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Embalado pela vitória de Fernando Haddad e pela proximidade da posse, o PT tenta dar as cartas para aprovar mudanças de seu interesse no Orçamento 2013 e conseguir emplacar um quadro do partido na Presidência da Câmara no ano que vem, de modo a pavimentar o caminho do primeiro ano do prefeito eleito. Mas enfrenta um empecilho: o bloco articulado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que tem PSD, PSB e PV, deve contar com o relator do Orçamento, Ricardo Trípoli (PV), e também tenta emplacar um nome no mais alto posto do Legislativo.

Na quarta-feira (07), a bancada de vereadores do PT se reuniu pela manhã com Haddad, no escritório de transição, no centro de São Paulo. Do encontro tiraram duas posições que demonstram o apetite petista: a primeira, de que a peça orçamentária de 2013 deve conter e espelhar as "preocupações e propostas" apresentadas pelo prefeito eleito durante a campanha. A segunda, de que o partido brigará para que a composição da Mesa Diretora seja definida de acordo com a proporcionalidade do tamanho das bancadas, o que significaria que o PT faria o presidente, uma vez que será o maior partido da Casa, com 11 vereadores eleitos.

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Os petistas querem remanejar, no Orçamento 2013, recursos que permitam a Haddad viabilizar no primeiro ano de mandato duas de suas principais propostas - o bilhete único mensal e o fim da taxa de inspeção veicular. Além disso, pretendem trabalhar para que Haddad venha a dispor de verbas que sirvam como contrapartidas aos convênios que quer firmar com o governo federal.

O líder do PT na Câmara, vereador Chico Macena aguarda ainda para este ano a "construção" de uma proposta na bancada para acabar com o fim da taxa da inspeção veicular. "É o que deve ser feito. De qualquer forma, já existe um projeto em meu nome que acaba com a inspeção e pode ser votado", disse.

Sobre o bilhete único mensal, Macena admitiu que não será uma proposta fácil de ser viabilizada em 2013. "É preciso mudar todo o sistema de bilhetagem dos ônibus e peruas. Também é necessário um aporte de R$ 400 milhões na previsão de gastos para o próximo ano para cobrir os custos do projeto", disse.

Na reunião de quarta-feira (07), os petistas também decidiram que vão brigar para ter o controle do Legislativo, colocando um nome na disputa. O nome mais cotado é o do vereador José Américo, mas Arselino Tatto também se coloca na disputa.

O coordenador da transição, vereador Antônio Donato, afirmou que conversou informalmente com colegas de outros partidos na segunda-feira (05) e, segundo ele, a proposta de obedecer à proporcionalidade do tamanho das bancadas, inclusive com um nome do PSDB na Mesa, é vista com bons olhos. "Acho que tem muita aceitação essa tese, inclusive pela oposição, mas é um processo inicial." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, viajará a Londres na próxima quarta-feira (7) para se reunir com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, a fim de discutir o orçamento da União Europeia, disse Steffen Seibert, porta-voz da governo alemão.

Os países "estão em fase de negociações intensivas" sobre o assunto, declarou Seibert em uma entrevista coletiva regular. "A Alemanha fará de tudo para encontrar uma solução", acrescentou o porta-voz.

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Os ministros europeus planeja se reunir no fim deste mês para discutir o orçamento por um período de sete anos que terminará em 2020. O Reino Unido e a Alemanha estão em desacordo sobre os montantes envolvidos e Cameron pediu menos gastos. O primeiro-ministro do Reino Unido afirmou que não apoiará a proposta da Comissão Europeia para aumentar o orçamento total da União Europeia em 5%. As informações são da Dow Jones.

O relator do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou nesta quinta-feira seu parecer preliminar mantendo a previsão de reajuste nos porcentuais oferecidos pelo governo ao funcionalismo público, de 5% no próximo ano. A decisão frustra diversas categorias, principalmente a que atua no poder Judiciário, que esperavam do Congresso uma ampliação dos reajustes. Jucá deixou reservado R$ 9,5 bilhões para atender a demandas específicas, mas afirmou que só vai incluir mais despesas na área de pessoal se tiver aval do Executivo.

