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Brasília - O governo anunciou agora há pouco que o corte no Orçamento Geral da União de 2012 será R$ 55 bilhões. Desse total, a maior parte, R$ 35 bilhões, virá da redução das despesas discricionárias (não obrigatórias). Com a redução da estimativa das chamadas despesas obrigatórias, serão economizados mais R$ 20,5 bilhões.

Foram revisadas as projeções de gastos com benefícios previdenciários, assistência social,subsídios e complementações para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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O detalhamento dos cortes no Orçamento está sendo explicado, neste momento, no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, pela ministra Miriam Belchior e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que o corte de R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012 anunciado hoje é suficiente para que o governo possa cumprir a meta de superávit primário. Ele afirmou que o corte é "bastante ousado". "Isso vai garantir a obtenção do resultado primário que aprovamos na LDO", disse

O governo reduziu a previsão de receitas em R$ 36 bilhões em relação ao aprovado pelo Congresso. "Somos um pouco mais conservadores, mas espero que o Congresso tenha razão na projeção de receitas. É uma nova projeção de arrecadação mais modesta", afirmou. Na receita líquida, a redução foi de R$ 29,5 bilhões.

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Em relação às metas de investimento impostas pelo próprio governo para 2012, Mantega diz que elas são ambiciosas, mas possíveis. De acordo com ele, os objetivos são necessários porque o investimento é visto como de fundamental relevância para a economia brasileira.

O ministro destacou que o governo já vem aumentando os investimentos. "Queremos passar dos 20,8% em relação ao PIB. O desafio para 2012 não é fácil", salientou. "É ambicioso? É, mas é possível? É possível; é uma meta ambiciosa, mas temos condições de persegui-la", acrescentou.

Mantega destacou que há perspectiva de aumento "expressivo" de investimentos no PAC, no programa Minha Casa, Minha Vida, no programa pré-sal e Copa do mundo. "Quando falamos em 20% do PIB, significa setores público e privado. A do setor público é menor, de 3 e qualquer coisa porcento", mencionou. Segundo ele, cabe ao governo fomentar o setor privado para que também invista.

O ministro disse também que o crescimento do investimento ante 2011 será entre 10% e 11%. "É ambicioso? É. Mas é possível? É possível. É exequível." Ele enfatizou ainda que o crescimento do investimento ano a ano acompanhou ritmo de expansão dada. "E hoje temos mais projetos, mais experiência", pontuou.

O jornal americano The Wall Street Journal publicou, nesta segunda-feira (30), que o novo arranha céu do World Trade Center (WTC), que há 10 anos foi alvo de ataques terroristas liderados por Osama Bin Laden, está avaliado em US$ 3,8 bilhões, superando por mais de US$ 700 milhões o orçamento calculado para a sua construção.

A Torre 1 do novo WTC já tem 90 dos 104 andares e deve ficar pronta no próximo ano. Este é o principal edifício do complexo, a Freedom Tower (Torre da Liberdade), que é um dos cinco prédios que estão sendo construídos no chamado Marco Zero, onde ficavam as Torres Gêmeas.

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Para homenagear as cerca de 3.000 vítimas do atentado, foi contruído e inaugurado um memorial no local, e no dia 11 de setembro deste ano (11 anos do desastre) será inaugurado o Museu Nacional 11 de Setembro, com fotos, depoimentos e objetos pessoais doados pelas famílias dos mortos do atentado. Do lado de fora do espaço, foram erguidos dois espelhos d'água de fluxo contínuo, para dar a ideia de constante ausência no ambiente. No entorno do memorial também foram plantadas cerca de 400 árvores para arborizar o local.

Do quantitativo de pessoas que faleceram no desastre, 89 eram de 27 nações ao redor do mundo, das quais sete eram brasileiras.

A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem o orçamento deste ano eleitoral sem ter que enfrentar o desgaste de vetar artigos aprovados, em dezembro, pelo Congresso Nacional. A atitude já era esperada porque todos os pleitos que implicavam aumento das despesas públicas foram barrados pelo governo, com a liberação de cerca de R$ 300 milhões em emendas parlamentares.

