais e sociais. "Temos que buscar soluções que caibam dentro do espaço fiscal para que as pessoas continuem a participar do mercado de trabalho e tenham uma renda mínima para satisfazer parte das suas necessidades", disse.

Para o vice, existe hoje no Palácio do Planalto a "exata compreensão" de que levará tempo para recuperar empregos formais perdidos em meio à crise econômica. "Um grande número de trabalhadores informais também levará tempo para se reconstruir", completou.

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No primeiro semestre do ano, o Brasil perdeu 1,198 milhão de vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na terça-feira (28), pelo Ministério da Economia.

Questionado sobre a possibilidade de reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, Mourão respondeu que o trabalho que o governo federal vem realizando "dará bons frutos" e chefe de governo "chegará a 2022 extremamente competitivo".

O vice apontou para o objetivo de solucionar "os dois grandes problemas econômicos" da busca pelo equilíbrio fiscal e da baixa produtividade. Ele mencionou ranking de 18 países em que o Brasil ocuparia a última posição. Mourão relatou que algumas agendas do governo federal "pararam" por causa da pandemia, mas a reforma tributária está sendo "retomada".

"Ao mesmo tempo, temos que avançar na segurança pública, educação e saúde. São essas vertentes em que nosso governo tem de ser positivo para que não haja retorno de visão anterior", disse ele, em referência à gestão por mais de 20 anos de governantes do PSDB e do PT.

Agenda ambiental

O vice-presidente afirmou ainda que o governo federal tem de fazer a sua parte no combate ao desmatamento na Amazônia para "deixar claro" que está "comprometido" com a agenda ambiental. Na sua visão, se isso se concretizar, "as pressões internacionais devem cessar".

"Num primeiro momento, estamos atuando com medidas voltadas para a questão da proteção e preservação para impedir avanços das ilegalidades como desmatamento, queimadas e garimpo ilegal", disse o vice, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal.

Mourão acrescentou que o governo está "buscando soluções que vão permitir desenvolvimento sustentável para aquela região, explorando a riqueza da biodiversidade amazônica".

"Vida que segue", disse nesta sexta-feira (17) o vice-presidente Hamilton Mourão sobre a declaração do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o Exército está se associando a um "genocídio", ao se referir à crise sanitária no Brasil. "Eu acho que o ministro errou, mas considero que este incidente está superado", disse o vice à Rádio Gaúcha.

Durante a semana, Mourão havia cobrado uma retratação de Gilmar: "Se ele tiver grandeza moral, tem de se desculpar". Na terça-feira, 14, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, acionou um artigo da Lei de Segurança Nacional sobre em representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro. No dia seguinte, em um gesto para apaziguar os ânimos, Gilmar falou por telefone com o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello.

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Questionado na entrevista sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil, que nesta quinta, 16, ultrapassou o patamar de 2 milhões de infectados, Mourão elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS). "O nosso sistema público de saúde vem dando conta disso. Então é uma grande vitória do SUS e de todos os profissionais que o construíram e que trabalham nele ", disse Mourão.

Como revelou o Estadão, Eduardo Pazuello tem sido orientado a ir para reserva caso queira continuar como interino na Saúde ou deixar o cargo se a opção for permanecer como militar da ativa. "A decisão de manter ou não o Pazuello é do presidente (Jair Bolsonaro), disse Mourão.

Meio ambiente

Sob pressão de investidores estrangeiros e empresários brasileiros, Mourão destacou a importância da agenda ambiental para o governo. "A coisa é muito clara. O nosso governo sabe muito bem que a agenda ambiental e a questão da sustentabilidade são temas muito caros ao século 21", disse o vice. "O governo sabe das suas responsabilidades em manter funcionando plenamente a nossa legislação, o nosso código florestal, que é o mais adiantado do mundo. Nós temos mais de 60% do País com a cobertura vegetal intacta, ou seja, nós somos um exemplo. Mas, infelizmente, desde 2012 para cá, ocorreu um aumento do desmatamento na Amazônia, ano passado esse desmatamento atingiu um nível maior ainda, então compete a nós tomarmos as medidas repressivas necessárias para impedir que isso continue a ocorrer".

Na área econômica, o vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre a discussão em torno da criação de um imposto sobre transações financeiras. Para o vice, "deve ter um fundamento muito claro".