"Não adianta eu colocar na rubrica de pessoal algum incremento se não houver entendimento com o Executivo", disse. "Neste ano (de 2013), com o orçamento apertado, é muito difícil dar reajuste", complementou. O relator disse ainda que há uma "limitação financeira brutal" em relação ao orçamento do próximo ano e que alocar mais recursos para reajuste sem aval do Executivo seria "jogar dinheiro fora".

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Jucá manteve em R$ 15 milhões a cota de emendas individuais para cada parlamentar e determinou que R$ 2 milhões devem ser destinados por cada um à área da saúde. No total, as emendas individuais chegam a R$ 8,9 bilhões. O relator anunciou que destinará R$ 3,9 bilhões para compensar estados por perdas com incentivos à exportação, a chamada lei Kandir.

A comissão aprovou nesta semana uma ampliação de R$ 23,8 bilhões da expectativa de receita líquida para o próximo ano. Responsável pelo parecer sobre as receitas, o deputado Cláudio Puty (PT-PA) sustenta que o aumento da massa salarial permitirá ampliação da arrecadação da Previdência Social. Foi mantida a previsão de crescimento em 4,5 % para o ano de 2013 e em R$ 670,95 o valor do salário mínimo para o próximo ano.

A intenção de Jucá é colocar seu parecer preliminar em votação já na próxima semana para evitar que atrasos no calendário impeçam a conclusão do Orçamento ainda em 2012, antes do recesso parlamentar, que começa em 23 de dezembro.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, só trará um acordo sobre o orçamento da União Europeia para a votação vinculativa no país que a Câmara dos Comuns ache aceitável, afirmou o ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne.

Em entrevista para a rádio BBC, Osborne disse que a derrota apertada na votação parlamentar não vinculativa ontem foi somente o começo de um debate importante e que Cameron somente aprovará um acordo em Bruxelas no fim deste mês que seja bom para o Reino Unido.

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"Nós queremos o melhor acordo possível para o Reino Unido", afirmou Osborne. "Nós estamos no começo da negociação, vamos ver para onde essas negociações levarão."

Na Câmara dos Comuns, uma moção proposta pela oposição para que Cameron defenda cortes reais no Orçamento da UE durante o próximo encontro de cúpula europeu, em novembro, foi aprovada ontem com 307 votos a favor e 294 contra. Embora Cameron não esteja obrigado a encaminhar a moção, sua aprovação representa uma derrota importante para a coalizão conservadora que sustenta seu governo. As informações são da Dow Jones.

Lisboa – A assistente administrativa Fátima Silva, 44 anos, prepara-se para emigrar em fevereiro para a Inglaterra, onde irá trabalhar como faxineira em um hospital em Londres e ganhar mais do que recebe trabalhando em um escritório em Lisboa. Segundo ela, o salário atual (em torno de 500 euros por mês, cerca de R$ 1.350) não tem sido suficiente para viver em Portugal.

A assistente administrativa era uma das centenas de pessoas entre desempregados e militantes de partidos de esquerda que, convocadas por meio das redes sociais, protestavam até a noite de ontem (31) contra o Orçamento do Estado proposto pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e aprovado na Assembleia da República de Portugal.

“Mais uma vez vamos continuar a ser penalizados. Vão nos retirar o ordenado, vão nos retirar benefícios sociais, vamos pagar bens de consumo mais caros. Empresas vão continuar fechando e as pessoas continuarão com salários em atraso. Nós não sabemos se vamos receber auxílio de Natal [equivalente ao décimo-terceiro salário]”, reclamava Fátima.

O quadro descrito pela assistente administrativa ilustra as opiniões e as expectativas de grande parte da população de Portugal que, por causa da crise econômica na zona do euro, teme o agravamento da recessão. O próprio governo admite piora do quadro econômico. “Tendo em conta o padrão de ajustamento em 2012, prevê-se uma contração adicional da procura interna (…) No que diz respeito ao consumo privado, a quebra de 2,2% explica-se pelo agravamento do desemprego e pelo aumento de impostos sobre o rendimento”, disse o ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, ao defender esta semana a proposta do governo na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia.

