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O vice-ministro das Finanças da Grécia, Christos Staikouras, disse que o país cumpriu a meta orçamentária para 2012 ao reduzir seu déficit para 12,9 bilhões de euros. "Os dados do governo central confirmam que o governo cumpriu suas metas financeiras para 2012", afirmou o vice-ministro. Em 2011, o déficit orçamentário do governo grego havia sido de 19,7 bilhões de euros.

Em 2012, o governo da Grécia teve um superávit primário de 434 milhões de euros, após um déficit primário de 3,5 bilhões de euros no ano anterior.

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"Os fatos positivos na implementação do Orçamento indicam que a consolidação fiscal, a adaptação e os esforços por maior disciplina estão valendo a pena, ao criar as condições necessárias para a estabilização e a retomada gradual da economia", disse Staikouras. As informações são da Dow Jones.

Os restos a pagar do Orçamento federal devem chegar à marca recorde de R$ 200 bilhões em 2013, segundo estimativa do portal Contas Abertas, especializado em contas públicas. Os restos a pagar são despesas de orçamentos anteriores, que não foram pagas, e que são roladas para a frente. Em 2002 e 2003, os restos a pagar estavam em torno de R$ 20 bilhões, o que significa que foram multiplicados por dez em uma década.

O aumento de 2012 para 2013 deve ser de R$ 58,9 bilhões, quase quatro vezes maior do que a média anual de aumento de restos a pagar de 2009 a 2012, que foi de R$ 15,3 bilhões. "Uma conta de R$ 200 bilhões pode ser chamada de tudo, menos de restos a pagar", critica o economista José Roberto Afonso, especialista em assuntos fiscais.

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Gil Castelo Branco, secretário-geral do Contas Abertas, diz que "os restos a pagar são um orçamento paralelo, tão ou mais relevante que o Orçamento oficial em algumas rubricas, como investimentos".

Ele nota que os restos a pagar de investimentos em 2013 (há diversos outros tipos de despesa também), estimados em R$ 73,5 bilhões, serão bem maiores que todo o investimento federal em 2012, de R$ 46,8 bilhões. Além disso, em 2012 foram feitos mais investimentos de restos a pagar (R$ 25,3 bilhões) do que os investimentos do próprio Orçamento do ano, de R$ 22 bilhões.

Quando se toma o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o mesmo padrão se repete. Foram pagos R$ 21,3 bilhões de investimentos de restos a pagar, e apenas R$ 18,2 bilhões do Orçamento de 2012.

O aumento de restos a pagar de investimentos em 2013 foi de R$ 16,2 bilhões, quase três vezes maior do que a média anual de aumento da mesma rubrica de 2009 a 2012, que foi de R$ 5,7 bilhões.

Dentro da estimativa do Contas Abertas de restos a pagar de investimento para 2013, o item principal é transporte rodoviário, com R$ 7,7 bilhões. O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, nota que os investimentos em transporte estão caindo desde 2010 como proporção do PIB. No valor acumulado até novembro, saiu-se 0,33% do PIB em 2010 para 0,29% em 2011 e 0,22% em 2012.

Para Velloso, o aumento dos restos a pagar nos últimos anos é uma combinação de "dificuldade financeira de acomodar gastos e cumprir a meta de superávit primário, inoperância dos ministérios e bagunça orçamentária". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Até o último dia 15, faltando duas semanas para encerrar o ano, R$ 5,7 bilhões em recursos reservados para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nem sequer haviam cumprido a primeira etapa do processo de gasto público, que é o empenho, correspondente a uma reserva do dinheiro do Orçamento para pagar um determinado contrato.

Significa que os ministérios têm a possibilidade de gastar esse dinheiro em obras e serviços do PAC, mas até o meio deste mês não haviam conseguido assinar contratos para concretizar as despesas. "É uma frustração do planejamento", disse o secretário do PAC, Maurício Muniz.

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Ele explicou, porém, que os últimos dias do ano são justamente os que mais concentram assinaturas de contratos e os consequentes empenhos dos recursos. Os técnicos chamam essa correria de fim de ano de "dezembrada", e não raro trabalham até meia-noite do dia 31 de dezembro. Tudo o que é empenhado pode ser gasto nos anos seguintes, como "restos a pagar".

A expectativa de Muniz é que até o encerramento do ano os valores empenhados alcancem mais de 90% dos R$ 47,4 bilhões em recursos públicos destinados ao PAC em 2012. Até o dia 15 de dezembro, os empenhos somavam R$ 41,7 bilhões, 88% do total.

Ele reconhece que nem tudo o que está no Orçamento é empenhado. Há contratos que não são assinados porque são alvo de disputa judicial - ou porque o projeto não recebeu licenciamento ambiental, ou porque sua evolução não correspondeu ao que o ministro da pasta planejou quando enviou sua proposta de Orçamento para 2012.

Levantamento feito pelo Estado no portal Siga Brasil, do Senado, mostra que a maioria dos 479 projetos do PAC feitos com verba orçamentária já havia comprometido ao menos parte de sua dotação orçamentária. Mas um conjunto de 115 registrava empenho zero no dia 7 de dezembro. Era o caso, por exemplo, dos R$ 50,2 milhões reservados para integrar o capital da União na estatal do trem de alta velocidade (Etav). O trem-bala, uma das prioridades da presidente Dilma Rousseff, ainda está em fase de estudos. O edital da licitação está prometido para meados do ano que vem, após sucessivos adiamentos.

