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Desde fim de semana do Natal, as emergências oftalmológicas de Pernambuco registraram 10 casos de queimaduras na córnea (ceratite química) e outros três em confirmação com provável correlação com uso de pomadas fixadoras e modeladoras de cabelo. A Secretaria de Saúde Pernambuco (SES) alerta para o uso desses produtos durante as comemorações de Réveillon.

O relato dos pacientes indicava o uso das pomadas para penteado na noite anterior ao atendimento. As principais queixas foram de ardor, vermelhidão, fotofobia e ao exame clínico ficou constatada presença de lesões na córnea.

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“As pessoas que fizeram uso de pomadas modeladoras e que estiverem sentindo desconforto ocular como queimação e ardência, olho vermelho, fotofobia podem procurar atendimento especializado. Enfatizando que a orientação é que se evite o uso desse tipo de produto que pode, sim, atingir os olhos, mesmo que inicialmente tenha sido aplicado apenas no cabelo, principalmente quando ocorre contato com a água (chuva, por exemplo), ou mesmo o suor”, advertiu a coordenadora da Política de Oftalmologia do Estado, Ana Catarina Medeiros.

Quem sentir alguma reação ocular pode buscar atendimento de emergência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no bairro do Ibura, no Recife, e na cidade do Paulista, além da Fundação Altino Ventura (FAV), também localizada no Recife. Esses serviços funcionam 24 horas, todos os dias da semana, com acesso por demanda espontânea.

--> Confira a lista de pomadas de cabelo autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) informou que vai aumentar a fiscalização no comércio e orienta que os consumidores adotem as seguintes medidas de segurança antes de adquirir cosméticos:

• Leia atentamente o rótulo do produto antes de usá-lo;

• Evite o uso excessivo de produtos cosméticos. Siga as orientações de aplicação fornecidas pelo fabricante para garantir uma utilização segura e eficaz;

• Não utilize produtos cosméticos não autorizados pela Anvisa;

• Realize um teste de alergia em uma pequena área da pele antes de aplicar o produto de forma extensiva. Isso ajuda a identificar possíveis eventos adversos;

• Não use o produto se estiver com a pele, os olhos irritados ou outra parte do corpo;

• Evite o contato do produto com os olhos;

• Se o produto entrar em contato com os olhos, lave-os imediatamente com água corrente por pelo menos 15 minutos;

• Guarde os produtos cosméticos em local seguro, longe do alcance de crianças e animais.

É possível identificar se o produto cosmético está regularizado junto à Anvisa. Para isso recomenda-se examinar atentamente seu rótulo. Cada produto cosmético possui um número de processo Anvisa que funciona como uma espécie de identificação única. Esse número tem início com "25351" e segue o formato "25351.XXXXXX/20XX-YY". Ao utilizar esse número, é possível verificar se o produto cosmético em questão está devidamente autorizado pela Agência.

Mais de 170 pessoas foram atendidas em hospitais municipais do Rio de Janeiro desde segunda-feira, 25, com queimaduras nos olhos após usarem pomadas modeladoras nos cabelos. Somente na emergência oftalmológica do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, foram 135 atendimentos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os pacientes começaram a apresentar sintomas de irritação depois de terem usado a pomada para fazer tranças ou penteados fixados. Ao molharem o cabelo, o ingrediente químico do produto escorreu para a vista e causou as lesões.

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A Vigilância em Saúde e o Instituto de Vigilância Sanitária do Rio (Ivisa-Rio) iniciaram uma apuração epidemiológica para identificar quais as marcas dos produtos usados pelos pacientes. Eles também investigam em quais estabelecimentos os penteados foram feitos, onde os produtos foram adquiridos e se eles estão de acordo com as regras estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na tarde desta quarta-feira, 27, a Anvisa emitiu uma nota oficial na qual afirma ter recebido relatos de crianças e adultos com "efeitos indesejáveis supostamente ocasionados por produtos cosméticos para modelar/trançar os cabelos". Além dos casos no Rio de Janeiro, outros pacientes em Minas Gerais, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Bahia e Paraná também tiveram problemas parecidos.

De acordo com a agência, os sintomas podem se apresentar como reação alérgica, cegueira temporária (perda temporária da visão), vermelhidão dos olhos, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira/prurido, inchaço ocular e dor de cabeça. Em um dos casos, houve lesão grave nos olhos, enquanto alguns pacientes teriam demorado até 15 dias para recuperarem totalmente a visão.

Por ora, o Rio de Janeiro concentra a maior parte dos casos. "A maioria dos pacientes apresenta uma conjuntivite ou ceratite (inflamação da córnea) química causadas pelo contato com a pomada. E, quanto maior a quantidade do produto que escorre para os olhos, mais grave pode ser a lesão", disse Paula Travassos, diretora do Hospital Souza Aguiar. "Alguns estão chegando com muito inchaço nos olhos e sem conseguir enxergar, tendo que ser guiados por acompanhantes. São quadros considerados bem graves."

De acordo com a Anvisa, resquícios de pomada modeladora podem permanecer no cabelo durante horas ou dias, o que requer um cuidado especial com os olhos, buscando sua proteção quando os cabelos entrarem em contato com água. "Se a situação já está assim por causa do Natal, pode ficar pior para o Réveillon, pois sabemos que muitas pessoas terminam a noite mergulhando no mar", disse Paula.