Com essa liberação, Dilma conseguiu impedir a inclusão do reajuste do Judiciário e o aumento real dos benefícios previdenciários de quem recebe mais do que o salário mínimo. Só os servidores públicos do Judiciário reivindicavam um reajuste médio de 56% - que custaria R$ 7,7 bilhões em 2012.

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No caso dos aposentados, o governo se comprometeu a negociar uma política de valorização real dos benefícios, como já é feito com o salário mínimo, para garantir o poder de compra desses beneficiados.

O discurso dos aliados do governo para conter aumento de salário é que em ano de crise econômica mundial é preciso por o pé no freio nos gastos públicos.

O Orçamento 2012 prevê receita total de R$ 2,150 trilhões. Como o refinanciamento da dívida pública leva R$ 655 bilhões, o valor cai para R$ 1,602 trilhão. Estão previstos investimentos de R$ 79,7 bilhões, valor 37,58% maior do que a proposta encaminhada pelo Executivo (R$ 57,93 bilhões). Desses R$ 79,7 bilhões, R$ 42,4 bilhões serão destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já os gastos com pessoal estão estimados em R$ 203,24 bilhões.

Cortes

Com a sanção da peça orçamentária, a equipe econômica agora se prepara para cortar despesas - uma operação que precisa chegar a R$ 70 bilhões, para cumprir a meta estabelecida para pagamento de juros.

Dentre as concessões feitas pelo relator-geral do Orçamento, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para garantir a aprovação da peça está o aumento de R$ 3,4 bilhões para R$ 3,9 bilhões da previsão de recursos para compensação dos Estados exportadores prejudicados com a Lei Kandir.

Além disso, ele elevou de R$ 900 milhões para R$ 1,4 bilhão a verba do seguro agrícola e reforçou em R$ 170 milhões os investimentos para o Rodoanel em São Paulo. O deputado liberou ainda R$ 50 milhões para demandas de investimentos das bancadas do Ceará, Minas Gerais e Paraíba. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para acelerar a economia neste ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff quer proteger da tesourada no Orçamento, que pode atingir R$ 70 bilhões, os programas que assegurem o emprego e, consequentemente, o consumo dos brasileiros. Até segunda-feira, Dilma quer finalizar a maratona de reuniões, iniciada ontem com cada um de seus ministros, para eleger prioridades e definir quais programas poderão ser adiados.

A estratégia tem como objetivo facilitar o trabalho da equipe econômica na hora de bloquear recursos para conseguir atingir a meta de resultado das contas públicas, sem que haja impacto no crescimento. O desejo do governo é de uma expansão do PIB de algo entre 4% e 5% este ano. Dilma começou a "sabatina" com os ministros da área social, para sinalizar a prioridade do governo.

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Na avaliação dos técnicos, o governo precisa investir mais, liderando um movimento a ser seguido pelo setor privado. Por isso, a intenção é de que a tesoura não atinja esse grupo de despesas.

Na Esplanada, a expectativa é que Dilma retome a prática de quando era ministra da Casa Civil e avalie cada programa em detalhe. Ela pretende reverter o que ocorreu no ano passado, quando muitos gastos em obras não saíram do papel por problemas de gestão. Dessa forma, os investimentos acabaram registrando um encolhimento em relação a 2010. No global, foram R$ 41,9 bilhões em 2011, ante R$ 44,7 bilhões no ano eleitoral de 2010, segundo o site Contas Abertas.

A "faxina" que atingiu o Ministério dos Transportes, segundo maior orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é um exemplo. A área, que tinha R$ 17,1 bilhões para gastar, encerrou o ano com desembolsos de R$ 12,8 bilhões, sendo que R$ 6,8 bilhões eram restos contratados no governo Lula.

Outra causa para o desempenho modesto dos investimentos foi a mudança de governo. "Em 2010, os investimentos bombaram porque estávamos concluindo o PAC 1", explicou um assessor. "Em 2011, começou o PAC 2 e leva algum tempo até que os empreendimentos ganhem velocidade." Ele acrescentou que em 2012 já será possível ver um desempenho mais forte do PAC.

