Tópicos | Oitiva

A CPI da Petrobras cancelou o depoimento do empresário Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, que estava marcado para a tarde desta quarta-feira (9). A comissão não obteve a autorização do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), que conduz as investigações.

Pessoa é apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como o coordenador do cartel de empreiteiras que atuava na estatal. Dono da empreiteira UTC, ele está em prisão domiciliar, monitorado com tornozeleira eletrônica, e foi denunciado por lavagem de dinheiro, corrupção e formação de organização criminosa.

##RECOMENDA##

Os depoimentos dele dados à Justiça Federal são sigilosos, mas há informações de que ele teria confirmado o pagamento de propina por meio de doações oficiais ao PT e a políticos de vários partidos. Por enquanto, nada foi desmentido nem confirmado pelo Ministério Público.

A convocação foi definida na sexta-feira (4), mesmo dia em que o pedido de autorização foi formalizado. No entanto, com os feriados de segunda (7), dia da independência do Brasil, e terça (8), festa da padroeira de Curitiba, não houve tempo hábil para a resposta do juiz. Ainda não foi definida uma nova data para a oitiva.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que averigua as irregularidades da Petrobras ouve, na manhã desta tera-feira (1°), seis pessoas presas pela Operação Lava Jato em Curitiba, no Paraná. Entre os depoentes está o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Também estão na lista dos ouvidos quatro executivos da empresa: Márcio Faria da Silva, Rogério Santos de Araújo, César Ramos Rocha e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

Os cinco executivos da empreiteira comparecem à audiência munidos de um habeas corpus, concedido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que dá a eles o direito de não responder as perguntas dos deputados. A defesa dos executivos alegou que eles vão se defender das acusações na Justiça.

##RECOMENDA##

O sexto convocado pela CPI é Celso Araripe de Oliveira, ex-gerente de Projetos da Petrobras, acusado de receber propina de R$ 1,4 milhão da Odebrecht em troca da construção da sede da estatal em Vitória (ES). 

Ao todo, a Polícia Federal prendeu oito executivos da Odebrecht, suspeita de pagar propinas de mais de R$ 500 milhões a diretores da Petrobras e agentes políticos em troca de contratos com a estatal. A empresa nega as acusações.

Silêncio

No primeiro dia de interrogatórios em Curitiba, ontem, todos os cinco convocados pela CPI se recusaram a responder as perguntas, entre os quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada. O cronograma da CPI prevê o interrogatório de 13 pessoas e uma acareação até quinta-feira, em Curitiba.

Nesta quarta-feira (2), devem ser ouvidos o publicitário Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da agência Borghi/Lowe, e o empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura. Também amanhã, a CPI pretende fazer uma acareação entre o empresário Augusto Ribeiro Mendonça, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

O diretor da TOV corretora de câmbio Fernando Francisco Brochado Heller, segundo depoente do dia da CPI da Petrobras, avisou aos parlamentares que ficará em silêncio. Ele alegou que é alvo de inquérito em andamento na Justiça Federal do Paraná desde 2014 e que as investigações seguem sob sigilo.

Mesmo sem um habeas corpus preventivo, Heller responde aos questionamentos afirmando que usará o direito constitucional de ficar calado.

##RECOMENDA##

A TOV é alvo das investigações porque atendeu ao grupo de Nelma Kodama em operações de pagamento de importações fictícias. Heller, que foi convocado na condição de investigado, faltou ao depoimento anterior alegando que sua advogada estava fora do País e que não poderia acompanhá-lo na sessão.

O delator da Operação Lava Jato Milton Pascowitch informou à CPI da Petrobras que ficará em silêncio em seu depoimento. Para pressioná-lo a falar, a comissão decidiu fechar a reunião sob o argumento de que, se insistir em ficar calado, ele poderá perder os benefícios da delação premiada. "Na minha colaboração, existe uma condição que me impõe esse sigilo até mesmo na CPI. Mesmo que se transforme em reunião fechada, permanecerei em silêncio", explicou o delator.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) fez uma questão de ordem apontando que se a delação premiada já foi homologada, Pascowitch precisa depor. O parlamentar disse que o delator corre o risco de perder os benefícios da colaboração premiada se não falar aos deputados, uma vez que para a Justiça ele já renunciou ao direito de ficar calado.

