Quando se trata da história dos videogames, é impossível não mencionar o personagem Pac-Man, ou come-come (apelido popular que o mascote recebeu no Brasil). O primeiro título foi lançado no formato arcade nos anos 1980 pela Namco e é considerado, por muitos críticos, como o primeiro sucesso comercial da indústria dos games.
Em 1999, o primeiro Playstation recebia o game “Pac-Man World”, que homenageava os 20 anos do personagem, mas em uma aventura renovada para o gênero de plataforma, totalmente em 3D. Recentemente, a Bandai Namco lançou um remake desse jogo para as plataformas modernas, intitulado “Pac-Man World Re-Pac”, que além de renovar os gráficos, também trouxe novas cinemáticas que contextualizam a história.
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Neste game, Pac-Man precisa resgatar toda a sua família que foi sequestrada pelo misterioso vilão Toc-Man. Não há profundidade no enredo, ele funciona apenas para justificar a jornada, um conceito que era bastante comum em títulos da época. Mas isso desqualifica o jogo, já que é nos demais elementos que ele brilha.
Em “Pac-Man World Re-Pac”, o jogador assume o controle do personagem amarelo, que pode pular; quicar e rolar no chão como uma bola; planar no ar por alguns segundos; e atirar bolinhas coletáveis nos inimigos. Além disso, assim como no clássico de 1980, haverá momentos em que será preciso controlar o mascote em labirintos, para que ele consuma todas as pastilhas do local, ao mesmo tempo que foge de pequenos fantasminhas.
De maneira geral, o título possui uma dificuldade amigável, o que o torna acessível para diversos perfis de jogadores. Aqueles que buscam por um desafio mais elevado, podem optar por fazer os 100% do game, que consiste em encontrar todas as letras da palavra “Pac-Man”, espalhadas pelas fases; além de completar os desafios de labirintos e resgatar todos os integrantes da família. Mas, mesmo com tudo isso, a experiência ainda será tranquila.
Um clássico revitalizado, mas é só isso
A principal novidade deste remake fica por conta dos gráficos, que foram todos refeitos, com modelos em alta definição, assim como aconteceu na coletânea “Klonoa Phantasy Reverie Series” (2022), que também é da Bandai Namco. O gameplay também sofreu leves mudanças, pois diferente do original, esta versão não obriga o jogador a resgatar todos os integrantes da família, para poder habilitar o último mundo.
Outra novidade é que foram adicionadas novas cinemáticas nas batalhas contra chefes, que contextualizam as histórias dos antagonistas e do enredo como um todo. Porém, assim como aconteceu na coletânea de “Klonoa”, “Pac-Man World Re-Pac” não dispõe de legendas em português, o que pode dificultar o entendimento dos diálogos por parte de alguns jogadores.
Além da parte visual e de algumas leves alterações no gameplay, não há muitas novidades que “Pac-Man World Re-Pac” pode oferecer aos jogadores que conheceram o título original do Playstation 1. O level design das fases ainda é o mesmo, assim como a jogabilidade. No entanto, isso não chega a ser um demérito, pois felizmente, o título resistiu bem ao tempo e consegue ser tão divertido quanto era em 1999.
Por outro lado, o game pode decepcionar aqueles que esperam uma diversão a longo prazo, já que é possível finalizar “Pac-Man World Re-Pac” em poucas horas. Algo que pode estender um pouco a experiência, é o game clássico de 1980, que fica disponível em uma máquina de arcade, na área inicial do jogo, após concluir a história principal.
“Pac-Man World Re-Pac” é o resgate de mais um clássico, que visa revitalizar uma franquia para uma geração atual. O remake pode agradar tanto os nostálgicos, que desejam relembrar a infância, quanto os novos jogadores, que não tiveram a oportunidade de conhecer o famoso mascote em sua época de ouro.
O game está disponível no PC por R$129,90, mas também pode ser encontrado no Playstation 4 e 5; Xbox One e Series X/S; e Nintendo Switch por R$149,50.
Por Alfredo Carvalho