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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, neste sábado (1º), 2.178 novos casos de Covid-19 em Pernambuco. Desse total, 197 são Síndrome Respiratória Aguda Grave, enquanto os demais diagnósticos foram classificados como leves, sem necessidade de internação.

Com os números deste sábado, o Estado soma 408.763 casos confirmados do novo coronavírus. Hoje, também foram contabilizados 90 óbitos em decorrência da Covid-19. Pernambuco totaliza, agora, 14.128 mortes por causa doença.

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Ao longo do dia, a Secretaria Estadual de Saúde promete divulgar mais detalhes epidemiológicos sobre os casos mais recentes da Covid-19. O Governo de Pernambuco pede que a população siga as recomendações de prevenção, como manter distanciamento social e utilização de máscara e álcool em gel.

A Argentina superou os 60 mil mortos por Covid-19 no âmbito de um aumento exponencial de contágios que somou nesta quarta-feira (21) 25.932 casos e 291 óbitos, segundo um boletim do Ministério da Saúde.

"A Argentina está vivendo o pior momento da pandemia desde 3 de março do ano passado. É o momento de mais risco", declarou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, o que levou à velocidade exponencial de contágios e ao número de internações em unidades de terapia intensiva, que alcançaram os 75% de ocupação na região metropolitana de Buenos Aires (AMBA, em espanhol).

Com 45 milhões de habitantes, a terceira economia da América Latina alcançou nesta quarta 2.769.552 contágios e 60.083 falecidos. Durante coletiva de imprensa, Vizzotti pediu que se priorize a saúde sobre a política, quando a prefeitura de Buenos Aires resiste na justiça ao fechamento temporário das escolas, determinado pelo governo federal para a região metropolitana de Buenos Aires, onde vivem 15 milhões de pessoas e concentra a maioria das infecções.

"Precisamos priorizar a saúde sobre a política e colocar em valor, em hierarquia, o risco coletivo", disse Vizzotti, alertando que o sistema de saúde está "em risco de sobrecarga".

O prefeito de Buenos Aires, o opositor de direita Horacio Rodríguez Larreta, ordenou abrir as escolas apoiado em uma decisão judicial desafiando um decreto presidencial que ordenava aulas virtuais durante 15 dias para diminuir a circulação de pessoas.

Larreta considera que "as escolas não contagiam" e justificou sua oposição no fato de "a cidade ter autonomia" para tomar decisões, em um caso que deve ser resolvido pelo Supremo Tribunal.

"Não se trata do risco individual de assistir às aulas, mas do risco coletivo de uma aglomeração urbana com transmissão comunitária intensa do vírus e velocidade acelerada", explicou a ministra.

O decreto presidencial também ordenou restringir a circulação na região metropolitana de Buenos Aires entre 20h00 e 06h00, além de limitar os horários comerciais e suspender as atividades culturais e esportivas em locais fechados até 30 de abril.

"Estamos tentando reduzir a velocidade de contágio e esse é o motivo sanitário dessa decisão que não se opõe a nenhum outro direito (...). Esta medida é tomada na AMBA porque é o epicentro da pandemia", acrescentou. "Quando a curva (de casos) dispara, é muito difícil interrompê-la".

Produção da Sputnik V

Também considerou um "marco" o início da produção na Argentina da vacina Sputnik V, do laboratório Gamaleya, cujo primeiro lote com 21.000 doses foi enviado à Rússia para um controle de qualidade.

Esse é o primeiro país da América Latina a produzir a vacina russa, que será chamada Sputnik VIDA (Vacina de Imunização para o Desenvolvimento Argentino).

"É uma grande notícia, temos que ser prudentes e esperar o controle de qualidade, temos clara a complexidade de todo o processo de produção", destacou. A Argentina recebeu quase 9 milhões de vacinas de diferentes laboratórios e aplicou cerca de 6,5 milhões.

A cantora Alcione é mais uma das famosas que conseguiu tomar a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus. E para comemorar este momento tão importante, ela compartilhou em suas redes sociais, nesta quarta-feira (21).

Na legenda da postagem nas redes sociais, a cantora escreveu: "Imunizada! Acabo de tomar a segunda dose da vacina, que é a única forma de estarmos livres do Corona Vírus! Agora é só aguardar o período da imunização e continuar segundos os protocolos de segurança! E repetir isso, nunca é demais: Viva o SUS!".

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Dráuzio Varella deu entrevista à 'BBC News Brasil' e avaliou um depoimento em que disse, um ano antes, que a pandemia da Covid-19 poderia resultar em uma “tragédia nacional”. O médico falou que há desorganização no Ministério da Saúde, culpou a postura do presidente Jair Bolsonaro, além de exaltar a figura do Sistema Único de Saúde (SUS).

Varella disse que toda a discussão sobre o tratamento precoce da doença foi armada intencionalmente para desviar a atenção das pessoas, bem como declarou que o ritmo da vacinação no Brasil pode ser considerado “ridículo”. "Se tivéssemos começado a vacinar em dezembro ou janeiro, não estaríamos com mais de três mil mortes diárias como acontece atualmente. O Brasil tem menos de 3% da população mundial. No momento atual, de cada quatro pessoas que morrem de Covid-19 no mundo, uma é brasileira. É uma mortalidade absurda", declarou. 

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Há um ano, em entrevista, Drauzio disse que achava que iria acontecer uma “tragédia nacional”. “Eu achei que ia ser uma tragédia porque você tem uma epidemia de um vírus que se transmite por meio de gotículas que a gente elimina quando fala, tosse e espirra. E esse vírus, quanto mais próxima uma pessoa fica da outra, mais fácil de pegar. Quando se tem uma epidemia dessas, o ideal então era fechar e ter isolamento, que é o que começava a ser feito na Itália e na China. Isso é clássico na saúde pública, ninguém inventou nada agora. Isso é feito assim há milênios: afastar as pessoas, trancar, deixar em casa para proteger. Mas eu sabia que fazer isso no Brasil seria muito difícil”, comentou.