Uma mulher deu entrada em um hospital, na China, sentindo fortes coceiras nos olhos. Ao ser examinada pelos médicos, foi constatado que ela tinha 50 vermes dentro de sua vista, sendo 40 no lado direito e outros 10 à esquerda. Os parasitas estavam entre os olhos e as pálpebras.

No hospital, o corpo médico fez a remoção dos vermes e, posteriormente, identificaram que os animais eram um tipo de lombriga, da família Filarioidea. Tais parasitas são transmitidos por picadas de moscas ou outros tipos de insetos.

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A vítima, entretanto, acredita que a transmissão veio através de larvas de cães e gatos. Ele teria tido contato com os animais, antes de coçar os olhos. Algumas lombrigas deste tipo, inclusive, podem causar cegueira.

O baixista do Ultraje a Rigor, conhecido como Mingau, foi baleado na cabeça no dia 3 de setembro, no Rio de Janeiro. O artista passou cerca de duas semanas internado sob os cuidados médicos na UTI e precisou de algumas cirurgias de emergência para cuidar de seu caso.

Nesta quarta-feira, dia 20, após ser retirado da ventilação mecânica na última segunda-feira, dia 18, Mingau abriu os olhos. Em nota, o Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D'Or, em São Paulo, revelou:

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"O paciente Rinaldo Amaral, Mingau segue internado em Unidade de Terapia Intensiva, tendo apresentado nesta quarta-feira, 20, um despertar com abertura dos olhos. O paciente está sem sedação e em processo de desmame da ventilação mecânica. O quadro é considerado estável."

Apesar do caso ter ocorrido no Rio de Janeiro, o artista foi transferido para São Paulo para continuar o tratamento.

Anaya Peterson, de 32 anos, está correndo o risco de perder a visão. A notícia veio após a jamaicana fazer tatuagem nos globos oculares. Moradora do Reino Unido, Anaya pintou os olhos nas cores azul e roxo. No Instagram, ela compartilhou com os seguidores a situação que está enfrentando.

"Você desenvolveu uma doença ocular que ameaça a visão, associada a fluidos que afetam a parte central dela", descreve o laudo médico da moça. O documento ressaltou que os olhos de Anaya estão inflamados. Se o caso dela não receber o tratamento correto, pode ser desenvolvido um quadro de glaucoma.

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Depois que a informação veio à tona, Anaya Peterson colecionou críticas de diversos internautas. Anaya está sendo acompanhada por um oftalmologista.

Neste sábado, dia 1º, Rodrigo Mussi revelou que passou por uma cirurgia nos olhos para poder voltar a enxergar bem. O famoso ficou vários meses com o grau dos óculos triplicado e dificuldades para ver tudo com clareza.

O ex-BBB surgiu em um registro vestindo roupa cirúrgica para a realização do procedimento e contou na legenda da publicação no Instagram:

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"Estou aqui para compartilhar com vocês um momento muito importante. Por meses, não enxerguei a beleza das coisas, estive em um deserto que se encerra hoje. Graças a medicina, mais uma vez. Eu nunca parei para pensar como a medicina é nobre. A tecnologia, a capacidade dos profissionais de saúde e os estudos avançados são extremamente importantes para salvar vidas. Isso é transformador! Contei com o dom do Dr. Rodrigo Magalhães, oftalmo da minha cidade, para realizar a cirurgia dos meus olhos. Estive todo esse tempo com o grau triplicado no meu óculos e tentando me acostumar com lentes. Sou muito grato ao doutor, a medicina e a todos que me ajudaram a acreditar que seria possível voltar a enxergar o mundo como ele é! Hoje faz exatamente 6 meses do acidente e jamais pensei em desistir dessa luta!"

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Trânsito, trabalho, faculdade, filas, relacionamentos. Motivos para o estresse são muitos. E os sintomas também podem se manifestar de muitas maneiras. Uma delas é o tremor no olho. Segundo o médico oftalmologista e professor do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) Dr. Pedro Durães Serracarbassa, o tremor no olho é principalmente causado pelo estresse.

"O estresse pode causar tremor nos olhos e, inclusive, tem sido a principal causa deste sintoma. Importante reforçar que problemas como a síndrome do olho seco, doenças neuromusculares e paralisia facial também podem gerar tremor nas pálpebras", diz o especialista.

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O oftalmologista conta que, em caso mais leves ,o principal tratamento é realizar atividades que diminuam o nível de estresse. "O tratamento recomendado para os casos mais leves é a realização de atividades que diminuam o nível de estresse. Mas, caso o tremor leve a uma situação de contração da pálpebra, chamada de blefaroespasmo, o tratamento poderá ser realizado com injeção de toxina botulínica e, em casos mais graves, com uso de ansiolíticos", destaca.

A visão é um dos principais sentidos do corpo humano e concentra a maior parte das informações que recebemos.Neste mês de março, a saúde visual está em destaque, por meio da campanha Março Verde, que visa conscientizar sobre a saúde visual.