O orçamento aprovado ontem visa a reduzir a dívida pública por meio do aumento de impostos das pessoas físicas. No entanto, especialistas acreditam que a medida não será suficiente para que o país tenha superávit fiscal como nos últimos anos.

Por isso, o governo quer editar medidas adicionais e economizar mais 4 bilhões de euros no próximo ano e em 2014. “Foi iniciado um processo de análise detalhada das contas públicas com objetivo de identificar 4 bilhões de euros. Estamos fortemente empenhados em garantir que esse processo seja bem sucedido e que as suas conclusões sejam traduzidas tão cedo quanto possível em 2013 e 2014”, disse Gaspar.

A economia desse valor implica em maior redução dos gastos com proteção social, saúde, educação e ciência - o orçamento de 2013 estabelece o corte de mais de 1,3 bilhão de euros nesses setores (51% dos cortes aprovados pela Assembleia da República). Para tanto, o governo terá de reformar a Constituição e reduzir os gastos com o Estado de bem-estar social. “Reformar é defender o Estado social”, disse ontem no Parlamento o ministro de Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, principal liderança do Centro Democrático Social/ Partido Popular (CDS/PP) a legenda que forma com o Partido Social Democrata (PSD), de Passos Coelho, a base de sustentação do governo.

A reforma da Constituição é um passo estratégico para o governo que tenta evitar que as decisões venham a ser desautorizadas pela Justiça (como ocorreu recentemente com a decisão de diminuir salários e benefícios dos funcionários públicos e aposentados). A iniciativa exigirá apoio da oposição. O governo, antes mesmo da aprovação do orçamento, já fazia acenos ao Partido Socialista (que sucedeu) propondo uma “refundação” do programa de ajustamento econômico imposto pelo Fundo Monetário Internacional, pela União Europeia e pelo Banco Central Europeu.

O orçamento revisado da Grécia para 2013 traz previsões econômicas mais sombrias para o próximo ano em meio ao impacto que bilhões de euros em medidas de austeridade está tendo sobre o desempenho do país.

A proposta orçamentária, que foi submetida hoje ao Parlamento e deverá ser votada na semana que vem, prevê que a economia grega sofrerá uma contração de 4,5% no próximo ano. Numa versão anterior do projeto, a projeção era de um recuo de 3,8%.

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A piora da recessão é consequência das medidas adicionais de austeridade impostas à Grécia pela troica de credores internacionais - Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - como condição para liberar mais auxílio financeiro.

Segundo a última versão da proposta, a Grécia fará agora cortes orçamentários de cerca de 9 bilhões de euros (US$ 11,62 bilhões) no ano que vem, ante os 7,8 bilhões de euros previstos no esboço anterior.

A Grécia está hoje em seu quinto ano de recessão, que levou o desemprego e as falências de empresas a níveis recordes e foi se agravando com a implementação de medidas de austeridade ao longo dos últimos três anos, em troca de dois pacotes de ajuda dos parceiros da zona do euro e do FMI.

A recessão atingiu a arrecadação de impostos e forçou o governo grego a aumentar os gastos para encobrir os buracos de seu deficitário sistema de previdência, que sofre com a queda nas contribuições de trabalhadores devido a reduções salariais e alta do desemprego.

Como consequência, a expectativa é que o déficit fiscal da Grécia fique em 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, em relação a uma meta anterior de 4,2%. Já o superávit primário, que desconsidera os pagamentos de juros sobre a dívida, está projetado agora em 0,4% do PIB, ante uma meta anterior de 1,1%. As informações são da Dow Jones.

O relator do comitê de receitas da Comissão Mista de Orçamento, deputado Claudio Puty (PT-PA), aposta no crescimento econômico e no aumento da massa salarial para acrescentar R$ 23,85 bilhões brutos na previsão de receitas, dentro da proposta de Orçamento da União para 2013.