O médico afirmou que por já ter rodado o Brasil, pôde observar, um ano antes, que não teria como frear a pandemia no País, uma vez que grande parcela da sociedade não pode ficar presa dentro de casa, pois precisa sustentar a família. "Eu já rodei muito pelas periferias das cidades brasileiras por causa dos programas de televisão, e nós temos um cinturão de pobreza e miséria em volta de cada metrópole e até ao redor cidades menores. São pessoas que não têm condição de ficarem isoladas. Elas não têm condições porque dependem do trabalho diário para poder comer e levar alimento à família. Como é que essas pessoas iam fazer isolamento? Eu já imaginava naquele momento que teríamos um problema sério e que o Brasil ia ser fortemente assolado pela epidemia”, declarou.

O profissional também relatou que conseguia prever o Ministério da Saúde perdendo tanto prestígio e relevância, além de um presidente que, segundo Varella, faz tudo ao contrário do que deveria ser feito para não disseminar a pandemia no Brasil. "Se você acordar amanhã e disser: o que vou fazer para disseminar a epidemia no Brasil. Você sairia sem máscara e faria aglomerações. É a única coisa que você poderia fazer para disseminar a epidemia. E foi o que ele (Jair Bolsonaro) fez, e é o que ele tem feito. Eu não previ que isso pudesse ter um impacto tão grande. E a epidemia foi ficando cada vez pior”, criticou.

Sobre a intensa troca de ministros da Saúde, Varella disse que é sempre uma troca política. “Quando você tem uma epidemia, você tem que ter um governo central que decida combater a epidemia. A decisão de combater a epidemia é política. É o presidente da República que tem que tomar essa decisão. E aí o que ele faz? Bom, ele é o presidente, ele não tem obrigação de ser formado na área da saúde. Ele então escolhe um ministro da Saúde que tenha. O ministro da Saúde não precisa ser um médico, um especialista naquela área. Mas precisa ser uma pessoa com formação para se cercar dos profissionais competentes que possam definir a orientação. E aí o ministro da Saúde impõe essas medidas e o presidente da República apoia. Nós não tivemos nada parecido com isso”, concluiu. 

Varella citou a relação de poder entre o ministro e o presidente. Para o médico, Bolsonaro conduziu o combate desde o início e não os que estavam encarregados disso. “Na verdade, quem conduziu o combate à pandemia foi o presidente da República. Um ex-ministro disse claramente: um manda, outro obedece. O que está acontecendo agora? A mesma coisa. O que você pode cobrar do atual ministro da Saúde, se ele não pode falar a favor do isolamento social e tem que manter essa enganação que é o tratamento precoce? Ele não pode dizer para parar com essa história de hidroxicloroquina, ivermectina... Ele simplesmente não pode fazer isso. Ele tem que dizer que os médicos possuem o direito de prescrever. Quer dizer, ele está numa situação em que foi escolhido para obedecer o presidente da República e esse é o problema todo”, disse.

Sobre a indicação de remédios como Cloroquina e Ivermectina, Varella disse que só aqui no Brasil esse argumento foi armado dessa forma, porque, segundo ele, até Donald Trump tentou fazer isso no Estados Unidos, mas lá os médicos podem ser punidos de forma legal pela justiça comum, caso prescrevam algo que não é indicado para o tratamento da enfermidade. “Essa discussão foi armada justamente para isso. Ela foi armada para desviar a atenção, não aconteceu por acaso. Nós temos um presidente que adotou medidas para as pessoas saírem na rua e pegar o vírus. E ele deu exemplo de medidas assim. O que ele podia dizer? 'Pode ir à rua, não seja maricas, forme aglomerações'. Mas se você ficar doente, pode ser que você não ache vaga na UTI". Ele não poderia dizer isso, não é mesmo? Então qual foi a estratégia? Se você ficar doente e pegar o vírus, faça o tratamento precoce com cloroquina ou ivermectina. Quando o presidente teve Covid-19, ele deu exemplo disso. Ele pegou um copo d'água e disse: 'Já tomei um comprimido de cloroquina, estou me sentindo melhor. Vou tomar o segundo agora'. O que ele estava querendo? Enganar as pessoas. Enganar. Em outras palavras, a mensagem era: se você pegar o vírus, é só tomar isso aí que você vai ficar bom e está acabado. Não precisa se preocupar”, declarou Varella.

O médico falou também sobre a existência do SUS e se não houvesse, a pandemia teria sido uma “barbárie”. “Se não tivéssemos o SUS, seria a barbárie. As pessoas estariam morrendo nas ruas. Para dizer a verdade, eu acho que o SUS me surpreendeu. Ele reagiu muito melhor do que as possibilidades que tinha. Com a criação de leitos de UTI, de leitos hospitalares, de programas de atendimento. Eu sinceramente acho que o SUS teve uma atuação impecável. Eu não consigo dizer que vi algum desleixo. Teve essas coisas de desvios de dinheiro, claro. Mas não são coisas que o SUS fez, mas bandidos que se aproximam do serviço público. Me parece que pela primeira vez, os brasileiros entenderam o que é o SUS. Porque até agora a impressão dos brasileiros era que o SUS era aquela bagunça, que você vai ao pronto-socorro, não é atendido, fica em maca no corredor. Agora nós vimos o que aconteceu. Agora, os brasileiros têm uma dimensão do que é o SUS. Eu acho que isso pode ser uma das boas consequências da epidemia, se é que a gente pode dizer assim. Ela chamou a atenção para a importância do Sistema Único de Saúde no Brasil”, finalizou.

O boletim deste domingo (4) da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que, em Pernambuco, 300.385 pessoas se recuperaram da Covid-19. De acordo com o balanço, desse total, 21.159 pacientes estavam em estado grave, necessitando de internamento hospitalar, e 279.226 casos foram considerados leves.

Com o levantamento de hoje, Pernambuco registra 355.617 casos do novo coronavírus, sendo a maioria, 319.029, identificados como leves, sem a necessidade de internamento. Os números estão distribuídos em mais de 180 cidades, além do Arquipélago de Fernando de Noronha.

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O Estado também totalizou no boletim deste domingo 28 novas mortes em razão da Covid-19, acontecidas de 26 de fevereiro a 4 de abril deste ano. Conforme informações da SES-PE, as vítimas tinham idades de 28 a 98 anos. Agora, Pernambuco contabiliza, no total, 12.377 óbitos decorrentes do novo coronavírus.