Uma terceira explicação é que os investimentos caíram porque houve uma espécie de controle informal na boca do caixa. Para fechar as contas, o Tesouro teria segurado o dinheiro, embora os ministérios possuíssem autorização para gastá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que define o orçamento da União para 2012. A receita total estimada é de R$ 2,150 trilhões. A lei foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

Aprovado em 23 de dezembro, a vontade do governo federal acabou prevalecendo e a peça orçamentária foi acatada sem contemplar os reajustes salariais dos servidores nem o pretendido aumento real dos benefícios das aposentadorias que estão acima do salário mínimo.

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A presidente Dilma Rousseff despacha hoje à tarde com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que retorna de férias. Na pauta, o corte de despesas no orçamento da União e investimentos para 2012. O tema será discutido em reuniões setoriais que a presidente pretende realizar na quinta, sexta-feira e sábado, como preparatória para a primeira reunião ministerial do ano, marcada para a próxima segunda-feira (23).

O Ministério da Fazenda defende um corte drástico nos gastos, na casa de R$ 60 bilhões, para cumprir a meta cheia de superávit primário, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas a presidente quer novos cálculos para preservar os investimentos neste ano de eleições.

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, definiu hoje que serão contingenciados R$ 784,7 milhões dos recursos previstos no Orçamento do Estado de São Paulo para 2012, que é de R$ 156,6 bilhões. A expectativa inicial do Palácio dos Bandeirantes era de que R$ 1,5 bilhão fosse congelado, como em 2011, mas o governador decidiu não cortar os recursos previstos para investimentos. O contingenciamento total refere-se apenas a recursos previstos para custeio e representa 20% do total desse tipo de gasto no Orçamento do Estado.

Alckmin já havia informado, no final do ano passado, que haveria um contingenciamento nos recursos estaduais, mas que evitaria congelar os previstos para investimentos. No início de 2011, do total de recursos congelados, R$ 1,259 bilhão era voltado a investimentos. O contingenciamento decorre das preocupações da administração estadual com os efeitos da crise mundial, que poderiam comprometer a capacidade de investimentos do governo paulista.

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O decreto que fixa normas para a execução orçamentária e financeira em 2012 foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado de São Paulo.

O presidente Barack Obama revelou nesta quinta-feira a nova estratégia de Defesa do país, que vai resultar num Exército "mais enxuto" e "ágil" com o uso de tropas menores em solo em meio a cortes no orçamento federal. Mas ele ressaltou que os Estados Unidos vão manter o que ele chamou de Exército mais bem equipado da história norte-americana.

Numa rara aparição no salão de instruções do Pentágono, Obama divulgou os contornos da revisão da estratégia de defesa, cujo objetivo é lidar com os cortes de centenas de bilhões de dólares no orçamento militar e reorientar as prioridades de segurança, após uma década dominada pelas guerras no Afeganistão e no Iraque.

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Obama disse que o Exército será mais enxuto, mas prometeu ao mundo que os Estados Unidos manterão sua "superioridade militar" com forças de combate prontas para qualquer ameaça.

"Nosso Exército será mais enxuto, mas o mundo deve saber: os Estados Unidos vão manter sua superioridade militar com forças armadas que são ágeis, flexíveis e prontas para uma gama completa de contingências e ameaças", afirmou o presidente.

Obama disse que a revisão da estratégia está centrada nas necessidades militares do país depois do "fim das longas guerras da última década".

Apesar do foco no corte orçamentário, os Estados Unidos vão fortalecer sua presença na região Ásia-Pacífico, já que "reduções orçamentárias não virão às custas desta região crítica", disse o presidente. Os Estados Unidos também "permanecerão vigilantes" no Oriente Médio. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O contingenciamento de recursos do Orçamento da União de 2012 terá de ser superior aos R$ 50 bilhões do ano passado caso o governo queira cumprir a meta de superávit primário de 3,1% (equivalentes a R$ 97 bilhões) do Produto Interno Bruto (PIB), avaliam economistas ouvidos pela Agência Estado. A execução orçamentária e o nível de contingenciamento deste ano serão definidos pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, na volta das férias, no dia 16.

Havia a expectativa de que o contingenciamento deste ano fosse menor que o de 2011 para reforçar o compromisso do governo com a aceleração do crescimento econômico. Mas analistas consultados ressaltam que o aumento das receitas do governo neste ano, previsto no Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, foi superestimado. O orçamento total da União de 2012 prevê receitas de R$ 2,225 trilhões. Seu valor efetivo, retirando o refinanciamento da dívida pública (R$ 653 bilhões), é de R$ 1,572 trilhão. Apesar da desaceleração da economia e da crise na Europa e Estados Unidos, o Orçamento projeta um crescimento do PIB de 5% em 2012, enquanto na mais recente pesquisa Focus a previsão dos analistas é de 3,30%.