"A principal consequência do aumento da massa salarial é o comportamento das receitas administradas pela Previdência, pelo INSS", afirmou Puty. Ele considerou, no parecer, que haverá um aumento líquido de R$ 2,69 bilhões na arrecadação do INSS. Puty manteve no parecer entregue nesta quinta-feira na comissão os indicadores econômicos previstos na proposta encaminhada pelo Executivo ao Congresso. "Nós mantivemos a estimativa de crescimento de 4,5% para 2013", disse. Em 2012, o relator considera a previsão de crescimento de 2%, como vem relatando o governo.

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Na proposta de Orçamento da União encaminhada pelo governo, a estimativa de receita para 2013 era de R$ 1,23 trilhão. Puty afirmou que, historicamente, o governo faz uma previsão conservadora das receitas. Da mesma forma, o Congresso altera essa previsão. O relator afirmou que a reestimativa apresentada em seu parecer foi discutida com representantes do Ministério do Planejamento e do Tesouro Nacional. "Há um grau de concordância razoável com o Executivo", disse Puty, sobre o seu parecer.

Grande parte dessa reestimativa de receitas deverá ser destinada para cobrir as despesas previstas pelos parlamentares em emendas feitas ao Orçamento, que o governo não considera na proposta original encaminhada ao Legislativo. Essa destinação, no entanto, caberá ao relator geral do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR). "Há sempre a possibilidade disso (recursos irem para emendas parlamentares). Parte deverá ser para emendas e parte para a Lei Kandir. Eu diria que 90% estão associados a esses recursos", disse Puty. Ele afirmou ainda que há demandas dos ruralistas para crédito agrícola e pressão dos ministérios para os seus programas.

O presidente da Comissão de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que o relatório de receitas deverá ser votado na próxima semana. Na terça-feira, a comissão fará uma audiência pública com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A aprovação do relatório de receitas abre os demais prazos de votação na comissão mista. O projeto de Orçamento da União para 2013 deverá ser votado até 22 de dezembro, último dia dos trabalhos legislativos do ano.

 

O relator do Comitê de Receitas da Lei Orçamentária para 2013, na Comissão Mista de Orçamento, deputado Claudio Puty (PT-PA), apresentou nesta quinta-feira (25) o relatório, aumentando em R$ 23,85 bilhões as receitas brutas previstas para o próximo ano. Retirando desse total o acréscimo de R$ 1,85 bilhão para as transferências aos Estados e Municípios, as receitas líquidas previstas no orçamento de 2013 terão um acréscimo de R$ 22 bilhões.

De acordo com o relator, desse total de receita bruta, R$ 13,44 bilhões referem-se às receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal; R$ 2,68 bilhões do INSS; R$ 3,30 bilhões de acréscimo na receita de concessões; R$ 2,33 bilhões de aumento da receita de dividendos e R$ 2,10 bilhões provenientes de aumento da Receita com compensações financeiras de recursos minerais.

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Além disso, afirmou o relator, foram feitas revisões de receitas não administradas de três rubricas. A previsão de concessões foi aumentada em R$ 3,3 bilhões, sendo que desse total, R$ 2 bilhões de bônus de assinatura de contrato para exploração e produção de petróleo e gás; R$ 900 milhões de ingressos por conta da concessão de terminais aeroportuários no Galeão (RJ) e Viracopos (SP) e R$ 369 milhões por conta da transferência de 2012 para 2013 de parte do pagamento pela construção da banda 4G de telefonia móvel.

No caso das receitas de royalties e compensação financeira, o acréscimo estimado de R$ 2,1 bilhões é proveniente de pagamentos atrasados de compensações acumuladas com concessionárias de exploração de recursos minerais. No item de receitas não administradas o relator considerou um aumento de R$ 2,33 bilhões de dividendos e participações, relativo aos valores crescentes, dados a cada ano, refletindo a tendência de maiores lucros das empresas públicas e outras nas quais a União tem a maioria do capital social com direito a voto.

Em meio à dificuldade brasileira em manter as obras para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016 dentro do planejamento financeiro, o governo britânico revelou nesta terça-feira que os gastos com os Jogos Olímpicos de Londres não só não estouraram o orçamento como custaram cerca de 400 milhões de libras (R$ 1,3 bilhão) menos do que o planejado.