Também estavam nessa situação obras de contenção do avanço do mar na região metropolitana de Recife (PE), a construção das barragens de Congonhas (MG) e Oiticica (RN), a cargo do Ministério da Integração Regional. No mesmo estágio estavam, por exemplo, a melhoria do transporte coletivo em Campo Grande (MS) e Recife, a cargo do Ministério das Cidades.

De tudo o que foi empenhado em 2012, apenas R$ 8,6 bilhões correspondem a obras e serviços concluídos este ano e, portanto, o dinheiro foi pago ao fornecedor. Esse volume deverá aumentar até o encerramento do ano, mas perto de R$ 30 bilhões só serão pagos em 2013 ou nos anos seguintes, compondo os chamados "restos a pagar".

Lentidão

Muniz aponta quatro razões para a já conhecida lentidão do PAC. A primeira são falhas em projetos, algo que o governo vem contornando com a experiência. Depois de décadas sem investir, a máquina pública precisou reaprender a fazer projetos. Ainda assim, há lentidão e uma aposta para driblar ao menos em parte esse problema é o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) Integrado, que transfere para as empreiteiras a elaboração dos projetos.

Outra dificuldade do PAC é a demora no processo de contratação pública. O investimento também enfrenta dificuldades na obtenção de licenças ambientais.

O conjunto de obras de cunho social do PAC sofre com a falta de estrutura de governos estaduais e municipais para elaborar e implementar projetos. Em muitos casos, a União até oferece os projetos. Mas o ritmo é mais lento, admite Muniz. "A pior fase já passou, pois passamos por um aprendizado", garante a diretora do Departamento de Infraestrutura Social e Urbana, Maria Fernandes Caldas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O relator-geral do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou, em conversa com jornalistas na tarde desta quarta-feira (26), que a votação da proposta orçamentária de 2013 ficará para fevereiro do ano que vem. "Nós tínhamos base tanto jurídica quanto política para votar o orçamento agora na Comissão Representativa, mas entendemos que era mais importante construir um acordo amplo, inclusive com a oposição, e vamos, portanto, votar o orçamento em 5 de fevereiro", disse Jucá, referindo-se à comissão composta por oito senadores e 17 deputados que representa o Congresso no período do recesso parlamentar.

O impasse quanto à votação da peça orçamentária começou após uma decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, de que os mais de 3 mil vetos não apreciados trancavam todas as votações do Congresso. Em meio à discussão sobre a tentativa de derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff dos royalties do petróleo, inicialmente, os parlamentares desistiram de votar o orçamento.

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Posteriormente, Luiz Fux explicou aos congressistas que vetos só trancavam os próprios vetos, o que, na prática, abria espaço para votação do orçamento. Contudo, os parlamentares preferiram deixar a apreciação da matéria pelo plenário na volta do recesso. Os congressistas não quiseram abrir um precedente para que futuras peças orçamentárias fossem apreciadas apenas pela comissão representativa.

Segundo Romero Jucá, há um entendimento com a oposição e um esforço do Legislativo para votar "rapidamente" a proposta. Para ele, com a eventual não aprovação da matéria, a preocupação era de se ter uma "paralisia" de "três ou quatro meses até a retomada dos investimentos tanto do Executivo quanto dos órgãos estatais". O relator do orçamento disse que o governo federal indicará de onde vai haver suplementação de recursos para arcar com o aumento do salário mínimo a partir do dia 1º de janeiro, de R$ 678 mensais. Isso deve ser realizado via decreto.

Na entrevista, Romero Jucá admitiu que o Palácio do Planalto discute a edição de uma medida provisória para substituir os projetos de lei de suplementação de recursos e de crédito especial que estão pendentes de aprovação na Comissão de Orçamento e que, posteriormente, iriam para o plenário do Congresso. Pelas contas dele, são 14 ou 15 projetos de lei com o mesmo propósito. "A medida provisória é voltada para suprir esses projetos de lei e que, em tese, como não foram votados, estariam fora do orçamento", disse ele, ao declarar que a MP deve sair amanhã.

Aumentos

Romero Jucá afirmou ainda que os aumentos para algumas categorias do funcionalismo público federal serão concedidos com a aprovação do orçamento e não por medida provisória. O relator disse que será necessário fazer alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para garantir o reajuste para a Receita Federal, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Banco Central.

A imensa maioria dos servidores públicos, entretanto, será contemplada já no início do próximo mês com o reajuste de 5% nos contracheques - até 2015 há outros dois aumentos anuais programados.

O relator-geral disse que conversou com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os líderes do governo na Câmara e no Senado, respectivamente, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Braga (PMDB-AM), para construir todo o entendimento. Ele disse que não vai "esticar a corda", por isso a decisão de marcar a votação para fevereiro. "Isso foi um trabalho coletivo. Essa não é uma decisão minha, é de todos os líderes", exaltou.