De acordo com a SES-PE, 90% dos leitos da rede pública estão ocupados com pacientes vitimados pela Covid-19. Nos hospitais privados, esse percentual de ocupação cai para 78%. O Estado continua apelando para que a população respeite os protocolos de segurança, como uso de máscara, aplicação de álcool em gel e distanciamento social, uma vez que a pandemia ainda tem sérios índices e impactos. “Nunca é demais lembrar, evite sair de casa, higienize as mãos e sempre use máscara”, alertou o governador de Pernambuco Paulo Câmara.

Vacinação

Ainda segundo a SES-PE, foram aplicadas no Estado 1.140.192 doses da vacina contra o novo coronavírus, das quais 893.349 foram primeiras doses. “Ao todo, foram feitas a primeira dose em 209.913 trabalhadores de saúde; 24.955 povos indígenas aldeados; 16.543 em comunidades quilombolas; 6.157 idosos em Instituições de Longa Permanência; 136.554 idosos de 64 a 69 anos; 317.873 idosos de 70 a 79 anos; 95.160 idosos de 80 a 84 anos; 85.299 idosos a partir de 85 anos; além de 894 pessoas com deficiência institucionalizadas”, detalhou a Secretaria Estadual de Saúde.

“Em relação à segunda dose, já foram beneficiados 161.371 trabalhadores de saúde; 24.155 povos indígenas aldeados; 22 em comunidades quilombolas; 4.443 idosos institucionalizados; 1.712 idosos de 64 a 69 anos; 26.179 idosos de 70 a 79 anos; 23.416 idosos de 80 a 84 anos; 4.853 idosos a partir de 85 anos, além de 693 pessoas com deficiência institucionalizadas; totalizando 246.844 pessoas que já finalizaram o esquema”, acrescentou a pasta em release divulgado à imprensa.

A transmissão ao homem do vírus da Covid-19 via um animal intermediário é uma hipótese "entre provável e muito provável", mas é "extremamente improvável" que a pandemia de coronavírus tenha sido provocado por um acidente em um laboratório, afirma um relatório da missão conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas chineses.

A versão final do aguardado relatório, do qual a AFP obteve uma cópia, confirma as primeiras conclusões que os especialistas apresentaram em 9 de fevereiro em Wuhan, na China, quando encerraram a missão de quatro semanas.

Os especialistas se inclinam para a teoria até agora aceita de que o vírus foi transmitido de um primeiro animal, provavelmente um morcego, para o homem por meio de outro animal, que atuou como intermediário e que ainda não foi identificado.

Porém, a possibilidade de uma transmissão direta entre o animal inicial e o homem ainda é considerada entre "possível e provável" no documento.

Os especialistas não descartaram a possibilidade de que o vírus tenha chegado em carne congelada, uma ideia que Pequim defende, considerando que é algo "possível".

O relatório, portanto, confirma que os estudos devem prosseguir com base nas três hipóteses, mas descarta a ideia de que o vírus poderia ter afetado o homem após um erro ou acidente em um laboratório.

O governo do ex-presidente americano Donald Trump acusou o Instituto de Virologia de Wuhan, que pesquisa patógenos muito perigosos, de ter permitido que o coronavírus escapasse, de maneira voluntária ou involuntária.

Os especialistas afirmam que não estudaram a possibilidade de um ato deliberado deste tipo e que consideram "extremamente improvável" a hipótese de um acidente.

A missão internacional de especialistas sobre as origens do vírus, considerada crucial para lutar contra esta pandemia e contra outras no futuro, teve muitos problemas para ser concretizada devido à reticência das autoridades chinesas no momento de receber os cientistas.

Em seu texto, os especialistas consideraram também que, à luz das informações sobre certos animais "como receptores intermediários de doenças, é necessário fazer outras investigações incluindo uma área geográfica maior" na China e em outras regiões.

Os especalistas destacam ainda que os estudos no mercado de Huanan de Wuhan e em outros mercados da cidade não serviram para encontrar "elementos que confirmem a presença de animais infectados". "Devem acontecer investigações em zonas mais amplas e em um número maior de países", conclui o documento.

Em coletiva realizada nesta quinta-feira (25), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara anunciou que as medidas restritivas estabelecidas contra a Covid-19 pelo decreto estadual  serão prorrogadas por mais três dias. A decisão original vigora até o próximo domingo (28) e fecha a primeira fase com 11 dias de fechamento.

A extensão da quarentena passa a valer a partir de segunda-feira (29) até 31 de março, em todo o território estadual. No entanto, a partir de 1º de abril, será colocado em prática um novo plano de convivência com a pandemia da Covid-19, com regras válidas até o dia 25 do mesmo mês. Câmara alerta que a flexibilização das restrições não significa que a população já pode afrouxar nos cuidados de prevenção à doença.

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“Pelo contrário, temos um caminho longo pela frente até a superação total desse flagelo. Todos já sabemos quais são as atitudes que permitem conviver com a doença. Faça a sua parte, use máscara e oriente as pessoas que estejam relaxando nos cuidados básicos”, advertiu o governador, acrescentando que considera o atual momento decisivo na luta contra a doença, que já dura mais de um ano.

Com a prorrogação, algumas atividades antes proibidas como ida às praias e igrejas, passam a retomar funcionamento, mas sob limitações, conforme a fala do governante. “As atividades econômicas poderão reabrir das 10h às 20h nos dias de semana, e das 9h às 17h aos sábados, domingos e feriados. As praias voltarão a ter atividades físicas individuais permitidas, e a volta às aulas estará liberada a partir do próximo dia 5 de abril, para a rede privada e para o ensino médio da rede estadual”, detalhou Câmara sobre as novas medidas, esclarecendo também que as celebrações religiosas poderão voltar a acontecer, desde que obedecendo aos protocolos e horários pré-estabelecidos.

No Recife, os secretários presentes na coletiva de Saúde também abordaram a lotação nos leitos de UTI e questões referentes ao plano de imunização do estado. Pernambuco confirmou ainda nesta quinta 2.786 casos da doença, o registro mais alto desde o começo da pandemia, e também cinco casos da variante P.1 do coronavírus.