Com contratos ainda a serem cumpridos, o governo britânico projeta que o gasto total com os Jogos seja de 8,921 bilhões de libras (cerca de R$ 29 bilhões). A estimativa inicial era de que seriam gastos 9,298 bilhões (R$ 30,138 bilhões) e a verba restante será usada para cobrir os gastos com a reforma do Parque Olímpico.

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De acordo com o documento revelado pelo governo local, a economia foi feita em áreas como segurança, transporte e construções, que acabaram custando menos que o esperado. "É uma conquista significante conseguir encerrar um programa largo e complexo como este a tempo e abaixo do orçamento", disse o ministro olímpico britânico Hugh Robertson.

O governo de Portugal anunciou hoje a versão final do pacote de austeridade baseado em aumento de impostos para 2013. O plano orçamentário para o próximo ano foi marcado por preparativos incomuns - como o anúncio de medidas que depois foram debatidas em reuniões ministeriais que duraram 20 horas - que mostram a dificuldade que o governo português vem enfrentando para equilibrar a implementação de medidas de austeridade com a manutenção da estabilidade política e social do país.

Enquanto o ministro de Finanças, Vitor Gaspar, anunciava o plano orçamentário do governo para 2013, um protesto em frente ao Parlamento local era organizado por meio da rede social Facebook, previsto para o começo da noite (horário local). O ministro alertou que, sem essa proposta orçamentária, significaria dizer não a todo o programa de resgate externo obtido por Portugal. "Não há espaço de manobra", alertou.

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O pacote, que foi em grande parte antecipado no começo deste mês, recebeu críticas de centrais sindicais, partidos de oposição e membros de governos anteriores, que defendem que o mais novo pacote de austeridade vai sufocar a classe média e as pequenas empresas portuguesas. "Isso é uma bomba atômica fiscal", criticou o presidente do maior partido de oposição, Antonio Jose Seguro, do Partido Socialista.

De acordo com a proposta orçamentária apresentada hoje, o governo pretende arrecadar 4,3 bilhões de euros em impostos, incluindo 2,8 bilhões de euros a partir de um corte no número de faixas para tributação sobre renda. No próximo ano, as alíquotas de imposto de renda irão de 14,5% a 48%, além de uma sobretaxa extraordinária de 4% sobre a renda.

Em entrevista, Gaspar afirmou que a proposta orçamentária foi desenhada de forma que os portugueses que ganham mais paguem mais e os contribuintes de renda mais baixa sejam protegidos.

"O orçamento para o próximo ano é difícil para os portugueses, mas também é o mais justo em termos de equalização fiscal", explicou o ministro. Também haverá um aumento na tributação sobre ganhos de capital, imóveis, aluguéis, automóveis e um imposto sobre transações financeiras.

Do lado da despesa, o governo português pretende economizar 2,7 bilhões de euros no próximo ano com medidas como o aumento na idade para aposentadoria no setor público para 65 anos, igualando ao setor privado. Além disso, haverá cortes expressivos nos contratos temporários de trabalho e redução no valor pago por horas extras e licenças de saúde. A maior parte da economia, entretanto, virá de um corte de um salário dos 14 que os servidores públicos recebem por ano.

Gaspar terá agora duas semanas de debates no Parlamento, que deverá votar as linhas gerais do Orçamento no fim de outubro. As negociações de cada medida se estenderão ao longo do mês de novembro. Embora o governo de coalizão tenha maioria no Parlamento, sua popularidade vem caindo rapidamente.

Uma pesquisa nacional de opinião realizada no começo deste mês mostrou que quase 70% dos portugueses não confiam no governo. Além disso, quase 53% afirmam que o governo vai cair antes do fim de seu mandato, embora 33% afirmem que o atual governo vai chegar ao fim de seu mandato, em 2015. As informações são da Dow Jones.

O deputado Claudio Puty (PT-PA), relator das receitas do Orçamento de 2013 se reuniu na manhã desta quinta-feira (11) com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em Brasília, para discutir a revisão das receitas orçamentárias do próximo ano. Também participaram do encontro com a ministra, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e o relator-geral do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

De acordo com as declarações que Puty prestou ao portal da Agência Câmara, as receitas podem ser revistas em mais R$ 22 bilhões. A razão desse acréscimo é fruto da estimativa de uma maior de arrecadação do Imposto de Renda e de contribuições previdenciárias para 2013.