As mesas diretoras do Senado e da Câmara decidiram suspender todas as votações de temas que exigem decisão conjunta das duas Casas até o ano que vem. A decisão foi tomada após reunião no gabinete do presidente do Congresso e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Isso significa que, sem sessão conjunta do Congresso, ficam pendentes os seguintes temas: Orçamento da União, créditos suplementares e os mais de 3 mil vetos presidenciais, inclusive o veto parcial de Dilma Rousseff ao projeto sobre distribuição dos royalties do petróleo.

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O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) disse que está convocada uma sessão conjunta do Congresso para o dia 5 de fevereiro. A suspensão decidida nesta quarta-feira (19) atinge somente assuntos que exigem decisões conjuntas. Separadamente, as votações do Senado e as votações da Câmara não são afetadas e seguem de forma normal.

Um pequeno grupo de aposentados e pensionistas é responsável por um rombo nas contas públicas duas vezes maior do que o provocado por mais de 28 milhões de aposentados pelo INSS. O regime de previdência dos servidores federais, que atende 953,5 mil aposentados, vai fechar o ano com um déficit superior a R$ 62 bilhões. Já o regime geral deve registrar resultado negativo de R$ 35 bilhões.

Os dados apontam, segundo técnicos do governo federal, para um cenário que tende a piorar, pelo menos, pela próxima década. Até 2025, o déficit produzido pelo funcionalismo federal aposentado continuará crescendo exponencialmente, num ritmo muito superior ao registrado pelo regime geral.

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"O buraco vai começar a fechar em 15 anos, e estará zerado entre 2045 e 2050", afirmou Ricardo Pena, eleito na quinta-feira como diretor-presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), vinculado ao Ministério do Planejamento. "Do ponto de vista fiscal, a Funpresp é um ganho importante para as contas públicas, ainda que diluído no tempo", disse Pena ao Estado. Aprovada no início do ano no Congresso Nacional, a Fundação entrará em vigor em fevereiro de 2013.

Reforma

A reforma do regime de previdência dos servidores começou em 1996, na primeira metade do governo Fernando Henrique Cardoso, avançou no início da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, quando os servidores deixaram de receber seu salário integral como benefício previdenciário, e terminou neste ano, com a criação da Funpresp.

"Nove dos dez maiores fundos de pensão do mundo são de servidores", disse Pena, que comandará até o início de 2015 a Funpresp dos servidores do Executivo, do Legislativo e do Ministério Público. Pela lei 12.618, sancionada por Dilma em abril deste ano, o Poder Judiciário têm até junho de 2013 para criar a sua Fundação.

Gigante

Os dois fundos, somados, constituirão em dez anos o maior fundo de pensão da América Latina, com cerca de 400 mil cotistas. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil que detém esse posto atualmente, conta com cerca de cem mil cotistas.

De acordo com Pena, a Funpresp iguala o servidor, do ponto de vista previdenciário, aos demais trabalhadores brasileiros. O servidor que ingressar na União a partir do ano que vem terá sua aposentadoria limitada pelo teto do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), hoje em R$ 3.916,00.

Caso deseje receber mais ao se aposentar, o servidor, tal qual os demais trabalhadores do País, deverá contribuir para seu fundo de pensão, a Funpresp, com a parcela do salário que superar o teto do INSS. O Tesouro Nacional vai contribuir em igual proporção em até 8,5%.

Caixa

Dos 37 mil funcionários públicos que o governo federal deve contratar em 2013, Pena estima que 25 mil ingressem no fundo de pensão da União. Além disso, ele afirma que cerca de 5% do total de servidores hoje na ativa devem migrar do regime atual para o novo, isto é, vão se tornar cotistas da Funpresp. Ao todo, Pena avalia que a fundação deve terminar 2013 com R$ 300 milhões em caixa.

"Estamos construindo um importante braço para investimentos no Brasil, que pode auxiliar em grandes empreendimentos de infraestrutura, títulos públicos, debêntures privadas", afirmou o executivo, para quem os rendimentos da Funpresp devem render ao servidor um benefício previdenciário superior ao obtido hoje.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O governo publicou nesta sexta-feira (14) no Diário Oficial da União (DOU) decretos que autorizam crédito suplementar para os Ministérios dos Transportes e da Saúde.Os recursos decorrem da anulação de dotações orçamentárias. Para os Transportes foram autorizados R$ 848,7 milhões para construção e manutenção de trechos rodoviários e para a Saúde, R$ 999,7 milhões para atender uma série de programas.

Em outro decreto, o governo está aprovando crédito suplementar para as Companhias Docas do Ceará, Espírito Santo, Bahia, Pará e Rio Grande do Norte, no valor total de R$ 63,7 milhões. Os recursos são oriundos de repasses do Tesouro Nacional para aumento do patrimônio líquido.

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O governo autorizou crédito suplementar de R$ 3,3 bilhões ao orçamento de investimento das empresas estatais. O dinheiro, segundo decreto publicado nesta sexta-feira (14) no Diário Oficial da União (DOU), é resultado de geração própria, operações de crédito internas e do cancelamento de parte de dotações aprovadas para outros projetos. Boa parte desses investimentos será para as áreas de petróleo e gás.