"O ministro Paulo Guedes (Economia) hoje coloca como um substituto da desoneração da folha. Ao desonerar a folha, haveria uma oportunidade muito maior da criação de empregos formais. Eu ainda vejo mais além, que um imposto dessa natureza ele pode ser também utilizado para reforçar o programa de renda mínima, o Renda Brasil, que vem sendo montado pelo governo", disse Mourão, destacando que a "discussão é dentro do Congresso".

Questionado por três vezes no Senado se o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, permanecerá no governo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu o chefe da pasta, mas afirmou estar em "silêncio obsequioso" quando provocado a manifestar sua opinião sobre o futuro de Salles.

Ricardo Salles é alvo de pressão no cargo em função da política ambiental do governo. Além disso, o Brasil tem sido pressionado por investidores estrangeiros para reduzir o desmatamento da Amazônia. No Senado, Mourão destacou que qualquer decisão sobre o futuro de ministros no governo cabe ao presidente Jair Bolsonaro.

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Nesta terça-feira (14), Mourão foi chamado no Senado para falar das ações do governo no combate ao desmatamento na Amazônia. "Eu sou homem de governo. Eu permaneço, como diria Frei Boff, em silêncio obsequioso", declarou o vice quando perguntado sobre Salles.

Ele fez referência a Leonardo Boff, teólogo punido pelo Vaticano nos anos 1980 e condenado ao "silêncio obsequioso", tendo sido proibido de publicar suas ideias em razão de divergências teológicas com a cúpula da Igreja Católica. Boff é crítico ferrenho do governo Bolsonaro e aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em outro momento, na mesma audiência, Mourão declarou que o governo está "procurando colocar Salles em uma melhor posição do que ele vem tendo". Logo no início, porém, o vice saiu em defesa do ministro. "O ministro tem cumprido todas as nossas orientações e tem sido um parceiro na busca das soluções e melhoria da nossa política ambiental e do combate às ilegalidades", disse.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (14) que, se o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiver "grandeza moral", tem de se desculpar e se retratar após declarar que o Exército se associou a um "genocídio" durante a pandemia do novo coronavírus.

Na segunda-feira (13), o vice já havia dito que Gilmar "forçou a barra e ultrapassou o limite da crítica". Em nota divulgada na manhã desta terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou que não atingiu a honra do Exército e manteve as críticas à "substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde".

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Em reação às afirmações de Gilmar, o Ministério da Defesa afirmou que entraria com uma representação contra ele na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na entrevista à CNN Brasil nesta terça, Mourão afirmou que é preciso esperar a redução no avanço da covid-19 no País para promover a troca no comando do Ministério da Saúde. "Espera a pandemia arrefecer, aí troca", disse.

Eduardo Pazuello, general da ativa, está no comando interino da pasta há dois meses, após a saída de Nelson Teich. Na visão do vice-presidente, a covid-19 apresenta "menores graus de letalidade em locais onde houve avanço muito rápido", como São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Belém. "Deixa que se tenha noção de que atingimos um ponto de controle para aí trocar ministro."

Para Mourão, que é general da reserva, a eventual troca de ministros cabe ao presidente Jair Bolsonaro. Pazzuelo é pressionado pelo núcleo militar do governo para deixar a ativa e ir para a reserva no Exército.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (13), que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), "forçou a barra" e "ultrapassou o limite de crítica" ao dizer que o Exército se associou a um genocídio durante a pandemia do novo coronavírus.

"O ministro Gilmar Mendes não foi feliz. Vou usar uma linguagem do jogo de polo, ele (Gilmar) cruzou a linha da bola. Cruzou a linha da bola ao querer comparar com genocídio o fato das mortes ocorridas no Brasil durante a pandemia, querer atribuir essa culpa ao Exército porque tem um oficial-general do Exército como ministro interino da Saúde (Eduardo Pazuello)", disse Mourão durante videoconferência promovida pela Genial Investimentos.

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Em abril, Mourão usou a mesma expressão usada no de polo, esporte que pratica, para se referir ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. No jogo, "cruzar a linha da bola" é considerada uma falta grave.

"Ele (Gilmar) forçou uma barra aí que agora está criando um incidente com o ministério da Defesa. Há pouco a Defesa soltou uma nota e talvez até acione a Procuradoria-Geral da República", afirmou. "A crítica vai ocorrer, tem que ocorrer, é válida, mas o ministro ultrapassou o limite da crítica", acrescentou o vice.

Apesar do desgaste com Gilmar Mendes, Mourão afirmou que as "tensões" entre os poderes diminuíram nos últimos tempos. De acordo com ele, o presidente Jair Bolsonaro escalou ministros como Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e André Mendonça (Justiça) para "restabelecer as pontes com o STF".