 

Cinco amostras biológicas de pernambucanos confirmadas para a Covid-19 apresentaram a variante P.1 do vírus, considerada mais contagiosa. Os pacientes identificados, após sequenciamento genético, são quatro mulheres e um homem, com idades de 21 a 70 anos, residentes dos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Petrolina.

No trabalho científico realizado pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) a pedido da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), 90 amostras foram submetidas. Dessas, 80 foram encaminhadas à Fiocruz-PE pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), de todas  as regiões do Estado e escolhidas de forma aleatória.

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As outras dez amostras foram de funcionários do próprio Aggeu Magalhães. Contudo, apenas 45 tiveram condições para finalizar o processo. Segundo a Fiocruz, todo o trabalho foi desenvolvido no laboratório de nível de biossegurança 3 (NB3) e na central de sequenciamento dessa unidade da instituição. O preparo das amostras, a extração do RNA e posterior sequenciamento e análise dos dados levam cerca de duas semanas.

O secretário de saúde de pernambuco, André Longo, afirma que já aguardava a identificação da variante P1 no Estado e reforça as medidas de segurança para prevenção do contágio. "Esse é um achado científico que já esperávamos, pela circulação da variante em diversos Estados e a constante circulação de pessoas no nosso território. É importante ter essa confirmação, mas nosso trabalho contra a Covid-19 continua sendo através do uso correto da máscara, da higienização das mãos e do distanciamento e isolamento social, além da vacinação”, declarou o secretário estadual de Saúde.

André Longo também comentou a propagação dos casos de Covid-19 em Pernambuco, no momento em que o Estado lida com a superlotação de leitos de UTI para atender aos pacientes de Covid-19. "Nas últimas semanas, estamos vendo uma crescente de casos em todas as regiões do Estado e um aumento expressivo nas solicitações de leitos. Também estamos abrindo novas vagas hospitalares diariamente, mas precisamos do apoio de todos nessa luta pela vida. Só com o seguimento correto de todas as medidas sanitárias conseguiremos superar essa grave crise de saúde pública e evitar ainda mais mortes de entes queridos", afirmou.

Para o pesquisador da Fiocruz-PE, Gabriel Wallau, o resultado da pesquisa certifica que “a variante P.1 é a que domina a pandemia em Pernambuco”, conforme anunciou o Observatório Covid-19 da Fiocruz. “Até o momento, analisamos poucas sequências dos meses de fevereiro e março, porém esse trabalho prossegue e aumentará o volume de informações disponíveis", acrescentou Wallau.

Outros casos da nova variante em Pernambuco

Segundo a Fiocruz PE, em fevereiro deste ano, o Instituto Aggeu Magalhães havia identificado a variante P.1 do coronavírus nas amostras biológicas de dois pacientes de Manaus que receberam atendimento hospitalar no Estado. Na época, foram analisadas 44 amostras biológicas que tinham confirmação para a Covid-19. Quatro eram de pacientes do Amazonas; dentre esses estavam as duas conformações da nova variante. Outras 36 amostras - todas negativas para a P.1, mas com outras linhagens que circulavam previamente do Brasil - foram escolhidas de forma aleatória, com pernambucanos de todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), inclusive do arquipélago de Fernando de Noronha.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) divulgou, neste domingo (21), que foram registrados no Estado, nas últimas horas, 1.016 casos de Covid-19. Desse total, cerca de 10% são Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e os demais, leves.

Pernambuco também registrou, neste domingo, 23 novas mortes em decorrência do novo coronavírus. As vítimas tinham idades de 46 a 90 anos. O Estado soma, agora, 330.649 casos confirmados da Covid-19 e o número de óbitos passa de 11 mil.

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Vacinação

De acordo com a SES-PE, foram aplicadas 694.543 doses da vacina contra o novo coronavírus, sendo 508.799 primeira dose. “Ao todo, foram feitas a primeira dose em 188.018 trabalhadores de saúde; 24.466 povos indígenas aldeados; 6.097 idosos em Instituições de Longa Permanência; 41.256 idosos de 70 a 74 anos; 78.764 idosos de 75 a 79 anos; 85.789 idosos de 80 a 84 anos; 83.542 idosos a partir de 85 anos; além de 867 pessoas com deficiência institucionalizadas”, detalhou a pasta.

No que diz respeito à segunda dose da vacinação, “já foram beneficiados 139.042 trabalhadores de saúde; 23.230 povos indígenas aldeados; 4.335 idosos institucionalizados; 94 idosos de 70 a 74 anos; 63 idosos de 75 a 79 anos; 17.425 idosos de 80 a 84 anos; 932 idosos a partir de 85 anos e 623 pessoas com deficiência institucionalizadas; totalizando 185.744 pessoas que já finalizaram o esquema”.

Diferentemente do estabelecido no decreto publicado pelo Governo de Pernambuco na última terça-feira (16), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiu ampliar, a partir desta quinta-feira (18) que marca o primeiro dia de quarentena no Estado, o conjunto de medidas restritivas contra a Covid-19 adotadas nas dependências da instituição até o dia 5 de abril. Com a rigidez do protocolo, a presencialidade na universidade deve diminuir até a nova avaliação epidemiológica local.

As pesquisas relacionadas à pandemia, os testes para diagnóstico de Covid-19, o drive-thru de vacinação e os atendimentos no Hospital das Clínicas (HC) serão mantidos. O formato das aulas na UFPE já tem sido híbrido desde o início do período letivo, no dia 25 de janeiro.

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Segundo a instituição de ensino, 93% das quatro mil disciplinas da graduação continuam com aulas remotas, e apenas 7% tinham parte das aulas práticas no formato presencial. Ainda assim, desde o início de março, a Federal determinou que os cursos adiassem as atividades práticas e reduzissem ainda mais a circulação de pessoas nos campi Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão.

“A UFPE adota novas medidas restritivas com o objetivo de contribuir, de forma sistemática, para o enfrentamento da Covid-19. Nossa decisão será reavaliada semanalmente. É importante que a Universidade, assim como outras instituições, fortaleça essa rede de adesão às medidas restritivas, tendo em vista esse momento difícil de recrudescimento da pandemia”, afirmou o reitor Alfredo Gomes, conforme informações da assessoria de comunicação da Universidade.