O déficit orçamentário dos Estados Unidos aumentou nos dois primeiros meses do ano fiscal apesar do aumento das receitas e de uma mudança no cronograma de alguns desembolsos do governo, informou hoje o Departamento do Tesouro.

Os últimos números do Orçamento ressaltam o desequilíbrio entre receita e despesas à medida que os EUA se aproximam de chamado abismo fiscal, uma combinação de aumentos de impostos e cortes de gastos com vigência prevista para 2 de janeiro do próximo ano a menos que a Casa Branca e o Congresso cheguem a um acordo para evitá-lo.

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Em novembro, o déficit orçamentário federal totalizou US$ 172,11 bilhões, um aumento de 25% em relação ao déficit de US$ 137,30 bilhões registrado no mesmo período do ano passado, conforme dados do relatório mensal divulgado hoje pelo Tesouro. Economistas pesquisados pela Dow Jones previam um déficit orçamentário de US$ 118 bilhões.

No acumulado do ano fiscal, que vai de 1º de outubro até 30 de setembro, o déficit orçamentário do governo americano aumentou 24%, passando de US$ 235,77 bilhões para US$ 292,11 bilhões na comparação com o mesmo período do ano passado.

As receitas cresceram 10%, para US$ 346,05 bilhões, impulsionadas pela receita mais elevada com a arrecadação de impostos de pessoas físicas e com os pagamentos do Federal Reserve.

As despesas, por sua vez, cresceram 16%, para US$ 638,15 bilhões de US$ 551,24 no ano anterior.

O Departamento do Tesouro disse que o aumento nos gastos reflete, em parte, uma mudança na data de pagamento de alguns benefícios sociais e para os veteranos, que normalmente ocorreria em dezembro e que foram transferidos para novembro por causa da primeira queda em um mês em um fim de semana.

Os dados ajustados às mudanças mostram um déficit de US$ 269 bilhões para os primeiros dois meses do ano, apenas 1% mais elevado do que os US$ 266 bilhões durante o mesmo período do ano anterior, afirmou o Tesouro.

No ano fiscal que terminou em 30 de setembro, o déficit orçamentário atingiu US$ 1 trilhão pelo quarto ano seguido, enquanto a dívida pública ultrapassou US$ 16 trilhões. A Casa Branca está prevendo déficit fiscal de US$ 990,56 bilhão para o ano fiscal de 2013. As informações são da Dow Jones.

O ministro das Finanças mexicano, Luis Videgaray, projetou que a economia do país vai crescer 3,5% em 2013, pouco abaixo do aumento de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado para 2012. Já a inflação deve ficar em 3% em 2013. Videgaray atribuiu o menor crescimento principalmente à desaceleração esperada para a economia dos Estados Unidos, importante parceiro comercial do México. Ele apresentou as projeções ao entregar ao Congresso mexicano, na sexta-feira (7), um plano de orçamento equilibrado para o próximo ano. Os parlamentares deverão votar a proposta até o fim de 2012.

"Este será um orçamento sem déficit. A dívida não será o motor do crescimento em 2013", assinalou Videgaray. A despesa total, excluindo o investimento na Petroleos Mexicanos (Pemex), deve alcançar 3,576 trilhões de pesos (US$ 278 bilhões) no próximo ano, um aumento real de 2,3% ante 2012.

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Conforme a proposta, a necessidade de financiamento do setor público deverá equivaler a 2,4% do PIB no próximo ano, em comparação aos 2,8% de 2012. A expectativa para o porcentual dívida/PIB é de 37% no final de 2013, ante 37,5% em 2012.

O projeto prevê o preço do barril de petróleo em US$ 84,90 em 2013. Também estima a produção mexicana em 2,55 milhões de barris por dia no ano que vem. O petróleo representa cerca de 30% da receita do governo federal.

Videgaray disse ainda que o orçamento inclui mais gastos sociais, uma das promessas de campanha de Enrique Pena Nieto, que assumiu a presidência há uma semana. Ele prometeu aumentar pensões de idosos e gastar mais com infraestrutura.

Ao entregar a proposta na Câmara, o ministro destacou que o projeto não inclui novos impostos para 2013, porque o governo enviará uma proposta de ampla reformulação do sistema fiscal mexicano ao Congresso no próximo ano. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Para aprovar a proposta orçamentária de 2013 antes do recesso parlamentar, o governo se comprometeu a liberar R$ 3,4 bilhões em emendas de parlamentares nos próximos dez dias. Pelo acordo fechado com a oposição, cada um dos cerca de 100 deputados e senadores do DEM, do PSDB e do PPS vai ter empenhada R$ 5 milhões de suas emendas ao Orçamento deste ano até o dia 20 de dezembro, data prevista para a votação no plenário do Congresso da proposta orçamentária para o ano que vem. Para os quase 500 parlamentares da base aliada, o Palácio do Planalto vai empenhar R$ 6 milhões em emendas orçamentárias.