##RECOMENDA##

Se ainda assim Pascowitch mantiver o silêncio, as perguntas dos parlamentares serão registradas e ficará oficializado que o depoente não se pronunciou na CPI. Assim, os deputados poderão encaminhar à Justiça a solicitação de perdimento da delação premiada.

PT e PSOL votaram contra o fechamento da reunião.

A primeira reunião de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), realizada nessa terça-feira (4), resultou na criação de comissões de senadores para ouvir, na Suíça, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e, nos Estados Unidos, o empresário José Hawilla, presos por envolvimento em corrupção no futebol.

Os requerimentos aprovados são de autoria do presidente da CPI, senador Romário (PSB-RJ), que também ficará encarregado de designar os membros das duas comitivas. A votação ocorreu na ausência do relator da CPI, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que não participou da reunião.

##RECOMENDA##

“Fiquei e fico feliz com o começo da CPI, apesar da ausência do relator. Acho que o que ocorreu hoje mostra que a CPI quer de fato mudar alguma coisa”, declarou Romário ao fim do encontro.

Romário também anunciou uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e membros do Ministério Público e da Polícia Federal, de modo a definir a melhor estratégia para que as autoridades brasileiras solicitem às polícias suíça e norte-americana informações sobre as investigações que resultaram na prisão de Marín e Hawilla.

“Sou atacante nato e não será diferente na CPI. Vou me cercar de pessoas do bem, que queiram realmente que a CPI dê resultado. Por isso, os requerimentos para pedir apoio de pessoas do Ministério Público, da Polícia Federal, do TCU e de profissionais que realmente possam ajudar em todos os sentidos, de modo que possamos fazer um trabalho sério e verdadeiro”, explicou Romário.

A investigação americana sobre episódios de fraude e corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa), inclusive na escolha dos países-sede das copas de 2008 e 2010, motivou a criação da CPI da CBF no Brasil. Marin e Hawilla foram presos por causa de denúncias do FBI, em parceria com a polícia suíça.

De acordo com o presidente da CPI, a expectativa é que na próxima semana o relator possa apresentar um plano de trabalho aos demais membros da comissão. Com o plano, também deve ser apresentado um cronograma, que deverá guiar os próximos passos da CPI.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras defendeu nesta terça-feira (7) no Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção do depoimento de acareação do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, marcado para quarta-feira (8). A defesa de Barusco pediu ao STF o adiamento da oitiva, por motivos de saúde.

Antes de recorrer ao Supremo, a comissão rejeitou pedido do ex-gerente para não comparecer. A CPI informou que colocará à disposição de Barusco acompanhamento médico, condições adequadas e ajustamento do horário do depoimento. A comissão informou que o ex-gerente não apresentou qualquer impedimento para prestar depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, na semana passada.

##RECOMENDA##

Na última segunda (6), Barusco pediu ao ministro o adiamento da acareação e disse não ter condições físicas de comparecer à sessão.  A defesa de Barusco alegou que, ultimamente, ele passou a sentir fortes dores e formigamentos nos membros inferiores, consequência de um câncer ósseo. Apesar de pedir o adiamento, Barusco assumiu o compromisso de ir em uma  data posterior.

As acareações na CPI foram autorizadas pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A acareação entre Barusco e o ex-diretor de Serviços Renato Duque está prevista para amanhã (8). Na quinta-feira (9), serão ouvidos Barusco e Vaccari. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa serão confrontados no dia 6 de agosto.

A questão será decidida pelo ministro Celso de Mello, que está na presidência do Supremo durante o recesso do Judiciário.

Começou, na manhã desta quinta-feira (2), o depoimento do delegado da PF José Alberto de Freitas Iegas à CPI da Petrobras. Ex-diretor de Inteligência da PF, ele pediu para ser ouvido em sessão reservada. O conteúdo do depoimento não será divulgado.

Iegas teria mandado investigar o caso, de abril do ano passado, da escuta clandestina encontrada no segundo andar da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba - sede das investigações da Operação Lava Jato. Especialista no assunto, o agente federal Dalmey Fernando Werlang é apontado como responsável pela implantação da escuta clandestina e também pelas escutas inativas na cela onde estava o doleiro Alberto Youssef.

##RECOMENDA##

O delegado alegou aos deputados que as investigações ainda estão em curso e que não poderia ser acusado depois de quebrar o sigilo judicial.

A expectativa é que o depoimento de Werlang, previsto para acontecer ainda nesta quinta-feira, nas mesmas condições.