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Segundo informações da Agência Câmara, a proposta orçamentária enviada ao Congresso traz uma estimativa de receita bruta de R$ 1,23 trilhão para 2013, equivalente a 24,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior percentual dos últimos anos.

Paulo Pimenta (PT-RS) adiantou que a ministra ira à comissão no próximo dia 30, data que antecede a apresentação do relatório de receitas.

O déficit orçamentário da Grécia apresentou uma forte queda nos primeiros nove meses do ano e superou as expectativas dos credores internacionais do país, apesar da arrecadação de receitas ficar abaixo do esperado em meio à recessão local e greves dos coletores de impostos.

Segundo dados do Ministério das Finanças, o déficit fiscal do país ficou em 12,6 bilhões de euros entre janeiro e setembro, ante 20,1 bilhões de euros em igual período de 2011.

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O déficit primário também recuou bastante na mesma comparação, para 2 bilhões de euros, de 6 bilhões de euros.

O resultado do déficit geral veio melhor do que o esperado, visto que a meta estabelecida para os nove primeiros meses de 2012 era de 13,5 bilhões de euros, e ocorreu principalmente por causa de profundos cortes nos gastos públicos. As despesas do governo até setembro caíram para 49,4 bilhões, de 57 bilhões de euros no mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida ficou em 36,7 bilhões de euros, abaixo da meta de 38 bilhões de euros e quase estável em relação aos 36,8 bilhões de euros arrecadados entre janeiro e setembro do ano passado. As informações são da Dow Jones.

A economia da Grécia deve registrar em 2013 uma contração maior do que a projetada anteriormente, segundo rascunho da proposta de orçamento a ser apresentada pelo governo ao Parlamento na segunda-feira. Duas fontes graduadas com acesso ao documento disseram que a contração econômica será de 3,8%, de acordo com novos cálculos. A expectativa é de que 2013 seja o sexto ano consecutivo de contração do produto interno bruto (PIB) grego.

A proposta de orçamento prevê corte de gastos de 7,8 bilhões de euros somente em 2013, ou mais da metade dos 13,5 bilhões de euros em cortes e medidas adicionais de austeridade exigidos pelos credores internacionais de Atenas. A divulgação dos dados contidos na proposta de orçamento vêm à tona em meio à retomada dos contatos entre o governo da Grécia e seus credores sobre a próxima parcela de um pacote de resgate de 173 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.

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O déficit orçamentário de Portugal no primeiro semestre deste ano ficou em 6,8% do produto interno bruto (PIB), o que confirma que o governo terá de adotar novas ações de austeridade para atingir a meta de um déficit de 5% em 2012.

Em termos nominais, o déficit no primeiro semestre foi de 5,6 bilhões de euros, abaixo do déficit de 6,9 bilhões de euros (equivalente a 8,2% do PIB) registrado nos primeiros seis meses do ano passado.

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Sob os termos do pacote internacional de resgate de 78 bilhões de euros recebidos por Portugal, o país precisa reduzir seu déficit para 5% do PIB este ano, sendo que essa meta já foi revisada pela troica de credores internacionais no começo deste mês, quando ficou patente que o objetivo não seria atingido. A meta original era de um déficit de 4,5% do PIB. As informações são da Dow Jones.

Em seu primeiro orçamento desde que assumiu o cargo de presidente da França, há cinco meses, François Hollande anunciou um pacote de medidas de austeridade que consistem principalmente em aumentos de impostos para famílias mais ricas e grandes empresas. Com o plano revelado nesta sexta-feira, Hollande pretende reduzir o déficit orçamentário do país para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.

O presidente, que prometeu equilibrar o orçamento até o fim de seu mandato, em 2017, vem preparando o país para o esforço orçamentário mais duro das últimas décadas e disse no começo deste mês que deu a si mesmo dois anos para recuperar a economia francesa.