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Para cumprir o superávit primário de 3,1% do PIB, o contingenciamento teria de ficar entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões, sem execução dos restos a pagar, avalia o economista Mauricio Oreng, do Itaú Unibanco. "Esta é uma hipótese abstrata, mas não realista porque o governo sempre executa os restos a pagar", afirmou, ressaltando que seriam necessárias alguma surpresa positiva em termos de arrecadação ou uma forte retenção dos investimentos para chegar ao superávit cheio. Por não acreditar na contenção de investimentos e apostar na execução dos restos a pagar, o economista não acredita que o governo será capaz de cumprir a meta cheia de superávit primário e projeta que o número atinja 2,5% do PIB no fechamento de 2012.

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, um contingenciamento entre R$ 55 bilhões e R$ 60 bilhões, "mais próximo de R$ 60 bilhões", seria o suficiente para o governo sinalizar que vai perseguir a meta cheia de 3,1% do PIB, sem desconto de gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na avaliação dele, o governo está em uma situação delicada, dado que não será possível atingir esse número apenas com o corte de emendas parlamentares, de cerca de R$ 20 bilhões. Por se tratar de um ano eleitoral, a pressão da base aliada no Congresso pela liberação das emendas e investimentos deve ser ainda maior.

Impacto nos juros - Se o governo não contingenciar cerca de R$ 60 bilhões, o Banco Central (BC) pode interromper a trajetória de redução da taxa básica de juros, avalia Borges. "Ou o governo atende ao desejo do BC e deixa espaço para que a redução dos juros continue ou atende às pressões da base aliada para acelerar a liberação de emendas em ano eleitoral", afirmou. Ele prevê muitas brigas e discussões dentro do governo, mas acredita que o BC sairá vencedor. "O governo tem uma preferência revelada em acelerar a convergência dos juros brasileiros a níveis internacionais. Acho que, nessa disputa, o BC ganha, mas não será algo trivial."

Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, considerando as receitas estimadas pelo Congresso, o contingenciamento deveria ser de R$ 55 bilhões. Mas, ao utilizar a projeção de receita do banco, o valor a ser contingenciado, segundo ele, ficaria um pouco abaixo de R$ 53 bilhões. "As condições são mais difíceis que as do ano passado", afirmou, lembrando que também havia ceticismo com relação ao cumprimento da meta cheia em 2011. "Em relação a isso, ficamos como no ano passado: matar um leão por dia. No ano passado, muitos leões morreram."

Segundo Lima Gonçalves, o problema está na meta de superávit primário para Estados e municípios, de 0,9% do PIB. "Com um contingenciamento de R$ 53 bilhões, daria para cumprir a meta cheia, desde que os Estados e municípios entreguem sua parte. Mas, em ano eleitoral, é difícil imaginar que governadores e prefeitos vão fazer isso. Nesse caso, sobra esforço para o governo central", disse. De acordo com cálculos do Banco Fator, cada 0,1 ponto porcentual da meta de superávit primário de R$ 97 bilhões não entregue pelo setor público exige um esforço adicional de R$ 4,5 bilhões do governo central.

Embora a meta de superávit primário de 3,1% seja ambiciosa, o governo deve conseguir cumpri-la, avalia o economista Rafael Bistaffa, da Rosenberg & Associados. Para ele, será necessário um contingenciamento neste ano semelhante ou com "algo a mais" do que os R$ 50 bilhões de 2011. A política fiscal tem sido um dos pilares da política econômica, de acordo com Bistaffa, e é o que diferencia o Brasil de outros países nesta crise internacional. "O mercado vê o Brasil em uma situação melhor devido a uma relação dívida/PIB e um déficit nominal menores que os de outros países", afirmou.

Bistaffa citou como exemplo dessa confiança do mercado a recente emissão de títulos no exterior, em que o País pagou juros inferiores aos de países europeus. "A percepção é de que o Brasil está bem por causa da situação fiscal controlada. Ficaria muito feio se o Brasil passasse a descumprir o superávit primário porque é isso que o tem diferenciado de outros países nesta crise."

Apesar das pressões por aumento de gastos em ano eleitoral, o relatório final do Orçamento do próximo ano não prevê reajuste para os servidores públicos como do Judiciário e, muito menos, aumento acima da inflação das aposentadorias e pensões que ultrapassam o valor do salário mínimo.

Alinhado ao discurso da presidente Dilma Rousseff, de que "não é hora de dar reajuste a ninguém", o relator da matéria, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), resistiu aos pleitos dos servidores e afirmou que tentou "conciliar os interesses, mas não foi possível". A expectativa é de que a proposta orçamentária seja colocada em votação na quarta-feira na Comissão Mista do Orçamento e na quinta-feira no Plenário do Congresso Nacional.

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Os funcionários públicos, principalmente do Judiciário, continuarão pressionando os parlamentares no Plenário para tentar garantir nem que seja um pequeno aumento para o próximo ano. Somente os servidores públicos do Judiciário reivindicam um reajuste médio de 56%, o que custaria R$ 7,7 bilhões em 2012. Chinaglia ressaltou que tratou todas as categorias da mesma maneira ao decidir não prever nenhum aumento salarial. Ele considera praticamente impossível mudanças bruscas no texto final no plenário. "Não acredito que a base vá se dividir", frisou. "Mas se no plenário houver uma alteração será uma decisão coletiva, contou.

O relator tinha uma reserva para fazer emendas ao orçamento de cerca de R$ 13 bilhões para 2012 porém, ao invés de atender o pedido de reajuste salarial do servidor e os aposentados, preferiu usar o dinheiro para recompor cortes feitos em investimentos e na Saúde. Por exemplo, R$ 3 bilhões foram destinados para recomposição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 1 bilhão para o programa Brasil sem Miséria e R$2,2 bilhões para a saúde.

Chinaglia reservou ainda R$ 2,2 bilhões para garantir o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 465 para R$ 622,73. Mas o relator não separou dinheiro nem para o arredondamento do valor, como ocorre todos os anos. Essa será uma decisão da presidente Dilma Rousseff.

A proposta final de Chinaglia também prevê a liberação de R$ 3,4 bilhões para ressarcimento a Estados exportadores que perderam receitas com a Lei Kandir. Os Estados já estão reclamando do valor porque, nos últimos anos, o governo tem liberado R$ 3,9 bilhões. Para as Forças Armadas, o relator do Orçamento guardou R$ 450 milhões.

Como os lobbies por aumento de gasto vão continuar, ainda não está descartada a possibilidade de a votação do orçamento ser jogada para o próximo ano. Essa medida só seria adotada se os parlamentares concederem Mas a avaliação é de que isso não seria bom para ninguém. Em ano eleitoral, o ideal é começar o exercício gastando. Isso porque, novos empenhos só podem ser feitos apenas até meados de junho.

A Câmara Alta do Parlamento da Alemanha aprovou o orçamento de 2012 do país, completando o processo de aprovação para um orçamento que prevê um déficit de € 26,1 bilhões no próximo ano. O orçamento, que foi aprovado pela Câmara Baixa da Alemanha no fim do mês passado, contempla gasto de € 306,2 bilhões no próximo ano, uma alta de 0,1% em relação ao valor planejado para 2011, e receitas tributárias de € 249,2 bilhões. Outras receitas são planejadas em € 30,9 bilhões, incluindo € 5 bilhões com privatizações.

Além disso, o governo de coalizão da Alemanha pode ser forçado a ajustar esses números após a decisão da cúpula da União Europeia na semana passada de antecipar em um ano o lançamento de um fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), para julho de 2012.

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A Alemanha precisará pagar sua contribuição para o ESM no próximo ano, afirmou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ontem. As informações são da Dow Jones.

A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na noite de ontem o Orçamento 2012 do país, dando condições para que a presidente Cristina Kirchner possa exercitar sua musculatura política após a reeleição consagradora.

A Câmara estendeu os impostos sobre o tabaco, exportações de petróleo e transações financeiras, que estavam prestes a expirar. Os congressistas também aprovaram concessões que darão à presidente poderes especiais para realocar gastos do governo da maneira como bem entender.

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Os partidos que sustentam a presidente têm agora a maioria nas duas Casas do Congresso, após a exibição de força de Cristina nas eleições de outubro. O texto segue agora para o Senado. A expectativa é de que seja aprovado sem problemas já na próxima semana.

O projeto de lei orçamentária de 2012 prevê um aumento de 18,8% nos gastos, para 505,1 bilhões de pesos (US$ 188 bilhões) - e um aumento de 22,5% na receita, para 506,7 bilhões de pesos. As informações são da Dow Jones.

O Parlamento da Grécia aprovou o Orçamento do governo do país para 2012. Ele prevê uma redução do déficit fiscal a 6,7% do PIB, de 9% neste ano. As informações são da Dow Jones.

O Parlamento de Portugal aprovou nesta quarta-feira um orçamento bastante austero para 2012, no momento em que o país busca controlar suas contas e se preparar para voltar a crescer no futuro, em troca de um pacote de ajuda de 78 bilhões de euros que está recebendo. As medidas impostas pelo pacote incluem um duro corte nos salários do setor público, o aumento nos impostos sobre produtos e serviços e cortes em gastos com saúde e educação.

O governo afirma que as medidas de austeridade são necessárias para reduzir o déficit para 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e 4,5% do PIB no próximo. Em 2010, esse déficit ficou em 9,8% do PIB. As medidas rápidas e duras, porém, levarão Portugal à recessão. A expectativa é que a economia portuguesa se contraia 3% no ano que vem, enquanto o desemprego deve subir para 13,6%. As informações são da Dow Jones.

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O negociador-chefe da Bélgica, Elio Di Rupo, informou hoje que o Orçamento de 2012, que ele conseguiu definir após um longo impasse no governo, atenderá as exigências da União Europeia (UE).

Ele disse que o orçamento do próximo ano terá um déficit de 2,8% do Produto Interno Bruto do país para permanecer dentro da meta da UE. Di Rupo classificou as medidas de austeridade de 11,3 bilhões de euros (US$ 14,95 bilhões) como um passo para que se garanta um Orçamento equilibrado em 2015.

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A definição do Orçamento após 532 dias de impasse foi motivada pelo rebaixamento do rating de crédito da Bélgica na sexta-feira pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.

Brasília - O Brasil gastou R$ 47,5 bilhões em 2010 apenas com segurança pública. Na comparação com o ano anterior, isso representou um crescimento de 4,39%. Os dados constam da 5ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado hoje (23) na 2ª Conferência do Desenvolvimento (Code), organizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o estudo, entre 2009 e 2010, os estados da Região Centro-Oeste, com exceção de Mato Grosso do Sul, registraram os maiores aumentos no volume de recursos destinados à segurança pública entre as unidades federativas. No Distrito Federal, o incremento foi 32,17%; em Goiás, 7,77%; e em Mato Grosso, 6,82%. Em Mato Grosso do Sul, decréscimo de 1,14% no total de gastos.

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A população carcerária também aumentou no período e de forma bastante acentuada. Em 1995, havia cerca de 85 mil condenados presos no sistema penitenciário do país. Em 2000, esse número quase dobrou, para pouco mais que 150 mil. Em 2009, já estava em 320 mil.

O gasto per capita em segurança pública no Distrito Federal aumentou de R$ 82,27 para R$ 110,28 entre 2009 e 2010. Em Goiás, de R$ 183,83 para R$ 195,56; e em Mato Grosso, de R$ 285,67 para R$ 301,79. Em Mato Grosso do Sul, caiu de R$ 273,19 para R$ 260,31.

Apesar da queda nos investimentos sul-matogrossenses, o documento aponta que o estado registrou, no mesmo período, decréscimo de 22,4% na taxa de homicídios dolosos por grupo de 100 mil habitantes.

Responsável por 38% do total gasto pelo país com segurança pública no ano passado, cerca de R$ 18 bilhões, a Região Sudeste apresentou uma retração de 10% na comparação com os gastos de 2010. Isso se deve ao fato de São Paulo ter registrado queda de 27,62% nos gastos, passando de R$ 10,12 bilhões para R$ 7,32 bilhões entre 2009 e 2010. Os demais estados da região ampliaram os investimentos. No Rio de Janeiro foram 5,5% a mais que em 2009; em Minas Gerais, 5,2%; e no Espírito Santo, 9,8%.

Na Região Nordeste, o estado que registrou maior crescimento de gastos com segurança pública foi Sergipe, com 48,3% entre 2009 e 2010, superando a marca de R$ 705 milhões. Em Pernambuco, o aumento foi 16,65%, que representou um adicional de R$ 1,59 bilhão. Com um aumento de 15,63%, o Maranhão atingiu R$ 784,93 milhões em gastos. O Piauí destinou R$ 292 milhões ao setor (aumento de 10,2%). Os demais estados nordestinos apresentaram aumentos inferiores a 8%.

Com a exceção do Amapá, que registrou queda de 2,4% nos gastos em segurança pública, os estados da Região Norte aumentaram seus investimentos na área. Tocantins gastou 25,35% a mais, seguido de Roraima (15,47%), Rondônia (12,03%); Amazonas (10%), Pará (9,5%) e Acre (0,36%). Na Região Sul, o crescimento foi 19,6% no Rio Grande do Sul e 16,4% no Paraná. Santa Catarina reduziu em 2% os gastos com segurança pública.

O levantamento tem como base o cruzamento e a consolidação das informações financeiras da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, e dados de violência reunidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelas secretarias estaduais de Segurança Pública.

Do total de obras previstas na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) até 2014, 11,3% já foram concluídas até setembro deste ano, de acordo com o balanço divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento. Dos R$ 143,6 bilhões executados no orçamento do programa nos nove primeiros meses do ano, R$ 80,2 bilhões foram utilizados para o término dessas obras.

Na área de transportes, com R$ 1,6 bilhão de execução, foram concluídos 494 quilômetros de rodovias, seis obras em aeroportos e cinco em portos. Na área de energia, foram executados R$ 16,1 bilhões para a entrada em operação de quatro hidrelétricas, onze termelétricas, nove usinas eólicas e duas pequenas centrais hidrelétricas. Foram ainda construídos 882 quilômetros de linhas de transmissão.

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Já no programa Cidade Melhor, a execução chegou a R$ 39,2 milhões, para a conclusão de 156 obras de saneamento e nove de prevenção em áreas de risco. Foram concluídos também 88 projetos de urbanização em assentamentos precários, somando R$ 60,7 bilhões - neste caso, os projetos são do eixo do Minha Casa, Minha Vida, mas não fazem parte propriamente do programa habitacional. No programa Água e Luz para Todos, foram executados R$ 1,8 bilhão, para a conclusão de diversos empreendimentos.

A execução orçamentária da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) aumentou 66% entre junho e setembro deste ano, passando de R$ 86,4 bilhões para R$ 143,6 bilhões. De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério do Planejamento, o valor representa 15% do orçamento do programa para o período 2011 a 2014.

Do total executado, a maior parte corresponde aos financiamentos habitacionais (R$ 55,2 bilhões), seguido pelo executado pelas estatais (R$ 41,4 bilhões). O programa Minha Casa, Minha Vida não está incluído nos dados de financiamento habitacional. No caso específico do programa foram executados R$ 5,4 bilhões.

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Na comparação com o mesmo período do ano passado, o desempenho de pagamentos aumentou 22%. Em 2010, foram pagos R$ 17,7 bilhões, enquanto neste ano os valores de fato desembolsados chegam a R$ 21,6 bilhões.

O Senado da Itália deu início aos debates sobre a lei do orçamento de 2012, que deverá ser aprovada ainda hoje e seguir para votação final na Câmara Baixa do Parlamento amanhã. Com isso, estará aberto o caminho para que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi renuncie já neste fim de semana.

No início dos debates, os senadores aplaudiram Mario Monti, que, depois de ser nomeado senador vitalício pelo presidente Giorgio Napolitano na quarta-feira, provavelmente será escolhido como o novo premiê italiano.

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Espera-se que uma ampla maioria bipartidária apoie o novo governo emergencial na implementação das reformas aprovadas e na introdução de outras reformas em um esforço para restaurar a estabilidade do país e interromper o aumento dos custos dos empréstimos, permitindo que a dívida pública de 1,9 trilhão de euros seja administrada. As informações são da Dow Jones.

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