A CPI da Petrobras ouve, na quinta-feira (25), o depoimento do ex-gerente de Segurança Empresarial da estatal, Pedro Aramis de Lima Arruda. Ele integrou comissões internas de investigação para apurar denúncias de corrupção e superfaturamento.

Os deputados querem mais esclarecimentos, por exemplo, sobre a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). À Justiça Federal do Paraná, Arruda afirmou que havia indícios de sobrepreços na obra, orçada em mais de US$ 13 bilhões, embora não tenha apresentado provas das irregularidades. Segundo ele, os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços) pressionaram a área de engenharia para apressar a construção.

##RECOMENDA##

O ex-gerente também deverá falar sobre as apurações sobre pagamento de propina a diretores da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, que alugava navios-plataforma para a estatal. A suspeita é de que o valor de propinas tenha chegado a US$ 92 milhões. Na CPMI da Petrobras, no ano passado, ele falou que não foram encontradas provas da corrupção.

A expectativa dos parlamentares é de ouvir Arruda também sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

 

A CPI da Petrobras se reúne, nesta terça-feira (16), para ouvir pessoas ligadas a Sete Brasil Participações S/A. Deverão comparecer o presidente do Conselho Administrativo, Newton Carneiro da Cunha, e o ex-presidente João Carlos de Medeiros Ferraz.

A Sete Brasil foi criada pela Petrobras em 2011 para construir 28 sondas de perfuração para exploração do petróleo do pré-sal. É uma empresa privada, cujos contratos de operações chegam a US$ 22 bilhões. Deputados querem apurar se houve superfaturamento para encobrir pagamento de propina.

##RECOMENDA##

Os contratos de operação entre a Sete Brasil e a Petrobras eram de 500 mil dólares por dia de operação para as primeiras sete sondas e de 530 mil dólares para as outras 21. O total era de 22 bilhões de dólares.

Na semana passada, o colegiado aprovou em bloco os 140 requerimentos de convocação de depoentes que estavam na pauta. Dessa forma, a comissão deverá ouvir, entre outras pessoas, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, para esclarecimentos sobre doações recebidas pela empreiteira Camargo Corrêa.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve, na próxima terça-feira (16), às 9h30, o presidente do Conselho Administrativo da Sete Brasil, Newton Carneiro da Cunha, e o ex-presidente da empresa, João Carlos de Medeiros Ferraz.

A Sete Brasil é uma empresa privada criada pela Petrobras em 2011 para construir 28 sondas de perfuração para exploração do petróleo do pré-sal. Os contratos de operação entre a Sete Brasil e a Petrobras eram de 500 mil dólares por dia de operação para as primeiras sete sondas e de 530 mil dólares para as outras 21. O total era de 22 bilhões de dólares.

##RECOMENDA##

Em depoimento à CPI em maio, o presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, afirmou que cada plataforma custa 800 milhões de dólares. Para Guimarães, se houve pagamento de propina, isso não se deu por meio dos contratos, mas fora da Sete Brasil. 

O diretor de Operações e Participações Sete Brasil, Renato Sanches Rodrigues, também já foi ouvido pela CPI. Ele disse aos deputados que passou a integrar a diretoria da empresa apenas em junho do ano passado e repetiu várias vezes, durante o depoimento, que não sabia de detalhes da criação da empresa nem dos contratos da Petrobras com empresas acusadas de formação de cartel.

O depoimento de Newton Carneiro da Cunha foi proposto pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). Já João Carlos de Medeiros Ferraz foi convidado a pedido dos deputados Altineu Côrtes (PR-RJ) e André Moura (PSC-SE), sub-relatores da CPI.

*Com informações da Agência Câmara

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve seis funcionários e ex-funcionários de segundo e terceiro escalão da Petrobras, nesta quarta-feira (10). Eles foram convocados a pedido do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), sub-relator responsável pela investigação do superfaturamento na construção de refinarias.

Em sua maioria, os funcionários participaram de fases da licitação e construção das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco; Henrique Lage, em São Paulo; Presidente Vargas, no Paraná; e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. São eles: Maurício Guedes, Heyder de Moura Carvalho (ex-gerente de Compras para Empreendimentos da Área de Abastecimento da Petrobras), Carlos Frederico Trevia (ex-gerente de Relacionamento e Comunicação da estatal), Marcos José Pessoa de Resende, Nilton Maia e Sérgio Bezerra.