"O acordo é esse: se o governo empenhar tudo, os R$ 5 milhões de cada parlamentar, até o dia 20, nós votamos o Orçamento de 2013. Se o governo descumprir o acordo, não temos nenhum compromisso de votar a proposta no plenário do Congresso", afirmou nesta sexta-feira (7) o deputado Felipe Maia (DEM-RN), um dos responsáveis pelo acordo fechado entre o governo e a oposição. "Espero que o governo cumpra o acordo. Mas confesso que tenho dúvidas", emendou. O ceticismo de Maia tem motivos: o governo fez a mesma promessa de liberação de recursos de emendas de parlamentares no meio do ano para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas acabou não cumprindo o acordo.

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O acordo para o empenho de emendas parlamentares foi fechado com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, Paulo Pimenta (PT-RS), e os representantes dos partidos de oposição ao longo desta semana. "Acho que esse entendimento é fruto de uma relação de confiança que se estabeleceu na Comissão durante todo este ano", disse Pimenta. "É legitimo os parlamentares cobrarem o empenho das emendas", observou o relator do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Ao fechar acordo com a oposição para aprovar o Orçamento do ano que vem, o governo tenta evitar que os deputados e senadores do DEM, do PSDB e do PPS impeçam a votação da proposta orçamentária. Como a maioria dos deputados e dos senadores apenas registra a presença nas sessões do Congresso, abandonando o plenário, um único parlamentar da oposição pode obstruir a votação pedindo verificação de quorum. Ou seja, na prática, a sessão cai, inviabilizando a aprovação do Orçamento.

Pelo cronograma traçado, a proposta orçamentária de 2013 será votada na Comissão Mista de Orçamento na semana que vem. Segundo Jucá, a ideia é votar os dez relatórios setoriais na próxima semana na Comissão Mista. O projeto final deverá ser votado no dia 19 ou 20, depois que forem definidas as emendas das bancadas estaduais à proposta Orçamentária. "O ideal é votar o relatório final numa quarta-feira", afirmou Jucá.

Os R$ 5 milhões que o governo prometeu empenhar em emendas de parlamentares de oposição representam apenas um terço do que os deputados e senadores tiveram direito de apresentar à proposta Orçamentária de 2012. Inicialmente, o governo havia oferecido a liberação de R$ 4 milhões em emendas, mas a proposta foi rechaçada pela oposição. Os municípios tinham até esta sexta para cadastrar os projetos que serão beneficiados com os recursos das emendas de parlamentares. Na proposta orçamentária de 2013, cada um dos 513 deputados e 81 senadores terá direito a apresentar R$ 15 milhões em emendas individuais. Por sugestão do relator Jucá, parte desses recursos - R$ 2 milhões - será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Após registro de voto fantasma durante a aprovação do Orçamento, anteontem, o uso do painel eletrônico da Câmara Municipal de São Paulo foi suspenso por tempo indeterminado. Tanto a marcação da presença nas sessões plenárias como a votação de cada vereador devem ser feitas em voz alta, no microfone. A medida foi tomada para assegurar a lisura dos trabalhos enquanto a suposta falha não é explicada pela equipe técnica.

A mudança na forma como os trabalhos são conduzidos em plenário é a segunda realizada neste ano. Em agosto, depois de uma série de reportagens do Estado revelar que funcionários marcavam nomes de parlamentares ausentes no painel, o uso de senhas pessoais foi proibido. Apenas a leitura digital passou a ser aceita, a fim de evitar irregularidades. Agora, o procedimento também foi colocado em dúvida.

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O presidente da Casa, José Police Neto (PSD), informou na quinta-feira (06) que solicitou parecer da empresa Visual Sistemas Eletrônicos, responsável pelo painel. Ele quer saber o motivo da falha e receber garantias de que não vai se repetir. Só depois de analisá-lo, o vereador deve decidir pela volta do painel.

Pivô da polêmica

Fernando Estima (PSD) - que teve um voto contrário à aprovação do Orçamento registrado mesmo sem estar na Casa - se mostrou surpreso na quinta-feira (06). "Levei um susto. Eu realmente não estava. E, claro, não sou contra a proposta orçamentária", disse. A alteração provocou atraso na rotina das votações. Na sessão extraordinária de quinta-feira (06) foram aprovados 14 projetos. A expectativa era bem maior. Quando abriu os trabalhos, Police Neto mencionou disposição para aprovar ao menos um projeto de cada parlamentar.

A lentidão gerou reclamações. "Infelizmente é assim que vai ter de ser, porque o painel, do jeito que está, não dá pra confiar", afirmou Milton Leite (DEM). Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, foi o democrata que notou o voto fantasma de Estima no painel.

Sem o sistema eletrônico, os vereadores são chamados pelo nome e convidados a se posicionar sobre os projetos colocados em votação. A ordem é alfabética e a contagem, manual. Além de lento, o processo é repetitivo. Para aprovar as propostas na quinta-feira (06), o vereador Claudio Fonseca (PPS), que exercia a função de primeiro-secretário, questionou os colegas 756 vezes - ou seja, chamou um por um os 54 colegas para votar em cada um dos 14 projetos na pauta. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O registro de um voto fantasma no painel eletrônico da Câmara Municipal de São Paulo suspendeu na quarta-feira (05) a votação do Orçamento da capital para 2013. Por volta das 17h30, durante sessão extraordinária, a posição do vereador Fernando Estima (PSD) foi computada sem que ele estivesse no plenário - o sistema mostrava que o parlamentar tinha votado contra o projeto, o que não era esperado. Colegas apontaram a irregularidade e o processo foi paralisado. A Casa trata o caso como uma falha técnica e diz que vai investigar.