Coordenador do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 (GT Covid-19) da UFPE, o vice-reitor Moacyr Araújo destacou que a decisão foi tomada em diálogo com diversos setores da instituição, a partir do GT de crise. O grupo é formado por especialistas em saúde do HC e de outros setores da UFPE, Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores da UFPE (Sintufepe), Associação dos Docentes (Adufepe) e outros membros da comunidade acadêmica. “As medidas mais restritivas adotadas são absolutamente necessárias e se baseiam na análise de indicadores quantitativos que foram discutidos e consolidados pelo grupo de trabalho da UFPE”, explicou Araújo.

A UFPE informa também que os serviços de atendimento ao público oferecidos no Serviço Integrado em Saúde (SIS) seguirão de forma exclusivamente remota. O mesmo acontece na Editora UFPE, que já suspendeu a remessa de livros enquanto durar o período de medidas mais restritivas; no setor de publicação; na Central de Atendimento ao Servidor (CAS/Progepe) e no Corpo Discente.

Também permanecem suspensas as práticas de atividades física individual e em grupo, o trabalho presencial dos bolsistas de graduação, os atendimentos nas clínicas-escolas e o uso dos laboratórios de ensino para gravação ou transmissão de aulas, obedecendo às normas previstas no decreto estadual. O Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), permanece no enfrentamento da Covid-19.

Nessa quarta-feira (17), o hospital universitário abriu oito UTIs Covid e ampliou para 28 o total de leitos de enfermaria destinados ao tratamento de pacientes com o novo coronavírus. Esses leitos clínicos estão distribuídos no 8º andar da unidade e são regulados pelo Governo do Estado. No Núcleo de Atenção à Saúde do Servidor (Nass) funcionam os atendimentos envolvendo perícias em casos de comorbidades, mas não será possível realizar novos agendamentos.

As urgências de clínica médica e psiquiátrica do Núcleo de Atenção à Saúde do Estudante (Nase) e o Protocolo Geral funcionam às terças e quintas-feiras, das 9h às 15h, para casos urgentes, como auxílio funeral. Os gabinetes do reitor e das pró-reitorias e superintendências, incluindo suas respectivas diretorias, coordenações e seções, funcionarão excepcionalmente para as atividades que precisarem ser resolvidas presencialmente.

Os setores de tecnologia da informação e comunicação seguem esta mesma orientação. Continuam considerados essenciais os serviços de segurança; setores responsáveis pelo pagamento de folha de pessoal, licitação, convênios e contratos. As residências em saúde vinculadas à UFPE, desde que autorizadas, permanecem funcionando, assim como as atividades de internato e estágio em saúde, conforme a Resolução 23/2020 - CEPE/UFPE e a Instrução Normativa 02/2020 - Prograd.

Também seguem em funcionamento as Casas de Estudantes Universitários (Ceus) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade) para os serviços que não possam ser realizados remotamente. Quanto ao funcionamento presencial e abertura dos portões, no Campus Recife, o portão central estará aberto para veículos e pedestres, das 7h às 17h, mediante autorização via declaração ou lista prévia.

Para pedestres, ficarão abertos apenas os portões do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), das 5h às 22h, e do Departamento de Farmácia, das 5h às 17h. Graduação e pós-graduação continuam remotamente.

Outros detalhes relacionados aos Centros Acadêmicos de Vitória (CAV) e do Agreste (CAA) podem ser esclarecidos através dos e-mails diretoria.cav@ufpe.br e secretaria.agreste@ufpe.br. Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail combatecovid@ufpe.br.

O cantor gospel Esdras Gondim, de apenas 23 anos de idade, morreu nessa quarta (17) em decorrência do novo coronavírus. A informação foi dada pela conta oficial do Instagram da banda gospel 'Vocal Livre' em que o cantor fazia parte.

"A família Vocal Livre está de luto. Na manhã desta quarta, 17 de março, poucas horas antes do sol nascer, o nosso tenor Esdras Gondim faleceu em decorrência de complicações da covid-19. Nós gostaríamos muito de estar presencialmente ao lado da Le e outros familiares. A impossibilidade de um abraço consolador deixa o cenário ainda mais cinza. Contudo, neste momento de tristeza e respeitando o luto da família, o Vocal queria lembrar das notas de alegria que o Esdras emitiu contagiando a cada um de nós que fomos atingidos por sua vida. Por meio de letras, canções e atitudes, ele refletia luz e transbordava paz. É com carinho que levaremos no nosso coração algo da vida do Esdras que, sem dúvida, valeu a pena ser. Hoje, não podemos nos unir em um abraço, mas podemos nos unir com as mãos em oração. Foi a poucas horas do nascer do sol que o Deda nos deixou, mas nossa esperança é de revê-lo quando o Sol da justiça aquecer os nossos corações na manhã da ressurreição".

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A produtora Ventania, que cuidava da carreira do grupo, também fez postagem em homenagem ao cantor:

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Sete pacientes com Covid-19 em um hospital perto de Amã morreram neste sábado (13) por falhas no fornecimento de oxigênio, causando uma grande comoção no país e enfurecendo o rei em pleno repique da epidemia do coronavírus na Jordânia.

Abdullah II, vestido com uniforme militar, foi ao hospital de Salt, a 30 km da capital. Pelas imagens veiculadas pela televisão, ele pediu a demissão do diretor após manifestar seu descontentamento.

"Como algo assim pode acontecer aqui? Como é que não há oxigênio neste hospital? Isso é inaceitável", gritou o governante, visivelmente irritado, ao diretor Abdel Razak al Khachman.

"Uma falha no suprimento de oxigênio ocorreu por quase uma hora no hospital do governo em Salt e provavelmente causou a morte" dos pacientes, disse o ministro da Saúde, Nazir Obeidat, a repórteres.

O ministro apresentou sua renúncia, que foi aceita pelo primeiro-ministro Bicher al Khasawneh. Este último disse posteriormente a repórteres que o diretor do hospital havia sido afastado de seu cargo.

O diretor dos serviços provinciais de saúde está suspenso enquanto se aguarda uma investigação, acrescentando que o governo "assume total responsabilidade" pelo incidente.