"Nós tivemos um período meio conturbado no relacionamento do Executivo com o Legislativo e Judiciário que nos últimos tempos, essas tensões foram se reduzindo", avaliou o vice-presidente.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta segunda-feira (6), que o Executivo tem uma boa relação com o Superior Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro tem assessores que fazem "ponte" com o Judiciário. O vice-presidente participou de live promovida pelo banco Credit Suisse.

Mourão ponderou, contudo, que o ruído na comunicação com o STF começou com a abertura do inquérito das fake news, que apura notícias falsas contra os membros da Corte. Recentemente, a investigação se voltou contra empresários, blogueiros e militantes aliados ao governo.

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Ao tratar da relação do governo com jornalistas, Mourão afirmou que não adianta querer que a imprensa noticie coisas boas, pois ela irá "anunciar o que abalará estruturas".

Segundo ele, é necessário que Bolsonaro se preserve, pois é o "comandante" e só atua no momento crítico. Com essa postura, segundo ele, haveria uma melhora no relacionamento do governo com a mídia.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em live semanal nesta quinta-feira (2) que acredita no arquivamento de processos que correm contra sua chapa. "Acredito no arquivamento de todos os processos que estão lá", disse após citar a investigação sobre disparo de mensagens em massa por Whatsapp e divulgação de um outdoor. Ele negou que tenha patrocinado outdoors em todo o País durante a campanha.

"Eu estou sendo julgado por vários processos pedindo a cassação da chapa no Tribunal Eleitoral Superior (TSE). Diz que o processo mais complicado é que eu teria impulsionado zap em massa por ocasião das eleições", disse. "Qualquer processo preocupa, é um tribunal eleitoral e tem ministro que quer dar voto político", disse.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabriu o prazo para a produção de provas contra a chapa eleita em 2018, composta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o vice Hamilton Mourão (PRTB). Na votação dessa terça-feira (30), o tribunal foi favorável a continuidade de duas ações movidas por coligações do PV e Rede, e do PSOL e PCB.

Um dos autores do pedido de reabertura da investigação, Guilherme Boulos (PSOL), comemorou a decisão do tribunal. "VITÓRIA! TSE acabou de acolher nosso pedido e decidiu reabrir investigação da cassação da chapa Bolsonaro/Mourão", publicou nas redes sociais. Já Marina Silva, líder da coligação Unidos para Transformar o Brasil (Rede/PV) ainda não se pronunciou.

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Entenda

Os partidos da oposição pedem que o mandato da chapa seja cassado ao apontar que os eleitos foram beneficiados, ainda na campanha eleitoral, pelo suposto hackeamento da página no Facebook "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", que foi alterada durante 24 horas para "Mulheres com Bolsonaro #17". Os denunciantes acrescentam que a página chegou a ser publicada no perfil de campanha de Bolsonaro com a legenda "Obrigado pela consideração, mulheres de todo o Brasil!".

A defesa afirma que Bolsonaro e Mourão não participaram e nem tiveram conhecimento prévio do episódio. Os advogados também lembram que na data do fato, o candidato à presidência estava internado após ser submetido a uma cirurgia em razão da facada que levou de Adélio Bispo.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu arquivar na noite desta terça-feira (23) uma ação que investigava a campanha de Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, por suposto abuso de poder econômico envolvendo a veiculação de 179 outdoors em 25 Estados brasileiros a favor do então candidato do PSL ao Palácio do Planalto.

A sessão, realizada por videoconferência, foi marcada pelo som de cornetas e buzinas de carros de apoiadores de Bolsonaro, que se manifestaram na área externa do tribunal - o barulho foi captado pelo áudio da TV Justiça.

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Os outdoors, contestados em ação apresentada pelo PT, traziam uma série de mensagens elogiosas a Bolsonaro. "É melhor 'Jair' se acostumando. Um feliz 2018" e "Presidente Bolsonaro, honra e moral" e "Bolsonaro 2018. Defensor da Família, político honesto".

Muitas das mensagens foram instaladas no início de 2018, muito antes das eleições. "Não é possível afirmar que a instalação de outdoors em alguns municípios de alguns Estados tenha revelado gravidade suficiente a ponto de provocar um desequilíbrio na eleição presidencial de 2018, cuja abrangência dizia respeito a 27 unidades da federação, com 5.570 municípios", observou o relator do caso, ministro Og Fernandes.