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De acordo com documentos apresentados na reunião de gabinete desta sexta-feira, o governo prevê que as receitas com imposto de renda das famílias aumentarão 23% em 2013, enquanto a receita com impostos sobre empresas crescerá quase 30%. O orçamento para 2013 se baseia em uma previsão de crescimento de 0,3% no PIB neste ano e uma aceleração no próximo ano para +0,8%.

O esforço orçamentário ocorre em um momento difícil para a segunda maior economia da zona do euro, onde a expansão econômica caiu pela metade no último trimestre de 2011 e não conseguiu crescer nos nove meses seguintes. O fraco crescimento está provocando desemprego e o número de pessoas sem trabalho subiu para mais de 10% da população economicamente ativa do país. As informações são da Dow Jones.

O governo do Chipre aprovou o orçamento estatal para 2013, mais ainda não divulgou nenhum número em meio às atuais conversações com os potenciais credores sobre um pacote de resgate. O porta-voz do governo do Chipre, Stefanos Stefanou, disse que o orçamento "apertado" prevê redução de gastos adicionais e mais cortes no setor público, enquanto canaliza recursos para projetos de infraestrutura para impulsionar o crescimento.

Ele disse que os números orçamentários não foram divulgados porque serão alterados, na medida em que os termos e as condições do socorro negociados com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) forem adotados.

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O Chipre se juntou em junho ao grupo de países que pediram ajuda para dar suporte a seus bancos, que sofreram grandes perdas como resultado de sua exposição à Grécia. As informações são da Associated Press.

O governo federal reduziu novamente a previsão para a arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal, que deve ficar R$ 11,793 bilhões abaixo da estimativa feita há dois meses. A informação faz parte da revisão bimestral do Orçamento de 2012, divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Com isso, a previsão de arrecadação já está R$ 35 bilhões abaixo do estimado no decreto de reprogramação orçamentária divulgado no início do ano.

Já as despesas não-administradas foram revistas para cima em R$ 7,463 bilhões no bimestre e estão agora R$ 27,1 bilhões acima da estimativa do início do ano. A expectativa de arrecadação da Previdência cresceu R$ 2,917 bilhões em relação à previsão anterior. A estimativa de receita total caiu R$ 1,359 bilhões no bimestre.

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Já as transferências a Estados e municípios recuaram R$ 1,720 bilhão. Com isso, a projeção para receita líquida ficou R$ 361,1 milhões acima do estimado há dois meses. O valor é o mesmo previsto para o aumento das despesas obrigatórias. Dessa forma, o ministério decidiu manter os limites de empenho e movimentação financeira, ou seja, manteve a projeção de gastos não-obrigatórios do último relatório orçamentário.

Em países emergentes muito populosos, como o Brasil, os governos são, com frequência, confrontados a uma escolha difícil: aumentar o número de professores por aluno e investir na redução do tamanho das turmas, ou qualificar os mestres e melhorar seus salários. Para Andreas Schleicher, especialista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a melhor estratégia é dirigir a verba para os professores. Mas o Brasil faz o contrário. A entidade divulgou ontem, terça-feira, em Paris, um relatório de 570 páginas sobre educação em 39.

As constatações de Schleicher foram feitas com base em estatísticas, mas não constam do relatório publicado ontem. Para o pesquisador, o Brasil está no caminho certo ao aumentar o investimento no ensino, aproximando-se da média dos países mais desenvolvidos, mas ainda precisa fazer escolhas na hora de aplicar verbas públicas. E, nessa hora, é preciso apostar na qualidade do corpo docente.

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"Quando há poucos recursos, ou se investe em pequenas turmas ou em professores - e os resultados são melhores quando a opção é em investir no docente", disse Schleicher à reportagem.

O especialista faz questão de elogiar o esforço de sucessivos governos, mas reitera que, após massificar o acesso à escola, o desafio é aprimorá-la. "Dobrar a proporção de pessoas que atingiram o nível de educação fundamental é um número impressionante."

Desafios e avanços

Para o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, os resultados do Brasil no levantamento da OCDE refletem os avanços feitos na última década. "Somos o País que mais aumentou os investimentos na área, só que partimos de um patamar muito baixo por causa do déficit educacional histórico que temos. O desafio, agora, é continuarmos nesse ritmo", afirmou.