"De acordo com um novo relatório, quatro homens e três mulheres com mais de 40 anos morreram", disse Adnane Abbas, diretora nacional de medicina legal. “Depois da necropsia e das amostras de pulmão das vítimas, há indícios claros de que as mortes ocorreram por falta de oxigênio”, acrescentou.

As mortes causaram revolta em centenas de pessoas, incluindo as famílias das vítimas, que se reuniram em frente ao hospital público em Salt, onde 150 pacientes estão sendo tratados por covid-19. Forças de segurança foram enviadas para controlar a manifestação.

Ao menos três hospitais privados da cidade de São Paulo têm ocupação de 100% para leitos exclusivos de tratamento da Covid-19. A enfermaria do Hospital São Camilo opera com capacidade máxima neste sábado, 13. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz tem 100% dos leitos de UTI ocupados, assim como o Hospital Israelita Albert-Einstein, de acordo com boletim divulgado na sexta-feira, 12. Na rede municipal, a taxa média de ocupação de leitos de tratamento intensivo para infectados pelo coronavírus é de 83%.

A taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento de covid-19 é de 93% na UTI da rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, mas está com ocupação total na enfermaria. O hospital diz que "novos leitos estão sendo remanejados para suprir a alta demanda."

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De acordo com o boletim de sexta, a taxa de ocupação de leitos geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é de 92%. Já para leitos de UTI covid-19, a taxa de ocupação é de 100%, com 64 pessoas internadas. A ocupação de leitos de covid-19 para casos menos graves é de 96%, com 120 pacientes.

No Hospital Sírio-Libanês, a taxa de ocupação geral era de 91%. No total, a instituição tem 219 pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19, sendo que 63 estão em UTIs.

O Albert Einstein atende 216 pacientes internados com diagnóstico confirmado para covid-19. Destes, 112 ocupam leitos de UTI e da unidade semi-intensiva. Além disso, 40 pacientes estão submetidos à ventilação mecânica. A taxa de ocupação é descrita como "lotada".

No entanto, o hospital ressalta que possui um sistema de gerenciamento de leitos clínicos e de UTI que permite aumentar a capacidade de atendimento conforme a demanda. Mas afirma que "neste cenário de alta procura por vagas, pode ser necessário um tempo de espera para obtenção de leitos".

Rede hospitalar municipal

Na cidade de São Paulo, a secretaria de saúde municipal informou que a rede alcançou 83% de ocupação para leitos de UTI. Já os leitos de enfermaria para a doença têm 77% de utilização. De acordo com assessoria, "a taxa de ocupação é dinâmica e pode variar ao longo do dia".

A pasta acrescentou que a rede de saúde municipal tem 1.176 leitos de UTI e 1.147 de enfermaria para o tratamento da covid-19. Como mostrou o Estadão, a Prefeitura anunciou a abertura de 555 novas vagas de covid-19 na cidade, além da suspender cirurgias eletivas em hospitais-dia.

De acordo com a secretaria, na próxima segunda-feira 130 novos leitos de UTI serão implementados na capital, sendo 100 no Hospital do M’ Boi Mirim, 20 no Guarapiranga (ambos na Zona Sul), e 10 no São Luiz Gonzaga (na Zona Norte).

Outros 185 leitos de enfermaria também serão criados na próxima semana, sendo 105 deles no Hospital da Cantareira, na zona norte, (segunda-feira). No decorrer da semana serão criados outros 60 leitos no Hospital da Capela do Socorro (zona sul) e 20 no Sorocabana (zona oeste).

"A demanda por vacinas é maior do que o fornecimento de doses do governo", avisa o comunicado do Departamento de Saúde do Distrito de Columbia, onde fica a capital americana, aos moradores. Por isso, diz o e-mail da prefeitura, é normal que quem está no grupo selecionado para a vacinação tenha dificuldade em agendar um horário para ser imunizado contra covid.

Mas isso não tem impedido que alguns americanos consigam ser vacinados mesmo sem fazer parte da faixa prioritária. A "sobra" de doses em farmácias no fim do dia criou uma caça às vacinas em todo o país - e vem permitindo que pessoas que não fazem parte de grupos de risco sejam imunizadas antes de muitos idosos.

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No Facebook e em conversas de celular, americanos trocam dicas de como garantir a vacina antes do prazo. A estratégia que passou a ser adotada é a de esperar o fim do atendimento nas farmácias para se beneficiar de uma dose que não tenha sido usada.

As vacinas da Pfizer e da Moderna precisam ser aplicadas poucas horas depois de retiradas do freezer. No caso do imunizante da Pfizer, cada frasco fora do congelador pode conter até seis doses. Se um idoso ou profissional de saúde faltar ao agendamento, a dose reservada fica sem uso no fim do dia. As farmácias e hospitais preferem aplicar o imunizante em outra pessoa, mesmo que fora dos grupos de risco, a fazer o descarte. E é com isso que contam os americanos que fazem filas em portas de farmácias ou dirigem até outro Estado em busca da imunização.

Mas a caça às vacinas tem provocado um novo debate. Os números mostram que a vacinação tem sido feita de maneira desigual e a população branca tem sido proporcionalmente mais vacinada do que negros e latinos. O governo de Joe Biden diz que é preciso melhorar a comunicação com grupos que têm maior desconfiança sobre a vacina, dificuldade de chegar aos locais de imunização ou menor acesso ao agendamento.

A primeira da fila na farmácia de um supermercado da rede Giant, na quinta-feira, era uma mulher de 87 anos. Apesar de ter direito ao agendamento, ela não sabia como se cadastrar e resolveu ir à farmácia perguntar. Foi orientada a aguardar uma sobra - e esperou das 10 horas até 16h30 até ser imunizada.

Analistas alertam, no entanto, que a busca por vacinas por conta própria pode ampliar diferenças raciais e socioeconômicas, pois só os que têm informação e tempo para passar a tarde na fila de conseguirão uma dose. "Não gosto de mentir. Não seria honesto dizer que estou em um grupo prioritário se não estou. Mas esperar por uma vacina que será descartada é honesto", afirma Sara Moffett, de 34 anos, que trabalha em uma creche.