##RECOMENDA##

Eles não são acusados de irregularidades e serão ouvidos na qualidade de testemunhas – e, como tal, são obrigados a dizer a verdade. Os deputados querem saber detalhes do processo de formação de preços das obras licitadas pela Petrobras. Segundo vários depoentes, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a estatal aceitava propostas das empresas dentro de uma margem 20% maior até 15% menor que a estimativa de custos feita pela própria Petrobras.

Costa e outros dois acusados que fizeram acordo de delação premiada com a Justiça, o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco e o empresário Augusto Mendonça Neto, afirmaram que não havia irregularidades no processo de estimativa de preços e nas licitações.

*Com informações da Agência Câmara

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que analisa a violência contra jovens negros e pobres no Brasil ouve, nesta terça-feira (2), às 14h, os responsáveis pela segurança pública em Pernambuco. Participam da audiência pública o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho; o comandante-geral da Polícia Militar, Antônio Neto; o delegado-chefe da Polícia Civil, Antônio de Andrade; e o defensor público geral, Manoel Jerônimo de Melo Neto.

O presidente da CPI, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), propôs o debate e quer esclarecimentos a respeito dos números e casos de violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no estado. 

##RECOMENDA##

“As contribuições dos gestores de segurança do estado de Pernambuco serão fundamentais na formação de um diagnóstico mais detalhado do sistema de segurança pública vigente, e para elaboração de um relatório que possa responder aos desafios de um modelo de segurança pública cidadã eficiente e garantidor de direitos”, explicou Lopes.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras vai ouvir, nesta terça-feira (12), o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), acusado de participar do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Além do pernambucano, o colegiado também vai ouvir outros dois ex-parlamentares: Luiz Argolo e André Vargas. Os três estão presos em Curitiba, no Paraná.

Integrantes da CPI estão no Paraná desde a última segunda (11), para ouvir os ex-deputados e os doleiros Carlos Habib e Nelma Kodama, além de René Pereira (ligado ao doleiro Alberto Youssef). 

##RECOMENDA##

Nessa segunda, Alberto Youssef disse à CPI que o Palácio do Planalto sabia do esquema de financiamento de campanha investigado na Operação Lava Jato. Ele admitiu, no entanto, não ter provas disso.

Dos 7 depoentes convocados para prestar depoimento ontem, 5 optaram por ficar calados e não responder as perguntas dos deputados. Apenas Youssef e a ex-funcionária da doleira Nelma Kodama, Iara Galdino, aceitaram falar.

Ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o presidente da Setal Engenharia, Augusto Mendonça Neto, reafirmou, nesta quinta-feira (23), que pagou propina aos ex-diretores da estatal Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Além disso, o delator confirmou o desvio de verbas para bancar as campanhas do PT e detalhou os benefícios garantidos para um “clube” de empresas que participavam dos esquemas de corrupção.

Durante a reunião da CPI, Mendonça disse que procurou o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a pedido de Duque para fazer doações oficiais ao PT como parte do pagamento de propina. Segundo ele, foram cerca de 10 reuniões com Vaccari. “Nós parcelávamos o pagamento e às vezes atrasávamos”, explicou. Mendonça esclareceu, porém, que Vaccari não ofereceu a ele vantagens na Petrobras. “Mas o Duque sim”, disse.

##RECOMENDA##

Segundo o delator foram pagos R$ 2,5 milhões ao PT por meio de depósitos feitos como pagamentos por supostos anúncios em uma revista editada pela Gráfica Atitude, em São Paulo. Ele relatou ainda que pagamento de propina a Duque, a Paulo Roberto Costa e ao ex-gerente Pedro Barusco era feito via o doleiro Alberto Youssef. "Era como se eu tivesse pagando o Paulo Roberto", disse. Também eram feitos pagamentos por depósito bancário. "Nunca entreguei dinheiro diretamente a eles".

Clube de empresas

O delator também afirmou à CPI da Petrobras que os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Renato Duque favoreciam as empresas do “clube” que se reuniu em cartel para obter contratos com a estatal.

“Eles ajudavam sim, na medida em que era entregue uma lista de empresas que seriam convidadas (para participar das licitações)”, disse, ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Segundo a Polícia Federal, participavam como membros principais desse “clube” as empresas Galvão Engenharia, Odebrecht, UTC, Camargo Corrêa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon, MPE, Skanska, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix, Setal, GDK e OAS.