Para Mercadante, o aumento dos investimentos refletem os repasses do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) - verba da União que chega a Estados e municípios - e a programas como o Pró-Infância.

Quanto à queda de 2% no investimento per capita no ensino superior, dado revelado pela pesquisa da OCDE, o ministro afirma que é preciso levar em consideração o aumento do número de matriculados. "Não se pode ver apenas o valor por aluno. É preciso ver a promoção do acesso, que foi triplicado. Só nas universidades federais, partimos de 300 mil alunos para mais de 1 milhão de matriculados na última década."

O aumento dos gastos per capita nesse nível de ensino, explica, deve acontecer com o investimento integral dos royalties do petróleo, medida defendida pelo governo federal para que se chegue aos 10% do PIB investidos em Educação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

O presidente da França, Francois Hollande, apresentou, neste domingo, o esboço do mais duro esforço orçamentário das últimas seis décadas no país, com medidas de austeridade fiscal que incluem um controverso imposto para os ricos.

Em uma entrevista a uma TV francesa, Hollande disse que deu a si mesmo dois anos para mudar o rumo da economia da França e reconheceu a seriedade de tal tarefa. Ele disse que a perspectiva de crescimento do país teve clara deterioração e reduziu significativamente a previsão de crescimento para "pouco acima de zero" para este ano e "cerca de 0,8%" para 2013.

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O primeiro presidente socialista na França em 17 anos usou a televisão para tentar conter as críticas de que está se movendo muito lentamente para reparar os problemas do país e não está conseguindo ser decisivo. "Eu não vou fazer em quatro meses o que meus predecessores não fizeram em 5 ou 10 anos", disse Hollande. "Estou em situação de combate". E acrescentou que estava "acelerando as coisas".

Hollande afirmou que seu governo iria propor um Orçamento neste mês com cerca de 20 bilhões de euros em novos impostos e 10 bilhões de euros em cortes de gastos. O presidente francês confirmou que o Orçamento irá incluir uma tabela de imposto de 75% para pessoas com receita superior a 1 milhão de euros por ano, o que já criou temores de um eventual êxodo dos cidadãos mais ricos da França.

As medidas dolorosas são necessárias para cumprir as obrigações de redução do déficit orçamentário do país para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, ante 4,5% em 2012, e para dar garantias aos investidores, que têm sido mais lenientes com a França do que com outros países altamente endividados na zona do euro, como a Itália e a Espanha. As informações são da Dow Jones.

Projetos encaminhados pelos três poderes ao Orçamento de 2013, incluindo uma pequena parte de cargos que já foram criados mas ainda não preenchidos, preveem a contratação no ano que vem de 61.682 novos servidores públicos federais, o que dever gerar um impacto na folha de pessoal da União de R$ 5,1 bilhões. Na esteira das negociações feitas pelo governo que resultaram em aumentos salariais para o servidor federal, meia centena de projetos foi encaminhada ao Congresso por Executivo, Legislativo e Judiciário prevendo mais despesas com a criação no total de 63.075 cargos.

As últimas propostas com reajustes, reestruturação de carreiras e novas vagas foram entregues à Câmara no dia 31 de agosto, data final permitida pela legislação para a inclusão das despesas no Orçamento do ano seguinte, que ainda precisa ser aprovado. O pacote de projetos prevê que o restante dos novos cargos não preenchidos em 2013 sejam criados nos anos subsequentes.

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Ao gasto adicional previsto de R$ 5,1 bilhões no próximo ano, o governo terá de somar os R$ 9,2 bilhões a serem usados com o aumento de 5%, que incidirá sobre os salários base de setores do funcionalismo público federal, concedido depois de longa negociação com categorias em greve. A despesa com pessoal dos três poderes para 2013 será de R$ 225,9 bilhões, o equivalente a 4,54% do PIB.

Além disso, o Tesouro desembolsará mais R$ 8,5 bilhões, fruto do crescimento vegetativo da folha de pessoal, com a concessão obrigatória de benefícios aos servidores. O valor aponta para um crescimento de 11,19%, ou R$ 22,8 bilhões, na folha de pessoal da União em relação a este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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