Sara era a segunda na fila da farmácia do supermercado. Ela ficou pouco mais de uma hora à espera de uma dose. Pelo plano do Distrito de Columbia, Sara não seria vacinada tão cedo. Na sexta-feira, um comunicado informou o agendamento para profissionais da saúde e idosos com mais de 65 anos.

"Soube que eles descartam doses e isso é uma loucura", afirmou Sara. No início do ano, reportagens contaram a história de americanos surpreendidos com a possibilidade de serem vacinados enquanto faziam compras no supermercado. Ao mesmo tempo, a proibição da vacinação de pessoas fora do grupo risco poderia gerar perda de vacinas que já estavam fora da temperatura ideal. A partir de então, as filas se tornaram corriqueiras.

Os profissionais responsáveis pela aplicação adotam critérios na hora de distribuir as sobras. Se há idosos na fila, que não tinham agendamento, eles recebem primeiro. No caso das farmácias de supermercados, os profissionais que trabalham no local têm prioridade.

Como as regras variam de Estado para Estado, há também pessoas que cruzam as divisas para se vacinar. A situação tem alarmado as autoridades, pois cada Estado recebe um número de doses proporcional à população. Se moradores de outros lugares buscam a vacina, o grupo prioritário que vive no local corre o risco de ter a imunização atrasada.

No Facebook, há grupos de "caçadores de vacinas" em New Orleans, Geórgia, Los Angeles, Maryland, Michigan, Minnesota, New Jersey e Indiana. Até agora, os EUA aplicaram uma dose em 27,9 milhões de pessoas, das quais 6,9 milhões estão completamente imunizadas.

Biden promete chegar à marca de 100 milhões de vacinas nos 100 primeiros dias de mandato. Na velocidade atual, os EUA terão vacinado metade da população em julho. "Estamos distribuindo o mais rápido possível", disse Andy Slavitt, conselheiro da Casa Branca, na sexta-feira. Enquanto isso, alguns americanos preferem buscar a vacinação por conta própria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, em vídeo publicado no site da instituição de ensino nesta segunda-feira (1º), fez um apelo para que a população se vacine contra o novo coronavírus. Enfatizando a necessidade de cada indivíduo esperar a sua vez no processo de vacinação, Gomes argumentou que a população precisa aderir à vacina na luta contra a Covid-19.

“Vim trazer uma mensagem para que todos procurem se vacinar contra a Covid-19. Vacina salva vidas! E nós precisamos vencer a Covid. Tome a decisão correta e espere o momento adequado para buscar o processo de vacinação”, declarou o reitor da Universidade.

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Moacyr Araújo, vice-reitor da UFPE, também endossou o pedido de Gomes. Araújo enfatizou que a vacina é fruto do trabalho dos cientistas. “A vacinação, junto com o isolamento social, é a única forma de vencermos a batalha contra o vírus. Vou aguardar com paciência e ansiedade meu lugar na fila para poder tomar a vacina. A vacina é resultado da ciência”, disse o vice-reitor.

Em seu mais recente boletim, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou 621 novos casos da Covid-19, sendo 41 considerados Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 580 apontados como leves. O Estado soma, ao todo, 261.300 pessoas infectadas.

De acordo com a Prefeitura do Recife, mais de 23 mil pessoas já foram vacinadas na capital pernambucana. O público beneficiado, até o momento, conta com profissionais de saúde que atuam na linha de frente, idosos a partir dos 85 anos e trabalhadores da atenção básica à saúde. Levando em consideração todo o Estado de Pernambuco, quase 119 mil pessoas já foram vacinadas.

Flora Gil foi publicamente comentar em suas redes sociais que ela e o marido, Gilberto Gil, já teriam testado positivo para o novo coronavírus como havia noticiado anteriormente o jornalista Ancelmo Góis, do jornal O Globo.

Na legenda da publicação, ela escreveu: "Gilberto Gil e eu testamos positivo para Covid em dezembro passado. Felizmente pegamos uma cepa branda que não nos abateu e nos deixou mais seguros e tranquilos. Dra. Margareth Dacolmo nos deu alta em meados de janeiro e estamos bem. Agora é continuar cuidando, usando máscara e aguardar a vez para tomar vacina!".

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No fim da temporada mais atípica do futebol mundial, foram registrados casos de Covid-19 nos elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport. Quase metade -  48,3% - dos atletas do trio de ferro foram afetados pela doença.

No cálculo individual, o Santa Cruz lidera com folga com mais diagnosticados, o Timbu aparece em seguida e o Leão foi o que apresentou os menores números. No futebol pernambucano, mortes em decorrência do novo coronavírus não aconteceram, mas os casos nos clubes foram presentes durante todo o ano. Somados os elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport, há 89 atletas, de acordo com que consta nos sites oficiais dos clubes. Desse total, 43 jogadores foram infectados.

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A reportagem do LeiaJá solicitou e recebeu uma listagem oficial de cada time, com os atletas que foram infectados desde quando o futebol retornou em meio à pandemia da Covid-19. Com base nisso, nosso site calculou a porcentagem geral de casos de coronavírus, e também em cada equipe de forma individual.

Santa Cruz

O Santa Cruz, ainda antes de ter garantido o seu avanço de fase na Série C, onde não cumpriu seu objetivo de subir de divisão, sofreu um surto que afetou vários jogadores do elenco. No total, de 30 atletas, 23 testaram positivo para a doença na temporada, representando 76,6% do elenco coral. 

Jogadores do Santa Cruz passam por bateria de exames. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz

Náutico

O Náutico chegou a punir alguns atletas flagrados em aglomerações. Dos 29 jogadores do elenco, 16 foram infectados, totalizando 55,17% do grupo.

Náutico também realiza exames com seus atletas. Foto: Caio Falcão/CNC

Sport

O Sport foi o que teve menos casos. Foram quatro, ao todo. O clube, porém, ressalta que Luciano Juba pegou antes de se reapresentar ao elenco e que Dalberto já chegou ao Leão infectado. Apenas 13.3% dos jogadores do elenco rubro-negro foram afetados pela doença. 