O entendimento do relator foi acompanhado por todos os outros ministros que participaram do julgamento. "A questão central diz respeito precisamente à ausência de prova suficiente para evidenciar gravidade que afete o equilíbrio do processo eleitoral no país", disse Edson Fachin.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar, nesta terça-feira (9), ações que pedem a cassação da chapa que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e o vice, Hamilton Mourão, em 2018. As duas primeiras a entrarem na pauta tratam sobre ataques cibernéticos a um grupo de Facebook que teria favorecido Bolsonaro. A avaliação na corte eleitoral, porém, é de que esses questionamentos têm pouca chance de irem adiante, mas ainda há outras ações na lista para serem julgadas que preocupam mais o Palácio do Planalto, como as que tratam de disparos de mensagens em massa pelo WhatsApp.

Na duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que devem ser julgadas amanhã, os então candidatos presidenciais Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) alegam que, durante a campanha, em setembro de 2018, o grupo virtual "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataque virtual que alterou o conteúdo da página. As interferências atingiram o visual e até mesmo o nome do grupo, que passou ser chamado de "Mulheres COM Bolsonaro #17". O então candidato beneficiado com a mudança compartilhou a imagem alterada, agradecendo o apoio. Para os adversários, a atitude configurou abuso eleitoral.

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O relator do caso no TSE, ministro Og Fernandes, já votou contra os pedidos de Marina e Boulos em novembro do ano passado, mas o ministro Edson Fachin pediu vista - mais prazo para análise - do processo. O julgamento de amanhã será retomado pelo voto-vista de Fachin.

Em seu voto, o relator afirmou que, mesmo que tenha sido comprovada a invasão da página, as investigações não foram conclusivas quanto à sua verdadeira autoria. O ministro também acrescentou que a invasão ao perfil em rede social não teve gravidade capaz de causar ofensa à normalidade e à legitimidade das eleições.

Para o relator, a rigorosa sanção de cassação da chapa somente deve ser aplicada quando houver provas robustas, fortes e contundentes de autoria e participação.

Outras seis Aijes sobre a chapa presidencial eleita em 2018 estão em andamento no TSE.

Disparo de mensagens pelo Whatsapp

Quatro ações ainda sem data para serem julgadas apuram irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral. Os pedidos de cassação de Bolsonaro relativos a estes casos foram protocolados pelos então candidatos Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT).

Como mostrou o Estadão, o controverso inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pode "turbinar" estas ações. A avaliação entre ministros do tribunal é a de que, caso seja autorizado, um compartilhamento das provas do STF com a Justiça Eleitoral deve dar um novo fôlego às investigações.

Na sexta-feira passada (5), a defesa de Bolsonaro pediu que o TSE rejeite incluir o conteúdo do inquérito das fake news nos processos eleitorais. O argumento da advogada Karina Kufa é de que as investigações no Supremo não têm relação com as ações contra a chapa.

O ministro Alexandre de Moraes é um personagem-chave nos dois Tribunais. Relator do inquérito das fake news, o ministro do Supremo determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de empresários bolsonaristas no intervalo de julho de 2018 a abril de 2020, abrangendo, portanto, o período das últimas eleições presidenciais. Na semana passada, Moraes assumiu uma cadeira de ministro titular do TSE.

Outras ações

Uma outra ação que trata da colocação de outdoors em pelo menos 33 municípios de 13 Estados aguarda ser pautada para julgamento. Segundo a denúncia, as placas publicitárias apresentavam imagens e mensagens semelhantes, o que representaria abuso de poder econômico, conduta passível de condenação da chapa. Há, ainda, um processo já julgado improcedente em fase de embargos de declaração que apura uso indevido de meio de comunicação.

Em um revés para o presidente Jair Bolsonaro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por 4 a 3, reabrir a fase de coleta de provas de duas ações que miram a campanha do então candidato do PSL ao Palácio do Planalto em 2018. O caso diz respeito ao hackeamento no Facebook do grupo 'Mulheres unidas contra Bolsonaro', que reunia 2,7 milhões de pessoas durante as últimas eleições. O entendimento do TSE frustra o governo, que esperava o arquivamento imediato dessas ações, consideradas menos perigosas para o mandato do presidente da República.