Mesmo com a confusão, a proposta foi aprovada ainda na quarta-feira (05), em primeira votação. Os vereadores tiveram de se manifestar novamente. Mas, no lugar de marcar os votos eletronicamente, cada um dos 42 presentes precisou se dirigir ao microfone do plenário e declarar em voz alta se aprovava ou não o projeto enviado à Casa pela gestão Gilberto Kassab (PSD). Esse sistema ainda pode ser utilizado nesta quinta-feira, caso o problema não seja solucionado.

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Na votação eletrônica, o placar indicado no painel era de 41 votos a favor da proposta e 2 contra. Um dos "nãos" era do vereador Aurélio Miguel (PR), que já havia se posicionado contra o projeto. O segundo era de Estima, que, como representante da base aliada do prefeito Kassab, dificilmente votaria contra. Foi essa contradição que levantou a suspeita dos demais parlamentares.

"Quando vi o resultado, olhei para onde o Estima costuma ficar e vi que ele não estava lá. Então, disseram que ele não estava na sessão e percebemos que algo estava errado", comentou o vereador Milton Leite (DEM), primeiro a questionar, aos gritos, a suspeita de fraude.

Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, Leite declarou mais tarde acreditar que o problema ocorreu por um problema técnico. "Não houve maldade. Os funcionários da Casa disseram que a máquina (que registra as votações) estava com falhas há algum tempo", alegou. "Tanto que, quando fizemos a votação nominal pelo microfone, o resultado foi o mesmo, com exceção do voto do Estima."

A posição do líder do DEM, porém, foi questionada por colegas. Para Carlos Apolinário (PMDB), a Câmara deve abrir uma sindicância interna para apurar o que ocorreu. "Isso pode colocar em dúvida o trabalho realizado aqui nesta Casa. É preciso saber quem apertou o botão no lugar do outro", reclamou.

O presidente da Casa, José Police Neto (PSD), argumentou que a votação feita diretamente no microfone impede qualquer possibilidade de fraude. Ele não quis comentar a suposta falha nem definiu por quanto tempo o painel eletrônico ficará fora de uso.

Falta

Fernando Estima não foi localizado na Câmara na quarta-feira (05). Funcionários de seu gabinete apenas confirmaram que ele não apareceu na Casa nem participou da sessão que colocou em votação a proposta orçamentária.

Para que o Orçamento da futura gestão Fernando Haddad (PT) seja conhecido, será preciso uma nova votação, que ainda não foi marcada, mas deve ocorrer na semana que vem. A proposta é de R$ 42 bilhões - 8% mais do que o previsto para este ano.

Nessa fase da discussão, a bancada de 11 vereadores do PT na Casa não propôs emendas, mas defendeu uma margem de remanejamento de 15%. As mudanças para contemplar as promessas feitas pelo futuro governo devem ser negociadas a partir de hoje e contempladas em texto a ser aprovado em segunda votação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os legisladores portugueses deram sua aprovação final, nesta terça-feira, ao impopular pacote de aumentos de impostos e cortes nos gastos para o orçamento de 2013, mas o planejamento ainda enfrenta desafios legais que podem forçar o governo a voltar atrás.

O orçamento inclui 4,3 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) em aumento de impostos e receitas, além de 1 bilhão de euros em cortes adicionais nos gastos, em comparação com o orçamento de 2012.

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Ambos os partidos da coalizão do governo votaram a favor do planejamento, mas todos os partidos da oposição, incluindo os socialistas, votaram contra. O governo quer colocar o novo orçamento em prática na esperança de que o ajude a atingir as metas de déficit orçamentário combinadas com a troica (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu), credores da ajuda financeira de 78 bilhões de euros fornecida a Portugal.

"Estamos enfrentando um aumento de impostos de 30% no ano que vem", disse o líder socialista Antonio José Seguro. "Esse nível é insuportável para muitos portugueses."

Em frente ao Parlamento, centenas de pessoas protestaram contra o projeto. Líderes dos sindicatos afirmam que isso pode "matar" o consumo doméstico, aumentar ainda mais o desemprego e piorar a recessão. Portugal, com população de quase 11 milhões de pessoas, já é a nação mais pobre da Europa ocidental.

A alegria do governo com a aprovação, no entanto, pode ser temporária. O presidente Aníbal Cavaco Silva deve pedir à Corte Constitucional portuguesa que valide o planejamento orçamentário, após a Associação Nacional de Juízes levantar questões jurídicas sobre o assunto.

"A carga de impostos imposta aos cidadãos que trabalham para o governo, comparada à imposta aos trabalhadores de outros setores, continua desproporcional", disse o líder da associação, José Mouraz Lopes. As informações são da Dow Jones.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o parecer preliminar do Orçamento de 2013, atendendo ao desejo do governo de manter em 5% a proposta de reajuste para os servidores do Poder Judiciário no próximo ano. Com a votação, abre-se o prazo de emendas, que se encerrará no dia 29 de novembro. A aprovação foi por acordo, mas a oposição informou que pretende obstruir as votações caso o ritmo na liberação de emendas parlamentares não avance nas próximas duas semanas.