Dos três times da capital, o Sport foi quem apresentou menos casos de Covid-19. O zagueiro Maidana não foi infectado. Foto: Anderson Stevens/Sport Recife

O Corinthians anunciou nesta quarta-feira dez casos de covid-19 no elenco. Após uma rodada de exames feita pelo departamento médico, os atletas que testaram positivo foram isolados, iniciaram quarentena e não vão participar dos treinos pelos próximos dias. O próximo compromisso da equipe é diante do Bahia, nesta quinta-feira, em Salvador, pelo Campeonato Brasileiro.

Os jogadores que testaram positivo para a doença foram: Danilo Avelar, Luan, Everaldo, Mantuan, Léo Santos, Guilherme Castellani, Walter, Ruan Oliveira, Ramiro e Matheus Davó. Desses nomes, apenas o meia Ramiro e os atacantes Luan e Everaldo estiveram em campo na última partida do time, a derrota por 2 a 0 para o Red Bull Bragantino na última segunda, dentro de casa.

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Segundo comunicado do clube, todos os atletas estão assintomáticos e sob monitoramento constante do departamento médico. A tendência é que após dez dias afastados dos treinos os jogadores vão poder voltar aos trabalhos. Até lá o técnico Vágner Mancini terá de escalar o time sem esses atletas. Após enfrentar o Bahia, o time pega na sequência Ceará, Athletico-PR e Flamengo.

O Corinthians tem 45 pontos e está na 9ª posição no Campeonato Brasileiro. O objetivo do time nesta reta final de temporada é terminar entre os seis primeiros colocados para conseguir vaga na próxima Copa Libertadores. De acordo com os resultados das finais da Copa do Brasil e da própria Libertadores, é possível que em vez de um G-6, a competição tenha até um G-8.

Londres se prepara para anunciar nesta quarta-feira (27), de acordo com a imprensa local, um endurecimento das medidas para evitar a importação de casos de coronavírus, impondo quarentenas em hotéis a britânicos, ou a moradores, que chegarem de zonas consideradas de risco, como a América do Sul.

Após a descoberta de uma nova cepa originada na Amazônia brasileira, o governo de Boris Johnson proibiu há duas semanas as chegadas de todos os países da América do Sul, além de Panamá e Portugal.

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A medida já havia sido aplicada à África do Sul, onde também foi encontrada uma mutação preocupante do vírus.

A proibição não se aplica, porém, a cidadãos britânicos, nem aos residentes no país, que podem voltar para suas casas após apresentarem um teste negativo para covid-19 e com o compromisso de se isolarem por dez dias após sua chegada.

No país europeu mais castigado pela pandemia, o Executivo não quer, contudo, correr riscos. Assim, a ministra do Interior, Priti Patel, que se dirigirá ao Parlamento esta tarde, deve apresentar "mais" medidas para garantir que haja "menos fluxo" de viajantes, informou o ministro das Comunidades Locais, Robert Jenrick, ao canal Sky News.

Segundo a BBC, Patel anunciará que os britânicos e os residentes no Reino Unido que desembarcarem procedentes de países fortemente afetados pelo coronavírus terão de cumprir a quarentena em hotéis especialmente protegidos. E terão de pagar a hospedagem do próprio bolso.

A ministra teria defendido o fechamento total das fronteiras e uma quarentena de hotel para todas as chegadas, mas a proposta foi rejeitada por Johnson, relata o jornal The Times.

Boris, que se apresentará ao meio-dia perante os deputados, não escapará dos ataques, depois de dizer, ontem, que assumia "total responsabilidade por tudo o que o governo fez" em sua luta contra a pandemia.

Muito criticado desde o início da crise sanitária por suas políticas erráticas, Johnson, que ficou internado na UTI por covid-19 em abril passado - quando reconhecer temer por sua vida - garante que fez "todo possível" e pediu desculpas pelo terrível número de mortos.

Apesar de o país estar há semanas em seu terceiro confinamento, o professor Calum Semple, membro do grupo científico que assessora o Executivo, disse à BBC que pode haver cerca de 50 mil mortes a mais.

O Reino Unido agora deposita todas as suas esperanças em uma campanha de vacinação em massa. Uma primeira dose foi aplicada em 6,8 milhões de pessoas na terça-feira, e a segunda, a quase 500.000.

Ontem, o Reino Unido ultrapassou 100.000 mortes confirmadas de covid-19, e mergulhou em uma onda incontrolável de infecções atribuídas a sua própria variante do coronavírus, mais contagiosa e possivelmente mais letal.

O Ministério da Saúde autorizou a ampliação "emergencial e temporária" de 15 vagas no Programa Mais Médicos para atender municípios do interior do Amazonas. O aval e o edital para o chamamento público dos profissionais foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 26. No último dia 19, o governo já havia liberado 72 vagas adicionais no programa para atuação em Manaus. A ampliação é válida por um período improrrogável de um ano.

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso em virtude do agravamento da pandemia de covid-19 na cidade. A situação na capital amazonense piorou muito na segunda semana do mês de janeiro, quando começou a faltar oxigênio hospitalar para tratar pacientes, o que provocou mortes por asfixia e obrigou a transferência de doentes para outros Estados.

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A explosão dos casos de covid-19 também é atribuída a uma nova variante do vírus que circula no Amazonas. A quadro caótico agora não se concentra apenas na capital Manaus - e outras cidades do Estado já sofrem com a crise. O edital do Ministério da Saúde prevê envio dos médicos selecionados para nove municípios: Anamã, Codajás, Fonte Boa, Humaitá, Juruá, Lábrea, Manicoré, Tabatinga e Tefé.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está em Manaus desde o último fim de semana. Ele viajou depois que a Procuradoria-Geral da República pediu um inquérito contra ele para investigar sua atuação no colapso de saúde na capital do Amazonas. Na segunda-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou a investigação. O inquérito deve apurar se houve omissão do governo federal na crise de Manaus. O próprio governo federal admitiu ao Supremo que soube da iminente falta de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, uma semana antes do colapso na cidade.

A nova viagem do general a Manaus também ocorre depois de uma primeira passagem do ministro pela cidade que ficou marcada pela pressão pelo uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina. Dessa vez, Pazuello não tem data para deixar a cidade, ele deve ficar por lá "o tempo que for necessário", segundo informou o ministério.

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