Vale lembrar que a baixa qualidade visual gera um impacto negativo no desenvolvimento educacional e econômico do indivíduo e da nação, provocando, dentre outros males os problemas de aprendizagem, evasão escolar, marginalização e baixa produtividade, limitando as oportunidades e reduzindo a qualidade de vida.

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Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), na pandemia houve uma redução do número de exames oftalmológicos no país. É importante marcar consultas de rotina seguindo as medidas de proteção.  Uma forma de reforçar os cuidados e consultas oftalmológicas. É necessário que a saúde visual esteja de forma correta para manter o mecanismo. Por trás dos olhos, há várias ferramentas que funcionam para que o cérebro assimile mensagens externas. Pupila, íris, córnea, retina, por exemplo, são engrenagens para o funcionamento da visão. 

Problemas nos olhos costumam ser indicativos de outras doenças. Olhos amarelos podem ser sinal de doença no fígado ou pâncreas. Da mesma forma, dores de cabeça podem indicar alteração na visão, como o astigmatismo. Para diminuir a sensação de secura nos olhos, evite o uso do ar-condicionado. Caso o problema continue, consulte um especialista para receber a indicação de um colírio. É importante fazer a higienização frequente das mãos para evitar infecções transmissíveis. A maioria dos problemas de visão podem ser diagnosticados precocemente e o tratamento é feito o quanto antes, de um modo para evitar a perda da visão.  

A seguir, dicas de como cuidar da visão: consulte um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano; evite coçar os olhos com frequência; dê um descanso para seus olhos; cuidado com o uso de produtos na região dos olhos. E importante: para os portadores da doença que afetam diretamente a visão, como hipertensão e diabetes, os cuidados devem ser redobrados. 

Por Camily Maciel

 

 

A modelo russa Yulia Tarasevich está passando por um dos momentos mais difíceis de sua vida após sofrer complicações de procedimentos estéticos que deram errado. Campeã do concurso de beleza Miss Russia - Internacional, a famosa conta que não consegue mais fechar os olhos ou sorrir.

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Yulia revelou que o rosto começou a inchar e inflamar após realizar cirurgias plásticas em uma clínica em Krasnodar, no sul da Rússia. No procedimento, que custou cerca de 20 mil e 400 reais, estavam inclusos facelift, correção de pálpebras – mais conhecida como blefaroplastia - e mini-lipoaspiração.

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"Cheguei a eles com um rosto lindo e saudável. Eu só queria corrigir algumas nuances causadas pelo envelhecimento. Mas, infelizmente, perdi minha saúde."

A modelo gastou mais de 136 mil reais em tentativas de corrigir o problema. Contudo, ainda não consegue mover grande parte do rosto.

"Tenho cicatrizes que se formaram nas minhas bochechas quando arrancaram todo o meu tecido. Meus olhos não fecham e não consigo sorrir. Não consigo levantar o lábio superior e uma parte do meu rosto não funciona", contou ela ao Russian Channel 1.

Segundo o veículo britânico, Tarasevich apresentou uma queixa criminal contra os dois médicos envolvidos na primeira cirurgia. Em resposta, os profissionais alegaram que as complicações foram resultado de um raro defeito genético da miss, denominado escleroderma, e não do procedimento em si. Contudo, não há evidências de que a famosa possua a condição.

Em contrapartida, Yulia afirma não possuir anormalidades genéticas e que todos os exames estavam em ordem.

"Fui tranquilamente para a operação, em primeiro lugar, porque todos os meus exames estavam em ordem. Em segundo lugar, porque eu fiz plástica antes disso, fiz rinoplastia, e deu tudo certo para mim, sem nenhuma anormalidade genética."

A modelo também revelou que foi forçada a realizar um procedimento de emergência por outro médico para salvar os olhos da necrose. Agora, ela acusa os profissionais de negligência médica.

"Os cirurgiões me fizeram a único culpada pelo que aconteceu. Os médicos que desfiguraram meu rosto se livraram de toda responsabilidade. Decidi ter meu dia no tribunal."

Anna Pushkina, porta-voz do Comitê Investigativo Russo, afirmou: "Foi nomeado um exame médico forense para determinar a gravidade do dano à saúde, e outros pacientes que poderiam ter sofrido com os serviços de má qualidade nesta clínica também estão sendo identificados. A investigação do processo criminal está em andamento."

A Prefeitura de Olinda anunciou nesta terça-feira (23), que as clínicas, IMEPE, Seope e Clinope, conveniadas com a Secretaria de Saúde da cidade, estarão semanalmente promovendo 250 cirurgias de catarata.

Segundo o Executivo municipal, a iniciativa tem como objetivo diminuir a relação de pacientes cadastrados para o procedimento cirúrgico na cidade até janeiro.

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Dentro da estratégia, os pacientes já regulados devem procurar a clínica oftalmológica onde tem cadastro para obter mais informações sobre o procedimento. O município também está ofertando os exames pré-operatórios como os laboratoriais e parecer cardiológico para a realização da cirurgia.

As sociedades brasileiras de Diabetes (SBD) e de Retina e Vítreo (SBRV) se uniram à Allergan, da empresa biofarmacêutica global AbbVie, na campanha nacional “Abra os Olhos: o Diabetes pode levar à cegueira. Consulte um especialista. Você pode mudar esta história”. O objetivo é alertar a população sobre os riscos do diabetes para a saúde dos olhos. A campanha ganha maior visibilidade neste domingo (14), quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes.

Segundo disse à Agência Brasil o médico oftalmologista especialista em retina Fernando Malerbi, membro da Comissão de Telemedicina e Terceiro Setor da SBRV e do Departamento de Doenças Oculares da SBD, no diabetes, o tempo de doença e a falta de um bom controle clínico, levam à possibilidade de diversas complicações em alguns órgãos alvo. “E o olho é um desses órgãos alvo, assim como os rins e os nervos”.

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A doença principal e mais temida que ocorre no olho em decorrência do diabetes é a retinopatia diabética. Essa doença pode levar à cegueira total. Fernando Malerbi esclareceu que a retina “é a membrana que cobre o fundo do olho por dentro e é a parte mais sensível do olho, a parte responsável por traduzir as imagens em impulsos elétricos e levar para o cérebro para que a gente forme a visão”.

Alterações

Segundo explicou Malerbi, a doença ocular diabética não se restringe à retinopatia. Existem alterações na córnea, que é a parte transparente do olho, também relacionadas ao diabetes; alterações ligadas à catarata; e, inclusive, alterações de grau de óculos vinculadas à flutuação glicêmica (açúcar no sangue). Mas a retinopatia é a que mais gera preocupação porque é a causa que mais pode levar à cegueira, que é a perda irreversível da visão na fase tardia. “Se ela for detectada e tratada a tempo, não necessariamente leva a essa perda visual”, destacou o oftalmologista.

Informou que existe uma fase do diabetes em que a pessoa não tem nenhuma alteração no fundo de olho. Mas se ela continuar um tempo com a doença fora de controle, a retinopatia diabética vai começar a aparecer no fundo de olho. No início, pode não causar nenhum sintoma ou apenas sintomas leves e pode ser revertida com controle clínico do diabetes ou até com alguns controles próprios do olho, como laser e alguns medicamentos. Malerbi advertiu, porém, que com o passar do tempo, se o controle for ruim ou houver falta de atenção adequada à retina, a doença vai se instalando progressivamente, de maneira mais grave, até chegar a um ponto em que o dano é irreversível. “A pessoa perde a visão”.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 146 milhões de pessoas no mundo têm algum grau de retinopatia diabética. O diabetes é uma das principais causas de cegueira em pessoas em idade produtiva, entre 20 aos 60 anos de idade, em países desenvolvidos em que essa questão é bem mapeada. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 7,4% da população com diabetes, em pessoas em idade produtiva. Segundo a SBD, cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados, com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Levantamento da Agência Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB, do nome em inglês) de 2020 indicava a existência no Brasil de quase 30 milhões de pessoas com algum tipo de perda de visão, dos quais 1,8 milhão são cegos.

Segundo Fernando Malerbi, o que define o risco da pessoa desenvolver uma retinopatia diabética é o tempo de duração da doença. “A partir do momento que a doença começa, começa a contar como se fosse um cronômetro. O tempo da doença fora de controle é que constitui o principal fator de risco”. Afirmou que o indivíduo pode ter décadas de diabetes e não necessariamente ter lesão na retina, se tiver um bom controle clínico, “que é o que a gente espera e recomenda”.

Cegueira evitável

O oftalmologista sustentou que a retinopatia diabética é a principal causa de cegueira evitável. “Ou seja, aquela cegueira que, tomadas medidas adequadas, não precisa ocorrer. Se você tem um sistema de saúde que permite ao paciente ter um bom controle e conhecimento da doença, ele conhecer os fatores que promovem um melhor controle, e acesso ao exame do olho, ao diagnóstico”. Deixou claro que se o indivíduo fizer esse exame precoce, no começo, na fase silenciosa da doença, pode ser que já sejam detectadas alterações no fundo de olho que indiquem necessidade de tratamento. Nessa fase, ele pode reverter ou estacionar a doença, “se isso for feito a tempo”. Advertiu que na fase mais avançada da doença, nem mesmo cirurgias oculares conseguem devolver a visão.

Fernando Malerbi informou que as sociedades médicas têm entre suas diretrizes a questão do exame nos pacientes com diabetes, que deve ser feito, pelo menos uma vez por ano, de maneira geral. Com a pandemia do novo coronavírus e as restrições de mobilidade, muitos pacientes deixaram de fazer exames periódicos com medo de contrair a Covid-19. “Muitos pacientes, no Brasil, não sabem que têm diabetes. Estima-se que a cada dois pacientes, um não sabe que tem diabetes”. O segundo problema é que, mesmo aqueles que têm a doença desconhecem que é preciso fazer exame oftalmológico anual. Com a retomada das atividades, percebe-se que muitos pacientes deterioraram a situação da retina, informou o especialista.

No Brasil e em outros países, outro problema se soma a esses, que é o acesso limitado a esse tipo de ação diagnóstica e ao tratamento. Malerbi disse, ainda, que o exame diagnóstico pode ser feito com o médico oftalmologista e, na ausência desse especialista, com algumas alternativas, entre as quais fotografia da retina ou retinografia. “Essas fotos são uma boa maneira de detectar a doença”, indicou.

“A retinografia é capaz de determinar se a pessoa tem uma alteração significativa ou não. Aqueles que não têm já deixam de fazer parte da fila de agendamentos, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), de maneira que ele consiga priorizar aqueles que têm uma alteração que já é detectada ou suspeitada pela fotografia, no sentido de que cheguem com mais agilidade no especialista e, se for o caso, consigam tratar de maneira mais ágil”. Fernando Malerbi afirmou que se esses pacientes chegarem muito tarde, “não adianta detectar lá na frente porque o tratamento não será mais eficaz”.

Um dos alertas deste Dia Mundial da Visão (14) é o prejuízo causado pelo tempo em frente a telas de aparelhos eletrônicos. Além dos efeitos psicológicos, o isolamento social indispensável na pandemia aproximou as pessoas de celulares e computadores, seja para assistir aulas ou reuniões, bem como da televisão nos momentos de lazer com filmes, séries e games. 

Em entrevista ao LeiaJá, a oftalmologista pediatra do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Eveline Barros, pontuou sobre os danos do uso indiscriminado e indicou hábitos que podem prevenir complicações à visão.

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Ela dividiu os cuidados por faixa etária e ressaltou que o uso de telas é contraindicado para crianças até dois anos. Além de reduzir a sociabilidade, o contato precoce com eletrônicos retrai o desenvolvimento dos olhos.

"A criança também precisa forçar a visão para longe para enxergar e ter um bom desenvolvimento visual. A gente também tem a questão da interação dessa criança com o meio ambiente e as pessoas que rodeiam", aponta. 

O desenvolvimento visual, chamado de 'maturação cerebral visual', ainda está em formação até os sete anos. Por isso, é importante estipular o limite diário de 1h de uso. A especialista percebeu que a faixa etária vem apresentando uma tendência ao aparecimento precoce de alguns tipos de grau, principalmente a miopia. 

“É como se você informasse para o cérebro que ele não precisa de uma visão de longe". Com a fase seguinte da pré-adolescência, o período de uso pode ser estendido para 2h por dia.

De acordo com Eveline, a faixa vem apresentando um maior índice de estrabismo - desvios oculares - e do chamado 'olho seco'. "Se você prestar atenção quando tá no eletrônico, a quantidade de vezes que você pisca é bem menor, então a lágrima tem uma evaporação maior. Aí você fica com o olho vermelho, pode dar aquela sensação de corpo estranho dentro do olho, lacrimejamento excessivo, tudo isso por conta do olho seco", descreve.

Os casos de estrabismo também vêm aumentando nos adultos, muitas vezes acompanhado por visão dupla e um leve aumento do grau que já estava estabilizado. Para evitar os danos decorrentes da necessidade de permanecer mais tempo em atividade com os dispositivos, ela recomenda a Regra 20x20.

"Tem uma regra que a gente chama 20x20, para aquelas pessoas que tem mais cansaço ocular. Para cada 20 minutos que você passa na tela, você pode tirar os olhos por 20 segundos e descansar um pouquinho", aconselha.

Esse descanso consiste em fechar o olho ou buscar o horizonte. Quando o uso contínuo é superior a 2h, a pausa deve ser de, pelo menos, 10 minutos. "Nossa visão também mexe com a musculatura ocular, músculos ciliares. Então é dar um tempinho mesmo de relaxamento", acrescenta.

Além das paradas para relaxar, a médica lembra que lubrificantes oculares também podem ajudar. Preferencialmente sem conservantes, eles podem ser utilizados de 3 a 4 vezes ao dia. O soro fisiológico é outra opção, contudo não é ideal devido à rápida evaporação. Manter distância da tela também é interessante para minimizar os prejuízos aos olhos.

O mercado oftalmológico ainda oferece as lentes com filtros especiais que, de fato, trazem benefícios. Porém, a especialista destaca que o fundamental é manter os hábitos saudáveis à visão. "Hoje em dia você tem no mercado lentes com filtros especiais. Elas causam uma sensação de conforto melhor, mas o mercado joga como se fosse a 'grande solução' e não é assim. Vai dar um conforto, mas se você não tiver a medida de controle ambiental, que é dar uma parada, dar uma relaxada, não vai adiantar. A lente é um ‘plus’, vai ajudar, mas o grande fator é o controle do tempo", considera.

A necessidade de óculos ou qualquer outro método de precaução à visão varia conforme a condição de cada pessoa. Pela individualidade de cada caso, Eveline conclui que a avaliação clínica é necessária para definir a melhor forma de proteger os olhos. 

Vítima de má-formação genética, um cachorro nasceu com duas línguas, sem olhos, orelhas e nariz, no município de Parnaíba, no Litoral do Piauí. O tutor Bruno Souza conta que ele nasceu 2h após a mãe dar à luz a outros três filhotes saudáveis, na segunda-feira (28).

“Minha mãe chegou em casa após o trabalho, por volta das 10h, e não encontrou a cachorra. Depois viu que ela havia cavado um buraco e estava com três filhotes fêmeas. Quando cheguei em casa meio-dia, a cachorra estava deitada na sala e notei algo saindo dela. Percebi ser outro filhote e corri para filmar, eu nunca vi um parto de cachorro antes. Quando ele começou a sair, já vi ter algo diferente”, relatou Bruno ao G1.

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O tutor disse que ele tinha dificuldades para respirar e morreu minutos depois. Além das anomalias na região da cabeça, a cor da pelagem do filhote era mais clara que a das três fêmeas que nasceram na mesma ninhada.

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"Fiquei assustado e abalado. Minha mãe, que é muito apegada aos cachorros, chorou. Eu gostaria de poder fazer algo e ter salvado a vida dele", lamentou.

O dia 26 de maio, lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, surge para alertar sobre a importância da prevenção e cuidado com os olhos. A doença, que se apresenta como uma enfermidade crônica, é capaz de causar cegueira se não for tratada a tempo, já que 90% dos portadores não apresentam sintomas na fase inicial. Presente na vida de cerca de um milhão de brasileiros, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a doença não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. 

“Por afetar a qualidade de vida do paciente, quanto antes for identificada, maiores serão as chances de tratamento, que é clínico, com uso de colírios, e nos casos refratários ao tratamento clínico, pode-se partir para um tratamento cirúrgico. Com isso, é possível retardar o avanço da doença e evitar complicações, que podem chegar à cegueira irreversível”, explica o oftalmologista Kaio Soares, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE).

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A doença é decorrente do dano às fibras do nervo óptico e comumente associada ao aumento da pressão ocular, que é o único fator de risco modificável no glaucoma. O tipo mais comum é o glaucoma de ângulo aberto, que na maioria das vezes tem fator hereditário associado e é responsável por 80% dos casos no mundo. “Esse tipo se desenvolve lentamente, e se não tratado da maneira adequada, pode comprometer a visão periférica, levando a diminuição do campo visual gradativo, e consequentemente resultando na cegueira irreversível. O avanço da doença também atinge a sensibilidade ao contraste e às cores”, destaca Soares.

Já o glaucoma de ângulo fechado ocorre de forma súbita, e de acordo com o oftalmologista, pode provocar uma baixa visual definitiva, e que acontece em um intervalo menor de tempo. “Ele atinge pessoas portadoras de ângulo estreito, ou seja, que apresentam um espaço de menor tamanho entre a córnea e a íris. Neste caso, a drenagem do fluido é bloqueada e a pressão intraocular se intensifica durante situações em que ocorre o aumento da pupila”, explica. O médico também ressalta que é comum o surgimento de dores oculares, cefaléia, visão turva, náuseas e vômitos. 

Além deles, há também o glaucoma congênito – que ocorre em bebês, onde há uma imaturidade do local responsável pela drenagem intraocular, levando o recém-nascido a apresentar o globo ocular aumentado e córnea opaca – e o glaucoma secundário, derivado de complicações de outras doenças, secundárias a trauma ou até a medicamentos.

A maior incidência da doença acontece entre pessoas diabéticas, negras, do gênero feminino, portadores de miopia elevada e/ ou com histórico familiar.  A doença pode atingir pacientes de todas as idades, porém é mais comum após os 50 anos. “O tratamento é definido após avaliação de uma série de fatores e geralmente é feito com o uso contínuo de colírios, podendo-se recorrer ao laser ou cirurgia, conforme o estágio da doença. É importante lembrar que a avaliação periódica com o oftalmologista é fundamental para o diagnóstico e acompanhamento adequado”, finaliza Kaio Soares.

Os beija-flores veem muitas mais cores que os humanos, e seus olhos distinguem não só a luz vermelha, verde e azul, como os humanos, mas também a luz no espectro ultravioleta, anunciaram cientistas da Universidade de Princeton, EUA. Os resultados do estudo foram publicados na segunda-feira (15) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Segundo afirmou Mary Caswell Stoddard, professora assistente do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da universidade, esses pássaros veem cores não-espectrais devido às capacidades tetracromáticas dos primeiros vertebrados, comuns a muitos animais, incluindo pássaros e muito provavelmente até os dinossauros.

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"Os humanos são daltônicos em comparação com aves e muitos outros animais", escreve o portal EurekAlert. "Ter um quarto tipo de cone de cor na visão [os humanos têm três] não só amplia a gama de cores visíveis para as aves no espectro ultravioleta, mas permite potencialmente que as aves vejam cores combinadas como ultravioleta+verde e ultravioleta+vermelho, mas isso tem sido difícil de testar", disse, se referindo aos beija-flores.

A professora refere que já foram feitos estudos detalhados para averiguar a sensibilidade a diferentes cores por beija-flores, mas estes costumam ser feitos em laboratório, limitando nossa percepção sobre como sua visão os guia na selva.

"Os beija-flores são perfeitos para o estudo da visão das cores na natureza. Esses 'amantes do açúcar' evoluíram para responder às cores das flores que anunciam uma recompensa de néctar, para que possam aprender as associações de cores rapidamente e com pouco treinamento", disse a cientista.

Por isso, a equipe de investigadores treinou um grupo dessa espécie para participar em experiências que testassem essa habilidade ao ar livre.

Experiências realizadas

O primeiro teste envolveu bebedouros com água açucarada e com água normal, com tubos LED de cores diferentes (incluindo cores não-espectrais), sendo alternados de vez em quando, e evitando que os pássaros utilizassem o cheiro ou outro meio externo para encontrar a recompensa.

Os pesquisadores analisaram 6.000 visitas e viram que os pássaros souberam rapidamente encontrar a cor certa. A equipe não está certa se a cor ultravioleta+vermelha é uma mistura das duas cores, ou uma completamente diferente.

"Foi incrível assistir", disse Harold Eyster, doutorante da Universidade da Colúmbia Britânica (EUA) e coautor do estudo.

"A luz ultravioleta+verde e a luz verde nos pareceram idênticas, mas os beija-flores seguiram escolhendo corretamente a luz ultravioleta+verde associada à água com açúcar. Nossas experiências nos permitiram dar uma olhada no que o mundo parece ser para um beija-flor".

Além disso, os cientistas testaram cores de 3.315 penas e plantas. Mais uma vez, houve diferença na percepção das cores: os beija-flores parecem interpretá-las como não-espectrais, contrariamente aos humanos.

"As cores que vemos nos campos de flores silvestres em nosso local de estudo, a capital das flores silvestres do Colorado, são impressionantes para nós, mas imagine como são essas flores para os pássaros com essa dimensão extra-sensorial", comentou o coautor David Inouye, investigador da Universidade de Maryland e do Laboratório Biológico Montanha Rochosa, estado do Colorado, ambos nos EUA.

As experiências da Universidade de Princeton foram realizadas no verão ao longo de três anos, em colaboração também com pesquisadores da Universidade de Harvard, EUA.

Da Sputnik Brasil

Nesta quarta-feira (15), mais de 207 pacientes conseguiram o encaminhamento para fazer os exames da cirurgia de Catarata através do programa Mais Visão, da Prefeitura do Paulista, na Região Metropolitana do Recife. São mais de R$ 2,9 milhões investidos no programa. Todo dinheiro é proveniente do município e do Sistema único de Saúde.

O Mais Visão é fruto de uma parceria da prefeitura com o Centro de Visão de Pernambuco (Cevipe) e o Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV). Já com o encaminhamento em mãos, os pacientes realizarão quatro consultas com o oftalmologista, 13 exames oftalmológicos; cinco exames laboratoriais; parecer cardiológico. Fora isso, receberá colírio, óculos de proteção e acompanhamento até a recuperação final.

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Segundo a Secretária de Saúde Fabiana Bernart a expectativa é que ao longo de um ano, 2,4 mil cirurgias sejam realizadas pelo programa. “Com essa chamada, já são 600 pessoas atendidas e cerca de 600 cirurgias. Vale lembrar também que o paciente assim que faz o primeiro olho, ele já tem a cota para o segundo olho, com isso, o programa funciona de uma forma integral, além de todo acompanhamento pré e pós-operatórios”, ressaltou Bernart.

Visitas frequentes ao oftalmologista e a realização de exames de rotina podem ajudar a prevenir um tipo de câncer raro: o que atinge os olhos. O melanoma ocular – câncer que atinge células produtoras de melanina, pigmento responsável pela coloração da pele e dos olhos – é o câncer de olho mais comum em pessoas adultas, mas, geralmente, não apresenta sintomas e pode evoluir com gravidade, causando metástase, ou seja, espalhando a doença para outros órgãos do corpo.

“Os pacientes podem não apresentar nenhum sinal de que algo esteja errado, e o tumor ser percebido durante o exame de rotina com o oftalmologista. Em outros casos, o melanoma pode causar alterações ou dificuldades visuais que fazem o paciente procurar uma ajuda médica que acaba resultando na descoberta da doença”, destaca a oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), Sheila Ferreira.

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Segundo a médica, a causa do melanoma ocular é desconhecida, mas alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença já foram identificados. A incidência da doença aumenta com o envelhecimento e ocorre mais em homens, assim como em pessoas com pele clara, cabelos claros e olhos claros. Portadores da síndrome do nevo displásico (múltiplas pintas pelo corpo) também têm risco aumentado de apresentar o melanoma, assim como quem tem diferentes tipos de sinais no olho ou na pele.

De acordo com a especialista, fatores ambientais parecem não ter relação com o melanoma ocular e sua associação com exposição solar é incerta. A radiação ultravioleta, no entanto, parece predispor a outro tipo de câncer, o melanoma de conjuntiva (membrana transparente que recobre a parte branca do olho) e palpebral.

“Por isso, o uso de óculos escuros pode contribuir para a prevenção da doença nessas regiões do olho. Usar chapéus de aba larga e bonés também pode resguardar os olhos dos raios ultravioletas”, ressalta a médica.

Quando diagnosticado tardiamente, o melanoma ocular pode se espalhar para outros órgãos, sendo o fígado o órgão mais acometido, segundo a especialista. Nestes casos, os tratamentos podem incluir cirurgia da metástase, embolização da lesão (injeção de substâncias no intuito de bloquear ou diminuir o fluxo de sangue para as células cancerígenas), quimioterapia, ou imunoterapia.

A médica ressalta que a doença não se desenvolve apenas em quem apresenta fatores de risco, o que torna fundamental visitas frequentes a um oftalmologista.

Um bebê russo, nascido com uma condição rara que não desenvolveu seus globos oculares, está na fila de adoção na cidade de Tomsk, na Rússia. Os pais alegaram incapacidade para criar o bebê, de seis meses, e renunciaram aos deveres, entregando-o para um orfanato próximo a São Petersburgo.

Vale destacar que o pequeno Alexander K., é saudável e desenvolve-se normalmente. O garoto é o terceiro do mundo a nascer sem os dois olhos, o que foi determinado por uma rara anofltamia no gene SOX2, segundo o Daily Mail. “Ele não é diferente de outras crianças, ele brinca e sorri como qualquer bebê saudável", descreveu a enfermeira responsável pelos cuidados.

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O menino não será capaz de enxergar, no entanto, a cada seis meses deverá passar por uma cirurgia para inserir globos oculares artificiais. O primeiro procedimento foi realizado recentemente, apontou o Siberian Times. A intenção é que o rosto do bebê não se desenvolva com deformações.

Alexander também tem dois cistos na testa; mesmo benignos, eles serão retirados cirurgicamente.  À princípio, os russos têm prioridade na adoção, mas caso não apareçam candidatos, os agentes deverão procurar pais estrangeiros.

As lentes de contato têm sido uma opção para pessoas que têm problemas oculares como miopia, hipermetropia e astigmatismo e também para quem não gosta de usar óculos. Mas, é preciso que haja muita cautela, pois o descuido durante o uso pode causar sérios problemas aos olhos.

O mau uso das lentes pode desencadear úlcera na córnea, conjuntivite alérgica grave, irritações e até cegueira. Os óculos são muito importante para que haja um intervalo entre o uso das lentes, e os olhos precisam estar saudáveis para suportar o material. "As lentes melhoram a acuidade visual, mas possuem um determinado tempo de uso de acordo com o fabricante, após esse período o paciente deve optar pelo óculos", orienta a optometrista Liliane Nóbrega.

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Segundo Liliane, qualquer pessoa a partir dos seis meses de vida pode utilizar lente de contato, algumas, claro, com o auxílio rigoroso de um responsável. "Os laboratórios fornecem testes para a adaptação do paciente, porém, antes do uso da lente de contato o usuário deve procurar um contatólogo para fazer alguns exames e testes para definir o tipo ideal de lente", ressalta.

Pessoas que usam maquiagem e lentes de contato precisam ter um cuidado redobrado, pois rímel, lápis e delineadores impregnam nas lentes e propicia o surgimento de bactérias. "A lente de contato gelatinosa é a mais utilizada no mercado. Ela funciona como uma 'esponjinha', tudo que tem no olho ela absorve. Esse é um dos motivos pelo qual a limpeza deve ser feita corretamente, para que as impurezas da lágrima não gere qualquer dano visual", conclui Liliane.

Smartphones, tablets e computadores estão cada dia mais presentes na vida das pessoas. Mas, embora esses aparelhos tenham se tornado parte essencial do dia a dia, é preciso cuidado com seu uso em excesso. A 'luz azul', como é conhecida a luz emitida pelos aparelhos eletrônicos, pode levar a miopia, distúrbios de sono, síndrome do olho seco e causar riscos à retina. "A exposição à 'luz azul' antes de dormir acaba suprimindo a melatonina, que é um dos hormônios do sono, o que dificulta alcançar o estágio do sono profundo. Essa mesma luz leva a degeneração macular que é uma perda de células da mácula responsável pela visão", afirma o oftalmologista Marcelo Mastromonico Lui.

Segundo o médico, alguns estudos estimam que até 2030 cerca de 50% da população pode vir a ter miopia, que é a dificuldade de enxergar de longe. "A partir dos três anos de idade é indicado procurar um oftalmologista para uma avaliação, principalmente se tem casos hereditários na família. Quanto aos retornos, depende de cada caso", orienta.

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Com as crianças o cuidado precisa ser redobrado. Hoje em dia os pequenos quase não brincam ao ar livre e estão sempre com um aparelho tecnológico nas mãos, o que pode ocasionar alguns danos oculares. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos não façam uso de tablets ou smartphones. De 2 a 5 anos é indicado que utilizem os aparelhos apenas uma hora por dia, com supervisão de um adulto. Tanto para adultos quanto para crianças não é recomendado o uso dos aparelhos durante as refeições e nas duas horas que antecedem o sono.

Algumas pessoas acreditam que ler ou usar celulares e tablets dentro de veículos em movimento pode levar ao descolamento de retina, mas o oftalmologista Lui alerta que isso é um mito. Quando a pessoa está concentrada em uma leitura estando em movimento, ela está mandando duas mensagens distintas para o cérebro. Por isso, é bastante provável que a pessoa venha a ter uma sensação de mal-estar. Como é mais difícil focar os estímulos cerebrais em uma só tarefa também há mais exigências para a visão. Como o esforço para ler é maior, pode ser que ocorra uma fadiga ocular e frequentemente dores de cabeça. "O descolamento de retina ocorre quando tem uma ruptura na retina, normalmente em casos de traumas ou em diabéticos. Então, trata-se de um mito. A pessoa pode ler dentro do ônibus ou carro em movimento, pois esse tipo de patologia, nesse caso, não acontece", conclui Lui.

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