A votação ocorreu sem grandes sobressaltos. O presidente da comissão, Paulo Pimenta (PT-RS), foi quem costurou o acordo com a oposição. Para votar o relatório preliminar do senador Romero Jucá (PMDB-RR), ele acertou de encaminhar direto para o plenário do Congresso Nacional os mais de 50 projetos que abrem créditos bilionários ainda no Orçamento de 2012. Desta forma, a oposição ganha mais força para pressionar o governo.

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O vice-líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que foi liberado menos de 15% dos R$ 5 milhões por parlamentar prometido em julho pelo governo. "Caso o acordo não seja cumprido, não serão votados nem os relatórios setoriais nem o relatório final do Orçamento", disse Caiado.

O presidente da comissão afirmou que o acordo foi construído porque o poder maior de obstrução é no plenário, onde um parlamentar solitariamente pode pedir verificação de quórum e, possivelmente, derrubar uma sessão. "É imprescindível a construção de um entendimento pela necessidade que o governo tem de fazer a votação no Congresso", disse Pimenta. O petista afirmou que a liberação de emendas deve ser acelerada com a apresentação de projetos pelas prefeituras contempladas.

Jucá, por sua vez, fez reiteradas observações que não há espaço para grandes ampliações de despesas no Orçamento de 2013. "O aumento nominal é de apenas 1,2%, então nós temos, na prática, menos recursos e teremos de fazer um esforço de compatibilizar as demandas com o cumprimento da responsabilidade fiscal e manter o controle de gastos", afirmou.

Em seu parecer preliminar, ele manteve a proposta de reajuste de 5% para todo o funcionalismo público e rejeitou ainda emendas que buscavam dar um aumento acima da inflação para aposentados e pensionistas que recebem acima de um salário mínimo. Ele afirmou que novas despesas só poderão ser incluídas com um aval do Executivo. Foi mantida a previsão de crescimento em 4,5% para o ano de 2013 e em R$ 670,95 o valor do salário mínimo para o próximo ano.

O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, apelou nesta terça-feira aos líderes do bloco que cheguem a um acordo sobre o orçamento da União Europeia (UE) para os próximos sete anos na reunião de cúpula desta semana, marcada para os dias 22 e 23 de novembro.

"Não pode haver nenhum equívoco: a ausência de um acordo seria prejudicial para todos nós. Essa é a razão pela qual tenho argumentado para que nossa reunião possa ser prolongada, se necessário", alertou Van Rompuy em carta aos líderes de governos que estarão reunidos em Bruxelas no fim desta semana.

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No centro do debate sobre o orçamento da UE, segundo Van Rompuy, está a necessidade de o bloco encontrar recursos para seu funcionamento ao mesmo tempo em que leva em conta as restrições fiscais em meio à crise de dívida em curso na região. As informações são da Dow Jones.

O relator-geral da proposta orçamentária de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR), fez nesta segunda-feira um apelo para que as lideranças partidárias da Câmara e do Senado cheguem a um acordo para a votação do seu parecer na terça-feira, na reunião da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Em discurso no plenário do Senado esta tarde, o senador peemedebista disse que seu relatório preliminar está pronto "há mais duas semanas", mas a falta de entendimento entre base e oposição tem impedido que a matéria seja apreciada.

Romero Jucá afirmou que o Legislativo está atrasado na votação do texto. O relator do Orçamento destacou que, caso a proposta seja aprovada na comissão, deputados e senadores terão 10 dias de prazo para apresentar emendas parlamentares individuais, coletivas e de comissão. Depois dessa etapa, segundo ele, os relatores setoriais das 10 áreas temáticas do Orçamento avaliam o projeto enviado pelo Executivo e as emendas apresentadas, e cada um elabora um parecer do respectivo setor.

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Em seguida, cada relatório setorial é aprovado separadamente e, após essa fase, o relator-geral consolida as propostas em um texto geral, que vai à votação, primeiro, na Comissão Mista de Orçamento e, depois, no plenário do Congresso Nacional. Só após cumprir todo esse rito é que o projeto segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff, transformando-se na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2013.

"Portanto, nós estamos com um prazo extremamente exíguo, e é fundamental que, amanhã, nós possamos votar esse relatório preliminar, iniciando esse procedimento", afirmou Romero Jucá, ao pedir que, mesmo que não se construa um acordo político, que os parlamentares compareçam à comissão para tentar discutir e votar o texto.

Com o petista Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, o orçamento municipal terá um bônus de cerca de R$ 1 bilhão em 2013. O recurso extra será previsto em novos repasses e convênios que devem ser celebrados com o governo federal, segundo calcula a equipe de transição. A previsão é de que a verba da União para a capital mais que dobre em relação a 2012. Quatro áreas essenciais serão contempladas: Saúde, Educação, Transportes e Habitação.

Apenas a assinatura de um convênio para construção de 172 creches na capital, por exemplo, deve assegurar repasse aproximado de R$ 250 milhões do Ministério da Educação. Haddad também já costura com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ajuda para a construção de três hospitais na periferia, uma das metas da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) herdadas pelo petista.