Mendonça disse que o clube começou em 1997 com apenas nove empresas. Mas que o número foi ampliado em 2003 e 2004, quando a Petrobras retomou seus investimentos, principalmente no setor de refino. “O grupo ganhou efetividade com a relação dos dois diretores (Paulo Roberto Costa e Renato Duque)”, disse o executivo. “Era uma forma de as empresas se protegerem diante da força da Petrobras. Se proteger de modo a não competirem entre si”, acrescentou.

Nesta quinta-feira (23), a CPI da Petrobras ouvirá o depoimento de um dos delatores do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O presidente da Setal Engenharia e executivo da Toyo Setal Empreendimentos Ltda, Augusto Mendonça Neto, prestará esclarecimentos sobre o caso em sessão marcada para as 9h30.

À PF, Mendonça Neto confirmou que pagou propina aos ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Renato Duque, e afirmou que a propina estava "institucionalizada" durante a gestão dos acusados. Ele confirmou ainda que pagou R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque.

##RECOMENDA##

A oitiva dele estava marcada para a semana passada, mas foi adiada para que ele pudesse comparecer ao colegiado acompanhado da advogada, Beatriz Catta Preta.

A comissão já ouviu o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, os ex-presidentes Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços da estatal Pedro Barusco. Voluntariamente, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também prestou esclarecimentos sobre as acusações de suposto envolvimento dele no esquema.

O depoimento do presidente da Setal Engenharia e executivo da Toyo Setal Empreendimentos Ltda, Augusto Mendonça Neto, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras foi adiado para o dia 23. Mendonça Neto falaria nesta terça-feira (14) à comissão, mas sua advogada, Beatriz Catta Preta pediu o adiamento da data para que possa acompanhar o executivo na audiência.

Um dos delatores do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, Mendonça Neto confirmou que pagou propina aos ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Renato Duque, e afirmou que a propina estava "institucionalizada" durante a gestão dos acusados. Mendonça Neto ainda confirmou que pagou R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque.

##RECOMENDA##

Mesmo sem o depoimento, parlamentares da CPI se reúnem nesta tarde para decidir como conduzirão os depoimentos de pessoas que foram presas na Lava Jato. Os deputados também vão analisar requerimentos de outras audiências com pessoas citadas na operação, entre eles, Fernando Antônio Falcão Soares. Conhecido como Fernando Baiano, o empresário é acusado de cobrar propina para intermediar a compra de equipamentos para a Petrobras. Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que Baiano arrecadava propina para o PMDB em contratos com a estatal.

Na lista de possíveis depoimentos que podem ser aprovados hoje, ainda estão os nomes de executivos de empresas envolvidas no caso como Ricardo Pessoa (UTC), Eduardo Hermelino Leite, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler (Camargo Corrêa), Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia), Gerson de Mello Almada (Engevix), Sergio Cunha Mendes (Mendes Júnior), José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Aldemário Pinheiro Filho (OAS).

Na quinta-feira, a comissão espera o depoimento do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que será indagado sobre o financiamento feito para a criação da empresa Setebrasil, formada para construir sondas de perfuração. Coutinho também deve falar sobre sua participação no Comitê de Auditoria da Petrobras, quando substituiu um representante dos acionistas minoritários da estatal.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras volta a se reunir, na próxima terça-feira (11), para ouvir o gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Ele deve ser questionado a respeito de pagamento de propina a funcionários para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas. Os contratos da SBM com a Petrobras somam US$ 27 bilhões.

Em depoimento à CPI Mista em junho, a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que uma sindicância interna não encontrou evidência de pagamento de propina a funcionários da empresa.

##RECOMENDA##

Também na terça-feira, a comissão deve definir se convoca ou não o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os dois teriam sido citados por Paulo Roberto Costa como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Paulo Roberto Costa fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal e o Ministério Público em troca de redução da pena.

A CPI Mista tenta conseguir acesso à delação premiada de Costa. O pedido está com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que aguarda a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai liberar o conteúdo da delação para os parlamentares ou não.

Adiamento

Havia a expectativa de a CPI Mista também ouvir na terça a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela, no entanto, pediu para depor em outra data, pois tem um compromisso no dia previsto. A audiência pode acontecer em 26 de novembro.