Em setembro de 2018, o grupo virtual 'Mulheres unidas contra Bolsonaro' sofreu um ataque cibernético que alterou o conteúdo da página, que passou a se chamar 'Mulheres com Bolsonaro #17'. As ações para investigar o episódio foram apresentadas pelas campanhas dos então candidatos à Presidência da República Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

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O relator do caso, Og Fernandes, e os ministros Luís Felipe Salomão e Alexandre de Moraes defenderam o arquivamento das ações, sob a alegação de que o episódio não teve repercussão nas eleições presidenciais, ou seja, a invasão do perfil não teria sido grave o suficiente para comprometer a legitimidade do pleito

Prevaleceu, no entanto, o entendimento de que o episódio é grave e deve ser, sim, investigada a autoria do ataque cibernético, que durou cerca de 24 horas. O voto de desempate a favor da reabertura da fase de coleta de provas foi dado nesta terça-feira pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.

"Isso é quase um sequestro, um assalto, você admitir que alguém possa invadir um site. É você invadir o site alheio e desvirtuar a manifestação legítima que na política deve haver para todos os lados. A ideia de que alguém possa não suportar o adversário a ponto de violar o seu espaço de liberdade de expressão para deformá-lo, usar para coisa completamente oposta", disse Barroso.

"Eu penso que, independentemente de ter tido qualquer repercussão no resultado da eleição, o hackeamento é um fato grave, se evidentemente a campanha adversária estiver envolvida", concluiu Barroso.

Salomão rebateu o colega. "Em nenhum momento, nenhum de nossos votos disse que a conduta não é grave para efeito criminal. Porém, a pergunta é: contrairia a legitimidade do pleito? Interfere no resultado das eleições?"

Mensagens

Ao todo, ainda tramitam no TSE oito ações que investigam a campanha de Bolsonaro e Mourão - em uma delas, sobre outdoors espalhados a favor de Bolsonaro, o TSE decidiu arquivar o processo, mais ainda cabe recurso. As ações mais delicadas são as quatro que tratam do disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp.

Se a chapa Bolsonaro-Mourão for cassada ainda neste ano pelo TSE, novas eleições deverão ser convocadas e caberá à população brasileira ir às urnas para definir o novo ocupante do Palácio do Planalto. Caso o presidente e o vice sejam cassados pelo tribunal em 2021 ou 2022, o Congresso fica com a escolha do novo chefe do Executivo. Até hoje, o TSE jamais cassou um presidente da República.

Em nota enviada à reportagem, Guilherme Boulos comemorou a decisão do TSE. "É um avanço muito importante rumo à cassação da chapa Bolsonaro-Mourão. Quem se elege mentindo, governa mentindo. Por isso, é fundamental que o tribunal dê o exemplo para que o Brasil saia das mãos dos milicianos, e para que o próprio povo possa resgatar o País desse pesadelo diário, elegendo um novo governo que tenha compromisso com a verdade e construa um futuro com justiça e esperança para todos os brasileiros", disse.

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou que uma eventual ruptura democrática está "fora de cogitação" e que "não existe espaço no mundo para ações dessa natureza". As declarações foram publicadas pela jornalista Andréia Sadi, do G1, nesta quinta-feira, 28. Mourão também minimizou as falas do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, que falou em "momento de ruptura" em uma live.

"Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os poderes. Eu não falo pelas Forças Armadas, mas sou general da reserva, conheço as Forças Armadas: não vejo motivo algum para golpe", declarou Mourão.

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A fala de Mourão ocorre depois de Bolsonaro adotar um tom de ameaça ao comentar as medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura fake news e tem como alvos aliados bolsonaristas. Bolsonaro disse que não vai admitir "decisões individuais" e que "ordens absurdas não se cumprem". "Acabou, porra!", esbravejou o presidente a jornalistas nesta quinta-feira.

Na quarta-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro também criticou a atuação de ministros do STF na investigação sobre a suposta interferência do pai na Polícia Federal e no inquérito das fake news que autorizou mandados de busca e apreensão contra aliados da família. "Falando bem abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opção de se, mas, sim, de quando isso (ruptura institucional) vai ocorrer", disse em uma transmissão.

Mourão minimizou as declarações do filho "03" do presidente Bolsonaro."Me poupe. Ele é deputado, ele fala o que quiser. Assim como um deputado do PT fala o que quiser e ninguém diz que é golpe. Ele não serviu Exército. Quem vai fechar Congresso? Fora de cogitação, não existe situação para isso", afirmou.

À jornalista, o vice-presidente reforçou que, em sua avaliação, o inquérito das fake news deveria ter sido enviado à Procuradoria-Geral da República, para que o Ministério Público decidisse se abriria ou não a investigação, e defendeu que o tema fosse debatido pelo plenário do STF.

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