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Dados atuais da execução orçamentária mostram que a média de transferências federais dos últimos quatro anos está na casa de R$ 1,4 bilhão. Com a mudança de governo e os contratos já assinados pela gestão Gilberto Kassab (PSD), a expectativa é de arrecadar R$ 4,1 bilhões já no ano que vem. A arrecadação extra vai fazer o valor passar de R$ 5 bilhões e alcançar marca recorde no ano que vem.

A transferência de recursos e os novos convênios vão ajudar o prefeito eleito a tirar do papel, já em seu primeiro ano de governo, algumas de suas principais promessas. Na lista, estão a inauguração de pelo menos cinco Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

Na área da Saúde, há a expectativa ainda de que a criação da rede Hora Certa conte com verba federal. As 31 novas unidades prometidas por Haddad para realização de consultas, exames e pequenas cirurgias vão custar no mínimo R$ 150 milhões. "Já falei com o ministro e ele tem todo o interesse em investir no Hora Certa, que pode virar um modelo para ser expandido para outros municípios", disse Haddad.

Moradias

A demanda por convênios com o governo Dilma Rousseff (PT) prevê também viabilizar o compromisso de aumentar o ritmo de construção de moradias populares na cidade. Na semana passada, Haddad já iniciou a negociação com o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro (PP). A intenção é obter aval para fazer 55 mil habitações dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.

Uma segunda conversa com Ribeiro está marcada para dezembro, antes mesmo do início da administração petista. Na pauta, outra marca que Haddad pretende realizar: o Arco do Futuro. O nome refere-se a um plano de mobilidade que visa a descentralizar a oferta de empregos, evitando longos deslocamentos e aumentando a qualidade de vida da população. Ele é composto de 17 medidas prioritárias, como obras de mobilidade urbana e pacote de isenções fiscais a empresários interessados em investir na periferia.

Durante a campanha eleitoral, Haddad chegou a afirmar que o projeto vai demandar investimentos da ordem de R$ 20 bilhões. Valor que só poderá ser alcançado com apoio não apenas federal, mas também estadual. Hoje, o orçamento municipal chega a R$ 38 bilhões, com previsão de crescimento em 2013 para R$ 42 bilhões.

Na área de Transportes, a implementação do bilhete único mensal é o principal objetivo, mas não o único. A construção de corredores de ônibus mais modernos e os investimentos em Metrô também estão entre as demandas consideradas urgentes pelo novo governo.

Haddad firmou compromisso de buscar verbas para quatro linhas novas da companhia e para os corredores, além de tentar um convênio para construir uma ligação subterrânea entre as Estações Barra Funda e Brás da CPTM.

 

A dois dias de deixar o cargo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Augusto Ayres Britto, reuniu-se nesta quarta-feira com seu sucessor no cargo e relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, líderes de partidos aliados do governo na Câmara e no Senado e presidentes dos tribunais superiores em um café da manhã. A conversa, de acordo com os participantes, teria ficado restrita ao pedido de aprovação, no Congresso, do reajuste nos salários do Judiciário. Estavam presentes o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer; do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, e um representante do Superior Tribunal Militar (STM).

Coube ao relator da proposta do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR) reiterar a posição do governo de não favorecer categorias de nenhum Poder. "Vamos analisar a proposta do ponto de vista do Orçamento e da política de pessoal como um todo", informou o senador, presente ao encontro. O Judiciário pede reajuste de 54% para os servidores e de 28% para os magistrados. Jucá tem afirmado que as finanças do País no ano que vem "estão apertadas" e que o reajuste dos servidores públicos ficará restrito aos 5% prometidos pelo governo.

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O déficit orçamentário da Grécia caiu 42% nos primeiros 10 meses deste ano, para 13,2 bilhões de euros, de 21,1 bilhões de euros em igual período do ano passado, ajudado por um leve aumento da receita apesar da forte recessão no país, afirmou o vice-ministro das Finanças grego, Christos Staikouras. A receita subiu 1,4% de janeiro a outubro de 2012.

"O cenário é encorajador. Expectativas razoáveis estão sendo criadas pelo resultado melhor. Nós estamos chegando mais perto de alcançar uma meta nacional: registrar um superávit primário em 2013", afirmou Staikouras em um comunicado.

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A Grécia está buscando um superávit orçamentário de 0,4% anual no próximo ano, seu primeiro em uma década, de acordo com um esboço do orçamento de 2013 que está sendo atualmente debatido no Parlamento. A meta de orçamento primário do ano que vem, no entanto, foi recentemente revisada para baixo pelo governo grego de um superávit de 1,1%, em razão dos efeitos das medidas de austeridade sobre a economia grega. A economia anual do país deverá cair 4,5% em 2013, o sexto ano de recessão, após uma queda de 6,5% neste ano.

O esboço do orçamento de 2013 deverá ser aprovado com facilidade pelos três partidos da coalizão governista em votação no Parlamento neste domingo.

O vice-ministro afirmou também que o déficit do orçamento primário nos 10 meses de 2012 foi cortado em 80%, para 1,2 bilhão de euros, de 5,9 bilhões de euros em igual período do ano passado. O gasto primário também foi reduzido em 8,5%. As informações são da Dow Jones.

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