*Com informações da Agência Câmara

O presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) está em negociações com a Polícia Federal e a Justiça Federal para possibilitar o depoimento do doleiro Alberto Youssef na semana que vem ou na outra. A convocação de Youssef para depor foi aprovada no começo de junho.

"Está na minha ordem de prioridades trazer Youssef. Espero que ele venha para conversar, para falar do mesmo jeito que falou no depoimento à Justiça", disse Vital.

##RECOMENDA##

O doleiro foi preso em março pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, acusado de envolvimento em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e envio de recursos para o exterior de maneira ilegal. Youssef agia em parceria com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ambos fizeram delação premiada, em acordos com o MP e a Justiça Federal. No caso do doleiro, conforme a imprensa, isso se deu no final de setembro. Ele assinou um acordo de delação premiada em troca de redução de pena. Já teria, inclusive, prestado os primeiros depoimentos em consequência deste acordo.

A polícia e o Ministério Público investigam as denúncias de desvio de dinheiro na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco e na compra da Refinaria Pasadena, nos Estados Unidos. Os dois casos estão entre os investigados pela CPI Mista.

Enquanto não há uma definição quanto à data do depoimento do doleiro, a CPI Mista da Petrobras se preparar para ouvir na quarta-feira da semana que vem (22) o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza. O requerimento do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), aprovado pela CPI Mista, argumenta que Cosenza precisa esclarecer denúncias publicadas pela revista Época, segundo as quais ele estaria ligado a condutas criminosas praticadas por Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA).

*Com informações da Agência Senado

O substituto de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, é o próximo a ser ouvido pela CPI Mista que investiga irregularidades na estatal. O depoimento foi marcado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para quarta-feira (22).

Esta é a data da próxima reunião da CPI, a menos que oposicionistas consigam marcar um encontro extra na semana que vem. Eles pressionam para a realização de uma reunião de emergência para votar novos requerimentos diante dos depoimentos de Paulo Roberto e do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal na última quarta-feira (8). Conforme divulgado pela imprensa, os dois revelaram a existência de um esquema de pagamento de propinas na empresa. O ex-diretor da Petrobras disse ao juiz Sérgio Moro que a maior parte da propina cobrada de fornecedores da petrolífera era direcionada para atender a partidos governistas PT, PMDB e PP.

##RECOMENDA##

O deputado Izalci (PSDB-DF) informou à Agência Senado que tentará hoje contato com o presidente Vital do Rêgo propondo um novo encontro, mas sabe que não será tarefa fácil obter quórum para análise dos requerimentos pendentes de votação. "A base do governo vai evitar ao máximo quórum para apreciarmos qualquer coisa antes do segundo turno das eleições. Não há interesse para investigar essas questões agora", afirmou.

Relações

José Carlos Cosenza vai ter que explicar aos parlamentares por que Paulo Roberto, mesmo após ter saído da Petrobras em abril de 2012, continuou a manter relações com a companhia, conforme reportagem da revista Época. A matéria informou também que os dois despachavam sobre assuntos discutidos na cúpula da estatal.

O deputado Carlos Sampaio (PSB-SP), autor de um dos requerimentos que pediu a convocação de Cosenza, lembra que Paulo Roberto continuou tentando fazer negócios com a estatal e chegou a enviar uma carta a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, propondo uma parceria entre a Petrobras e a REF Brasil, um empreendimento que ele vinha tocando até ser preso, e que previa a construção, com recursos privados, de pequenas refinarias em quatro estados brasileiros.

Além disso, conforme o requerimento de Sampaio, recentemente, foram demitidos vários executivos da Diretoria de Abastecimento e "o atual diretor, José Carlos Cosenza, indicado pelo PMDB, e homem de confiança de Paulo Roberto, não caiu".

Paulo Roberto Costa está cumprindo prisão domiciliar no Rio de Janeiro, acusado de integrar um esquema de corrupção na Petrobras, com a participação do doleiro Alberto Youssef. Preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras confessou envolvimento em negociatas na estatal.

A CPI Mista da Petrobras tem a participação de senadores e deputados e funciona paralelamente à CPI exclusiva do Senado, com idênticos objetos de investigação: irregularidades envolvendo a Petrobras entre 2005 e 2014 relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA; o lançamento plataformas marítimas inacabadas; o pagamento de propina a funcionários da estatal; e o superfaturamento na construção de refinarias, principalmente a de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando