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Durante as festas de carnaval, as tendências da moda influenciam como as pessoas se apresentam, seja nas roupas ou nos cabelos, e diversos produtos são utilizados para embelezar, além de ajudar a “montar o look perfeito” para seguir os blocos e troças carnavalescas. No entanto, há certos componentes químicos que devem ser manuseados com cautela, como as pomadas capilares, usadas comumente para modelar os cabelos. 

No final do período das prévias de carnaval do ano passado, centenas de casos de cegueira, mesmo que temporária, foram registrados no Recife, devido ao uso de pomadas capilares que continham ingredientes não aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Segundo a oftalmologista Telma Florencio, especialista em doenças da retina e cirurgia vítreo retiniana, os componentes responsáveis pela maioria dos quadros de cegueira são o metilcloroisotiazolinona e o metilisotiazolinona, conhecidos como MCI e Ml. De acordo com a especialista, eles são um tipo de conservante presente em produtos de cabelo, como pomadas capilares, alisadores e colas para extensão de cílios. 

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Florencio afirma que é preciso ficar atento aos componentes químicos presentes em alguns produtos, em especial os que não necessitam de enxague após o uso, como é o caso das pomadas capilares. “Os produtos que têm liberação da Anvisa são mais seguros, pois passam por uma avaliação. Inclusive estes conservantes podem estar presentes em produtos do tipo “rinse off”, desta forma não causam danos à saúde”, explicou a médica à reportagem. 

A especialista alerta ainda sobre outros problemas que podem ser causados por tais produtos em contato direto com a pele e os olhos. “Dermatite alérgica, coceira, edema na pele e ou pálpebras e danos permanentes à córnea, podendo causar cegueira”, listou. 

Para saber com precisão quais produtos não causam danos à saúde, Florencio aconselha utilizar os que são aprovados pela Anvisa. A lista completa, atualizada no final de dezembro de 2023, está disponível no site oficial da agência

 

A prefeitura do Recife lançou, nesta sexta-feira (03), um mutirão de cirurgias e exames oftalmológicos para os moradores da cidade. Ao longo de três meses, serão ofertadas 13 mil vagas para procedimentos diagnósticos e cirúrgicos em oftalmologia, com foco maior para operações de catarata. 

A gestão municipal está investindo R$ 2 milhões na ação e promete zerar a atual fila de espera por esses serviços. No início da manhã, o Prefeito João Campos visitou a Fundação Altino Ventura (FAV), na Iputinga, zona Oeste do Recife, uma das unidades que irão participar da iniciativa.

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“Com a pandemia, muitas demandas ficaram acumuladas, porque as unidades de saúde foram colocadas para atender os pacientes com a Covid-19 e salvar vidas. Na área de oftalmologia, a gente tem uma fila represada de 13 mil procedimentos em nossa cidade. Fizemos um estudo dessa demanda e a Prefeitura do Recife, bancando 100% com recursos próprios, irá fazer os procedimentos e zerar essa fila. E esse é o primeiro passo, a gente vai lançar outros mutirões, em outras áreas e com outros exames, de outras especialidades. Cada recurso que a gente consegue guardar é para priorizar e botar para quem de fato precisa”, afirmou o prefeito.

Terão acesso aos procedimentos apenas pacientes que estão com solicitação de cirurgia, ou exames, já cadastrados no Sistema de Regulação (SISREG) do município, - ou seja, aqueles que já passaram por consulta com oftalmologista e receberam encaminhamento para os procedimentos. 

Os atendimentos serão realizados em oito clínicas credenciadas à Secretaria de Saúde do Recife. Além da Fundação Altino Ventura, a Clínica Oftalmológica de Pernambuco (CLINOPE),o Pronto Clínica Oftalmológica do Nordeste (PCO), o Serviço Oftalmológico de PE (SEOPE), o Centro de Oftalmologistas Associados de PE, a Rede Visão e o COPE também prestarão o serviço.

“Quem está na fila para exame ou cirurgia será informado com uma ligação de telefone e também por uma mensagem de WhatsApp com o dia, o local e a hora do seu procedimento. Então, aquela pessoa que está na fila, mas não recebeu essa informação, é muito importante que vá a sua unidade de saúde mais próxima, atualize o seu cadastro, atualize o número do seu celular”, explicou a Secretária da Saúde, Luciana Albuquerque.

No caso das cirurgias, a oferta de serviços irá incluir a realização de atendimento pré e pós-operatório, de modo a garantir a integralidade da assistência dos usuários. Todos os pacientes que se enquadram como público-alvo da ação vão receber, antecipadamente, ligação da Central de Teleatendimento da Regulação Municipal, além de mensagem via Whatsapp, informando dia e horário agendados para realização do procedimento.

Novos consultórios 

Também nesta sexta-feira (3), a Fundação Altino Ventura inaugurou 10 novos consultórios oftalmológicos e equipamentos para esterilização de materiais cirúrgicos, em sua sede no bairro da Iputinga. A ação vai ampliar a capacidade da instituição para atender 8 mil usuários do SUS por mês. 

A aquisição dos dispositivos para montar os consultórios oftalmológicos, além de aparelhos para serem utilizados na esterilização de materiais cirúrgicos, foi feita através da parceria com a Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que fez uma doação no valor de R$ 1,287 milhão para FAV.

Com informações da assessoria 

Após o apresentador de TV Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, comunicarem ao público que a filha Lua, de um ano de idade, está passando por um longo tratamento contra a retinoblastoma, o assunto passou a ganhar mais notoriedade. A doença é um tipo de câncer nos olhos e que é tratado com maiores chances de sucesso quando a rotina médica inclui checagem oftalmológica desde cedo. Quase um mês após o anúncio do casal, o assunto continua rendendo nas redes sociais e novos relatos de familiares da mesma situação têm surgido. Mas afinal, o que é essa doença? 

O retinoblastoma é um câncer de olho que começa na retina – o revestimento sensível no interior do olho. A doença afeta mais comumente crianças pequenas, mas raramente pode ocorrer em adultos. A retina é composta de tecido nervoso que detecta a luz quando ela passa pela frente do olho e é responsável por enviar sinais através do nervo óptico para o cérebro, onde esses sinais são interpretados como imagens. 

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Considerados por muitos especialistas uma forma rara de câncer no olho, o retinoblastoma é a forma mais comum de câncer que afeta o olho em crianças. O retinoblastoma pode ocorrer em um ou ambos os olhos. Quem explica melhor essas características da doença é a doutora Ana Carolina Valença Collier, oftalmopediatra do Instituto de Olhos do Recife (IOR) e entrevistada do LeiaJá nesta publicação. 

“Não há uma incidência frequente, mas, dos tumores na criança, é um dos mais comuns; e dos tumores oculares na criança, é o com maior incidência. O público mais atingido é o de crianças com até cinco anos de idade, não descartando a possibilidade de acontecer mais tardiamente, mas esses são os mais comuns de serem acometidos”, explica a especialista. 

Como o retinoblastoma se desenvolve? 

Os olhos começam a se desenvolver bem antes do nascimento. Durante os estágios iniciais de desenvolvimento, os olhos têm células chamadas retinoblastos, que se multiplicam para produzir novas células que preenchem a retina. Em um certo ponto, essas células param de se multiplicar e se tornam células maduras da retina. Raramente, algo dá errado com este processo. Em vez de amadurecer, alguns retinoblastos continuam a crescer fora de controle, formando um câncer conhecido como retinoblastoma. 

A cadeia de eventos dentro das células que leva ao retinoblastoma é complexa, mas quase sempre começa com uma mudança (mutação) no gene RB1. O gene RB1 normal ajuda a evitar que as células cresçam fora de controle, mas uma mudança no gene impede que ele funcione como deveria. Dependendo de quando e onde ocorre a alteração no gene RB1, pode resultar em dois tipos diferentes de retinoblastoma. No entanto, a doença pode ser revertida. 

“O retinoblastoma não é uma doença irreversível. Como vários outros tipos de tumores, ele pode ser tratado, curado, ou ser só estabilizado. Quanto mais cedo a gente descobrir, melhor é o prognóstico. Se ele não tiver atingido o eixo da visão, você vai ter uma recuperação da sua visão e um prognóstico bem melhor. Agora, dependendo do estágio, caso avance, muitas vezes a criança pode perder a vida por conta do tumor. Então vai depender muito do diagnóstico precoce, pra gente pegar ele nos estágios iniciais e tratar corretamente, através de um tratamento menos invasivo. O tratamento pode ir desde a aplicação de laser e da quimioterapia localizada, até a retirada do globo ocular”, continua a oftalmopediatra Ana Valença. 

Especialista responde perguntas comuns sobre o retinoblastoma 

LJ: Quais os principais sinais da doença? 

Oftalmopediatra: Os principais são aquela mancha branca, que a gente chama leucocoria; o reflexo que entra no olho e a gente vê em fotografia, que o normal é ser avermelhado, mas ele aparece esbranquiçado. Outra característica que é muito comum são aqueles desvios oculares; geralmente o olho desvia quando ele tem uma baixa divisão. Dá pra fazer um teste em casa, tampar um olho e depois tampar o outro; é outro sinal se for visto que a criança tem mais dificuldade para enxergar com um dos olhos. 

LJ: O que é o "teste do olhinho"? Qual a forma correta de buscar ajuda e diagnosticar a criança com retinoblastoma? 

Oftalmopediatra: O teste do olhinho é um exame feito obrigatoriamente no momento que a criança nasce. Existe aquele teste do olhinho que é feito na maternidade pelo próprio pediatra e que ele faz o exame com um aparelho chamado oftalmoscópio direto, para ver se o reflexo vermelho está presente ou não. A gente também aconselha, além do teste do olhinho feito na maternidade pelo pediatra, que a criança faça nos primeiros meses de vida o teste do olhinho com o oftalmologista. 

Normalmente, a gente coloca um colírio e dilata a pupila da criança, faz uma oftalmoscopia binocular indireta e vê se a criança tem algum tipo de doença. Você não vai ver só o reflexo alterado, mas que tipo de doença essa criança tem. A gente aconselha fazer esse exame oftalmológico nos primeiros dois anos de vida, a cada seis meses, e se a criança não tiver nada, uma vez por ano. Se ele tiver alguma patologia, o oftalmopediatra vai determinar qual o prazo que ela tem que voltar para as consultas. 

LJ: É comum que pais e/ou responsáveis deixem para realizar os cuidados oftalmológicos mais tardiamente? 

Oftalmopediatra: O que a gente sempre aconselha é realmente fazer esse exame a cada seis meses. Muitas vezes os pais nem sabem disso. Agora, com a repercussão do caso de Tiago Leifert, as pessoas estão se preocupando mais. Infelizmente, no caso dos serviços públicos, muitas vezes as pessoas não têm acesso e nem facilidade de conseguir uma consulta a cada seis meses, mas o ideal é que seja feito isso. A lição que a gente tira é que, mesmo que a gente não perceba nada, o exame preventivo é essencial. 

Complicações 

As crianças tratadas para retinoblastoma correm o risco de o câncer retornar dentro e ao redor do olho tratado. Por esse motivo, o médico do seu filho agendará exames de acompanhamento para verificar se há retinoblastoma recorrente. O médico pode elaborar um cronograma de consultas de acompanhamento personalizado para o seu filho que inclua exames oftalmológicos frequentes. 

Além disso, crianças com a forma hereditária de retinoblastoma têm um risco aumentado de desenvolver outros tipos de câncer em qualquer parte do corpo nos anos após o tratamento, especialmente pineoblastoma, um tipo de tumor cerebral. Por esse motivo, crianças com retinoblastoma hereditário podem fazer exames regulares para rastrear outros tipos de câncer. 

 

Um dos alertas deste Dia Mundial da Visão (14) é o prejuízo causado pelo tempo em frente a telas de aparelhos eletrônicos. Além dos efeitos psicológicos, o isolamento social indispensável na pandemia aproximou as pessoas de celulares e computadores, seja para assistir aulas ou reuniões, bem como da televisão nos momentos de lazer com filmes, séries e games. 

Em entrevista ao LeiaJá, a oftalmologista pediatra do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Eveline Barros, pontuou sobre os danos do uso indiscriminado e indicou hábitos que podem prevenir complicações à visão.

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Ela dividiu os cuidados por faixa etária e ressaltou que o uso de telas é contraindicado para crianças até dois anos. Além de reduzir a sociabilidade, o contato precoce com eletrônicos retrai o desenvolvimento dos olhos.

"A criança também precisa forçar a visão para longe para enxergar e ter um bom desenvolvimento visual. A gente também tem a questão da interação dessa criança com o meio ambiente e as pessoas que rodeiam", aponta. 

O desenvolvimento visual, chamado de 'maturação cerebral visual', ainda está em formação até os sete anos. Por isso, é importante estipular o limite diário de 1h de uso. A especialista percebeu que a faixa etária vem apresentando uma tendência ao aparecimento precoce de alguns tipos de grau, principalmente a miopia. 

“É como se você informasse para o cérebro que ele não precisa de uma visão de longe". Com a fase seguinte da pré-adolescência, o período de uso pode ser estendido para 2h por dia.

De acordo com Eveline, a faixa vem apresentando um maior índice de estrabismo - desvios oculares - e do chamado 'olho seco'. "Se você prestar atenção quando tá no eletrônico, a quantidade de vezes que você pisca é bem menor, então a lágrima tem uma evaporação maior. Aí você fica com o olho vermelho, pode dar aquela sensação de corpo estranho dentro do olho, lacrimejamento excessivo, tudo isso por conta do olho seco", descreve.

Os casos de estrabismo também vêm aumentando nos adultos, muitas vezes acompanhado por visão dupla e um leve aumento do grau que já estava estabilizado. Para evitar os danos decorrentes da necessidade de permanecer mais tempo em atividade com os dispositivos, ela recomenda a Regra 20x20.

"Tem uma regra que a gente chama 20x20, para aquelas pessoas que tem mais cansaço ocular. Para cada 20 minutos que você passa na tela, você pode tirar os olhos por 20 segundos e descansar um pouquinho", aconselha.

Esse descanso consiste em fechar o olho ou buscar o horizonte. Quando o uso contínuo é superior a 2h, a pausa deve ser de, pelo menos, 10 minutos. "Nossa visão também mexe com a musculatura ocular, músculos ciliares. Então é dar um tempinho mesmo de relaxamento", acrescenta.

Além das paradas para relaxar, a médica lembra que lubrificantes oculares também podem ajudar. Preferencialmente sem conservantes, eles podem ser utilizados de 3 a 4 vezes ao dia. O soro fisiológico é outra opção, contudo não é ideal devido à rápida evaporação. Manter distância da tela também é interessante para minimizar os prejuízos aos olhos.

O mercado oftalmológico ainda oferece as lentes com filtros especiais que, de fato, trazem benefícios. Porém, a especialista destaca que o fundamental é manter os hábitos saudáveis à visão. "Hoje em dia você tem no mercado lentes com filtros especiais. Elas causam uma sensação de conforto melhor, mas o mercado joga como se fosse a 'grande solução' e não é assim. Vai dar um conforto, mas se você não tiver a medida de controle ambiental, que é dar uma parada, dar uma relaxada, não vai adiantar. A lente é um ‘plus’, vai ajudar, mas o grande fator é o controle do tempo", considera.

A necessidade de óculos ou qualquer outro método de precaução à visão varia conforme a condição de cada pessoa. Pela individualidade de cada caso, Eveline conclui que a avaliação clínica é necessária para definir a melhor forma de proteger os olhos. 

Francieli Priscila Corrêa, 31 anos, que foi atacada por Luiz Sérgio Ártico, 70 anos, seu ex-patrão, com um líquido ácido no rosto, afirmou que está com dificuldade para enxergar e teme perder a visão.  O caso aconteceu na última segunda-feira (19), em Catanduva, São Paulo.

Depois de receber os primeiros socorros, a vítima revelou ao G1 que procurou um oftalmologista na tarde da última quarta-feira (21), por continuar com dificuldade de enxergar. "O médico não pode mexer porque não tem como mexer enquanto estiver infeccionado. Ele passou um colírio e analgésico para ir tratando em casa para ver se vai ter que fazer cirurgia ou o que vai conseguir fazer. A minha visão está muito turva. Não consigo enxergar", revelou Francieli.

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O idoso teria brigado com a faxineira na semana passada após a mulher derrubar um balde com produtos de limpeza que o homem fabricava para vender. Por conta disso Francieli teria ido embora para casa e em seguida ficado doente. Após esses fatos ela teria ligado para o patrão e comunicado que não iria mais trabalhar.

Ela revela que discutiu com o agressor por telefone e ele teria revelado que estupraria o filho de 11 anos da mulher e o jogaria no mato. Por conta disso, ela foi tirar satisfação com o homem, que desceu as escadas de sua casa com um pedaço de pau e uma garrafa de ácido muriático - que jogou no rosto da vítima - que precisou ser socorrida.

O suspeito, que estava desaparecido, prestou depoimento na delegacia na quarta-feira (21). Acompanhado de seu advogado, ele negou ter jogado ácido no rosto da mulher e alegou não saber qual era o produto. A polícia está investigando os fatos.

O dia 26 de maio, lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, surge para alertar sobre a importância da prevenção e cuidado com os olhos. A doença, que se apresenta como uma enfermidade crônica, é capaz de causar cegueira se não for tratada a tempo, já que 90% dos portadores não apresentam sintomas na fase inicial. Presente na vida de cerca de um milhão de brasileiros, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a doença não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. 

“Por afetar a qualidade de vida do paciente, quanto antes for identificada, maiores serão as chances de tratamento, que é clínico, com uso de colírios, e nos casos refratários ao tratamento clínico, pode-se partir para um tratamento cirúrgico. Com isso, é possível retardar o avanço da doença e evitar complicações, que podem chegar à cegueira irreversível”, explica o oftalmologista Kaio Soares, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE).

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A doença é decorrente do dano às fibras do nervo óptico e comumente associada ao aumento da pressão ocular, que é o único fator de risco modificável no glaucoma. O tipo mais comum é o glaucoma de ângulo aberto, que na maioria das vezes tem fator hereditário associado e é responsável por 80% dos casos no mundo. “Esse tipo se desenvolve lentamente, e se não tratado da maneira adequada, pode comprometer a visão periférica, levando a diminuição do campo visual gradativo, e consequentemente resultando na cegueira irreversível. O avanço da doença também atinge a sensibilidade ao contraste e às cores”, destaca Soares.

Já o glaucoma de ângulo fechado ocorre de forma súbita, e de acordo com o oftalmologista, pode provocar uma baixa visual definitiva, e que acontece em um intervalo menor de tempo. “Ele atinge pessoas portadoras de ângulo estreito, ou seja, que apresentam um espaço de menor tamanho entre a córnea e a íris. Neste caso, a drenagem do fluido é bloqueada e a pressão intraocular se intensifica durante situações em que ocorre o aumento da pupila”, explica. O médico também ressalta que é comum o surgimento de dores oculares, cefaléia, visão turva, náuseas e vômitos. 

Além deles, há também o glaucoma congênito – que ocorre em bebês, onde há uma imaturidade do local responsável pela drenagem intraocular, levando o recém-nascido a apresentar o globo ocular aumentado e córnea opaca – e o glaucoma secundário, derivado de complicações de outras doenças, secundárias a trauma ou até a medicamentos.

A maior incidência da doença acontece entre pessoas diabéticas, negras, do gênero feminino, portadores de miopia elevada e/ ou com histórico familiar.  A doença pode atingir pacientes de todas as idades, porém é mais comum após os 50 anos. “O tratamento é definido após avaliação de uma série de fatores e geralmente é feito com o uso contínuo de colírios, podendo-se recorrer ao laser ou cirurgia, conforme o estágio da doença. É importante lembrar que a avaliação periódica com o oftalmologista é fundamental para o diagnóstico e acompanhamento adequado”, finaliza Kaio Soares.

O oftalmologista e deputado estadual no Rio Grande do Norte, Albert Dickson (Pros), vem oferecendo 'tratamento precoce' para a Covid-19 em troca seguidores no YouTube e nas redes sociais. Embora a plataforma de vídeos tenha excluído 12 publicações do seu canal por fake news, ele segue multiplicando o público virtual e se diz "acima de tudo que é médico".

"Como que vocês vão ter direito à consulta? Vocês vão se inscrever no nosso canal, ganhando uma etapa no atendimento. Vocês vão printar e mandar para o meu WhatsApp. Quando você mandar, você já vai começar a ter o acesso à consulta comigo [...] o segredo é mandar o print", orientou o deputado em um vídeo publicado no Facebook no dia 7 de março.

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Já no dia 15, em sua conta no Instagram, reiterou que o envio do print "é a chave, vamos dizer assim, para entrar no nosso atendimento". Conhecido em grupos bolsonaristas no Telegram, o mesmo contato que divulga em seus vídeos é repassado pelos fóruns. Após a mensagem chegar ao médico evangélico, uma resposta automática confirma o atendimento em troca dos prints.

Em outro registro, Dickson aponta que "atende 500 pessoas por dia, de domingo a domingo, de 7h da manhã até 3h da manhã, todos os dias". No Instagram, alguns seguidores reclamaram que não foram sequer respondidos, mesmo com o print para comprar a inscrição no Youtube. "Acho que o senhor só tá querendo audiência porque a gente morre de mandar mensagem no seu zap e nunca responde", escreveu um deles.

Pacientes que chegaram a ser respondidos disseram à BBC que, após repassar dados pessoais e sintomas, receberam apenas um receituário, sem uma consulta médica de fato. Em três receituários supostamente encaminhados pelo oftalmologista, a única diferença aparente é o nome do paciente e a data.

Em resposta por e-mail, o deputado disse que “antes de enviar a receita com nome e data direcionado ao paciente, o paciente passa sintomas solicitados e após isso enviamos a receita”. Ele destacou que a inscrição em seus perfis não é obrigatória para o ‘atendimento’.

Questionado sobre a postura negacionista, já que nenhuma das substâncias que defende possui eficácia contra a Covid-19, Dickson afirmou que apenas sugere que acompanhem seus canais porque costuma publicar "pesquisas atualizadas" e "explica a doença de forma detalhada e nossa experiência com a mesma, além de tirar dúvidas ao vivo".

O deputado também disse ser "acima de tudo médico, e o tratado internacional e o Conselho Federal de Medicina na resolução 04/20 nos dá direito médico de medicar contra a covid e nele prevalece a autonomia médica".

Ainda no e-mail, confirmou que defende o tratamento precoce desde o início da pandemia e garantiu que vai continuar apresentando os medicamentos como solução à infecção, pois afirma que existem "várias pesquisas já preconizadas e publicadas".

Com seus vídeos semanais, Dickson conseguiu multiplicar os seguidores na pandemia. No Youtube, o canal bateu 100 mil inscritos e depois saltou para 202 mil seguidores. A plataforma informou que já removeu 12 conteúdos com informações médicas incorretas com recomendações de uso de ivermectina e hidroxicloroquina.

Embora não tenha apagado publicações dessa natureza, um porta-voz do Facebook, empresa dona do Instagram, aponta que "remove alegações comprovadamente falsas sobre a doença". A empresa disse ter anunciado um novo rótulo para publicações que informa que "alguns tratamentos não aprovados podem causar danos graves".

Uma pesquisa feita para lembrar o Mês Mundial da Visão mostrou que uma a cada cinco pessoas entre 18 a 24 anos nunca foi ao oftalmologista (21%) e apenas 10% fizeram a consulta uma única vez na vida.

Entre todos os entrevistados, 10% assumiram que nunca foram e 25% disseram que raramente, somente quando sentem algum incômodo nos olhos. Outros 41% não reconhecem que a visão embaçada é algo importante para saúde dos olhos, 37% não se preocupa com a perda parcial da visão, quase 80% não compreende que enxergar pontos pretos pode ser um sinal de agravamento ocular.

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A pesquisa Um olhar para o glaucoma no Brasil mostra ainda que 30% acreditam que se deve procurar o oftalmologista somente depois de começar a usar óculos e 23% após perceber alguma perda de visão.

Apenas 13% acreditam que a visita ao oftalmologista deve se tornar frequente quando a pessoa tem alguma dor nos olhos. Já entre os entrevistados jovens adultos, com 18 a 24 anos, esse porcentual sobe para 21%. Pelo menos 60% dos entrevistados da classe C nunca mediram a pressão do olho, não sabem o que é ou não sabem se o médico mediu.

O levantamento foi realizado pelo Ibope Inteligência, neste ano, junto a 2,7 mil internautas brasileiros a partir dos 18 anos de idade, em diferentes estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo a pesquisa, há desinformação a respeito do glaucoma, já que 53% dos pesquisados desconhecem que a doença possui a maior probabilidade de um quadro de cegueira irreversível e 41% nem sabem o que é glaucoma. Além disso, apenas 37% entendem que a ida ao oftalmologista com frequência é uma medida que ajuda a diminuir os riscos, 39% desconhecem sua própria probabilidade de cegueira e 15% associam a perda da visão com o desconforto nos olhos, então entendem não estar no grupo de risco.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Augusto Paranho Júnior, o desconhecimento da doença é preocupante, pois há pessoas mais propensas ao glaucoma, com maior chance de desenvolvimento nos que já têm casos na família, afrodescendentes e pacientes com pressão intraocular elevada.

“Estima-se que entre 2 a 3% da população brasileira acima de 40 anos possam ter a doença, o que representa cerca de 1,5 milhão de pessoas. O levantamento aponta que mais da metade não sabia que o glaucoma é a doença com a maior probabilidade de causar o quadro de cegueira irreversível, 47% desconheciam a relação com a hereditariedade, e 90% não associavam a patologia com a afrodescendência”, disse.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a segunda causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. O glaucoma é a morte da célula que faz a comunicação do olho para o cérebro. Como temos muitas células, quando o paciente percebe que ele perdeu um grande contingente é porque grande parte do nervo óptico já está danificada.

“Isso é um problema sério porque essa célula não regenera e a tendência é piorar e ele não tem como voltar. A demora para perceber em parte é porque temos dois olhos. Então, se tenho lesão em uma determinada região e a mesma região do outro olho é sadia, com os dois olhos abertos não se percebe nada. Outra coisa para cada ponto estimulado temos várias células mandando a mesma informação, então tenho que perder muito para perceber uma falha pequena que vai aumentando."

O principal sintoma é o embaçamento da visão que pode ser confundido com o de outras doenças oculares. Por isso o médico destaca que para a maioria das patologias do olho não é necessário esperar pelos sintomas para procurar o oftalmologista. Paranho destacou ainda que as pessoas têm o conceito errado de que glaucoma é a pressão alta no olho. "A pressão alta é o principal fator de risco para o desenvolvimento de glaucoma, mas há pessoas que não tem pressão alta e têm glaucoma. E existe o hipertenso ocular sem glaucoma. Mas tanto o glaucoma de pressão alta como de normal são tratados baixando a pressão."

O médico alertou ainda para o uso prolongado de corticoides nos olhos por longo período e sem orientação médica, prática que pode levar a uma hipertensão ocular grave que o paciente não percebe, já que parte da população é sensível à substância e o medicamento é vendido sem retenção de receita. "Muitas vezes as mães usam o corticoide em crianças com conjuntivite alérgica grave com receita do médico. Só que a doença vai e volta e a mãe aprendeu que o remédio tira os sintomas e começa a comprar sem ir ao oftalmologista. Ela pode estar causando glaucoma no filho".

Campanha

Para chamar a atenção para o tema a Sociedade Brasileira de Glaucoma lança, em parceria com um laboratório médico, a campanha de conscientização “Não perca seu mundo de vista, tenha um novo olhar para o glaucoma”, cuja embaixadora será a cantora Daniela Mercury. Serão feitas diversas ações pelas redes sociais para engajar diferentes públicos, respeitando as orientações sanitárias com relação ao distanciamento social no combate à Covid-19.

Um filtro temático e dinâmico para Instagram foi criado, levando o efeito tubular e embaçado, com possibilidade de avançar os estágios da doença, para percepção de como o glaucoma atinge a visão e causa a perda de importantes momentos da vida. Já no Facebook será possível adicionar um tema na foto do perfil que simula a fase mais avançada da doença.

Além da cantora, famosos, influenciadores e pessoas anônimas com glaucoma diagnosticado ou familiares postarão mensagens de apoio e testemunhos que formarão um videoclipe especial, com dados sobre a doença, para a conscientização do Mês Mundial da Visão. Também será usada a hashtag #deolhonoglaucoma que será compartilhada por todos nas plataformas digitais.

As atuais recomendações de distanciamento social, forçadas pelo surto do novo coronavírus (SARS-CoV-2), estão fazendo com que as pessoas utilizem aparelhos como computadores e smartphones durante mais tempo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), a chamada Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC) atinge 90% dos usuários que ficam expostos à luz das telas por mais de três horas.

O uso excessivo, tanto no trabalho realizado no esquema home office como em momentos de lazer, pode causar danos à visão. Segundo o médico oftalmologista Daniel Kamlot, quem fica exposto à irradiação de luz proveniente dos equipamentos eletrônico precisa redobrar os cuidados durante o período de isolamento. "A emissão da luz azul pelo aparelho eletrônico, a longo prazo, pode ser mais prejudicial para quem tem tendência de degeneração macular, o que só poderia vir a acontecer com o passar do tempo", explica.

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Ainda segundo Kamlot, crianças também correm riscos. "O problema na faixa dos sete anos seria a grande exposição ao celular, fato que pode alterar a anatomia do olho e fazer com que ele cresça um pouco mais", considera o médico, que ainda aponta a falta de exposição à luz natural como agravante em alguns casos.

"Alguns estudos mostram o aumento de miopia em crianças que ficam mais enclausuradas por muito tempo. A dopamina, oriunda da exposição ao sol, diminui a probabilidade de elas serem míopes", acrescenta.

O oftalmologista ainda esclarece que os sintomas da SVRC não são muito diferentes nas mais diversas faixas etárias. "Entre adultos e jovens a exposição pode causar dor de cabeça, cansaço e fadiga ocular", indica.

De acordo com Kamlot, uma pausa para quem usa os aparelhos eletrônicos com muita frequência pode reduzir, de maneira considerável, os riscos. "Um descanso de 15 minutos a cada uma hora é o suficiente para amenizar os problemas", destaca o especialista, que ainda orienta os pais a permitir que as crianças brinquem ao sol.

"Deixe a criança brincar na varanda, no quintal, para que exista esse estímulo da dopamina no organismo", declara. Segundo o médico, o ambiente externo permite que a visão seja exercitada, o que evita a contração da musculatura, que pode acomodar a visão e, ao longo prazo, desenvolver a miopia.

 

Visitas frequentes ao oftalmologista e a realização de exames de rotina podem ajudar a prevenir um tipo de câncer raro: o que atinge os olhos. O melanoma ocular – câncer que atinge células produtoras de melanina, pigmento responsável pela coloração da pele e dos olhos – é o câncer de olho mais comum em pessoas adultas, mas, geralmente, não apresenta sintomas e pode evoluir com gravidade, causando metástase, ou seja, espalhando a doença para outros órgãos do corpo.

“Os pacientes podem não apresentar nenhum sinal de que algo esteja errado, e o tumor ser percebido durante o exame de rotina com o oftalmologista. Em outros casos, o melanoma pode causar alterações ou dificuldades visuais que fazem o paciente procurar uma ajuda médica que acaba resultando na descoberta da doença”, destaca a oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), Sheila Ferreira.

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Segundo a médica, a causa do melanoma ocular é desconhecida, mas alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença já foram identificados. A incidência da doença aumenta com o envelhecimento e ocorre mais em homens, assim como em pessoas com pele clara, cabelos claros e olhos claros. Portadores da síndrome do nevo displásico (múltiplas pintas pelo corpo) também têm risco aumentado de apresentar o melanoma, assim como quem tem diferentes tipos de sinais no olho ou na pele.

De acordo com a especialista, fatores ambientais parecem não ter relação com o melanoma ocular e sua associação com exposição solar é incerta. A radiação ultravioleta, no entanto, parece predispor a outro tipo de câncer, o melanoma de conjuntiva (membrana transparente que recobre a parte branca do olho) e palpebral.

“Por isso, o uso de óculos escuros pode contribuir para a prevenção da doença nessas regiões do olho. Usar chapéus de aba larga e bonés também pode resguardar os olhos dos raios ultravioletas”, ressalta a médica.

Quando diagnosticado tardiamente, o melanoma ocular pode se espalhar para outros órgãos, sendo o fígado o órgão mais acometido, segundo a especialista. Nestes casos, os tratamentos podem incluir cirurgia da metástase, embolização da lesão (injeção de substâncias no intuito de bloquear ou diminuir o fluxo de sangue para as células cancerígenas), quimioterapia, ou imunoterapia.

A médica ressalta que a doença não se desenvolve apenas em quem apresenta fatores de risco, o que torna fundamental visitas frequentes a um oftalmologista.

Uma incógnita se espalhou nas redes sociais nesta sexta-feira (3) sobre a cor as pessoas estão enxergando no tênis. Alguns dizem ver rosa e branco, já outros juram estarem enxergando verde e cinza. Para desvendar esse mistério da visão, o LeiaJá conversou com o especialista em retina Alexandre Ventura.

Mas antes de saber do que realmente se trata, quais são as cores que você enxerga nessas fotos em paralelo?

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As cores originais do sapato são rosa e branco. Se você enxergou verde e cinza não se desespere: essa foto foi tratada. Nas redes sociais, depois que surgiu a foto original do tênis, muitas pessoas que viram a imagem tratada ainda continuavam enxergando verde e cinza. De acordo com o oftalmologista Alexandre Ventura, nós temos milhões de células na retina e todas essas células são estimuladas.

“Cientificamente temos as células da retina on (ligada), e as células da retina off (desligada). Na hora em que a pessoa olha para uma imagem, a retina é estimulada e no momento em que ela vai ver o mesmo sapato que tem a cor diferente, ver a cor anterior porque a retina ainda está com o primeiro estímulo”, explica o especialista.

Por exemplo, quando olhamos muito fixamente para uma determinada imagem, ao fechar os olhos continuamos vendo a mesma coisa. “Isso é a memória da retina. Uns têm a memória maior, outros menor - o que tem a ver com a qualidade da visão”, corrobora Alexandre.

O nosso olho enxerga várias cores, já que é uma máquina fotográfica perfeita. Mas, para isso, nós dependemos de contrastes luminosos. "O olho humano não enxerga o objeto, mas sim o contraste de luz que o objeto apresenta. Por isso que dependendo da hora do dia e da intensidade do sol você vai ver cores um pouco diferentes - (isso) nada mais é do que ilusão de ótica".

Daltonismo

A questão do daltonismo também foi levantada nas redes sociais. O especialista em retina afirma a questão não se encaixa nessa polêmica da percepção da cor do tênis, já que a pessoa daltônica só enxerga tons de cinza, e o daltonismo se desenvolve apenas em pessoas do sexo masculino.

A mulher, por outro lado, tem a capacidade bem maior de enxergar as cores. Ela pode perder a capacidade de enxergar algumas cores, "mas isso vai estar associado à alguma doença que acometeu a retina”, conclui Alexandre Ventura.

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Uma das estações mais esperadas do ano, o verão, inicia na próxima sexta-feira (21). Na chegada da época comemorada por muitos, a atenção não deve ser apenas com a pele: os olhos também devem ser prioridade. É justamente no verão que aumenta o número de pacientes nos consultórios se queixando de irritações oculares ou apresentando casos de catarata, conjuntivites e degeneração macular, por exemplo. 

O oftalmologista do Instituto de Olhos do Recife (IOR) Henrique Moura de Paula explica que nessa época do ano as alergias e irritações oculares tendem a aumentar devido ao excesso de cloro em piscinas, reações alérgicas a produtos como protetores solares e a grande exposição ao sol. O médico explica que as queixas mais comuns são: vermelhidão, prurido [coceira], ardor, aumento da sensibilidade à luz [fotofobia], visão turva e sensação de areia nos olhos. 

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Alguns cuidados para prevenir problemas oculares no verão podem ser tomados a iniciar pela importância de usar óculos de sol com proteção UVA e UVB. “Passar protetor solar, lavar bem as mãos para evitar resíduos nos olhos, evitar esfregar os olhos ao sair do mar ou da piscina e usar óculos apropriado para natação também são outros cuidados. Os usuários de lentes de contato devem retirá-las antes de entrar na água e manter uma boa lubrificação ocular, de acordo com a orientação médica”, explicou.

Henrique Moura fez um alerta quanto aos riscos da exposição em excesso ao sol. “A exposição demasiada ao sol pode levar a queimaduras de córnea e lesões graves na mácula, especialmente em relação ao olhar diretamente para o sol. Essas queimaduras são gravíssimas e podem levar à cegueira”, finalizou, ressaltando que em caso de surgimento de qualquer sintoma nos olhos é recomendado procurar ajuda médica para resolver o problema e evitar complicações posteriores.

O Expresso da Visão, consultório oftalmológico instalado em um ônibus, ficará estacionado até o dia 6 de abril no bairro do Pimentas, na EPG Walter Efigênio.

O projeto faz parte do Programa Menina dos Olhos, que oferece consultas oftalmológicas e óculos gratuitamente para quem precisa.

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O consultório móvel é resultado da parceria entre a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e a Secretaria da Saúde da cidade de Guarulhos. Os principais beneficiados serão alunos do ensino infantil, fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A EPG Walter Efigênio é a primeira instituição de ensino que recebe o Expresso da Visão este ano. As próximas paradas do projeto serão a EPG Dorival Caymmi (Jd Guaracy), entre os dias 9 e 13 de abril; CEU Pimentas, entre os dias 16 e 27 de abril; e CEU Jardim Cumbica, entre os dias 2 e 11 de maio.

O Trajeto após essas datas será o bairro São João e Bonsucesso, até chegar aos bairros centrais da cidade.

O Programa Menina dos Olhos começou em 2009 e desde então foram entregues mais de25 mil óculos à crianças, jovens e adultos da rede municipal de ensino. O projeto foi instituído por lei e todos os alunos passam por teste de acuidade visual (capacidade dos olhos de distinguir formas e objetos). Aqueles que apresentam déficit no teste são encaminhados para consultas com oftalmologista e precisando de lentes corretivas recebem os óculos de graça.

 

Serviço

EPG Walter Efigênio

Endereço: Rua Joaquim Moreira, 21, Parque Sao Miguel. Guarulhos

Telefone: (11) 2421-2490

Previsto para ser extinto no ano de 2020, dentro da estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tracoma é considerado a principal causa infecciosa da cegueira a nível mundial. Responsável por atingir mais de 200 milhões de pessoas de 51 países da África, Ásia e América Latina, a doença que afeta a visão é uma das mais negligenciadas pelo sistema de saúde e atinge principalmente regiões mais pobres com falta de saneamento básico. 

O tracoma é uma doença inflamatória ocular crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e que afeta pálpebras, conjuntiva e córnea. Nos sintomas, os olhos ficam irritados e lacrimejando. Com o tempo, as pálpebras incham e surgem até cicatrizes. Os cílios podem ficam invertidos e arranhar a córnea. A enfermidade é um tipo de conjuntivite grave e infecções recorrentes podem levar à cegueira.

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De acordo com o oftalmologista do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (Seope), Luiz Felipe Lynch, o tracoma é transmitido pelo contato direto com secreções oculares e nasais de pessoas infectadas. Ele explica que também pode ser propagado através das moscas, quando pousam em locais infectados. "É uma doença ligada a falta de higiene e ao pouco ou nenhum acesso ao saneamente básico e por isso atinge populações de regiõe menos desenvolvidas", afirmou.

De acordo com os estudos da OMS, é necessário reduzir a prevalência do tracoma para menos de 5%, em crianças de um a nove anos de idade. No Brasil, atualmente a prevalência da enfermidade é de 3,5%, mas dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que Pernambuco supera o índice nacional e apresenta uma taxa de 6%. Pesquisadores da instituição realizaram, em mais de 70 municípios de Pernambuco, pesquisas nos domicílios para identificar e acompanhar o tratamento de pacientes com a doença.

No Recife, foram examinadas 109 crianças de um a nove anos na comunidade do Coque, na Zona Sul, e sete delas foram diagnosticadas com tracoma. A taxa de detecção, que relaciona o número de casos com o total de crianças examinadas, ficou em 6,4%. De acordo com a Fiocruz, nos locais onde foram realizados os estudos, as famílias foram orientadas sobre procedimentos de higiene simples, como o hábito de lavar o rosto utilizando algum tipo de sabão ou sabonete e o não compartilhamento de toalhas de banho e de rosto, lençóis ou fronhas.

Para o oftalmologista Luiz Felipe Lynch, os grandes bolsões de pobreza e a falta de infraestrutura de Pernambuco são as principais razões para o Estado registrar um alto número de casos da doença. "Aqui temos muitos zonas de alta densidade populacional com baixas condições de higiene e saúde e isso é um das causas não só da ploriferação do tracoma, mas de outras doenças também", acrescentou.

Pelos sintomas semelhantes ao de uma conjuntivite, o diagnóstico do tracoma muitas vezes não é realizado da forma correta e pode levar à cegueira, se não for tratato. Em Pernambuco,  a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS) desenvolve desde o ano de 2011 o 'Programa Sanar', de enfrentamento às doenças negligenciadas. Ao todo, o projeto já examinou 11 mil escolares de 206 escolas. Desse total, 4,3 mil precisaram fazer tratamento contra o tracoma.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, no ano de criação do programa, a prevalência da doença era de 9%. Em 2014 diminuiu para 2,5% e até 2015, dos mais de 20 municípios prioritários para a doença, apenas 1 não tinha alcançado a meta de 5% da OMS. A quatro anos do prazo estabelecido mundialmente para a extinção da doença, o cenários dos pernambucanos ainda é preocupante.

O tratamento clínico da doença pode ser feito através de cirurgia para pestanas viradas para dentro, antibióticos para infecção ocular e em caso de cegueira, o transplante de córnea. Para Luiz Felipe Lynch, as ações de prevenção têm de ser mais intensas e direcionadas. "Para minimizar os casos, temos que resolver a distribuição do saneamento básico em Pernambuco, o acesso a água potável também é um problema. Temos de tratar do tracoma como um problema de saúde pública", concluiu.

Nesta terça-feira (26) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, que tem com objetivo de orientar a população sobre o risco da doença. O seu tipo mais comum é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda causa mais frequente de cegueira irreversível em todo mundo (o glaucoma primário de ângulo aberto). Hoje, estima-se que há 3 milhões de casos de cegueira irreversível causada por Glaucoma. A cada ano surgem 2,4 milhões de novos casos do tipo primário de ângulo aberto no mundo.

A forma mais comum da doença é hereditária, e está ligada ao aumento da pressão intraocular. Entretanto, existe também o que pode ser adquirido, e se deve a situações como trauma ocular, uso de corticoides, patologias sistêmicas como diabetes. O oftalmologista Valdemiro Neto explica que existe um grupo de risco que deve atentar para a doença; são eles: pacientes com histórico familiar positivo de glaucoma, pacientes míopes, pacientes diabéticos e com idade acima de 40 anos. Mas o principal fator de risco é a pressão intraocular elevada.

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De acordo com o oftalmologista, essas pessoas precisam dar uma atenção especial para o problema. “Deve ser realizada todo ano uma avaliação oftalmológica, onde é verificada a pressão intraocular e o fundo do olho. Em se achando alteração, realizam-se os exames mais específicos para o glaucoma. Em se fazendo o diagnóstico, iniciar-se o tratamento o mais precocemente possível”. 

O Glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoce, bem como o acompanhamento periódico dos casos suspeitos são imprescindíveis para evitar a cegueira irreversível. Com tratamento a base de colírios, laser, ou, em casos específicos, cirurgia, o paciente pode levar uma vida relativamente normal.

 

O doutor Neto atenta para a possibilidade de pacientes conseguirem uma ajuda de custo nos tratamentos. “O uso do colírio é diário, então existem programas do governo que cedem os colírios, cujo preço varia dependendo do grau de intensidade”.

Apesar de ser uma das doenças oculares mais comuns, a conjuntivite exige cuidados especiais, principalmente com as crianças. A inflamação da conjuntiva – membrana fina que reveste os olhos – provoca vermelhidão e irritação do globo ocular, dificultando a visão. No caso dos pequenos, a incapacidade de descrever com exatidão o que de fato está incomodando, exige atenção redobrada de pais e de oftalmologistas. 

A doença tem sete tipos: neonatal, infecciosa, alérgica, irritativa, química e seca. A mais comum é a conjuntivite infecciosa, ocasionada por vírus ou bactérias. No caso da conjuntivite neonatal, transmitida de mãe para filho no trabalho de parto, o recém-nascido deve permanecer internado até receber alta de um médico oftalmologista.

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No caso das crianças, além da conjuntiva, os linfonodos – organelas responsáveis pelo combate à infecção – também precisam ser examinados. Segundo o oftalmologista Renato Neves, é importante avaliar se há outros relatos da doença na família ou no ambiente escolar. “Em determinados casos, também fazemos a cultura da lágrima para analisar a existência de bactérias e definir o tipo de antibiótico a ser prescrito”, diz. 

Os pais também precisam estar atentos para que a crianças não compartilhem brinquedos com outras crianças durante o tratamento. Também é preciso cuidar para que os pequenos não cocem os olhos durante a doença, que dura, em média, quinze dias. 

Segundo Neves, o tratamento da conjuntivite, tanto em crianças e bebês, como em adultos, depende do agente causador. Geralmente, compressas de água fria são recomendadas para aliviar a ardência e o mal-estar provocados pela irritação. “Também podemos orientar o paciente a usar lágrimas artificiais, soro fisiológico e determinados colírios. Casos graves exigem medicação via oral em conjunto com o alívio local. O paciente infectado tem de intensificar a higiene ocular, evitar contato com outras pessoas, lavar muito bem as mãos várias vezes ao dia e usar lenços e toalhas descartáveis”, orienta o oftalmologista. 

Não há como fugir do uso de computadores, tablets, notebooks e smartphones. Com a constante criação de novos modelos e aplicativos - para atualizar versões anteriores e atrair novos usuários – o tempo de uso dos aparelhos tem aumentado consideravelmente, o que pode causar prejuízos aos membros do corpo e, sobretudo, à visão.

Dificuldades na umidificação do globo ocular e alteração na produção lacrimal - já que o usuário tende a piscar menos - são algumas das consequências da exposição excessiva à luz dos eletrônicos. De acordo com a oftalmologista Bruna Ventura, a principal queixa dos pacientes que usam ou trabalham diariamente com aparelhos tecnológicos é a do olho seco. Segundo ela, não há uma faixa etária em que os sintomas são mais frequentes, já que o uso da tecnologia foi popularizado entre crianças, jovens e adultos.

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As reclamações variam entre a produção excessiva de lágrimas, presença de ciscos ou a falta de umidade no globo ocular. “Essas situações podem variar de acordo com cada paciente. Aqueles que já têm olho seco por natureza podem sentir ainda mais os efeitos da exposição prolongada às telas de computadores e smartphones”, afirma a Drª. Bruna. Os sintomas da “síndrome do olho seco” podem ser mais perceptíveis durante exposição ao ar-condicionado e dentro de aviões, onde o ambiente costuma ser mais seco.

Segundo ela, o uso da tecnologia antes de dormir não é mais prejudicial do que durante o dia. “Usar o celular à noite não vai fazer com que o uso de óculos seja necessário ou aumentar o grau de quem já usa. O problema é o mesmo: o foco excessivo na tela, sem desviar o olhar”. A respeito da insônia causada pelos aparelhos, a oftalmologista afirma que isso está ligado a questões psicológicas. “É a mesma situação de estar lendo um livro. Tem gente que consegue pegar no sono, mas tem gente que não”.

Alternativas – A oftalmologista alega que não há um tempo determinado para o uso, mas que o importante é mudar o foco da visão. “É importante desviar um pouco o olhar da tela a cada 40 minutos ou 1h de exposição para olhar o horizonte, ir ao banheiro ou dar uma caminhada no ambiente de trabalho. O importante é fazer outras atividades que não estejam relacionadas ao uso do celular, do computador, do tablet. Usar colírios lubrificantes também pode ajudar”, diz. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente dois milhões de brasileiros são portadores de catarata. A doença, uma alteração ocular que atinge e torna opaco o cristalino (lente situada atrás da íris), chega a ser a maior causa de cegueira no mundo.

A catarata pode ser acelerada por fatores como diabetes, inflamação no olho, trauma, histórico familiar de catarata, uso de corticóides via oral (a longo prazo), exposição à radiação, fumo, cirurgia em função de outro problema oftalmológico ou exposição excessiva a raios ultravioleta. Apesar da gravidade, existem muitas dúvidas em torno da doença.

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Para esclarecer esses questionamentos, o oftalmologista Richard Yudi Hida desvendas os mitos e verdades sobre a doença. Confira:

COLÍRIOS PODEM CURAR A CATARATA

MITO. A catarata só é tratada por meio da cirurgia. Ao contrário do que se imagina, o procedimento cirúrgico para tratar o problema é por meio de ultrassom e não por laser. O aparelho aspira o cristalino e injetamos uma lente atrás da íris - parte colorida dos olhos. A recuperação geralmente ocorre em uma semana (existem colírios para este objetivo, mas não ha evidências cientificas que comprovem sua eficácia).

 

A CATARATA NÃO VOLTA APÓS A CIRURGIA

VERDADE. O que pode ocorrer é a opacificação da cápsula transparente em que se coloca a lente intraocular. Isto ocorria em até 30% dos casos, quando se utilizava modelos de lentes mais antigos. Hoje em dia ocorre em somente 5 a 10% dos casos. Uma espécie de polimento da lente com laser pode resolver o problema de forma rápida e indolor.

 

A CATARATA É UMA PELINHA QUE CRESCE EM FRENTE AO OLHO

MITO. Muitas pessoas confundem a membrana que cresce na superfície da córnea, que se denomina pterígio, com a catarata. O pterígio pode crescer, deixar o olho avermelhado e, se atingir o centro da córnea, também pode baixar a visão. A catarata é interna e só pode ser vista a olho nu em casos muito avançados, quando se observa um reflexo esbranquiçado atrás da pupila.

 

É POSSÍVEL LIVRAR-SE DOS ÓCULOS OPERANDO A CATARATA

VERDADE. Na maioria dos casos, sim. Atualmente existe uma grande variedade de lentes para a cirurgia de catarata. As mais recomendadas são as dobráveis de acrílico, que são inseridas por meio de uma pequena incisão e proporcionam uma recuperação visual mais rápida e segura. Existem também as lentes de modelo multifocal ou bifocal, que permitem a visão de perto a meia distância e de longe, reduzindo a necessidade de uso de óculos para perto para 80% dos pacientes. Mas nem todos os indivíduos com catarata têm o perfil para este implante, portanto o médico deve ser consultado para analisar essa possibilidade.

 

A CATARATA É UMA DOENÇA APENAS DE IDOSOS

MITO. A catarata senil, que afeta pessoas com mais de 60 anos, está relacionada com o envelhecimento. No entanto, existem outros tipos de catarata, como por exemplo, a congênita, que se manifesta na infância, podendo surgir do nascimento até os 10 anos de idade. Geralmente aparece em decorrência de doenças como a rubéola e a toxoplasmose durante a gravidez.

 

O DIABETES É UM FATOR DE RISCO CONHECIDO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CATARATA

VERDADE. Várias pesquisas já mostraram a maior prevalência e frequência de catarata em pacientes diabéticos. Isto se dá principalmente devido aos altos níveis glicêmicos nestes pacientes. É indispensável que todos os pacientes portadores de diabetes façam controles oftalmológicos periódicos e mantenham sempre um bom controle glicêmico, a fim de se evitar o desenvolvimento da catarata.

 

PARA CORRIGIR A VISÃO, ÓCULOS SÃO MELHORES DO QUE LENTES DE CONTATO

VERDADE. Na grande maioria dos casos, para corrigir a visão, tanto os óculos, quanto as lentes de contato, são boas alternativas, porém, em alguns casos, as lentes de contato podem garantir uma melhor visão, sobretudo em altos graus, por estarem em contato direto com a córnea. Entretanto, vale lembrar que existem regras para o uso de lentes de contato, que só pode ser recomendado por um médico especializado. Vale lembrar que existem riscos de lesão grave na córnea, caso as lentes de contato estejam mal adaptadas.

Com informações da assessoria

A visão é um dos cinco sentidos que permite aos seres humanos, aprimorarem sua percepção do mundo. Entretanto, o que a maioria das pessoas não sabe, é que o essencial é fazer um check-up oftalmológico pelo menos uma vez por ano para garantir a saúde dos olhos. Nesta quarta-feira (10), quando é comemorado o Dia da Saúde Ocular, o oftalmologista José de Barros orienta sobre alguns cuidados simples com os olhos.

José de Barros, que é médico do Instituto de Olhos Clóvis Paiva, atenta para os cuidados com a higiene, tais como lavar as mãos e não coçar os olhos podem evitar vários tipos de enfermidades. “Para as doenças contagiosas, a maneira de evitá-las que mais recomendamos é não esfregar os olhos e manter as mãos sempre limpas”. 

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As patologias mais recorrentes são as contagiosas, como a conjuntivite e as não infecciosas, como o Glaucoma e a Catarata. “O Glaucoma é causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico. A baixa na visão é o primeiro sintoma. Ela é mais comum em pacientes com mais de 40 anos e se não diagnosticada cedo, pode causar a perda da visão”, explica José de Barros.

Inicialmente, o tratamento é realizado a base de colírios e se o quadro mudar, o paciente passará por uma pequena cirurgia ou então por raio laser para estabilizar a pressão do globo ocular. 

A Catarata é a perda da transparência do cristalino, lente natural do olho que fica atrás da pupila, que vai “se sujando” progressivamente, causando baixa na visão. A única forma de tratamento é através de uma cirurgia relativamente simples e de fácil recuperação.

Lentes de contato 

Utilizada em grande maioria, pelos jovens, as lentes de contato – quando mal utilizados, podem causar problemas sérios como úlcera de córnea e até mesmo a perda da visão. “Falta de higienização, o uso excessivo sem a troca com os óculos e dormir com as lentes de contato podem causar danos visuais irreversíveis. Por isso, os usuários devem sempre estar lubrificando suas lentes e não troca-las com as mãos sujas” afirmou o médico. 

A diabetes é uma doença que atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, a maioria delas sofre em menor ou em maior grau de problemas de visão. Desde um aumento do grau, até a perda da visão central. Aqueles que sentem alterações na retina causadas pela doença podem solicitar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e no FDA (Agência americana que regulamenta fármacos), as injeções intravítreas de antiangiogênicos.

O principal papel dos antiangiogênicos é a interrupção da perda de visão causada por edema macular e neovascularização. Com anestesia local e pupilas dilatadas, a injeção é aplicada diretamente no vítreo, camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino.

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Médicos indicam aos diabéticos que em qualquer caso de desconforto na retina, procurar imediatamente um especialista.

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